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CONTABILIDADE GERAL

CONCEITOS

CONTABILIDADE

É a ciência que estuda o registro de atos e fatos que alteram o
patrimônio de uma entidade.

CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA




A contabilidade é uma ciência factual social.
CONCEITOS

ATOS


Dizem respeito a alguma ação que afeta o Patrimônio.
Ex: Compra de mercadorias.

FATOS

São aqueles decorrentes ou não de um ATO, mas que alteram o
patrimônio.
Ex: O desgaste dos bens da Empresa.
CONCEITOS

PATRIMÔNIO

O conjunto de tudo que a Entidade possui e também de todas as suas
dívidas. O que ela possui é classificado em bens (ex.: máquinas,
equipamentos, veículos) ou direitos (ex.: direito de receber o valor de
uma mercadoria vendida). As dívidas são chamadas de obrigações (ex.:
obrigação de pagar um empréstimo bancário).

ENTIDADE

Toda Organização com fim específico.
CONCEITOS

BEM

Tudo que tem valor econômico e pode participar em uma relação
jurídica.

BEM MATERIAL: É aquele que possui uma dimensão física.


Ex: Edifícios, veículos, etc...

BEM IMATERIAL: Não possui uma dimensão física.


Ex: Marcas e patentes.
CONCEITOS

DIREITO

Tudo o que a Entidade tem a receber.

OBRIGAÇÃO
Tudo o que a Entidade tem a pagar.
CONCEITOS

CONTABILIDADE

É a ciência que estuda o registro de atos e fatos que alteram o
patrimônio de uma entidade.
ALTERAÇÕES DO PATRIMÔNIO

ASPECTOS QUALITATIVOS

Referem-se aos elementos que compões o Patrimônio.
Ex: dinheiro, máquinas, valores a pagar, estoques etc.

ASPECTOS QUANTITATIVOS
Referem-se ao valor do Patrimônio: bens e direitos – obrigações.
CAMPO DE APLICAÇÃO

Empresas particulares, Empresas públicas, hospitais, comércio,


indústria, escolas, governo etc.
OBJETIVOS

• Controlar: através dos registros contábeis, controla o


Patrimônio e suas variações.

• Fornecer Informações: os registros são organizados


num sistema de dados, permitindo a diversos usuários obter
informações sobre a situação da empresa. Para a administração,
essas informações são essenciais para o planejamento e a
tomada de decisões.

• Apurar o Resultado: determinar se a entidade obteve


lucro ou prejuízo em determinado espaço de tempo.
USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES

A administração da empresa, os acionistas, bancos e instituições


financeiras, clientes e fornecedores, governo (sobretudo quanto às
questões tributárias) e outros usuários.
TÉCNICAS

• Escrituração: registro dos fatos contábeis obedecendo


metodologia própria.

• Demonstrações Contábeis: apresentação organizada de


dados obtidos dos registros contábeis

• Análise das Demonstrações Contábeis:


interpretação de informações contidas nas demonstrações
contábeis.

• Auditoria: técnicas que visam confirmar se os dados que


deram origem aos demonstrativos contábeis e os próprios
demonstrativos são representações fidedignas das alterações
sofridas pelo Patrimônio.
EXERCÍCIO SOCIAL

Período de tempo em que a Contabilidade obrigatoriamente deverá


elaborar as Demonstrações Contábeis.

Conforme determina a Lei das Sociedades Anônimas, “o exercício


social terá duração de um ano e a data do seu término será
fixada no estatuto da empresa”.
INFLUÊNCIA DA LEGISLAÇÃO

• Normas baixadas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC

• Código Civil Brasileiro (Lei 10406/02, Artigos 1177 e seguintes.)

• Lei 6404, de 15.12.76, conhecida como Lei das S/As, em seus


Capítulos XV, XVIII e XX

• Decreto (Federal) 3.000 de 26.03.1999, que institui o Regulamento


do Imposto de Renda (RIR)

• Resoluções da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

• Resoluções das Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL, ANA,


etc...)

• Entendimentos do IBRACON
REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO

Ações em Tesouraria Art. 182 § 5º

Agrupamento das Contas no Balanço Patrimonial Art. 178

Agrupamento das Contas – Limite 0,1 Art. 176 § 2º

Ativo – Grupos – Critérios de Avaliação Art. 183

Ativo – Grupo de Contas – Classificação Art. 179

Bônus de Subscrição – Disposições Regulamentares Arts. 75 a 79

Ciclo Operacional Art. 179 § Único

Debêntures – Disposições Regulamentares Arts. 52 a 74


REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Art. 186
Estrutura
Demonstração das Origens e Apl. De Recursos – DOAR – Art. 176 .§ 6º
Dispensa
Demonstração das Origens e Aplic. De Recursos – DOAR Art. 188
– Estrutura
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – Art. 187
Estrutura
Demonstração dos Lucros ou Prej. Acumulados – Inclusão Art. 186 § 2º
DMPL
Demonstrações Contábeis Exigidas Art. 176

Depreciação - Amortização – Exaustão Art. 183 § 2º

Diferido – Prazo para Amortização Art. 183 § 3º


REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO

Dividendo Mínimo Obrigatório – Omissão Art. 202 § 3º

Dividendo Obrigatório – Cálculo Art. 202

Dividendo Obrigatório – Fixação de Percentual Art. 202 § 1º

Dividendo Obrigatório – Não Pagamento Art. 202 § 4º

Dividendo Obrigatório – Reserva Especial Art. 202 § 5º

Exercício Social Art. 175

Legislação Especial – Contabilização Art. 177 § 2º

Legislação Especial – CVM Art. 177 § 3º


REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO

Lucro – Deduções do Resultado Art. 189

Lucro Líquido – Conceito At. 191

Notas Explicativas – Exigências Art. 176 § 4º e 5º

Notas Explicativas – Mudanças Critérios Art. 177

Obrigação Assinatura Administradores e Contabilistas Art. 177 § 4º

Ordem das Contas no Ativo – Grau de Liquidez Art. 178 § 1º

Parecer dos Auditores Independentes Art. 177 § 3º

Partes Beneficiárias – Disposições Regulamentares Arts. 46 a 51


REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO
Participações – Empregados – Administradores e P. Art. 190
Beneficiárias
Passivo – Classificação Art. 180

Passivo – Critérios de Avaliação – Geral Art. 184 Inc. I

Passivo – Critérios de Avaliação – Moeda Estrangeira Art. 184 Inc. II

Patrimônio Líquido – Classificação Art. 182

Preço de mercado – Conceito Art. 183 § 1º

Princípios Contábeis – Obrigatoriedade Art. 177

Regime de Competência – Obrigatoriedade Art. 177


REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO

Reserva Legal – Limites Art. 193

Reservas de Capital – Classificação Art. 182 § 1º

Reservas de Capital – Utilização Obrigatória Art. 200

Reservas de Lucros - Classificação Art. 182 § 4º

Reservas de Lucros – Limites Art. 199

Reservas de Lucros a Realizar Art. 197

Reservas de Reavaliação – Classificação Art. 182 §

Reservas de Reavaliação – Limites Art. 199


REMISSÃO À LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976
ASSUNTO ARTIGO

Reservas Estatutárias Art. 194

Reservas para Contingências Art. 195

Reservas para Orçamento de Capital Art. 196

Resultado de Exercícios Futuros – REF - Classificação Art. 181


DOAR
DMPL
Atos DRE
Fatos
BP

Técnica ?
Bens (B) Obrig. c/ Terceiros (OT)
Direitos (D) Patrimônio Líquido (PL)

B + D = OT + PL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Terceiros
Bens
Obrigações
Direitos
Com os Sócios

ATIVO PASSIVO
• Circulante • Circulante
• Realizável a Longo Prazo • Exigível a Longo Prazo
• Permanente • Result. de Exercícios Futuros
Investimentos • Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital Social
Diferido Reservas
Lucros ou Prej. Acumulados
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO - DRE
Receitas
( – ) Custo
( = ) Lucro Bruto
( – ) Despesas
( + ) Outras Receitas
( = ) Lucro Operacional
( + ) Receita Não Operacional
( – ) Despesa Não Operacional
( = ) Result. Antes do Imposto de Renda
( – ) Imposto de Renda
( = ) Result. Antes das Participações
( – ) Participações

( = ) Lucro Líquido
ATIVO PASSIVO
• Circulante • Circulante
• Realizável a Longo Prazo • Exigível a Longo Prazo
• Permanente • Result. de Exercícios Futuros
Investimentos • Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital Social
Diferido Reservas
Lucros ou Prejuízos Acumulados

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE


Receitas
( – ) Custos
( = ) Lucro Bruto
( – ) Despesas
( + ) Outras Receitas
( = ) Lucro Operacional
( + ) Receita Não Operacional
( – ) Despesa Não Operacional
( = ) Result. Antes do Imposto de Renda
( – ) Imposto de Renda
( = ) Result. Antes das Participações
( – ) Participações
( = ) Lucro Líquido
DRE – ANÁLISE DA ESTRUTURA

RECEITA
Ingresso de recursos provenientes das atividades da Empresa.

DESPESAS
Gastos que objetivam aumentar as receitas.

REC./DESP. OPERACIONAIS
Aquelas decorrentes das atividades relacionadas com o objetivo da
Empresa.
DRE – ANÁLISE DA ESTRUTURA

REC./DESP. NÃO OPERACIONAIS


Aquelas decorrentes das atividades não relacionadas com o objetivo
do negócio da Empresa.

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS


Gasto imprescindível à atividade relacionada com a obtenção da
receita.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PAT. LÍQUIDO
Reservas de Lucros e
Descrição Capital Prej. Total
Capital Reavaliação Lucros Acumul.
Saldo Inicial 100.000 7.000 5.000 10.000 8.000 130.000

Aumento Capital
Com Reservas 10.000 (6.000) (4.000) – – 0

Aumento Capital
20.000 – – – – 20.000
Com Recursos

Result. Exercício – – – – 21.000 21.000

Destinação dos
Lucros
Reservas – – – 5.000 (5.000) 0
Dividendos – – – – (10.000) (10.000)

Total 130.000 1.000 1.000 15.000 14.000 161.000


DEMONST. DAS ORIGENS E APLIC. DE RECURSOS

PASSIVO CIRCULANTE

ATIVO CIRCULANTE
CAPITAL
CIRCULANTE
LÍQUIDO
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
(CCL)
• Exigível a Longo Prazo
ATIVO NÃO CIRCULANTE • Patrimônio Líquido
• Realizável a Longo Prazo
• Permanente
CONTA

É um mecanismo contábil para registrar elementos da mesma


NATUREZA.
É representada por um RAZONETE

NOME DA CONTA
Débito Crédito

SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR


CONTA

RAZONETE
Representação gráfica de uma conta.

FUNÇÃO DAS CONTAS


Registrar os fatos contábeis.

FUNCIONAMENTO DE UMA CONTA


Indica quando e como ela será Debitada ou Creditada.
CONTA: DEBITADA OU CREDITADA?

Então temos Cuja Portanto


Sendo um(a) uma conta de natureza é
Aumenta Pelo Diminui Pelo
Bem
Ativo Devedora Débito Crédito
Direito

Obrigação Passivo Credora Crédito Débito

Receita Resultado Credora Crédito Débito


Despesa
Resultado Devedora Débito Crédito
Custo

Esta é a Regra Geral exceto para as Contas Retificadoras


PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

De observância obrigatória no exercício da profissão contábil constitui


condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.

Em sua aplicação deve prevalecer a essência das transações sobre os


aspectos formais.

O Conselho Federal de Contabilidade – CFC – estabeleceu os


seguintes princípios contábeis (Resolução CFC n.º 750, de
29.12.1993):
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade, afirmando a
autonomia patrimonial: o patrimônio da entidade a ela pertence. Assim, o
Patrimônio da entidade não se confunde com o de seus sócios ou
proprietários. Significa que uma dívida da empresa é dela e não dos sócios.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida estabelecida
ou provável, deve ser considerada quando da classificação e avaliação
das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A
continuidade influencia o valor dos ativos e o vencimento e valor dos
passivos.

Os demonstrativos não podem ser desvinculados dos demonstrativos


anteriores, nem ter seus critérios alterados sem que os usuários
tomem conhecimento disso.

Ocorrendo descontinuidade ou mudança de critérios, isso deve ser


evidenciado.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

OPORTUNIDADE
Os registros devem ser feitos de imediato, ou seja, no tempo
certo e na extensão correta, ainda que os valores sejam
estimados e as provas documentais posteriormente anexadas. É
preciso que a estimativa dos eventos seja feita por critérios técnicos,
e não aleatoriamente.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL


Os registros devem ser feitos pelos valores originais das
transações e em moeda corrente do País, ainda que tenha havido
desvalorização monetária até o momento da realização do registro.

ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Devem ser reconhecidas as variações do poder aquisitivo da
moeda nacional, através do ajuste dos valores originais. O sistema
contábil sempre manterá o valor original preservado, fazendo os
ajustes de forma complementar, em separado.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

COMPETÊNCIA
As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período a que correspondam, independentemente
do efetivo recebimento ou pagamento (regime de competência).

PRUDÊNCIA
Determina a adoção dos menores valores para os bens e direitos
(tecnicamente, Ativo) e os maiores para as obrigações (Passivo),
sempre que houver mais de uma alternativa igualmente válida
Boa sorte
e
até logo...

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