Você está na página 1de 6

CERIMONIAL DE

COMEMORAÇÃO
DO
SOLSTÍCIO DE INVERNO

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Participam: Ven∴ M∴, 1º Vig∴, 2º Vig∴, Orador, M∴Ccer∴

(Música “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao


inverno).

Ven∴M∴ (-0-) AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, anunciai em vossas
Ccol∴, assim como anuncio no Or∴, que vamos dar início à Cerimônia de
Comemoração do Solstício de Inverno.

1º Vig∴ (-0-) AAm.’. Iir∴ que decorais a Col∴ do Sul, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’.
Hist.’.) nosso Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do
Solstício de Inverno.

2º Vig∴ (-0-) AAm.’. Iir∴ que decorais a Col∴ do Norte, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.)
nosso Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Solstício
de Inverno.
(-0-) Está anunciado na Col∴ do Norte.

1º Vig∴ (-0-) Está anunciado em ambas as Ccol∴, Ven∴ Mestre.

(As luzes do Templo devem ser reduzidas ao máximo, o mais escuro possível,
apenas o suficiente para se poderem ler os rituais. Os Iir∴ deverão estar
munidos de seus cálices ou vidro transparente, para o vinho tinto ou suco de
uva ser servido. Copos adicionais devem ser preparados para os visitantes.
Fatias de pão forte, tipo italiano, em quantidade suficiente para todos os
participantes da cerimônia, deverão ser colocados juntamente com o vinho ou
suco, sobre uma mesinha ou coluna, junto ao altar do Am.’. Ir∴ 1º Vig∴.
Música adequada deve ser executada durante a cerimônia, como “As 4
Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao inverno).

Ven∴ M∴ Meus AAm.’. Iir∴, a tradição das cerimônias das estações perde-se na noite
dos tempos, e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas no
passado. Ao longo de um ciclo anual, o Sol, nosso Astro-Rei, passa aparentemente
por quatro portais ou fases, denominada equinócio e solstício, produzindo-se na
natureza grandes fluxos e circulações de energia, que influenciam a Terra e todos
os seres que a habitam. Estas cerimônias comemorativas tratam de incentivar a
sintonia de nossas naturezas internas com a natureza universal. Uma vez
estabelecida esta sintonia, grandes transformações poderão se produzir no homem,
realizando-se, assim, a Grande Alquimia Universal.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. Orador∴, auxiliai-me a explicar os princípios
fundamentais desta tradição.

Orador∴ As raízes elementares de nossa tradição desenvolveram-se de combates com


os elementos da natureza em tentativas de sobrevivência, constituindo-se o fator
principal desse processo a Fertilidade. Os fatores considerados fundamentais da
Vida eram o Nascimento, o Crescimento e a Morte, e mais um quarto fator, que
faz a ligação da morte a um novo nascimento. Desta triplicidade fundamental da
vida, obscurecida pelo quarto aspecto, basearam-se todas as religiões e credos
filosóficos, tornando-se com o tempo distintas tradições, conforme as interpretações.

Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. M∴ Ccer∴, como representante do Sol em
seu eterno caminhar, explicai-nos como os antigos entendiam o Nascimento e o
Crescimento.

M∴ Ccer∴ O Nascimento era visto pelos antigos, como o evento que trazia o homem de
um lugar invisível para este mundo visível. Quem o indivíduo era, porque veio e
para que estava em nosso meio, isto iria depender do Crescimento.Os antigos
conheciam o valor das raças reprodutoras selecionadas, pois observavam isso na
natureza e em si próprio. O Crescimento, através do selecionamento, era um fator
de vida do qual os antigos se utilizavam, produzindo dessa forma, linhagens de
homens fortes e mulheres formosas.

Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. Orador∴, explicai-nos como os antigos
entendiam a Morte.

Orador∴ A Morte tinha para os antigos um significado maior que apenas uma migração
para um outro lugar. Baseados no entendimento do quarto fator, os antigos
dispunham do corpo deixado para trás conforme o respeito e mérito que o indivíduo
tivesse naquela comunidade. Se desejassem seu retorno, trataram do corpo com
todo cuidado; caso contrário, o atirariam aos animais ou a um lodaçal,
desencorajando uma outra vinda daquele entre eles.

Ven∴ M∴ A crença no Quarto Fator de ligação da Morte com o Nascimento, provinha


da própria natureza. Os antigos sentiam que existia um Deus-Pai no Céu e uma
Deusa-Mãe na Terra. Ouviam o Pai resmungar muitas vezes no céu quando estava
de mau humor. Então Sua sombra deitava-se sobre a Mãe-Terra num grande
abraço. De repente, Seu terrível “Phallus de Fogo” penetrava na Terra e se ouvia
Seu grito de triunfo sobre Ela, com forte paixão. Ouvia-se, às vezes, os estrondos
Dela em resposta a Céu, em suspiros de satisfação. Da repetição deste ato, densa
corrente de divino semem descia sobre a Terra, fertilizando todo o seu expectativo e
desejoso útero. Quando ele se aquietava, exausto, voltava às suas nuvens, sorrindo

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


para o Sol, enquanto a Terra deitava-se embebida e afogada de amor. Sua prole
chegaria mais tarde, da qual comeria o homem, assim como a Terra come seu corpo
quando a vida dele se retira. Estes ciclos repetiam-se constantemente, com
nascimentos, crescimentos, mortes e novos nascimentos na natureza, e a eles o
homem também estava atado. Afinal, a vida provinha dos Deuses e a Eles voltaria
após seu ciclo no mundo. Estamos comemorando O Solstício de Inverno

Ven∴ M∴ AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴,explicai-nos em que


consiste o Solstício de Inverno.

1º Vig∴ Meus Iir∴, o Sol, o Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento
aparente ao redor de nossa Terra, desponta no oriente em lugares diferentes a cada
época do ano. Isto se deve à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em
relação a seu plano de translação.

2º Vig∴ Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro estações. Assim, durante o
ano, o Sol em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte afastando-se do
Equador para depois caminhar até a máxima posição Sul e retornar a seguir para
Norte, num infinito bailado.

1º Vig∴ Nossos ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento preciso das


épocas em que estas mudanças ocorriam, demarcando os ciclos em que a natureza
evolui, contribuindo com seu progresso e rogando aos deuses proteção e
fecundidade. Para marcarem as posições máximas alcançadas pelo Sol,
construíram dois pilares de pedra, cujas ruínas intrigam até hoje, as mentes
aguçadas. Esses pilares representam, em síntese, as linhas imaginárias dos
Trópicos.

2º Vig∴ Os pilares nos pórticos dos templos, como as colunas “J” e “B” de nossos Templos
maçônicos, são reminiscências dos pilares de pedra da antigüidade, erigidos para
demarcarem os limites do campo dos nascimentos helíacos. Como nos ensinam
nossas instruções maçônicas, as colunas “J” e “B” são representações dos pontos
máximos de afastamento do Sol do Equador, conhecidos como pontos solsticiais.

1º Vig∴ Assim como o Sol atinge limite máximo ao Norte, tocando a linha imaginária
do Trópico de Câncer, ocorre no hemisfério Sul o Solstício de Inverno. O termo
“solstício” se deve ao fator de que o Sol, no seu afastamento máximo do Equador,
parece nesse ponto estacionar, para em seguida, retornar sua caminhada em
direção ao Equador.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. Orador, por que festejamos esse
acontecimento?

Orador.’. Desde tempos imemoráveis, nossos antepassados festejavam os solstícios.


Nos mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o Espírito do
Universo e Governador das Estrelas. Os egípcios cultuavam o Sol como sua
Divindade e o representavam sob várias formas, de acordo com suas fases, ou seja:
a infância, no Solstício de Inverno; a adolescência, no Equinócio de Primavera; a
maturidade, no Solstício de Verão e a velhice, no Equinócio de Outono. Os
romanos celebravam as festas solsticiais em honra ao Deus Janus∴, o deus de
dupla face.

Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. M∴ Ccer∴ procedei à distribuição do Pão e do


Vinho, a fim de brindarmos juntos este momento.

M∴ Ccer∴ Executa a distribuição do vinho tinto ou suco de uva, e uma fatia de pão
para cada participante, deixando para servir-se por último, colocando-se em seu
lugar. Segura a taça com a mão direita e o pão com a mão esquerda.

Ven∴ M∴ (-0-) Todos De Pé meus AAm.’. Iir∴

(levantando a taça à altura da testa e a frente)

Que esta estação seja celebrada com o símbolo do bom vinho, semelhante ao da
própria vida, extraído de nós pela experiência primeira e então amadurecida com o
tempo, para tornar-se melhor do que quando nasceu. Tomemos o primeiro gole,

(toma-se o primeiro gole)

Nada como um correto envelhecimento para que se torne o vinho valioso, assim
como nossa alma só será salva quando estivermos suficientemente amadurecidos e
aptos a apreciar o sabor da Verdade. Tomemos o segundo gole.

(toma-se p segundo gole)

Que o espírito do vinho nunca seja tão forte que exagere seu benefício, mas
somente sirva para estimular nossa busca ao Espírito. Tomemos o terceiro e último
gole.

(deve-se tomar todo o líquido existente na taça)

Ven∴ M∴ (levantando o pão com a mão esquerda, à frente à altura da testa)

Consideremos estes pães com os quais o solsticio é relembrado. Que estes pães
nos lembrem que nossas melhores qualidades pessoais na vida são deixadas aqui

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


na Terra, enquanto que nossa essência passa a viver nos céus. Tomemos dele o
primeiro pedaço.

(parte-se um pedaço do pão e come-se)

Abençoadas sejam as formas do sangue e da carne que colocamos juntos dentro de


nós. Recolhamo-nos em nossos pensamentos, enquanto terminamos nossa
degustação. Sentemo-nos.

(Todos se sentam e terminam de comer o pão, em silêncio)

(Música “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao


inverno).

Ven∴ M∴ Meus AAm.’. Iir∴, para finalizarmos nossa comemoração ajudai-me a invocar
o auxilio do G∴A∴D∴U∴ nesta solene ocasião, a fim de rogarmos a devida
proteção.

Ven∴ M∴ (-0-) Descubramo-nos,De Pé a Ordem ,meus AAm.’. IIr.’.!

Louvado seja G∴A∴D∴U∴, Senhor da Suprema Luz, Doador do Fogo Espiritual do


Amor. Rogamos a ti, JOÃO, o maior entre os homens e menor entre os deuses,
assim como fostes o Anunciador dos Novos Tempos em teu ciclo; faz de nós teus
afilhados, os Anunciadores de novos tempos para Espírito e a realização do
verdadeiro Evangelho que cada maçom possa ser de ti um pequeno símbolo, a fim
de espalharmos pela Terra a Fé, a Esperança e o Amor.

(-0-) Sentemo-nos e Cubramo-nos meus AAm.’. IIr.’.!

(-0-) Está encerrada a cerimônia.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294

Você também pode gostar