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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

RELATÓRIO Nº1
(Experimentos I e II)
MEDIDAS ELÉTRICAS

Nome: Natália de Matos Assis


Prof. Clayton Ricarte

Fortaleza, 13 de janeiro de 2012

Sumário
Experimento 01

Introdução Teórica .......................................................................................................................03


Tipos de Montagem .....................................................................................................................03
O efeito Pelicuar ou Skin .............................................................................................................05
O efeito da temperatura na resistência elétrica.............................................................................05
Completando a Tabela .................................................................................................................06
Propagação do Erro......................................................................................................................07
Determinando uma Potência.........................................................................................................09
O Experiemnto do Laboratório.....................................................................................................09
Objetivo........................................................................................................................................11
Material Empregado.....................................................................................................................12
Teste.............................................................................................................................................12
O Teste da Lâmpada Incadescente..............................................................................................15

Experimento 02
Introdução Teórica ......................................................................................................................16
Magnetismo..................................................................................................................................16
Ferromagnetismo..........................................................................................................................17
Curva de Magnetização e Saturação Magnética – Curva de Histerese .......................................18
Perdas por correntes de Focault....................................................................................................20
Ferrorressonância.........................................................................................................................21
A Saturação Magnética e sua relação com a Indutância..............................................................22
O Experimento..............................................................................................................................23
Objetivo........................................................................................................................................23
Vamos Comparar..........................................................................................................................28
O Script.........................................................................................................................................29
Gráficos........................................................................................................................................30

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INTRODUÇÃO

Introduzindo o estudo feito durante os experimentos, vêm algumas definições


importantes que necessitaremos para melhor compreensão de cada experimento.

Indutor

Indutores são elementos ou dispositivos armazenadores de energia na forma de


campo magnético. Este dispositivo é produzido com um núcleo feito de material
ferromagnético e uma bobina de material condutor, onde na maioria dos casos, é usado
fio de cobre. O núcleo deve ser produzido com material ferromagnético, pois, aumenta a
indutância, concentrando as linhas de força de campo magnético que fluem pelo interior
das espiras.
Há uma relação entre a tensão nos extremos do indutor e a corrente que circula
por ele. Este tipo de indutor é o chamado ideal por não apresentar qualquer resistência
no fio, nem mesmo a capacitância entre as espiras. Seu núcleo é de ar.

Ilustração representativa acadêmica do indutor

Tipos de aparelhos de medição

Amperímetro: é um instrumento utilizado para fazer a medida da intensidade no fluxo da


corrente elétrica que passa através da sessão transversal de um condutor. A unidade usada é
o Ampère. Para aferir a corrente que passa por alguma região de algum circuito, deve-se
colocar o amperímetro em série com esta, sendo necessário abrir o circuito no local da
medida.

Voltímetro: é um aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois


pontos de um circuito elétrico. O voltímetro perfeito é aquele que apresenta uma
resistência interna infinita. Ele é disposto em paralelo com o elemento de circuito da
corrente elétrica que se deseja medir.

Wattímetro: O wattímetro é um instrumento desenvolvido para medição de potência


elétrica fornecida ou dissipada por um elemento. Um Wattímetro é considerado ideal
quando medir a tensão sem desvio de qualquer fluxo de corrente, e medir a corrente sem
introduzir qualquer queda de tensão aos seus terminais.

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Tipos de Montagem
 
Durante nossos estudos, no laboratório, estudamos dois tipos de montagem. São elas:

 Montagem a Montante

Este tipo de montagem se adéqua mais para medições de corrente. Na montagem a


montante, tensão será alterada, pois, a resistência total será a resistência da carga com a
resistência do amperímetro. Isso acontece porquê a resistência dos aparelhos de medição devem
ser levadas em consideração para se obter valores de medição com exatidão.
Ao verificarmos as resistências internas, perceberemos que o valor mostrado pelo
voltímetro será diferente do valor de tensão da fonte, com isso, o valor da resistência
interna, causada pelo amperímetro posicionado em série com a resistência do circuito, se
somará com o valor da própria resistência ocasionando uma alteração na medição.
U2
- +
1 A
0.000
3
DC 1e-009 W

V1 + U1 R1
12 V 0.000 V DC 10M W 1kΩ
-

O Voltímetro vem em paralelo primeiro no circuito e o Amperímetro está em série.

Expressando o valor da resistência de forma matemática, teremos:

Rm=R+ Ram
Portanto, o valor da tensão, será:
Um=( R+ Ram ) x ℑ, onde ℑ = I
O erro absoluto será calculado pela fórmula:
Δ R=Rm−R=Ram
O erro relativo será calculado pela fórmula:
Δ R Ram
ε 1= =
R R
Onde:
Rm é a resistência calculada para a Montagem a Montante.
Ram é a resistência do amperímetro.
Δ R é o erro absoluto.
ε 1 é o erro relativo.
Sendo assim, conclui-se que na Montagem a Montante devemos empregá-la para medir
resistências onde R ≫ Ram.

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Montagem a Jusante
Este tipo de montagem se adéqua mais para medição de tensão. Na montagem a jusante,
a corrente será maior, pois, a resistência do resistor juntamente com a resistência do voltímetro,
vai estar em paralelo. Geralmente, é utilizado para resistências baixas.
Com a existência das resistências internas contidas no voltímetro e no amperímetro,
haverá alteração nas medidas. A resistência interna do voltímetro, colocada em paralelo
com a carga, ocasionará em uma diminuição no valor total da resistência, causando assim,
um aumento no valor nominal da corrente.
U3
+ -
2
0.000 A

1
DC 1e-009 W + U1
0.000 V DC 10M W R1
- 1kΩ
12 V V1
3

Na montagem a jusante, o amperímetro está em série e o voltímetro vem em paralelo no


circuito.

Expressando o valor da resistência de forma matemática, temos:

Uj
Rj=
Ij

Sendo assim, obteremos as seguintes fórmulas:

Uj R
Uj=R x I e I 2=I + , logo: Ij=I +
Rv Rv x I

Concluímos assim que, para o cálculo da resistência teremos a seguinte fórmula:

R R
Rj= +
I Rv

Para calculo do erro absoluto, teremos:

−R2
Δ R=Rj−R →
R+ Rv

Para o cálculo do erro relativo:

ε 2= | ΔRR|→ ΔRR + R
E para R≪ Rv , teremos:

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R
ε 2=
Rv

Onde:

Rv é resistência do Voltímetro.

Sendo assim, conclui-se que na Montagem a Jusante dará um erro por defeito, ou seja,
devemos utilizá-la para medir resistência R≪ Rv .

Contudo, concluímos que para primeiro experimento (Indutor Linear), a montagem que mais
se adéqua é a Montante, pois, é mais precisa em sua exatidão e dará resultados mais próximos
do real do enrolamento série. Além disso, a ordem de grandeza da resistência desse enrolamento
é superior à ordem de grandeza da resistência do amperímetro. Já na Montagem a Jusante, o
erro causará mais danos numa resistência muito alta.
Efeito Peculiar ou Efeito Skin

Efeito Pelicular ou Skin é um efeito realizado pela repulsão entre linhas de


corrente eletromagnética, causando assim, um fluxo na superfície do condutor elétrico. Ele
também é responsável pelo aumento da resistência do condutor e diminuição da indutância
interna. Este efeito é proporcional à intensidade de corrente, frequência e das características
magnéticas do condutor, como condutividade σ e permeabilidade magnética µ.

É frequentemente encontrado em sistemas de corrente alternada, pois a corrente CA tende a


passar mais pela superfície do condutor do que pelo seu centro e por isso a resistência do
condutor será maior para frequências mais altas, já que possuem menos espaço físico para
circular uma corrente de maior frequência.

A corrente CA tende a passar em maior quantidade pela superfície do condutor, pois o campo
magnético no centro do condutor sofre um retardo em relação às rápidas mudanças de amplitude
da corrente, por isso, o campo magnético interno do condutor “joga” a corrente para fora, ou
seja, para a sua superfície. Quanto maior a freqüência, maior será o retardo do campo magnético
e, conseqüentemente, maior será o fluxo da corrente na parte externa do condutor.

O Efeito Peculiar é prejudicial para as linhas de transmissão, pois se a potência é elevada tem-se
uma grande perda na linha devido à dissipação de energia na resistência da mesma.Devido os
prejuízos ao fator Q dos circuitos ressonantes por conta do aumento da reatância é prejudicial
também para bobinas e transformadores.No mercado, o uso fio de Litz que consiste em um cabo
formado por muitos condutores de pequena seção isolados uns dos outros e unidos nas
extremidadespode reduzir o Efeito Skin.

O efeito da temperatura na resistência elétrica


O aumento da temperatura de um condutor pode ser provocado tanto pela absorção de calor do
ambiente como pela corrente que circula por ele.Devido o aumento da temperatura,algumas
partículas do condutor começam a vibrar com
maior intensidade, e com isso aumenta a
possibilidade de ocorrer choques entre as

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partículas que estão na corrente elétrica, ou seja, ocorre um aumento da resistência elétrica.Isso,
geralmente, ocorre com os metais, porém em algumas ligas metálicas, como por exemplo, a
magnânima e a niquelina,suas resistências continuam constantes com a temperatura como você
pode observar no gráfico ao lado: 

O aumento da Temperatura e suas conseqüências na resistência de certos materiais.

Pode- se calcular o valor da resistência elétrica em relação a temperatura do meio a partir da


seguinte fórmula:

R=Rο ¿)
Onde:

Rο = resistência elétrica na temperatura inicial


α =coeficiente de temperatura do material
ΔΘ =variaçao de temperatura

Também com a temperatura alta, o número de elétrons livres que compõe um material condutor
aumenta e deixa seus átomos de origem para passar a fazer parte de uma nuvem eletrônica.
Logo, a densidade dos elétrons aumenta a corrente passa a ser mais intensa, e a resistência
elétrica diminui. Isso pode ser verificado em materiais como o grafite e as soluções eletrolíticas,
como você pode observar no gráfico acima.

Também podemos observar que existe uma relação linear entre a temperatura e a resistência
na faixa de temperatura na qual o material condutor é normalmente usado e montarmos o
seguinte gráfico:

Podemos observar que a curva passa a ser não-


linear quando a resistência se aproxima de zero,
uma linha reta pode ser excedida como uma
continuação da parte reta da curva. A curva
excedida intercepta o eixo de temperatura no
ponto Ti chamado de temperatura inferida de
resistência zero ou zero absoluto inferido ( 
Ti = -234,5 °C para cobre recozido).

Gráfico Resistência X Temperatura de m material condutor

Completando a tabela ...

Numa experiência, a medida das correntes ( I 1 e I 2), repetida 5 vezes e fornecendo a Tabela. (3).
As correntes I 1 e I 2 chegam num nó de onde sai a corrente I 3.No relatório 01, deve-se
completar essa Tabela 03 com os valores que devemos calcular e responder os itens abaixo:

n1 I1[A] ∆I[A] n2 I2 [A] ∆I [A]


1 2, 21 0,03 1 1,35 0,01
2 2,26 0,02 2 1,36 0,02
3 2,24 0 3 1,32 0,02
Natália de Matos 4Assis 2,22 0,02 4 1,30 0,04 Medidas Elétricas
IFCE – Integrado5Eletrotécnica
2,27 0,03 5 1,37 Prof. Clayton Ricarte
0,03
n1 = 5 ∑ I1k ∑|∆I1k| n2 = 5 ∑ I2k ∑|∆I2k|
(a) Calcular o valor médio das correntes I1 e I2 .
(V 1+V 2+…+V n)
V médio=
n

(2,21+2,26+2,24 +2,22+2,27)
Vm do I 1=
5
11,2
Vm= →Vm=2,24
5

(1,35+1,36+1,32+1,30+1,37)
Vm do I 2=
5
6,7
Vm= → Vm=1,34
5

(b) Calcular o desvio médio.

d n=¿V n−V médio∨¿


(d 1+ d 2+…+ d n)
d médio=
n

No nó 1:
d 2,21=¿ 2,21 – 2,24∨¿ 0,03
d 2,26=¿2,26 – 2,24∨¿ 0,02
d 2,24=¿ 2,24 – 2,24∨¿ 0
d 2,22=¿ 2,22 – 2,24∨¿ 0,02
d 2,27=¿2,27 – 2,24∨¿ 0,03
(0,03+ 0,02+ 0+0,02+0,03)
dmédio= =0,02
5

No nó 2:
d 1,35=¿ 1,35 – 1,34∨¿ 0,01
d 1,36=¿ 1,36 – 1,34∨¿ 0,02
d 1,36=¿ 1,32 – 1,34∨¿ 0,02
d 1,32=¿ 1,30 – 1,34∨¿ 0,04
d 1,37=¿1,37 – 1,34∨¿ 0,03
(0,01+0,02+0,02+ 0,04+0,03)
dmédio= =0,02
5

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(c) Escrever o resultado final do experimento.

I 1=2,24 ± 0,02
I 2=1,34 ± 0,02

Propagação do Erro
Um dos princípios básicos da física diz:

“Não se pode medir uma grandeza física com precisão absoluta”.

Portanto, devemos calcular como o erro se propaga para poder determinar, da melhor forma
possível, um número aproximado daquele que é o verdadeiro valor medido. Podemos classificar
o erro em:

Erros sistemáticos: são falhas do método e do material empregado ou da apreciação do


operador. Ocorre por exemplo em que o operador sempre superestima ou sempre subestima os
valores da medida. Outro exemplo é quando o consumo de energia do aparelho e as variações
das características físicas da energia e dos componentes do circuito interferem na leitura.

Erros constantes: são erros invariáveis em amplitude e polaridade devido a imprecisões


instrumentais. E pode ser corrigido pela comparação com um padrão conhecido pela medida.

Erro grosseiro: São erros que ocorrem pelo operador no ato da leitura do aparelho, são erros
como: troca na posição de algarismo, posicionamento incorreto da vírgula. E se percebe o erro,
após uma análise cuidadosa dos dados ou a repetição do ensaio por outro operador .

Erros acidentais ou aleatórios: Uma mesma pessoa, com os mesmo aparelhos e realizando o
mesmo ensaio não realizará a mesma leitura. Isso depende de um fator de um fator
incontrolável, o “fator sorte”.São todos os erros restantes, possuem polaridade e amplitude
variáveis e não seguem uma lei sistemática.. Ocorre mais por imperícia do operador.

Neste relatório, apresentarei como o erro se propaga na:

SOMA
Seja S = A+ B
Y = A ± ΔA*; X = B ± ΔB

O valor de S máximo será: S = (A +ΔA) + (B + ΔB) → (A +B) + (ΔA +ΔB)


O menor valor de s será: S = (A - ΔA) + (B - ΔB) → (A + B) – (ΔA + ΔB)

SUBTRAÇÃO

Seja Su = A – B
Y = A ± ΔA*; X = B ± ΔB

O maior valor de Su será: Su = (A + ΔA) + (B + ΔB) → (A + B) + (ΔA + ΔB)


O menor valor de Su será : Su = (A – ΔA) + (B – ΔB) →(A + B) – (ΔA + ΔB)
MULTIPLICAÇÃO

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Seja M = A X B
Y = A ± ΔA*; X = B ± ΔB

O valor de M : M : (A x ΔB) + (B x ΔA)

DIVISÃO

A
Seja D =
B
Y = A ± ΔA*; X = B ± ΔB

ΔA ∆ B A
O valor de D será: ( + )x
A B B

POTENCIAÇÃO

Seja P = X n

( X ± ∆ X ) N = ( X )N ± N . X N −1 . ∆ X

*(isso significa que a pode variar de A - ΔA até A+ΔA, isso vale para todos os outros casos
aqui apresentados )

Determinando uma potência


No relatório 01,devemos determinar as potências através das medidas de tensão
U =12,13± 0,03 V e de corrente I =9,35 ± 0,05 A . Portanto, temos que:

Vamos calcular potência:

P=V . I

Para calcular a potência, temos que:

P=12,13 x 9,35=¿

P=113,4 W

Para calcular o Erro :

∆ ( U . I )=U . ∆ I + I . ∆U

12,13 x 0,05+ 9,35 x 0,03

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∆ (U . I )=0,88 W

Ou seja, P=113,4 ± 0,88W .

O Experimento do Laboratório ...


É importante conhecer as unidades de medida que iremos utilizar na demonstração do
experimento laboratorial, por isso represento a tabela a seguir:

Grandezas Unidade Simbologia


Tensão Volt [V]
Corrente elétrica Ampére [A]
Resistência elétrica Ohm [Ω]
Potência Watt [W]
Carga Coulomb [C]
Capacitância Farad [F]
Indutância Henry [H]
Condutância Siemens [S]
Energia Joule [J]
Frequência Hertz [Hz]

Além disso, é importante conhecermos os instrumentos que aqui utilizaremos, eles são:

→Wattímetro:O wattímetro é a combinação de um voltímetro e um


amperímetro. A corrente medida é multiplicada pela tensão, também
medida, e o resultado é a potência.Ele é composto por três ou
quatro ponteiras através das quais devem ser ligadas em série e em
paralelo. As ponteiras que são ligadas em paralelos são responsáveis
em medir a tensão na qual o equipamento está submetido e as ponteiras
em série a corrente.Ao lado você pode ver um exemplo de Wattímetro.

→Amperímetro: Instrumento utilizado para medida da corrente


elétrica (amperagem) composto por duas ponteiras através da qual
devem ser ligadas em série fazendo com que a corrente passe por
dentro do instrumento. Tem como característica uma impedância de
entrada baixa.Ele funciona baseado na indução magnética que a
passagem de corrente ocasiona sobre determinado sensor, denominado
galvanômetro. Em amperímetros digitais, o galvanômetro é um circuito
eletrônico que compara o valor de corrente medido com um valor de

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corrente pré-determinado gerado pelo próprio aparelho.A figura ao lado representa um
amperímetro.

→Voltímetro: Instrumento utilizado para medida da tensão elétrica (voltagem) composto por
duas ponteiras através da qual devem ser ligadas em paralelo pois mede a diferença de potencial
entre dois pontos. Tem como característica uma impedância de entrada elevada (em geral da
ordem de dezenas, centenas de megaohms), diferente do amperímetro, para drenar uma corrente
mínima do circuito a ser medido. De modo geral, considera-se sua resistência interna infinita. A
figura ao lado representa um Voltímetro.

Após realizada um estudo sobre as grandezas e os aparelhos que iremos utilizar em nosso
experimento, é importanta também definirmos alguns conceitos técnicos.Eles são:

Aferição: Ele possui um caráter passivo, ou seja,


É bom saber
pode existir um erro, mas esse não será
corrigido.Denominamos como sendo a comparação O que é medir?
do valor lido com o valor padrão.
A medição consiste na comparação
Padrão: Ele pode ser um instrumento ou um de grandezas de mesma espécie, que
elemento e serve para definir, conservar e reproduzir por sua vez, possuem um padrão
quais são os elementos básicos da medida de uma único e comum entre eles.Grandeza é
determinada grandeza. tudo ‘aquilo’ que pode ser medido.

Calibração: Ele se define como o ajuste do valor lido


com o valor padrão.Diferentemente da Aferição, ele
possui um caráter ativo e, logo, o erro será corrigido.

Exatidão: Pode ser definida sendo a característica que o instrumento de medida possui entre o
valor de medida observada e o valor de referência aceito com o verdadeiro.

Precisão: Ela possui referência como o maior e o menor valor medido, geralmente, em classes
decimais.Ou seja, ele revela o rigor, a exatidão com o que o instrumento de medida possui em
indicar o valor de certa grandeza.

Valor de Plena Escala ou Fim de Escala: Consiste no maior valor que o instrumento de
medida é capaz de averiguar.

Classe de Exatidão: Garantido pelo fabricante do instrumento, ele nada mais é do que o erro
que pode ser cometido pelo instrumento durante qualquer medição realizado pelo instrumento.
Ele chama-se índice de classe, e é considerado uma classificação de medida para designar-se a
sua exatidão.

Índice de Classe: É o número, que deve ser tomado com porcentagem do valor de plena escala,
que designa a classe de exatidão.

Sensibilidade: Consiste na relação de tempo entre a resposta ou sinal de saída do instrumento a


alguma mudança de medida ou sinal de entrada.

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Escala de um instrumento: é o intervalo de valores que, geralmente, vai de zero a té um valor
máximo (calibre ou valor de plena escala), que o instrumento é capaz de medir.

Depois dessas explanações sobre como alguns conceitos técnicos importantes, aparelhagem e
grandezas, simbologia e unidades, partiremos para o nosso 1° Experimento – Indutor Linear.

Experimento 01 - Indutor Linear

Objetivo

Esse experimento tem por objetivo determinar os parâmetros, e logo, o circuito equivalente de
um indutor (sem saturação e em baixa freqüência.).Familiarizar-se com o Método de Medição
Direta e calcular a propagação do erro (nas montagens apresentadas anteriormente). Acostumar
na utilização de instrumentos de medição, como: Wattímetro, Amperímetro e Voltímetro.
Escolher o melhor calibre em cada caso apresentado. Realizar Testes CC e CAcom as suas
respectivas Montagens a Jusante e Montagens a Montante. Calcular a Resistência Elétrica
(através da média aritmética), a Indutância (através da média geométrica) e a Potência Elétrica
nos ensaios aqui apresentados.Realizar os cálculos dos seus devidos erros.Discutir o Resultado
Final nas montagens mencionadas anteriormente.

Material Empregado

Nos ensaios laboratoriais realizados previamente na sala de aula, utilizamos os seguintes


instrumentos de medição e componentes: Voltímetro CC e CA , Amperímetro, Fonte CC e CA
ajustável e Indutor Linear.

É bom saber ....

Como calcular o valor medido?

Para calcular o valor, após realizarmos o teste, realizamos o seguinte cálculo:

calibre
Valor medido= X Leitura
Fim de escala

Obs: Nos experimentos que seguem, realizamos esse cálculo em todos os casos.

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É bom saber....

Para que a medição seja realizada na mais perfeita ordem é necessário ser realizar
alguns procedimentos básicos, como:

→Verificar se o cursor da fonte (CC e CA) está na posição zero a fim de evitar
acidentes na troca dos enrolamentos ao fim de cada medição;

→Voltímetro e amperímetro devem ser monitorados para que não ultrapassem os


valores de fim de escala dos mesmos;

Teste CC
TESTE CC V ± ∆ v (V) I ± ∆ I (A) R ± ∆ R (Ω)
Montagem a Montante 4,6 ± 0,15 0,276 ± 0,0045 16,67 ± 0,82
Montagem a Jusante 4,8 ± 0,15 0,297 ± 0,0045 16,17 ± 0,75

Montagem a Montante
Voltímetro CC

δV = 0,5% ; calibre: = 30V ; Fim de Escala: 150V


0,5 30
∆V = X 30=0,15 V (desvio) V= X 23=4,6V (Valor Real)
100 150

Amperímetro CC

δA = 1,5% ; calibre = 0,3A ; Fim de Escala: 100A


1,5 0,3
∆ I= X 0,3=0,0045 A (desvio) I= X 92=0,276 A (Valor Real)
100 100

Resistência

Vmáx 4,6+0,15 Vmin 4,6−0,15


Rmáx= = =17,49 Ω Rmin= = =15,86Ω
Imin 0,276−0,0045 Imáx 0,276+ 0,0045

Rmáx + Rmin 17,49+15,86


R= = =16,67Ω (Valor Real)
2 2

Rmáx −Rmin 17,49−15,86


Δ R= = =0,82Ω (Desvio)
2 2

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Montagem a Jusante

Voltímetro CC

δV = 0,5% ; calibre = 30V ; Fim de Escala: 150 V


0,5 30
∆V = X 30=0,15 V (desvio) V= X 24=4,8 V (Valor Real)
100 150

Amperímetro CC

δA = 1,5% ; calibre = 0,3A ; Fim de Escala: 100A


1,5 0,3
∆ I= X 0,3=0,0045 A (desvio) I= X 99,1=0,297 A
100 100

Resistência

4,8+ 0,15 4,8−0,15


Rmáx= =16 , 92Ω Rmin= =15,42 Ω
0,297−0,0045 0,297+0,0045

Rmáx + Rmin 16,92+15,42


R= = =16,17 Ω (Valor Real)
2 2

Rmáx −Rmin 16,92−15,42


Δ R= = =0,75 Ω (Desvio)
2 2

TESTE CA
TESTE CC V ± ∆ v (V) I ± ∆ I (A) L ± ∆ L (H)
Montagem a Montante 114 ±0,75 0,36 ± 0,025 0,84 ± 0,06
Montagem a Jusante 117,8 ± 0,75 0,375 ± 0,025 0,83 ± 0,06

Montagem a Montante

Voltímetro CA

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δV = 0,5% ; calibre: = 150V ; Fim de Escala: 150V
0,5 150
∆V = X 150=0,75 V (desvio) V= X 114 =114 V (Valor Real)
100 150

Amperímetro CA

δA = 2,5% ; calibre = 1,0A ; Fim de Escala: 100A


2,5 1,0
∆ I= X 1,0=0,0045 A (desvio) I= X 36=0,36 A (Valor Real)
100 100

Indutância
Vmáx 114+ 0,75
Zmáx= = =342,53 Ω
Imin 0,36−0,025

Vmin 114−0,75
Z X Zmix= = =294,15 Ω
Imáx 0,36+0,025

Xmáx =√ Zmáx 2− √ Rmin2 → √ 342,532−15,862=342,15 Ω

Xmix=√ Zmix2− √ Rmax 2 → √ 294,152−17,492=293,62 Ω

Xmáx 342,15
Xmáx =ϖLmáx → Lmáx= → =0,90 H
2 πf 2 X 3,14 X 60

Xmin 293,62
Xmin=ϖLmin → Lmin= → =0,77 H
2 πf 2 X 3,14 X 60

Lmáx + Lmin 0,90+0,77


L= = =0,84 H (Valor Real)
2 2

Lmáx −Lmin 0,90−0,77


Δ L= = =0,07 H (Desvio)
2 2

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O Teste da Lâmpada Incandescente

No laboratório também foi realizado um Teste CA com uma Lâmpada Incandescente. Para
esse experimento apresento os seguintes gráficos:

Podemos perceber que a potência cresce no decorrer do aumento da tensão e que o seu erro é
quase imperciptível.

INTRODUÇÃO TEÓRICA
EXPERIMENTO 02 – INDUTOR NÃO LINEAR (REATOR)

Indutor Não Linear

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Os indutores não lineares ou reatores (os termos são Um Indutor consiste em uma
sinônimos) são a grande maioria de indutores bobina de fio condutor.
encontrados no mercado. Eles consistem em um
número de espiras de um condutor enrolados convenientemente em torno de um núcleo de ferro
magnético (como você pode ver na figura abaixo). Dessa forma, há a produção de um fluxo
magnético a partir da passagem de certa corrente elétrica.

Os Indutores são apenas lineares quando a corrente possui um


valor perto da origem. Nas correntes mais elevadas, o fluxo
satura (apresenta pouca variação para uma mesma variação de
corrente).Esse efeito também ocorre em elementos que
possuem um caráter capacitivo e resistivo.

O Magnetismo
Após os vários experimentos, os cientistas
perceberam que as correntes elétricas produzem A força magnética mostra-se
campos magnéticos tal como os produzidos pelos geralmente mais intensa do que a
imãs. Um exemplo para esse caso é o do elétrica.
solenoide que o campo externo é semelhante ao
campo produzido por um imã em forma de barra.
Logo, os físicos suspeitaram que os campos dos imãs também fossem produzidos por correntes
elétricas. Um desses pesquisadores, Ampère sugeriu que o magnetismo dos imãs fosse o
resultado dos campos originados pelas correntes
A Terra se comporta como um imã elétricas circulares no interior de um imã.
gigatesco, por isso a utilização da Porém, atualmente, podemos afirmar que
bússola é possível. Ampére estava em parte correto, pois o campo
magnético dos imãs é criado pelos elétrons
(partículas negativas que fazem parte dos átomos),
contudo de um modo mais complexo do que os
imaginados por ele. Além disso, exixtia o fato de que
apenas alguns materiais se se comporta como imãs e
não todos. Porém, no século XIX o funcionamento
do magnetismo dos imãs, após a descoberta dos componentes do átomo e da criação de uma
nova teoria – a Mecânica Quântica – capaz de explicar determinados comportamentos dessas
partículas pode ser mais bem explicado.
Se supusermos que um elétron em movimento circular em torno do núcleo (movimento
orbital), tem que o caso de uma espira circular de corrente que produz um campo magnético
Bor, o qual, no centro da espira, é perpendicular ao plano dela. Assim, cada elétron
individualmente comporta-se como uma espira que produz campo magnético. Logo, em cada
material há um grande número de elétrons, que por sua vez produzem campos em todas as
direções. Em média, esses campos se cancelam, e assim o campo magnético produzido pela
amostra é nulo ou desprezível.
Além do campo magnético orbital, o elétron produz outro
campo magnético (Bs), que pode ser imaginado como o resultado da
rotação do elétron em torno de si mesmo. Esse campo é denominado Spin do elétron
campo magnético de spin. Em átomos, íons ou moléculas, em geral,

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por um mecanismo só explicado pela Mecânica Quântica, os elétrons se distribuem em pares, de
modo que, em cada par, um dos elétrons produz campo em sentido oposto ao do outro, e desse
modo ambos se anulam.

Ferromagnetismo

Inicialmente percebeu-se que os imãs atraem com facilidade pedaços de ferro ou aço.
Porém, com o passar do tempo, observou-se que há outras substâncias de comportamento
semelhante ao do ferro, como por exemplo, o cobalto, o níquel, o
gadolínio e o disprósio. Essas substâncias foram chamadas então de
ferromagnéticas.
O ferromagnetismo é um fenômeno semelhante ao
paramagnetismo. A diferença é que nos materiais Imãs elementares alinhados.
paramagnéticos, na ausência de campo magnético externo,
os imãs elementares estão orientados em todos os sentidos, enquanto
nos materiais ferromagnéticos há um alinhamento espontâneo dos imãs elementares num dado
sentido.
Dizer que o alinhamento é espontâneo significa afirmar que ele ocorre mesmo na ausência de
um campo externo. Assim, por exemplo, pode-se escolher uma pequena amostra de um cristal
de ferro, de modo que os imãs elementares tenham a orientação da figura abaixo. Se os imãs
elementares estão espontaneamente alinhados, como explicar o fato de podermos encontrar
pedaços de ferro que não produzem campo magnético?
O fato é que uma amostra macroscópica de substância ferromagnética se divide em regiões
microscópicas denominadas domínios, de modo que, dentro de cada domínio, todos os imãs
elementares alinham-se num mesmo sentido, embora a orientação de cada domínio seja
diferente da orientação dos domínios vizinhos.
Assim, numa amostra macroscópica que não esteja produzindo campo magnético, há
um número grande de domínios orientados em várias direções e sentidos, de modo que haja o
anulamento dos campos.
Consideremos agora uma amostra de material ferromagnético inicialmente não
magnetizado. Se colocarmos essa amostra numa região onde há um campo magnético Bo, ela se
magnetizará. Essa magnetização pode ocorrer de dois processos:
• Magnetização por aumento de volume dos domínios orientados favoravelmente em
relação ao campo Bo, à custa dos domínios orientados desfavoravelmente;
• Magnetização por rotação dos domínios. Os domínios que não têm o mesmo sentido de
Bo, “giram”, aproximando-se da orientação paralela a Bo.

Quando a intensidade do campo externo Bo é “pequena”, a magnetização se dá por aumento de


volume dos domínios (deslocamento das fronteiras). Se a intensidade de Bo é “grande”, além do
deslocamento das fronteiras, ocorre a rotação dos domínios. Se a intensidade de Bo é “muito
pequena”, ao anularmos Bo, as fronteiras voltam praticamente à situação inicial (deslocamento
reversível) e a substância fica macroscopicamente desmagnetizada. Mas, se Bo for mais intenso,
o deslocamento das fronteiras se tornará irreversível, isto é, ao retirarmos o campo Bo, as
fronteiras não voltarão exatamente à posição inicial, e os domínios que eventualmente tenham
sofrido rotação também não voltarão á situação inicial; nesse caso, a amostra permanecerá
magnetizada após a retirada de Bo. Essa irreversibilidade é conhecida pelo nome de histerese.

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Curva de magnetização e saturação magnética - Curva de
Histerese
O processo de magnetização de um material ferromagnético sob a influência de um
campo externo se reduz a:
 Crescimento daqueles domínios cujos momentos magnéticos formam o menor ângulo
com a direção do campo,
Rotação dos momentos magnéticos na direção do campo externo.

Esquema de orientação
dos spins nos domínios.

A saturação magnética se alcança quando acaba o processo de crescimento dos


domínios e os momentos magnéticos de todas as regiões imantadas espontaneamente estão
na mesma direção do campo.

Direções de magnetização fácil, média e difícil para os cristais de ferro, níquel e cobalto.

Os monocristais das substâncias ferromagnéticas se caracterizam pela sua anisotropia


magnética, ou seja, a facilidade de magnetização dos cristais varia de acordo com a direção
do campo aplicado para os cristais de ferro, níquel e cobalto. O processo de magnetização
de um material ferromagnético é caracterizado por suas curvas de magnetização B x H.
Lembrando que a densidade de fluxo magnético em um ponto de um campo devido à
circulação de corrente em um condutor, depende da intensidade da corrente, do
comprimento do condutor, da posição deste em relação ao ponto e de um fator de
proporcionalidade μ, que é a permeabilidade do meio considerado, a equação abaixo:
B = μ. H
Fornece a relação entre a densidade de fluxo magnético B (unidade: Tesla) e a força
magnetizante H (unidade: A/m). Para o vácuo a permeabilidade magnética μ = μ 0 é uma
constante com o valor 4 ð. 10E-7 no sistema internacional; para o ar, μ é um pouco maior
que μ 0 podendo ser admitida igual a μ 0 nas aplicações práticas.

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No entanto, a permeabilidade magnética μ (unidade: H/m) não é em geral uma
constante, ou seja, B não é uma função
linear de H para algumas substâncias.
Portanto, mais importante que o valor da
permeabilidade, a representação usual da
relação dada pela Eq. acima é através de
curvas B x H.
Estas curvas variam consideravelmente
de um material para outro e para o mesmo
material são fortemente influenciadas pelos
tratamentos térmicos e mecânicos.

Sua obtenção é feita da seguinte forma: Para


um material inicialmente não magnetizado, ao
Curva da Magnetização aumentar progressivamente a força
magnetizante de 0 até Hmax na Fig. 10, obtém-se o ramo 0a'. Reduzindo-se em seguida H de
Hmax até zero, temse o ramo a’b’. Quando H = 0, B = 0b’. Para reduzir B a zero, é necessário
aumenta H em sentido contrário até 0c’, obtendo-se o ramo b’c’ da curva. Continuando-se a
fazer variar H até -Hmax tem-se o ramo c’d’. Fazendo-se variar H de -Hmax até zero, em
seguida até Hmax e continuando deste modo, obtém-se sucessivamente os pontos e’- f’ - a’’-
b’’ - c’’ - d’’ -e’’ - f’’ - 0a' é a curva de magnetização crescente.

A densidade de fluxo B = 0b’que permanece quando se anula a força magnetizante H é


o magnetismo remanescente. Repetindo-se a operação acima descrita (variação de H entre
Hmax e -Hmax) um número suficiente de vezes, obtém-se uma curva fechada que se
repete; o material terá então atingido o estado de magnetização cíclica simétrica (curva
abcdefg na Fig.anterior). A esta curva fechada que se obtém quando o material se acha em
estado de magnetização cíclica dá-se o nome de laço de histerese.
Para um mesmo exemplar de material ferromagnético submetido a ensaio o laço de
histerese depende do valor máximo que se dá à força magnetizante H; a Fig 11 apresenta
vários laços de histerese correspondentes a valores máximos diversos de H.
Em qualquer dos laços os valores de B são maiores no ramo descendente que no
ascendente; a substância ferromagnética tende a
conservar o seu estado de magnetização,
isto é, tende a se opor às variações de fluxo. Essa
propriedade tem o nome de histerese.
A curva na Fig. 11, que se obtém ligando os
vértices dos laços de histerese simétricos,
correspondentes a uma determinada substância
ferromagnético é a curva normal de magnetização;
e é geralmente empregada no cálculo de aparelhos
e máquinas elétricas.

Laços de Histerese em Função de Hmax

Observações:

 Ferro e aço submetidos a tratamento a frio tem as perdas por histerese aumentadas;

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 Adição de carbono na fabricação do aço aumenta as perdas por histerese;
 Imperfeições ou impurezas dos materiais também aumentam as perdas;
 Propriedades magnéticas diferentes são importantes nas diversas aplicações de
engenharia;
 Um imã ou magneto deve ter grande magnetização em campos externos, uma
grande coercividade;
 Para núcleos de ferro de indutores, transformadores, motores e outros dispositivos,
normalmente é desejável a menor histerese possível, por causa da perda de energia
e do aquecimento, quando o campo sofre inversões repetidas na presença de
correntes alternadas.

Perdas por correntes parasitas de Focault


As perdas devido as correntes parasitas de Foucault produzem calor pela ação das
correntes (parasitas) que são induzidas nas chapas de aço silício.

Para melhor explicação deste efeito na figura embaixo onde está representado a seção
de um material magnético qualquer sendo atravessado pelas linhas de força de fluxo
estabelecidas no material. Pelo fenômeno da indução estudado por Faraday-Lens será
estabelecido correntes na superfície da área de seção do material magnético, conforme
indicado na figura abaixo.

Representação das correntes parasitas de Foucault em um material magnético.

Percebe-se que as correntes parasitas induzidas possuem a liberdade de circular pela


superfície do material, sedo limitada apenas pela resistência elétrica do material magnético.
Portanto o quadrado da intensidade das correntes parasitas multiplicado pelo valor da
resistência do caminho estabelecido por elas produz calor devido ao efeito Joule. O calor
produzido é indesejável. O ideal será eliminar ou mesmo atenuar a ação deste calor. As
perdas por correntes parasitas podem ser calculadas através da equação abaixo

PF = perdas por eddy-current;

Percebe-se através da análise de (1) que para a


redução das perdas uma das providências
necessárias é diminuição da espessura das chapas.
Resultados muito satisfatórios são obtidos submetendo o material aos processos de

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laminação, o produto final são finas lâminas de material magnético em de tal forma a não
haver comprometimento nas características mecânicas exigidas ao material. Outra
providência refere-se a adição de silício na aço provoca um aumento da resistividade do
material e consequentemente um aumento da resistência elétrica do material. Uma última
providência pode ainda ser adotada, ou seja, realizar a isolação entre as lâminas do pacote
magnético. O resultado desta ação pode ser verificado na figura abaixo.

Detalhe do material magnético após o processo


de laminação.

A análise matemática dos procedimentos adotados podem ser analisados através da equação (2)
Onde:

RM = resistência elétrica determinada pelo caminho da corrente;


ñ = resistividade do material magnético;
l = comprimento do material magnético;
S = área da seção do material.

Sabe-se que se mantendo a tensão constante a corrente permanece constante se não houver
variação na resistência elétrica. Considerando que as correntes produzidas no núcleo do material
magnético são devido ao fluxo nele existente e que ele permanece constante, o único parâmetro
que sofrerá variação no processo será a resistência do material. Assim, recorrendo-se a (2),
percebe-se que para uma diminuição na espessura do material equivale a uma diminuição da
área do material magnético. Como houve adição de silício promovesse um aumento na
resistividade do material. Estes dois fatores substituídos em (2) resultam em um aumento da
resistência elétrica e consequentemente a uma redução significativa nas correntes parasitas e
consequentemente uma redução quadrática das perdas por correntes de Foucault.

A Ferrorressonância
A ferrorressonância é um fenômeno de natureza complexa e deve ser cuidadosamente
analisada para que medidas de prevenção sejam tomadas antes que o seu surgimento possa
provocar danos. Existem algumas configurações de instalações bem como alguns tipos de
ligações de enrolamentos que são propícias ao aparecimento desse fenômeno. Destacam-se as

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redes subterrâneas de média tensão constituídas por cabos isolados, alimentando
transformadores em vazio ou levemente carregados. As indutâncias e capacitâncias dos
componentes de um sistema elétrico podem constituir circuitos ressonantes em função de
condições particulares de sua operação ou de sua configuração. Geralmente os sistemas elétricos
são projetados a de forma a evitar estas situações, mas a prática tem mostrado que algumas
situações não são identificadas a tempo e o fenômeno ocorre em determinadas situações.
Quando o sistema já está em operação e ocorrem falhas nos equipamentos, ou quando o
problema é detectado antes que o sistema entre em operação, mas já especificado, é necessária a
adoção de alguma medida corretiva para que o problema não se manifeste. As ressonâncias
podem envolver a conexão de componentes indutivos e capacitivos em série ou em paralelo,
sendo os valores máximos das sobretensões e sobrecorrentes limitados somente pelas
resistências dos componentes. A existência de elementos não-lineares, como no caso de
transformadores e reatores, facilita a ocorrência de pontos de ressonância na rede elétrica
porque estes componentes aumentam a faixa de valores de reatâncias indutivas e capacitivas.

A Saturação Magnética e sua relação com a Indutância .


Saturação magnética: o conjugado eletromagnético e tensão gerada em todas as máquinas
dependem da variação de fluxos concatenados com os enrolamentos das máquinas. Para fmms
especificadas nos enrolamentos, os fluxos dependem das relutâncias dos trechos de ferro dos
circuitos magnéticos, bem como entreferros.
A saturação, portanto pode influenciar apreciavelmente as características das máquinas.
Outro aspecto de saturação, mais sutil e mais difícil de ser avaliado sem comparações
experimentais e teóricas, se refere a sua influência sobre as premissas básicas nas quais é
desenvolvida a abordagem analítica da maquinaria. Especificamente, todas as relações para
fmms são baseadas nas relutâncias desprezíveis no ferro.
Quando estas relações são aplicadas a máquinas práticas com graus variáveis de saturação
no ferro, a máquina equivalente: uma máquina cujo ferro tem relutância desprezível, mas cujo
comprimento de entreferro é aumentado de uma quantidade suficiente para absorver a queda de
potencial magnético no ferro da máquina real. Incidentalmente, os efeitos de não-uniformizados
no entreferro, tais como ranhuras e canais de ventilação, são também incorporados por meio de
um entreferro liso equivalente, uma substituição que, em contraste aquela acima, é feita
explicitamente durante séculos de circuitos magnéticos para a estrutura da máquina. Assim, são
feitos sérios esforços para reproduzir corretamente as condições magnéticas no entreferro, e o
cálculo do desempenho das máquinas é baseado sobre estas Fmms = Força Magnetomotriz
condições.
A certeza final quanto á legitimidade da abordagem deve ser dada por provas experimentais
rigorosas.Os dados sobre os circuitos magnéticos, essenciais ao tratamento de saturação, são
fornecidos pela característica de circuito aberto ou características de saturação em vazio.
Para núcleos de ferro de indutores, transformadores, motores e outros dispositivos, normalmente
são desejáveis a menor histerese possível, por causa da perda de energia e do aquecimento,
quando o campo sofre inversões repetidas na presença de correntes alternadas.

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Experiência 02: Indutor não linear
Objetivo

Determinar o circuito elétrico equivalente de um indutor de núcleo saturável. Separar as perdas


no ferro do cobre, calcular ramosérie e paralelo, medir a resistência do enrolamento ( x 1−x 2 )

V (V ) I( A) P ( N ) PI ( W ) P Fe (W ) R fe ( K Ω ) Lm ( H m ) R fes Lms ( H )
Zero Zero Zero Zero Zero Zero Zero Zero Zero
20 0,15 1,85 0,00675 1,84 217,39 0,44 81,77 0,27
40 0,21 6,1 0,01323 6,08 261,97 0,73 137,86 0,346
60 0,27 12 0,02187 11,97 289,89 0,87 164,19 0,396
80 0,35 20 0,036 19,96 319,84 0,86 162,93 0,42
100 0,47 29,5 0,066 29,43 340,92 0,71 133,22 0,39
120 0,76 41 0,173 40,82 349,95 0,43 70,67 0,331
140 1,2 56 0,43 55,56 350,9 0,327 38,89 0,291
160 2,1 76 1,32 74,67 340,1 0,206 17,23 0,196

→ 20V)

R=0,3 Ω ;U =20V ; I =0,15 A ; P=1,85 ω ; P=Pj + PFe

P Fe=P− jP=1,85−( 0,3∗0,152 )=1,84 ω ≅ P

P 1,85
cos φ= = =0,61→ cos φ=0,61→ φ=52,41°
S 20∗0,15
Q=S∗sen φ=20∗0,15∗sen 52,41°=2,37Var

S' =√ P2Fe +Q2 → S ' =√ 1,842 +2,37 2=3 VA

' S' 3
S =E s∗I s ∴ E s= = =Es=20V
I s 0,15

E2s E2s 202


P Fe= ∴ R fe= = =217,39 Ω
Rfe PFe 1,84

E2s 202
Q= ∴ X m= =168,77 Ω
Xm 2,37

X m 168,77
Lm = = =0,44 H
ωs 377

→ Cálculo do ramo série

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2 PFe 1,84
P Fe=R fes∗I s ∴ Rfes= 2
= =81,77 Ω
I s 0,152

E s 20
Z ms= = =133,33 Ω
I s 0,15

X ms=√ Z 2ms−R 2fes=√ 133,332−81,77 2=√ 11091,44 =105,31 Ω

X ms 105,31
Lms= = =0,27 H
377 377

→ 40V)

R=0,3 Ω ;U =40 V ; I =0,21 A ; P=6,1ω ; P=Pj + PFe

P Fe=P− jP=6,1−( 0,3∗0,212 )=6,08 ω ≅ P

P 6,1
cos φ= = =0,72→ cos φ=0,72 → φ=43,43°
S 40∗0,21
Q=S∗sen φ=40∗0,21∗sen 43,43 °=5,77 Var

S' =√ P2Fe +Q2 → S ' =√ 6,082 +5,772=8,38VA

' S ' 8,38


S =E s∗I s ∴ E s= = =Es =39,91V
I s 0,21

E2s E2s 39,912


P Fe= ∴ R fe= = =261,97 Ω
Rfe PFe 6,08

E2s 39,912
Q= ∴ X m= =276,04 Ω
Xm 5,77

X m 276,04
Lm = = =0,73 H
ωs 377

→ Cálculo do ramo série

2 PFe 6,08
P Fe=R fes∗I s ∴ Rfes= 2
= =137,86 Ω
I s 0,212

E s 39,91
Z ms= = =190,04 Ω
I s 0,21

X ms=√ Z 2ms−R 2fes=√ 190,042−137,86 2=√ 17112,71=130,81 Ω

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X ms 130,81
Lms= = =0,346 H
377 377

→60V)

R¿ 0,3 Ω ; U =60V ; I =0,27 A ; P=12 ω ; P=Pj + PFe

P Fe=P− jP=12− ( 0,3∗0,272 )=11,97 ω ≅ P

P 12
cos φ= = =0,74 → cos φ=0,74 → φ=42,26 °
S 60∗0,27
Q=S∗sen φ=60∗0,27∗sen 42,26 ° =10,89Var

S' =√ P2Fe +Q2 → S ' =√ 11,97 2+10,892 =16,18VA

' S ' 16,18


S =E s∗I s ∴ E s= = =E s=59,92 V
I s 0,27

E2s E2s 59,922


P Fe= ∴ R fe= = =300,00 Ω
Rfe PFe 11,97

E2s 59,922
Q= ∴ X m= =329,69 Ω
Xm 10,89

X m 329,69
Lm = = =0,87 H
ωs 377

→ Cálculo do ramo série

2 PFe 11,97
P Fe=R fes∗I s ∴ Rfes= 2
= =164,19 Ω
I s 0,272

E s 59,92
Z ms= = =221,92 Ω
I s 0,27

X ms=√ Z 2ms−R 2fes=√ 221,922−164,192=√ 22290,13=149,3 Ω

X ms 149,29
Lms= = =0,39 H
377 377

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→80V

R=0,3 Ω ; U =80 V ; I =0,35 A ; P=20 ω; P=Pj + PFe

P Fe=P− jP=20−( 0,3∗0,352 )=19,96 ω ≅ P/ N s =( Rs + jrd )∗ ⃗


I s +⃗
Es

P 20
cos φ= = =0,71→ cos φ=0,71 →φ=44,76°
S 80∗0,35
Q=S∗sen φ=80∗0,35∗sen 44,76 °=19,59 Var

S' =√ P2Fe +Q 2 → S ' =√ 19,962 +19,592=27,96 VA

' S ' 27,96


S =E s∗I s ∴ E s= = =Es=79,9V
I s 0,35

E2s E2s 79,92


P Fe= ∴ R fe= = =319,84 Ω
Rfe PFe 19,96

E2s 79,9 2
Q= ∴ X m= =325,88 Ω
Xm 19,59

X m 325,88
Lm = = =0,86 H
ωs 377

→ Cálculo do ramo série

PFe 19,96
P Fe=R fes∗I 2s ∴ Rfes= 2
= =162,93 Ω
I s 0,352

E s 80
Z ms= = =228,57 Ω
I s 0,35

X ms=√ Z 2m s −R2fes= √228,57 2−162,932=√ 25698,06=160,3 Ω

X ms 160,3
Lms= = =0,42 H
377 377

→100V

R=0,3 Ω ;U =100V ; I =0,47 A ; P=29,5 ω ; P=Pj + PFe

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P Fe=P− jP=29,5−( 0,3∗0,472 ) =29,43 ω

P 29,5
cos φ= = =0,138→ cos φ=0,61 → φ=45°
S 100∗0,47
Q=S∗sen φ=100∗0,47∗sen 45 °=33,23 Var

S' =√ P2Fe +Q 2 → S ' =√ 29,432 +33,232=44,38VA

' S ' 44,38


S =E s∗I s ∴ E s= = =E s=94,42 V
I s 0,47

E2s E2s 94,422


P Fe= ∴ R fe= = =302,92 Ω
Rfe PFe 29,43

E2s 94,422
Q= ∴ X m= =268,28 Ω
Xm 33,23

X m 268,28
Lm = = =0,71 H
ωs 377

→ Cálculo do ramo série

2 PFe 29,43
P Fe=R fes∗I s ∴ Rfes= 2
= =133,22Ω
I s 0,472

E s 94,42
Z ms= = =200,89 Ω
I s 0,47

X ms=√ Z 2ms−R 2fes=√ 200,892−133,222=√ 22609,22=150,36 Ω

X ms 150,36
Lms= = =0,39 H
377 377
→120

R=0,3 Ω ;U =120V ; I =0,76 A ; P=41 ω; P=Pj + PFe

P Fe=P− jP=41−( 0,3∗0,762 ) =40,82 ω

P 42
cos φ= = =0,266→ cos φ=0,61 → φ=52,41 °
S 120∗0,76
Q=S∗sen φ=120∗0,76∗sen 52,41° =72,26Var

S' =√ P2Fe +Q 2 → S ' =√ 40,822 +72,262=83VA

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' S ' 83
S =E s∗I s ∴ E s= = =Es =109,21V
I s 0,76

E2s E2s 109,212


P Fe= ∴ R fe= = =292,18 Ω
Rfe PFe 40,82

E2s 109,212
Q= ∴ X m= =165,05 Ω
Xm 72,26

X m 165,05
Lm = = =0,43 H
ωs 377

→ Cálculo do ramo série

2 PFe 40,82
P Fe=R fes∗I s ∴ Rfes= 2
= =70,67 Ω
I s 0,762

E s 109,21
Z ms= = =143,69 Ω
Is 0,76

X ms=√ Z 2ms−R 2fes=√ 143,692−70,672 =√15652,56=125,11 Ω

X ms 125,11
Lms= = =0,331 H
377 377
Obs: Para os cálculos dos outros valores de
tensão(140V e 160V), segue a mesma linha de
raciocínio.Portanto, não colocarei aqui esses
cálculos.Atenciosamente, Vitor.

Vamos Comparar...
Para o ramo serie:
Para se calcular o valor de R usa-se os valores medidos:
U = 1.2 V I = 2.7 A
P = Us x Is x cosθ ;
Pcb = R – I 2;
Pfe = P – Pcb
Pfe
Rfes =
I2
Qs = Us x Is x senφ
Qs
Xms =
Is 2

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Xms
Lms =
w

R: Resistência encontrada no fio de cobre, devido ao efeito joule.


Rfes: Uma resistência provocada no núcleo de ferro devido às correntes de Foucault (correntes
parasitas) e as perdas por efeito joule.
Lms: Indutância no núcleo é criada pela corrente que circula no fio de cobre e possui seu valor
alterado por causa das perdas por histerese.

Para o ramo paralelo:


Pfe = Pcb – Pcb ; S = Us x
Is ;
Qp = √ S 2−P2 ; S1 =
√ Qp2+ Pfe2 ;
S1 Es2
Es = ; Rfe = ;
Is Rfe
ω=2 π f ;
Es2 Xl
Xl = ; Lmp = ;
Qp ω

R: Resistência encontrada no fio de cobre, devido ao efeito joule.


Rfep: Uma resistência provocada no núcleo de ferro devido às correntes de Foucault (correntes
parasitas) e as perdas por efeito joule.
Lmp: Indutância no núcleo é criada pela corrente que circula no fio de cobre e possui seu valor
alterado por causa das perdas por histerese.

O Script
O script abaixo foi realizado no Matlab e tem por objetivo realizar os cálculos
automáticamente que completam a tabela mais acima.

%segundo experiemnto;
clc;
clear all;
close all;
U=[0 20 40 60 80 100 120 140 160];
I=[0 0.15 0.21 0.27 0.35 0.47 0.76 1.2 2.1];
P=[0 1.85 6.1 12 20 29.5 41 56 76];
Pj=0.3*Is^2;
Pfe=P-Pj;
S=V.*I;Ω
Q=sqrt(S*S-P*P);
S1=sqrt(Pfe*Pfe-Q^2);
Es=S1/Is;

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Rfe=Es^2/Pfe;
Xm=Es^2/Q;
W=2*pi*fs;
Lm=Xm/W;
Rfes=Pfe/I^2;
Zms=Es/Is;
Xms=sqrt(Zms*Zms-Rfes^2);
Lms=Xms/W;

%pronto vc completou a tabela;

Os gráficos(benditos!!!!!!)

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Potência pela Tensão
80
Tensão
70

60

50
P (W)

40

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Us [V]

Gráfico da Potência pela Tensão

O gráfico mostra como a Potência cresce exponencialmente quando elevamos a Tensão.


Podemos perceber que a tensão cresce de forma mais rápida quando a tensão está em seus níveis
mais altos.Isso gera, em contrapartida, superaquecimento no interior do núcleo do ferro e isso
gera perdas.

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Perdas pela Tensão
80
Tensão
70

60

50
P (W)

40

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Us [V]

Gráfico das Perdas no Ferro pela Tensão

Podemos perceber que seus valores são muito aproximados aos valores da potência.Os
valores nas perdas no cobre são baixíssimos,portanto as perdas apresentadas acima podem
ser consideradas como somente as do ferro, tendo assim as correntes parasitas que
circularão nas bobinas do núcleo ferromagnetizado.

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Resistencia do ferro em paralelo pela Corrente
400
Ampere
350

300

250
Rfep (ohms)

200

150

100

50

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
i [A]

Gráfico da Resistência do Ferro em Paralelo com relação a Corrente

Podemos perceber que a resistência do Ferro cresce vertiginosamente em pouca corrente


elétrica, até, aproximadamente, 0.5A. Depois disso, a resistência se torna praticamente constante
no decorrer do aumento da corrente.Podemos perceber também, que a corrente possui uma leve
queda no aumento da corrente.

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Resistencia do Ferro Série pela Tensão
180
Tensão
160

140

120
Rfes (ohm)

100

80

60

40

20

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Us [V]

Gráfico da Resistência do Ferro em Série pela Tensão

Esse gráfico demonstra como a resistência aumenta de forma crescente até atingir um valor
máximo que está entre as tensões 60V e 80V.Após atingir esse valor, ele descresce ate atingir
um valor mínimo que não chega a zerar, diferetemente do começo que se inicia do zero.

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Resistência do Ferro em série pela corrente
180
Corrente
160

140

120
Rfes (Ohm]

100

80

60

40

20

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
i [A]

Gráfico da Resistência do Ferro em série pela Corrente

O gráfico demonstra que ,tal como na resistência em paralelo, a resistência em série cresce
vertiginomente nas primeiras medições com a corrente baixa e após isso decresce rapidamente a
paartir do aumento da corrente.

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Indutância do Ferro em série pela corrente
0.45
Corrente
0.4

0.35

0.3

0.25
Lms (mH]

0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
i [A]

Gráfico da Indutância do Ferro em série pela Corrente

Pode-se perceber que a indutância, tal como nos gráficos anteriores, cresce rapidamente no
decorrer do pouquíssimo aumento da corrente.Após chegar a uma chamada ‘Indutância
Máxima’, ele descrece, em uma velocidade inferior ao dos anteriores, e tende a continuar com
essa mesma característica no decorrer do aumento da corrente I.

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