Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exemplos:
x2-2x+1=0 ⇔ x=1
sin(x)=0 ⇔ x=kπ, k ∈ Z
i) 1ª Etapa: Isolar a raiz, i.é., encontrar um intervalo [a, b], com menor
amplitude possível, que contenha uma e somente uma raiz da equação.
ii) 2ª Etapa: Melhorar o valor da raiz aproximada, i.é., refinar a raiz até
à precisão pretendida.
1
Antes de continuarmos com o nosso estudo vamos definir multiplicidade
de uma raiz.
Exemplo:
1
0.5
0.5
-1
2
Com a=0 e b=3.5, temos que f(a)f(b)<0 mas f ’(x) muda de sinal em ]a,b[,
a função tem três raízes no intervalo [a,b].
O modo mais simples para isolar uma raiz é fazer um esboço do gráfico
da função e verificar em que ponto ou pontos esta “toca” o eixo dos xx.
lim xn = ξ
n→∞
f ( xn)
Então, x −ξ ≤ .
n m
Exemplo: Seja f(x)=x2-8, limitar o erro com xn=2,827 no intervalo [2, 3].
3
Resolução: Tem-se que f ’(x)=2x. Pretende-se m= min | 2 x | =4. Então
2≤ x≤3
2.827 2 − 8 0.008
|2.827-ξ|≤ = =0.002, ou seja, |2.827-ξ|≤0.002.
4 4
ii) | xn − xn −1 | ≤ ε
| xn − xn −1 |
iii) ≤ε
| xn |
Interpretação Geométrica
4
Analiticamente:
1ª Iteração:
I0=[a, b]
a+b
x0= (ponto médio de [a, b] )
2
i ) f(a)f(x0)<0 ⇒ ξ∈(a, x0)
ii) f(a)f(x0)>0 ⇒ ξ∈(x0, b)
iii) f(a)f(x0)=0⇒ ξ = x0
5
I0 ⊃ I1 ⊃ I2 ⊃....⊃ In, ⊃...
e além disso, ξ∈ In, e xn ∈ In, .
Seja W( In, ) a amplitude do intervalo In, , tem-se
1 1 1 1
W( In )= W( In-1 )= W( In-2 )=...= n W( I0 ).
2 2 2 2
b−a
Como W( I0 )=b-a tem-se que W( In )= . Donde
2n
b−a
limW ( I n ) = lim n = 0.
n →∞ n→∞ 2
Mas ξ e xn ∈ In, logo tem de ser lim x n =ξ. Provamos assim o seguinte
n →∞
teorema:
b−a
Prova-se ainda que | x n − x n−1 | = . Mesmo que o intervalo
2 n + 1
b−a b−a ⎛b − a⎞
+ ≤ ε ⇔ 2 n+1
ε ≥ b-a ⇔ 2 n+1
≥ ⇔ ln(2 n+1
) ≥ ln ⎜ ⎟⇔
2 n 1 ε ⎝ ε ⎠
⎛b−a⎞ ln((b − a) / ε )
⇔ (n+1)ln(2) ≥ ln ⎜ ⎟ ⇔n≥ −1
⎝ ε ⎠ ln(2)
6
Exemplo: Calcule a raiz positiva da equação f(x)=x2-3 com ε ≤ 0.03.
Como de costume consideremos f(x)=0 tal que f(x) tem uma só raiz - ξ -
em [a, b] e, além disso, f é contínua e definida em [a, b], e sendo que f ’ e
f ’’ preservam o sinal em [a, b].
O método da secante em vez de dividir o intervalo (a,b) ao meio, o
intervalo é dividido em partes proporcionais á razão f(a)/f(b).
Interpretação geométrica:
i) Considere a recta que passa pelos pontos (a, f(a)) e (b, f(b)), seja s
essa recta;
ii) Considere o ponto de intersecção de s com o eixo dos xx, seja x1
esse ponto;
iii) Determine f(x1);
iv) Considere a recta que passa pelos pontos (x1, f(x1)) e (b, f(b)), ou (a,
f(a)) e (x1, f(x1)) seja s’ essa recta;
v) Determine o ponto de intersecção de s’ com o eixo dos xx;
7
O método anteriormente descrito gera uma sucessão x0, x1, x2, ..., xn,...
que converge para ξ.
Interpretação Geométrica
Analiticamente:
Caso I
f (b) − f ( x0 ) f ( x1 ) − f ( x0 ) x − x0 b − x0 f ( x0 )
= ⇔ 1 = ⇔ x1 = x0 − ( x0 − b)
b − x0 x1 − x0 0 − f ( x0 ) f (b) − f ( x0 ) f ( x0 ) − f (b)
f ( xn )
Por indução, xn +1 = xn − ( x n − b)
f ( xn ) − f (b)
Caso II
f (a) − f ( x0 ) f ( x1 ) − f ( x0 ) x − x0 x0 − a f ( x0 )
= ⇔ 1 = ⇔ x1 = x0 − ( x0 − a)
a − x0 x1 − x0 0 − f ( x0 ) f ( x0 ) − f (a) f ( x0 ) − f (a)
f ( xn )
Por indução, xn +1 = xn − ( xn − a)
f ( xn ) − f (a)
8
Caso III
f (a ) − f ( x0 ) f ( x1 ) − f ( x0 )
= (igual ao caso II)
a − x0 x1 − x0
Caso IV
f (b) − f ( x0 ) f ( x1 ) − f ( x0 )
= (igual ao caso I)
b − x0 x1 − x0
Conclusão:
O ponto fixo a ou b é aquele no qual o sinal de f coincide com o sinal de
f ’’ e a aproximação sucessiva faz-se do lado do ponto não fixo.
f ( xn )
xn+1 = x n − ( x n − C ) , onde C é o ponto fixo extremo de
f ( x n ) − f (C )
[a,b] onde f (C) f ’’(C) > 0.
1ª Iteração:
f ( x0 ) −2
x1 = x0 - ( x − 2) ⇔ x1 = 1 - (1 − 2) ⇔ x1 = 1.6667
f ( x0 ) − f (2) 0 − 2 −1
O erro cometido é de |x1-x0|=|1.667-1|=0.6667 > 0.03.
2ª Iteração:
f ( x1 )
x2 = x1 - ( x1 − 2) ⇔ x2 = 1.7273
f ( x1 ) − f (2)
O erro cometido é de |x1-x2|= 0.0606> 0.03.
3ª Iteração:
f ( x2 )
x3 = x2 - ( x2 − 2) ⇔ x3 = 1.7317
f ( x2 ) − f (2)
O erro cometido é de |x2-x3|=0.0044<0.03. A solução aproximada é x3 =
1.7317
9
Convergência do método:
Prova-se o seguinte teorema:
Seja f∈C2[a, b], i.é., f, f ’ (f ’(x)≠0), f ’’ são contínuas em [a, b], e seja ξ
o único zero da função em [a, b].
Expandindo f(x)=0 em série de Taylor em torno de ξ obtemos:
f(ξ) ≅ f(x0)+(ξ-x0)f ’(x0)
Mas f(ξ)=0, então
Interpretação Geométrica:
O ponto xn+1 é a abcissa do ponto de intersecção com o eixo dos xx da
recta tangente à curva de f no ponto (xn ,f(xn)).
10
Escolha de x0 e Convergência:
1ª Iteração
f ( x0 ) f ( 2) 1
x1 = x0 − ⇔ x1 = 2 − ⇔ x1 = 2 − ⇔ x1 = 1.75
f ' ( x0 ) f ' ( 2) 4
|1.75-2|=0.25>0.03
2ª Iteração
f (x1 ) 0.0625
x2 = x1 − ⇔ x2 = 1.75 − ⇔ x2 = 1.7321
f ' ( x1 ) 3 .5
|1.75-1.7321|=0.0179<0.03 . A solução aproximada é: x2 = 1.7321.
11
O quadro seguinte mostra o número de iterações que cada método
necessitou para encontrar um zero de g(x)=e0.1x+x2-10 com ε ≤ 10-5 e
f(x)=x2-3 com ε ≤ 0.03
Bissecção Secante Newton
g 16 4 3
f 5 3 2
12