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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS

JÚLIA PEREIRA DIAS


NATÁLIA DOS SANTOS RIBEIRO
TAYNARA ANDRADE DE PROENÇA

Eficiência energética em instalações: estudo de caso -


Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) e Pró-Aluno da
Escola de Engenharia de São Carlos.

São Carlos
2021
JÚLIA PEREIRA DIAS
NATÁLIA DOS SANTOS RIBEIRO
TAYNARA ANDRADE DE PROENÇA

Eficiência energética em instalações: estudo de caso –


Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) e Pró-Aluno da
Escola de Engenharia de São Carlos.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Escola de Engenharia de
São Carlos da Universidade de São Paulo,
como requisito para aprovação em
Engenharia Elétrica e Engenharia
Mecânica.
Orientador: Prof. Dr. José Carlos de Melo
Vieira Júnior

São Carlos
2021
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Oferta Interna de Energia por


PIB.............................................................................15
Figura 2 - Oferta Interna de Energia per
capita..........................................................................16
Figura 3 - Perfil de consumo em prédios públicos por nível de
governo...................................17
Figura 4 - Perfil de consumo em prédios públicos por tipo de
equipamento..............................17
Figura 5 - Perfil de consumo em Data Centers por tipo de
equipamento...................................18
Figura 6 - Níveis de eficiência com seu respectivo número equivalente para cada nível de
eficiência – EqNum...................................................................................................................35
Figura 7 - Nova lâmpada sugerida para
troca............................................................................90
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Intensidade energética da Oferta Interna de Energia no


Brasil..................................15
Tabela 2 - Tarifa verde.........................................................................................29
Tabela 3 - Tarifa azul...........................................................................................29
Tabela 4 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica –
STI...................................31
Tabela 5 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica – Pró-
Aluno........................31
Tabela 6 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica –
TOTAL............................32
Tabela 7 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica –
STI.....................................33
Tabela 8 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica - Pró-
Aluno...........................33
Tabela 9 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica –
TOTAL..............................34
Tabela 10 - Pré-
Requisitos........................................................................................................36
Tabela 11 - Classificação das atividades de cada sala do prédio
STI.........................................38
Tabela 12 - Classificação das atividades de cada sala do prédio Pró-
Aluno..............................38
Tabela 13 - Limites de DPIL para os ambientes
avaliados........................................................39
Tabela 14 - Análise da potência instalada total
STI...................................................................40
Tabela 15 - Análise da potência instalada total Pró-
Aluno........................................................41
Tabela 16 - Análise da área iluminada
STI................................................................................41
Tabela 17 - Análise da área iluminada Pró-
Aluno.....................................................................42
Tabela 18 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente do
STI...42
Tabela 19 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente do Pró-
Aluno.........................................................................................................................................43
Tabela 20 - Densidade de pré-requisitos e nova classificação do ambiente do
STI...................44
Tabela 21 - Densidade de pré-requisitos e nova classificação do ambiente do Pró-
Aluno.........45
Tabela 22 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do edifício do
STI.....45
Tabela 23 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do edifício do Pró-
Aluno.........................................................................................................................................45
Tabela 24 - Níveis de eficiência com seu respectivo equivalente numérico
(EqNum)..............46
Tabela 25 - Classificação Geral do
Edifício..............................................................................46
Tabela 26 - Ponderação por potência dos ambientes prédio
STI................................................47
Tabela 27 - Ponderação por potência dos ambientes prédio Pró-
Aluno.....................................48
Tabela 28 - Equivalência entre COP e Categoria de Eficiência Energética
PROCEL ..............49
Tabela 29 - Equivalente numérico para cada categoria de
eficiência.........................................50
Tabela 30 - Classificação final a ser aplicada sobre o resultado dos
cálculos............................50
Tabela 31 - Classificação parcial obtida para o andar térreo do
STI..........................................51
Tabela 32 - Classificação parcial obtida para o primeiro andar do
STI......................................51
Tabela 33 – Classificação obtida para o edifício do Pró-
Aluno.................................................51
Tabela 34 - Classificação geral para o sistema de ar condicionado dos
edifícios.......................52
Tabela 35 - Classificação das salas
STI.....................................................................................53
Tabela 36 - Classificação das salas Pró-
Aluno..........................................................................54
Tabela 37 - Atividade do prédio
STI.........................................................................................58
Tabela 38 - Atividade do prédio Pró-
Aluno..............................................................................58
Tabela 39 - Iluminância (em lux) para cada grupo de tarefas
visuais.........................................58
Tabela 40 - Fatores determinantes da iluminação
adequada......................................................59
Tabela 41 - Atribuição das atividades prédio
STI......................................................................59
Tabela 42 - Atribuição das atividades prédio Pró-
Aluno...........................................................59
Tabela 43 - Iluminância recomendada prédio
STI.....................................................................60
Tabela 44 - Iluminância recomendada prédio Pró-
Aluno..........................................................60
Tabela 45 – Índice local (K) por
sala.........................................................................................62
Tabela 46 - Fluxo luminoso por sala
STI..................................................................................63
Tabela 47 - Fluxo luminoso por sala Pró-
Aluno........................................................................63
Tabela 48 – Fator de utilização
(Fu).........................................................................................64
Tabela 49 - Tabela fator de perdas
luminosas............................................................................64
Tabela 50 - Número de luminárias requeridas prédio
STI.........................................................66
Tabela 51 - Número de luminárias requeridas prédio Pró-
Aluno..............................................66
Tabela 52 - Alterações na potência total, de acordo com a norma NBR 5413 –
STI..................67
Tabela 53 -Alterações na potência total, de acordo com a norma NBR 5413 – Pró-
Aluno........68
Tabela 54 - Pré-requisitos não atendidos –
STI.........................................................................68
Tabela 55 - Pré-requisitos não atendidos - Pró-
Aluno...............................................................69
Tabela 56 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente do
STI...70
Tabela 57 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente do Pró-
Aluno.........................................................................................................................................71
Tabela 58 - Ponderação por potência dos ambientes prédio
STI................................................72
Tabela 59 - Ponderação por potência dos ambientes prédio Pró-
Aluno.....................................73
Tabela 60 - Comparação entre carga térmica calculada e carga de refrigeração instalada para
cada ambiente do prédio
STI......................................................................................................76
Tabela 61 - Comparação entre carga térmica calculada e carga de refrigeração instalada para
cada ambiente do prédio
STI......................................................................................................76
Tabela 62 - Recomendação para cada ambiente estudado do prédio
STI...................................78
Tabela 63 - Recomendação para cada ambiente estudado do prédio
STI...................................79
Tabela 64 - Nova etiqueta parcial para o térreo do prédio STI considerando a adoção das
mudanças...................................................................................................................................80
Tabela 65 - Nova etiqueta parcial para o primeiro andar do prédio STI considerando a adoção
das mudanças
propostas.............................................................................................................80
Tabela 66 - Nova etiqueta o prédio STI considerando a adoção das mudanças
propostas....................................................................................................................................81
Tabela 67 - Nova etiqueta prédio Pró-Aluno considerando a adoção das mudanças
propostas.81
Tabela 68 - Equipamentos de TI instalados do Data center e suas
potências.............................82
Tabela 69 - Equipamentos gerais instalados no Data
Center....................................................83
Tabela 70 - Consumo da sala Data
Center................................................................................83
Tabela 71 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - STI após
melhorias.........86
Tabela 72 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - Pró-Aluno após
melhorias...................................................................................................................................87
Tabela 73 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - TOTAL após
melhorias...................................................................................................................................87
Tabela 74 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica - STI após
melhorias...........88
Tabela 75 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica - Pró-Aluno após
melhorias...................................................................................................................................88
Tabela 76 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica - TOTAL após
melhorias....89
Tabela 77 - Quantidade de lâmpada Pré e Pós Melhorias nos
prédios.......................................90
Tabela 78 - Quantidade de aparelhos Pré e Pós Melhorias nos
prédios......................................91
Tabela 79 - Comparativo de
faturas..........................................................................................93
Tabela 80 - Comparativo de
etiquetas.......................................................................................93
Tabela 81 – Detalhamento dos equipamentos da STI – Pré melhorias..................................102
Tabela 82 – Detalhamento dos equipamentos do Pró-Aluno – Pré melhorias.......................104
Tabela 83 – Detalhamento dos equipamentos da STI – Pós melhorias..................................105
Tabela 84 – Detalhamento dos equipamentos do Pró-Aluno – Pós melhorias......................107
Tabela 85 - .............................................................................................................................108
Tabela 86 - .............................................................................................................................110
Tabela 87 - .............................................................................................................................112

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administração Pública


ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
AQUA Alta Qualidade Ambiental
CNPE Conselho Nacional de Política Energética
DPIL Densidades de potência de iluminação
ENCE Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
FPL Fator de Perdas Luminosas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH Índice de desenvolvimento humano
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
LEED Leadership in Energy and Environmental Design
ODS Objetivos de desenvolvimento sustentável
OIP Oferta interna de energia no Brasil
PBE Programa Brasileiro de Etiquetagem
PIB Produto Interno Bruto (PIB)
PPC Paridade do poder de compra
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
RAC Requisitos de Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética de
Edificações
RTQ-C Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de
Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
RTQ-R Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de
Edificações Residenciais
STI Superintendência de Tecnologia da Informação
TEPs Toneladas equivalentes de petróleo
TI Tecnologias da informação
TIC Tecnologias da informação e comunicação

SUMÁRIO

1
INTRODUÇÃO.........................................................................................................13
1.1 Objetivos....................................................................................................................19
2 EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA.................................................................................20
2.1 Eficiência energética em
edificações........................................................................21
2.2 Etiquetas e certificações no
Brasil...........................................................................23
3 ESTUDO DE CASO.................................................................................................25
3.1 Descrição do edifício.................................................................................................25
3.1.1 Estimativa de consumo de cada equipamento por
prédio..............................................26
3.1.2 Demanda contratada...................................................................................................28
3.2 Fatura
atual...............................................................................................................28
3.2.1 Tarifas.........................................................................................................................28
3.2.1.1 Tarifa
verde.................................................................................................................29
3.2.1.2 Tarifa
azul....................................................................................................................29
3.2.2 Cálculo da
fatura.........................................................................................................30
3.2.2.1 Tarifa
verde.................................................................................................................30
3.2.2.2 Tarifa
azul....................................................................................................................32
3.3 Cálculo do nível de eficiência energética atual dos
edifícios.................................34
3.3.1 Metodologia para melhoria de eficiência...................................................................34
3.3.2 Metodologia para etiquetagem do sistema de iluminação.........................................35
3.3.2.1 Atividade principal e densidade de potência de iluminação limite para cada nível de
eficiência...................................................................................................................................37
3.3.2.2 Área iluminada...........................................................................................................41
3.3.2.3 Potência limite dos ambientes e classificação dos ambientes....................................42
3.3.2.4 Verificação dos pré-requisitos....................................................................................43
3.3.2.5 Potência limite e classificação do edifício.................................................................45
3.3.3 Metodologia etiquetagem do sistema de ar condicionado..........................................48
3.3.3.1 Cálculo da classificação geral dos edifícios para o sistema de condicionamento de
ar................................................................................................................................................52
3.4 Melhorias propostas.................................................................................................52
3.4.1 Melhorias propostas para o sistema de iluminação....................................................54
3.4.1.1 Melhorias para as salas com potência instalada acima do ideal (Grupo I)................56
3.4.1.1.1 Determinação da iluminância (E) utilizando a norma NBR 5413.............................57
3.4.1.1.2 Cálculo do índice do local (K)...................................................................................61
3.4.1.1.3 Escolha do tipo de lâmpada e luminária.....................................................................62
3.4.1.1.4 Determinar o Fator de Utilização (Fu) via tabela.......................................................63
3.4.1.1.5 Determinar Fator de Perdas Luminosas (FPL)...........................................................64
3.4.1.1.6 Determinar quantidade de luminárias........................................................................65
3.4.1.2 Melhorias para as salas que não atendem os pré-requisitos (Grupo II).....................68
3.4.2 Melhorias propostas para o sistema de ar condicionado............................................73
3.4.2.1 Recálculo etiqueta STI/Pró-Aluno ar condicionado...................................................80
3.4.2.2 Análise do Data Center..............................................................................................82
3.5 Análise financeira.....................................................................................................85
3.5.1 Redução de Consumo.................................................................................................86
3.5.1.1 Tarifa verde...........................................................................................86
3.5.1.2 Tarifa azul.............................................................................................87
3.5.2 Custo de Investimento................................................................................................89
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................92
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................95
REFERÊNCIAS.....................................................................................................97

APÊNDICE A - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA STI - PRÉ


MELHORIAS........................................................................................................................102
APÊNDICE B - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DO PRÓ-ALUNO - PRÉ
MELHORIAS........................................................................................................................104
APÊNDICE C - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA STI - PÓS
MELHORIAS........................................................................................................................105
APÊNDICE D - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DO PRÓ-ALUNO - PÓS
MELHORIAS........................................................................................................................107
APÊNDICE E - CÁLCULOS DE CARGA TÉRMICA DETALHADOS PARA CADA
SALA ANALISADA.............................................................................................................110
16

1 INTRODUÇÃO

Desde o surgimento da humanidade, o Homem procura utilizar a energia ao seu favor,


buscando aumentar seu conforto ou diminuir o trabalho necessário para sua sobrevivência.
Inicialmente, o Homem dominou o fogo, depois aprendeu a utilizar a força dos animais e da
água para diminuir seu esforço para realizar atividades básicas, como plantar e fazer a
moagem de alimentos.
Anos depois, durante a Revolução Industrial, o surgimento da máquina a vapor
acarretou enormes mudanças de cunho econômico e social: a produtividade aumentou,
surgiram novas relações de trabalho e novos ambientes de trabalho. Anteriormente, era
comum que os artesãos trabalhassem na própria casa ou em pequenas oficinas, mas com o
surgimento das máquinas à vapor, tornou-se mais frequente o trabalho em fábricas. Tais
máquinas se movimentavam a partir do vapor gerado pela queima de combustíveis fósseis,
que se tornaram imprescindíveis para o desenvolvimento da humanidade e estão presentes até
hoje no modelo econômico e de exploração de energia, representando uma grande parcela da
matriz energética - 53,9% da matriz brasileira e 86,1% da matriz mundial (EMPRESA DE
PESQUISA ENERGÉTICA, 2020).
Posteriormente à Revolução Industrial, mais precisamente no início dos anos 1980,
surgiram os primeiros empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de motores a
vapor, alimentados por carvão. Desde então, o desenvolvimento tecnológico tem permitido
gerar energia elétrica a partir dos ventos, da água, painéis solares fotovoltaicos, queima de
biomassa, gás natural, derivados de petróleo e carvão. É possível notar que o modo de vida da
sociedade vem evoluindo de forma a exigir uma demanda de energia cada vez maior. Como
exemplo, o consumo de energia no Brasil passou de 36,4 GJ per capita em 1992 para 53,4 GJ
per capita em 2015, o que representa um aumento de aproximadamente 47%. No mesmo
período, a população cresceu 35%, de forma que o consumo total de energia quase dobrou
(cresceu 98%), passando de 5,5 bilhões de GJ para 10,9 bilhões de GJ (BALANÇO
ENERGÉTICO NACIONAL, 2016). Nesses 23 anos, observou-se então um crescimento de
aproximadamente 3% ao ano no consumo total de energia, e para o período de 2019 a 2029, o
Plano Decenal de Expansão de Energia prevê um aumento de 3,6% ao ano (EMPRESA DE
PESQUISA ENERGÉTICA, 2019).
De acordo com dados divulgados pela Agência Internacional de Energia, em 2017,
cerca de 75% da energia mundial gerada foi consumida por apenas 25% da população
mundial, principalmente nos países industrializados. Tal fato evidencia como o consumo
17

intensivo de energia representa uma base para o desenvolvimento econômico e social no


modelo geopolítico atual.
O aumento do consumo acelerado de energia elétrica e o aumento populacional
desencadearam outros impactos relacionados ao desgaste ambiental, provocando poluição,
chuva ácida, destruição da camada de ozônio devido ao aumento nas emissões de CO 2 (gás
carbônico) e CH4 (metano) e destruição da fauna e flora (ATLAS DE ENERGIA ELÉTRICA
DO BRASIL, 2016). O uso indiscriminado de combustíveis fósseis é um dos maiores
responsáveis pelo efeito estufa, principal agente causador do aquecimento global,
representando cerca de 80% do volume de emissões de gases do efeito estufa frente a 20%
proveniente de atividades de desmatamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).
Os impactos ambientais provocados pela exploração irrestrita de recursos naturais
foram evidenciados pela percepção das mudanças climáticas nas últimas décadas, reiterando a
importância de se estudar não só as tendências mundiais de consumo de energia como
também a forma em que ela é utilizada, se de maneira eficiente ou não.
Nesse aspecto, um indicador que pode ser utilizado é a Intensidade Energética da
Oferta Interna de Energia, definida como o consumo de energia em toneladas equivalentes de
petróleo (TEPs) por US$ 1 mil de Produto Interno Bruto (PIB) (EMPRESA DE PESQUISA
ENERGÉTICA, 2017). A Oferta Interna de Energia de um país é a soma do consumo final de
energia nos setores da economia, do consumo próprio do setor energético, das perdas nos
processos de transformação de energia e das perdas na transmissão, distribuição e
armazenagem de energia (IBGE). A relação de TEP/US$, que representa toda a energia
necessária para movimentar a economia de um país em um determinado período de tempo,
mostra o quão eficiente energeticamente é um país. Esta relação varia dependendo do
desenvolvimento econômico de um país, sendo que quanto menor o valor encontrado, maior
será a eficiência no uso da energia, para efeitos de comparação internacional.
Para o Brasil, é particularmente importante acompanhar esse indicador, pois o país se
comprometeu a auxiliar a alcançar a meta de tornar a energia mais limpa e acessível até 2030,
um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (EMPRESA DE PESQUISA
ENERGÉTICA, 2020). A Tabela 1 apresenta a Intensidade Energética medida em termos de
energia primária e de PIB entre 2011 e 2017, em tonelada equivalente de petróleo por
paridade do poder de compra (PPC).
18

Tabela 1 - Intensidade energética da Oferta Interna de Energia no Brasil.

Ano 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Intensidade energética da OIE 0,09 0,09 0,09 0,10 0,10 0,10 0,10
(em TEP/PPC)
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2017).

Pode-se observar que a intensidade energética da Oferta Interna de Energia no Brasil


se manteve estável em 0,09 entre 2011 e 2013 e, posteriormente, apresentou crescimento para
0,10 em 2014, mantendo este valor até o momento da pesquisa (2017). O PIB nesta pesquisa
foi calculado em termos constantes de PPC. Na Figura 1 pode-se verificar o posicionamento
do Brasil frente a outros países com relação à Oferta Interna de Energia, aproximando-se dos
Estados Unidos. No Brasil, 46,1% da sua energia é proveniente de fontes renováveis, o que
justifica uma relação baixa do indicador de 0,10, e 53,9% de fontes não renováveis, sendo
petróleo e derivados (34,4%) e gás natural (12,2%) as mais representativas (BALANÇO
ENERGÉTICO NACIONAL, 2020).

Figura 1 - Oferta Interna de Energia por PIB.

Fonte: Balanço Energético Nacional (2020).

Segundo o Balanço Energético Nacional (2020), o consumo anual de energia em 2030


pode chegar a 18.185 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEPs), o que acarretaria
em um aumento do consumo médio mundial per capita atual de 1,69 TEP para 2,22 TEP. Nos
países onde o consumo médio per capita é inferior a 1 TEP anual, as taxas de mortalidade
infantil e analfabetismo são elevadas, e a expectativa de vida e o IDH são baixos. Sendo
assim, apesar da evidente urgência em reduzir o consumo de energia e optar por fontes mais
19

sustentáveis, é importante aumentar o consumo médio de 1 TEP per capita nos países pobres
(GOLDEMBERG, 2007).
Esta relação entre consumo de energia e desenvolvimento econômico e social pode ser
observada na Figura 2. A evolução ao longo dos anos mostra que a tendência da Oferta
Interna de Energia per capita em países desenvolvidos e IDH elevado é superior frente a
países em desenvolvimento. Na União Europeia, a Oferta Interna de Energia per capita estava
em torno de 3,5 TEP/Hab em 2017, enquanto para o Brasil a mesma se encontrava um pouco
acima de 1 no mesmo ano.
Desta forma, pode-se inferir que o modelo atual se baseia no uso irrestrito de energia e
de exploração intensa de recursos naturais em busca de desenvolvimento econômico-social, o
que se mostra insustentável ambientalmente. Tal percepção fez com que a relação entre as
áreas urbanas e a sustentabilidade ganhasse visibilidade nas agendas econômicas globais nas
últimas décadas (MCCORMICK et al., 2013). Por conseguinte, políticas de sustentabilidade
têm se tornado fundamentais e estratégicas para que os países sejam capazes de garantir maior
durabilidade de recursos naturais e para atender as necessidades atuais de manutenção e
desenvolvimento da sociedade e seu padrão de vida, sem comprometer as futuras gerações.

Figura 2 - Oferta Interna de Energia per capita.

Fonte: Balanço Energético Nacional (2020).

Nesse aspecto, outro ponto importante para ressaltar, que contribui fortemente para o
aumento do consumo, além de ter papel fundamental para a conscientização da sociedade, é o
consumo das edificações. Os edifícios consomem em média 30% da energia utilizada pela
sociedade causando níveis similares de emissões de gases do efeito estufa (UNEP, 2009). No
20

Brasil, os edifícios residenciais, comerciais, de serviços e públicos respondem por cerca de


50% do consumo total de eletricidade do país (PROCEL, 2017). As edificações utilizadas e
administradas direta ou indiretamente pelo poder Público Federal correspondem a 2,7% do
consumo de energia elétrica do Brasil ou 8,5 bilhões kWh/ano (BALANÇO DE ENERGIA
NACIONAL, 2016). As Figuras 3 e 4 apresentam o perfil de consumo em prédios públicos.

Figura 3 - Perfil de consumo em prédios públicos por nível de governo.

Fonte: PROCEL (2018).

Figura 4 - Perfil de consumo em prédios públicos por tipo de equipamento.

Fonte: PROCEL (2018).

Em relação ao consumo de energia e à eficiência energética, as funcionalidades e a


razão de utilização dos edifícios podem ter fator determinante. Nesse aspecto, é comum que
edifícios públicos precisem armazenar e processar grandes quantidades de dados e fornecer
21

rede de internet para um elevado número de usuários. Quando estas necessidades se


apresentam, a melhor solução é a instalação de Data Center no edifício.
Data Centers são ambientes que concentram servidores e equipamentos para
armazenamento e processamento de dados. Essa alta concentração de equipamentos de TI
(Tecnologia da informação), operando de maneira contínua, gera altas cargas térmicas no
ambiente, tornando necessária a utilização de refrigeração artificial constante, o que justifica
um alto consumo de energia por parte destes ambientes. Um perfil médio de consumo de
energia em Data Centers, por categoria de equipamentos, pode ser visto na Figura 5.
É possível observar que a maior parte do consumo (50%) se deve aos equipamentos de
refrigeração. Tal fato se deve às características dos servidores modernos, que, por possuírem
uma maior densidade de processadores, se tornam mais compactos e potentes, porém também
dissipam maior quantidade de calor, demandando mais energia para refrigeração.

Figura 5 - Perfil de consumo em Data Centers por tipo de equipamento.

Fonte: Calculating Total Power Requirements for Data Centers, Schneider Electric (2011).

O segundo maior responsável pelo consumo em Data Centers são os equipamentos de


Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que, apesar de concentrados neste
ambiente, atendem às necessidades do edifício como um todo. Em seguida, encontram-se os
consumos de alimentação/uninterruptible power supply (UPS) e iluminação, com menor
relevância frente aos primeiros, porém vitais ao correto funcionamento do centro de
processamento de dados.
Dessa maneira, a presença de Data Center em um edifício eleva seu consumo de
energia de forma significativa e representa uma nova gama de possibilidades de melhoria de
22

eficiência energética e por isso deve ser considerada em estudos sobre o tema. De acordo com
um levantamento do Uptime Institute, o consumo de energia em um Data Center representa
44% do custo total de operação de um edifício (COLOCAR REFERÊNCIA).
O consumo de energia dos Data Centers representa 3% do consumo total de energia
do mundo e 2% das emissões totais de gases de efeito estufa (BAWDEN, 2016). É estimado
que este consumo chegue a mais de 1.000 TWh até 2025. Por isso, construir Data centers
ecológicos tem grande importância para proporcionar economia de recursos vitais.
Diante da necessidade de avaliação das condições de consumo de energia, faz-se
necessária a busca de alternativas que visem economia por meio de estudos, medidas que
apresentem melhores resultados da conservação de energia, na tentativa de tornar os
consumidores mais conscientes. Este trabalho busca analisar a eficiência energética de um
edifício com Data Center para servir de exemplo para estudos posteriores, levando em
consideração o conforto térmico e o nível de iluminação adequado para cada ambiente. Para
isso, foram estudados os prédios da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) e o
Pró-Aluno da Escola de Engenharia de São Carlos. Tal estudo se mostra de grande
importância, pois no Brasil observa-se que cerca de 51% da energia elétrica consumida tem
origem em edificações, sejam elas residenciais, comerciais ou de serviços públicos (PROCEL,
2020).

1.1 Objetivos

O objetivo desde trabalho foi realizar um estudo de eficiência energética em


edificações utilizando os prédios Pró-Aluno e STI da Escola de Engenharia de São Carlos.

Foram estabelecidos objetivos específicos, como:

 Apresentação de ações capazes de melhorar a eficiência energética dos prédios


em questão, com alternativas viáveis para implementação;
 Simulação de qual seria a economia atingida através da análise financeira (em
kWh e R$) e
 Análise de sustentabilidade e políticas de descarte de equipamentos cuja
recomendação seja por substituição.
23

2 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Os choques do petróleo de 1973-74 e 1979-81 trouxeram evidência para a


problemática da política de consumo ilimitado de recursos naturais como fonte de energia em
busca de desenvolvimento econômico. Neste contexto, com a alta dos preços dos recursos
energéticos, notou-se a necessidade de estudar os hábitos de consumo de energia de forma a
gerar ações de conservação destes recursos e de aumento de eficiência energética (PLANO
NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, 2011).
Porém, com a estabilização dos preços após os choques do petróleo, as pautas de
eficiência energética e conservação de energia perderam visibilidade no cenário da política
mundial. Até que, na década de 90, com a percepção de que as emissões excessivas de gases
poluentes estavam provocando mudanças climáticas, estes temas voltaram a ser entendidos
como fundamentais e estratégicos na geopolítica global.
Neste cenário de atenção à disponibilidade finita de recursos naturais, o tema de
eficiência energética se mostra de extrema relevância. Isso porque a busca por maior
eficiência energética pode ser entendida como uma tentativa de diminuição da quantidade de
energia utilizada para a obtenção de um mesmo resultado ou produto. Desta maneira, maiores
níveis de eficiência energética acarretam um menor consumo de recursos naturais para a
manutenção do mesmo nível de fornecimento de produtos ou serviços.
Uma melhoria de eficiência energética pode ser buscada para cada um dos processos
que envolvem o consumo de energia, como a transformação dos recursos naturais em energia
elétrica, o transporte, o armazenamento e o uso final da energia, tanto por meio do aumento de
eficiência de maquinários e processos, quanto mediante a uma redução do consumo final de
energia.
Neste sentido, projetos orientados para melhoria de eficiência energética necessitam de
uma visão participativa entre os agentes envolvidos: governos, sociedade, setor privado e
instituições financeiras (ATLAS DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, 2019).
No âmbito governamental, além dos benefícios ambientais, tais projetos podem trazer
também incentivos energéticos, no sentido de uma maior segurança no fornecimento de
energia do país, e econômicos, em vista da diminuição dos custos (MENKES, 2004).
Porém, mesmo em vista dos benefícios ambientais, econômicos e sociais que se pode
obter com projetos deste tipo, investimentos em melhoria de eficiência energética ainda
encontram diversas barreiras sociais, políticas e econômicas devido à falta de conhecimento
24

sobre as oportunidades e seus potenciais, e à desconfiança em relação ao custo-benefício das


intervenções de eficiência (ATLAS DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, 2019).
Desta maneira, frente à necessidade de amplificar os esforços de sustentabilidade, o
posicionamento governamental se mostra essencial no contexto de eficiência energética por
meio de agências informativas, regulamentadoras, de fomento a pesquisas e coleta de dados,
por exemplo, para tornar acessível à população o conhecimento sobre o tema e também para
incentivar ações de eficiência energética nos mais diversos setores.
No Brasil, as primeiras ações governamentais voltadas à eficiência energética surgiram
na década de 80, primeiramente com o Programa Conserve no Ministério de Minas e Energia
em 1981, seguido pelo PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem em 1984 e, então, pelo
PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica em 1985.
Dentre as práticas governamentais voltadas à eficiência energética, as regulamentações
de etiquetagem são fundamentais para propagar a importância do tema, pois orientam os
consumidores à escolha de equipamentos mais eficientes e também incentivam as indústrias
para a produção de equipamentos com melhores índices de desempenho (ATLAS DA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, 2019). Neste sentido, o primeiro programa de etiquetagem de
eficiência energética foi criado em 1993, chamado Selo Procel, para a identificação de
aparelhos eletrodomésticos que consomem menos energia (PROCEL, 2020).

2.1 Eficiência energética em edificações

Dentre os aspectos da busca por maior sustentabilidade e eficiência energética, o setor


de edificações tem relevante importância, uma vez que representa o maior contribuidor para a
emissão de gases tóxicos globalmente, com aproximadamente um terço do total do consumo
de energia global vindo de edificações (RODE et al., 2011). No Brasil, aproximadamente 50%
do consumo de energia elétrica tem origem em edifícios residenciais, comerciais e de serviços
públicos (ProcelInfo, 2020).
Dentro deste setor, o consumo de energia se distribui entre as três fases do ciclo de
vida de um edifício: a sua construção, a fase de operação e utilização e o final de sua vida útil.
Dentre estas fases, a de operação e utilização de um edifício é o período que representa o
maior impacto ambiental (FERRADOR FILHO, 2017).
Assim, a busca por sustentabilidade desafia o setor de construções e edificações em
suas três fases. Na primeira, por meio do planejamento e construção de prédios mais verdes e
sustentáveis; na segunda, por meio da reestruturação sustentável de prédios já construídos e,
25

na última fase, por meio da reutilização e requalificação de prédios ao final de sua vida útil,
ou pelo maior aproveitamento de materiais provindos do demolimento para reciclagem.
No âmbito da reestruturação sustentável de edifícios já construídos, existem
significativas possibilidades de aumento de eficiência energética e também de economia
financeira. Edificações que passam por reformas em busca de melhoria de eficiência
energética podem atingir até 30% de economia no consumo de energia (PROCEL, 2020).
Além disso, a implementação de práticas sustentáveis pode trazer benefícios além dos
aspectos econômico e ambiental, como a melhoria na produtividade e na saúde dos
trabalhadores, resultantes de um ambiente de trabalho mais confortável e menos poluído
(RODE et. al., 2011).
Algumas das principais práticas adotadas em edifícios sustentáveis envolvem conforto
ambiental e eficiência energética, com o aproveitamento de possibilidades de
condicionamento passivo dos ambientes e, também, a eficiência no consumo de água
(MOTTA; AGUILAR, 2009). É importante ressaltar que o aumento da eficiência de um
edifício implica na participação de todos os envolvidos na sua concepção e utilização. Os
usuários têm papel extremamente relevante nesse sentido, pois, por meio de seus hábitos de
utilização do edifício, podem contribuir para um aumento ou diminuição dos índices de
desperdício e do consumo de energia, atingindo de forma direta as medidas de
sustentabilidade.
Neste contexto, mostra-se relevante considerar o setor de edificações dentre as práticas
de sustentabilidade.
Na esfera governamental, o PROCEL, desde sua criação, em 1985, promove
incentivos à eficiência energética em edificações. Porém, com a percepção da importância do
tema, foi instituído, em 2003, o PROCEL EDIFICA, um programa nacional de eficiência
energética em edificações, com suas seis vertentes de atuação: capacitação, tecnologia,
disseminação, regulamentação, habitação e eficiência energética e planejamento, com o
objetivo de ampliar estes incentivos e de “incentivar a conservação e o uso eficiente dos
recursos naturais (água, luz, ventilação, etc.) nas edificações, reduzindo desperdícios e os
impactos sobre o meio ambiente” (PROCEL, 2020).
Seguindo esta linha, criou-se, em 2009, a Etiquetagem de Veículos e Edificações
(comerciais, serviços e públicos). Por meio do PBE - Edifica, um trabalho em conjunto do
Programa Brasileiro de Etiquetagem e do PROCEL - EDIFICA, foram desenvolvidos os
Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C), o Regulamento Técnico da Qualidade para o
26

Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) e os Requisitos de


Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética de Edificações (RAC), além de
manuais para etiquetagem de edifícios de acordo com os níveis de eficiência energética por
meio da aplicação dos requisitos técnicos, sendo os manuais para aplicação do RTQ-C e do
RTQ-R.
Este trabalho utilizará os regulamentos técnicos e manuais de aplicação fornecidos
pelo PBE-Edifica como orientação para análise e classificação do nível de eficiência
energética do edifício estudado.

2.2 Etiquetas e certificações no Brasil

Governos, muitas vezes, buscam melhorar a eficiência energética por meio da


regulamentação do uso da energia. No Brasil, isso se reflete na criação de leis relativas à
utilização de energia, conforme é possível ver nos exemplos a seguir:
 Lei nº 9.427, de 1996: Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica.
 Lei nº 9.478, de 1997: Institui o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
e a Agência Nacional do Petróleo, que dispõe sobre a política energética nacional e
as atividades relativas ao monopólio do petróleo.
 Lei nº 9.991, de 2000: Dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas
concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica.
 Portaria nº 510, de 2002: Cria a Comissão Permanente da Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P), buscando conscientizar servidores públicos para
combater desperdícios e otimizar recursos.
 Instrução normativa 02/MPOG de 2014: Torna obrigatório o uso da Etiqueta
Nacional de Conservação de Energia (ENCE) classe “A” geral nos projetos e
respectivas edificações públicas federais novas ou que recebam retrofit.
 Resoluções normativas nº 482, de 2012, e nº 687, de 2015: Estabelecem as
condições para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de
distribuição de energia elétrica e ao sistema de compensação de energia elétrica.
27

 Lei 10.295, de 2001, e Decreto 9.864, de 2019: Dispõem sobre a Política Nacional
de Conservação, Uso Racional de Energia, o Comitê Gestor de Indicadores e
Níveis de Eficiência Energética, visando incentivar o uso eficiente dos bens
energéticos.

Além das leis e regulamentações, são criadas certificações para incentivar que as
edificações sejam mais sustentáveis, como por exemplo a AQUA (Alta Qualidade Ambiental),
a CASA AZUL e a LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Esse Trabalho
de Conclusão de Curso focou no selo PROCEL-Edifica, pois esse trata somente da eficiência
energética de edificações.
28

3 ESTUDO DE CASO

3.1 Descrição do edifício

Neste trabalho, foram estudados os prédios da Superintendência de Tecnologia da


Informação (STI) e o Pró-Aluno da Escola de Engenharia de São Carlos.
Tais edifícios são integrantes da infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) e
possuem papéis complementares:
● O prédio Pró-Aluno abriga salas com computadores e uma sala de impressão, que
podem ser utilizadas pelos alunos mesmo fora do horário de aula.
● O prédio da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) abriga três salas
de aula com computadores (Sala 1 com 46 computadores para alunos, Sala 2 com
35 computadores para alunos e Sala 3 com 42 computadores para alunos), salas de
reunião, salas de trabalho e um Data center, onde se concentram os equipamentos
a seguir:
 Um cluster com 10 fontes redundantes, cujo consumo máximo é de 8755 W.
Atualmente o consumo medido é de 2130 W, porém, neste trabalho, foi
admitido um consumo de 4000 W para considerar um possível aumento da
demanda ao longo do tempo;
 Um cluster (7G) composto por um storage de 3000 W e um servidor de câmera
no modelo 8 Port KVM Switch de 12 W;
 Um cluster (8D) composto por um storage de 440 W e um de 8 servidores de
câmera no modelo 8 Port KVM Switch de 12 W;
 Um cluster (4D) composto por 2 roteadores de 460 W, 2 firewalls de 6 A
alimentados por uma fonte de 220 V (resultando em uma potência de 1320 W),
uma controladora de rede HP 10500/7500 20 GB de 130 W e 2 servidores de
câmera no modelo 8 Port KVM Switch de 12 W;
29

 Um cluster (2B) composto de um servidor de câmera no modelo 8 Port KVM


Switch de 12 W e 7 servidores supermicro Intel Xeon de 740 W;
 4 aparelhos de ar condicionado, sendo um de 3480 W, um de 1870 W e dois de
1990 W e
 12 lâmpadas, sendo 8 de 32 W e 4 de 18 W.

Esses edifícios não possuem medição individualizada de energia elétrica, ou seja, a


medição é feita para a USP inteira. O conjunto de edifícios da universidade é considerado
consumidor do grupo A4 e possui demanda superior a 300 kW e, dessa forma, podem ser
enquadrados na estrutura tarifária verde ou azul. Em ambos os casos, será considerada a
bandeira tarifária verde, ou seja, sem acréscimo na tarifa.

3.1.1 Estimativa do consumo de cada equipamento por prédio

Para estimar o valor mensal em reais consumido, foi feito um levantamento dos
principais equipamentos presentes no edifício.
No prédio da STI, tais equipamentos foram classificados entre cinco padrões de
consumo:
● Sempre ligados: foram considerados os equipamentos que permanecem ligados 24
horas todos os dias. Tais equipamentos funcionam 3 horas por dia no horário de
ponta durante os 30 dias do mês (90 horas por mês) e 21 horas por dia fora do
horário de ponta (630 horas por mês). Entram nessa classificação todos os
equipamentos do Data center, aparelhos de ar condicionado da sala de nobreaks,
geladeiras e filtros;
● Ligados durante o horário de funcionamento do estabelecimento: foram
considerados os equipamentos que permanecem ligados das 8h às 18h, de segunda-
feira a sexta-feira (10 horas por dia durante 22 dias, totalizando 220 horas por
mês). Todos os equipamentos usados neste período estão no horário fora de ponta.
Entram nessa classificação as lâmpadas, luminárias, lâmpadas de emergência,
computadores, televisões, monitores, aparelhos de ar condicionado, retroprojetores,
câmeras de segurança, ventiladores e caixas de som;
● Ligados durante o período de aula: foram considerados os equipamentos das salas
de aula localizadas no prédio que permanecem ligados somente quando há alguma
disciplina sendo ministrada. Foi considerado o número médio de horas por mês que
30

cada sala é utilizada, considerando um mês com 22 dias úteis e com base na grade
horária dos dois semestres de 2019. Concluiu-se que a sala 1 é utilizada 105,6
horas por mês, a sala 2 é utilizada 74,8 horas por mês e a sala 3 é utilizada 96,8
horas por mês. Entram nessa classificação as lâmpadas, luminárias, lâmpadas de
emergência, computadores, aparelhos de ar condicionado, monitores,
retroprojetores, câmeras de segurança, ventiladores, roteadores e caixas de som de
cada sala em análise;
● Ligados durante curtos períodos: foram considerados os equipamentos que têm um
consumo relevante somente durante curtos períodos de tempo. Entram nessa
classificação as impressoras (com um tempo de uso estimado em 1 hora por dia ou
30 horas por mês) e os fornos de micro-ondas e cafeteiras elétricas (com um tempo
de uso estimado em 30 minutos por dia ou 15 horas por mês) e
● Por último, foi criada também uma categoria de equipamentos que foram
considerados desligados: foram considerados os nobreaks, pois esses equipamentos
quase nunca se recarregam pela rede, e sim pelo gerador de emergência. Isto é,
quando há queda de energia, os nobreaks seguram a carga até que o gerador entre
em operação e depois o próprio gerador recarrega os nobreaks. Portanto, foi
considerado que o consumo dos nobreaks é desprezível frente aos consumos das
outras cargas.

Para estimar o valor mensal em reais consumido, foi feito um levantamento dos
principais equipamentos presentes no prédio do Pró-Aluno e tais equipamentos foram
classificados em quatro padrões de consumo:
● Sempre ligados: foram considerados os equipamentos que permanecem ligados 24
horas todos os dias. Tais equipamentos funcionam 3 horas por dia no horário de
ponta durante os 30 dias do mês (90 horas por mês) e 21 horas por dia fora do
horário de ponta (630 horas por mês). Entra nessa classificação o switch
FORTINET;
● Ligados durante o horário de funcionamento do estabelecimento: foram
considerados os equipamentos que permanecem ligados 100% do tempo, baseado
no horário de funcionamento das 8h às 22h, de segunda-feira a sexta-feira (11
horas por dia durante 22 dias, totalizando 242 horas por mês fora ponta e 3 horas
por dia durante 22 dias, totalizando 66 horas em ponta). Ou seja, os equipamentos
usados nesse período estão divididos em horário de ponta e fora ponta. Entram
31

nessa classificação as lâmpadas, luminárias, lâmpadas de emergência, aparelhos de


ar condicionado e purificador de água;
● Ligados durante longo período: foram considerados os equipamentos das salas de
computador localizado no prédio que permanecem ligados durante 80% do tempo
do período de funcionamento do prédio. Foi considerado o número médio de horas
baseado no número de horas totais do prédio em pleno funcionamento. Portanto,
193,6 horas em horário fora ponta e 52,8 horas em horário de ponta. Entram nessa
classificação todos os computadores e monitores do prédio;
● Ligados durante curtos períodos: foram considerados os equipamentos que têm um
consumo relevante somente durante curtos períodos de tempo. Entram nessa
classificação projetor (com um tempo de uso estimado em 1 hora por dia/útil ou 22
horas por mês) e a impressora (com um tempo de uso estimado em 60 minutos por
dia ou 30 horas por mês) e
● Por último, foi criada também uma categoria de equipamentos que serão
considerados desligados: foram considerados os nobreaks, pois esses equipamentos
quase nunca se recarregam pela rede, e sim pelos geradores. Isto é, quando há
queda de energia, os nobreaks seguram a carga até que o gerador entre em
operação e depois o próprio gerador recarrega os nobreaks. Portanto, foi
considerado que o consumo dos nobreaks é desprezível frente aos consumos das
outras cargas.

3.1.2 Demanda contratada

A fatura de energia elétrica na tarifa verde é composta pela soma de parcelas referentes
ao consumo (na ponta e fora dela), demanda e ultrapassagem. Já a fatura de energia elétrica na
tarifa azul é composta pela soma de parcelas referentes ao consumo, demanda e
ultrapassagem, sempre diferenciando em ponta e fora de ponta. Tendo isso em mente, é
importante ressaltar que o consumo do edifício não é medido de forma independente, mas sim
em conjunto com outros prédios da USP, de forma que não existem dados de demanda
contratada somente para esse edifício e não seria possível medir a ultrapassagem. A solução
proposta foi considerar a demanda contratada sempre igual à demanda estimada e,
consequentemente, a parcela de ultrapassagem sempre será nula.

3.2 Fatura atual


32

3.2.1 Tarifas

Para o propósito deste trabalho, foi sempre considerada a bandeira verde. Tomando
como base as tabelas de tarifas da CPFL Paulista, é possível calcular as tarifas de consumo e
demanda para as tarifas verde e azul.

3.2.1.1 Tarifa verde

Essa modalidade tarifária possui duas tarifações distintas de consumo, uma para
horário de ponta (18h a 21h) e outra para horário fora-ponta (0h a 18h e 21h a 24h). Para
demanda, a tarifação é única. Os valores de tarifação de consumo e demanda são detalhados
na Tabela 2 - Tarifa verde.

Tabela 2 - Tarifa verde.

TUSD TE Ultrapassagem

Subgrupo R$/kW Ponta Fora Ponta Ponta Fora Ponta R$/kW


R$/MWh R$/MWh R$/MWh R$/MWh

A4 (2,3 a 25 kV) 13,41 795,53 89,93 453,71 281,57 26,82


Fonte: CPFL (2020).

A tarifa de consumo de energia elétrica fora de ponta ( T C f ) pode ser calculada


somando a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD=89,93 R$/MWh) e a Tarifa de
Consumo de Energia (TE=281,57 R$/MWh). Depois, basta dividir por 1000 para transformar
o valor em R$/kWh. Dessa forma, tem-se:

TUSD +TE 89,93+281,57 (1)


T Cf = = =0,3715 R$/kWh
1000 1000
Analogamente, é possível obter a tarifa de consumo de energia elétrica na ponta (T C p
):
33

TUSD+TE 795,53+453,71 (2)


T C p= = =1,24924 R$/kWh
1000 1000
A tarifa de demanda (TD) pode ser retirada diretamente da Tabela 2:

TD=TUSD=13,41 R$/kW (3)

3.2.1.2 Tarifa azul

Essa modalidade tarifária possui duas tarifações distintas de consumo e de demanda,


uma para horário de ponta (18h a 21h) e outra para horário fora-ponta (0h a 18h e 21h a 24h).
Os valores de tarifação de consumo e demanda são detalhados na Tabela 3 - Tarifa azul.

Tabela 3 - Tarifa azul.

TUSD TE Ultrapassagem

Subgrupo Ponta Fora Ponta R$/MWh Ponta Fora Ponta Ponta Fora Ponta
R$/kW R$/kW R$/MWh R$/MWh R$/MWh R$/MWh

A4 33,19 13,41 89,93 453,71 281,57 66,38 26,82


(2,3 a 25 kV)
Fonte: CPFL (2021).
De maneira análoga ao que foi feito para calcular a tarifa de consumo de energia
elétrica no tópico anterior, tem-se:

TUSD +TE 89,93+281,57 (4)


T Cf = = =0,3715 R$/kWh
1000 1000

TUSD+TE 89,93+ 453,71 (5)


T C p= = =0,54364 R$/kWh
1000 1000
As tarifas de demanda fora de ponta e de ponta ( T D f e T D p ) podem ser retirada
diretamente da Tabela 3:

T D f =TUS Df =13,41 R$/kW (6)

T D p =TUS D p =33,19 R$/kW (7)

3.2.2 Cálculo da fatura

3.2.2.1 Tarifa verde


34

Para o cálculo do valor parcial da fatura de energia elétrica (em R$), foi utilizada a
fórmula:

1 (8)
VPF =(C F f ×T C f +C F p ×T C p + DF ×TD )×( )
1−( PIS+COFINS+ ICMS )
Onde:
VPF é o valor parcial da fatura,
C F f é o consumo em kWh fora de ponta,
T C f é a tarifa de consumo de energia elétrica fora de ponta, que é de 0,3715 R$/kWh,
C F p é o consumo em kWh na ponta,
T C p é a tarifa de consumo de energia elétrica na ponta, que é de 1,24924 R$/kWh,
DF é a demanda em kW,
TD é a tarifa de demanda, que é de 13,41 R$/kW,
PIS é o tributo federal de Programas de Integração Social, cuja alíquota é 1,65%,
COFINS é o tributo federal de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, cuja
alíquota é 7,6% e
ICMS é o índice de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que é de 18% em
São Paulo.
Os valores de consumo em kWh fora de ponta (C F f ), consumo em kWh na ponta (
C F p) e a demanda em kW (DF) foram calculados levando em consideração os equipamentos
detalhados nos Apêndices A (Detalhamento dos equipamentos da STI) e B (Detalhamento
dos equipamentos do Pró-Aluno). Os dados obtidos são detalhados nas Tabelas 4 a 6, sendo a
primeira referente ao STI, a segunda referente ao Pró-Aluno e a terceira referente ao conjunto
dos prédios.

Tabela 4 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica – STI.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 1,25 2959,9 R$ 3.697,65
Fora de ponta R$ 0,37 47368,6 R$ 17.597,45
Total R$ 21.295,10

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta e fora de ponta R$ 13,41 350,1 R$ 4.695,35

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 35.725,70


35

Fonte: autoria própria.

Tabela 5 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - Pró-Aluno.

Parcela 1: Consumo
P consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) (R$)
Ponta R$ 1,25 2122,7 R$ 2.651,72
Fora de ponta R$ 0,37 8040,6 R$ 2.987,09
Total R$ 5.638,81

Parcela 2: Demanda
P demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) (R$)
Ponta e fora de ponta R$ 13,41 36,4 R$ 488,42

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 8.422,30


Fonte: autoria própria.

Tabela 6 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - TOTAL

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 1,25 5082,6 R$ 6.349,37
Fora de ponta R$ 0,37 55409,3 R$ 20.584,54
Total R$ 26.933,91

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta e fora de ponta R$ 13,41 386,6 R$ 5.183,76

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 44.148,00


Fonte: autoria própria.

3.2.2.2 Tarifa azul

Para o cálculo do valor parcial da fatura de energia elétrica (em R$), foi utilizada a
fórmula:

1 (9)
VPF =(C F f ×T C f +C F p ×T C p + D F f ×T D f + D F p ×T D p )×( )
1−(PIS+COFINS+ ICMS )
Onde:
VPF é o valor parcial da fatura,
36

C F f é o consumo em kWh fora de ponta,


T C f é a tarifa de consumo de energia elétrica fora de ponta, que é de 0,3715 R$/kWh,
C F p é o consumo em kWh na ponta,
T C p é a tarifa de consumo de energia elétrica na ponta, que é de 0,54364 R$/kWh,
D F f é a demanda em kW fora de ponta,
T D f é a tarifa de demanda fora de ponta, que é de 13,41 R$/kW,
D F p é a demanda em kW na ponta,
T D p é a tarifa de demanda na ponta, que é de 33,19 R$/kW,
PIS é o tributo federal de Programas de Integração Social, cuja alíquota é 1,65%,
COFINS é o tributo federal de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, cuja
alíquota é 7,6% e
ICMS é o índice de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que é de 18% em
São Paulo.
Os valores de consumo em kWh fora de ponta (C F f ), consumo em kWh na ponta (
C F p), demanda fora de ponta em kW ( D F f ) e demanda na ponta em kW ( D F p ) foram
calculados levando em consideração os equipamentos detalhados nos Apêndices C
(Detalhamento dos equipamentos da STI) e D (Detalhamento dos equipamentos do Pró-
Aluno). Os dados obtidos são detalhados nas Tabelas 7 a 9, sendo a primeira referente ao
STI, a segunda referente ao Pró-Aluno e a terceira referente ao conjunto dos prédios.

Tabela 7 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica – STI.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 0,54 2959,9 R$ 1.609,13
Fora de ponta R$ 0,37 47368,6 R$ 17.597,45
Total R$ 19.206,58

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta R$ 33,19 32,9 R$ 1.091,55
Fora de ponta R$ 13,41 350,1 R$ 4.695,35
Total R$ 5.786,90
Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 34.355,30
Fonte: autoria própria.

Tabela 8 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica – Pró-Aluno.

Parcela 1: Consumo
37

Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)


Ponta R$ 0,54 2122,7 R$ 1.153,97
Fora de ponta R$ 0,37 8040,6 R$ 2.987,09
Total R$ 4.141,06

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta R$ 33,19 34,9 R$ 1.157,39
Fora de ponta R$ 13,41 36,4 R$ 488,42
Total R$ 1.645,81
Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 7.954,46
Fonte: autoria própria.

Tabela 9 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica – TOTAL.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 0,54 5082,6 R$ 2.763,10
Fora de ponta R$ 0,37 55409,3 R$ 20.584,54
Total R$ 23.347,63

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta R$ 33,19 67,8 R$ 2.248,95
Fora de ponta R$ 13,41 386,6 R$ 5.183,76
Total R$ 7.432,71
Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 42.309,75
Fonte: autoria própria.

Após o cálculo do valor parcial da fatura de energia elétrica, já considerando todos os


impostos e tributos, foi possível observar que o total devido mensalmente será de
aproximadamente R$ 44.148,00 se for escolhida a tarifa verde, sendo R$ 35.725,70 referente
ao STI e R$ 8.422,30 referente ao Pró-Aluno. Caso seja escolhida a tarifa azul, o total devido
mensalmente será de R$ 42.309,75, sendo R$ 34.355,30 referente ao STI e R$ 7.954,46
referente ao Pró-Aluno. Desta forma, no padrão de consumo atual do conjunto de prédios, a
tarifa azul se mostra mais vantajosa, apresentando uma diferença de R$1.838,25 (ou 4,16%) a
menos no total devido mensalmente.
3.3 Cálculo do nível de eficiência energética atual dos edifícios
38

3.3.1 Metodologia para etiquetagem do sistema de iluminação

Para alcançar o melhor desempenho energético no edifício Pró-Aluno/STI do campus


da Universidade de São Paulo em São Carlos, este item apresenta a metodologia utilizada para
realizar o diagnóstico atual do edifício e sua respectiva etiqueta e, posteriormente, será
realizada uma nova etiquetagem, a fim de atingir maiores níveis de eficiência no sistema de
iluminação e condicionadores de ar por meio da aplicação do método prescritivo no estudo de
caso em questão.
O método prescritivo é descrito no Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de
Eficiência Energética de Edificações Comercial, de Serviço e Público (RTQ – C) do
PROCEL, com base na Portaria nº 372 e nas Portarias Complementares nº 17, 299 e 126,
publicado em junho de 2016. O RTQ-C designa quais serão os critérios para a classificação do
nível geral de eficiência energética da edificação por meio de classificações parciais do
sistema de iluminação e de condicionamento de ar. Para tal, há pesos específicos para cada um
dos requisitos e estes são ponderados de modo a ser possível somar ao final a pontuação total
e posteriormente as bonificações. Bonificações são iniciativas que aumentam ainda mais a
eficiência energética da edificação e serão consideradas para ajudar na melhoria da
classificação da etiqueta, que serão adquiridas e sugeridas por meio das mudanças de hábitos,
implementação de novas tecnologias, sensores e até mesmo, futuramente, pelo uso de energias
renováveis.
Posteriormente, a etiquetagem do edifício sob as condições de funcionamento padrão
será calculada para as etiquetas com classificação consideradas não suficientes e com
oportunidades de melhoria, sugestões de alterações a fim de elevar o ambiente, tanto no
sistema de iluminação quanto no de ar condicionado, para etiquetas mais eficientes. Essas
melhorias serão baseadas e verificadas nas normas da ABNT NBR 5413 para iluminação e
NBR 5858 para condicionamento de ar e a partir das alterações e com a nova etiqueta gerada
pode-se atingir um melhor nível de eficiência energética em ambos os prédios.
A seguir, será feita uma avaliação considerando somente a iluminação e os aparelhos
de ar condicionado. A Figura 6 apresenta os cincos níveis de eficiência que uma edificação
pode alcançar, sendo A (mais eficiente) a E (menos eficiente), com o seu respectivo
equivalente numérico.

Figura 6 - Níveis de eficiência com seu respectivo número equivalente para cada nível de eficiência – EqNum.
39

A 5
B 4
C 3
D 2
E 1
Fonte: autoria própria.

Já a determinação da eficiência geral, etiquetagem do edifício, se dá por meio dos


sistemas (iluminação e condicionamento de ar), sendo feita a avaliação separada de cada
sistema nas próximas seções.

3.3.2 Metodologia para melhoria de eficiência no sistema de iluminação

De acordo com o Manual do RTQ-C (ELETROBRÁS, 2016, p.124), a iluminação


artificial é fundamental para que edifícios comerciais, públicos e privados funcionem e para
que seja possível realizar o trabalho mesmo em horários que a luz natural não está disponível
ou não atinge o nível mínimo de iluminação requerido, tanto para performar conforme o
esperado, quanto para conforto e salubridade do local.
Porém, em alguns casos, o sistema de iluminação artificial pode consumir muita
energia. Devido a esse fator, torna-se necessária a utilização de um sistema de iluminação
eficiente que fornece os níveis adequados de iluminâncias para cada tarefa, consumindo o
mínimo de energia.
Para realizar uma correta classificação do sistema de iluminação, deverão ser
respeitados os pré-requisitos, como os critérios de controle do sistema de iluminação, além
dos limites de potência instalada. Para a classificação final do sistema de iluminação, deve-se
observar o atendimento dos pré-requisitos exigidos no RTQ-C: a divisão dos circuitos, a
contribuição da luz natural e o desligamento automático do sistema de iluminação, indicado
na Tabela 10 (INMETRO, 2010, p.31).

Tabela 10 – Pré-Requisitos.

Pré-Requisito Nível A Nível B Nível C

Divisão dos circuitos X X X

Contribuição da luz natural X X


40

Desligamento automático do sistema de iluminação X

Fonte: Manual RTQ-C (2021).

Para o método das atividades são necessários os seguintes dados:


● Área dos ambientes,
● Potência instalada e
● Densidades de potência limite segundo o RTQ-C (DPIL).

É possível adicionar tanto os índices K ou RCR para obter um aumento de 20% na


DPIL. Sendo o índice de ambiente (K) que classifica diferentes ambientes de acordo com a
área, considerando a distribuição uniforme das luminárias e o RCR, que é a razão da cavidade
do ambiente, trata-se de uma relação matemática que corresponde às dimensões de um espaço
fechado (comprimento, largura, altura) delimitado pelas paredes, plano das luminárias e plano
de trabalho;

O método da área do edifício determina limites de densidade de potência em


iluminação para edificações como um todo. No entanto, para o atendimento dos pré-
requisitos, os ambientes são avaliados separadamente. As etapas para avaliação são listadas e
detalhadas a seguir (INMETRO, 2010):
1. Identificar a atividade principal do edifício e a densidade de potência de
iluminação limite (DPIL – W/m²) para cada nível de eficiência;
2. Determinar a área iluminada do edifício;
3. Multiplicar a área iluminada pela DPIL para encontrar a potência limite do
edifício;
4. Determinar a densidade de potência de iluminação limite (DPIL) para cada
atividade e a área iluminada para cada uma. A potência limite para o edifício será a
soma das potências limites para cada atividade do edifício;
5. Comparar a potência total instalada no edifício e a potência limite para determinar
o nível de eficiência do sistema de iluminação;
6. Após determinar o nível de eficiência alcançado pelo edifício, deve-se verificar o
atendimento dos pré-requisitos em todos os ambientes e
7. Caso existam ambientes que não atendem aos pré-requisitos, o EqNum deverá ser
corrigido empregando a ponderação entre os níveis de eficiência e potência
41

instalada dos ambientes que não atenderam aos pré-requisitos e a potência


instalada e o nível de eficiência encontrado para o sistema de iluminação.

3.3.2.1 Atividade principal e densidade de potência de iluminação limite para cada nível de
eficiência

O primeiro passo foi classificar as salas da STI e Pró-Aluno de acordo com sua
principal atividade, como mostrado nas Tabelas 11 e 12.
Tabela 11 - Classificação das atividades de cada sala do prédio STI.
Sala Ambiente/atividade
4062 Escritório - Planta Livre
4064 Depósitos
4065 Sala de Aula, Treinamento
4066 Escritório - Planta Livre
4067 Depósitos
4068 Escritório - Planta Livre
4069 - corredor copa Hall de entrada
4070 Sala de Aula, Treinamento
4071 Banheiro
4072 Banheiro
4073 Banheiro
4074 Banheiro
4075 - nobreak Depósitos
4076 Sala de Aula, Treinamento
4077 Escritório - Planta Livre
4078 Sala de Aula, Treinamento
4079 Banheiro
4081 Banheiro
4082 Banheiro
4084 Banheiro
Corredor 2º andar Hall de entrada
Sala de limpeza Depósitos
4086 Escritório - Planta Livre
4085- Data center Depósitos
Fonte: autoria própria.

Tabela 12 - Classificação das atividades de cada sala do prédio Pró-Aluno.


Sala Ambiente/atividade
25647 Sala de Aula, Treinamento
Nobreak Depósitos
25651 Sala de Aula, Treinamento
25650 Sala de Aula, Treinamento
25649 Escritório - Planta Livre
25648 Sala de Aula, Treinamento
Fonte: autoria própria.
42

A partir do manual RTQ-C, foram obtidos os dados de limite máximo aceitável de


densidade de potência de iluminação (DPIL) para cada ambiente/atividade, como mostrado na
Tabela 13.

Tabela 13 - Limites de DPIL para os ambientes avaliados.

Limite do Ambiente Densidade de Potência de Iluminação limite (W/m²)


Ambiente/atividade K RCR Nível A Nível B Nível C Nível D
Escritório - Planta Livre 1,20 4,00 10,50 12,60 14,70 16,80
Banheiro 0,60 8,00 5,00 6,00 7,00 8,00
Sala de Aula, Treinamento 1,20 4,00 10,20 12,24 14,28 16,32
Depósitos 0,80 6,00 5,00 6,00 7,00 8,00
Hall de entrada 1,20 4,00 8,00 9,60 11,20 12,80
Fonte: RTQ-C, Tabela 4.2.

Depois disso, foi determinada a potência instalada de cada uma das salas. Durante o
levantamento feito em campo, não foi possível identificar os reatores das lâmpadas instalados,
por isso foram adotadas premissas com base em reatores fabricados pela Phillips:
● Para as lâmpadas de 32 W, o modelo de reator eletrônico 2x32 W apresenta perdas
de 12,5 W;
● Para as lâmpadas de 16 W, o modelo de reator eletrônico 2x16 W apresenta perdas
de 3,7 W e
● Para as lâmpadas de 18 W, o modelo de reator eletrônico 2x18 W apresenta perdas
de 4 W.
O número de lâmpadas e a potência de cada uma delas é indicado nas Tabelas 14 e 15.
Para salas que possuem mais de um tipo de lâmpada, os tipos foram separados por barra (por
exemplo, para o Data center, tem-se 8 lâmpadas de 32 W e 4 lâmpadas de 18 W). Com esses
dados e a potência do reator, foram calculadas as potências totais das salas de ambos os
prédios, consolidadas nas Tabelas 14 e 15.
43

Tabela 14 - Análise da potência instalada total STI.


Número de Potência Perdas Potência
Sala Ambiente/atividade lâmpadas (W) Reator (W) total (W)
4062 Escritório - Planta Livre 26 32 12,5 994,5
4064 Depósitos 4 32 12,5 153
4065 Sala de Aula, Treinamento 42 32 12,5 1606,5
4066 Escritório - Planta Livre 4 32 12,5 153
4067 Depósitos 2 16 3,7 35,7
4068 Escritório - Planta Livre 4 32 12,5 153
4069 - corredor copa Hall de entrada 8 32 12,5 306
4070 Sala de Aula, Treinamento 12 32 12,5 459
4071 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4072 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4073 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4074 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4075 - nobreak Depósitos 2 32 12,5 76,5
4076 Sala de Aula, Treinamento 22 32 12,5 841,5
4077 Escritório - Planta Livre 8 32 12,5 306
4078 Sala de Aula, Treinamento 42 32 12,5 1606,5
4079 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4081 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4082 Banheiro 2 32 12,5 76,5
4084 Banheiro 2 32 12,5 76,5
Corredor 2º andar Hall de entrada 14 32 12,5 535,5
Sala de limpeza Depósitos 1 16 3,7 19,7
4086 Escritório - Planta Livre 16 32 12,5 712
4085- Data center Depósitos 8/4 32/18 12,5/4 386
Fonte: autoria própria.
44

Tabela 15 - Análise da potência instalada total Pró-Aluno.


Número de Potência Perdas Potência
Sala Ambiente/atividade lâmpadas (W) Reator (W) total (W)
Sala de Aula,
25647 Treinamento 6 32 12,5 229,5
NB Depósitos 2 32 12,5 76,5
Sala de Aula,
25651 Treinamento 13/2 32/18 12,5/4 537,25
Sala de Aula,
25650 Treinamento 11/4 32/18 12,5/4 500,75
25649 Escritório - Planta Livre 7/8 32/18 12,5/4 427,75
Sala de Aula,
25648 Treinamento 15/3 32/18 12,5/4 633,75
Fonte: autoria própria.

3.3.2.2 Área iluminada

Para calcular a área iluminada, foram utilizadas as plantas da STI e Pró-Aluno,


disponibilizadas pela USP, e utilizando o software AutoCAD foram calculadas as respectivas
áreas exibidas nas Tabelas 16 e 17.

Tabela 16 - Análise da área iluminada STI.


Sala Ambiente/atividade Área (m²)
4062 Escritório - Planta Livre 140
4064 Depósitos 20
4065 Sala de Aula, Treinamento 250
4066 Escritório - Planta Livre 17
4067 Depósitos 5
4068 Escritório - Planta Livre 17
4069 - corredor copa Hall de entrada 34
4070 Sala de Aula, Treinamento 52
4071 Banheiro 7
4072 Banheiro 5
4073 Banheiro 5
4074 Banheiro 7
4075 - nobreak Depósitos 20
4076 Sala de Aula, Treinamento 168
4077 Escritório - Planta Livre 33
4078 Sala de Aula, Treinamento 250
4079 Banheiro 7
4081 Banheiro 5
45

4082 Banheiro 5
4084 Banheiro 7
Corredor 2º andar Hall de entrada 52,4
Sala de limpeza Depósitos 4,8
4086 Escritório - Planta Livre 66
4085- Data center Depósitos 28
Fonte: autoria própria.
Tabela 17 - Análise da área iluminada Pró-Aluno.

Sala Ambiente/atividade Área (m²)


25647 Sala de Aula, Treinamento 45,5
Nobreak Depósitos 3,8
25651 Sala de Aula, Treinamento 56
25650 Sala de Aula, Treinamento 54,1
25649 Escritório - Planta Livre 56,9
25648 Sala de Aula, Treinamento 67,4
Fonte: autoria própria.

3.3.2.3 Potência limite e classificação dos ambientes

Para calcular a potência limite do ambiente, foi feita a multiplicação da área iluminada
(m²) pela Densidade de Potência de Iluminação limite (W/m²). Com isso, foi possível
identificar o nível de classificação do ambiente antes da análise de pré-requisitos exibido na
tabela 18:

Tabela 18 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente da STI.


Densidade de Potência de Iluminação limite do ambiente Classificação
(W/m2) do ambiente
Potência
Nível A Nível B Nível C Nível D
Sala total (W)
4062 994,5 1470 1764 2058 2352 A
4064 153 100 120 140 160 D
4065 1606,5 2550 3060 3570 4080 A
4066 153 178,5 214,2 249,9 285,6 A
4067 35,7 25 30 35 40 D
4068 153 178,5 214,2 249,9 285,6 A
4069 - corredor copa 306 272 326,4 380,8 435,2 B
4070 459 530,4 636,48 742,56 848,64 A
4071 76,5 35 42 49 56 E
4072 76,5 25 30 35 40 E
4073 76,5 25 30 35 40 E
4074 76,5 35 42 49 56 E
4075 - nobreak 76,5 100 120 140 160 A
4076 841,5 1713,6 2056,32 2399,04 2741,76 A
46

4077 306 346,5 415,8 485,1 554,4 A


4078 1606,5 2550 3060 3570 4080 A
4079 76,5 35 42 49 56 E
4081 76,5 25 30 35 40 E
4082 76,5 25 30 35 40 E
4084 76,5 35 42 49 56 E
Corredor 2º andar 535,5 419,2 503,04 586,88 670,72 C
Sala de limpeza 19,7 24 28,8 33,6 38,4 A
4086 712 693 831,6 970,2 1108,8 B
4085- Data center 386 140 168 196 224 E
Fonte: autoria própria.

Tabela 19 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente do Pró-Aluno.


Densidade de Potência de Iluminação limite do ambiente Classificação
(W/m2) do ambiente
Potência
Nível A Nível B Nível C Nível D
Sala total (W)
25647 229,5 464,1 556,92 649,74 742,56 A
Nobreak 76,5 19 22,8 26,6 30,4 E
25651 537,25 571,2 685,44 799,68 913,92 A
25650 500,75 551,82 662,184 772,548 882,912 A
25649 427,75 597,45 716,94 836,43 955,92 A
25648 633,75 687,48 824,976 962,472 1099,968 A
Fonte: autoria própria.

3.3.2.4 Verificação dos pré-requisitos

De acordo com o Manual para Aplicação do RTQ-C, juntamente com o limite de


potência, é necessário classificar o sistema de iluminação em três pré-requisitos. São eles:
divisão dos circuitos, contribuição da luz natural e desligamento automático do sistema de
iluminação:

a) Divisão de Circuitos
Foi considerado que esse pré-requisito é cumprido, pois em ambos os prédios (STI e
Pró-Aluno) cada ambiente possui um controle separado para acionar sua iluminação, e
esses interruptores são visíveis e acessíveis.
b) Contribuição da luz natural
Este pré-requisito se refere à necessidade de separação dos circuitos de luminárias
mais próximas às janelas, de maneira que seja possível acender apenas as lâmpadas
localizadas no interior do ambiente, aproveitando a iluminação natural durante o dia.
No prédio da STI, para os escritórios e salas que possuem mais de uma fileira de
luminárias, todas as lâmpadas estão conectadas ao mesmo circuito, então esse pré-
47

requisito não foi cumprido. O mesmo se aplica para a sala 4064 (sala de manutenção
de equipamentos antigos, considerada como depósito), para a sala 4075 (sala do
nobreak da STI) e 4085 (Data center). Já os banheiros, corredores e salas de limpeza
possuem apenas uma fileira de luminárias, de forma que esse pré-requisito não se
aplica e será considerado cumprido.
No prédio do Pró-Aluno, a sala de nobreak possui apenas uma fileira de lâmpadas,
então esse pré-requisito é considerado atendido. Para todas as outras salas, existem
duas fileiras ou mais de luminárias e seus interruptores não são independentes, de
forma que o pré-requisito não é cumprido.
c) Desligamento Automático dos Ambientes
No prédio da STI, este pré-requisito aplica-se apenas às salas 4065 e 4078. Tais salas
não possuem desligamento automático e, consequentemente, não atendem ao pré-
requisito. As salas restantes possuem menos de 250 m², então o pré-requisito será
considerado atendido.
No prédio do Pró-Aluno, todas as salas possuem menos de 250 m², então o pré-
requisito será considerado atendido também.

Após a análise dos pré-requisitos, a etiqueta de cada sala passa a ser conforme as
Tabelas 20 e 21.

Tabela 20 - Densidade de pré-requisitos e nova classificação do ambiente da STI.

Verificação dos pré-requisitos


Desligamento Classificação
Divisão de Contribuição da Automático dos
Classificação do pós análise de
Circuitos luz natural ambientes
Sala ambiente pré-requisitos
4062 A X X C
4064 D X X D
4065 A X C
4066 A X X C
4067 D X X X D
4068 A X X C
4069 - corredor copa B X X X B
4070 A X X C
4071 E X X X E
4072 E X X X E
4073 E X X X E
4074 E X X X E
4075 - nobreak A X X C
4076 A X X C
4077 A X X C
4078 A X C
48

4079 E X X X E
4081 E X X X E
4082 E X X X E
4084 E X X X E
Corredor 2º andar C X X X C
Sala de limpeza A X X X A
4086 B X X C
4085- Data center E X X E
Fonte: autoria própria.

Tabela 21 - Densidade de pré-requisitos e nova classificação do ambiente do Pró-Aluno.

Verificação dos pré-requisitos


Desligamento Classificação pós
Classificação
do ambiente Divisão de Contribuição Automático análise de pré-
Circuitos da luz natural dos Ambientes
Sala (Lim. Potência) requisitos
25647 A X X B
NB E X X X E
25651 A X X B
25650 A X X B
25649 A X X B
25648 A X X B
Fonte: autoria própria.

3.3.2.5 Potência limite e classificação do edifício

O próximo passo foi classificar o nível do edifício, referente à iluminação. Para isso,
foi necessário comparar a potência instalada na instalação (obtida por meio do
somatório das potências das lâmpadas e reatores instalados em cada sala) com a
potência limite para o edifício (obtida por meio do somatório das potências limites de
cada ambiente). Dessa maneira, obtém-se a etiqueta do edifício antes de fazer a análise
dos pré-requisitos fazendo o comparativo entre a potência total instalada em cada
edifício e as densidades de potência de iluminação limite para cada nível, variando de
A à D, conforme exibido nas tabelas 22 para o STI e 23 para o Pró-Aluno:

Tabela 22 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do edifício da STI.

Densidade de Potência de Iluminação limite do edifício(W/m2)


Potência total instalada Classificação
Nível A Nível B Nível C Nível D
no edifício (W) do edifício
8956,4 11530,7 13836,84 16142,98 18449,12 A
Fonte: autoria própria.

Tabela 23 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do edifício do Pró-Aluno.


49

Densidade de Potência de Iluminação limite do edifício(W)


Potência total instalada Classificação do
Nível A Nível B Nível C Nível D
no edifício edifício
2405,5 2891,05 3469,26 4047,47 4625,68 A
Fonte: autoria própria.

Porém, é necessário considerar também os pré-requisitos. Para isso, primeiramente foi


calculado o equivalente numérico de cada sala, conforme a Tabela 24.

Tabela 24 - Níveis de eficiência com seu respectivo equivalente numérico (EqNum).


Níveis de eficiência EqNum
A 5

B 4

C 3

D 2

E 1
Fonte: RTQ-C (2017).

Depois, foi calculada a média dos equivalentes numéricos, ponderados pela potência
instalada na respectiva sala (ou seja, foi feito o somatório da multiplicação das potências das
lâmpadas e reatores instalados em cada sala e o seu respectivo equivalente numérico e
posteriormente dividido pela potência total instalada no prédio). Esses equivalentes numéricos
foram depois convertidos para a classificação de etiquetas de acordo com a Tabela 2.3 do
Manual RTQ-C 2017, representada na Tabela 25.

Tabela 25 - Classificação Geral do Edifício.

Classificação final PT

A ≥ 4,5 a 5
B ≥ 3,5 a<4,5
C ≥ 2,5 a<3,5
D ≥ 1,5 a<2,5
E ¿ 1,5
Fonte: RTQ-C (2017).
50

Com isso, foi obtida a Tabela 26 e 27.

Tabela 26 - Ponderação por potência dos ambientes prédio STI.


Classificação do Potência Total Potência ˣ
Sala ambiente EqNum Instalada (W) EqNum
4062 C 3 994,5 2983,5
4064 D 2 153 306
4065 C 3 1606,5 4819,5
4066 C 3 153 459
4067 D 2 35,7 71,4
4068 C 3 153 459
4069 - corredor copa E 1 306 306
4070 C 3 459 1377
4071 E 1 76,5 76,5
4072 E 1 76,5 76,5
4073 E 1 76,5 76,5
4074 E 1 76,5 76,5
4075 - nobreak C 3 76,5 229,5
4076 C 3 841,5 2524,5
4077 C 3 306 918
4078 C 3 1606,5 4819,5
4079 E 1 76,5 76,5
4081 E 1 76,5 76,5
4082 E 1 76,5 76,5
4084 E 1 76,5 76,5
Corredor 2º andar C 3 535,5 1606,5
Sala de limpeza A 5 19,7 98,5
4086 C 3 712 2136
4085- Data center E 1 386 386
Total 8956,4 24111,9
Equivalente numérico (após ponderação) 2,69
Classificação C
Fonte: autoria própria.
51

Tabela 27 - Ponderação por potência dos ambientes prédio Pró-Aluno.


Classificação do Potência Total Potência X
Sala ambiente EqNum Instalada (W) EqNum
25647 B 4 229,5 918
Nobreak E 1 76,5 76,5
25651 B 4 537,25 2149
25650 B 4 500,75 2003
25649 B 4 427,75 1711
25648 B 4 633,75 2535
Total 2405,5 9392,5
Equivalente numérico (após ponderação) 3,90
Classificação B
Fonte: autoria própria.

3.3.3 Metodologia para etiquetagem do sistema de ar condicionado

A classificação do condicionamento de ar de um edifício, seguindo a norma RTQ-C,


para edifícios que possuem somente condicionadores do tipo janela ou split, depende do nível
de eficiência dos equipamentos utilizados. Além disso, os sistemas de condicionamento de ar
possuem pré-requisitos que devem ser atendidos para garantir o nível de eficiência A. São
eles:
● Isolamento térmico adequado para tubulação de fluidos e
● Em caso de condicionamento de ar por aquecimento artificial, o sistema deve
atender aos indicadores mínimos de eficiência energética.
Caso os pré-requisitos citados acima não sejam atendidos, o nível máximo de
eficiência do edifício será o nível B.
A etiqueta PROCEL para o sistema de ar condicionado é fornecida por meio de
cálculos envolvendo uma ponderação entre os equivalentes numéricos das classificações
INMETRO dos aparelhos e de suas capacidades em BTU/h.
Para a aplicação da metodologia, foram levantadas, por meio de visitas técnicas, as
quantidades de aparelhos de ar condicionado utilizados no edifício e informações sobre seus
modelos e capacidades, as quais foram complementadas por consultas ao acervo de
patrimônios da USP.
Para aparelhos que não possuem o SELO PROCEL com classificação entre A e E para
eficiência energética, a eficiência foi calculada utilizando a equação (10), de Coeficiente de
Desempenho (COP), sendo que o valor da capacidade de refrigeração do aparelho (em kW) é
dividido por seu consumo elétrico nominal (em kW).
52

Capacidade de refrigera çã o (kW )


COP = (10)
Consumo el é trico nominal( kW )

A partir dos valores de COP encontrados para os aparelhos não etiquetados pelo
INMETRO, utilizaram-se as correspondências da Tabela 28 para gerar uma classificação de
eficiência energética equivalente ao selo PROCEL.

Tabela 28 – Equivalência entre COP e Categoria de Eficiência Energética PROCEL

Classificação Equivalente COP calculado


A COP ≥ 3,20
B 3,20 ≥ COP > 3,00
C 3,00 ≥ COP > 2,80
D 2,80 ≥ COP > 2,60
E 2,60 ≥ COP > 2,39
Fonte: PROCEL (2020)

A partir dos dados levantados sobre os aparelhos de ar condicionado do edifício, foi


feito o cálculo da etiquetagem da eficiência para cada andar. Para a realização do cálculo,
seguiu-se a metodologia do RTQ-C, descrita a seguir:
1. Para cada aparelho de ar condicionado, é determinada sua capacidade em BTU/h e
sua categoria de eficiência (por meio de sua etiqueta PROCEL ou pelo cálculo do
COP e posterior correspondência);
2. Para cada categoria de eficiência, tem-se o equivalente numérico mostrado na
Tabela 29;
3. Calcula-se o coeficiente de ponderação para cada aparelho dividindo-se sua
capacidade em BTU/h pela soma das capacidades de todos os aparelhos da zona
térmica analisada;
4. Multiplica-se o equivalente número dos aparelhos por seus respectivos coeficientes
de ponderação para encontrar o valor correspondente e
5. A soma de todos os valores correspondentes dos aparelhos de uma zona térmica
fornece a classificação final daquela zona por meio da correlação mostrada na
Tabela 30.
Para efeito de aproximação, quando a categoria de eficiência energética de um
aparelho não pôde ser determinada por nenhum dos dois métodos descritos (selo PROCEL ou
53

método COP), foi admitido o caso de categoria “E” no sistema PROCEL para a realização dos
cálculos. A lista completa de todos os aparelhos instalados, suas capacidades e respectivas
categorias de eficiência pode ser consultada no Apêndice deste trabalho.

Tabela 29 - Equivalente numérico para cada categoria de eficiência.

Categoria de eficiência Valor correspondente


A 5
B 4
C 3
D 2
E 1
Fonte: Manual RTQ-C.

Tabela 30 - Classificação final a ser aplicada sobre o resultado dos cálculos.

Classificação final Resultado


A ≥ 4,5 a 5,0
B ≥ 3,5 a 4,5
C ≥ 2,5 a 3,5
D ≥ 1,5 a 2,5
E < 1,5
Fonte: Manual RTQ-C.

Para o prédio da STI, cada andar foi considerado uma zona térmica e os resultados
obtidos podem ser observados nas Tabelas 31 e 32.
A Tabela 31 mostra a classificação parcial obtida para o andar térreo da STI a partir
das capacidades em BTU dos equipamentos de ar condicionado utilizados, suas respectivas
categorias PROCEL, equivalente numérico e coeficiente de ponderação. A Tabela 32 mostra
o mesmo procedimento para cálculo de classificação parcial do primeiro andar do edifício.

Tabela 31 - Classificação parcial obtida para o andar térreo da STI.

Quantidade BTU Categoria Equivalente Coeficiente de Valor Classificação


54

Procel Numérico Ponderação


1 9000 A 5 0,055555556 0,277778
1 9000 E 1 0,055555556 0,055556
1 24000 E 1 0,148148148 0,148148
1 30000 C 3 0,185185185 0,555556
3 30000 C 3 0,185185185 1,666667
2,703705 C
Fonte: autoria própria.

Tabela 32 - Classificação parcial obtida para o primeiro andar da STI.

Categoria Equivalente Coeficiente de


Quantidade BTUS Procel Numérico Ponderação Valor Classificação
2 30000 C 3 0,161290323 0,967742
3 30000 C 3 0,161290323 1,451613
1 12000 A 5 0,064516129 0,322581
2 12000 A 5 0,064516129 0,645161
3,387097 C
Fonte: autoria própria.

O edifício do Pró-Aluno possui apenas um andar, considerado como uma única zona
térmica para análise. Os resultados podem ser observados na Tabela 33.

Tabela 33 – Classificação obtida para o edifício do Pró-Aluno.

Categoria Equivalente Coeficiente de


Quantidade BTUS Procel Numérico Ponderação Valor Classificação
1 24000 B 4 0,1290322581 0,5161290323
2 18000 A 5 0,09677419355 0,9677419355
1 18000 A 5 0,09677419355 0,4838709677
1 12000 A 5 0,06451612903 0,3225806452
2 12000 C 3 0,06451612903 0,3870967742
2 18000 A 5 0,09677419355 0,9677419355
2 18000 A 5 0,09677419355 0,9677419355
4,612903226 B
Fonte: autoria própria.

3.3.3.1 Cálculo da classificação geral dos edifícios para o sistema de condicionamento de ar

A partir dos cálculos descritos na seção anterior, foi possível calcular a classificação
geral dos edifícios para o sistema de condicionamento de ar.
Para o caso analisado do edifício da STI, a classificação é dada pela média aritmética
das classificações parciais encontradas para cada zona térmica. Enquanto para o prédio do
55

Pró-Aluno, como apenas uma zona térmica foi considerada, a classificação encontrada
parcialmente é também a classificação total.
Os resultados podem ser observados na Tabela 34.
O edifício do Pró-Aluno não cumpre o pré-requisito de isolamento térmico adequado
para as tubulações de fluidos. Desta maneira, apesar de os cálculos numéricos apontarem uma
classificação do nível A, o prédio deve ser etiquetado como nível B.

Tabela 34 - Classificação geral para o sistema de ar condicionado dos edifícios

Valor Classificação
STI 3,0844575 C
Pró-Aluno 4,6129032 B
Fonte: autoria própria.

3.4 Melhorias propostas para o sistema de iluminação

Foi observado que os prédios não apresentam índices elevados de eficiência (STI
apresentou etiqueta C e o Pró-Aluno apresentou etiqueta B). As oportunidades de melhoria
serão propostas em dois âmbitos:
● Grupo I: para as salas que apresentaram potência total (W) superior à densidade de
potência de iluminação limite do ambiente (DPIL) recomendada para o nível B de
eficiência energética, foi proposta uma redução no número e na potência das
lâmpadas e luminárias da sala. O número e potência ideais de lâmpadas para cada
sala foi calculado em concordância com a norma NBR 5413 - Iluminância de
interiores e
● Grupo II: para as salas cuja potência instalada atendeu à densidade de potência de
iluminação limite do ambiente (DPIL) recomendada para o nível A, mas cuja a
etiquetagem foi rebaixada devido ao não cumprimento dos pré-requisitos propostos
pelo manual RTQ-C, foram propostas melhorias qualitativas que garantam o
cumprimento de tais requisitos e consequente melhoria no nível de eficiência.

As salas foram classificadas nestes dois grupos de acordo com as principais


oportunidades de melhoria identificadas, e foram organizadas na Tabela 35 - Classificação
das salas da STI quanto às oportunidades de melhoria da eficiência energética e Tabela 36 -
56

Classificação das salas do Pró-Aluno quanto às oportunidades de melhoria da eficiência


energética.

Tabela 35 - Classificação das salas da STI quanto às oportunidades de melhoria da eficiência energética.

Sala Propostas de melhoria


4062 Grupo II
4064 Grupos I e II
4065 Grupo II
4066 Grupo II
4067 Grupo I
4068 Grupos I e II
4069 - corredor copa Grupo I
4070 Grupo II
4071 Grupo I
4072 Grupo I
4073 Grupo I
4074 Grupo I
4075 - nobreak Grupo II
4076 Grupo II
4077 Grupo II
4078 Grupo II
4079 Grupo I
4081 Grupo I
4082 Grupo I
4084 Grupo I
Corredor 2º andar Grupo I
Sala de limpeza Nenhuma intervenção
4086 Grupos I e II
4085- Data center Grupos I e II
Fonte: autoria própria.

Tabela 36 - Classificação das salas do Pró-Aluno quanto às oportunidades de melhoria da eficiência energética.

Sala Propostas de melhoria


25647 Grupo I e II
57

Nobreak Grupo I
25651 Grupo II
25650 Grupo II
25649 Grupo II
25648 Grupo II
Fonte: autoria própria.

3.4.1 Melhorias propostas para o sistema de iluminação

A fim de mensurar as melhorias de eficiência energética, foi realizado um


levantamento das oportunidades, em um teor qualitativo, baseado em melhores práticas e
implementação de medidas que buscam melhores resultados baseado no atual cenário descrito
anteriormente. Uma vez definidas as melhores oportunidades, alinhado ao impacto na redução
do consumo, algumas dessas soluções serão desenvolvidas na próxima seção, na qual será
abordado um diagnóstico mais detalhado e aprofundado de cada uma delas.
A presente análise no edifício se inicia com as visitas feitas às instalações, onde foi
identificada a existência de potenciais oportunidades de ações de eficiência energética e
identificadas quais justifiquem a realização de um diagnóstico mais detalhado, bem como
determinadas quais áreas e ações deverão ser priorizadas. Algumas oportunidades serão
abordadas a seguir, tais como:
 Uma oportunidade a ser considerada é instalação um relé fotoelétrico na área
janelada dos edifícios (STI e Pró-Aluno), tanto nas salas de computadores
quanto nas salas em que o uso da iluminação é elevado no piso 1 e 2, o qual
possibilitará o desligamento de algumas luminárias entre um horário específico
em que a iluminação natural será máxima e mesmo assim manterá a luminância
adequada ao ambiente de acordo com a norma NBR 5413. Dessa forma, é
sugerido que nas áreas janeladas nas salas do andar 1 e 2, as lâmpadas sejam
acionadas somente a partir de 17 h. As salas de ambos os prédios são utilizadas
para tarefas que não necessitam de iluminação além da natural, como por
exemplo aulas, tarefas burocráticas e de escritório, banheiros e depósitos.
Assim, é sugerido que as lâmpadas fiquem ligadas apenas 1 hora por dia na
STI, que funciona até 18h e que fiquem ligadas 5 horas por dia no Pró-Aluno,
que funciona até 22h, sendo 3 horas no horário de ponta e 2 horas no horário
fora de ponta. Com isso, será possível uma economia na potência consumida ao
final do mês com uma melhor gestão da iluminação de modo simples e
58

econômico por meio do aproveitamento da incidência de luz solar nos


ambientes;
 Programar os computadores das salas 4065, 4076 e 4078 para suspender o
funcionamento após inatividade, ou seja, nos horários em que não há nenhuma
atividade com os alunos. Estas salas contêm 123 computadores, uma
quantidade significativa dado o consumo em h/mês. Por observação, foi notado
o costume dos alunos de desligar os computadores após o uso, então foi
considerado que os computadores ficam ligados somente no horário de aula,
mesmo antes da implantação desta melhoria;
 Considerar a aquisição ou substituição de equipamentos e aparelhos de
informática altamente consumidores de energia e de baixa eficiência energética
por aparelhos detentores de Selo Procel de classe A. A principal mudança aqui
será a troca de computadores por modelos com menor consumo;
 Para fornecer reflexão máxima da luz nos ambientes, é necessário realizar a
limpeza das lâmpadas e luminárias regularmente, portanto a elaboração de uma
rotina para tal é de extrema importância;
 Incluir nas janelas proteção mais eficaz contra raios solares, pois este tipo de
proteção contribui para melhoria da eficiência energética do sistema, por meio
da diminuição da energia térmica proveniente da radiação solar e,
consequentemente, diminuindo a demanda de refrigeração;
 Manter os filtros dos condicionadores de ar limpos para não comprometer a
circulação do ar, pois, a longo prazo, componentes do sistema de refrigeração
(filtros, condensador e evaporador) mantêm acúmulo de poeira, o que acaba
prejudicando o funcionamento, fazendo com que o sistema de refrigeração
opere com uma potência maior para refrigerar o ambiente;
 Manter as saídas dos evaporadores dos aparelhos de ar condicionado
desobstruídas para garantir que o funcionamento ocorra com a máxima
eficiência;
 Utilizar sensores térmicos para ligar ou desligar os aparelhos de ar
condicionado de acordo com a temperatura atingida no ambiente. Com esta
melhoria, espera-se que os aparelhos sejam utilizados apenas durante os 6
meses mais quentes do ano. Como neste projeto está sendo considerada uma
59

análise mensal, foi adotada a premissa de que as horas de uso serão reduzidas
em 50%;
 A longo prazo, o que auxiliará na eficiência do edifício é dar preferência aos
modelos de lâmpada de menor consumo, de LED e que possuam o Selo Procel.
Outra medida importante é se atentar às dimensões do ambiente e ao Selo
Procel em caso de necessidade de adquirir aparelhos de ar condicionado. O
novo consumo será calculado escolhendo um modelo específico de lâmpada e
de ar-condicionado.
 Outra oportunidade, voltada para as salas que têm condicionador de ar e que
contribuem em demasia no consumo, seria a instalação de portas automáticas
de vidro, já que ambientes com portas abertas constantemente têm entrada e
saída de ar, o que ocasiona redução de eficiência energética.

3.4.1.1 Melhorias para as salas com potência instalada acima do ideal (Grupo I)

Aqui serão tratadas todas as salas que apresentam etiquetas B ou inferior, devido à sua
potência instalada elevada (anterior à análise de pré-requisitos).
O procedimento para melhoria será o mesmo para todas as salas de ambos os prédios:
será calculada a iluminância (lumens) requerida pela norma NBR 5413, considerando o tipo
de atividade exercida e a área (m²) da sala. A partir do número de lumens, serão calculadas as
quantidades ideais de luminárias e lâmpadas para cada sala.
O primeiro passo foi identificar a atividade principal realizada em cada uma das salas,
como mostrado nas Tabelas 37 e 38, sendo a tabela 37 com o descritivo das atividades do STI
e a tabela 38 o descritivo das atividades do Pró-Aluno.

Tabela 37 - Atividade do prédio da STI.

Sala Atividade
4062 Recintos não usados para trabalho contínuo
4062 Recintos não usados para trabalho contínuo
4064 Recintos não usados para trabalho contínuo
4067 Orientação simples para permanência curta
4068 Salas de reuniões
4069 - corredor copa Orientação simples para permanência curta
60

4069 - corredor copa Orientação simples para permanência curta


4071 Orientação simples para permanência curta
4072 Orientação simples para permanência curta
4073 Orientação simples para permanência curta
4074 Orientação simples para permanência curta
4079 Orientação simples para permanência curta
4081 Orientação simples para permanência curta
4082 Orientação simples para permanência curta
4084 Orientação simples para permanência curta
Corredor 2º andar Orientação simples para permanência curta
Corredor 2º andar Orientação simples para permanência curta
4086 Salas de reuniões
4085- Data center Recintos não usados para trabalho contínuo
Fonte: autoria própria.
Tabela 38 - Atividade do prédio Pró-Aluno.

Sala Atividade
25647 Orientação simples para permanência curta
Nobreak Recintos não usados para trabalho contínuo
Fonte: autoria própria.

3.4.1.1.1 Determinação da iluminância (E) utilizando a norma NBR 5413

Para determinar a iluminância de cada sala do grupo I foi utilizada a norma NBR 5413.
Primeiramente, foi necessário determinar a atividade de cada sala e a partir da atividade
referida foi feita uma análise das características da tarefa e do observador, atribuindo peso (-
1,0,1) de acordo com a necessidade de cada atividade, conforme indicado na norma NBR
5413. A iluminância (em lux) para cada grupo de tarefas visuais e os fatores determinantes da
iluminação adequada são detalhados nas Tabelas 39 e 40.

Tabela 39 - Iluminância (em lux) para cada grupo de tarefas visuais.


Iluminância
Atividade Iluminância mínima Iluminância média máxima

Áreas públicas com arredores escuros 20 30 50


Orientação simples para permanência
curta 50 75 100
Recintos não usados para trabalho
contínuo 100 150 200
Fonte: autoria própria.

Tabela 40 - Fatores determinantes da iluminação adequada

Idade Velocidade e precisão Refletância do fundo Peso

Inferior a 40 anos Sem importância Superior a 70% -1


61

40 a 55 anos Importante 30 a 70% 0


Superior a 55 anos Crítica Inferior a 30% 1
Fonte: autoria própria.

A partir das atividades descritas nas tabelas 39 e 40, foi classificado as atividades e
atribuído o valor final de acordo com os pesos para cada sala. Os três fatores da Tabela 40
foram determinados de acordo com as salas específicas. Salas de aula foram consideradas
idade dos ocupantes inferior a 40 anos, pois teremos apenas alunos da universidade e as salas
dos funcionários foram consideradas idade entre 40 e 55 anos, pois se refere à funcionários
públicos. Com relação à velocidade e precisão, somente a sala de manutenção dos técnicos foi
considerada crítica e as restantes como sem importância. E o último fator, refletância do
fundo, os banheiros e os escritórios de trabalho foram considerados superior a 70% e as
demais 30% a 70%. As salas 4062, 4069 e corredor do 2º andar estarão duplicadas na tabela,
pois as mesmas contêm dois tipos de potências para as lâmpadas (32W e 18W). O cálculo foi
feito referenciando para cada uma das potências das salas separadamente. As Tabelas 41 e 42
mostram as atribuições das salas de ambos os prédios.

Tabela 41 - Atribuição das atividades prédio da STI.


Velocidade e Refletância
Sala Atividade Idade precisão do fundo
4062 Recintos não usados para trabalho contínuo 40 a 55 anos Crítica 30 a 70%
4062 Recintos não usados para trabalho contínuo 40 a 55 anos Crítica 30 a 70%
Inferior a 40 Sem
4064 Recintos não usados para trabalho contínuo anos importância 30 a 70%
Sem
4067 Orientação simples para permanência curta 40 a 55 anos importância Inferior a 30%
Sem Superior a
4068 Salas de reuniões 40 a 55 anos importância 70%
4069 - corredor Inferior a 40 Sem
copa Orientação simples para permanência curta anos importância 30 a 70%
4069 - corredor Inferior a 40 Sem
copa Orientação simples para permanência curta anos importância 30 a 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4071 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4072 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4073 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4074 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4079 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4081 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
62

Inferior a 40 Sem Superior a


4082 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem Superior a
4084 Orientação simples para permanência curta anos importância 70%
Inferior a 40 Sem
Corredor 2º andar Orientação simples para permanência curta anos importância 30 a 70%
Inferior a 40 Sem
Corredor 2º andar Orientação simples para permanência curta anos importância 30 a 70%
Sem Superior a
4086 Salas de reuniões 40 a 55 anos importância 70%
Sem
4085- Data center Recintos não usados para trabalho contínuo 40 a 55 anos importância 30 a 70%
Fonte: autoria própria.

Tabela 42 - Atribuição das atividades prédio Pró-Aluno.


Velocidade e Refletância
Sala Atividade Idade precisão do fundo

25647 Orientação simples para permanência curta Inferior a 40 anos Sem importância 30 a 70%

Nobreak Recintos não usados para trabalho contínuo Inferior a 40 anos Sem importância 30 a 70%
Fonte: autoria própria.

Após a atribuição descrita e detalhada nas Tabelas 41 e 42, e com os seus respectivos
pesos, os seguintes passos foram realizados:
1. Análise das características e atribuição dos pesos (-1 ou 0 ou +1);
2. Soma dos três valores algebricamente considerando o sinal;
3. Caso o valor total for igual a - 2 ou -3, escolher a iluminância mais baixa;
4. Caso o valor total for igual a -1 ou 0 ou +1, escolher a iluminância média e
5. Caso o valor total for igual a +2 ou +3, escolher a iluminância mais alta.

Foi realizado o somatório de cada uma das salas e, assim, foi possível identificar a
iluminância média recomendada para cada atividade. Tais informações estão apresentadas nas
Tabelas 43 e 44, sendo a tabela 43 as informações do prédio STI e a tabela 44 do prédio Pró-
Aluno.
Tabela 43 - Iluminância recomendada prédio da STI
Iluminância
Sala Atividade Somatório (lux)
63

4062 Recintos não usados para trabalho contínuo 1 150


4062 Recintos não usados para trabalho contínuo 1 150

4064 Recintos não usados para trabalho contínuo -2 100

4067 Orientação simples para permanência curta 0 75

4068 Salas de reuniões -2 150


4069 - Corredor
copa Orientação simples para permanência curta -2 50
4069 - Corredor
copa Orientação simples para permanência curta -2 50

4071 Orientação simples para permanência curta -3 50

4072 Orientação simples para permanência curta -3 50

4073 Orientação simples para permanência curta -3 50

4074 Orientação simples para permanência curta -3 50

4079 Orientação simples para permanência curta -3 50

4081 Orientação simples para permanência curta -3 50

4082 Orientação simples para permanência curta -3 50

4084 Orientação simples para permanência curta -3 50

Corredor 2º andar Orientação simples para permanência curta -2 50

Corredor 2º andar Orientação simples para permanência curta -2 50

4086 Salas de reuniões -2 150

4085- Data center Recintos não usados para trabalho contínuo -1 150
Fonte: autoria própria.

Tabela 44 - Iluminância recomendada prédio Pró-Aluno.

Sala Atividade Somatório Iluminância (lux)

25647 Orientação simples para permanência curta -2 50

Nobreak Recintos não usados para trabalho contínuo -2 100


Fonte: autoria própria.

3.4.1.1.2 Cálculo do índice do local (K)


64

O índice do recinto é calculado através da seguinte relação de iluminação direta entre a


luminária e o piso, calculado com as dimensões do local:
C× L
K= (11)
(C+ L)× A
Sendo:
C - comprimento do local.
L - largura do local.
A - altura entre a luminária e o plano de trabalho.

O comprimento e a largura de cada recinto foram mensurados utilizando o software


AutoCAD e foi considerado o plano de trabalho a 1 m do chão, ou seja, a distância entre a
luminária e o plano de trabalho é de 2,5 metros, dado que a altura das salas é de 3,5 metros.
Os índices locais estão na Tabela 45.

Tabela 45 – Índice local (K) por sala.

Sala Comprimento Largura (L) Altura teto- Índice Local (K)


65

plano de
do local (C) trabalho(A)
4062 4 5 2,5 0,89
4062 10 12 2,5 2,18
4064 4 5 2,5 0,89
4067 1,5 3,3 2,5 0,41
4068 3,7 4,5 2,5 0,81
4069 - Corredor
copa 2 4 2,5 0,53
4069 - Corredor
copa 14,3 1,7 2,5 0,61
4071 1,7 4,3 2,5 0,49
4072 2 2,5 2,5 0,44
4073 2 2,5 2,5 0,44
4074 1,7 4,3 2,5 0,49
4079 1,7 4,3 2,5 0,49
4081 2 2,5 2,5 0,44
4082 2 2,5 2,5 0,44
4084 1,7 4,3 2,5 0,49
Corredor 2º
andar 3,6 5,5 2,5 0,87
Corredor 2º
andar 20,1 1,6 2,5 0,59
4086 4,6 14,8 2,5 1,40
4085- Data
center 6,8 4,2 2,5 1,04
25647 6,5 7 2,5 1,35
Nobreak 2,5 1,5 2,5 0,38
Fonte: autoria própria.

3.4.1.1.3 Escolha do tipo de lâmpada e luminária

A lâmpada sugerida e utilizada foi a fluorescente tubular Philips Eco MASTER TLD.
A iluminação fluorescente convencional é bastante indicada para iluminação de escritórios e
salas. As lâmpadas escolhidas foram: Eco MASTER TLDRS Super 80 32 W e Eco MASTER
TLDRS Super 80 16 W. A quantidade necessária para cada sala, número de lâmpadas por
luminária e o seu respectivo fluxo luminoso constam nas Tabelas 46 e 47.

Tabela 46 – Fluxo luminoso por sala da STI.


66

Sala Potência base (W) Lâmpadas por luminária Fluxo luminoso (lm)
4062 32 2 2700
4062 32 2 2700
4064 32 2 2700
4067 32 1 2700
4068 32 2 2700
4069 - Corredor
copa 16 2 1150
4069 - Corredor
copa 32 1 2700
4071 32 1 2700
4072 16 1 1150
4073 16 1 1150
4074 16 1 1150
4079 16 2 1150
4081 16 1 1150
4082 16 1 1150
4084 16 2 1150
Corredor 2º
andar 32 2 2700
Corredor 2º
andar 32 2 2700
4086 32 2 2700
4085- Data
center 32 1 2700
Fonte: autoria própria.

Tabela 47 – Fluxo luminoso por sala Pró-Aluno.

Sala Potência base (W) Lâmpadas por luminária Fluxo luminoso (lm)
25647 32 2 2700
Nobreak 32 1 2700
Fonte: autoria própria.

3.4.1.1.4 Determinação do Fator de Utilização (Fu)

A partir do índice do local (K), calculado no item 3.5.1.2, é necessário calcular o Fator
de Utilização (Fu), obtido por meio de valores tabelados, em que é necessário fazer o
cruzamento entre o índice K e as variáveis de luz refletida por parede e teto. Em função dos
índices de reflexão do teto, que foi considerado 70%, da parede que foi 50% e do piso 10%,
obteve-se a Tabela 48, referente à lâmpada escolhida e os índices que constam no manual da
luminária utilizada (Tabela Fator de Utilização – TMS 500 -2 TLD 32W).
67

Tabela 48 – Fator de utilização (Fu).

K 751
0,6 0,31
0,8 0,38
1 0,44
1,25 0,49
1,5 0,53
2 0,59
2,5 0,63
3 0,66
4 0,69
5 0,72
Fonte: autoria própria.

Sendo o primeiro algarismo do fator K (751) referente ao teto, o segundo algarismo


referente à parede e o terceiro algarismo ao piso.

3.4.1.1.5 Determinação do Fator de Perdas Luminosas (FPL)

Este coeficiente, menor ou igual a 1, representa uma ponderação que considera a perda
de eficiência luminosa das luminárias devido à contaminação do ambiente, juntamente com a
vida útil das lâmpadas. A Tabela 49 fornece os valores deste coeficiente em função do grau
de contaminação do local e da frequência de manutenção (limpeza) das luminárias.

Tabela 49 - Tabela fator de perdas luminosas (Norma 5410).

Ambiente Período de Manutenção

2500h 5000h 7500h

Limpo 0,95 0,91 0,88

Normal 0,91 0,85 0,80

Sujo 0,80 0,66 0,57


Fonte: autoria própria.

Foi considerado o ambiente normal porém com período de manutenção superior a


7500 horas, em torno de 10 meses.

3.4.1.1.6 Determinação da quantidade de luminárias


68

De posse de todos os dados calculados nos itens anteriores, foi definido o número
mínimo de luminárias necessárias para cada sala baseado na seguinte expressão:
Em × A
N= (12)
2 ×φ × Fu × FPL
Onde:
N = quantidade de luminárias.
A = área do recinto.
φ = fluxo luminoso da lâmpada (vide fabricante).
Fu = Fator de utilização.
FPL = Fator de perdas luminosas.

As Tabelas 50 e 51 apresentam os dados necessários para calcular o número de


luminárias requerido de acordo com a norma NBR 5413, e a última coluna apresenta o
número final de luminárias para cada uma das salas de ambos os prédios.

Tabela 50 - Número de luminárias requeridas para o prédio da STI.


Fator de
Fator de perdas Lâmpadas Fluxo Número de Número
utilização luminosas por luminoso da luminárias arredondado
Sala Área (m²) (FU) (FPL) luminária lâmpada (N) de luminárias
69

4062 20 0,38 0,8 2 2700 1,83 9


4062 120 0,59 0,8 2 2700 7,06
4064 20 0,38 0,8 2 2700 1,22 2
4067 5 0,31 0,8 1 2700 0,56 1
4068 17 0,38 0,8 2 2700 1,55 2
4069 -
Corredor
copa 8 0,31 0,8 2 1150 0,70 3
4069 -
Corredor
copa 24,31 0,31 0,8 1 2700 1,82
4071 7 0,31 0,8 1 2700 0,52 1
4072 5 0,31 0,8 1 1150 0,88 1
4073 5 0,31 0,8 1 1150 0,88 1
4074 7 0,31 0,8 1 1150 1,23 2
4079 7 0,31 0,8 2 1150 0,61 1
4081 5 0,31 0,8 1 1150 0,88 1
4082 5 0,31 0,8 1 1150 0,88 1
4084 7 0,31 0,8 2 1150 0,61 1
Corredor 2º
andar 19,8 0,38 0,8 2 2700 0,60 2
Corredor 2º
andar 32,16 0,31 0,8 2 2700 1,20 0
4086 66 0,53 0,8 2 2700 4,32 5
4085- Data
center 28 0,44 0,8 1 2700 4,42 5
Fonte: autoria própria.

Tabela 51 - Número de luminárias requeridas para o prédio Pró-Aluno.


Fator de de
Fator de perdas #Lâmpadas Fluxo Número de Número
utilização luminosas por luminoso luminárias arredondado
Sala Área (m²) (FU) (FPL) luminária da lâmpada (N) de luminárias
25647 45,5 0,49 0,8 2 2700 1,07 2
Nobreak 3,8 0,31 0,8 1 2700 0,57 1
Fonte: autoria própria.

Depois disso, foi determinada a potência instalada de cada uma das salas,
considerando as seguintes premissas para os reatores:
● Para as luminárias de 32 W, o modelo de reator eletrônico apresenta perdas de
12,5 W.
● Para as luminárias de 16 W, o modelo de reator eletrônico apresenta perdas de
3,7 W.
● Para as luminárias de 18 W, o modelo de reator eletrônico apresenta perdas de
4 W.
70

Dessa forma, a potência das salas foi alterada conforme as Tabelas 52 e 53.

Tabela 52 - Alterações na potência total, de acordo com a norma NBR 5413 – STI.

Salas alteradas Potência total (W) Potência total (W)


Sala (NBR 5413) (situação atual) (melhorias propostas)
4062 X 994,5 688,5
4064 X 153 153
4065 1606,5 1606,5
4066 153 153
4067 X 35,7 44,5
4068 X 153 153
4069 - corredor copa X 306 107,1
4070 459 459
4071 X 76,5 44,5
4072 X 76,5 19,7
4073 X 76,5 19,7
4074 X 76,5 39,4
4075 - nobreak 76,5 76,5
4076 841,5 841,5
4077 306 306
4078 1606,5 1606,5
4079 X 76,5 35,7
4081 X 76,5 19,7
4082 X 76,5 19,7
4084 X 76,5 35,7
Corredor 2º andar X 535,5 153
sala de limpeza 19,7 19,7
4086 X 712 382,5
4085- Data center X 386 222,5
Total 8956,4 7206,9
Fonte: autoria própria.

Tabela 53 - Alterações na potência total, de acordo com a norma NBR 5413 – Pró-Aluno.
71

Salas alteradas Potência total (W) Potência total (W)


Sala (NBR 5413) (situação atual) (melhorias propostas)
25647 X 229,5 153
Nobreak X 76,5 44,5
25651 537,25 537,25
25650 500,75 500,75
25649 427,75 427,75
25648 633,75 633,75
Fonte: autoria própria.

3.4.1.2 Melhorias para as salas que não atendem aos pré-requisitos (Grupo II)

Nesta seção serão tratadas todas as salas que não cumpriram algum dos sequintes
requisitos:
● Divisão de circuitos
● Contribuição da luz natural
● Desligamento automático dos ambientes
Conforme a classificação feita anteriormente, as salas que serão tratadas nesse âmbito
são mostradas nas Tabelas 54 e 55.

Tabela 54 - Pré-requisitos não atendidos – STI.

Verificação dos pré-requisitos


Desligamento
Divisão de Contribuição da Automático
Sala Circuitos luz natural dos Ambientes
4062 X X
4064 X X
4065 X
4066 X X
4068 X X
4070 X X
4075 - nobreak X X
4076 X X
4077 X X
4078 X
4086 X X
4085- Data center X X
Fonte: autoria própria.

Tabela 55 - Pré-requisitos não atendidos – Pró-Aluno.


72

Verificação dos pré-requisitos


Desligamento
Divisão de Contribuição da Automático
Sala Circuitos luz natural dos Ambientes
25647 X X
25651 X X
25650 X X
25649 X X
25648 X X
Fonte: autoria própria.

O procedimento para melhoria será o mesmo para todas as salas de ambos os prédios.
Serão propostas melhorias para que cada um dos pré-requisitos seja atendido.
a) Divisão de Circuitos
Conforme observado anteriormente, esse pré-requisito foi atendido por todas as salas,
pois em ambos os prédios (STI e Pró-Aluno) cada ambiente possui um controle
separado para acionar sua iluminação, com interruptores visíveis e acessíveis.
b) Contribuição da luz natural
Nenhuma das salas do grupo II atendeu a esse pré-requisito. Para melhorar a eficiência
dos prédios (STI e Pró-Aluno), é proposto que seja feita uma separação dos circuitos
de luminárias mais próximas à janela, para que se torne possível fazer um melhor uso
da iluminação natural do ambiente, acendendo apenas as lâmpadas localizadas no
interior do ambiente durante o dia.
Essa mudança deverá ser aplicada em todos os escritórios e salas que possuem mais de
uma fileira de luminárias.
c) Desligamento Automático dos Ambientes
Na STI, este pré-requisito aplica-se apenas às salas 4065 e 4078, pois as outras salas
possuem menos que 250 m².
Para estas salas, é proposto que sejam instalados dispositivos de controle
automático que funcionem de acordo com uma das opções (Manual RTQ-C 2017):
● Um sistema automático com desligamento da iluminação em um horário pré-
determinado;
● Um sensor de presença que desligue a iluminação 30 minutos após a saída de todos
ocupantes e
● Um sinal de um outro controle ou sistema de alarme que indique que a área está
desocupada.
73

Depois que forem aplicadas todas as melhorias propostas (mudança nas lâmpadas e
luminárias de acordo com a NBR 5413, melhor aproveitamento da contribuição da luz natural
e desligamento automático dos ambientes), a classificação das salas passará a ser como
mostrado nas Tabelas 56 e 57.

Tabela 56 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente da STI.


Classificação
Potência do ambiente
total (W) Densidade de Potência de Iluminação limite do (melhorias
(melhorias ambiente (W) propostas)
Sala propostas) Nível A Nível B Nível C Nível D
4062 688,5 1470 1764 2058 2352 A
4064 153 100 120 140 160 D
4065 1606,5 2550 3060 3570 4080 A
4066 153 178,5 214,2 249,9 285,6 A
4067 44,5 25 30 35 40 E
4068 153 178,5 214,2 249,9 285,6 A
4069 - corredor copa 107,1 272 326,4 380,8 435,2 A
4070 459 530,4 636,48 742,56 848,64 A
4071 44,5 35 42 49 56 C
4072 19,7 25 30 35 40 A
4073 19,7 25 30 35 40 A
4074 39,4 35 42 49 56 B
4075 - nobreak 76,5 100 120 140 160 A
4076 841,5 1713,6 2056,32 2399,04 2741,76 A
4077 306 346,5 415,8 485,1 554,4 A
4078 1606,5 2550 3060 3570 4080 A
4079 35,7 35 42 49 56 B
4081 19,7 25 30 35 40 A
4082 19,7 25 30 35 40 A
4084 35,7 35 42 49 56 B
Corredor 2º andar 153 419,2 503,04 586,88 670,72 A
Sala de limpeza 19,7 24 28,8 33,6 38,4 A
4086 382,5 693 831,6 970,2 1108,8 A
4085- Data center 222,5 140 168 196 224 D
Fonte: autoria própria.

Tabela 57 - Densidade de Potência de Iluminação limite e classificação do ambiente do Pró-Aluno.


Classificação
Potência do ambiente
total (W) Densidade de Potência de Iluminação limite do (melhorias
(melhorias ambiente (W) propostas)
Sala propostas) Nível A Nível B Nível C Nível D
25647 153 464,1 556,92 649,74 742,56 A
74

Nobreak 44,5 19 22,8 26,6 30,4 E


25651 537,25 571,2 685,44 799,68 913,92 A
25650 500,75 551,82 662,184 772,548 882,912 A
25649 427,75 597,45 716,94 836,43 955,92 A
25648 633,75 687,48 824,976 962,472 1099,968 A
Fonte: autoria própria.

Depois, para calcular a etiqueta de cada prédio, foi feita a média dos equivalentes
numéricos, ponderados pela potência instalada na respectiva sala, e esses equivalentes
numéricos foram depois traduzidos para etiqueta de acordo com a tabela 2.3 do RTQ-C 2017.
Com isso, foram obtidas as Tabelas 58 e 59.

Tabela 58 - Ponderação por potência dos ambientes prédio da STI.

Classificação pós
análise de pré- Potência total (W)
Sala requisitos EqNum (melhorias propostas) EqNum ˣ Pot
4062 A 5 688,5 3442,5
4064 D 2 153 306
4065 A 5 1606,5 8032,5
75

4066 A 5 153 765


4067 E 1 44,5 44,5
4068 A 5 153 765
4069 -
corredor
copa A 5 107,1 535,5
4070 A 5 459 2295
4071 C 3 44,5 133,5
4072 A 5 19,7 98,5
4073 A 5 19,7 98,5
4074 B 4 39,4 157,6
4075 -
nobreak A 5 76,5 382,5
4076 A 5 841,5 4207,5
4077 A 5 306 1530
4078 A 5 1606,5 8032,5
4079 B 4 35,7 142,8
4081 A 5 19,7 98,5
4082 A 5 19,7 98,5
4084 B 4 35,7 142,8
Corredor 2º
andar A 5 153 765
Sala de
limpeza A 5 19,7 98,5
4086 A 5 382,5 1912,5
4085- Data
center D 2 222,5 445
Total 7206,9 34530,2
Equivalente numérico (após ponderação) 4,79
Classificação A
Fonte: autoria própria.

Tabela 59 - Ponderação por potência dos ambientes prédio Pró-Aluno.

Potência total
Classificação pós análise (W) (melhorias
Sala de pré-requisitos EqNum propostas) EqNum ˣ Pot
25647 A 5 153 765
Nobreak E 1 44,5 44,5
25651 A 5 537,25 2686,25
76

25650 A 5 500,75 2503,75


25649 A 5 427,75 2138,75
25648 A 5 633,75 3168,75
Total 2297 11307
Equivalente numérico (após ponderação) 4,92
Classificação A
Fonte: autoria própria.

É importante ressaltar que foi considerado que, após as melhorias, todas as salas
atendem aos pré-requisitos (divisão de circuitos, contribuição da luz natural e desligamento
automático dos ambientes). Assim, nenhuma sala teve sua etiqueta rebaixada após a análise de
pré-requisitos.

3.4.2 Melhorias propostas para o sistema de ar condicionado

Para avaliar as oportunidades de melhoria de eficiência energética no quesito de


condicionadores de ar, avaliou-se primeiramente a relação entre carga térmica de cada
ambiente condicionado e a capacidade de refrigeração atualmente instalada (em BTUs), para
analisar se há super ou subdimensionamento. Para isto, foram realizadas visitas técnicas de
coleta de dados e também foram utilizadas as plantas digitais dos edifícios, abertas com o
software AutCAD.inc.
Desta forma, a análise foi feita não apenas considerando a etiquetagem do sistema (que
depende apenas das eficiências das máquinas instaladas), mas também buscando formas de
diminuir o consumo energético dos edifícios, por meio de um dimensionamento mais acurado
das cargas térmicas necessárias para resfriamento dos ambientes.
Para o cálculo da carga térmica de cada ambiente, utilizou-se a metodologia da norma
ABNT NBR 5858:1983, que, apesar de cancelada, apresenta uma metodologia simples para
cálculo, que fornece uma boa aproximação ao valor real para fins de comparação.
Para facilitar os cálculos, foi desenvolvida uma planilha no software Excel, onde os
dados foram preenchidos para cada sala analisada. Ao final dos cálculos, obteve-se o valor de
carga térmica para cada ambiente, então é necessário multiplicar o valor encontrado pelo fator
0,85, correspondente à região sudeste (ABNT, 1983). Assim, obtém-se o valor final de carga
térmica em KJ/h para o ambiente analisado. Para converter o valor encontrado para BTU,
multiplica-se o valor pelo fator 0,948 (CHEN; THOMPSON, 1989).
77

Os dois edifícios analisados foram repartidos em zonas térmicas para análise da carga
térmica a partir da norma ABNT 5858:1983. Algumas premissas comuns foram assumidas
para todos os ambientes dos prédios STI e Pró-Aluno. São elas:
1. Todas as janelas do edifício são consideradas com proteção interna contra raios
solares e suas medidas individuais são: 1,9 metro de comprimento e 1,3 metro de
altura;
2. Todas as janelas foram consideradas de vidro comum;
3. O pé direito para os dois andares do edifício foi considerado 3,5 metros;
4. Todas as paredes foram consideradas como construção leve, com espessura inferior
a 15 centímetros;
5. As paredes externas sombreadas por outros edifícios são consideradas paredes com
orientação sul;
6. O número de pessoas utilizando as salas foi estimado a partir do número de
computadores disponíveis em cada ambiente e
7. Para as salas dos pisos superiores, considerou-se telhado com isolação, em virtude
da localização dos prédios em uma área muito arborizada e sombreada por outros
edifícios constantemente.
Para melhor entendimento, segue a descrição dos cálculos realizados para uma das
salas analisadas, que podem ser observados no Quadro 1. Percebe-se que há diferentes fontes
de calor a serem analisadas para cálculo de carga térmica (janelas, paredes, número de pessoas
que utilizam o ambiente, entre outros). Para cada tipo fonte, a célula cinza superior direita
representa o valor total de carga térmica em Watts, somado naquela categoria.
Para a sala 4062 do prédio STI, mostrada como exemplo, foi considerada uma zona
térmica única que envolve também as salas 4064, 4063, 30048. Isto porque estas salas são
refrigeradas por um aparelho de ar condicionado comum, uma vez que suas divisórias
permitem a passagem do ar entre os ambientes por meio de vãos superiores.
Considerando a orientação geográfica do prédio, as janelas estão presentes apenas na
orientação oeste - são três janelas com medidas de 1,3m por 1,9m e constituídas de vidro
comum. Não há paredes internas paralelas a ambientes não condicionados e a parede externa é
voltada à direção oeste. As portas devem ser consideradas parte das paredes, porém as áreas
das janelas devem ser descontadas (ABNT, 1983).
Estimou-se que o uso médio desta zona, que representa a sala de manutenções da STI,
seria de 5 pessoas em atividade comum. Por fim, levantaram-se os dados de potência total de
78

iluminação instalada e o número de computadores. Cada valor foi multiplicado pelo seu fator
correspondente e a carga térmica total foi calculada.

Quadro 1 - Exemplificação do cálculo de carga térmica para uma das salas analisadas da STI.

Sala: 4062

Calor recebido de: Dimensões Fatores Unid. ˣ Fator

Largura Altura Total S/ Proteção Proteção


Tipo I - Janelas c/ isolação (m) (m) (m) Proteção Int. Ext. 20452
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 5,7 3,9 22,23 2100 920 630 20451,60
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0

Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 4668,30
2.1 - Vidro comum 5,7 3,9 22,23 210 4668,30
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro 0 105 0

Cons.
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Pesada 0
3.1 - Externas voltadas p/ o 0 55 42
3.2 - Externas outras 26 3,5 91 84 50 4550
3.3 - Interna // ambientes ñ 0 33 0
Tipo IV - Teto Compr. Largura Total 8736
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de 0 125 0
4.3 - Entre andares 14 12 168 52 8736
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem 0 160 0

Tipo V - Piso Compr. Largura Total 0


Piso não colocado sobre o 0 52 0

Tipo VI - Pessoas 3150


Em Atividade Normal 5 630 3150
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 2305,23
Lâmpadas ( Fluorescentes ) 1147,5 W 2 2295
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 3 W 3,412 10,23
Tipo VIII - Portas ou vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 45087,81
Fator Climático da região 0,85
79

Carga Térmica Total BTU 36331,76


Fonte: autoria própria.

A análise seguiu como exemplificado acima para todos os ambientes dos edifícios
analisados. Os quadros de cálculos individualizados para cada ambiente podem ser
encontrados no Apêndice E deste trabalho e a consolidação dos resultados obtidos pode ser
observada nas Tabelas 60 e 61.

Tabela 60 - Comparação entre carga térmica calculada e carga de refrigeração instalada para cada
ambiente do prédio STI.

Capacidade Capacidade
Potência de de Carga Comparação
por refrigeração refrigeração térmica [carga
Quant. de Categoria aparelho por aparelho instalada calculada instalada/carga
Edifício Sala aparelhos PROCEL [W] [BTU] [BTU] [BTU] calculada]
STI 4062 1 C 2900,00 30000 30000 35316,45 84,95%
STI 4065 3 C 2900,00 30000 90000 85334,93 105,47%
STI 4066 1 A 783,00 9000 9000 5006,46 179,77%
Não Não
STI 4068 1 especif. especif. 9000 9000 5006,46 179,77%
STI 4070 1 E 2600,00 24000 24000 26920,97 89,15%
STI 4076 2 C 2900,00 30000 60000 68520,73 87,56%
STI 4077 1 A 1085,00 12000 12000 14797,15 81,10%
STI 4078 3 C 2900,00 30000 90000 89350,19 100,73%
STI 4086 1 A 1085,00 24000 24000 27339,70 87,78%
Fonte: autoria própria.

Tabela 61 - Comparação entre carga térmica calculada e carga de refrigeração instalada para cada
ambiente do prédio Pró-Aluno.

Capacidade Capacidade
Potência de de Carga Comparação
por refrigeração refrigeraçã térmica [carga
Quant. de aparelho Categoria por aparelho o instalada calculada instalada/car
Edifício Sala aparelhos [W] PROCEL [BTU] [BTU] [BTU] ga calculada]
Pró-Aluno 25647 1 24000 B 2247 24000 12362 194,14%
Pró-Aluno 26548 2 18000 A 1547 36000 26236 137,22%
Pró-Aluno 26549.1 1 18000 A 1547 18000 3413 527,41%
Pró-Aluno 25649.2 1 12000 A 1069 12000 1323 907,36%
Pró-Aluno 25649 2 12000 C 1168 24000 8473 283,24%
Pró-Aluno 25650 2 18000 A 1547 36000 23311 154,44%
Pró-Aluno 25651 2 18000 A 1547 36000 24759 145,40%
Fonte: autoria própria.
80

A partir das Tabelas 60 e 61, notou-se que, para os ambientes da STI, o


dimensionamento de refrigeração foi realizado de maneira coerente e as diferenças entre a
carga térmica calculada e carga de refrigeração instaladas não são significativas em sua
maioria. Alguns resultados podem ser observados, e as salas foram separadas em 3 grupos:
1. 5 dos 9 ambientes analisados (salas 4062, 4070, 4076, 4077, 4086) possuem
capacidade de refrigeração instalada entre 80 e 90% do valor de carga térmica
calculada.
2. 2 dos 9 ambientes analisados (salas 4065 e 4078) possuem capacidade de
refrigeração em torno de 100% do valor da carga térmica instalada e, portanto, são
considerados bem dimensionados.
3. As salas 4066 e 4068 possuem uma capacidade de refrigeração instalada cerca de
80% maior que o valor de carga térmica calculada.

Já para o edifício do Pró-Aluno, os resultados podem ser observados nas Tabelas 62 e


63. Para este edifício, nota-se que, em geral, houve superdimensionamento dos sistemas de
refrigeração, e as capacidades instaladas são significativamente maiores do que as cargas
térmicas calculadas. Para todos os ambientes, a carga de refrigeração instalada é superior a
130% da carga térmica calculada.
A partir dos resultados obtidos, foram assumidas algumas premissas para elaboração
de recomendações:
● A troca de um aparelho de ar condicionado somente será recomendada caso resulte
em uma menor potência instalada para capacidade de refrigeração igual ou
superior;
● Para os casos em que o aumento na capacidade de refrigeração também acarretará
um aumento na potência consumida, optou-se por não recomendar este aumento de
capacidade instalada. Isto porque, para os cálculos de carga térmica realizados,
considerou-se o uso máximo de cada ambiente (maior número de pessoas,
lâmpadas ligadas e todos os computadores funcionando). Desta forma,
considerando que esta ocupação e utilização máxima das salas de aulas e seus
equipamentos não reflete todas as horas de uso dos ambientes e sim alguns
momentos de pico, uma capacidade de refrigeração instalada na faixa de 80-90%
da carga térmica calculada foi admitido como um bom dimensionamento pelas
autoras deste trabalho, para análise dos cálculos, pois estima-se que a taxa de
81

ocupação dos ambientes também se encontra nesta faixa. Portanto, a troca do


aparelho só se faz recomendável em caso de diminuição do consumo de energia
para uma mesma capacidade de refrigeração;
● A capacidade de refrigeração mínima para aparelhos de ar condicionado do tipo
split ou piso-teto é de 9.000 BTUs. Desta forma, para cargas térmicas inferiores a
esta, será recomendada a utilização de um aparelho de 9.000 BTUs.

A partir das premissas descritas acima, elaborou-se uma planilha contendo as


recomendações para cada ambiente. As Tabelas 62 e 63 resumem o que foi estudado.

Tabela 62 - Recomendação para cada ambiente estudado do prédio STI.

Potência Capacidade Potência


por modelo do novo CAT
Qtd. aparelho sugerido modelo novo Valor médio
Edifício Sala aparelhos [W] Recom. Modelo sugerido [BTU] [W] modelo de compra

Ar Condicionado
Split LG Dual
Inverter Voice
STI 4062 1 2900 Troca 36.000 BTU/h 36000 2895 A R$ 7.500,00

Ar-condicionado
Split Philco
STI 4065 3 2900 Troca 30.000 BTUs 30000 2680 A R$ 3.400,00
STI 4066 1 783 Manter
STI 4068 1 n/a Manter
Ar Condicionado
Gree Split Eco
Garden Hi Wall
Garden 27000
STI 4070 1 2600 Troca Btus 27000 2445 A R$ 4.600,00

Ar-condicionado
Split Philco
STI 4076 2 2900 Troca 30.000 BTUs 30000 2680 A R$ 3.400,00
STI 4077 1 1085 Manter

Ar-condicionado
Split Philco
STI 4078 3 2900 Troca 30.000 BTUs 30000 2680 A R$ 3.400,00
STI 4086 2 1085 Manter
Fonte: autoria própria.
82

Tabela 63 - Recomendação para cada ambiente estudado do prédio Pró-Aluno.

Capacid
Potência ade do Potência
por Qtd. Capacidade novo do novo CAT Valor
Qtd. aparelho sugerid modelo sugerido modelo modelo novo médio de
Edifício Sala aparelhos [W] Recom. a [BTU] [W] [W] modelo compra

Ar-condicionado
Pró- Split Philco R$
Aluno 25648 2 1547 Troca 1 30.000 BTUs 30000 2680 A 3.400,00
Ar-
Condicionado
SW Inverter
Pró- 26549. Springer Midea R$
Aluno 1 1 1547 Troca 1 Xtreme 9000 800 A 1.700,00
Ar-
Condicionado
Split HW
Inverter
Pró- 25649. Springer Midea R$
Aluno 2 1 1069 Troca 1 Xtreme 9000 800 A 1.700,00
Ar-
Condicionado
Split HW
Inverter
Pró- Springer Midea R$
Aluno 25649 2 1168 Troca 1 Xtreme 9000 800 A 1.700,00
Ar
Condicionado
Gree Split Eco
Garden Hi Wall
Pró- Garden 27000 R$
Aluno 25650 2 1547 Troca 1 Btus 27000 2445 A 4.600,00
Ar
Condicionado
Gree Split Eco
Garden Hi Wall
Pró- Garden 27000 R$
Aluno 25651 2 1547 Troca 1 Btus 27000 2445 A 4.600,00
Ar
Condicionado
Pró- Elgin Split Hi- R$
Aluno 25647 1 2247 Troca 1 Wall 18000 1630 A 2.200,00
Fonte: autoria própria.

3.4.2.1 Recálculo etiqueta STI/Pró-Aluno ar condicionado


83

Considerando a adoção das recomendações descritas no item 4.4.2, foi feito o novo
cálculo de etiquetagem para os dois edifícios, seguindo o mesmo procedimento descrito no
item 4.3.3.1.
Para o edifício da STI, as novas etiquetagens parciais podem ser observadas nas
Tabelas 64 e 65.

Tabela 64 - Nova etiqueta parcial para o térreo do prédio STI considerando a adoção das mudanças propostas.

Quantidade BTU CAT Procel Eq Num Coef Pond. Valor Classificação


1 9000 A 5 0,052631578 0,26315789

1 9000 E 1 0,052631578 0,052631578


1 27000 A 5 0,15789473 0,789473684
1 36000 A 5 0,21052631 1,052631579
3 30000 A 5 0,17543859 2,631578947
4,789473684 B
Fonte: autoria própria.

Tabela 65 - Nova etiqueta parcial para o primeiro andar do prédio STI considerando a adoção das mudanças
propostas.

Quantidade BTUS CAT Procel Eq. Numerico Coef Pond. Valor Classificação
2 30000 A 5 0,16129032 1,612903226
3 30000 A 5 0,16129032 2,419354839
1 12000 A 5 0,064516129 0,322580645
2 12000 A 5 0,064516129 0,645161290
5 B
Fonte: autoria própria.

A partir das etiquetas parciais, por meio da média aritmética dos valores encontrados,
calculou-se a etiqueta final do sistema de condicionamento de ar, após adoção de melhorias
recomendadas, da STI (Tabela 66).

Tabela 66 - Nova etiqueta para o prédio STI considerando a adoção das mudanças propostas

Valor Classificação
STI 4,894736842 B
Fonte: autoria própria.
84

Como o edifício STI não cumpre os pré-requisitos de isolamento térmico de


tubulações de fluidos, sua nova etiquetagem seria de categoria B, mesmo com os cálculos
apontando um valor numérico de categoria A.
Para o edifício Pró-Aluno, a nova etiquetagem pode ser observada na Tabela 67.

Tabela 67 - Nova etiqueta prédio Pró-Aluno considerando a adoção das mudanças propostas.

Quantidade BTUS CAT Procel Eq. Numerico Coef Pond Valor Classificação
1 30000 A 5 0,23255815 1,162790698
1 9000 A 5 0,069767441 0,3488372093
1 9000 A 5 0,069767441 0,3488372093
1 9000 A 5 0,069767441 0,3488372093
1 27000 A 5 0,209302325 1,046511628
1 27000 A 5 0,209302325 1,046511628
1 18000 A 5 0,139534887 0,6976744186
5 B
Fonte: autoria própria.

O edifício Pró-Aluno não cumpre os requisitos técnicos de etiquetagem A e, por isso, a


nova etiqueta do edifício, considerando a adoção das recomendações, seria B. Para este
edifício, as mudanças propostas não trouxeram impacto na etiquetagem, uma vez que esta se
baseia apenas na eficiência energética dos equipamentos instalados e não correlaciona a carga
térmica necessária com a capacidade de refrigeração instalada.
Como, para o Pró-Aluno, os aparelhos condicionadores de ar atualmente instalados
possuem altos níveis de eficiência energética, a etiquetagem de diagnóstico inicial já havia
resultado na categoria mais alta possível. Desta forma, a análise de melhorias no sistema de
condicionamento de ar deste edifício se baseou na busca por uma melhor correlação entre
carga térmica do ambiente e capacidade de refrigeração instalada, visando possível economia
de energia a partir de um dimensionamento mais correto das potências requeridas.

3.4.2.2 Análise do Data Center

Para análise da eficiência energética da sala do Data center do prédio STI, utilizou-se
o índice PUE - Power Usage Effectiveness. Este índice compara o consumo total de energia
do Data center com o consumo de energia utilizado apenas para alimentar os equipamentos de
TI (servidores, armazenamento, entre outros), de acordo com a equação 13:
85

Consumo total da sala data center


PUE =
Consumo dos equipamentos de TI
(13)

A partir de visitas técnicas e consultas aos profissionais do setor, foi possível obter
dados sobre os equipamentos presentes no Data center e sua média de consumo. Os dados
coletados podem ser observados nas Tabelas 68 e 69.

Tabela 68 - Equipamentos de TI instalados do Data center e suas potências.

Potência
lâmpadas ou
equipamentos Potência Demanda máxima
Cômodo/Sala Equipamento Quantidade (W) unitária (W) total (kW)
4085 - Data 8 Port KVM
center Switch 1 12 12 12
4085 - Data 8 Port KVM
center Switch 2 12 12 24
Controladora
4085 - Data de rede HP
center 10500/7500 1 130 130 130
4085 - Data
center firewall 2 1320 1320 2640
4085 - Data
center roteador 2 460 460 920
4085 - Data 8 Port KVM
center Switch 1 12 12 12
4085 - Data
center Storage 1 3000 3000 3000
4085 - Data 8 Port KVM
center Switch 8 12 12 96
4085 - Data
center Storage 1 440 440 440
4085 - Data 10 fontes
center redundantes 1 4000 4000 4000
Fonte: autoria própria.

Tabela 69 - Equipamentos gerais instalados no Data Center.

Potência Potência Demanda


do reator lâmpadas ou Potência máxima total
Cômodo/Sala Equipamento Quantidade (W) equipamentos (W) unitária (W) (kW)
4085 - Data Ar
center condicionado 1 1870 1870 1870
4085 - Data Ar
center condicionado 1 1990 1990 1990
4085 - Data Ar 1 1990 1990 1990
86

center condicionado
4085 - Data Ar
center condicionado 1 3480 3480 3480
Servidor
4085 - Data supermicro
center intel xeon 7 740 740 5180
4085 - Data
center Lâmpada 8 6,25 32 38,25 306
4085 - Data
center Lâmpada 4 2 18 20 80
Fonte: autoria própria.

A partir dos dados coletados, calculou-se o consumo total da sala, incluindo


equipamentos gerais e de TI, e também o consumo apenas de equipamentos de TI.

Tabela 70 - Consumo da sala Data Center.

Consumo total do Data center [kW] 26170

Consumo de equipamentos de TI [kW] 11274


Fonte: autoria própria.

Desta forma, foi possível calcular o PUE do Data center:

26170
PUE = = 2,32
11274

A eficiência do Data Center é melhor quanto mais próximo o índice PUE estiver de 1.
Isto porque o PUE igual a 1 significaria que toda a potência consumida pelo Data Center
estaria sendo direcionada aos aparelhos de TI.
Desta forma, percebe-se que há alto potencial de melhoria de eficiência energética para
o Data Center do prédio STI. Além disso, dentre os equipamentos não relacionados à TI,
percebe-se que os aparelhos de ar condicionado são os principais consumidores de energia
elétrica.
A refrigeração de Data Center é essencial para conservar os equipamentos, garantir a
capacidade e velocidade de processamento e evitar paralisações não programadas nos
sistemas. Segundo Guiriardi & Feitoza (2019), é essencial a instalação de diversos sensores de
umidade, temperatura, potência e pressão para garantir melhores níveis de eficiência
energética para o sistema HVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado) de Data
Centers.
87

Aparelhos do tipo Split, atualmente instalados no Data Center analisado, não são
ideais para este tipo de aplicação, pois não possuem sistema de monitoramento de
temperatura, pressão, retiram umidade do ar e não são projetados para permanecerem ligados
de maneira contínua, o que pode acarretar em maiores custos de manutenção e maior gasto
energético.
Desta forma, fica como uma perspectiva futura deste trabalho um estudo mais
aprofundado das cargas térmicas do Data Center e da sala de Nobreak para dimensionamento
de um sistema de refrigeração central de precisão, adotando boas práticas específicas à
refrigeração de Data Centers, para atingir uma melhor eficiência energética.
Além disso, há também outras medidas de boa prática que podem ser levadas em
consideração para aumento da eficiência energética de Data centers (GUIRIARDI;
FEITOZA, 2019). São elas:
1. Virtualização de servidores
A tecnologia de virtualização permite a criação de diversos ambientes virtuais
isolados utilizando o mesmo recurso de hardware de um único servidor físico. Desta
forma, é possível diminuir o número de servidores do Data Center para uma mesma
capacidade de armazenamento e processamento, reduzindo custos energéticos e
operacionais.
2. Consolidação de servidores
A consolidação de servidores pode ser definida como a busca pela realização
dos processos com o menor número de máquinas possível. Desta forma, há algumas
maneiras de consolidar servidores, como, por exemplo, a criação de clusters de
servidores, a remoção de serviços redundantes ou, até mesmo, a virtualização de
servidores.
3. Desativação de servidores inativos
Mesmo quando inativos, os servidores consomem energia. Assim, é sempre
importante verificar as atuações de cada servidor e se é possível ou não realizar seu
desligamento, para redução no consumo de energia. Vale ressaltar que, comumente, as
capacidades dos servidores não são utilizadas em totalidade. Desta forma, pode ser
possível acumular funções de diversos servidores em apenas um, para uma redução no
gasto energético do Data Center.
4. Aquisição de servidores mais eficientes
88

A evolução da tecnologia ao longo dos anos pode garantir melhor eficiência


energética aos novos servidores desenvolvidos de forma a garantir um mesmo
desempenho com menor consumo de energia.
5. Layout de área mais eficiente
É possível pensar no layout do Data Center de forma a melhorar a eficiência da
eliminação do calor. Para isso, é aconselhada a utilização dos chamados corredores
quentes e frios. Esta estratégia consiste na criação de áreas isoladas de ar frio ou
quente, por meio do posicionamento dos racks, que devem ser dispostos em corredores
paralelos de forma que as partes da frente dos racks de um dos lados estejam
direcionadas à parte da frente dos racks do outro lado e vice-versa. Esta configuração
evita que o ar quente de saída dos racks recircule, aquecendo o ambiente e também
favorece a chegada do ar frio, sem obstáculos, à parte da frente dos equipamentos.
6. Aparelhos de iluminação com eficiência energética
Outra parcela do consumo energético do Data center se deve à iluminação.
Desta forma, é interessante buscar formas de se atingir uma iluminação mais eficiente.
Neste trabalho, o sistema de iluminação do Data Center foi analisado, e propostas de
melhoria de eficiência energética foram realizadas e podem ser consultadas nos itens
correspondentes.

3.5 Análise financeira

O trabalho tem como objetivo sugerir medidas e alterações que levem à redução do
consumo de energia elétrica dos edifícios em questão. Normalmente, os principais
desperdícios são decorrentes de procedimentos operacionais inadequados, mau
dimensionamento dos sistemas, idade avançada dos equipamentos, tecnologias ultrapassadas
e/ou falta de manutenção preventiva. Considerando as medidas sugeridas de etiquetagem pelo
manual RTQ-C e seguindo as normas NBR 5413 e NBR 5858, foram escolhidas uma série de
medidas de eficiência energética para aplicação no edifício, sejam elas qualitativas ou
quantitativas, ou seja, tanto mudanças de hábitos no dia a dia quanto sugestão de alteração de
equipamentos com selo PROCEL A ou B. A atratividade de um projeto de renovação pode ser
avaliada do ponto de vista do retorno esperado em redução de consumo e no investimento
inicial necessário para tal mudança. O cálculo de viabilidade levará em consideração a
redução do consumo e o custo de investimento para que, assim, tenhamos o tempo mínimo
necessário para que o investimento seja pago com o valor referente à redução.
89

3.5.1 Redução de Consumo

No prédio da STI, os equipamentos foram classificados entre cinco padrões de


consumo. Sendo o primeiro padrão “sempre ligados”, ou seja, permanecem ligados 24 horas
todos os dias funcionando 3 horas por dia no horário de ponta durante os 30 dias do mês (90
horas por mês) e 21 horas por dia fora do horário de ponta (630 horas por mês), entram nessa
classificação todos os equipamentos do Data center, aparelhos de ar condicionado da sala de
nobreaks, geladeiras e filtros. O segundo padrão são os equipamentos que ficam “ligados
durante o horário de funcionamento do estabelecimento”, ou seja, 8h às 18h, de segunda-feira
a sexta-feira (10 horas por dia durante 22 dias, totalizando 220 horas por mês). Todos os
equipamentos usados neste período estão no horário fora de ponta. Entram nessa classificação
as lâmpadas, luminárias, lâmpadas de emergência, computadores, televisões, monitores,
aparelhos de ar condicionado, retroprojetores, câmeras de segurança, ventiladores e caixas de
som. O terceiro padrão são os aparelhos que ficam “ligados durante o período de aula”, ou
seja, foram considerados os equipamentos das salas de aula localizadas no prédio que
permanecem ligados somente quando há alguma disciplina sendo ministrada. Foi considerado
o número médio de horas por mês que cada sala é utilizada, considerando um mês com 22
dias úteis e com base na grade horária dos dois semestres de 2019, portanto a sala 1 é utilizada
105,6 horas por mês, a sala 2 é utilizada 74,8 horas por mês e a sala 3 é utilizada 96,8 horas
por mês, entram nessa classificação as lâmpadas, luminárias, lâmpadas de emergência,
computadores, aparelhos de ar condicionado, monitores, retroprojetores, câmeras de
segurança, ventiladores, roteadores e caixas de som de cada sala em análise. O quarto padrão
se refere aos aparelhos “ligados durante curtos períodos”, nessa classificação foram
considerados os equipamentos que têm um consumo relevante somente durante curtos
períodos de tempo, ou seja, impressoras (com um tempo de uso estimado em 1 hora por dia ou
30 horas por mês) e os fornos de micro-ondas e cafeteiras elétricas (com um tempo de uso
estimado em 30 minutos por dia ou 15 horas por mês) e por último, foi criada também uma
categoria de equipamentos que foram considerados “desligados”, por exemplo os nobreaks,
pois esses equipamentos quase nunca se recarregam pela rede, e sim pelo gerador de
emergência. Portanto, foi considerado que o consumo dos nobreaks é desprezível.
Para estimar o valor mensal em reais consumido, presentes no prédio do Pró-Aluno e tais
equipamentos foram classificados em quatro padrões de consumo. Sendo primeiro padrão
“sempre ligados”, ou seja, os equipamentos que permanecem ligados 24 horas todos os dias.
90

Tais equipamentos funcionam 3 horas por dia no horário de ponta durante os 30 dias do mês
(90 horas por mês) e 21 horas por dia fora do horário de ponta (630 horas por mês). Entra
nessa classificação o switch FORTINET. O segundo padrão “ligados durante o horário de
funcionamento do estabelecimento” foi considerado os equipamentos que permanecem
ligados 100% do tempo, baseado no horário de funcionamento das 8h às 22h, de segunda-feira
a sexta-feira (11 horas por dia durante 22 dias, totalizando 242 horas por mês fora ponta e 3
horas por dia durante 22 dias, totalizando 66 horas em ponta), ou seja, os equipamentos
usados nesse período estão divididos em horário de ponta e fora ponta. Entram nessa
classificação as lâmpadas, luminárias, lâmpadas de emergência, aparelhos de ar condicionado
e purificador de água. O terceiro padrão sendo “ligados durante longo período” foram
considerados os equipamentos das salas de computador localizado no prédio que permanecem
ligados durante 80% do tempo do período de funcionamento do prédio. Foi considerado o
número médio de horas baseado no número de horas totais do prédio em pleno
funcionamento. Portanto, 193,6 horas em horário fora ponta e 52,8 horas em horário de ponta.
Entram nessa classificação todos os computadores e monitores do prédio e o quarto padrão
classificado como “ligados durante curtos períodos” foram considerados os equipamentos que
têm um consumo relevante somente durante curtos períodos de tempo. Entram nessa
classificação projetor (com um tempo de uso estimado em 1 hora por dia/útil ou 22 horas por
mês) e a impressora (com um tempo de uso estimado em 60 minutos por dia ou 30 horas por
mês).

A partir do diagnóstico do cenário atual, foram propostas melhorias para os prédios.


Retomando, conforme citado no item 3.4.1, foi sugerida, a instalação de um relé fotoelétrico
na área janelada destes ambientes, tanto nas salas de computadores quanto nas salas em que o
uso da iluminação é elevado no piso 1 e 2, nas áreas janeladas nas salas do andar 1 e 2, as
lâmpadas sejam acionadas somente a partir de 17 h, assim, é sugerido que as lâmpadas fiquem
ligadas apenas 1 hora por dia na STI, que funciona até 18h e que fiquem ligadas 5 horas por
dia no Pró-Aluno, que funciona até 22h, sendo 3 horas no horário de ponta e 2 horas no
horário fora de ponta. Realizar a programação dos computadores das salas 4065, 4076 e 4078
para suspender o funcionamento após inatividade. Em caso de necessidade de aquisição ou
substituição de equipamentos e aparelhos de informática altamente consumidores de energia e
de baixa eficiência energética por aparelhos detentores de Selo Procel de classe A. Manter
uma rotina de limpeza das lâmpadas e luminárias regularmente e incluir nas janelas proteção
91

mais eficaz contra raios solares. Além também, de manter os filtros dos condicionadores de ar
limpos para não comprometer a circulação do ar e as saídas dos evaporadores dos aparelhos
de ar condicionado desobstruídas. A instalação de sensores térmicos para ligar ou desligar os
aparelhos de ar condicionado de acordo com a temperatura atingida no ambiente também foi
sugerida, com esta melhoria espera-se que os aparelhos sejam utilizados apenas durante os 6
meses mais quentes do ano. Como neste projeto está sendo considerada uma análise mensal,
foi adotada a premissa de que as horas de uso serão reduzidas em 50%. Com tais medidas,
será possível uma economia na potência consumida ao final do mês com uma melhor gestão
da iluminação de modo simples e econômico por meio do aproveitamento da incidência de luz
solar nos ambientes.

A análise financeira será calculada dando preferência aos modelos de lâmpada de


menor consumo, e que possuam o Selo Procel, e também adquirir aparelhos de ar
condicionado com selo A de eficiência. O novo consumo mensal será calculado escolhendo
um modelo específico de lâmpada e de ar-condicionado seguindo tais especificações para que
seja comparado ao diagnóstico atual e o valor da economia apresentado.

3.5.1.1 Tarifa verde

Após aplicação das melhorias no sistema de iluminação e aparelhos de ar


condicionado, o consumo de energia será reduzido para os valores detalhados nas tabelas a
seguir. Os valores de consumo em kWh fora de ponta ( C F f ), consumo em kWh na ponta (
C F p) e demanda em kW (DF) foram calculados levando em consideração os equipamentos
detalhados nos Apêndices C (Detalhamento dos equipamentos da STI após melhorias) e D
(Detalhamento dos equipamentos do Pró-Aluno após melhorias). Os dados obtidos são
detalhados nas três tabelas a seguir, sendo a primeira referente ao STI, a segunda referente ao
Pró-Aluno e a terceira referente ao conjunto dos prédios.

Tabela 71 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - STI após melhorias.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 1,25 2959,9 R$ 3.697,65
Fora de ponta R$ 0,37 41119,4 R$ 15.275,86
Total R$ 18.973,51
92

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta e fora de ponta R$ 13,41 346,5 R$ 4.647,09

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 32.468,18


Fonte: autoria própria.

Tabela 72 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica – Pró-Aluno após melhorias.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 1,25 1410,1 R$ 1.761,61
Fora de ponta R$ 0,37 4936,6 R$ 1.833,95
Total R$ 3.595,56

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta e fora de ponta R$ 13,41 31,4 R$ 421,42

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 5.521,63


Fonte: autoria própria.

Tabela 73 - Tarifa verde: Composição da fatura de energia elétrica - TOTAL após melhorias.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 1,25 4370,1 R$ 5.459,26
Fora de ponta R$ 0,37 46056,0 R$ 17.109,82
Total R$ 22.569,08

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta e fora de ponta R$ 13,41 378,0 R$ 5.068,51

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 37.989,81


Fonte: autoria própria.

Portanto, com base nos dados apresentados e comparando o cenário atual e o cenário
proposto considerando uma média mensal, é possível perceber que haverá uma redução na
93

fatura de energia, que passará de R$ 44.148,00 para R$ 37.989,81, o que representa uma
economia de 13,95% por mês.

3.5.1.2 Tarifa azul

Após aplicação das melhorias no sistema de iluminação e aparelhos de ar


condicionado, o consumo de energia será reduzido para os valores detalhados nas Tabelas 74
a 76. Os valores de consumo em kWh fora de ponta ( C F f ), consumo em kWh na ponta (C F p
), demanda fora de ponta em kW ( D F f ) e demanda na ponta em kW ( D F p ) foram calculados
levando em consideração os equipamentos detalhados nos Apêndices C (Detalhamento dos
equipamentos da STI após melhorias) e D (Detalhamento dos equipamentos do Pró-Aluno
após melhorias). Os dados obtidos são detalhados nas três tabelas a seguir, sendo a primeira
referente ao STI, a segunda referente ao Pró-Aluno e a terceira referente ao conjunto dos
prédios.

Tabela 74 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica - STI após melhorias.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 0,54 2959,9 R$ 1.609,13
Fora de ponta R$ 0,37 41119,4 R$ 15.275,86
Total R$ 16.884,99

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta R$ 33,19 32,9 R$ 1.091,55
Fora de ponta R$ 13,41 346,5 R$ 4.647,09
Total R$ 5.738,64

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 31.097,78


Fonte: autoria própria.

Tabela 75 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica – Pró-Aluno após melhorias

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 0,54 1410,1 R$ 766,61
Fora de ponta R$ 0,37 4936,6 R$ 1.833,95
Total R$ 2.600,56

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
94

Ponta R$ 33,19 29,9 R$ 991,58


Fora de ponta R$ 13,41 31,4 R$ 421,42
Total R$ 1.413,01

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 5.516,94


Fonte: autoria própria.

Tabela 76 - Tarifa azul: Composição da fatura de energia elétrica - TOTAL após melhorias.

Parcela 1: Consumo
Tarifa (R$/kWh) Consumo medido (kWh) P consumo (R$)
Ponta R$ 0,54 4370,1 R$ 2.375,74
Fora de ponta R$ 0,37 46056,0 R$ 17.109,82
Total R$ 19.485,56

Parcela 2: Demanda
Tarifa (R$/kW) Demanda estimada (kW) P demanda (R$)
Ponta R$ 33,19 62,8 R$ 2.083,14
Fora de ponta R$ 13,41 378,0 R$ 5.068,51
Total R$ 7.151,65

Total (PConsumo + PDemanda)/(1-(PIS+COFINS+ICMS)) R$ 36.614,72


Fonte: autoria própria.

Portanto, com base nos dados apresentados e comparando o cenário atual e o cenário
proposto considerando uma média mensal, é possível perceber que haverá uma redução na
fatura de energia, que passará de R$ 42.309,75 para R$ 36.614,72, o que representa uma
economia de 13,46% por mês.

3.5.2 Custo de Investimento

Outro fator determinante para que a implementação seja viável é a realização de uma
análise do custo de investimento necessário para a aplicação das melhorias. Para tal, foi
realizado um estudo preliminar de análise de viabilidade dentre as alternativas. Nesse estudo,
foram eliminadas as alternativas com elevado custo ou que não trouxessem o retorno relevante
95

de diminuição do consumo e demanda energética. O custo de aquisição dos equipamentos


mais eficientes e que tenham selo PROCEL A será superado pelo benefício gerado pela
economia do consumo e o lucro, posterior ao investimento inicial, agregará valor à
Universidade. As sugestões validadas irão proporcionar a melhor economia, visando custo-
benefício, nos aparelhos de ar condicionado e nas lâmpadas.
As lâmpadas fluorescentes utilizadas nos prédios já são eficientes e será necessário
apenas a compra de sete (7) lâmpadas fluorescentes tubulares de 16 W com etiqueta de
Eficiência Energética (EEL) A, conforme mostrado na Tabela 77.

Tabela 77 - Quantidade de lâmpada Pré e Pós Melhorias nos prédios.

Pré Pós
Potência (w) Quantidade Potência (w) Quantidade
16 5 16 12
18 21 18 17
32 287 32 242
Fonte: autoria própria.

Figura 7 – Nova lâmpada sugerida para troca.

Fonte: Loja virtual gimawa.com

A troca das sete (7) lâmpadas de 16 W modelo Philips Eco MASTER TLDRS com
preço unitário R$ 12,70, totalizando investimento de R$ 63,50 na troca de lâmpadas e em uma
economia de 49 lâmpadas, que estão superdimensionadas e não serão mais necessárias. O
descarte dessas lâmpadas, quando atingirem sua vida útil, deverá ser feito de acordo com o
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (Resolução n° 267, de 14 de setembro de
2000, e Resolução n° 340, de 25 de setembro de 2003).
Além das lâmpadas fluorescentes, sugere-se também a inserção de sensores de
presença, para que as lâmpadas não fiquem ligadas sem a devida necessidade. A
implementação dos sensores, a partir das premissas descritas no item 3.4.1, será em todas as
salas dos prédios Pró-Aluno e STI, com exceção das salas 4065, 4068, 4076, 4078, 4069 -
corredor copa e sala de Nobreak, por não necessitarem de utilização contínua e baixo
96

consumo de energia. A instalação de um sensor de presença de teto em cada sala permitirá


oferecer uma área de cobertura mais abrangente, já que pode ser instalado a até quatro metros
de altura. Sendo assim, serão necessários 31 sensores - um para cada sala dos prédios, descrito
acima. O valor de cada sensor em média é R$ 34,90, portanto, o custo total de investimento
nos sensores será cerca de R$ 1.081,90 e sua instalação é básica, sendo necessário fixar o
sensor no local adequado, utilizando os parafusos fornecidos e, em seguida, fazer as conexões
elétricas conforme as indicações de cores de fio, de acordo com o manual.
Estes sensores também oferecem a função fotocélula, que desabilita o acionamento da
lâmpada durante o período diurno, mesmo detectando movimento. Essa função, no entanto,
poderá ser configurada pelo usuário, que conseguirá desabilitá-la em caso de necessidade.
Outra vantagem é a amplitude 360º, facilitando a identificação de pessoas em quaisquer dos
lados do ambiente. O sensor infravermelho consegue medir fontes de calor que estejam a até
18 metros de distância do local de instalação.
Os aparelhos de ar condicionado que serão propostos possuem selo de eficiência
energética (CAT - A), modelo Split e irão contribuir para a redução do consumo de energia.
Será necessário adquirir 7 novos aparelhos, sendo eles: três aparelhos de 9000 BTU, um
aparelho de 18000 BTU, três aparelhos de 27000 BTU, nove aparelhos de 30000 BTU e um
aparelho de 36000 BTU, conforme mostrado na Tabela 78.

Tabela 78 - Quantidade de aparelhos Pré e Pós Melhorias nos prédios.


Potência Quantid Capacidad Potência CAT
por ade e modelo do novo novo Valor Valor
Quantidade aparelho sugerid sugerido modelo model médio de final de
Edifício Sala atual [W] a [BTU] [W] o compra compra
R$ R$
STI 4062 1 2900 1 36000 2895 A 6.900,00 6.900,00
R$ R$
STI 4065 3 2900 1 30000 2680 A 3.400,00 3.400,00
R$ R$
STI 4070 1 2600 1 27000 2445 A 4.600,00 4.600,00
R$ R$
STI 4076 2 2900 1 30000 2680 A 3.400,00 3.400,00
R$ R$
STI 4078 3 2900 1 30000 2680 A 3.400,00 3.400,00
Pró- R$ R$
Aluno 25648 2 1547 2 30000 2680 A 3.400,00 6.800,00
Pró- 26549. R$ R$
Aluno 1 1 1547 1 9000 800 A 1.700,00 1.700,00
Pró- 25649. R$ R$
Aluno 2 1 1069 1 9000 800 A 1.700,00 1.700,00
Pró- R$ R$
Aluno 25649 2 1168 2 9000 800 A 1.700,00 3.400,00
Pró- 25650 2 1547 2 27000 2445 A R$ R$
97

Aluno 4.600,00 9.200,00


Pró- R$ R$
Aluno 25651 2 1547 2 27000 2445 A 4.600,00 9.200,00
Pró- R$ R$
Aluno 25647 1 2247 1 18000 1630 A 2.200,00 2.200,00
Fonte: autoria própria.

A troca dos dezesseis (16) aparelhos de ar condicionado terá valor médio de compra de
R$ 55.900,00. O preço médio para se instalar um aparelho de ar condicionado é R$ 450,00,
sendo necessário custear a instalação dos sete aparelhos, totalizando em um investimento de
R$ 7.200,00. O custo total de investimento nos aparelhos e para sua instalação será cerca de
R$ 63.100,00. O descarte desses aparelhos deverá ser feito de acordo com a ABNT NBR
15833 – Manufatura reversa – Aparelhos de refrigeração e Instrução Normativa n° 14, de 20
de dezembro de 2012, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA.

3.6 Considerações finais

Diante da necessidade de melhoria do cenário de consumo energético, este trabalho


buscou propor mudanças para aumentar a eficiência energética e diminuir o consumo dos
prédios da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) e do Pró-Aluno da Escola de
Engenharia de São Carlos. As melhorias propostas foram focadas no sistema de iluminação e
nos aparelhos de ar condicionado.
Para o sistema de ar condicionado dos edifícios, foram feitas análises da carga térmica
dos ambientes para avaliação das capacidades de refrigeração atualmente instaladas. Para o
Data Center, a análise utilizou o índice PUE para avaliação da eficiência energética atual.
A partir dos estudos desenvolvidos neste trabalho, algumas sugestões foram propostas
para o sistema de climatização dos edifícios e Data Center. Foram elas:
● Troca de alguns aparelhos de ar condicionado por outros de capacidade
semelhante, mas menor consumo de potência nominal, para redução do gasto
energético;
● Retirada de alguns aparelhos de condicionamento de ar de ambientes para os quais
a capacidade instalada está superdimensionada ou troca por aparelhos de menor
capacidade e menor potência;
98

● Para o Data Center, sugeriu-se um estudo mais aprofundado sobre a possibilidade


de realizar um dimensionamento de um sistema de refrigeração de precisão para
melhoria de eficiência energética e
● Outras sugestões de boas práticas também foram sugeridas de forma qualitativa
para melhoria de eficiência energética e diminuição de consumo de energia
elétrica.

As soluções propostas para o sistema de iluminação geram economia de três maneiras:


● Diminuição no número de lâmpadas e luminárias: para as salas que apresentaram
potência total (W) superior à densidade de potência de iluminação limite do
ambiente (DPIL) recomendada para o nível B de eficiência energética, foi proposta
uma redução no número e na potência das lâmpadas e luminárias da sala. O
número e potência ideais de lâmpadas para cada sala foi calculado em
concordância com a norma NBR 5413 - Iluminância de interiores;
● Troca por equipamentos com maior eficiência e/ou menor consumo: foi proposto
que todas as lâmpadas utilizadas fluorescentes (tubular Philips Eco MASTER
TLD). Além disso, algumas das lâmpadas de 32 W puderam ser substituídas por
lâmpadas de 16 W sem desrespeitar a densidade de potência de iluminação mínima
para cada sala (NBR 5413 - Iluminância de interiores) e
● Diminuição no tempo de uso dos equipamentos: a partir da instalação de sensores
de iluminação, desligamento automático das lâmpadas dos ambientes e
considerando também uma maior conscientização dos frequentadores dos prédios,
foi possível diminuir o tempo médio que cada lâmpada fica ligada, aproveitando
melhor a contribuição da luz natural.

Foi feita uma análise da fatura de energia elétrica (em R$) e da etiqueta dos prédios,
comparando a situação atual e após as melhorias propostas. Os resultados são apresentados
nas Tabelas 79 e 80.

Tabela 79 - Comparativo de faturas.

Situação atual Após melhorias

Fatura (R$) Fatura (R$) Alteração na fatura (%)


STI R$ 35.725,70 R$ 32.468,18 -9,11%
Tarifa verde Pró-Aluno R$ 8.422,30 R$ 5.521,63 -34,44%
99

TOTAL R$ 44.148,00 R$ 37.989,81 -13,95%


STI R$ 34.355,30 R$ 31.097,78 -9,48%
Pró-Aluno R$ 7.954,46 R$ 5.516,94 -30,64%
Tarifa azul TOTAL R$ 42.309,75 R$ 36.614,72 -13,46%
Fonte: autoria própria.

Tabela 80 - Comparativo de etiquetas.

Situação atual Após melhorias


Melhoria no
Equivalente equivalente
numérico Etiqueta Equivalente numérico Etiqueta numérico (%)
STI 2,69 C 4,79 A 78,07%
Pró-Aluno 3,9 B 4,92 A 26,15%
TOTAL 2,95 C 4,82 A 63,39%
Fonte: autoria própria.

Por fim, dado o custo de investimento total das lâmpadas e dos aparelhos de ar
condicionado, será necessário um investimento inicial de R$ 64.245,40. Dado que haverá uma
redução no consumo, esse investimento se pagará em 10 ou 11 meses, a depender da tarifa
escolhida. Caso seja a tarifa azul, haverá uma redução no consumo de 13,46% ou R$ R$
5.695,03 por mês, ou seja, redução de R$ 42.309,75 para R$ R$ 36.614,72 mensal, sendo
necessário 11 meses (onze meses) para que o custo de investimento inicial seja pago. No caso
da tarifa verde, teremos uma redução no consumo de 13,95% ou R$ R$ 6.158,19 por mês, ou
seja, redução de R$ 44.148,00 para R$ R$ 37.989,81 mensal, sendo necessário 10 meses (dez
meses) para que o custo de investimento inicial seja pago. Portanto, a partir deste período, a
redução passará a ser disponibilizada para ser alocada em outros investimentos e pontos de
melhoria dos prédios no geral, o que justifica o investimento e suporta a troca.
100

4 CONCLUSÃO

O trabalho apresentado se propôs a realizar um estudo de caso do prédio Pró-Aluno e


STI do Campus de São Carlos da Universidade de São Paulo. Realizou-se um diagnóstico
atual de consumo e demanda de ambos os prédios para os equipamentos, iluminação e
aparelhos de ar condicionado, tanto para a tarifa de azul quanto para verde.
Posteriormente, foi realizada a etiquetagem atual dos prédios a fim de quantificar as
oportunidades de melhoria de forma qualitativa e quantitativa do consumo de energia. Foi
utilizado o manual RTQ-C para recalcular a etiquetagem dos sistemas de iluminação e de
aparelho de ar condicionado e, também, um novo valor para a conta de energia elétrica,
considerando a aplicação de todas as premissas e recomendações feitas ao longo do trabalho,
além das melhorias propostas utilizando a NBR 5413 e a NBR 5858 para iluminação e ar
condicionado, respectivamente.
A importância deste tema, que permeia a sociedade há séculos, dá-se observando o
panorama energético, a política energética nacional e a necessidade de se economizar energia
para o país. Também ficou clara a relevância e a atualidade desse trabalho e das proposições
nele apresentadas no sentido de contribuir para a disseminação e o compartilhamento de
conhecimentos e experiências sobre as iniciativas relacionadas à eficientização energética
colocadas em prática por programas nacionais, empresas e governos municipais no Brasil e no
exterior, com foco no gerenciamento do consumo de energia elétrica em prédios públicos.
Deste modo, frente à necessidade de amplificar os esforços de sustentabilidade, o
posicionamento governamental se mostra essencial no contexto de eficiência energética por
meio de agências informativas, regulamentadoras, de fomento a pesquisas e coleta de dados,
por exemplo, para tornar acessível à população o conhecimento sobre o tema e também para
incentivar ações de eficiência energética nos mais diversos setores.
Foi proposta a diminuição do número de aparelhos de ar-condicionado, lâmpadas e
luminárias, além da substituição por equipamentos mais eficientes e da redução do tempo de
uso de cada aparelho.
Foi possível observar que haverá uma melhoria significativa nos níveis de eficiência
energética dos prédios após a aplicação das soluções propostas. Ambos os edifícios passarão a
101

ser classificados no nível A, que é o melhor nível de eficiência energética no manual RTQ-C.
Além disso, será possível reduzir a fatura de energia elétrica:
● Considerando a tarifa verde, haverá uma redução de 13,95% ou R$ 6.158,19 por
mês e
● Considerando a tarifa azul, haverá uma redução de 13,46% ou R$ 5.695,03 por
mês.

Para aplicar todas essas mudanças, foi estimado um investimento de R$ 64.245,40, que
se pagará em aproximadamente 10 a 11 meses.
Além das mudanças propostas, é possível melhorar ainda mais a eficiência energética e
diminuir o consumo dos prédios ao aplicar outras mudanças que fogem do escopo deste
projeto, como utilizar painéis solares fotovoltaicos, garantir a compra de computadores e
equipamentos detentores do Selo Procel classe A, realizar limpeza regular das lâmpadas e
luminárias para fornecer reflexão máxima, realizar limpeza regular dos aparelhos de ar
condicionado para não comprometer a circulação de ar e incluir proteções contra raios solares
mais eficazes nas janelas para diminuir a demanda por refrigeração.
102

REFERÊNCIAS

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Rio de Janeiro, ABNT, 1992.

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Selo Procel Edificações e Etiqueta PBE Edifica? Disponível em:
104

http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={334C4CBF-08EC-4292-BD69-
11BF09D67C57}. Acesso em: DATA.

PROCEL. Edificações. Disponível em: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID=


%7B82BBD82C-FB89-48CA-98A9-620D5F9DBD04%7D#:~:text=Edifica
%C3%A7%C3%B5es&text=No%20Brasil%2C%20o%20consumo%20de,da%20eletricidade
%20consumida%20no%20pa%C3%ADs.&text=nas%20edifica%C3%A7%C3%B5es
%20brasileiras%2C%20reduzindo%20o,impactos%20sobre%20o%20meio%20ambiente.
Acesso em: 09 set. 2020.
105

APÊNDICES

As Tabelas 81 a 84 abaixo apresentam as características dos equipamentos


considerados para o cálculo do consumo, demanda e do valor parcial da tarifa. São detalhadas
as salas em que cada equipamento se encontra, a quantidade de equipamentos de cada tipo,
sua potência unitária e o número de horas que cada equipamento fica ligado durante um mês,
sendo:
 A Tabela 81 referente à STI no padrão de consumo atual e considerando
equipamentos atuais
 A Tabela 82 referente ao Pró-Aluno no padrão de consumo atual e
considerando equipamentos atuais
 A Tabela 83 referente à STI no padrão de consumo após aplicação de
melhorias propostas e considerando as trocas sugeridas para os equipamentos
 A Tabela 84 referente ao Pró-Aluno no padrão de consumo após aplicação de
melhorias propostas e considerando as trocas sugeridas para os equipamentos
106

APÊNDICE A - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA STI - PRÉ MELHORIAS


Tabela 81 - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA STI - PRÉ MELHORIAS
Potência Horas fora Horas
Cômodo/Sala Equipamento Quantidade unitária (W) ponta Ponta
4062 Ar condicionado 1 2900 220
4062 CPU 1 95 220
4062 CPU 2 95 220
4062 CPU 3 95 220
4062 Lâmpada 4 38 220
4062 Lâmpada 4 38 220
4062 Lâmpada 18 38 220
4062 Monitor 1 26 220
4062 Monitor 1 31 220
4062 Monitor 2 25 220
4062 Monitor 3 25 220
4062 Ventilador 1 45 220
4064 Impressora 1 465 30
4064 Impressora 8 750 30
4064 Lâmpada 4 38 220
4065 Ar condicionado 3 2900 106
4065 CPU 1 1000 106
4065 CPU 46 95 106
4065 Lâmpada 20 38 106
4065 Lâmpada 22 38 106
4065 Monitor 1 25 106
4065 Monitor 46 25 106
4065 Projetor 1 237 106
4065 Roteador 1 14 630 90
4066 Ar condicionado 1 783 220
4066 Lâmpada 4 38 220
4066 Monitor 1 22 220
4067 Lâmpada 2 18 220
4068 Ar condicionado 1 783 220
4068 CPU 1 105 220
4068 Monitor 1 18 220
4068 Telefone 1 11 220
4070 Ar condicionado 1 2600 220
4070 Computador 1 92 220
4070 Lâmpada 12 38 220
4070 Lâmpadas de 3 18 220
4071 Lâmpada 2 38 220
4072 Lâmpada 2 38 220
4073 Lâmpada 2 38 220
4074 Lâmpada 2 38 220
4075 Ar condicionado 2 3500 630 90
4075 Lâmpada 2 38 220
4075 nb1 1 30000 0
4075 nb2 1 30000 0
4075 nb3 1 30000 0
4075 nb4 1 30000 0
4076 ab100 1 1000 75
4076 Ar condicionado 2 2900 75
4076 CPU 35 7034 75
107

4076 Lâmpada 22 38 75
4076 Monitor 1 31 75
4076 Monitor 35 47 75
4076 Projetor 1 200 75
4077 Ar condicionado 1 1085 220
4077 CPU 2 95 220
4077 Lâmpada 8 38 220
4077 Monitor 2 21 220
4078 ab100 1 1000 97
4078 Ar condicionado 3 2900 97
4078 CPU 42 120 97
4078 Lâmpada 42 38 97
4078 Monitor 42 15 97
4078 Projetor 1 284 97
4079 Lâmpada 2 38 220
4081 Lâmpada 2 38 220
4082 Lâmpada 2 38 220
4084 Lâmpada 2 38 220
4086 Ar condicionado 2 1085 220
4086 CPU 5 95 220
4086 Monitor 1 65 220
4086 Monitor 5 26 220
4086 Notebook 1 35 220
4086 Televisão 2 20 220
4085 - Data 8 Port KVM Switch 1 12 630 90
4085 - Data Ar condicionado 1 1870 630 90
4085 - Data Ar condicionado 1 1990 630 90
4085 - Data Ar condicionado 1 1990 630 90
4085 - Data Ar condicionado 1 3480 630 90
4085 - Data Servidor supermicro 7 740 630 90
4085 - Data Lâmpada 8 38 220
4085 - Data Lâmpada 4 20 220
4085 - Data 8 Port KVM Switch 2 12 630 90
4085 - Data Controladora de rede 1 130 630 90
4085 - Data Firewall 2 1320 630 90
4085 - Data Roteador 2 460 630 90
4085 - Data 8 Port KVM Switch 1 12 630 90
4085 - Data Storage 1 3000 630 90
4085 - Data 8 Port KVM Switch 8 12 630 90
4085 - Data Storage 1 440 630 90
4085 - Data 10 fontes redundantes 1 4000 630 90
Corredor 2 Filtro 1 80 220
Corredor 2 Lâmpada 14 38 220
Corredor copa Cafeteira 1 1950 15
Corredor copa Geladeira 1 90 630 90
Corredor copa Lâmpada 2 38 220
Corredor copa Lâmpada 6 38 220
Corredor copa micro-ondas 1 1500 15
Salinha Lâmpada 1 18 220
4068 Lâmpada 4 38 220
4086 Lâmpada 16 38 220
108

APÊNDICE B - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DO PRÓ-ALUNO - PRÉ


MELHORIAS

Tabela 82 - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DO PRÓ-ALUNO - PRÉ MELHORIAS


Potência Horas fora Horas
Cômodo/Sala Equipamento Quantidade unitária (W) ponta Ponta
25647 Ar condicionado 1 2247 242 66
25647 Projetor multimídia 3 270 22
25647 Lâmpada 6 38,25 242 66
25648 Microcomputador 9 150 193,6 52,8
25648 Monitor de vídeo 18 25 193,6 52,8
25648 Microcomputador 16 250 193,6 52,8
25648 Monitor Samsung 16 24 193,6 52,8
25648 Ar condicionado 2 1547 242 66
25648 Switch FORTINET 1 370 630 90
25648 Lâmpada 15 38,25 242 66
25648 Lâmpada 3 20 242 66
25649 Microcomputador 3 150 193,6 52,8
25649 Monitor de vídeo 1 25 193,6 52,8
25649 Monitor de vídeo 1 20 193,6 52,8
25649 Monitor de vídeo 1 25 193,6 52,8
25649 Monitor Samsung 3 25 193,6 52,8
25649 Monitor LG 2 20 193,6 52,8
25649 Ar condicionado 1 1547 242 66
25649 Ar condicionado 1 1069 242 66
25649 Ar condicionado 2 1168 242 66
25649 Switch Fortinet 1 185 630 90
25649 Lâmpada 7 38,25 242 66
25649 Lâmpada 8 20 242 66
25649 Impressora 1 740 30 0
25650 Microcomputador 23 150 193,6 52,8
25650 Monitor de vídeo 23 25 193,6 52,8
25650 Ar condicionado 2 1547 242 66
25650 Switch Fortinet 1 85 630 90
25650 Lâmpada 11 38,25 242 66
25650 Lâmpada 4 20 242 66
25651 Microcomputador 23 150 193,6 52,8
25651 Monitor LG 23 25 193,6 52,8
25651 Ar condicionado 2 1547 242 66
25651 Switch Fortinet 1 85 630 90
25651 Lâmpada 13 38,25 242 66
25651 Lâmpada 2 20 242 66
Corredor da
entrada Lâmpada 5 38,25 242 66
Corredor da
entrada Purificador de água 1 200 242 66
Sala do
nobreak Nobreak 1 40000 0
Sala do
nobreak Lâmpada 2 38,25 242 66
109

APÊNDICE C - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA STI - PÓS MELHORIAS

Tabela 83 - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA STI - PÓS MELHORIAS


Potência Horas fora Horas
Cômodo/Sala Equipamento Quantidade unitária (W) ponta Ponta
4062 Ar condicionado 1 2895 110 0
4062 CPU 1 95 220 0
4062 CPU 2 95 220 0
4062 CPU 3 95 220 0
4062 Lâmpada 18 38 22 0
4062 Monitor 1 26 220 0
4062 Monitor 1 31 220 0
4062 Monitor 2 25 220 0
4062 Monitor 3 25 220 0
4062 Ventilador 1 45 220 0
4064 Impressora 1 465 30 0
4064 Impressora 8 750 30 0
4064 Lâmpada 4 38 22 0
4065 Ar condicionado 3 2680 53 0
4065 CPU 1 1000 106 0
4065 CPU 46 95 106 0
4065 Lâmpada 20 38 106 0
4065 Lâmpada 22 38 106 0
4065 Monitor 1 25 106 0
4065 Monitor 46 25 106 0
4065 Projetor 1 237 106 0
4065 Roteador 1 14 630 90
4066 Ar condicionado 1 783 110 0
4066 Lâmpada 4 38 22 0
4066 Monitor 1 22 220 0
4067 Lâmpada 1 38 22 0
4068 Ar condicionado 1 783 110 0
4068 CPU 1 105 220 0
4068 Lâmpada 4 38 0
4068 Monitor 1 18 220 0
4068 Telefone 1 11 220 0
4070 Ar condicionado 1 2445 110 0
4070 Computador 1 92 220 0
4070 Lâmpada 12 38 22 0
Lâmpadas de
4070 emergência 3 18 220 0
4071 Lâmpada 1 38 22 0
4072 Lâmpada 1 18 22 0
4073 Lâmpada 1 18 22 0
110

4074 Lâmpada 2 18 22 0
4075 Ar condicionado 2 3500 630 90
4075 Lâmpada 2 38 22 0
4075 nb1 1 30000 0
4075 nb2 1 30000 0
4075 nb3 1 30000 0
4075 nb4 1 30000 0
4076 ab100 1 1000 75 0
4076 Ar condicionado 2 2680 37 0
4076 CPU 35 7034 75 0
4076 Lâmpada 22 38 75 0
4076 Monitor 1 31 75 0
4076 Monitor 35 47 75 0
4076 Projetor 1 200 75 0
4077 Ar condicionado 1 1085 110 0
4077 CPU 2 95 220 0
4077 Lâmpada 8 38 22 0
4077 Monitor 2 21 220 0
4078 ab100 1 1000 97 0
4078 Ar condicionado 3 2680 48 0
4078 CPU 42 120 97 0
4078 Lâmpada 42 38 97 0
4078 Monitor 42 15 97 0
4078 Projetor 1 284 97 0
4079 Lâmpada 1 18 22 0
4081 Lâmpada 1 18 22 0
4082 Lâmpada 1 18 22 0
4084 Lâmpada 1 18 22 0
4086 Ar condicionado 2 1085 110 0
4086 CPU 5 95 220 0
4086 Lâmpada 5 38 22 0
4086 Monitor 1 65 220 0
4086 Monitor 5 26 220 0
4086 Notebook 1 35 220 0
4086 Televisão 2 20 220 0
4069 -
corredor copa Lâmpada 3 18 220 0
4085 - Data
center 10 fontes redundantes 1 4000 630 90
4085 - Data
center 8 Port KVM Switch 1 12 630 90
4085 - Data
center 8 Port KVM Switch 2 12 630 90
4085 - Data
center 8 Port KVM Switch 1 12 630 90
4085 - Data
center 8 Port KVM Switch 8 12 630 90
4085 - Data
center Ar condicionado 1 1870 315 90
4085 - Data
center Ar condicionado 1 1990 315 90
111

4085 - Data
center Ar condicionado 1 1990 315 90
4085 - Data
center Ar condicionado 1 3480 315 90
4085 - Data Controladora de rede
center HP 10500/7500 1 130 630 90
4085 - Data
center Firewall 2 1320 630 90
4085 - Data
center Roteador 2 460 630 90
4085 - Data Servidor supermicro
center intel xeon 7 740 630 90
4085 - Data
center Storage 1 3000 630 90
4085 - Data
center Storage 1 440 630 90
4085- Data
center Lâmpada 5 38 22 0
Corredor 2
andar Filtro 1 80 220 0
Corredor 2º
andar Lâmpada 2 38 22 0
Corredor copa
4069 Cafeteira 1 1950 15 0
Corredor copa
4069 Geladeira 1 90 630 90
Corredor copa
4069 Micro-ondas 1 1500 15 0
Salinha
limpeza Lâmpada 1 18 22 0
4068 Lâmpada 4 38 22
4086 Lâmpada 10 38 22
112

APÊNDICE D - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DO PRÓ-ALUNO - PÓS


MELHORIAS

Tabela 84 - DETALHAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DO PRÓ-ALUNO - PÓS MELHORIAS


Potência Horas fora Horas
Cômodo/Sala Equipamento Quantidade unitária (W) ponta Ponta
25647 Ar condicionado 1 1630 121 33
25647 Projetor multimídia 3 270 22
25647 Lâmpada 4 38,25 44 66
25648 Lâmpada 15 38,25 44 66
25648 Ar condicionado 1 2680 121 33
25648 Lâmpada 3 20 44 66
Microcomputador
25648 Positivo 9 150 193,6 52,8
Microcomputador
25648 Positivo 16 250 193,6 52,8
25648 Monitor de vídeo 18 25 193,6 52,8
25648 Monitor Samsung 16 24 193,6 52,8
Switch FORTINET
FortiSwitch 248D de 48
25648 portas 1 370 630 90
25649 Lâmpada 7 38,25 44 66
25649 Ar condicionado 1 800 121 33
25649 Ar condicionado 1 800 121 33
25649 Ar condicionado 1 800 121 33
25649 Impressora 1 740 30 0
25649 Lâmpada 8 20 44 66
25649 Microcomputador 3 150 193,6 52,8
25649 Monitor de vídeo 1 25 193,6 52,8
25649 Monitor de vídeo 1 20 193,6 52,8
25649 Monitor de vídeo 1 25 193,6 52,8
25649 Monitor LG 2 20 193,6 52,8
25649 Monitor Samsung 3 25 193,6 52,8
Switch Fortinet
FortiSwitch 124D de 24
25649 portas 1 185 630 90
25650 Lâmpada 11 38,25 44 66
25650 Ar condicionado 1 2445 121 33
25650 Lâmpada 4 20 44 66
25650 Microcomputador 23 150 193,6 52,8
25650 Monitor de vídeo 23 25 193,6 52,8
Switch Fortinet
FortiSwitch 124D de 24
25650 portas 1 85 630 90
25651 Lâmpada 13 38,25 44 66
25651 Ar condicionado 1 2445 121 33
25651 Lâmpada 2 20 44 66
25651 Microcomputador 23 150 193,6 52,8
25651 Monitor LG 23 25 193,6 52,8
Switch Fortinet
FortiSwitch 124D de 24
25651 portas 1 85 630 90
Corredor da
entrada Lâmpada 5 38,25 44 66
Corredor da
entrada Purificador de água 1 200 242 66
Nobreak Lâmpada 1 38,25 44 66
113

Sala do
nobreak Nobreak 1 40000 0

.
114

APÊNDICE E - CÁLCULOS DE CARGA TÉRMICA DETALHADOS PARA


CADA SALA ANALISADA.
Tabela 85 – Cálulo de carga térmica para sala 4062

Sala: 4062
Unid.x
Calor recebido de: Unidades Fatores Fator
Tipo I - Janelas c/ Proteção
isolação Largura Altura Total S/ Proteção Int. Proteção Ext. 20451,6
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 5,7 3,9 22,23 2100 920 630 20451,6
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 4668,3
2.1 - Vidro comum 5,7 3,9 22,23 210 4668,3
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 5776,68
3.1 - Externas voltadas p/
o sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 26 3,5 68,77 84 50 5776,68
3.3 - Interna // ambientes
ñ cond. 0 33 0
Tipo IV - Teto Compr. Largura Total 8736
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 14 12 168 52 8736
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Tipo V - Piso Compr. Largura Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 1890
Em Atividade Normal 3 630 1890
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 2305,236
Lâmpadas
(Fluorescentes ) 1147,5 W 2 2295
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 3 W 3,412 10,236
Tipo VIII - Portas ou Largura Altura Total 0
115

vãos
Abertos constantemente 0 630 0
43827,81
SubTotal 6

Fator Climático
da região 0,85

Carga Térmica 35316,4


Total Btu/h 5413
116

Tabela 86 - Cálulo de carga térmica para sala 4066

Sala: 4066
Unid.x
Calor recebido de: Unidades Fatores Fator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Ext. 2272,4
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 1,9 1,3 2,47 2100 920 630 2272,4
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 518,7
2.1 - Vidro comum 1,9 1,3 2,47 210 518,7
2.2 - Tijolo de vidro/
vidro duplo 0 105 0
Cons.
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Pesada 968,52
3.1 - Externas voltadas p/
o sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 4 3,5 11,53 84 50 968,52
3.3 - Interna // ambientes
ñ cond. 0 33 0
Tipo IV - Teto Compr. Largura Total 884
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 17 52 884
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Tipo V - Piso Compr. Largura Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 1260
Em Atividade Normal 2 630 1260
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 309,412
Lâmpadas (Fluorescentes) 153 W 2 306
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 1 W 3,412 3,412
Tipo VIII - Portas ou
vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
117

SubTotal 6213,032

Fator
Climático da
região 0,85
Carga
Térmica 5006,4611
Total Btu/h 86
118

Tabela 87 - Cálulo de carga térmica para sala 4068

Sala: 4068
Unid.x
Calor recebido de: Unidades Fatores Fator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Ext. 2272,4
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 1,9 1,3 2,47 2100 920 630 2272,4
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 518,7
2.1 - Vidro comum 1,9 1,3 2,47 210 518,7
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Cons.
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Pesada 968,52
3.1 - Externas voltadas p/
o sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 4 3,5 11,53 84 50 968,52
3.3 - Interna // ambientes
ñ cond. 0 33 0
Tipo IV - Teto Compr. Largura Total 884
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 0 17 52 884
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Tipo V - Piso Compr. Largura Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 1260
Em Atividade Normal 2 630 1260
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 309,412
Lâmpadas (Fluorescentes) 153 W 2 306
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 1 W 3,412 3,412
Tipo VIII - Portas ou
vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
119

SubTotal 6213,032

Fator
Climático da
região 0,85
Carga
Térmica 5006,461
Total Btu/h 186
120

Tabela 88 - Cálulo de carga térmica para sala 4070

Sala: 4070
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 20451,6
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 5,7 3,9 22,23 2100 920 630 20451,6
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 4668,3
2.1 - Vidro comum 5,7 3,9 22,23 210 4668,3
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 1513,68
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 11,5 3,5 18,02 84 50 1513,68
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 2704
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 0 52 52 2704
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 3150
Em Atividade Normal 5 630 3150
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 921,412
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 459 W 2 918
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 1 W 3,412 3,412
Tipo VIII - Portas ou Largura Altura Total 0
121

vãos
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 33408,992

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 26920,96575
122

Tabela 89 - Cálulo de carga térmica para sala 4065

Sala: 4065
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 21736
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 7,6 5,2 39,52 1130 550 360 21736
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 8299,2
2.1 - Vidro comum 7,6 5,2 39,52 210 8299,2
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 8692,32
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 12 3,5 42 55 42 2310
3.2 - Externas outras
orientações 33 3,5 75,98 84 50 6382,32
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 13000
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 0 250 52 13000
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 13000
Piso não colocado sobre o
solo 250 52 13000
Tipo VI - Pessoas 37800
Em Atividade Normal 60 630 37800
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 3373,364
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 1606,5 W 2 3213
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 47 W 3,412 160,364
Tipo VIII - Portas ou Largura Altura Total 0
123

vãos
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 105900,884

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 85334,93233
124

Tabela 90 - Cálulo de carga térmica para sala 4078

Sala: 4078
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 21736
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 7,6 5,2 39,52 1130 550 360 21736
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 8299,2
2.1 - Vidro comum 7,6 5,2 39,52 210 8299,2
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 8692,32
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 12 3,5 42 55 42 2310
3.2 - Externas outras
orientações 33 3,5 75,98 84 50 6382,32
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 18000
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 0 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 250 72 18000
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 13000
Piso não colocado sobre o
solo 250 52 13000
Tipo VI - Pessoas 37800
Em Atividade Normal 60 630 37800
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 3356,304
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 1606,5 W 2 3213
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 42 W 3,412 143,304
125

Tipo VIII - Portas ou


vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 110883,824

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 89350,18538
126

Tabela 91 - Cálulo de carga térmica para sala 4076

Sala: 4076
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 20451,6
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 5,7 3,9 22,23 2100 920 630 20451,6
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 4668,3
2.1 - Vidro comum 5,7 3,9 22,23 210 4668,3
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 5776,68
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 26 3,5 68,77 84 50 5776,68
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 12096
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 168 72 12096
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 8736
Piso não colocado sobre o
solo 168 52 8736
Tipo VI - Pessoas 31500
Em Atividade Normal 50 630 31500
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 1805,832
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 841,5 W 2 1683
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 36 W 3,412 122,832
127

Tipo VIII - Portas ou


vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 85034,412

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 68520,72919
128

Tabela 91 - Cálulo de carga térmica para sala 4077

Sala: 4077
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 9089,6
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 3,8 2,6 9,88 2100 920 630 9089,6
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 2074,8
2.1 - Vidro comum 3,8 2,6 9,88 210 2074,8
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 1228,08
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 7 3,5 14,62 84 50 1228,08
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 2376
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 33 72 2376
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 1716
Piso não colocado sobre o
solo 33 52 1716
Tipo VI - Pessoas 1260
Em Atividade Normal 2 630 1260
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 618,824
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 306 W 2 612
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 2 W 3,412 6,824
Tipo VIII - Portas ou Largura Altura Total 0
129

vãos
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 18363,304

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 14797,15036
130

Tabela 92 - Cálulo de carga térmica para sala 4086

Sala: 4086
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 20451,6
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 5,7 3,9 22,23 2100 920 630 20451,6
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 4668,3
2.1 - Vidro comum 5,7 3,9 22,23 210 4668,3
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 1513,68
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 55 42
3.2 - Externas outras
orientações 11,5 3,5 18,02 84 50 1513,68
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 2704
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 0 52 52 2704
4.4 - Sob telhado isolado 0 72 0
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 3150
Em Atividade Normal 5 630 3150
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 1441,06
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 712 W 2 1424
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 5 W 3,412 17,06
Tipo VIII - Portas ou Largura Altura Total 0
131

vãos
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 33928,64

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 27339,69811
132

Tabela 93 - Cálulo de carga térmica para sala 25648

Sala: 25648
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 5434
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 3,8 2,6 9,88 1130 550 360 5434
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 2074,8
2.1 - Vidro comum 3,8 2,6 9,88 210 2074,8
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 3094,28
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 10 3,5 35 55 42 1925
3.2 - Externas outras
orientações 6,8 3,5 13,92 84 50 1169,28
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 4852,8
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 67,4 72 4852,8
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 15750
Em Atividade Normal 25 630 15750
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 1352,8
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 633,75 W 2 1267,5
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 25 W 3,412 85,3
Tipo VIII - Portas ou Largura Altura Total 0
133

vãos
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 32558,68

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 26235,78434
134

Tabela 94 - Cálulo de carga térmica para sala 25649

Sala: 25649
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 1358,5
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 1,9 1,3 2,47 1130 550 360 1358,5
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 518,7
2.1 - Vidro comum 1,9 1,3 2,47 210 518,7
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 1595,16
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 0 0 55 42 0
3.2 - Externas outras
orientações 3,46 3,5 9,64 84 50 809,76
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 6,8 3,5 23,8 33 785,4
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 2800,8
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 38,9 72 2800,8
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 1890
Em Atividade Normal 3 630 1890
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 462,324
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 227,75 W 2 455,5
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 2 W 3,412 6,824
135

Tipo VIII - Portas ou


vãos Largura Altura Total 1890
Abertos constantemente 6 0,5 3 630 1890
SubTotal 10515,484

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 8473,377007
136

Tabela 95 - Cálulo de carga térmica para sala 25649.1

Sala: 25649.1
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ Largur S/ Proteção
isolação a Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 1358,5
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 1,9 1,3 2,47 1130 550 360 1358,5
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas Largur
Transmissão a Altura Total 518,7
2.1 - Vidro comum 1,9 1,3 2,47 210 518,7
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Largur
Tipo III - Paredes a Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 774,48
3.1 - Externas voltadas p/
o sul 0 0 0 55 42 0
3.2 - Externas outras
orientações 3,34 3,5 9,22 84 50 774,48
3.3 - Interna // ambientes
ñ cond. 0 0 0 33 0
Tipo IV - Teto Compr. Largura Total 750,2976
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
10,420
4.4 - Sob telhado isolado 8 72 750,2976
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Tipo V - Piso Compr. Largura Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 630
Em Atividade Normal 1 630 630
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 203,412
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 100 W 2 200
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 1 W 3,412 3,412
Tipo VIII - Portas ou Largur Altura Total 0
137

vãos a
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 4235,3896

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 3412,87694
138

Tabela 96 - Cálulo de carga térmica para sala 25649.2

Sala: 25649.2
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 0
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 0 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 0
2.1 - Vidro comum 0 0 0 210 0
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 0
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 0 0 55 42 0
3.2 - Externas outras
orientações 0 0 0 84 50 0
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 0 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 807,84
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 11,22 72 807,84
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 630
Em Atividade Normal 1 630 630
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 203,412
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 100 W 2 200
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 1 W 3,412 3,412
139

Tipo VIII - Portas ou


vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 1641,252

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 1322,520862
140

Tabela 97 - Cálulo de carga térmica para sala 25650

Sala: 25650
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Largur S/ Proteção
Tipo I - Janelas c/ isolação a Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 5434
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 3,8 2,6 9,88 1130 550 360 5434
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas Largur
Transmissão a Altura Total 2074,8
2.1 - Vidro comum 3,8 2,6 9,88 210 2074,8
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Largur
Tipo III - Paredes a Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 1954,68
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 0 0 0 55 42 0
3.2 - Externas outras
orientações 6,8 3,5 13,92 84 50 1169,28
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 6,8 3,5 23,8 33 785,4
Tipo IV - Teto Compr. Largura Total 3895,2
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 54,1 72 3895,2
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Tipo V - Piso Compr. Largura Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 14490
Em Atividade Normal 23 630 14490
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 1079,976
Lâmpadas ( Fluorescentes ) 500,75 W 2 1001,5
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 23 W 3,412 78,476
Tipo VIII - Portas ou vãos Largur Altura Total 0
141

a
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 28928,656

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 23310,711
142

Tabela 98 - Cálulo de carga térmica para sala 25651

Sala: 25651
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 5434
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 3,8 2,6 9,88 1130 550 360 5434
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 2074,8
2.1 - Vidro comum 3,8 2,6 9,88 210 2074,8
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 3542,28
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 8,4 3,5 29,4 55 42 1617
3.2 - Externas outras
orientações 6,7 3,5 13,57 84 50 1139,88
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 6,8 3,5 23,8 33 785,4
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 4032
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 56 72 4032
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 14490
Em Atividade Normal 23 630 14490
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 1152,976
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 537,25 W 2 1074,5
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 23 W 3,412 78,476
143

Tipo VIII - Portas ou


vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 30726,056

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 24759,05592
144

Tabela 99 - Cálulo de carga térmica para sala 25647

Sala: 25647
Calor recebido de: Unidades Fatores Unid.xFator
Tipo I - Janelas c/ S/ Proteção
isolação Largura Altura Total Proteção Int. Proteção Ext. 0
1.1 - Norte 0 1000 480 290 0
1.2 - Nordeste 0 1000 400 290 0
1.3 - Leste 0 0 0 1130 550 360 0
1.4 - Sudeste 0 840 360 290 0
1.5 - Sul 0 0 0 0 0
1.6 - Sudoeste 0 1680 670 480 0
1.7 - Oeste 0 2100 920 630 0
1.8 - Noroeste 0 1500 630 400 0
Tipo II - Janelas
Transmissão Largura Altura Total 0
2.1 - Vidro comum 0 0 0 210 0
2.2 - Tijolo de vidro/ vidro
duplo 0 105 0
Tipo III - Paredes Largura Altura Total Constr. Leve Cons. Pesada 5307,4
3.1 - Externas voltadas p/ o
sul 6,8 3,5 23,8 55 42 1309
3.2 - Externas outras
orientações 13,6 3,5 47,6 84 50 3998,4
3.3 - Interna // ambientes ñ
cond. 0 0 0 33 0
Largur
Tipo IV - Teto Compr. a Total 3276
4.1 - Laje 0 315 0
4.2 - Em laje, c/2,5 cm de
isolação ou mais 0 125 0
4.3 - Entre andares 0 52 0
4.4 - Sob telhado isolado 45,5 72 3276
4.5 - Sob telhado sem
isolação 0 160 0
Largur
Tipo V - Piso Compr. a Total 0
Piso não colocado sobre o
solo 0 52 0
Tipo VI - Pessoas 6300
Em Atividade Normal 10 630 6300
Tipo VII - Iluminação e
aparelhos 459
Lâmpadas
( Fluorescentes ) 229,5 W 2 459
Aparelhos Elétricos 0 KW 860 0
Motores 0 HP 645 0
Número de Computadores 0 W 3,412 0
145

Tipo VIII - Portas ou


vãos Largura Altura Total 0
Abertos constantemente 0 630 0
SubTotal 15342,4

Fator Climático
da região 0,85
Carga Térmica
Total Btu/h 12362,90592

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