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Sistema de Segurança

l
Social
Manual do Formador

CURSO: Contabilidade e Apoio à Gestão

Maria d
Sistemas Aprendizagem – Contabilidade e apoio à Gestão

Conteúdos da UFCD:

• Segurança social em Portugal

− Direito à segurança social

− Princípios básicos

− Regime geral

− Particularidades do sistema

• Documentação obrigatória

• Ficha de inscrição

• Folha de contribuições

• Incidência

• Isenções

• Taxas

• Liquidação e cobrança

 Abordagem a diferentes tipos de subsídios – licença parental, subsídio de


desemprego, subsídio de doença, etc.
Exemplos de requerimentos de subsidiação pela segurança Social.

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Introdução

Neste módulo Sistemas da Segurança Social, prente-se despertar o interesse sobre a


protecção social no âmbito da Segurança Social.

Ao longo das 25 horas do módulo serão abordados temas como o regime geral dos
trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes e o regime social
voluntário, com o objectivo de vocês formandos no final serem capazes de:

 Reconhecer os procedimentos a adoptar no relacionamento com a Segurança


Social;
 Conhecer as diferenças entre Regime Geral e outros Regimes;
 Identificar a preparação de documentação para preenchimento de requisitos de
Inscrição e Enquadramento na Segurança Social;
 Conhecer as novas e diferentes rubricas sujeitas a desconto para a Segurança
Social;
 Enumerar as eventualidades cobertas pelo Regime Geral
 Identificar as diferentes situações de categorias específicas enquadráveis;
 Identificar as diferentes taxas na Desagregação por eventualidades
 Conhecer as diferenças relativas às novas taxas contributivas;
 Identificar as categorias de trabalhadores abrangidos pelo Regime Geral.

O presente manual servirá de apoio ao vosso estudo, mas não podemos esquecer, que
assuntos relacionados com Segurança Social está em constante mudança, como tal,
aconselho a consulta do site da segurança social (www.seg-social.pt), com regularidade.

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SEGURANÇA SOCIAL EM PORTUGAL

A segurança social é basicamente um sistema que visa proteger os cidadãos face à


ocorrência de determinadas contingências ou riscos sociais, assegurando nessas
situações rendimentos de substituição de rendimentos de trabalho perdidos temporária
ou definitivamente, rendimentos de compensação de encargos suportados ou, em caso
de grave carência, rendimentos sociais mínimos de subsistência.

QUEM TEM DIREITO À SEGURANÇA SOCIAL

Em princípio e de acordo com o artigo 63º da Constituição da República Portuguesa,


todos tem direito à Segurança Social.

Em conformidade com este princípio, a lei regula as formas de enquadramento e as


condições de acesso dos cidadãos aos diferentes subsistemas e regimes de protecção
social, bem como as prestações atribuídas no âmbito de cada um deles.

O SISTEMA PÚBLICO DE SEGURANÇA SOCIAL (SPSS)

É um sistema organizado e gerido pelo Estado para garantir aos cidadãos beneficiários
do sistema o direito a determinadas prestações sociais de acordo com as normas
aplicáveis.

O SPSS é constituído por três Subsistemas:

1.º. O subsistema previdencial;


2.º. O Subsistema de Solidariedade;
3.º. O Subsistema de Protecção Familiar.

SUBSISTEMA PREVIDENCIAL

O subsistema Previdencial assenta nos princípios da solidariedade profissional e da


Contributividade e visa garantir prestações pecuniárias (dinheiro) substitutivas de
rendimentos de trabalho perdidos em consequência da verificação de determinadas
situações, denominadas eventualidades, doença, desemprego, acidentes de trabalho,
doenças profissionais, invalidez, velhice e morte.

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Este subsistema é financiado basicamente pelas contribuições dos trabalhadores e das


suas entidades empregadoras.

Inclui o regime geral dos trabalhadores por conta de outrem, o regime dos trabalhadores
independentes e o regime do seguro social voluntário.

SUBSISTEMA DE SOLIDARIEDADE

O Subsistema de Solidariedade abrange potencialmente todos os cidadãos nacionais,


bem como os cidadãos estrangeiros com residência legal, e visa com base num princípio
de solidariedade social, assegurar determinados direitos essenciais de subsistência,
através da concessão de prestações em situações de comprovada carência económica.

É financiado por transferências do Orçamento de Estado, isto é por impostos.

Inclui o regime não contributivo, o regime especial de segurança social das actividades
agrícolas e o rendimento social de inserção.

SUBSISTEMA DE PROTECÇÃO FAMILIAR

O Subsistema de Protecção Familiar abrange todas as pessoas residentes em território


nacional e tem como objectivo garantir a protecção nas seguintes eventualidades:

 Encargos familiares;
 Encargos no domínio da deficiência;
 Encargos no domínio da dependência.

É financiado de forma tripartida através das contribuições de trabalhadores,


empregadores e transferências do Orçamento de Estado.

A VINCULAÇÃO NO SISTEMA DE SEGURANÇA SOCIAL

A relação jurídica de vinculação é a ligação estabelecida entre as pessoas singulares


ou colectivas e o sistema previdencial de segurança social, tem por objecto a
determinação dos titulares do direito à protecção social, bem como dos sujeitos das
suas obrigações.

Esta vinculação efectiva-se através da inscrição na instituição de segurança social


competente.

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A inscrição pressupõe a identificação do interessado no sistema de segurança social


através de um número de identificação na segurança social (NISS - Ex: 11334567890)

Porque ainda hoje há quem não reconheça o seu número de beneficiário antigo (Pessoa
Singular) no NISS, que actualmente é composto por 11 algarismos, exemplifica-se
aqui o seu modo de composição:

Já para as novas inscrições a composição do NISS é deste modo:

No que respeita às Pessoas Colectivas (PC) como Entidades Empregadoras a sua


inscrição e atribuição de NISS, processa-se desta forma:

Para as Pessoas Colectivas que já se encontravam inscritas, os quatro primeiros dígitos


seriam 2 000, sendo os restantes 6 atribuídos sequencialmente e mais o Check Digit.

A inscrição é o acto administrativo pelo qual se efectiva a vinculação ao sistema


previdencial da segurança social, conferindo:

 A qualidade de beneficiário às pessoas singulares que preenchem as condições


de enquadramento no âmbito pessoal de um dos regimes abrangidos pelo
sistema previdencial;
 A qualidade de contribuinte às pessoas singulares ou colectivas que sejam
entidades empregadoras.

A inscrição dos beneficiários é obrigatória e vitalícia permanecendo


independentemente dos regimes em cujo âmbito o indivíduo se enquadre.

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A inscrição das entidades empregadoras é obrigatória, única e definitiva.

O enquadramento é o acto administrativo pelo qual a instituição de segurança social


competente reconhece, numa situação de facto, a existência dos requisitos materiais
legalmente definidos para ser abrangido por um regime de segurança social.

Sempre que ocorra em relação à mesma pessoa mais de um enquadramento estes são
efectuados por referência ao mesmo NISS.

Como se vê pelo exemplo o Beneficiário teve vários enquadramentos e mantém dois


deles (TI – Trabalhador Independente e TCO – Trabalhador por Conta de Outrem) em
aberto, ou seja, com actividade.

A relação jurídica contributiva consubstancia – se no vínculo de natureza


obrigacional que liga ao sistema previdencial:
 Os trabalhadores e as respectivas entidades empregadoras;
 Os trabalhadores independentes e quando aplicável as pessoas colectivas e as
pessoas singulares com actividade empresarial que com eles contratam;
 Os beneficiários do regime de seguro social voluntário.

A relação jurídica contributiva mantém – se mesmo nos casos em que normas


especiais determinem a dispensa temporária, total ou parcial, ou a redução do
pagamento de contribuições.

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A obrigação contributiva tem por objecto o pagamento regular de contribuições e


de quotizações por parte das pessoas singulares e colectivas que se relacionam com o
sistema previdencial de segurança social.

As contribuições são da responsabilidade das entidades empregadoras, dos


trabalhadores independentes, das entidades contratantes e dos beneficiários do
seguro social voluntário, consoante os casos, e as quotizações são da
responsabilidade dos trabalhadores, nos termos previstos no presente Código.

As contribuições e quotizações destinam-se ao financiamento do sistema


previdencial que tem por base uma relação sinalagmática directa entre a obrigação
legal de contribuir e o direito às prestações.

As contribuições e as quotizações são prestações pecuniárias destinadas à efectivação


do direito à segurança social.

O montante das contribuições e das quotizações é determinado pela aplicação da taxa


contributiva às remunerações que constituem base de incidência contributiva.

Considera-se base de incidência contributiva o montante das remunerações, reais ou


convencionais, sobre as quais incidem as taxas contributivas, para efeitos de
apuramento do montante das contribuições e das quotizações.

A taxa contributiva representa um valor em percentagem, determinado


actuarialmente em função do custo da protecção das eventualidades, sendo afecta à
cobertura das diferentes eventualidades e às políticas activas de emprego e valorização
profissional.

A instituição de segurança social competente procede ao registo das remunerações


sobre as quais incidiram as contribuições e as quotizações, bem como dos respectivos
períodos contributivos.

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O registo referido constitui a carreira contributiva dos beneficiários relevante para


efeitos de atribuição das prestações.

O registo de remunerações pode efectuar-se por equivalência à entrada de


contribuições nos termos legalmente previstos.

A equivalência à entrada de contribuições é o instituto jurídico que permite manter


os efeitos da carreira contributiva dos beneficiários com exercício de actividade que,
em consequência da verificação de eventualidades protegidas pelo regime geral, ou
da ocorrência de outras situações consideradas legalmente relevantes, deixem de receber
ou vejam diminuídas as respectivas remunerações.

A protecção social conferida pelos regimes do sistema previdencial íntegra a protecção


nas eventualidades de doença, maternidade, paternidade e adopção, desemprego,
doenças profissionais, invalidez, velhice e morte, de acordo com o especificamente
regulado para cada eventualidade.

REGIME GERAL DOS TRABALHADORES POR CONTA DE OUTREM

Âmbito

São abrangidos pelo regime geral, com carácter de obrigatoriedade, os trabalhadores


que exercem actividade profissional remunerada ao abrigo de contrato de trabalho
nos termos do disposto no Código do Trabalho, e bem assim as Pessoas Singulares
equiparadas a TCO para efeitos da relação jurídica com a Segurança Social.

Consideram-se, em especial, também abrangidos pelo regime geral:


 Os trabalhadores destacados sem prejuízo do disposto em legislação própria e em
instrumentos internacionais a que Portugal se encontre vinculado;
 Os trabalhadores que exercem a respectiva actividade em estabelecimentos de
turismo rural, turismo de habitação e agro-turismo;
 Os trabalhadores que prestam serviço de limpeza em prédios em regime de
propriedade horizontal.

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Neste amplo conjunto incluem-se por exemplo:


Todos os trabalhadores vinculados a uma entidade empregadora por Contrato
Trabalho ou equiparado;

 Sócios trabalhadores remunerados e subordinados à administração;


 Gerentes comerciais;
 Trabalhadores da Administração pública contratados;
 Técnicos e gestores eleitos ou requisitados;
 Praticantes Desportivos Profissionais;
 Docentes do ensino particular e cooperativo;
 Membros das Igrejas, Associações e Confissões Religiosas;
 Pescadores (pesca local e costeira);
 Militares (Voluntários e de contrato);
 Formandos;
 Trabalhadores no domicílio;
 Trabalhadores do Serviço Doméstico;

Entre outros...

São excluídos do âmbito de aplicação do regime geral, os trabalhadores


abrangidos pelo regime de protecção social convergente dos trabalhadores que
exercem funções públicas ou que nos termos da lei tenham optado pelo regime de
protecção social pelo qual estão abrangidos, desde que este seja de inscrição
obrigatória.
A exclusão respeita exclusivamente à actividade profissional que determina a
inscrição nos regimes de protecção social de inscrição obrigatória.

As pessoas singulares ou colectivas que beneficiem da actividade dos trabalhadores


são abrangidas pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem na qualidade
de entidades empregadoras, independentemente da sua natureza e das finalidades que
prossigam.

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RELAÇÃO JURIDICA DE VINCULAÇÃO NO REGIME GERAL DE TPO


(TRABALHADOR POR CONTA DE OUTREM)

A admissão dos trabalhadores é obrigatoriamente comunicada, pelas entidades


empregadoras, através de qualquer meio escrito ou online no sítio da Internet da
Segurança Social, à instituição de segurança social competente, e deve ser efectuada:

 Entre a data da celebração do contrato de trabalho e o fim da primeira


metade do período normal de trabalho diário;

 Até ao fim da primeira metade do período normal de trabalho do 1.º dia útil
seguinte ao do início de produção de efeitos do contrato de trabalho, (sempre que por
razões excepcionais e devidamente fundamentadas ligadas à urgência do início da
prestação de trabalho ou à prestação de trabalho por turnos a comunicação não possa
ser efectuada no prazo previsto acima).

Com a comunicação, a entidade empregadora declara à instituição de segurança social


o NISS, se o houver, se o contrato de trabalho é a termo resolutivo ou sem termo e
os demais elementos necessários ao enquadramento do trabalhador.

Sem prejuízo de incorrer em contra-ordenação, na falta de cumprimento da obrigação


de comunicação, presume-se que o trabalhador iniciou a prestação de trabalho ao
serviço da entidade empregadora faltosa no 1.º dia do 6.º mês anterior ao da
verificação do incumprimento.

Esta presunção é eliminável por prova de que resulte a data em que teve,
efectivamente, início a prestação de trabalho.

De igual modo se não for cumprida a obrigação de comunicação da natureza de


contrato é em relação a esse trabalhador aplicada a taxa contributiva mais elevada.

Após o cumprimento da comunicação, pelas entidades empregadoras, a instituição de


segurança social competente procede à inscrição dos trabalhadores que não se
encontrem já inscritos.

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A inscrição reporta-se à data do início do exercício de actividade profissional.


Sequencialmente é efectuado o enquadramento, o qual se reporta também à data do
início do exercício da actividade profissional, conforme exemplo que já se deu e aqui
assinalado nestas duas vertentes.

A entidade empregadora é obrigada a declarar à instituição de segurança social


competente a cessação, a suspensão do contrato de trabalho e o motivo que lhes deu
origem, bem como a alteração da modalidade de contrato de trabalho.

Sem prejuízo da aplicação de contra-ordenação, enquanto não for cumprido o


disposto da comunicação, presume-se a existência da relação laboral, mantendo-- se a
obrigação contributiva.

Os trabalhadores abrangidos pelo regime geral devem declarar à instituição de


segurança social competente o início de actividade profissional ou a sua vinculação a
uma nova entidade empregadora e a duração do contrato de trabalho, para que haja
relevância dos períodos de actividade profissional não declarados.

A inscrição das pessoas colectivas é feita oficiosamente na data da sua constituição


sempre que esta obedeça ao regime especial de constituição imediata de sociedades e
associações ou ao regime especial de constituição online de sociedades e bem assim das
representações permanentes em Portugal de entidades estrangeiras.

Quando estas inscrições de pessoas colectivas e de representações permanentes de


entidades estrangeiras, não sejam efectuadas nos termos acima previstos, bem como a
das pessoas singulares, que beneficiam da actividade profissional de terceiros,

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prestada em regime de contrato de trabalho, é feita oficiosamente na data da


participação de início do exercício de actividade (ou no caso das Pessoas Singulares
pode ser feita ainda na data da admissão do primeiro trabalhador).

As entidades empregadoras devem comunicar à instituição de segurança social


competente a alteração de quaisquer dos elementos relativos à sua identificação,
incluindo os relativos aos estabelecimentos, bem como o início, suspensão ou cessação
de actividade.
Estas comunicações consideram-se cumpridas perante a segurança social sempre que
sejam efectuadas à administração fiscal ou possam ser oficiosamente obtidas nos
termos legalmente previstos.

Sempre que os elementos referidos acima não possam ser obtidos oficiosamente ou
suscitem dúvidas, são as entidades empregadoras notificadas para, no prazo de 10 dias
úteis, os apresentarem à instituição de segurança social competente, ficando sujeito a
uma contra-ordenação

No entanto, se a documentação entregue para efeitos de inscrição/enquadramento não


estiver completa, a Entidade tem um prazo de 90 dias após o registo no serviço do
Registo Nacional de Pessoas Colectivas.

Qualquer alteração aos elementos de registo de uma Entidade ou a própria Cessação


tem um prazo de 10 dias úteis após a verificação dos factos, para o fazer.

A inscrição e o enquadramento dos trabalhadores por conta de outrem compete aos


serviços do ISS, I. P., ou aos serviços da segurança social das Regiões Autónomas em
cujo âmbito territorial se situe a sede ou o estabelecimento da entidade empregadora,
sem prejuízo do estabelecido quanto ao âmbito pessoal de caixas de previdência social.

A inscrição e o enquadramento dos trabalhadores independentes e dos


beneficiários do seguro social voluntário compete aos serviços do ISS, I. P., ou aos
serviços da segurança social das Regiões Autónomas em cujo âmbito territorial se situe

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a residência do trabalhador, sem prejuízo do estabelecido quanto ao âmbito pessoal de


caixas de previdência social.

RELAÇÃO JURÍDICA CONTRIBUITOVA DO REGIME GERAL (TPCO)

A obrigação contributiva constitui-se com o início do exercício de actividade


profissional pelos trabalhadores ao serviço das entidades empregadoras.

A obrigação contributiva das entidades contribuintes compreende a declaração em


relação a cada um dos trabalhadores ao seu serviço, dos tempos de trabalho, do valor
das remunerações devidas aos trabalhadores e o pagamento das contribuições e das
quotizações, de acordo com a taxa contributiva aplicável.

A obrigação contributiva vence-se no último dia de cada mês do calendário.

As entidades empregadoras, para efeitos de segurança social, são consideradas


entidades contribuintes.

A declaração de remunerações prevista no número anterior deve ser efectuada até ao


dia 10 do mês seguinte àquele a que diga respeito.

A declaração de remunerações é apresentada por transmissão electrónica de dados,


através do sítio da segurança social na Internet, sem prejuízo do disposto no item
seguinte.

As entidades contribuintes que sejam pessoas singulares e que tenham ao seu serviço
apenas um trabalhador podem optar pelo envio da declaração em suporte de papel
ou através da transmissão electrónica de dados, sendo a opção por esta última
irrevogável.

A não utilização dos suportes previstos nos números anteriores, determina a rejeição
da declaração por parte dos serviços competentes, considerando-se a declaração como
não entregue.

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As entidades contribuintes são responsáveis pelo pagamento das contribuições e das


quotizações dos trabalhadores ao seu serviço. Aquelas descontam nas remunerações
dos trabalhadores ao seu serviço o valor das quotizações por estesdevidas e remetem-
no, juntamente com o da sua própria contribuição, à instituição de segurança social
competente.

O pagamento das contribuições e das quotizações é mensal e é efectuado do dia 10


até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que as contribuições e as quotizações dizem
respeito.

Base de Incidência Contributiva no regime TPCO.

Para a determinação do montante das contribuições das entidades empregadoras e


das quotizações dos trabalhadores, considera-se base de incidência contributiva a
remuneração ilíquida devida em função do exercício da actividade profissional ou
decorrente da cessação do contrato de trabalho.

Taxas Contributivas

A taxa contributiva do regime geral é determinada, de forma global, de harmonia com


o seu âmbito material, e integra o custo correspondente a cada uma das
eventualidades (*), sendo este calculado em função do valor de cada uma das seguintes
parcelas:

 Custo técnico das prestações;


 Encargos de administração;
 Encargos de solidariedade laboral;
 Encargos com políticas activas de emprego e valorização profissional.

(*) – Eventualidades de doença, parentalidade, desemprego, doenças profissionais,


invalidez, velhice e morte.

Desagregação da taxa contributiva global

A taxa contributiva global do regime geral correspondente ao elenco das


eventualidades protegidas é de 34,75 %, cabendo 23,75 % à entidade empregadora e 11

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% ao trabalhador, sem prejuízo de as taxas contributivas aplicáveis a categorias de


trabalhadores ou a situações específicas serem fixadas por referência ao custo de
protecção social de cada uma das eventualidades garantidas, tendo em conta as
parcelas que compõem o custo previsto para cada uma.

A taxa contributiva global é desagregada por cada eventualidade que integra o


regime geral dos trabalhadores por conta de outrem.

O seguinte quadro configura a diferença da mesma taxa global, nos termos que
vigorava anteriormente e a do presente Código, correspondendo também às
eventualidades ainda ali referenciadas.

A taxa contributiva global desagregada deve ser revista quinquenalmente, com base
em estudos actuarias a desenvolver para o efeito.

Nas situações aqui previstas a taxa contributiva é determinada nos termos gerais (ou
seja, 34,75 %, cabendo 23,75 % à entidade empregadora e 11 % ao trabalhador, ou
situações de taxas reduzidas em função das eventualidades concedidas).

A fixação de taxas contributivas mais favoráveis do que a que está em geral


estabelecida ( 34,75% ), traduz-se na redução da taxa contributiva global na parte
imputável à entidade empregadora, ao trabalhador ou a ambos, conforme o
interesse que se visa proteger, como é por exemplo o caso das Entidades sem fins
lucrativos, abaixo indicado. Ter em atenção que a taxa actual para estas Entidades

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(IPSS’s) é hoje de 30,6 %, contudo será alterada progressivamente até atingir o


valor em 2016 de 33.3%.

REGIME DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES

Âmbito de Aplicação

São obrigatoriamente abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes as


pessoas singulares que exerçam actividade profissional sem sujeição a contrato de
trabalho ou a contrato legalmente equiparado, ou se obriguem a prestar a outrem o
resultado da sua actividade, e não se encontrem por essa actividade abrangidos pelo
regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem.

Categorias de trabalhadores abrangidos

São, designadamente, abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes:

 As pessoas que exerçam actividade profissional por conta própria geradora


de rendimentos a que se reportam os artigos 3.º e 4.º do Código do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares;

 Os sócios ou membros das sociedades de profissionais definidas na alínea a)


do n.º 4 do artigo 6.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas;

 Os cônjuges dos trabalhadores referidos no 1º. item, que com eles


exerçam efectiva actividade profissional com carácter de regularidade e de
permanência;

 Os sócios de sociedades de agricultura de grupo ainda que nelas exerçam


actividade integrados nos respectivos órgãos estatutários;

 Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda


que a actividade nelas exercida se traduza apenas em actos de gestão, desde que tais
actos sejam exercidos directamente, de forma reiterada e com carácter de permanência
(actividade regular).

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Situações excluídas

São excluídos do âmbito pessoal do regime dos trabalhadores independentes:


 Os advogados e os solicitadores que, em função do exercício da sua actividade
profissional, estejam integrados obrigatoriamente no âmbito pessoal da respectiva
Caixa de Previdência, mesmo quando a actividade em causa seja exercida na qualidade
de sócios ou membros das sociedades referidas na alínea b) do artigo 133.º ( Soc.
Profissionais );

 Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda


que nelas desenvolvam alguma actividade, desde que da área, do tipo e da organização
da exploração se deva concluir que os produtos se destinam predominantemente ao
consumo dos seus titulares e dos respectivos agregados familiares;

 Os trabalhadores que exerçam em Portugal, com carácter temporário,


actividade por conta própria e que provem o seu enquadramento em regime de
protecção social obrigatório de outro país.

Relação Jurídica de Vinculação no regime de trabalhador


independente (TI)

Comunicação de início de actividade

A administração fiscal comunica oficiosamente, por via electrónica, à instituição de


segurança social competente o início de actividade dos trabalhadores independentes,
fornecendo-lhe todos os elementos de identificação, incluindo o número de
identificação fiscal.

Com base na comunicação efectuada, nos termos do item anterior, a instituição de


segurança social competente procede à identificação do trabalhador independente no
sistema de segurança social, ou à actualização dos respectivos dados, caso este já se
encontre identificado

Inscrição e enquadramento

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A partir dos elementos constantes da comunicação referida no item anterior a


instituição de segurança social competente procede à inscrição do trabalhador, quando
necessário, e ao respectivo enquadramento no regime dos trabalhadores
independentes.

A inscrição e o enquadramento dos trabalhadores independentes compete aos


serviços do ISS, I. P., ou aos serviços da segurança social das Regiões Autónomas
em cujo âmbito territorial se situe a residência do trabalhador, sem prejuízo do
estabelecido quanto ao âmbito pessoal de caixas de previdência social.

Os trabalhadores independentes estão sujeitos a enquadramento no regime mesmo que


se encontrem nas condições determinantes do direito à isenção.

O enquadramento dos cônjuges tem lugar mediante comunicação, está sujeito às


limitações estabelecidas no presente regime e dá lugar a inscrição se esta ainda não
existir, devendo a instituição de segurança social competente notificar o trabalhador
independente da inscrição e do enquadramento efectuados, bem como dos
respectivos efeitos.

Produção de efeitos

No caso de primeiro enquadramento no regime dos trabalhadores independentes, o


enquadramento só produz efeitos quando o rendimento relevante anual do
trabalhador ultrapasse seis vezes o valor do IAS e após o decurso de pelo menos 12
meses, nestes termos:

 No 1.º dia do 12.º mês posterior ao do início de actividade quando tal ocorra
em data posterior a Setembro;
 No 1.º dia do mês de Outubro do ano subsequente ao do início de actividade
nos restantes casos.
 No caso de reinício de actividade, o enquadramento produz efeitos no 1.º dia
do mês seguinte àquele reinício.
 No caso de requerimento apresentado por cônjuge de trabalhador
independente, o enquadramento produz efeitos no 1.º dia do mês seguinte ao

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deferimento, após prévia produção de efeitos de enquadramento do Trabalhador


Independente.

O quadro abaixo sintetiza os diferentes enquadramentos que se verificam no Regime


dos Trabalhadores Independentes.

Produção de efeitos facultativa

Como vimos no quadro anterior os trabalhadores independentes podem requerer que


o enquadramento neste regime produza efeitos:
 Quando o rendimento relevante anual seja igual ou inferior a seis vezes o
valor do IAS;
 Em data anterior às datas previstas nos enquadramentos obrigatórios.
Nas situações previstas nos itens anteriores o enquadramento produz efeitos no 1.º dia
do mês seguinte ao da apresentação do requerimento.

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Cessação do enquadramento
A cessação do exercício da actividade por conta própria determina a cessação do
enquadramento no regime dos trabalhadores independentes.

A cessação do enquadramento é efectuada oficiosamente com base na troca de


informação com a administração fiscal relativa à participação de cessação do exercício
de actividade.

Sem prejuízo do disposto nos itens anteriores, o enquadramento pode ainda cessar a
requerimento dos trabalhadores quando se tratar de enquadramentos facultativos.

Neste caso a cessação do enquadramento no regime produz efeitos a partir do 1.º dia
do mês seguinte àquele em que cesse a actividade.

Relação Jurídica Contributiva do regime geral de TI

Obrigação contributiva

A obrigação contributiva dos trabalhadores independentes constitui-se com o início


dos efeitos do enquadramento e efectiva-se com o pagamento de contribuições, nos
termos regulados no presente regime.

Os trabalhadores independentes são, no que se refere à qualidade de contribuintes,


equiparados às entidades empregadoras.

A obrigação contributiva das entidades contratantes constitui-se com a prestação do


serviço pelo trabalhador independente e efectiva-se com o pagamento de
contribuições, nos termos regulados no presente regime.
A obrigação contributiva dos trabalhadores independentes compreende o pagamento
de contribuições e a declaração anual dos serviços prestados.

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PROTECÇÃO GARANTIDA NO REGIME DOS TRABALHADORES


INDEPENDENTES

O regime dos trabalhadores independentes tem dois esquemas de protecção:

 O obrigatório, que é mais restrito;


 O alargado que cobre mais eventualidades.

O esquema obrigatório cobre a invalidez, velhice e morte;

O esquema alargado cobre para além destas a parentalidade, a doença e a doença


profissional.

CALCULO DAS CONTRIBUIÇÕES NO REGIME DOS TRABALHADORES


INDEPENDENTES

As taxas contributivas variam de acordo com o esquema de protecção escolhido, sendo


de 25,4% no esquema obrigatório e 32% no esquema alargado.

A taxa correspondente ao esquema escolhido incide sobre uma remuneração


convencional escolhida de entre 10 escalões referenciados ao valor do Indexante de
Apoios Sociais (IAS).

Os escalões variam entre 1,5 e 12 IAS.

O IAS para 2010 é de 419,22€.

De referir, que o calculo das contribuições para o regime geral de trabalhadores


independentes, será alterado a partir do próximo ano de 2011, sendo a partir de
Janeiro do próximo ano o cálculo das contribuições terem como base os rendimentos
de IRS do ano anterior, como passo a explicar seguidamente:

Sem prejuízo dos coeficientes previstos para o regime simplificado previsto no Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o rendimento relevante do
trabalhador independente é determinado nos seguintes termos:

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 70 % do valor total de prestação de serviços no ano civil imediatamente


anterior ao momento de fixação da base de incidência contributiva;
 20 % dos rendimentos associados à produção e venda de bens no ano civil
imediatamente anterior ao momento de fixação da base de incidência
contributiva.
O rendimento referido nos itens anteriores é apurado pela instituição de segurança
social competente com base nos valores declarados para efeitos fiscais

Sem prejuízo do disposto nos itens seguintes, constitui base de incidência contributiva
o escalão de remuneração determinado por referência ao duodécimo do rendimento
relevante.

Para efeitos da fixação da base de incidência contributiva o trabalhador independente


pode optar pelo escalão imediatamente anterior ao que lhe corresponde pelo
apuramento dos valores (IRS ), conforme se indica no exemplo do quadro seguinte.

Fica assim deste modo registado o modelo de apuramento do escalão face aos valores
apurados do IRS (neste caso o de 2009 face ao adiamento considerado para Janeiro
de2011), para um beneficiário Independente com apenas uma actividade.

Com esta alteração, todos os trabalhadores ficam abrangidos por todas as


eventualidades, deixando de existir diferenciação entre regime alargado e obrigatório.

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A taxa contributiva anterior era de 32%, a partir de Janeiro de 2011 a taxa a aplicar
mediante o escalão calculado será de 24,6% para o prestador de serviços, como se pode
verificar o quadro anterior.
Declaração de serviços prestados
Os trabalhadores independentes são obrigados a declarar à instituição de segurança
social competente, em relação a cada uma das entidades contratantes a quem
prestaram serviços, o valor dos serviços prestados no ano civil a que respeitam.

A declaração referida no item anterior deve ser apresentada até ao dia 15 do mês de
Fevereiro do ano civil seguinte ao que respeita.

Responsabilidade pelo cumprimento da obrigação contributiva


Tanto os trabalhadores independentes, como as entidades contratantes são
responsáveis pelo pagamento da contribuição que lhes é cometida nos termos do
presente regime.

A contribuição dos trabalhadores independentes é devida a partir da produção de


efeitos do enquadramento ou da cessação da isenção da obrigação de contribuir.

O pagamento da contribuição prevista no item anterior é mensal e é efectuado até ao


dia 20 do mês seguinte àquele a que respeita.

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As contribuições das entidades contratantes reportam-se a trimestres do ano civil e o


prazo para o seu pagamento é fixado do dia 10 ao dia 20 do mês seguinte ao
trimestre a que respeita.

Isenção da obrigação de contribuir


Os trabalhadores independentes estão isentos da obrigação de contribuir quando
acumulem actividade independente com actividade profissional por conta de
outrem, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições:

 O exercício da actividade independente e a outra actividade sejam prestadas


a empresas distintas e que não tenham entre si uma relação de domínio ou de grupo;
 O exercício de actividade por conta de outrem determine o enquadramento
obrigatório noutro regime de protecção social que cubra a totalidade das
eventualidades abrangidas pelo regime dos trabalhadores independentes;
 O valor da remuneração anual considerada para o outro regime de protecção
social seja igual ou superior a 12 vezes o valor do IAS.

Inexistência da obrigação de contribuir


Não existe obrigação contributiva do trabalhador independente quando:

 Haja reconhecimento do direito à respectiva isenção;


 Ocorra suspensão do exercício de actividade, devidamente justificada;
 Se verifique período de comprovada incapacidade ou indisponibilidade para o
trabalho por parentalidade, ainda que não haja direito à atribuição ou ao pagamento
dos respectivos subsídios;
 Se verifique situação de incapacidade temporária para o trabalho,
independentemente de haver, ou não, direito ao subsídio de doença, nos termos
estabelecidos neste regime.

A inexistência da obrigação de contribuir quando se verifique situação de


incapacidade temporária para o trabalho inicia-se a partir da verificação da

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incapacidade temporária, se a mesma conferir direito ao subsídio sem exigência do


período de espera, e no 31.º dia posterior àquela verificação, nas demais situações.

Cessação da obrigação contributiva

A obrigação contributiva cessa a partir do 1.º dia do mês seguinte àquele em que
cesse a actividade.

QUEM PODE ENQUADRAR-SE NO REGIME DO SEGURO SOCIAL


VOLUNTÁRIO

Pode enquadrar-se neste regime qualquer cidadão maior de 18 anos, apto para o trabalho
que não esteja abrangido por outro regime de protecção social, designadamente:

1. Cidadãos nacionais ou de outros estados membros da União Europeia residentes


em Portugal;
2. Cidadãos nacionais que não exerçam actividade profissional ou que a exerçam
no estrangeiro, sem estarem abrangidos por instrumentos internacionais de
segurança social;
3. Trabalhadores que exerçam actividade em barcos de empresas estrangeiras;
4. Voluntários sociais;
5. Bombeiros voluntários sem actividade profissional;
6. Bolseiros de investigação científica.
7. Os praticantes desportivos de alto rendimento.
8. Os bolseiros de investigação que reúnam as condições definidas no Estatuto do
Bolseiro de Investigação e não se encontrem enquadradas em regime de
protecção social obrigatório;

A inscrição neste regime é efectuada a requerimento dos interessados, desde que


satisfação determinadas condições.

Os beneficiários deste regime são simultaneamente contribuintes.

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A base de incidência contributiva do Regime de Seguro Social


Voluntário

A base de incidência contributiva corresponde a uma remuneração convencional e é


escolhida pelo beneficiário, de acordo com os escalões, indexados ao valor do IAS,
conforme quadro seguinte para o ano de 2010.

Taxas contributivas

A taxa contributiva varia em função do tipo de actividade, sendo a taxa básica aplicada
à generalidade das pessoas de 16% (aumenta com o alargamento das eventualidades
cobertas), isto para o ano de 2010, pois a alteração para as novas taxas contribuições
aplicam-se em Janeiro de 2011,com a introdução do novo código contributivo.

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GARANTIA DO REGIME DE SEGURO SOCIAL VOLUNTÁRIO

A protecção garantida depende do tipo de actividade das pessoas abrangidas e do


montante pago, mas a cobertura base inclui as eventualidades de, invalidez, velhice e
morte, podendo estender-se a outras situações.

Cessação da obrigação contributiva

A obrigação contributiva cessa no mês seguinte àquele em que o beneficiário o tenha


requerido.
A falta de pagamento das contribuições, por período igual ou superior a um ano, faz
cessar a obrigação contributiva a partir do mês seguinte ao do último pagamento.

PROTECÇÃO NA DOENÇA

COMO SE CONCRETIZA A PROTECÇÃO NA DOENÇA

Através da atribuição do subsídio de doença, que é uma prestação pecuniária,


compensatória da perda da remuneração resultante de incapacidade temporária para o
trabalho por motivo de doença.

QUEM TEM DIREITO À PROTECÇÃO NA DOENÇA

Os beneficiários do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem, do regime dos
trabalhadores independentes que tenham optado pelo esquema alargado de protecção e,
entre os beneficiários do seguro social voluntário, os bolseiros de investigação cientifica
e os trabalhadores que exerçam actividade em barco de empresas estrangeiras.

CONDIÇÕES DE ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIO DE DOENÇA

1. Ter cumprido um prazo de garantia de 6 meses civis, seguidos ou intercalados,


com registo de remunerações à data do inicio da doença;

2. Ter cumprido o índice de profissionalidade de 12 dias de trabalho efectivo com


registo de remunerações nos 4 meses imediatamente anteriores ao mês que antecede o
data de inicio da incapacidade, considerando-se equivalente a trabalho efectivo os
períodos de registo por equivalência nas situações de doença que ocorram nos 60 dias a

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seguir à data da cessação da doença anterior e os períodos de atribuição de subsídios no


âmbito da protecção na maternidade. (4 meses e 12 dias já se tem direito a baixa)

3. Situação de incapacidade temporária para o trabalho, devidamente certificada


pelos serviços de saúde competentes;

4. No caso de trabalhador independente ou de beneficiário do seguro social


voluntário, situação contributiva devidamente regularizada até final do terceiro mês
imediatamente à anterior ao do inicio da incapacidade.

CERTIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE DOENÇA

A situação de doença é certificada em impresso próprio (CIT – Certificado e


Incapacidade Temporária de doença), emitido pelos serviços competentes do serviço
nacional de saúde, como por exemplo centro de saúde e hospitais.

O CIT é sempre preenchido em triplicado (actualmente uma das vias já vai directamente
para segurança Social), devendo o original ser remetido pelo beneficiário no prazo de 5
dias úteis a contar da data de emissão para os serviços de segurança social e uma cópia
enviada à entidade empregadora, para justificação de faltas e ficando outra para o
beneficiário.

MONTANTE DO SUBSÍDIO DE DOENÇA

O montante de subsídio de doença é calculado pela aplicação de uma percentagem à


remuneração de referência do beneficiário.

A remuneração de referencia é definida pela formula R/180 (R sob 180), em que R


corresponde ao total das remunerações registadas nos últimos 6 meses civis que
precedem o 2º mês anterior ao do inicio da capacidade.

A percentagem é variável em função da duração e da natureza da doença.

Até 90 dias 65%


Entre 91 e 365 dias 70%
Mais de 365 dias 75%
Em caso de Tuberculose 80% Até 2 Familiares a cargo
100% Mais de 2 Familiares a

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cargo

O montante do subsídio de doença não pode ser inferior a 30% do IAS (Indexante de
Apoio Social 419,22) ou à remuneração de referência se esta for inferior aquele limite
mínimo, nem superior ao valor líquido da remuneração de referência (= 6 meses de
salário / 180 dias).

O período máximo de concessão do subsídio de doença é em geral de 1095 dias e de


365 dias para os trabalhadores independentes.

Nas situações de incapacidade por tuberculose, a concessão do subsídio de doença não

O subsídio de doença pode ter uma majoração de 5%, quando o beneficiário se


encontra nas seguintes situações:

 Remuneração de referência diária X 30 igual ou inferior a? 500


  Agregado familiar com, pelo menos, 3 descendentes até aos 16 anos, ou até aos
24 anos se receberem Abono de Família ou 1 descendente se receber Bonificação por
Deficiência.

A majoração é atribuída, automaticamente, com o Subsídio de Doença, sempre que os


serviços da segurança social possam verificar, oficiosamente, a existência das condições
para a sua atribuição. Caso contrário, serão solicitados, directamente ao beneficiário, os
elementos necessários a essa verificação em limite de tempo.

PERÍODO DE CARÊNCIA OU DE ESPERA

É o período que medeia entre o início da situação de incapacidade por doença e o início
do pagamento do subsídio de doença.

No regime geral dos trabalhadores por conta de outrem o período de carência é de 3


dias, sendo o subsídio devida a partir do 4º dia de incapacidade para o trabalho.

No regime dos trabalhadores independentes o período de carência é de 30 dias, sendo o


subsídio devido a partir do 31º dia de incapacidade para o trabalho.

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Não há período de carência e o subsídio é pago desde o 1º dia nas seguintes


situações:

 Doença por tuberculose;


 Internamento hospitalar;
 Doença iniciada no período de atribuição de subsídio parental.

O subsídio de doença é suspenso nas seguintes situações:

 Durante a concessão de subsídio parental;


 Em caso de ausência do domicílio sem autorização médica expressa;
 Em caso de falta a exame médico para que o beneficiário tenha sido convocado;
 Quando for declarada a não subsistência da situação de incapacidade para o
trabalho pela comissão de verificação de incapacidade (são médicos da junta
médica que fazem a fiscalização as pessoas)

O direito ao subsídio cessa nas seguintes condições:

 Quando for atingido o termo do período constante que atesta a situação de


incapacidade para o trabalho;
 Durante o período de incapacidade, se for declarada a não subsistência da
situação de doença pelos serviços de saúde competentes, pela comissão de
reavaliação ou se o beneficiário retomar a sua actividade profissional;
 Quando o beneficiário não apresentar justificação para ausência de domicilio ou
para a falta a exame médico para que tenha sido convocado.

O beneficiário não se pode ausentar do seu domicílio excepto para tratamentos ou com
autorização expressa do médico que deve mencionar no documento de certificação de
incapacidade se o doente pode ausentar-se da sua residência, e apenas nos períodos
entre as 11:00 e as 15:00 e entre as 18:00 e as 21:00.

Durante o tempo de incapacidade, o beneficiário tem direito a subsídio de Férias e de


Natal.

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A entidade patronal deve pagar os subsídios de Natal e de Férias que se vencerem no


período de doença subsidiária.

A verificação da situação de doença pode ser feita por iniciativa da segurança social ou
a requerimento da entidade empregadora, estando a cargo de uma comissão de
verificação de incapacidade integrada no sistema de verificação de incapacidades (a
chama junta médica).

PROTECÇÃO NA PARENTALIDADE

A protecção garantida neste âmbito caracteriza-se através da atribuição de um conjunto


de prestações pecuniárias:

Subsídio por risco clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da gravidez,
subsídio parental, subsídio por adopção, subsídio para assistência a filhos, subsídio para
assistência a filho com deficiência ou doença crónica, subsídio para assistência a neto,
cujo objectivo é compensar a perda de remuneração do trabalho nas situações de
gravidez, maternidade, paternidade e adopção e de necessidade de prestar assistência a
descendentes doentes ou com deficiência.

Tem direito á protecção social na parentalidade os beneficiários do regime geral dos


trabalhadores por conta de outrem e do regime dos trabalhadores independentes, bem
como os beneficiários enquadrados no regime do seguro social voluntário, desde que o
respectivo esquema de protecção social integre esta eventualidade.

CONDIÇÕES GERAIS DESTAS PRESTAÇÕES

1. 6 meses civis seguidos ou interpolados com registo de remunerações à data do


facto determinante de protecção, isto é, tem obrigatoriamente de descontar 6
meses para a SS, para usufruir de benefícios.

2. O gozo das respectivas licenças, faltas e dispensas não retribuídas previstas no


código de trabalho ou, no caso dos trabalhadores independentes, de períodos
equivalentes.

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A remuneração de referência que serve de base de cálculo a estas prestações é


definida pela forma R /180, em que R corresponde ao total das remunerações
registadas nos 6 meses que antecedem o inicio do impedimento, considerando-se os
valores dos subsídios de Férias, de Natal e outros de natureza análoga.

O QUE É O SUBSÍDIO POR RISCO CLÍNICO DURANTE A GRAVIDEZ E


QUAL O SEU MONTANTE

Este subsídio é atribuído no caso de existir risco clínico para a grávida ou para o bebe,
certificado pelo médico, impeditivo do exercício de actividade natural e é atribuído pelo
tempo necessário para prevenir o risco.

O seu montante corresponde a 100% da remuneração de referência.

SUBSÍDIO POR INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ

Este subsídio é atribuído em todas as situações de interrupção da gravidez impeditivas


do exercício de actividade laboral conforme certificação médica, e o seu período de
atribuição varia entre 14 e 30 dias.
O seu montante corresponde a 100% da remuneração de referência.

O QUE É O SUBSÍDIO PARENTAL

O subsídio parental é o subsídio conseguido durante o período de incapacidade para o


trabalho por nascimento do filho e inclui as seguintes modalidades:

1. Subsídio Parental Inicial;


2. Subsídio Parental Inicial Exclusivo da Mãe;
3. Subsídio Parental Inicial de Um Progenitor em Caso de Impedimento do
Outro;
4. Subsídio Parental Inicial Exclusivo do Pai.

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O Subsídio Parental Inicial, é a prestação atribuída durante o período de incapacidade


para o trabalho por nascimento de filho e o seu valor e duração variam conforme a
licença seja ou não partilhada entre ambos os progenitores, nos seguintes termos:

 Se a licença parental não for partilhada, o subsídio é de 100% da remuneração


de referência (RR) se tiver a duração de 120 dias, ou de 80% da mesma se tiver a
duração de 150 dias;

 Se a licença for partilhada entre a Mãe e o Pai, e cada um deles gozar em


exclusivo após o período obrigatório da Mãe, pelo menos um período de 30 dias,
o subsídio é de 100%. da RR se tiver a duração de 150 dias ou de 83% da
mesma se tiver a duração de 180 dias.

Em caso de nascimento de gémeos, aos períodos previstos acrescem aos 30 dias por
cada gémeo alem do primeiro.
Nestes períodos de acréscimo o montante do subsídio é igual a 100% da RR.

O Subsídio Parental Inicial Exclusivo Da Mãe, é o subsídio concedido durante a


primeira parte da licença parental inicial que só pode ser gozado pela mãe e corresponde
a um período de 6 semanas.

O Subsídio Parental Inicial de Um Progenitor em Caso de Impedimento do Outro


é este subsídio que corresponde ao período de tempo de licença parental inicial da mãe
ou do pai que não foi gozado pelo outro em consequência de incapacidade física ou
mental, certificada pelo médico e enquanto esta se mantiver ou de morte.
Nestes casos só a lugar ao prolongamento da concessão do subsídio parental inicial em
razão da partilha da licença se as respectivas condições se verificarem à data da morte
ou da incapacidade física ou psíquica de um dos progenitores.

Subsidio Parental Inicial Exclusivo do Pai


O subsídio é concedido ao Pai durante:

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1. 10 dias úteis de gozo obrigatório, seguidos ou interpolados 5 dos quais de modo


consecutivo imediatamente após o nascimento e os outros 5 nos trinta dias
seguintes.

2. 10 dias de gozo facultativo, seguidos ou interpolados, gozados após o período


obrigatório referido, em simultâneo com a licença parental inicial por parte da
mãe.

Em caso de nascimento de gémeos, estes períodos são acrescidos de 2 dias por cada
gémeo além do primeiro.

O montante do subsídio corresponde a 100% da remuneração do beneficiário.

É o subsídio concedido aos candidatos a adoptantes nas situações de adopção de


menores de 15 anos, impeditivas do exercício de actividade laboral. Quanto á respectiva
duração e montante corresponde, com as devidas adaptações ao subsídio parental inicial
e ao parental alargado.

SUBSÍDIO PARENTAL ALARGADO

O subsídio parental alargado é concedido durante o período máximo de 3 meses a um


ou ambos os progenitores alternadamente, nas situações de licença parental alargada
para assistência a filho, integrado no agregado familiar impeditiva de exercício de
actividade laboral, que seja gozada imediatamente a seguir à concessão do subsídio
parental inicial. O seu montante é de 25% da RR do beneficiário.

SUBSIDIO PARA ASSISTÊNCIA A FILHO

Este subsídio é atribuído durante nas situações de impedimento para o trabalho


motivado pela necessidade de prestar assistência inadiável e imprescindível a filhos em
caso de doença ou acidente, medicamente certificados nos seguintes termos:

1. Filhos menores de 12 anos ou, independentemente da idade com deficiência ou


doença crónica, por um período máximo de 30 dias seguidos ou interpolados em
cada ano civil ou durante todo o tempo de hospitalização.

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2. Filho maior de 12 anos, desde que integrado no agregado familiar do


beneficiário, durante um período máximo de 15 dias, seguidos ou interpolados
em cada ano civil.

PROTECÇÃO NO DESEMPREGO

COMO SE CONCRETIZA A PROTECÇÃO NO DESEMPREGO

A protecção no desemprego concretiza-se através da atribuição de prestações


pecuniárias – o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial ou
subsequente e o subsídio parcial do desemprego – destinadas a compensar o trabalhador
da falta de remuneração por motivo de cessação involuntária da relação de trabalho, ou
de redução da mesma remuneração determinada pela aceitação de trabalho a tempo
parcial.
QUEM TEM DIREITO À PROTECÇÃO NO DESEMPREGO

São os beneficiários do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem, após o
despedimento residentes em território nacional e os pensionistas de invalidez que sejam
declarados aptos para o trabalho em exame de revisão da incapacidade.

Os beneficiários cidadãos estrangeiros têm que ser portadores de títulos validos de


permanência ou residência em território nacional que lhes permitam exercer actividade
profissional por conta de outrem.

CONDIÇÕES GERAIS DE ACESSO ÀS PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO

1. Estar em situação de desemprego involuntário


2. Ter capacidade e disponibilidade para o trabalho
3. Não auferir rendimentos de trabalho por conta de outrem ou auferir apenas
rendimentos de actividade independente de valor não superior a 50% da
remuneração mínima garantida.
4. Restar inscrito no centro de emprego da área da respectiva residência
5. Tendo cumprido 1 ano de trabalho (365 dias)

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Sistemas Aprendizagem – Contabilidade e apoio à Gestão

O subsídio social de desemprego é uma prestação de desemprego atribuída nos casos


em que não estão reunidas as condições para acesso ao subsídio de desemprego em
termos de prazo de garantia (subsídio social de desemprego inicial), ou depois de
esgotados os prazos da atribuição de subsídio de desemprego (subsídio social de
desemprego subsequente), em qualquer dos casos desde que o agregado familiar do
beneficiário não disponha de rendimentos mensais perca pita (por cabeça) superiores a
80% do IAS.

O QUE É O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO PARCIAL

É o subsidio atribuído nas situações em que o beneficiário do subsídio de desemprego


aceita um contrato de trabalho a tempo parcial, em que o período normal de trabalho
semanal não é inferior a 20% nem superior a 75% do período normal de trabalho a
tempo completo e cuja retribuição é inferior ao montante do subsídio de desemprego a
que tem direito.

QUANDO É QUE SE CONSIDERA QUE O DESEMPREGO É


INVOLUNTÁRIO

Para efeitos de protecção no desemprego este considera-se involuntário quando a


cessação do contrato de trabalho resulta de:

a) Iniciativa do empregador;
b) Caducidade do contrato de trabalho;
c) Resolução com justa causa por iniciativa do trabalhador;
d) Acordo de revogação (cessação por mútuo acordo)

DURANTE QUANTO TEMPO É CONCEDIDO O SUBSIDIO DE


DESEMPREGO

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IDADE CARREIRA PERÍODO DE


CONTRIBUTIVA CONCESSÃO

< 30 ANOS Registo de remunerações

≤ a 24 meses 270 dias (9 meses)

> a 24 meses 360 dias + 30 dias por cada


5 anos com registos

≥30 E < 40 ANOS Registo de remunerações

≤48 meses 360 dias

>48 meses 540 dias + 30 dias por cada


5 anos com registos nos
últimos 20 anos

≥40 E < 45 ANOS Registo de remunerações

≤ 60 meses 540 dias

>60 meses 720 dias + 30 dias por cada


5 anos com registos nos
últimos 20 anos

≥45 ANOS Registo de remunerações

≤ 72 meses 720 dias

>72 meses 900 dias + 60 dias por cada


5 anos com registos nos
últimos 20 anos

PROTECÇÃO FAMILIAR

ABONO DE FAMÍLIA PRÉ-NATAL·

É uma prestação atribuída á mulher grávida a partir da 13ª semana de gestação, a fim de
auxiliar nos encargos acrescidos decorrente da sua situação.

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MONTANTE DO ABONO PRÉ NATAL

1º escalão 169,80€

2º escalão 140,83€

3º escalão 89,69€

4º escalão 55,13€

5º escalão 33,09€

O QUE É O ABONO DE FAMÍLIA PARA CRIANÇAS E JOVENS

É uma prestação atribuída mensalmente com o objectivo de compensar os encargos do


agregado familiar com o sustento e educação dos filhos.

Bibliografia

CDSSL – Centro Distrital de Segurança Social de Lisboa

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CGA – Caixa Geral de Aposentações


CNP – Centro Nacional de Pensões
DGSS – Direcção Geral de Segurança Social (anterior DGRSS - Direcção Geral de
Regimes de Segurança Social)
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional
I I, IP - Instituto Informática I.P. (anterior IIES - Instituto Informática e Estatística da
Solidariedade)
ISS, IP – Instituto de Segurança Social I.P.
MF – Ministério das Finanças
MTSS – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

www.seg-social.pt

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