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O U T RO S D A N O S À S A Ú D E
Mario não está bem, às vezes, sente dor nas costas, nos olhos e, outras vezes, têm
insônia e, geralmente, acorda triste. Outros colegas também reclamam, sentem
saudades dos tempos anteriores em que as pessoas se relacionavam mais, em que os
locais eram antigos e estavam situados no coração da cidade, com lojas e cafés ao
redor onde podiam ir, na hora do café da manhã, trocar opiniões ou ver pessoas
diferentes com as quais cada dia se cruzavam na cafeteria.
- E o bairro onde estavam era triste e perdia muito tempo para se deslocar.
Mario falta, frequentemente, ao trabalho e diz que é difícil se sentir irresponsável porque
se aborrece muito em casa e, às vezes, vai ao trabalho apesar de não estar muito bem.
Mario toma antidepressivos e pratica um pouco de esporte. Não entende o que está
acontecendo. Sua médica diagnosticou esgotamento e um pequena depressão.
Um dia, enquanto está seguindo com o olhar as cifras que aparecem na tela de seu
computador, começa a dar-se conta das coisas.
Mario lembra que, no mês passado, Luis solicitou sua transferência ao departamento de
caixa. Todos atribuem este mau ambiente a Josefa e esperam que ela se aposente no
próximo ano.
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Porém, Mario se questiona se o problema é só Josefa. É certo que ela não facilita as
boas relações por seu aspecto sério, mas possivelmente há outras coisas que também
influeciam no mau ambiente.
Por exemplo, os rumores que circulam no escritório sobre o futuro do banco. O que
acontecerá conosco? Vai haver reestruturações? Demissões? Desempregos?...
-Fazemos um trabalho repetitivo- pensa Mario -com um ritmo cada vez maior. Além
disso, observo que as pessoas não se falam entre si. Só se olham com certa hostilidade,
o que torna o trabalho insuportável-.
Caso comente ao médico da empresa, este lhe dirá que já conhecia essa situação,
assim como o especialista em ergonomia e psicossociologia e o diretor:
MÉDICO: Porque muitos trabalhadores estão como Mario, doentes e sem motivos
aparentes para estar.
Um mês depois, o Comitê de Segurança e Saúde aborda o problema desta fadiga geral.
Cada um dá sua própria visão dos fatos. A opinião de cada um deles é diferente. Para
alguns o mais importante é o aumento do absentismo. Para outros o aumento do mal-
estar.
Comitê de Segurança e Saúde realizar uma pesquisa com os trabalhadores, com todas
as ajudas internas necessárias (Serviço de Prevenção, Recursos humanos...).
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A que conclusão chegará? Que ameaças pesam sobre o futuro da empresa? Por que é
melhor o ambiente de caixa que o de contabilidade? Quais são os riscos do trabalho
com telas?
A reunião ocorreu nos finais da semana passada. Mario sorri quando um representante
do Comitê, depois da reunião, comenta-lhe: -É possível que, pelo menos, tenhamos a
oportunidade de falar com sinceridade sobre os problemas da empresa.
Para expor o trabalho preventivo de forma que seja uma maneira real de manter e
melhorar nossa saúde, deve-se considerar:
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produto tóxico ou com determinadas condições de trabalho, maior será a
probabilidade dessa enfermidade ser reconhecida, em um período de tempo não
muito longo, como enfermidade profissional.
Convém lembrar: este tipo de enfermidades que não está incluído no quadro de
enfermidades profissionais pode ser declarado como “acidente de trabalho”
desde que se prove que a enfermidade tem sua causa exclusiva na execução do
trabalho por conta alheia.
Para atuar sobre estes danos à saúde, contamos com a Ergonomia e Psicosociologia
aplicada à prevenção de riscos trabalhistas, além da contribuição geral da Medicina do
Trabalho da mesma forma que se faz em relação aos acidentes de trabalho e às
enfermidades profissionais.
Globalmente, a Ergonomia pode ser definida como o conjunto de técnicas cujo objetivo
é a adequação do trabalho à pessoa.