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08/07/2021 TRT-2 6/07/2021 - Pg.

45304 - Judiciário | Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região | Diários Jusbrasil

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Diários Oficiais  Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região  06 Jul 2021  Judiciário 


Página 45304

Página 45304 da Judiciário do Tribunal


Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT-2) de 6 de Julho de 2021
Publicado por Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
há 3 dias

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25/04/2014). No caso dos autos, embora o Reclamante exercesse


atividade administrativa, circulava em todos os ambientes da Unidade
hospitalar, estando, portanto, exposto a agentes biológicos, fazendo jus ao
pagamento do adicional de insalubridade, em grau médio (Anexo 14 da
NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do MTE).Recurso de revista conhecido e
provido. Processo:RR - 787-

30.2010.5.02.0056Data de Julgamento:05/04/2017,Relator
Ministro:Douglas Alencar Rodrigues, 7ª Turma,Data de Publicação:
DEJT11/04/2017.”

Com relação à função de auxiliar de farmácia, não há como acolher o


laudo pericial.

Não houve contato com pacientes com doenças infecto contagiosas e


material usado pelos mesmos a justificar o pagamento do adicional de
insalubridade, em grau máximo.

No laudo, o Sr. Perito afirma:

"A reclamante tinha como atribuição ingressar na área do COVID e


abastecer os armários com insumos da farmácia, além de retirar os
insumos não utilizados do armário, conferir os mesmos e coloca-los em
quarentena por sete dias para a posterior retorno dos mesmos à farmácia.
Tal situação garante contato habitual e permanente com pacientes
portadores de doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso
não previamente esterilizados."

A NR 15, Anexo 14 dispõe que o adicional é devido para o funcionário que


mantém contato com pacientes em isolamento por doença
infectocontagiosa, bem como objetos de seu uso que não estiverem
previamente esterilizado e não é este o caso da reclamante.

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Nesse sentido, o Anexo 14 da NR-15:


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“Insalubridade de grau máximo Trabalho ou operações, em contato
permanente com:

- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como


objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de


animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose,
brucelose, tuberculose);

- esgotos (galerias e tanques); e

- lixo urbano (coleta e industrialização).”

As fotografias juntadas aos autos demonstram que não havia contato com
pacientes em isolamento,motivo pelo qual, nos termos do Anexo 14 da
NR-15 não faz jus ao adicional de insalubridade em grau máximo,
deixando este Juízo de acolher o laudo, no particular. Pelo fundamentado,
procede o pedido de adicional de insalubridade em grau médio, à razão de
20% do salário mínimo, durante todo o contrato de trabalho, no valor de
R$ 9.196,00.

ENTREGA DE GUIAS PPP – Nos termos do art. 178 da INSTRUÇÃO


NORMATIVA INSS/PRES Nº 11, DE 20 DE SETEMBRO DE 2006, “ A
partir de 1º de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à empresa
deverá elaborar PPP, conformeAnexo XVdesta IN, de forma
individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e
cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial,
ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício,
seja pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais,
seja por não se caracterizar a permanência.”,ou seja serve a entrega do
PPP para fins de concessão de aposentadoria especial, devendo a empresa
fornecer ao empregado o referido documento.

O art. 58 da Lei 8.213 /91, em seu § 1º, preceitua que - A comprovação da


efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo
técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação
trabalhista -. O § 4º do referido dispositivo, por sua vez, dispõe que - A
empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico
abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a
este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse
documento.

Constatado o labor do Reclamante em condições insalubres, tornase


obrigatório o fornecimento da guia PPP ( Perfil Profissiográfico
Previdenciário ) pelo empregador a fim de constar o agente insalubre a
que esteve exposto, conforme laudo pericial.

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Assim, deve aVISUALIZAR


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à elaboração de Perfil Profissiográfico
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Previdenciário, de acordo com o laudo pericial elaborado nestes autos,
entregando ao reclamante em 05 (cinco) dias após o trânsito em julgado
da sentença e após devidamente intimada, sob pena de pagar multa diária
de R$ 500,00até o cumprimento da obrigação.

A multa pelo inadimplemento da obrigação de fazer está prevista no art.


536 § 1º do CPC, meio para se seja obtido o efetivo cumprimento da
prestação jurisdicional e que não se confunde com a cláusula penal
prevista no art. 412 do Código Civil, motivo pelo qual não está limite
alguma ser fixado.

DIFERENÇAS SALARIAIS - PISO NORMATIVO – A reclamante


pede diferenças salariais com base no piso salarial previsto na norma
coletiva que junta aos autos. Sem razão. A norma coletiva juntada pela
reclamante (id895aafc) não abrange o Município de

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