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Morfometria Da Bacia
Morfometria Da Bacia
DOS MACACOS
Métodos
Para a realização da análise morfométrica da bacia do riacho dos
macacos, localizada no município de Juazeiro do Norte, Ceará e abrange os
bairros do barro vermelho e Tiradentes, inicialmente, fez-se a delimitação
através do software Arcmap no laboratório da Faculdade Paraíso do Ceará e
para a retirada dos dados para morfometria utilizou-se o AutoCad.
Primeiramente, analisou-se as curvas de nível da área e, em seguida, iniciou-se
o delineado, cortando as curvas de nível, sempre perpendicularmente, buscando
entrar e sair do mesmo modo, com o fim de formar um ângulo de noventa graus,
e procurando cortar as curvas de nível de cotas mais altas, formando o divisor
de águas, definido no momento da precipitação para qual lado a água se dividirá.
Após delimitar toda a área, salvou-se a imagem da bacia já delineada com a sua
escala em quilômetros, para que os outros dados como comprimento dos rios
fossem analisados.
Por fim, para caracterizar o relevo da nossa bacia, que define a velocidade
de escoamento dentro da região, calculou-se a declividade média da bacia,
relacionando o produto entre o somatório do comprimento total das curvas de
nível, que foi possível inferir com ajuda do Autocad. Além disso, fez-se o
contorno de todas as curvas, com as distâncias entre as curvas de nível, o qual
foi definido por nosso orientador como 40m, e este produto foi dividido pela área
da bacia em km². Já o outro método utilizado para definir o relevo e velocidade
de escoamento foi o perfil longitudinal associa em forma de gráfico as cotas das
curvas de nível que corta o rio principal ao longo da sua extensão e relaciona
com a distância na qual foi cortada, partindo da desembocadura. Conjuntamente
relaciona no gráfico a declividade total da bacia feita por diferença de cotas, da
curva de nível da nascente ao exutório, dividindo pelo comprimento entre as
curvas. Para uma análise ainda mais abrangente foi feita a declividade por
diferença de cotas para cada curva de nível que corta o rio principal,
relacionando cada uma.
Obs: Na fórmula encontrada no (WISLER; BRATER. 1964) é utilizada a distância de 0,02 para
as curvas de nível, porém a distância utilizada foi de 0,04.
Resultados e Discussões
Seu fator de forma (kf) de 0,28 por ser baixo, apresenta uma bacia
comprida e menos sujeita a picos de enchentes. Para valores menores ou iguais
a 0,5 a probabilidade de enchentes na bacia é baixa, pois por conter forma mais
alongada uma chuva não abrange toda a área. Já em bacias com fatores maiores
que 0,75 a tendência de enchente é grande.
Para analisar com uma melhor precisão foi feito o cálculo da declividade
total da bacia, utilizando a cota final de 360 m no exutório e a inicial de 440 m e
o comprimento total de 16,7867 km entre as cotas, resultando em uma
declividade total de 4,7657 m/km para toda a bacia. Utilizando o método de
diferença de cotas o valor encontrado foi aproximado da porcentagem
encontrada para toda a bacia pelo método da declividade média utilizado por
(WISLER, C.O.; BRATER, E.F., 1964).
Imagem 6 – Perfil com cotas e distância e declividade de toda a bacia pela diferença de cotas.
Conclusão
Com base nos resultados obtidos, e uma avaliação bibliográfica de todo
o material estudado, é possível concluir que a bacia hidrográfica do município de
Juazeiro do Norte possui a forma mais oval devido ao seu baixo valor de
coeficiente de compacidade, e que ao ser analisado o fator de forma foi possível
perceber que a probabilidade de haver enchentes na bacia é muito baixa,
acrescentando também que a ordem dos cursos d’água no valor de 3, implica
num rio com poucas ramificações.