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Acadêmico: José Airton Cardoso Junior

Engenharia mecânica, 2º período.

Campo Vetorial

Na matemática um campo vetorial ou campo de vetores é uma construção em cálculo


vetorial que associa um vetor a todo o ponto de uma variedade diferenciável, por sua
vez os vetores representam as grandezas vetoriais e indicam seu módulo, direção e
sentido. (GUIDORIZZI, 1998)

Os campos vetoriais geralmente são utilizados na física para indicar, por exemplo, a
velocidade e a direção de um fluído ou corpo a mover-se pelo espaço, ou o
comprimento e direção de alguma força, tal como a força magnética ou gravitacional,
com seus valores de ponto em ponto (KAPLAN,1972).

Pode-se pensar em um campo vetorial como sendo uma representação de uma


função multivariável cujos espaços de entrada e de saída têm a mesma dimensão.

Geralmente os comprimentos das setas desenhadas em um campo vetorial não estão


em escala, mas a razão entre o comprimento de um vetor e outro deve ser exata. Às
vezes, o comprimento do vetor é informado por meio de cor.

Dizemos que um campo vetorial F: D → R m, D ⊆ R n, é contínuo se suas


componentes forem contínuas, como exemplo de aplicação do campo vetorial,
imagina-se um líquido escoando uniformemente em um cano e seja V (x, y, z) o vetor
velocidade em um ponto (x, y, z). Observe que V associa um vetor a cada ponto (x,
y, z) de um certo domínio E, que representa o interior do cano. Dessa forma, V é um
campo vetorial em R³, chamado campo de velocidade. A figura abaixo ilustra um
campo de velocidade. A velocidade escalar é indicada pelo comprimento da seta
(KAPLAN,1972):
Gradiente e Divergente Rotacional

O gradiente é interpretado como a direção em que a máxima variação da função


ocorre. Fisicamente, o divergente é interpretado como um fluxo pontual. Fisicamente,
o Laplaciano é interpretado como a concavidade no comportamento da função.
Fisicamente, o rotacional é interpretado como uma circulação no espaço.

Se F = Pi + Qj + Rk é um campo vetorial em R³, então o rotacional de F, denotado por


rot F, é o campo vetorial dado pelo produto vetorial do operador diferencial com F, ou
seja, rot F = ∇ × F.

O rotacional e o divergente satisfazem propriedades semelhantes à derivada. Por


exemplo:

Linearidade: Se a e b são constantes, então:

∇ · (aF + bG) = a∇ · F + b∇ · G

∇ × (aF + bG) = a∇ × F + b∇ × G.

Produto: Se ϕ é um campo escalar, então:

∇ · (ϕF) = (∇ϕ) · F + ϕ(∇ · F),

∇ × (ϕF) = (∇ϕ) × F + ϕ(∇ × F)

No Sistema de coordenadas cartesiano em três dimensões, o gradiente de alguma


função f(x,y,z) é dada por:

onde i, j, k são os vetores de uma Base


ortonormal.

O gradiente de um campo tensorial, {A} , de ordem n é geralmente escrito como:

e é um campo tensorial de ordem n + 1. Em particular, se o campo

tensorial tem ordem 0, como por exemplo um campo escalar o gradiente resultante,

é um campo vetorial.
REFERÊNCIAS:

GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo. Livros técnicos e Científicos


Editora, Rio de janeiro, vol. 2, 3 ed. 1998.

KAPLAN, Wilfred. Cálculo avançado. Edgard Blücher: Editora da Universidade de São


Paulo, São Paulo, 1972.

FEYNMAN, R. P.; Leighton, R. B.; Sands, M. (1964). The Feynman Lectures on


Physics. [S.l.]: Addison-Wesley. Vol II, p. 27–4.

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