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Decreto-lei nº 15.

620, de 29 de janeiro de 1946


(Leia a nota inicial)

Dispõe sobre o "Código de Vencimentos e Vantagens de 


Oficiais e Praças da Força Policial do Estado.

 
O INTERVENTOR FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO, usando das atribuições que lhe são
conferidas por lei,
Decreta:

TÍTULO I
Vencimentos

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1.º - Considera-se sob a designação de "vantagem" tudo quanto o militar percebe, em dinheiro
ou em espécie.

Art. 2.º - "Vencimentos" são, para efeito deste código, o soldo e a gratificação.
Parágrafo único - O soldo corresponde a dois terços dos vencimentos e a gratificação a um terço.

Art. 3.º - Os vencimentos dos oficiais e das praças da Força Policial são os constantes das tabelas
anexas aos decretos-leis anuais de fixação da Força Policial.

Art. 4.º - Os vencimentos do posto ou da graduação, são devidos:


a) ao oficial a partir da publicação do decreto de nomeação ou promoção no "Diário Oficial" do
Estado;
b) à praça: desde o dia da publicação em Boletim do alistamento ou da promoção;
c) aos oficiais e praças: - até o dia da publicação da exclusão em Boletim, inclusive, e, em caso de
falecimento, até o dia em que este ,se verificar.

Art. 5.º - A gratificação somente é devida ao Oficial ou praça em efetivo exercício, ressalvados os
casos especificados neste Código.

Art. 6.º - Os vencimentos e as vantagens não poderão ser objeto de arresto, seqüestro ou
penhora.
§ 1.º - Somente serão permitidos os descontos que se destinarem ao pagamento:
a) de dívida contraída para com a Fazenda Estadual;
b) de pensão estabelecida por autoridade competente, para alimentação de família;
c) de contribuição e empréstimo para instituições oficiais;
d) mensalidades para entidades oficializadas;
e) consignações a fornecedores contratados.
§ 2.º - O Comando Geral, os Comandantes de Corpo e Chefes de Serviço poderão determinar
descontos para pagamento de dívidas particulares de seus comandados, em caso de manifesto
abuso de confiança, ou quando delas resultar descrédito para a Corporação.
§ 3.º - Os descontos sujeitos a parcelamento serão processados na forma estabelecida pelo
Regulamento do Serviço de fundos.

CAPÍTULO II
Dos licenciados 1

Art. 7.º - Os oficiais e praças da Força Policial, quando licenciados para tratamento de saúde, até
por seis meses, terão direito aos vencimentos integrais do posto ou graduação.
Parágrafo único - Quando as licenças excederem desse prazo sofrerão os seguintes descontos:
a) da gratificação do sétimo ao nono mês;
b) da gratificação e mais a metade do soldo, do décimo ao vigésimo quarto mês.

Art. 8.º - Quando licenciado por motivo de doença adquirida em ato ou em conseqüência de
serviço, até 24 meses o oficial ou praça perceberá vencimentos integrais, inclusive gratificações
especiais e diferença de vencimentos que esteja percebendo ao ser licenciado.

Art. 9.º - A licença-prêmio nenhum desconto acarretará nos vencimentos do oficial ou praça.

Art. 10 - O licenciado para tratar de negócios particulares, a nenhum vencimento terá direito,
durante a licença.

Art. 11 - A praça com mais de dois anos de serviços, julgada inválida por estar atacada de
hemiplegia, paraplegia, alienação mental, surdez completa ou cegueira eminente, ou de moléstias
contagiosas ou repugnantes, tais como a lepra, o pênfigo foliáceo e a tuberculose, será licenciada
com todos os vencimentos, até o máximo de dois anos.

Art. 12 - As praças tidas por inválidas em conseqüência de doenças não especificadas no artigo
anterior, serão licenciadas até que se tornem efetivas suas reformas, percebendo os proventos que
lhes caberão após a concessão das mesmas.
§ 1.º - Para o efeito do saque dos vencimentos à praça licenciada nas condições deste artigo, a
respectiva unidade fará constar, juntamente com a publicação da licença, a data a partir da qual
deve ser contada e o tempo de serviço prestado pelo licenciado.
§ 2.º - Após a reforma e conseqüente expedição do respectivo título declaratório de vencimentos, a
repartição encarregada do saque fará a necessária verificação, providenciando o ressarcimento ao
interessado ou ao Estado conforme o caso, se os vencimentos antes sacados não coincidirem com
os fixados no referido título.
§ 3.º - Quando se tratar de exercício financeiro já encerrado os interessados terão que requerer as
diferenças a que tenham direito.

Art. 13 - Os oficiais e praças poderão obter licença para tratamento da saúde de pessoa de sua
família, cujo nome conste de seus assentamentos individuais.
Parágrafo único - Essa licença será concedida:
a) com vencimentos integrais, até um mês;
b) com o desconto da gratificação, quando exceder de um, até dois meses;
c) com o desconto da gratificação e mais a metade do soldo, quando exceder de dois, até seis
meses;
d) sem vencimentos, do sétimo mês em diante, até o vigésimo-quarto.

Art. 14 - Ressalvados os casos de abono familiar, abono provisório, salário-família, 4ª parte do


soldo, gratificação a anspeçadas e prêmio de engajado e o caso previsto no artigo 8º, quaisquer
outras vantagens ou gratificações especiais, serão excluídas dos vencimentos do licenciado.

Art. 15 - Quando em nojo, gala, férias ou dispensa do serviço, nenhum desconto sofrerá o oficial e
praça.

CAPÍTULO III
2
Dos presos, submetidos a processo e dos afastados das funções

Art. 16 - O oficial ou praça preso disciplinarmente com prejuízo do serviço, ou preso respondendo
a processo de qualquer natureza, sofrerá o desconto da gratificação.
Parágrafo único - No caso do oficial ou praça responder a processo em liberdade, não haverá
descontos em seus vencimentos, desde que esteja no efetivo exercício de suas funções, ou que
concorra aos serviços de escala.

Art. 17 - O oficial ou praça afastado disciplinarmente de suas funções, apenas receberá o soldo.
Art. 18 - O oficial ou praça condenado por delito ou crime de qualquer natureza, perceberá,
durante a prisão, apenas o soldo.

Art. 19 - Nos casos de sentença absolutória definitiva, ou arquivamento de processo, e de


anulação de pena disciplinar, serão restituídos aos interessados os descontos que hajam sofrido.

Art. 20 - O oficial ou praça preso que aguardar julgamento ou sentenciado, quando em tratamento
no Hospital Militar, descontará, além da gratificação, mais uma diária de alimentação, conforme
estabelece este código.
Parágrafo único - O preso disciplinarmente, quando em tratamento no Hospital Militar, terá
suspenso o cumprimento da pena e sofrerá o desconto da diária referida neste artigo.

Art. 21 - Os descontos de prisão efetuam-se desde o dia em que começar o castigo, levando-se
em conta o tempo de prisão preventiva.

Art. 22 - O oficial condenado a pena de reforma, terá os vencimentos previstos no Título III,
Capítulo II, deste código.

Art. 23 - Com a perda da patente, cessa para o oficial o direito aos vencimentos e vantagens.

CAPÍTULO IV
Dos ausentes

Art. 24 - Ao oficial ou praça que passar ausente, por qualquer motivo, nenhum pagamento se fará
sem que apresente justificação, após a qual se lhe abonará o soldo relativo ao período da
ausência, e a gratificação desde a data de sua apresentação.

Art. 25 - Em caso de extravio, aprisionamento, falecimento ou deserção em operações de guerra,


os vencimentos de oficiais e praças serão sacados até o dia em que fique devidamente esclarecida
sua situação.
Parágrafo único - A família do oficial ou praça que se considerar extraviado em serviço pagar-se-á
o respectivo soldo, até a apresentação ou exclusão definitiva.

CAPÍTULO V
Do trânsito

Art. 26 - Durante o trânsito, o oficial receberá os seus vencimentos integrais, e, se este for
prorrogado, receberá somente o soldo.

CAPÍTULO VI
Dos Oficiais agregados 3

Art. 27 - O oficial agregado perceberá os seguintes vencimentos:


a) Vencimentos integrais, quando a agregação for em conseqüência de moléstia ou invalidez, nos
casos que se discriminam:
1 - se tiver mais de 25 anos de serviço;
2 - se a invalidez for resultante de moléstia ou acidente ocorrido em ato de serviço;
3 - quando atacada de hemiplegia, paraplegia, alienação mental, surdez completa ou cegueira
iminente, ou de moléstias contagiosas ou repugnantes, tais como a lepra, o pênfigo foliáceo e a
tuberculose.
b) Soldo: caberá somente o soldo, nos seguintes casos:
1 - quando contar 16 anos ou menos de serviço, e a agregação for resultante de moléstia ou
invalidez;
2 - durante a agregação por motivo de sentença condenatória passada em julgado.
c) Tantas vigésimas-quintas partes dos vencimentos quantos forem os anos completos de serviço
quando a agregação for resultante de moléstia ou invalidez e o oficial contar mais de 16 e menos
de 25 anos de serviço.
d) Quando a agregação for por motivo de exercício de comissões não previstas nos quadros da
Força Policial;
1 - vencimentos integrais, se a comissão for de caráter militar ou policial, desde que opte pelos
vencimentos da corporação ou que a função ou cargo exercido não seja remunerado;
2 - o soldo, se a comissão tiver o mesmo caráter e se a função exercida for gratificada.

Art. 28 - Não terão direito a vencimentos os oficiais agregados pelos seguintes motivos:
a) Exercício de comissão de caráter não militar ou policial;
b) Licença para tratar de negócios particulares;
c) Deserção ou extravio, ressalvada a exceção prevista no artigo 25 e respectivo parágrafo.

CAPÍTULO VII
Das acumulações remuneradas 4

Art. 29 - É vedada a acumulação de funções ou cargos públicos remunerados da União, do Estado


ou dos municípios, bem como de uma e outra dessas entidades, qualquer que seja a forma de
remuneração.

Art. 30 - É proibida a acumulação de proventos de aposentadoria disponibilidade ou reforma, bem


como a destes com os de função ou cargo público.

Art. 31 - Não se compreende na proibição dos artigos precedentes o recebimento de ajudas de


custo, diárias, gratificação por serviços extraordinário e a gratificação de funções legais ou
regulamentares.

Art. 32 - O oficial que aceitar comissionamento em função ou cargo não previsto nos quadros da
Força Policial, de caráter militar ou Policial, terá de optar pelos vencimentos de um ou de outro
cargo e, na hipótese de opção pelos vencimentos da Força Policial, recebê-los-á na forma
estabelecida na letra "d" do artigo 27, deste código.

CAPÍTULO VIII
Das substituições 5

Art. 33 - As substituições temporárias entre os oficiais da Força obedecem ao princípio hierárquico


e operam-se na forma estabelecida por regulamento ou disposição especial.

Art. 34 - As substituições somente serão remuneradas quando o substituído tiver posto igual ou
superior ao de capitão e exercer funções privativas, em vista de disposições de leis ou
regulamentos, ou dos quadros de efetivo orçamentários.

Art. 35 - Ressalvadas as exceções previstas neste Capítulo, o substituto perceberá todos os


vencimentos, correspondentes às funções que passar a exercer.

Art. 36 - As vantagens da substituição somente serão devidas durante o efetivo exercício das
funções correspondentes.
§ 1.° - Continuam fazendo jus à diferença de vencimentos os oficiais que, na ocasião de entrarem
numa das situações abaixo indicadas estejam no exercício interino de substituição remunerada;
a) quando no gozo de férias, ou de dispensa do serviço;
b) quando baixado ao Hospital Militar ou licenciado em virtude de ferimentos ou moléstias
adquiridas em ato de serviço público;
c) quando em diligência fora da sede do seu aquartelamento, em função do cargo inteiramente
exercido;
d) quando tenha de assumir cargo superior ao exercido inteiramente, sem que a nova substituição
seja remunerada.
§ 2.° - Se durante qualquer dos afastamentos mencionados no parágrafo anterior, cessar a
substituição, em virtude da apresentação do detentor efetivo do cargo, cessará também a
remuneração ao substituto.
Art. 37 - Não serão remuneradas:
a) as substituições por espaço de tempo menor de que 10 dias, desde que o cargo não esteja
vago;
b) as substituições conseqüentes da dispensa do serviço obtido pelo detentor do cargo;
c) as decorrentes de diligências fora aquartelamento do detentor interino no cargo, quando caiba a
este o recebimento da remuneração;
d) as substituições em cargos cujas funções sejam atribuídas a postos diversos, tais como
ajudantes de ordem, adjuntos a secções, adjuntos e auxiliares de instrução, etc.;
e) as resultantes da situação mencionada na letra "a" do artigo 36.

Art. 38 - Para efeito do saque de diferença de vencimentos por substituição remunerada levar-se-á
em conta:
1.° - que o substituto perceberá as respectivas vantagens desde o dia da assunção do cargo, até a
data em que o deixar, exclusive;
2.° - quando as substituições ocorrerem nos últimos dias do mês tomar-se-ão em consideração,
para efeito de contagem do prazo de 10 dias a que se refere a letra "a" do art. 37, os dias que
efetivamente decorreram entre as datas referidas no inciso anterior.

Art. 39 - Na hipótese de ocorrerem, simultaneamente ou não duas ou mais substituições, na


mesma Unidade, terà preferência para o exercício da substituição remunerada, o oficial mais antigo
entre os que a eles concorrerem.

Art. 40 - Quando os quadros orçamentários de efetivo consignarem para determinado cargo ou


função um oficial de posto superior ao do que o exerceu até a expedição dos referidos quadros,
cabe a este último, oficial perceber a respectiva diferença de vencimentos desde a data em que os
quadros passarem a vigorar, com exceção dos cargos mencionados na letra "e" do artigo 37.

CAPÍTULO IX
Dos falecidos 6

Art. 41 - Os vencimentos e vantagens devidos aos oficiais e praças que falecem serão pagos a
seus herdeiros devidamente habilitados, pela unidade administrativa por onde percebia o falecido.
§ 1.º - A qualidade de herdeiro deverá ser provada da seguinte forma:
a) viúvas: apresentação de certidão de casamento ou declaração da Caixa Beneficente a respeito,
ou ainda, mediante informação de autoridade competente de que consta dos assentamentos
militares do falecido ser casado com a interessada;
b) pais: apresentação de certidão de nascimento do falecido, ou informação da Caixa Beneficente,
ou de autoridade competente, com base nos assentamentos do falecido;
c) filhos: apresentação da respectiva certidão de nascimento e certidão de óbito da genitora, ou
informação equivalente da Caixa Beneficente;
d) demais parentes: apresentação dos documentos que se tornarem necessários à prova da
qualidade de herdeiro.
§ 2.° - Quanto à ordem de vocação hereditária, obedecer-se-á ao estabelecido pelo Código Civil
Brasileiro.
§ 3.º - Quando o falecido deixar viúva, que dele tenha vivido separada, por desquite ou não, a
consignação que em favor dela tenha sido estabelecida, será descontada dos vencimentos
deixados, na proporção do número de dias decorridos.

Art. 42 - Os vencimentos deixados por oficial ou praça falecido, que não forem procurados na
respectiva unidade, até 30 dias após a data do vencimento, serão recolhidos ao Serviço de
Fundos.
Parágrafo único - Serão também recolhidos ao Serviço de Fundos os vencimentos que não
puderem ser pagos até aquele prazo, em virtude de falta ou deficiência das provas apresentadas
pelos interessados.
Art. 43 - Os vencimentos a que se refere o artigo anterior, serão pagos aos respectivos
interessados, mediante requerimento endereçado ao Comando Geral da Força, instruído com as
provas da qualidade de herdeiro do requerente.

Art. 44 - Os vencimentos dos falecidos serão sacados nas folhas normais de vencimentos,
observando-se por analogia e na parte que for aplicável, as disposições do capítulo subseqüente,
sobre os vencimentos dos excluídos.

Art. 45 - Os descontos mensais dos vencimentos do falecido serão efetuados proporcionalmente


ao número de dias decorridos no mês em que o falecimento se verificar, exceto as contribuições
para a Caixa Beneficente e para a Cruz Azul, que serão descontadas integralmente.

CAPÍTULO X
Dos excluídos 7

Art. 46 - O pagamento dos vencimentos das praças que vierem a ser excluídas, obedecerá às
seguintes regras:
1- Transcrita em Boletim Regimental da unidade a baixa de uma praça serão publicados, na
mesma ocasião, os débitos do excluído.
2 - No mesmo dia da baixa, as unidades destacadas, por intermédio de radiograma, cientificarão o
Serviço de Fundos dos débitos do excluído, não controlados pelo referido Serviço.
3 - De posse dos documentos referidos nos incisos anteriores, o Serviço de Fundos comunicará á
unidade o líquido a ser pago ao interessado.
4 - Após o recebimento dessa comunicação, cabe ao comandante da companhia ou sub-unidade
equivalente dar parte, apresentando o excluído para receber os vencimentos a que tenha direito;
essa parte será visada pelo subcomandante ou autoridade equivalente, cabendo ao ao
comandante ordenar o pagamento, a ser efetuado pelo tesoureiro, pelo título "Responsáveis por
Adiantamentos", a débito do Serviço de Fundos.

Art. 47 - A praça excluída no mês, da exclusão figurará ainda folha de vencimentos da qual fazia
parte, sendo contemplada com os vencimentos, inclusive as vantagens normalmente sacadas em
folhas: o líquido correspondente na época oportuna será recolhido pela subunidade à Tesouraria,
onde será escriturado no título "Responsáveis por Adiantamento", a crédito do Serviço de Fundos.

Art. 48 - De maneira análoga se procederá relativamente às demais vantagens pecuniárias a que


tenha direito o excluído (diárias, abonos, etc), sendo que a unidade se indenizará do adiantamento
mediante a requisição feita em folha especial, na conformidade com a disposto no Regulamento do
Serviço de Fundos.

Art. 49 - Em se tratando de praça pertencente a unidade destacada, ser-lhe-á também restituída


pela Tesouraria a caução de fardamento a que tenha direito, sendo, neste caso, debitada a Caixa
Beneficente, pelo pagamento.

Art. 50 - Quando a unidade não dispuser de recursos para efetuar os pagamentos na forma
estabelecida nos artigos precedentes, efetuá-los após o recebimento do Serviço de Fundos da
importância destinada ao pagamento do pessoal.

TÍTULO II
Vantagens pecuniárias CAPÍTULO I
Dos abonos por transferência

Art. 51 - O oficial ou praça terá direito a um abono (ajuda de custo), para atenderás despesas de
deslocamento e instalação, nos seguintes casos:
a) quando transferido de uma unidade ou de um deslocamento para outro;
b) quando seguir a destacar ou for recolhido do deslocamento à sede da unidade;
c) quando classificado, por efeito de promoção, ou por passar a pronto (em se tratando de
soldados recrutas);
d) quando passar a adido a outra unidade, desde que a adição não lhe proporcione outra
vantagem pecuniária.
§ 1.º - Para que o transferido ou adido tenha direito ao abono é necessário:
1 - que tenha de se locomover de uma cidade para outra;
2 - que a transferência ou adição não tenha sido a pedido do interessado ou por conveniência da
disciplina.
§ 2.º - Em um mesmo ano, nenhum oficial poderá receber mais de uma ajuda de custo.

Art. 52 - Os oficiais e praças designados para cursar escolas do Exército, fora do Estado, e quando
desligados, por conclusão do curso, terão o abono previsto no artigo anterior, além das diárias
especificadas no artigo 58.
Parágrafo único - As praças que seguirem como ordenanças terão iguais vantagens, tanto na ida
como no regresso.

Art. 53 - O pagamento do abono se fará no ato do desligamento do transferido ou classificação,


pela unidade de origem que se indenizará do pagamento mediante requisição ao Serviço de
Fundos, na forma do respectivo regulamento, exceto quando se tratar de soldados recrutas, cujo
abono será sacado e pago pela unidade de destino.

Art. 54 - Os abonos dos oficiais e praças, nas condições expressas neste Capítulo são os
constantes da tabela "A".

CAPÍTULO II
Diárias e acréscimo de 20%

Art. 55 - Os oficiais e praças quando em diligência ou serviço de qualquer natureza, fora da sede
do seu aquartelamento, perceberão as diárias previstas na tabela "B".
§ 1.° - Quando a diligência for fora do território do Estado, a diária será acrescida de 50%.
§ 2.° - A diária será integralmente vencida quando a permanência fora da sede for superior a doze
horas. Corresponderão a meia diária os afastamentos compreendidos entre quatro e doze horas,
não havendo direito a diária ou fração nos afastamentos menores do que quatro horas.

Art. 56 - Quando o oficial ou praça em diligência, for alimentado por conta do Estado, caber-lhe-á,
apenas, o recebimento da diferença entre a diária e o preço da alimentação.

Art. 57 - As praças quando em diligência em localidades que sejam sedes de unidades, com
serviço de rancho, ficam obrigadas ao arranchamento. Nesta hipótese receberão as diárias de
diligência e pagarão a alimentação que lhe for fornecida.
Quando designados para cursar escolas, nas condições do artigo 52 e respectivo parágrafo, terão
uma diária de:

Cr$
30,00 .............................. os oficiais
15,00 .............................. os sargentos
10,00 .............................. os cabos e soldados.

Art. 59 - Quando designados para freqüentar cursos ou escolas da Capital do Estado, os oficiais
aquartelados no interior terão direito a um acréscimo de 20% sobre os respectivos vencimentos,
desde a data de sua apresentação, sem direito a diárias.

Art. 60 - O oficial ou praça encarregado de incumbência ou serviço especial, que passe a adido a
outra unidade, situada em cidade diferente da sua, por espaço de tempo superior a 30 dias, não
perceberá diárias de diligência, nem abono de transferência, mas terá direito ao acréscimo de 20%
sobre os vencimentos, enquanto permanecer afastado de sua unidade.

CAPÍTULO III
Das vantagens de Campanha
Art. 61 - Os oficiais e praças em campanha perceberão, além dos seus vencimentos normais, mais
a terça parte do respectivo soldo, que não será computada para cálculo dos proventos de reforma,
nem para qualquer outro efeito.
§ 1.° - O terço de campanha será calculado em relação ao soldo do posto efetivo do oficial ou
praça.
§ 2.° - Essa vantagem só será abonada aos que se encontrarem efetivamente nas zonas de
operações militares.

Art. 62 - Os oficiais que fizerem parte em campanha, de unidades ou sub-unidades legal é


regularmente criadas por autoridades competentes, farão jus à diferença de vencimentos pelas
funções que vieram a desempenhar.

Art. 63 - O oficial ou praça baixando a hospital por ferimentos recebidos em combate, na


manutenção da ordem pública ou por moléstia adquirida em campanha, não perderá as vantagens
que estivesse percebendo, enquanto for o caso.

Art. 64 - Os sub-tenentes e 1.ºs sargentos que em campanha, exercerem funções de oficial,


perceberão vencimentos e vantagens no posto de 2.° tenente, dependendo a respectiva investidura
de aprovação do Comando Geral.

Art. 65 - Em campanha, todos os oficiais e praças serão alimentados por conta do Estado.

Art. 66 - Será concedido, a título de auxílio, um mês de vencimentos, aos oficiais e praças que
seguirem para operações de guerra.

CAPÍTULO IV
Do Salário-família

Art. 67 - A concessão, o saque e o pagamento do salário-família instituído para as praças da Força


Policial, de soldado a subtenente, pelo Decreto-lei nº 14.827, de 3 de julho de 1945, regulam-se
pelas disposições deste capítulo.

Art. 68 - O salário-família é devido à praça que tiver dependentes, na razão de Cr$ 50,00
(cinqüenta cruzeiros) mensais, por dependentes.

Art. 69 - Consideram-se dependentes, desde que vivam total ou parcialmente a expensas da


praça:
a) filho menor de 21 anos;
b) o filho inválido, de qualquer idade.
Parágrafo único - Compreendem-se nas alíneas "a" e "b" os filhos de qualquer condição, os
enteados e os adotivos.

Art. 70 - O salário-família não poderá sofrer qualquer desconto nem ser objeto de transação,
consignação em folha de pagamento, arresto, seqüestro ou penhora.

Art. 71 - Não será percebido o salário-família nos casos em que a praça deixar de receber os
respectivos vencimentos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos casos disciplinares e penais, nem aos
de licença por motivo de doença em pessoa.

Art. 72 - Será cassado o salário-família à praça que, comprovadamente, descurar da subsistência


e educação dos dependentes.
Parágrafo único - A concessão será restabelecida se desaparecerem os motivos determinantes
da cassação.

Art. 73 - A invalidez que caracteriza a dependência é a incapacidade total e permanente para o


trabalho, devendo ser constatada pelo médico da unidade a que pertencer a praça.
Art. 74 - A concessão do salário-família é da competência Comando Geral da Força.

Art. 75 - O salário-família é devido, para as novas praças, a partir do mês em que se der o
alistamento, e para as praças que forem excluídas, qualquer que seja o motivo, até o mês em que
se verificar a exclusão.

Art. 76 - O salário-família relativo a cada dependente será devido a partir do mês em que tiver
ocorrido o fato ou ato que lhe der origem, embora verificado no último dia do mês.

Art. 77 - Deixará de ser devido o salário-família relativo a cada dependente no mês seguinte ao ato
ou fato que determinar a sua supressão, embora ocorrido no primeiro dia do mês.

Art. 78 - Para efeito de redução ou supressão do salário-família, os órgãos encarregados dos


assentamentos organizarão e manterão atualizado um registro dos dependentes das praças da
unidade, com a data de nascimento de cada um, devendo tais órgãos fazer comunicação à
Administração, sempre que um dependente complete 21 anos de idade.

Art. 79 - A praça é obrigada a comunicar à autoridade concedente, pelos trâmites legais, dentro de
15 dias, qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes, da qual decorra
supressão ou redução do salário-família, acarretando a inobservância desta disposição as mesmas
providências indicadas no artigo 83.

Art. 80 - A supressão ou a redução do salário-família será determinada pelo Comando Geral, toda
a vez que tiver conhecimento de circunstância, ato ou fato de que deva decorrer uma daquelas
providências.

Art. 81 - Toda a praça, ao ser alistada, para se habilitar à concessão do salário-família,


apresentará uma declaração de dependentes, mencionando, em relação a cada dependente:
a) nome completo;
b) data e local de nascimento;
c) se é filho consangüíneo, filho adotivo ou enteado;
d) estado civil;
e) se exerce atividade lucrativa, e, em caso afirmativo, quanto ganha por mês, em média;
f) se vive total ou parcialmente às expensas do declarante, informando, neste último caso, qual a
contribuição que presta para a sua manutenção;
g) no caso de ser maior de 21 anos, se é total e permanentemente incapaz para o trabalho,
hipótese em que informará a causa e a espécie da invalidez.
§ 1.° - Nestes casos, dentro dos primeiros trinta dias que se seguirem à concessão do salário-
família, ficam as praças obrigadas à apresentação dos comprovantes das afirmações constantes
dos itens "a", "b" e "c" deste artigo, pelos meios de prova admitidos em direito.
§ 2.° - Não sendo apresentada a comprovação, no prazo estabelecido no parágrafo anterior, a
autoridade concedente determinará a imediata suspensão do pagamento do salário-família, até
que seja satisfeita a exigência.

Art. 82 - Para o efeito de futura concessão ou aumento de quota do salário-família, a praça


apresentará à sua unidade, certidão de nascimento do dependente.

Art. 83 - Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão da declaração de dependentes apresentada,


será revista a concessão do salário-família e determinada a reposição da importância
indevidamente paga, mediante desconto em prestações mensais equivalentes a 20% dos
vencimentos respectivos.
Parágrafo único - Provada a má-fé, em sindicância, será a praça excluída a bem da disciplina,
sem prejuízo da ação penal que no caso couber.

Art. 84 - O saque e o pagamento do salário-família serão processados juntamente com os


vencimentos das praças nas folhas respectivas.
CAPÍTULO V
Do abono familiar

Art. 85 - Os cabos e os soldados casados terão um abono mensal de Cr$ 50.00 e Cr$ 70,00,
respectivamente a título de auxílio para a manutenção da família.
§ 1.° - Também terá direito a esse abono a cabo ou soldado viúvo com filhos, ou que seja arrimo
de mãe viúva, de pai inválido, ou de mãe abandonada pelo marido.
§ 2.º - Os cabos e soldados casados que vivam separados das respectivas esposas, só terão
direito ao abono, quando concorram para manutenção da esposa e filhos, espontaneamente ou por
força de sentença judiciária.

Art. 86 - O abono referido no artigo anterior e respectivos parágrafo será sacado em folhas de
vencimentos e o saque correspondente far-se-á:
a) ao cabo ou soldado que se casar, quando apresentar a certidão de casamento à unidade a que
pertencer, para a devida publicação em boletim regimental;
b) ao cabo ou soldado que estiver amparado no parágrafo 1.º quando tiver a sua situação de
arrimo reconhecida pelo Comando Geral, mediante provas apresentadas pelo interessado;
c) ao cabo ou soldado nas condições do parágrafo 2.° quando tiver sua situação convenientemente
esclarecida, quanto à manutenção da esposa e filhos.

Art. 87 - A concessão do abono, nos termos do § 1.° do artigo 68, obedecerá as seguintes
formalidades:
1 - o interessado deverá apresentar todos os documentos que se fizerem necessários para a
comprovação da sua qualidade de viúvo com filhos ou de arrimo;
2 - o comandante da unidade a que pertencer o interessado fará proceder por intermédio de um
oficial, uma investigação direta sobre as condições de vida da praça, a fim de que fique
comprovada a sua situação de arrimo, encaminhando o processo, com seu parecer, ao Serviço de
Fundos.
3 - ao referido Serviço cabe submeter o processo à decisão do Comando Geral.
Parágrafo único - O saque do abono, nas condições deste artigo, far-se-á a partir da data da
publicação em Boletim Geral, da respectiva concessão.

Art. 88 - O cabo ou soldado arrimo de família deverá apresentar, anualmente, entre 1 e 5 de


janeiro, à administração de sua unidade, um atestado de vida da pessoa ou pessoas de que for
arrimo.
§ 1.º - A praça que não cumprir essa formalidade será suspenso o saque do abono
correspondente.
§ 2.° - As unidades publicarão em boletim, até o dia 10 de janeiro de cada ano, relação completa,
com discriminação do nome, posto e R. E., das praças que fizerem a apresentação do atestado de
vida dos arrimados para regularização do saque do abono familiar.

CAPÍTULO VI
Da diária de alimentação

Art. 89 - As diárias de alimentação, tanto as que se refiram aos ranchos administrativos como as
referentes aos fornecedores contratados são as constantes da tabela "C".

Art. 90 - Quando o valor da diária for superior a 1/100 dos vencimentos, caberá ao Estado o
pagamento da diferença respectiva.

Art. 91 - Serão alimentados por conta do Estado:


a) Oficiais e praças, nas seguintes situações:
1 - quando baixados ao Hospital Militar ou ao Depósito de Convalescentes e
2 - quando em campanha.
b) Oficiais e as praças casadas ou arrimo de família:
1 - quando de serviço, externo ou interno, na Capital e nas sedes das unidades destacadas;
2 - quando em manobras ou jornadas de instrução.
c) os internos do Hospital Militar;
d) os alunos oficiais;
e) os candidatos ao alistamento;
f) as praças destacadas, quando recolhidas à sede da unidade, para fins de instrução;
g) praças do interior casadas ou arrimo de família, quando designadas para freqüentar cursos na
Capital.
h) pessoal em serviço de vigilância especial, quando não vença diária de diligência.

CAPÍTULO VII
4.ª Parte do soldo

Art. 92 - Aos oficiais e praças que obtiveram a concessão de mais a quarta parte do respectivo
soldo, por contarem mais de 30 anos de efetivo exercício, fica assegurada a percepção
correspondente, nos termos do Decreto número 10.875, de 30 de dezembro de 1939, que extinguiu
essa vantagem, anteriormente conferida aos servidores do Estado.

Art. 93 - A 4.ª parte do soldo, para efeito de reforma, será computada como parte integrante dos
vencimentos.

Art. 94 - A 4.ª parte do soldo não será levada em consideração para efeito de cálculo de outras
vantagens pecuniárias, tais como, ajuda de custo, acréscimo de 20% sobre os vencimentos e
prêmio de engajado.

CAPÍTULO VIII
Do abono para funeral

Art. 95 - Por ocasião do falecimento de oficiais e praças da ativa ou reformados, serão abonadas
as importância constante da tabela "d" observadas as seguintes prescrições:
a) antes de realizado o enterro, o pagamento deve ser feito a quem de direito pela unidade por
onde percebia vencimentos o falecido, mediante a apresentação de atestado de óbito ou
comunicação do falecimento pela autoridade sob cujas ordens servia;
b) após o enterramento deverá a pessoa que o custeou requerer a indenização das despesas
feitas, comprovando-as com os recibos competentes, dentro do prazo improrrogável de 30 dias,
pagando-se-lhe a importância realmente despendida, desprezando-se o que exceder do limite da
tabela.
c) se dentro do mesmo prazo não houver reclamação, o abono será entregue integralmente à
família, que também terá direito, mediante petição, à diferença, quando a indenização de que trata
a letra anterior não atingir a importância fixada.

Art. 96 - Nenhum abono para enterramento se fará quando o funeral for feito às expensas dos
Governos Federal, Estadual ou Municipal.

Art. 97 - As praças será concedido o abono constante da mesma tabela, para o funeral de esposas
e filhos menores de 18 anos.

Art. 98 - Os abonos para funeral são pagos pelas tesourarias das unidades, posteriormente
indenizadas pelo Serviço de Fundos, observando-se, na parte que for aplicável, o disposto no
Título I, Capítulo X, deste Código.

CAPÍTULO IX
Dos oficiais do E.N. em comissão na F.P.

Art. 99 - Os oficiais e praças do Exército quando em comissão na Força Policial, desde que optem
pelos vencimentos do E.N., terão direito de acordo com os cargos ou funções exercidos às
gratificações previstas na tabela "E", sem que lhes caiba qualquer outra vantagem pecuniária, a
não ser a diária de diligência quando for o caso.
Art. 100 - Na hipótese de optarem pelos vencimentos da F. P., terão direito aos proventos do posto
do comissionamento, inclusive todas as vantagens pecuniárias estabelecidas aos elementos da
Corporação.

CAPÍTULO X
Do prêmio do engajado

Art. 101 - As praças engajadas e reengajadas terão direito a um prêmio 212% sobre os respectivos
vencimentos, por engajamento, até o terceiro.
Parágrafo único - Esse prêmio não será levado em consideração para cálculo dos vencimentos da
reforma, nem para o cálculo de qualquer outra vantagem pecuniária conferida às praças.

Art. 102 - As praças que não puderam ou puderem alcançar o terceiro reengajamento em face do
disposto na Lei Federal número 192, de 17 de janeiro de 1936, terão direito ao prêmio
correspondente ao terceiro reengajamento, a partir da data em que terminarem o tempo de praça
correspondente ao segundo engajamento.

CAPÍTULO XI
Das gratificações especiais

Art. 103 - O Diretor do Ensino, professores, instrutores e monitores do Centro de Instrução Militar
terão as gratificações especiais fixadas na tabela "G".
Parágrafo único - Essas gratificações somente serão devidas quando os interessados estiverem
no efetivo exercício das funções correspondentes ressalvados os casos de férias, de licença e de
baixa ao Hospital, para tratamento de moléstia adquirida em ato ou em conseqüência de serviço.

Art. 104 - Os oficiais investidos nos cargos de tesoureiros das unidades administrativas terão uma
gratificação mensal de CR$ 100,00.
§ 1.° - O pagador dos Inativos e o Exator também terão direito a idêntica gratificação.
§ 2.° - O Tesoureiro do Serviço de Fundos terá uma gratificação mensal de Cr$ 300,00.
§ 3.° - Essas gratificações somente serão devidas quando os interessados estiverem no efetivo
exercício das funções correspondentes, cabendo aos seus substitutos a respectiva percepção,
qualquer que seja o motivo da substituição.

Art. 105 - Ficam mantidas e estabelecidas as seguintes gratificações mensais:


a) de Cr$ 3.000,00 (três mil cruzeiros) ao Comandante Geral da Força, quando no exercício do
cargo;
b) de Cr$ 300,00 (trezentos cruzeiros) ao ajudante de ordens do Comandante Geral;
c) de Cr$ 300,00 (trezentos cruzeiros) ao oficial que exercer as funções de contador do Serviço de
Fundos;
d) de Cr$ 120,00 (cento e vinte cruzeiros) a cada um dos encarregados das máquinas de linotipo e
intertipo da tipografia do Quartel General; de Cr$ 100,00 (cem cruzeiros) e de Cr$ 60,00 (sessenta
cruzeiros), respectivamente, ao paginador e ao auxiliar da Secção de linotipia da tipografia;
e) de Cr$ 6,00 (seis cruzeiros) aos anspeçadas;
f) de Cr$ 1.500,00 (mil e quinhentos cruzeiros) a cada um dos alunos oficiais, por ocasião da
declaração a aspirante a oficial.

Art. 106 - O Comandante Geral da Força terá mensalmente, a título de representação a


importância de Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros).

Art. 107 - Aos oficiais e praças em serviço na Ilha Anchieta e no Depósito de Convalescentes e
Sanatório de Tremembé, fica atribuída uma gratificação correspondente ao terço do respectivo
soldo.

CAPÍTULO XII
Da hospitalização e tratamento
Art. 108 - O tratamento do oficial ou praça da ativa, baixado ao Hospital Militar, ao Depósito de
Convalescentes e Sanatório ou a estabelecimento hospitalar do interior, será custeado pelo
Estado.

Art. 109 - O oficial ou a praça baixado a qualquer estabelecimento hospitalar não descontará a
respectiva gratificação.

Art. 110 - O tratamento dos reformados no Hospital Militar e no Depósito de Convalescentes e


Sanatório será também custeado pelo Estado pagando os oficiais a diária de alimentação
constante da tabela "C".

TÍTULO III
Dos Inativos

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 111 - Consideram-se inativos para efeito do disposto neste Código os oficiais da reserva e os
oficiais e praças reformados.

Art. 112 - Os vencimentos dos inativos são devidos desde o dia imediato ao da respectiva
exclusão em boletim da unidade a que pertençam.

Art. 113 - Os vencimentos dos inativos não podem ser taxados por dívidas particulares, só sendo
permitida a efetivação dos descontos discriminados no § 1.° do art. 6.º deste Código.

Art. 114 - Os inativos serão pagos de seus vencimentos: na Capital, pelo Serviço de Fundos; nas
sedes das unidades do interior, pelos respectivos tesoureiros; nas demais localidades, pelas
coletorias estaduais.
Parágrafo único - Todas as folhas de vencimentos dos inativos serão organizadas pelo Serviços
de Fundos.

Art. 115 - O oficial ou praça que tiver recebendo seus proventos de reformado por uma repartição
ou unidade da Força e desejar transferência para outra, também da Força, deverá solicitar a
medida ao Chefe do Serviço de Fundos.
Parágrafo único - Quando a transferência for de uma coletoria para outra e da Pagadoria de
Inativos do Serviço de Fundos ou unidade da Força para qualquer coletoria ou vice-versa, o pedido
será feito mediante requerimento ao Comando Geral.

Art. 116 - Os vencimentos inativos inscritos na Força que não forem pagos até 30 dias após o
respectivo recebimento, serão recolhidos à Tesouraria do Serviço de Fundos.
Parágrafo único - Seis meses depois da época normal de pagamento, o Serviço de Fundos
recolherá esses vencimentos ao Tesouro do Estado.

Art. 117 - O inativo que, durante seis meses consecutivos deixar de procurar vencimentos, será
excluído da respectiva folha.

Art. 118 - Para o cálculo dos proventos de reforma, as frações excedentes de seis meses serão
contadas como um ano completo.

Art. 119 - Os oficiais e praças inválidos em conseqüência de moléstia ou ferimento adquiridos em


campanha ou por motivo de desastre ou acidente em serviço, serão promovidos ao posto ou
graduação imediatamente superior, e, em seguida, serão reformados, percebendo os vencimentos,
desse posto ou graduação qualquer que seja o tempo de serviço.

CAPÍTULO II
Dos oficiais
Art. 120 - O oficial da reserva ou reformado perceberá os vencimentos:
a) Vencimentos integrais nos casos que se descriminam:
1 - passagem para a reserva, a pedido, desde que conte mais de 35 anos de serviço;
2 - transferência para a reserva, por ter atingido o limite de idade para o serviço ativo, quando
contar mais de 25 anos de serviço;
3 - reforma por invalidez, se tiver mais de 25 anos de serviço;
4 - reforma em conseqüência de moléstia resultante de condições inerentes ao serviço;
5 - reforma por estar atacado de hemiplegia, paraplegia, alienação mental, surdez completa,
cegueira iminente ou de moléstias contagiosas ou repugnantes, tais como a lepra, o pênfigo
foliáceo e a tuberculose.
b) Tantas vigésimas-quintas partes dos vencimentos quantos forem os anos completos de serviço,
quando contar menos de 25 anos nestes casos:
1 - passagem para a reserva, por atingir o limite de idade para o serviço ativo;
2 - reforma por invalidez.
c) Soldo por inteiro, quando tenha mais de 25 anos de serviço, nos casos abaixo descriminados:
1 - passagem para a reserva, a pedido;
2 - reforma em conseqüência de sentença judiciária passada em julgado;
3 - reforma, em conseqüência de julgamento por Conselho de Justificação.
d) tantas vigésimas-quintas partes do soldo, quantos forem os anos completos de serviço, desde
que conte menos de 25 anos, nos casos dos números 2 e 3 da letra anterior.

Art. 121 - Os oficiais que se demitirem a pedido e os que passarem para a reserva por terem
aceito qualquer cargo público estranho à Força Policial, a nenhum provento terão direito.

Art. 122 - Os oficiais reformados por terem atingido o limite da idade para o serviço na reserva,
terão os mesmos vencimentos que percebiam na reserva.

Art. 123 - O oficial da reserva convocado para o serviço ativo terá vencimentos equivalentes aos
da ativa, de igual posto, inclusive quaisquer vantagens pecuniárias conferidas aos mesmos.
Parágrafo único - Ao oficial da reserva se computará como de atividade, para melhoria de
reforma, o tempo de serviço prestado quando convocado.

CAPÍTULO III
Das praças

Art. 124 - A praça reformada terá direito aos seguintes vencimentos:


a) Vencimentos integrais, nos casos que se discriminam:
1 - de invalidez, desde que conte mais de 25 anos de serviço;
2 - de atingir o limite de idade para o serviço ativo, quando tenha mais de 25 anos de serviço;
3 - a pedido, se contar mais de 35 anos de serviço;
4 - reforma em conseqüência de moléstia resultante de condições inerentes ao serviço;
5 - reforma por estar atacada de hemiplegia, paraplegia, alienação mental, surdez completa ou
cegueira iminente, ou moléstias contagiosas ou repugnantes, tais como a lepra, o pênfigo foliáceo
e a tuberculose.
b) Tantas vigésimas-quintas partes dos vencimentos quantos forem os anos completos de serviço,
quando contar menos de 25 anos, nestes casos:
1 - reforma por ter atingido o limite de idade para o serviço ativo;
2 - reforma por invalidez.
c) Soldo por inteiro quando tenha mais de 25 anos de serviço nestes casos:
1 - reforma, a pedido;
2 - quando for julgada, por Conselho de Disciplina, passível da pena de reforma.
d) Tantas vigésimas-quintas partes do soldo, quantos forem os anos de serviço, quando for julgada
passível da pena de reforma e contar de 10 a 25 anos de serviço.

Art. 125 - Depois de excluída com baixa, só poderá a praça obter reforma se a pedir dentro do
prazo de seis meses, contados da data da exclusão.
Art. 126 - Perderão o direito à reforma as praças que desertarem, ou que forem excluídas por
incapacidade moral, ou a bem da disciplina.

TÍTULO IV

CAPÍTULO ÚNICO
Dos transportes

Art. 127 - Terão direito à passagens por conta do Estado, requisitadas pela autoridade
competente:
1- Oficiais e praças do serviço ativo quando:
a) tiverem de mudar de localidade, por necessidade do serviço, ou de viajar no desempenho de
qualquer missão ou serviço de ordem de autoridade superior, ou por força da determinação
regulamentar;
b) forem reformados ou excluídos e desejarem fixar residência no interior do Estado;
c) alunos do C. O. C., aprovados plenamente em todas as matérias e que não tenham sofrido
punição disciplinar durante o ano letivo, para as viagens de férias a localidades do interior do
Estado;
d) pertençam a unidade ou destacamentos sediados no interior do Estado e tenham de baixar ao
H. M. tanto para a vinda como para a volta;
e) deslocados para serem presentes a autoridades judiciárias e policiais militares ou civis, a-fim-de
responderem a processos ou servirem de testemunhas, uma vez que o processo não seja movido
pela parte interessada;
f) desertores, que depois de se terem apresentado ou sido capturados haja necessidade de serem
locomovidos de um para outro lugar;
g) presos e que devam ser conduzidos de uma para outra localidade, para cumprir punição ou
pena impostas.
2 - Os oficiais e praças reformados quando:
a) tenham de viajar por efeito de convocação para qualquer serviço previstos nos regulamentos.
§ l.° - Salvo o caso de viagens para o desempenho de serviços ou missão, cuja duração previsível
seja inferior a quatro meses, os oficiais e praças, sempre que tiverem direito a passagem para si,
tê-lo-ão, também para as respectivas famílias.
§ 2.° - Para efeito do parágrafo anterior, são consideradas pessoas de família do oficial e praça,
desde que vivam às suas expensas e constem dos seus assentamentos e alterações,
respectivamente:
1 - esposa;
2 - as filhas, enteadas, sobrinhas e irmãs, solteiras ou viúvas;
3 - os filhos, enteados, sobrinhos e irmãos, menores ou incapazes;
4 - os pais;
5 - os netos, quando órfãos, menores ou inválidos;
6 - os avós.
§ 3.° - Terão também direito a passagens por conta do Estado, tanto para a vinda como para a
volta, as pessoas da família do oficial ou praça que morando no interior do Estado, têm direito à
hospitalização gratuita no Hospital da Cruz Azul e ali devam ser internadas para tratamento de
saúde.

Art. 128 - As passagens a que se refere o artigo anterior são:


a) em primeira classe para os oficiais, sargento e respectivas famílias;
b) em segunda classe para os cabos e soldados e respectivas famílias;
§ 1.° - As passagens não dão direito a interrupção de viagem.
§ 2.° - As passagens de qualquer natureza, apresentadas por pessoas que não sejam aquelas em
favor das quais tenham sido emitidas serão apreendidas, ficando os portadores obrigados ao
respectivo pagamento. Além disso, a Empresa comunicará o fato ao Comandante Geral, para as
providências devidas. Idêntica comunicação deverá ser feita sempre que se verificarem fraudes no
transporte de materiais, caso em que serão os mesmos apreendidos.
Art. 129 - O oficial ou praça quando transferido de uma Unidade para outra, ou removido de um
destacamento para outro, sediados em localidades diferentes, terão direito ao transporte de sua
bagagem e mudança, de conformidade com o especificado na tabela "F".

Art. 130 - Poderão ser requisitados, por conta do Estado os seguintes transportes, além dos
especificados nos artigos anteriores:
a) cabine ou camarote para os oficiais superiores e leito para os oficiais subalternos, quando em
serviço e o percurso não puder ser feito durante o dia, salvo os casos de urgência;
b) ingresso de luxo para carros "Pullman", a juízo da autoridade requisitante, para os oficiais,
quando em serviço;
c) cabine ou camarote, para os oficiais tesoureiros, quando viajarem à noite, com numerário ou
valores do Estado, no desempenho das funções que lhe são próprias.

Art. 131 - As transferências ou remoções, a pedido ou por medida disciplinar, não dão direito a
passagem ou transporte de bagagem e material, correndo as despesas por conta do interessado.

Art. 132 - Em hipótese alguma é permitida a requisição de passagem para desconto por parte de
oficial ou praça.

TÍTULO V

CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais

Art. 133 - Para o cálculo diário de vencimentos, será tomado por base o mês comercial (30) trinta
dias.

Art. 134 - As praças destacadas no interior, que necessitarem poderá ser abonada para aquisição
de gêneros alimentícios, até a quantia de Cr$ 4,00 diários.
§ l.° - Esse abono será feito por meio de vale assinado pelo comandante do destacamento e
emitido para estabelecimento comercial de reconhecida idoneidade, não podendo ultrapassar o
limite dos dias vencidos.
§ 2.° - O comandante do destacamento registrará os vales fornecidos em cadernos adequados, a-
fim-de servir de base para os descontos nos vencimentos da praça abonada.
§ 3.° - Procedidos os descontos, o comandante do destacamento pagará sem demora ao
fornecedor, mediante recibo que ficará arquivado junto aos vales resgatados.
§ 4.° - A praça que for transferida do destacamento, achando-se abonada nas condições deste
artigo, terá sua divida mencionada na guia de socorrimento, sacando-se a importância na folha do
destacamento fornecedor.

Art. 135 - O comandante do destacamento remeterá mensalmente à sua unidade uma


demonstração dos dinheiros recebidos e pagos durante o mês.

Art. 136 - A praça recolhida à prisão, ou baixada a estabelecimento hospitalar, não serão
entregues os respectivos vencimentos, os quais podem, no entanto, ser pagos à sua esposa, pai,
filho ou pessoa de que seja arrimo.
Parágrafo único - Os vencimentos das praças presas condenadas ou aguardando julgamento,
poderão, também, ser pagos a seus advogados.

Art. 137 - Os vencimentos do oficial ou praça que se ausentar da sede da unidade, a serviço, ou
por outro motivo regular, podem ser pagos a terceiros, se assim, se assim o desejar.

Art. 138 - Para os pagamentos referidos nos artigos anteriores, deverá o interessado apresentar
pedido, por escrito, que será "visado" pelo subcomandante e despachado pelo comandante.
Nestes casos, os pagamentos serão feitos mediante recibo em separado, que se anexará a uma
parte, para publicação em Boletim. O recibo nas folhas será passado por quem efetuar o
pagamento.
Art. 139 - Os recibos passados nas folhas de vencimentos de oficiais e praças, do serviço ativo ou
reformado, poderão ser assinados de próprio punho ou "a rogo".
Parágrafo único - Quando se tratar de assinatura a rogo, duas testemunhas, excluído o signatário,
lançarão no fim das fls. a declaração de que assim procederam a pedido do interessado, por não
saber ou não poder escrever.

Art. 140 - Quando por qualquer causa, o oficial ou praça deixar de receber vencimentos, compete
ao tesoureiro assinar a folha pelo oficial, e ao comandante da subunidade ou destacamento pela
praça. Em se tratando de subunidade destacada, o respectivo comandante assinará, também pelo
oficial.

Art. 141 - Pelos reformados assinarão: na Capital, o pagador dos inativos e nas unidades do
interior, os respectivos tesoureiros.

Art. 142 - Para o pagamento de vencimentos mediante procuração, aos oficiais e praças, quer do
serviço ativo, quer reformados observa-se-á o seguinte:
a) as procurações serão anexadas às folhas de vencimentos;
b) quando as procurações forem válidas por mais de um mês, os pagadores devem declarar, nos
recibos posteriores, que elas estão anexadas às folhas correspondentes ao primeiro pagamento;
c) as procurações somente serão válidas para um exercício financeiro;
d) as procurações lavradas por tabeliães do interior e que tenham de produzir efeito na Capital,
deverão ter a firma dos mesmos reconhecida;
e) os vencimentos de oficial ou praça que se achar na sede da unidade, só poderão ser pagos a
terceiros em caso de absoluta incapacidade de locomoção, provada com atestado médico;
f) oficial ou praça reformada que passar procuração para efeito de recebimento de vencimentos
deverá, nos meses de abril, julho e outubro, apresentar o respectivo atestado de vida.

Art. 143 - O oficial ou praça que se julgar com direito a qualquer vencimento ou vantagem
pecuniária, poderá requere-la, ao Comando Geral da Força, que determinará o pagamento, se for o
caso, quando este esteja a cargo do Serviço de Fundos, ou encaminhará o processo, pelos canais
competentes, quando se tratar de pagamentos de competência do Tesouro do Estado.

Art. 144 - Os funcionários públicos civis que servirem na F.P. terão os seus vencimentos,
vantagens e demais regalias especificadas no respectivo Estatuto e nas disposições referentes ao
funcionalismo público do EStado.

Art. 145 - Aos aspirantes a oficial aplicam-se as disposições deste código referentes aos oficiais.

Art. 146 - Ficam revogadas as instruções baixadas pelo Decreto nº 8.334, de 4 de junho de 1937 e
as disposições sobre gratificações especiais a professores, instrutores e monitores dos cursos de
Educação Física, de Transmissões de Praças de Saúde, de Veterinária e de Ferradores e aos
oficiais da Diretoria Geral de Instrução.

Palácio do Governo do Estado de São Paulo, aos 29 de janeiro de 1946.

JOSÉ CARLOS DE MACEDO SOARES


Pedro A. de Oliveira Ribeiro Sobrinho
Cassio Vidigal
Christiano Altenfelder Silva
Antonio Cintra Gordinho
A. Almeida Júnior
Francisco Morato
Edgard Baptista Pereira

Publicado na Diretoria Geral da Secretaria da Interventoria, aos 29 de janeiro de 1946.


Cassiano Ricardo,
Diretor Geral.
Observações:

Inicial
Este Decreto-lei foi derrogado em sua maior parte por leis posteriores que passaram a regular
aspectos específicos das normas estatutárias dos militares do Estado de São Paulo. 
1
Matéria atualmente tratada pelo Decreto-lei n° 260, de 29 de maio de 1970.
2
Esses dispositivos não mais se aplicam por haver previsão expressa do artigo 5° do Decreto-lei n°
260, de 29 de maio de 1970, e ainda por ter sido modificado o sistema retribuitório pelas Leis
Complementares 546, de 24 de junho de 1988 e 731, de 23 de outubro de 1993, nas quais não
mais existe parcela de vencimento denominada soldo.
3
Sobre os casos de agregação e seus reflexos nos vencimentos dos policiais militares ver os
artigos 4° a 9° do Decreto-lei n° 260, de 29 de maio de 1970.
4
Sobre acumulação de cargos públicos ver inciso XVI e XVII do artigo 37 da Constituição Federal.
5
Sobre substituições remuneradas ver o artigo 4° da Lei Complementar n° 731, de 23 de outubro
de 1993, regulamentado pelo Decreto n° 39.169, de 8 de setembro de 1994.
6
Sobre direitos dos dependentes de policial militar falecido ver a Lei n° 452, de 2 de outubro de
1974 e Lei n° 5.451, de 22 de dezembro de 1986.    
7
Sobre casos de exclusão ver os artigos 37 a 49 do Decreto-lei n° 260, de 29 de maio de 1970,
com alterações da Lei Complementar n° 893, de 9 de março de 2001.
8
Sobre os vencimentos a que fazem jus os militares do Estado ver o artigo 3° da Lei
Complementar n° 546, 24 de junho de 1988 e artigo 3° da Lei Complementar n° 731, de 23 de
outubro de 1993.

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