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1 Introdução
Num mercado cada vez mais concorrido, o alinhamento dos processos com os objetivos
estratégicos da empresa é requisito mínimo para atingimento do sucesso nas empresas
quando se pensa no longo prazo [1].
Cada área funcional de uma organização tende a influenciar os processos de modo a
atingir os objetivos e resultados que lhes são atribuídos como meta. Quando ocorre um
desalinhamento das métricas para avaliação do resultado entre as funções, é natural que
haja uma intensificação dos conflitos. Por exemplo, se a meta da área de vendas é o
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faturamento, é natural que a previsão de vendas seja superestimada para garantir a dis-
ponibilidade de produtos.
Dados os interesses divergentes, a importância da colaboração e a integração na to-
mada de decisão entre as áreas funcionais, a introdução do S&OP (Sales and Opera-
tions Planning) ou Planejamento de Vendas e Operações, nas empresas é de grande
valia, na medida em que a finalidade deste processo é justamente desdobrar o plano
estratégico da empresa em planos táticos integrados para as diferentes áreas [2].
As empresas que têm os processos de S&OP implantados em seus fluxos de trabalho
em relação as empresas que não têm, apresentam os resultados mostrados na Fig. 1.
2 Revisão da Literatura
primeiro lugar e depois mostrar seu comprometimento inabalável com o novo processo
para todas as áreas envolvidas. Reuniões breves e individuais com todos os envolvidos
pelos processos, podem ajudar a verificar sua adesão à iniciativa do IBP e alinhar seus
papeis no novo fluxo.
Aproveitar tecnologias que se integrem com IBP: Uma estratégia primordial é
incluir nos processos de IBP, as melhores soluções tecnológicas disponíveis no mer-
cado. Com automação dos processos de coleta de dados, revisão de dados e divulgação
de dados, isso libera recursos para análise de maiores valores. A tecnologia pode ser
usada também para gerenciar prazos e fluxos de trabalho, unificar modelos de dados e
integrar diferentes sistemas, e ainda, oferecer recursos avançados de planejamento e
análises. Por fim, podem ser gerados de forma rápida, automática e tempo real, simu-
lações hipotéticas de cenários que impactem a lucratividade, capacidade de produção,
tempo de entrega, nível de serviço e desempenho de novos fornecedores.
Ter o argumento de mudança de processos bem definido: É crucial que os argu-
mentos para mudança estejam bem definidos para garantir o alinhamento entre todos
os envolvidos pelo processo. O sucesso depende do desenvolvimento de uma necessi-
dade convincente de mudança com base na situação atual da empresa e nas oportunida-
des de mercado. Metas e objetivos do IBP precisam ser claramente articulados e defi-
nidos. O projeto deve quantificar os resultados operacionais e financeiros esperados, e
identificar métricas que serão usadas para mostrar o progresso. Estabelecer um verda-
deiro processo de IBP orientado por métricas é a base para maximizar a eficiência e a
agilidade de qualquer organização.
Empregar procedimento comprovado para implantação do IBP: Ter um proce-
dimento estruturado e comprovado para liderar a jornada de transformação também é
crucial. Um plano formal para implementar o processo de IBP - começando com a
equipe de transformação e depois envolvendo os principais interessados e líderes - deve
ser desenvolvido em primeiro lugar e executado de forma eficaz à medida que as mu-
danças passam pelas áreas envolvidas. O plano deve ser amplo o suficiente para cobrir
o planejamento, a implementação e a manutenção das mudanças. Um procedimento
estruturado exige uma coleta e análise de dados rápida e eficiente, e um redesenho das
estratégias, dos processos e sistemas impactados pela mudança.
Ter uma governança eficaz e manter um alto nível de energia: Ter as pessoas
certas nos processos de governança de ideias, é tão importante quanto ter os processos
corretos. Isso inclui a incorporação de membros de finanças, engenharia, cadeia de su-
primentos, vendas, planejamento de demanda e planejamento de suprimentos, entre ou-
tros, com o conhecimento e as habilidades necessárias para gerenciar o processo de
transformação do IBP. A governança deve ajudar a estabelecer controles eficientes,
transparentes e livres de influências, participar de forma regular nas reuniões e apoiar
as decisões tomadas como parte do processo do IBP. As partes interessadas precisam
saber por que as mudanças estão acontecendo, como o trabalho delas se transformará,
o que se espera delas durante e após o programa de transformação, como serão avalia-
das e quais benefícios o sucesso trará para elas pessoalmente.
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Quando se fala em serviços, não se pode esquecer a quem ele é destinado. Sim, o cli-
ente, mas quem é o cliente ou melhor o que é um cliente? Para algumas empresas, a
razão de existirem. Para outras empresas, um objetivo a ser alcançado e mantido.
Historicamente houve algumas fases bem distintas quanto a produção de produtos
ou serviços. Segundo [1], no início, o artesão supria as necessidades especificas de seus
clientes, que ditavam com previsão a forma e as características do produto que enco-
mendavam. Com advento da Revolução Industrial, surgiu a necessidade de padroniza-
ção dos produtos e processos. Assim, o consumidor perdeu o poder de influenciar na
definição dos produtos que iria consumir, ficando este com os projetistas, que, em regra,
não consultavam o mercado quanto às suas necessidades.
Construir a satisfação do cliente por meio da qualidade e valor é o ponto chave do
novo pensamento mercadológico. E esse pensamento parte da premissa básica de que
os consumidores comprarão da empresa que entregar o maior valor. Assim, a oferta de
produtos, ou serviços de maior valor, para o cliente passou a ser o diferencial que de-
termina a vantagem competitiva em relação a outras organizações [11].
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3 Método de Pesquisa
empresas diferentes dentro de uma mesma empresa e isto, gera um grande desafio para
os gestores da alta administração. Logicamente, todos os departamentos seguem as
normas pré-estabelecidas que regulamentam a atividade bancária, tanto internas como
externas, mas mesmo assim, existe esse desafio a ser superado diariamente e de forma
continuada pelos gestores.
Por conta da situação acima mencionada, este estudo foca no produto Empréstimos para
pessoas do tipo Física e na modalidade Crédito Consignado, onde o cliente faz o
empréstimo no banco e o valor da parcela é descontado diretamente de seu salário ou
de sua aposentadoria [16].
Analisando os dados financeiros do banco privado, que foram publicados para os
investidores após o último trimestre de 2019, foi constatado que a carteira de Crédito
Consignado para pessoas física, representava 7% de todo o valor emprestado pelo
banco e 20,6% de todo valor emprestado para pessoas física, mostrando sua importância
para rentabilidade financeira da empresa.
A informação inicial que compõe a previsão de demanda que é enviada para EPS, tem
sua origem na área de produtos do crédito consignado, onde eram criadas todas as cam-
panhas ou eventos para o produto. A equipe de pricing da área de produtos do crédito
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área de operação conseguiu negociar junto com a área de compras e a EPS, uma redução
no prazo, onde o tempo de envio da previsão seria de 20 dias de antecedência ao mês
de trabalho e não mais 45 dias. Por conta dessa situação, houve ganho de acuracidade
na previsão de demandas por ser possível ter dados mais recentes da situação do produto
e o horizonte de planejamento ser menos longo.
Falta de software integrado de S&OP: foi levado esse assunto para os gestores da
operação, mas por envolver custos de licenças e mudanças de atividade, está em análise
ainda.
Referências
1. Martins, P. G., Laugeni, F. P.: Administração da produção, 3ª Ed, Sairava, São Paulo (2015).
2. Bagni, G., Marçola, J. A.: Evaluation of the maturity of the S&OP process for a written
materials company: a case study. Gestão & Produção, 26(1), (2019).
3. Canltz, H.: Making the Case for integrated business planning. http://www.apics.org/apics-
for-individuals/apics-magazine-home/magazine-detail-page/2018/01/16/making-case-inte-
grated-business-planning, last accessed 2020/07/18.
4. Shedlawski, J.: APICS S&OP Performance – Advancing sales and operations planning, 15th
Ed, APICS, Chicago (2017).
5. Lapide, L. Top-Down & Bottom-UP forecasting in S&OP, The Journal Of Business Fore-
casting, (2006).
6. Stadtler, H., Kilger, C., Meyr, H.: Supply chain management and advanced planning, 5th
Ed, Sairava, São Paulo (2015).
7. Ling, D., Coldrick, A.: Breakthrough Sales & Operations Planning: How we developed the
process, (2009).
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