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Capítulo 5

CAPTAÇÃO

5.1 Introdução
CICLO HIDROLÓGICO
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

5.1 Introdução

CICLO HIDROLÓGICO

 ÁGUAS PLUVIAIS;
 ÁGUAS SUBTERRÂNEAS;
 ÁGUAS SUBSUPERFICIAIS;
 ÁGUAS DE SUPERFÍCIE:
 Doces,
Doces salobras e salgada.
 REUSO ?
Capítulo 5
CAPTAÇÃO

5.1 Introdução

Legislação

 Constituição Federal de 1988:

Art. 20. São bens da União:

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em


terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de
um Estado, sirvam de limites com outros países,
ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e
as praias fluviais;
Capítulo 5
CAPTAÇÃO

5.1 Introdução
Legislação

 Constituição Federal de 1988:

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos


Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas,


fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União;
Capítulo 5
CAPTAÇÃO

5.1 Introdução

Fonte: ANA (2009). Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil. Agencia Nacional
de Águas 2009.
Capítulo 5
CAPTAÇÃO
ÁGUA: LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Decreto n. 24.643 de 10/7/34 Código de Águas
LEI 6938/81 Política Nacional do Meio Ambiente
LEI 9433/97 Lei dos Recursos Hídricos

LEI n° 11.445/07: Lei do Saneamento Básico


Plano de Saneamento Básico

• PORTARIA MS 518/2004
Parâmetros • RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005
Projetos ABNT: Associação Brasileira de
Normas Técnicas

Certificações Séries ISO 9000, 14000, 8008


Capítulo 5

CAPTAÇÃO

5.1 Introdução
Ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH)compete:

 Estabelecimento de critérios gerais


de outorga;
 Decisão sobre conflitos de uso.

Outorga: licença para captação e/ ou


lançamento de despejos. É concedida pela
União no caso de rios federais, e pelos
Estados, nos demais casos.
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

Usos que dependem de outorga:

 Derivação ou captação de parcela de


água;
 Extração de água de aqüífero
subterrâneo;
 Lançamento de resíduos em corpo de
água;
 Uso para fins de aproveitamento de
potenciais hidrelétricos;
 Outros usos que alterem o regime, a
quantidade ou a qualidade da água
existente em um corpo de água.
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

Poluidor-pagador:
 Não concede o direito de poluir;

Usuário-pagador:
 Usos e aproveitamento dos recursos
deve ser em benefício da coletividade;

Cobrança pelo uso da água:


 Lei 9433/97
 Cobrança pela derivação da água ou
pela introdução de efluentes tendo em
vista sua diluição, transporte e
assimilação dependendo da classe de
enquadramento do corpo de água em
questão.
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

Comitês de Bacias Hidrográficas:

 Definir valores de cobrança;


 Prioridades de uso.

Os valores limites serão estabelecidos pelo


Conselho Nacional de Recursos
Hídricos, no caso de corpos dágua de
domínio da União, ou pelos governos
estaduais para as águas sob seu
domínio.
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

A declaração de uso e o requerimento


de outorga de direito de uso de
recursos hídricos para fins de
abastecimento e lançamento de
efluentes urbanos devem ser
apresentados pelos responsáveis pela
prestação do serviço, ou seja, pelo
órgão da prefeitura - SAAE ou
empresa municipal - ou pela empresa
concessionária, ou ainda por outras
entidades (condomínios, por
exemplo).
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

Informações sobre os usos da água:

 Finalidade de uso (captação para


abastecimento público e/ou diluição de
efluentes urbanos);
 Localização do ponto de intervenção
(captação ou lançamento);
 Vazões de captação atuais e vazões de
captação estimadas ao fim do período de
outorga requerido;
 Vazões efluentes lançadas nos corpos
hídricos atuais;

Cargas poluentes (DBO) lançadas atuais.
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

Vazões de Captação de Água Bruta para


Abastecimento Urbano:

Para fins de declaração de uso e solicitação de


outorga de captação deverão ser estimadas
duas vazões de captação:
 a vazão de captação atual;
 e a vazão de captação futura relativa à
demanda estimada para o fim do prazo
solicitado de outorga que deverá coincidir
com o fim do período de concessão, nos
casos de serviços concedidos. Nos demais
será concedida uma outorga inicial pelo
prazo de 3 anos.
Capítulo 5

CAPTAÇÃO

Vazões de Captação de Água Bruta para


Abastecimento Urbano:
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

De maneira geral, as captações de água


para abastecimento público são
realizadas em:

 Córregos, rios;
 Lagos e represas.

As águas devem apresentar requisitos


mínimos no que se refere aos
aspectos quantitativos e
qualitativos quanto aos aspectos
físicos, químicos biológicos e
bacteriológicos.
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

As obras de captação devem ser projetadas


tendo-se em vista:

 Exame prévio das condições locais;


 Condições topográficas e geotécnicas
favoráveis;
 Estudo hidrológico;
 O funcionamento sem interrupção;
 Proximidade do consumo;
 Transporte de sedimentos pelo curso dágua;
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

As obras de captação devem ser projetadas


tendo-se em vista: (continuação)

 Quantidade (estiagem) e qualidade


durante o período de projeto previsto;
 Necessidade de energia elétrica;
 Permitir o acesso durante todo o tempo
(temporais e inundações), para operação e
manutenção do sistema.
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

Fatores que influem na seleção dos


mananciais:
 Garantia do fornecimento em qualidade e

quantidade;
 Proximidade do consumo;

 Locais favoráveis a construção da

captação;
 Transporte de sedimentos pelo curso de

água.

Seleção do manancial depende de:


 Estudo técnico, econômico e ambiental
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

Estudos Hidrológicos

 Período de retorno
 Vazão mínima do manancial;
 Vazão máxima do manancial.
CAPÍTULO 5

Captação de águas superficiais

5.2.1 Partes constituintes de


uma captação

 Barragens ou vertedores para para


regularização de vazão;
 Vazão média do curso de água > demanda;
 Vazão mínima < demanda.

 Barragem de nível;
Elevar o nível de água para manter subme
Barragens ou vertedores para para
regularização de vazão rgência adequada
para evitar vórtice.

 Enrocamento.
CAPÍTULO 5

Captação de águas superficiais

5.2.1 Partes constituintes de uma


captação (continuação)

 Órgãos de tomada d’água


(tubulação ou canal);
 Dispositivos para impedir a
entrada de materiais flutuantes ou
em suspensão na água. Ex:
grades e telas ;
 Dispositivos para retenção de
areia (caixa de areia ou
desarenador);
CAPÍTULO 5

Captação de águas superficiais

5.2.1 Partes constituintes de uma


captação (continuação)

 Órgãos de tomada d’água


(tubulação ou canal);
 Dispositivos para impedir a
entrada de materiais flutuantes ou
em suspensão na água. Ex:
grades e telas ;
 Dispositivos para retenção de
areia (caixa de areia ou
desarenador);
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.1 Partes constitutivas de uma captação


(cpmt.)

 Dispositivos de controle de vazão


(comportas e válvulas);
 Canais ou tubulações de
interligação;
 Poços de tomada das bombas.
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.1 Partes constitutivas de uma


captação (cont.)

 Em cursos de água com transporte intenso


de sólidos, deve haver no mínimo, uma
tubulação, para cada variação de 1,5m do
nível;
 As tubulações devem ser ancoradas e
protegidas contra a ação das águas;
 As tubulações devem ser dotadas de
válvulas para interrupção de fluxo, com
possibilidade de fácil manobra.
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.1 Partes constitutivas de uma


captação (cont.)
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

Figura 6.1 Captação em rio com pequena variação de nível


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

Nível mínimo da captação:


 1,5 m para variação do nível de água
 Tubulações devem ser ancoradas
 Tubulações dotadas de válvula de fluxo

Figura 6.2 Captação em rios com grande variação de nível


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

Nível mínimo da captação: 1,0 m acima do nível


correspondente ao local da tomada de água.

Figura 6.3 Captação em lago, bomba afogada


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas superficiais

POÇO DE SUCÇÃO
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

A tomada de água através de condutos livres ou


tubulações deverá ter velocidade inferior a 0,6
m/s.
As paredes laterais do canal deverão ter altura superior
a 1,0 m acima do nível de água máximo

Figura 6.4 Tomada de água por derivação de rio


CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

Figura 6.5 Elevatória


CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas superficiais

Captação no reservatório
Billings – São Paulo

Figura 6.6 Torre de tomada


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas superficiais

Figura 6.6 Torre de tomada


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas superficiais

Figura 6.6 Captação em represa


CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades

NBR 12213/92 –Projeto de Captação de Água de


Superfície para Abastecimento Público.

h
sentido do fluxo

vista corte
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades

NBR 12213/92 –Projeto de Captação de Água de


Superfície para Abastecimento Público.

 Grades e telas devem ser obrigatoriamente


usadas em captações a de água superficial;
 As grades grosseiras devem ser localizadas
no ponto de admissão de água, seguidas
pelas grades finas e pelas telas;
 As barras e os fios que constituem as
grades e telas devem ser de material
anticorrosivo ou protegido por tratamento
adequado.
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades

NBR 12213/92 –Projeto de Captação de Água de


Superfície para Abastecimento Público.

 As grades grosseiras: serão construídas


por barras paralelas espaçadas de 7,5 a 15
cm;

 As grades finas: serão construídas por


barras paralelas espaçadas de 2 a 4 cm:

 Telas: devem ter de 8 a 16 fios por


decímetro de comprimento.
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades

As espessuras das barras metálicas


constituintes das grades devem
atender as seguintes bitolas:

 As grades grosseiras:
 3/8”(0,95 cm); 7/1”(1,11cm); ou
½(1,27cm);
 As grades finas:
 1/4”(0,64cm);5/16”(0,79cm); ou
3/8”(0,95cm).
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades

 Limpeza Manual: inclinação para jusante


de 700 a 800;
 Na seção de passagem, correspondente
ao nível mínimo de água, a área das
aberturas deve ser igual ou superior a
1,7 cm2 por litro por minuto;
 Velocidade entre as barras deverá ser
inferior a 10 cm/s;
 Perda de carga é calculada
considerando-se 50% obstruída.
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades

Perda de Carga:

Hf = β . (t/a)4/3. sen θ . (v2/2g)

β: forma da seção da barra (seção retangular =


2,42)
a: distancia livre entre as barras (m)
t: espessura da barra (m)
v: velocidade média de aproximação (?) (m/s)
θ: ângulo da grade em relação a horizontal.
CAPÍTULO 5
5.2 Captação de águas superficiais

5.2.2 Grades
CAPÍTULO 5

Captação de águas
superficiais

5.2.3 Caixa de areia (Desarenador)

NBR 12213/92 –Projeto de Captação de Água de


Superfície para Abastecimento Público.

 02 unidades;

 Sedimentação da partícula com


diâmetro maior ou igual a 0,2 mm
(100C, velocidade crítica de
sedimentação de 2,1 cm/s);

 Velocidade de escoamento
longitudinal igual ou inferior a 0,30
m/s.
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.3 Caixa de areia (cont.)

 Para evitar curto-circuitos as caixas


de areia devem obedecer a relação
comprimento/largura > ou igual a
4;
 A largura deve possibilitar a
facilidade de construção, no mínimo
0,6 m, para profundidade menor
que 1,0m;
 Para compensar a turbulência na
entrada e saída da caixa de areia
deverá considerar um coeficiente
de segurança igual ou superior a
1,5.
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.3 Caixa de areia (cont.)


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.3 Caixa de areia (cont.)


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.3 Caixa de areia (cont.)

A retirada de areia pode ser feita:


 Com descarga de fundo;
 Através de bomba tipo draga;
 Manual, e devem ser feitas as
seguintes recomendações:
 Depósito mínimo para acúmulo
de areia equivalente a 10% do
volume do desarenador;
 Largura mínima que permita o
acesso livre e movimentação do
operador e equipamento auxilia de
limpeza.
CAPÍTULO 5

Captação de águas
superficiais

5.2.3 Caixa de areia (Desarenador)

vl

vs
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.3 Caixa de areia (cont.)

Vs = h/t (1)

Vl = L/t= Q/b.h (2)

h = Q x t/ b x L (3)

Substituindo (3) em (1) e sabendo-se que


b x L = área (A):

Vs = Q/A taxa de aplicação


(m3/
m2dia)
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.4 Captação em represas e lagos.

 Variações da qualidade da água em função


da profundidade e as oscilações de nível:

 Variação da temperatura;
 Aparecimento de algas;
 Elevado teor de matéria orgânica (no verão);
 Gosto e cheiro desagradável.

A captação pode ser feita em torre de tomada ou


captação em margem.
CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

5.2.4 Captação em represas e lagos.


CAPÍTULO 5

5.2 Captação de águas


superficiais

 Estudar:

Livro: Tsutya – Capítulo 4 e


Capítulo 5 (5.1 a 5.4)

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