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“Maravilhas nunca faltaram ao mundo;

o que sempre falta é a capacidade


de senti-las e admirá-las”.
Mário Quintana

Matemática
ENSINO MÉDIO

Rua Serafim Valandro, 369 - Santa Maria – Fone: (55) 3223 0777
Site: neejacp.webnode.com.br
E-mail: marioquintana08cre@educacao.rs.gov.br
1

CONJUNTOS
PRELIMINARES
Na Matemática, tratamos o conceito de conjunto como conceito primitivo,
portanto sem definição.
Intuitivamente, aceitamos por conjunto uma coleção ou classe de objetos
bem definidos, e os objetos que formam o conjunto são chamados elementos do
conjunto.
Exemplos:
Conjunto dos meses do ano.
Conjunto das letras do alfabeto.
Conjunto dos números naturais maiores que 2.

Convenções:
Os conjuntos são designados, geralmente, por letras maiúsculas: A, B, C, D, ...,
Z.
Os elementos são indicados, geralmente, por letras minúsculas: a, b, c, ..., z.

REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO
Podemos representar um conjunto enumerando os seus elementos entre
chaves e separados por vírgulas.
Exemplos:
1. Sendo V o conjunto das vogais, representamos:
V = {a, e, i, o, u}

2. Sendo I o conjunto dos números ímpares menores que 50:


I = {1, 3, 5, 7, ..., 49}

3. Sendo P o conjunto dos números pares maiores que zero:


P = {2, 4, 6, 8, ...}
2

Uma outra maneira de representarmos um conjunto consiste em


enunciarmos uma propriedade característica do conjunto, isto é, uma propriedade
comum aos seus elementos e somente a eles.
Exemplo:
D = {x | x é dia da semana} A barra vertical ( | ) significa “tal que”.
Lê-se: “D é o conjunto dos elementos x, tais que x é dia da semana”.
Observe: A letra x representa um elemento genérico e a sentença “x é dia da semana”
é a propriedade característica do conjunto.
Outros exemplos:
I = {x | x é ímpar}
P = {x | x é par e maior que 3}

PERTINÊNCIA
Se um elemento x é um elemento de um conjunto A, escrevemos:
x ∈ A (que se lê: x pertence ao conjunto A)
Por outro lado, se o elemento x não é elemento de A, escrevemos:
x ∉ A (que se lê: x não pertence ao conjunto A)

EXERCÍCIOS
1. Represente os seguintes conjuntos, enumerando os seus elementos entre
chaves:
a) D = {x | x é dia de semana}
b) V = {x | x é vogal do nosso alfabeto}
c) L = {x | x é par e maior que 3}
d) M = {x | x ∈ ℕ e x > 7}
e) J = {x | x ∈ ℕ e x < 2}
f) U = {x | x ∈ ℕ e x > 4 e x < 6}
g) T = {x | x ∈ ℕ e 3 < x < 7}
h) S = {x | x ∈ ℕ e 2 < x < 5}
i) E = {x | x ∈ ℕ e 3 ≤ x < 6}
3

IGUALDADE DE CONJUNTOS
Dizemos que um conjunto A é igual a um conjunto B e escrevemos:
A=B
quando A e B possuem os mesmos elementos, ou seja, todo elemento de A pertence
a B e todo elemento de B pertence a A.
Exemplo:
Se A = {a, e, i, o, u} e B = {i, a, o, e, u} então A = B, pois todo elemento de A
pertence a B e vice-versa. Observe que um conjunto não se modifica quando
trocamos a ordem dos seus elementos.

CONJUNTO VAZIO
O conjunto que não possui nenhum elemento chama-se conjunto vazio e é
representado pelo símbolo Ø.
Exemplos:
1. Sendo A o conjunto dos meses do ano com mais de 31 dias, A é um conjunto
vazio, pois nenhum mês do ano tem mais de 31 dias. Representamos A = Ø
ou usando o par de chaves A = { }.
2. Sendo B o conjunto dos dias da semana que iniciam pela letra r, então B = Ø
ou B = { }.
3. Sendo C = {x | x ∈ ℕ e x < 10}, então C = Ø.

CONJUNTO UNITÁRIO
O conjunto que possui apenas um elemento chama-se conjunto unitário.
Exemplos:
1. Sendo B conjunto dos meses do ano cujos nomes iniciam pela letra d, B é um
conjunto unitário, pois apenas dezembro inicia por d: B = {dezembro}.
2. Sendo R o conjunto das consoantes da palavra era, R é um conjunto unitário:
R = {r}.
3. Sendo A = {x | x ∈ ℕ e 3 < x < 5}, A é unitário: A = {4}.

SUBCONJUNTOS
4

Dizemos que um conjunto A é subconjunto de um conjunto B quando todo


elemento de A é também elemento de B. A relação A é subconjunto de B é
representada por:
A ⊂ B (e também se lê: A está contido em B)
ou ainda: B ⊃ A (que se lê: B contém A)
Exemplo:
Sendo A = {1, 2} e B = {1, 2, 3, 4}, então A ⊂ B, pois todo elemento de A é
também elemento de B.
Contra-exemplo:
Sendo E = {1, 5} e D = {1, 2, 3, 4}, então E não é subconjunto de D, portanto
D não contém E.
Em símbolos:
E ⊄ D (lê-se: E não está contido em D}
D ⊅ E (lê-se: D não contêm E)
Para tornar mais claro o exemplo e o contra-exemplo dados, vamos
representar os conjuntos usando os diagramas de Venn, que consistem em
representar um conjunto pela região do plano limitada por uma curva fechada:

B E D
3 A 5 1 3 2
4 1 2 4

Notas:
a) O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.
b) Os símbolos ∈ e ∉ devem ser usados exclusivamente relacionando elemento
e conjunto.
c) Os símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅ devem ser usados exclusivamente relacionando
dois conjuntos.
EXERCÍCIOS
2. Determine o valor de x:
a) {3, 4, 5} = {3, 4, x} b) {1, 7, x, 8} = {8, 7, 1, 9}
5

3. Classifique os conjuntos abaixo em vazio ou unitário:


a) A = {x | x ∈ ℕ e x < 1} d) D = {x | x ∈ ℕ e 7 < x <
9}
b) B = {x | x ∈ ℕ e x < 2 e x
é par} e) E = {x | x ∈ ℕ e x ≠ x}
c) C = {x | x ∈ ℕ e x < 4 e x
> 3}

4. Dê os subconjuntos:
Modelo: A {x, y}, os subconjuntos de A são: {x}, {y}, {y,x}, Ø
a) B = {4, 7}
b) C = {a, b, c}

5. Passe para linguagem corrente:


Modelo: A ⊂ B
A está contido em B.

a) M ⊃ N c) E ⊅ F
b) P ⊄ A d) x ∈ A

6. Sendo A = {x, y, z}, coloque V (verdadeiro) ou F (falso):


a) X ∈ A c) {y} ⊂ A
b) {y} ∈ A d) z ⊂ A

UNIÃO DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, chama-se união de A e B e se indica A ⋃ B (A
união B) o conjunto cujos elementos pertencem a A ou a B.
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4}
B = {3, 4, 5, 6}
A ⋃ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
6

2. V = {vogais do nosso alfabeto}


C = {consoantes do nosso alfabeto}
V ⋃ C = {a, b, c, d, e, ..., z}

3.
A ⟹A⋃B=
BB

Resumindo: Definição de união ou reunião de conjuntos:


A ⋃ B = {x | x ∈ A ou x ∈ B}

INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, chama-se intersecção de A e B e se indica A ⋂ B
(A inter B) o conjunto cujos elementos são comuns a A e B, isto é, que pertencem a
A e também a B.
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4}
B = {3, 4, 5, 6}
A ⋂ B = {3, 4}

2. V = {vogais do nosso alfabeto}


C = {consoantes do nosso alfabeto}
V⋂C=Ø

3. A
⟹A⋂B=
B
7

A A

⟹A⋂B=

B B

Resumindo: Definição de intersecção de conjuntos:


A ⋂ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}
EXERCÍCIOS
7. Dados os conjuntos:
A = {1, 2, 3, 4}; B = {1, 7, 9}; C = {3, 5, 8} e D = Ø,
Determine:
a) A ⋃ B d) A ⋂ C g) B ⋂ A
b) A ⋂ B e) A ⋃ D h) A ⋃ A
c) A ⋃ C f) B ⋃ A i) (A ⋂ B) ⋃ C

DIFERENÇA DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferença entre os conjuntos A e B
nessa ordem e se indica A – B o conjunto cujos elementos pertencem a A mas não
pertencem a B.
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4} 2. M = {3, 5, 6} 3. R = {1, 2, 3, 4}
B = {3, 4, 5, 6} P = {3, 5, 6, 7} S = {3, 4, 5, 6}
A – B = {1, 2} M–P=Ø S – R = {5, 6}

4. A B
⟹A–B=

CONJUNTO COMPLEMENTAR
8

Particularmente, quando B é um subconjunto de A, a diferença A – B chama-


se conjunto complementar de B em relação a A:
𝐶𝐴𝐵 = 𝐴 − 𝐵
𝐶𝐴𝐵 (lemos: complementar de B em relação a A)
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4} 2. A = {a, b, c}
B = {1, 2} B = {a, b, c}
𝐶𝐴𝐵 = {3, 4} 𝐶𝐴𝐵 = Ø

3. A
A
B ⟹ 𝐶𝐴𝐵 =A–B=
B

EXERCÍCIOS
8. Hachure a operação indicada:

a) A B
A–B

A
b) B A–B

A B

c) B–A

d) A B A–B

A B
e) B–A
9

f) B 𝐶𝐴𝐵

9. Dados os conjuntos:
A = {x, y, z, w}; B = {x, y}; C = {a} e D = {a, x, y, z, w}
determine:
a) A – B e) D – A i) B ⋃ C
b) B – A f) A – D j) A ⋂ B
c) 𝐶𝐴𝐵 g) 𝐶𝐷𝐶 k) 𝐶𝐴𝐵 ⋂ B
d) A – C h) A ⋂ D l) 𝐶𝐷𝐶 ⋃ B

CONJUNTOS NUMÉRICOS
Os principais conjuntos numéricos recebem as seguintes notações:
Conjunto dos Números Naturais ℕ:
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}
Nota:
O * (asterisco) é usado para indicar a supressão do zero. Assim:
ℕ* = {1, 2, 3, 4, ...}

Conjunto dos Números Inteiros ℤ:


ℤ = {... , -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}
ℤ+ = {0, 1, 2, 3, ...} (inteiros não negativos)
ℤ- = {... , -3, -2, -1, 0} (inteiros não positivos)

Conjunto dos Números Racionais ℚ:


𝑎
ℚ = {𝑏 | 𝑎 ∈ ℤ e b ∈ ℤ∗ }

Números racionais são todos os números que podem ser representados na


𝑎
forma de 𝑏 com a e b inteiros e b diferente de zero.
10

Exemplos:
7 25 5 6 2
7= 2,5 = = 0,666... = =
1 10 2 9 3
𝑎
Nota: Os números que não podem ser expressos na forma 𝑏 , com a e b inteiros e b
diferente de zero, chamam-se irracionais.
Exemplos:

√2 ≅ 1,414213 … √3 ≅ 1,7320 … 𝜋 ≅ 3,1415 …


Conjunto do Números Reais ℝ:
O conjunto dos números racionais reunido com o conjunto dos números
irracionais forma o conjunto dos números reais.
Sendo:
ℚ (racionais) ℚ ⋃ 𝕀 = ℝ (reais)
𝕀 (irracionais)
Assim, os números reais podem ser racionais ou irracionais.
Os reais racionais, quando expressos na forma decimal, ou são decimais
exatos ou têm infinitas casas, porém periódicas.
Os reais irracionais, representados aproximadamente na forma decimal, têm
infinitas casas decimais e não periódicas.
Exemplos:
1. 7
0,8 ⟹ reais racionais
5,3232...
-9

2. 2,71828... ⟹ reais irracionais


3,1415...

Através dos diagramas de Venn visualizamos melhor a relação entre os


conjuntos numéricos. Observe:
11

ℕ⊂ℤ⊂ℚ⊂ℝ

A RETA REAL
Os números reais são representados graficamente considerando a
correspondência biunívoca existente entre os pontos de uma reta e os números
reais.
Assim, a cada ponto da reta corresponde um e um só número real e cada
número real é correspondente de um único ponto. Por outro lado, assim como entre
dois pontos de uma reta há infinitos pontos, também entre dois números reais
quaisquer existem infinitos números reais:

INTERVALOS NUMÉRICOS
Considerando dois números reais a e b, sendo a < b, vamos definir alguns
subconjuntos de ℝ, chamados intervalos numéricos de extremos a e b.
Por exemplo, sendo a = 5 e b = 8, o conjunto dos infinitos números reais
compreendidos entre 5 e 8 é um subconjunto de ℝ chamada intervalo numérico de
extremos 5 e 8.
Um intervalo pode incluir ou não os extremos, daí temos a seguinte
classificação:
Intervalo fechado
Quando inclui os extremos a e b.
Notação Na reta real: Subconjunto de ℝ:
[ a, b ] {x ∈ ℝ | a ≤ x ≤ b}
12

Exemplo:
[ 5, 8 ] {x ∈ ℝ | 5 ≤ x ≤ 8}

Intervalo aberto
Quando não inclui os extremos a e b.
Notação Na reta real: Subconjunto de ℝ:
] a, b [ {x ∈ ℝ | a < x < b}

Exemplo:
] 5, 8 [ {x ∈ ℝ | 5 < x < 8}

Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita


Quando inclui a e não inclui b.
Notação Na reta real: Subconjunto de ℝ:
[ a, b [ {x ∈ ℝ | a ≤ x < b}

Exemplo:
[ 5, 8 [ {x ∈ ℝ | 5 ≤ x < 8}

Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita


Quando não inclui a e inclui b.
Notação Na reta real: Subconjunto de ℝ:
] a, b ] {x ∈ ℝ | a < x ≤ b}

Exemplo:
] 5, 8 ] {x ∈ ℝ | 5 < x ≤ 8}
13

Exemplos:
1. Dados os intervalos:
A = [ 3, 7 [ e B = ] 1, 5 [
pedem-se: A ⋃ B e A ⋂ B.

Colocando esses intervalos na reta real, temos:


Observações:

A Na união temos
todos os elementos de A e
todos os elemento de B.
B Na intersecção
temos apenas os
elementos comuns a A e
A⋃B B.

A⋂B

Assim: A ⋃ B = ] 1, 7 [ e A ⋂ B = [ 3, 5 [

2. Dados os conjuntos:
A = {x ∈ ℝ | 2 ≤ x ≤ 4} e B = {x ∈ ℝ | 1 < x < 3}
pedem-se: A ⋃ B e A ⋂ B.

A⋃B

A⋂B

Então: A ⋃ B = ] 1, 4 ] ou A ⋃ B = {x ∈ ℝ | 1 < x ≤ 4}
A ⋂ B = [ 2, 3[ ou A ⋂ B = {x ∈ ℝ | 2 ≤ x < 3}

EXERCÍCIOS
14

10. Represente na reta real:


a) [ 3, 5 ] d) {x ∈ ℝ | 0 < x < 4}
b) ] 1, 2 ] e) {x ∈ ℝ | 1 < x ≤ 3}
c) {x ∈ ℝ | 3 ≤ x < 5}

11. Associe a coluna da direita com a da esquerda:


a) [ 3, 5 ] d) {x ∈ ℝ | 3 ≤ x < 5}

b)
( ) [ 3, 5 [
( ) {x ∈ ℝ | 3 < x ≤ 5}

c) ( )
( ) ] 3, 5 [

12. Usando a notação de desigualdade escreva as seguintes relações entre


números da reta real.
Modelo: x está à direita do 3
Escrevemos: x > 3 ou 3<x
a) y está à esquerda do 7
b) z está à direita do 0
c) w está entre 5 e 8
d) t está entre – 1 e 1
e) r está à direita de – 3

13. Escreva os seguintes subconjuntos de ℝ usando a notação de conjuntos:


Modelo: Subconjunto dos números reais menores que 4.
Solução: {x ∈ ℝ | x < 4}
a) Subconjunto dos números reais maiores que 5.
b) Subconjuntos dos números reais maiores que 7 e menores que 10.
c) Subconjunto dos números reais maiores que – 8 e menores que 3.
d) Subconjunto dos números reais maiores ou igual a 3 e menores que 4.
15

e) Subconjunto dos números reais positivos e menores que 5.

14. Dados os intervalos abaixo, obtenha as uniões e intersecções:


a) [ 1, 3 ] e ] 2, 5 ]
b) ] 3, 5 [ e [ 1, 6 ]
c) [ 2, 5 [ e ] 1, 4 [
d) [ 1, 6 ] e ] 2, 7 [
e) {x ∈ ℝ | 1 ≤ x ≤ 4} e {x ∈ ℝ | 2 < x < 5}
f) {x ∈ ℝ | 2 < x < 5} e {x ∈ ℝ | 0 < x < 3}
g) {x ∈ ℝ | x ≥ 0} e {x ∈ ℝ | x < 3}
h) [ 0, 3 ] e ] – 4, 4 [
i) {x ∈ ℝ | x < 0} e {x ∈ ℝ | x > 0}
j) {x ∈ ℝ | - 1 < x < 8} e {x ∈ ℝ | 7 < x < 9}

ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:


15. A região hachurada do diagrama abaixo corresponde ao conjunto:
a) A ⋃ B
b) A – B A B
c) A ⋂ B
d) B – A

16. Se A ⋂ B = B e A ⋃ B = A, então:
a) A ⊂ B c) B ⊂ A
b) A = B d) A – B = Ø

17. Dado o diagrama abaixo, então:


a) 3 ∈ B
b) 3 ⊂ A A B
c) {3, 4} ⊂ A 3 4 5
d) {4, 5} ∈ B
16

18. Se A ⋂ B = {6, 8, 10}, A = {4, x, 8, 10} e B = {2, x, y, 10, 12}, então x e y são:
a) 4 e 6 c) 8 e 10
b) 2 e 6 d) 6 e 8

19. Sendo P = {cidades brasileiras}, então podemos afirmar que:


a) Brasília ∈ P c) P ⊃ Brasília
b) Brasília ⊂ P d) N.R.A

20. Sendo R = {pessoas que vivem em Brasília}, T = {pessoas que vivem no


Brasil}, então podemos afirmar que:
a) R ⊂ T c) T ⊂ R
b) R ∈ T d) a, b, c são corretas

21. Se A = B então necessariamente:


a) A ⋂ B = Ø c) A ⋃ B = Ø
b) A ⋃ B = A d) A ⋃ B ≠ A

22. Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 6}, B = {3, 5, 7, 8} e C = {1, 5, 6, 8}, então


(B – A) ⋂ C é igual a:
a) {1, 6} c) {1}
b) {5, 8} d) {3, 7}

23. O número de elementos do conjunto A = {Ø, {Ø}, {{Ø}}} é:


a) 2 c) 4
b) 3 d) 5

24. Sendo A e B dois conjuntos tais que A = B, podemos afirmar que:


a) A – B = A c) B – A = B
b) A – B = B – A = Ø d) A – B é o conjunto
universo
17

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS


1 CONJUNTOS

1. a) D = {domingo, segunda, ..., sábado}


b) V = {a, e, i, o, u}
c) L = {4, 6, 8, ...}
d) M = {8, 9, 10, 11, ...}
e) J = {0, 1}
f) V = {5}
g) T = {4, 5, 6}
h) S = {3, 4}
i) E = {3, 4, 5}
2. a) x = 5 b) x = 9
3. a) unitário c) vazio e) vazio
b) unitário d) unitário
4. a) {4}, {7}, {4, 7}, Ø
b) {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c}, Ø
5. a) M contém N
b) P não está contido em A
c) E não contém F
d) x pertence a A
6. a) V c) V
b) F d) F
7. a) {1, 2, 3, 4, 7, 9} f) {1, 2, 3, 4, 7, 9}
b) {1} g) {1}
c) {1, 2, 3, 4, 5, 8} h) {1, 2, 3, 4}
d) {3} i) {1, 3, 5, 8}
e) {1, 2, 3, 4}
8. a) A B d) A B

b) A e) A B

c) A B f) A

9. a) {z, w} b) Ø
18

c) {z, w} h) {x, y, z, w}
d) {x, y, z, w} i) {x, y, a}
e) {a} j) {x, y}
f) Ø l) Ø
g) {x, y, z, w} m) {x, y, z, w}
10. a) d)
3 5 0 4
b) e)
1 2 1 3
c)
3 5
11. (d), (b), (a), (c)
12. a) y < 7 ou 7 > y d) – 1 < t < 1
b) z > 0 ou 0 < z e) r > -3 ou – 3 < r
c)5 < w < 8
13. a) {x ∈ ℝ | x > 5}
b) {x ∈ ℝ | 7 < x < 10}
c) {x ∈ ℝ | - 8 < x < 3}
d) {x ∈ ℝ | 3 ≤ x < 4}
e) {x ∈ ℝ | 0 ≤ x < 5}
14. a) [1, 5] e ]2, 3] f) ]0, 5] e ]2, 3]
b) [1, 6] e ]3, 5[ g) ℝ e ]0, 3]
c) ]1, 5[ e [2, 4[ h) ]-4, 4[ e [0, 3]
d) [1, 7[ e ]2, 6] i) ℝ* e Ø
e) [1, 5[ e ]2, 4] j) ]-1, 9] e ]7, 8[
15. b 19. a 23. b
16. c 20. a 24. b
17. c 21. b
18. d 22. b

2 Relação e Função
PRODUTO CARTESIANO
19

Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A por B e se


indica A × B (A cartesiano B) o conjunto cujos elementos são todos os pares
ordenados (x, y), onde o primeiro elemento de cada par pertence a A e o segundo a
B.
Exemplo:
Dados A = {1, 2, 3} e B = {2, 4}
então: A × B = {(1,2), (1, 4), (2, 2), (2, 4), (3, 2), (3, 4)}
Podemos representar esse produto cartesiano em:
Diagrama de setas
A B

1 2

2
3 4

ou graficamente:
Sistema de coordenadas cartesianas

Observe:
No eixo horizontal, eixo das
abcissas, colocamos o 1º conjunto
(A) e no eixo vertical, eixo das
ordenadas, o 2º conjunto (B).

Resumindo a definição:
A × B = {(x, y) | x ∈ A e y ∈ B}

EXERCÍCIOS
1. Sendo:
A = {3, 5} e B = {1, 4}, determine:
a) A × B b) B × A
2. Dados:

M = {0, 5} e N = {-1, 0, 5}, determine:


20

a) M × N b) N × M

c) Em diagrama de setas:

M×N N×M

M N N M

0 -1 -1 0
0 0
5 5 5 5
3. Sendo:
A = {1, 2}, B = {0, 1} e C = {0}, determine:
a) A × A e) B × C
b) A × B f) C × C
c) A × C g) C × A
d) B × B h) C × B

4. Represente graficamente, usando o sistema de coordenadas cartesiana,


os produtos cartesianos do exercício anterior.

5. Observando a representação gráfica do produto cartesiano A × B, escreva


o valor da abcissa e da ordenada dos pontos A, B, C, D, E, F, G, H e I:

6. Dado o produto cartesiano A × B = {(1, -1), (1, 2), (1, 3), (2, -1), (2, 2), (2,
3)}, determine os conjuntos A e B.

RELAÇÃO BINÁRIA
21

Relação binária de A em B é qualquer subconjunto do produto


cartesiano A × B.
Exemplo:
Dados A = {1, 2} e B = {2, 4}
então: A × B = {(1, 2), (1, 4), (2, 2), (2, 4)}
Subconjuntos de A × B, tais como:
a) R1 = {(1, 2), b) R2 = {(2, 2)} c) R3 = {(1, 2),
(2, 4)} (1, 4), (2, 4)}
são exemplos de relação de A em B.
Podemos representar essas relações em:
Diagrama de setas

ou graficamente:
Sistema de coordenadas cartesianas
R1 R2

Podemos ainda representar uma relação tomando um par ordenado


arbitrário (x, y) do produto cartesiano A × B para representar um elemento genérico
e uma “lei” que relacione o 1º elemento do par com o seu respectivo 2º elemento.
R1 = {(x, y) ∈ A × B | y = 2x}
Observe:
22

R1 é uma relação formada pelos pares ordenados de A × B que obedecem à


“lei” y = 2x: o segundo elemento (y) é o dobro do primeiro (x).
R2 = {(x, y) ∈ A × B | x = y}

EXERCÍCIOS
7. Represente as relações enumerando seus pares ordenados:
Modelo: b) H I

A B 3 2

1 -1

2 2 4 0

3 3

R1 = {(1, 2), (2, 3)}


a) F G c) M N

3 1 0

5 1 2 1

0 2 5 2

8. Dados A = {1, 2, 3} e B = {0, 2, 3, 6, 7}, determine as seguintes relações,


enumerando seus pares ordenados:
Modelo:
R1 = {(x, y) ∈ A × B | y = 2x + 1}
para x = 1 ⟹ y = 2 . 1 + 1 = 3
para x = 2 ⟹ y = 2 . 2 + 1 = 5 ⟹ R1 = {(1, 3), (3, 7)}
para x = 3 ⟹ y = 2 . 3 + 1 = 7

a) R2 = {(x, y) ∈ A × B | y = 3x}
b) R3 = {(x, y) ∈ A × B | y = x + 1}
c) R4 = {(x, y) ∈ A × B | y = 3x – 1}

9. Represente graficamente as seguintes relações de A em B, dados:


A = {0, 2, 3} e B = {0, 1}.
23

a) R1 = {(2, 1), (3, 1)} c) R3 = {(0, 0), (2, 1)}


b) R2 = {(0, 0), (0, 1), (2, d) R4 = {(0, 1), (2, 0), (3,
0)} 0)}

10. Dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5} represente graficamente as seguintes


relações:
a) R1 = {(x, y) ∈ A × A | y = c) R3 = {(x, y) ∈ A × A | y =
x + 1} x2}
b) R2 = {(x, y) ∈ A × A | y = d) R4 = {(x, y) ∈ A × A | y =
x} 2x – 1}

FUNÇÃO
Dados dois conjuntos A e B não vazios, chama-se função uma relação R de A
em B se e somente se para todo elemento x de A existe um único correspondente y
em B.
Exemplo:
Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4, 9} e as relações:
a) R1 B
A
1 ➢ R1 é uma função de A em B, pois
2 todo elemento de A tem um único
1
correspondente (imagem) em B.
3
2
4
3
9
F
3
5

b) R2 0

A B
1 ➢ R2 é uma função de A em B, pois
1 2 todo elemento de A tem um único
correspondente (imagem) em B.
2 3
A imagem do 1 ∈ A é 1 em B.
3 4
9 A imagem do 2 ∈ A é 1 em B.
F
3
A imagem do 3 ∈ A é 4 em B.
Observe: Para ser função:
5
0

a) Todo elemento de A tem imagem em B.


24

b) Cada elemento de A só tem uma única imagem em B.


Contra-exemplo:
c) R3
A B
➢ R3 não é função de A em B, pois há
1 elementos de A, o 2 e o 3, que não
1 2 têm imagem em B.

2 3

3 4
9
F

d) R4 3
5
0
B
A
1
➢ R4 não é função, pois há elementos
2
1 de A, o 1, com mais de uma
3 imagem (1 e 2 em B).
2
4
3
9
F
3
5
0

EXERCÍCIOS
11. Assinale os diagramas que podem representar uma função:
a) d)

b) e)

c) f)
25

12. Dados os conjuntos: E = {1, 2, 3, 4} e F = {2, 5, 6} e as relações abaixo,


escreva se a relação é função ou não é função:
Sugestão: Represente cada relação em diagramas de setas e verifique.

a) R1 = {(1, 2), (2, 5), (3, d) R4 = {(2, 2), (3, 5), (4,
6)} 6)}
b) R2 = {(1, 2), (2, 5), (3, 2), e) R5 = {(1, 2), (1, 5), (2,
(4, 6)} 6)}
c) R3 = {(1, 5), (2, 5), (3,
5), (4, 5)}

13. Dada a função f de A em B pelo diagrama de setas, dê a imagem dos


elementos: a, b, c e d.
A B

a 1

b 2

c 3

d 4

NOTAÇÃO
Uma função f de A em B, ou seja, domínio em A e imagem no contradomínio
B, indica-se:
f: A ⟶ B (lê-se: f de A em B)
Assim, cada elemento x de A está associado a um único y, imagem de x pela
função f, que se indica f(x) e lê-se f de x.
Resumindo:
➢ O conjunto A chama-se domínio da função f.
➢ O conjunto B chama-se contradomínio da função f.
➢ x é o elemento arbitrário do domínio.
➢ y = f(x) é a imagem de x no contradomínio.
➢ O conjunto dos elementos de B que são imagens dos elementos de A forma o
conjunto imagem (Im).
Exemplo:
26

Seja R uma função de A em B:


A B

1 Domínio: A = {1, 2, 3}
1 2
Contradomínio: B = {1, 2, 4, 6, 7}
2 7
Imagem: Im = {2, 4, 6}
3 4
6

EXERCÍCIOS
14. Dadas as funções abaixo em diagramas de setas, dê o domínio D, o
contradomínio CD e o conjunto imagem Im:
a) 6 b)
1
5
3 2 5
1
8 3

c) 0 0 d) -4 1

-1 -1 -3 2
-2 -2 -2 3

FUNÇÃO NUMÉRICA DE VARIÁVEL REAL


Uma função é chamada função numérica de variável real quando o domínio e
o contradomínio dessa função são subconjuntos do conjunto dos números reais.
Exemplo:
Seja a função f de ℝ em ℝ definida por f(x) = 2x + 1 ou y = 2x + 1.
Assim, esta função tem domínio ℝ e a cada x deste domínio está associado
um único y ∈ ℝ, através da “lei” f(x) = 2x + 1 ou y = 2x + 1.
Resumindo o exemplo:
f: ℝ ⟶ ℝ definida por f(x) = 2x + 1

DETERMINAÇÃO DO DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO ℝ ⟶ ℝ


27

Na prática, é bastante comum indicarmos uma função apenas pela “lei” que
define, não mencionando, portanto, os dois conjuntos A e B, domínio e
contradomínio, da função.
Neste caso, devemos admitir que:
➢ O contradomínio é ℝ.
➢ O domínio é o conjunto formado por todos os números reais que a variável
arbitrária x pode assumir, de modo que as operações indicadas em f(x)
possam ser efetuadas em ℝ.
Exemplos:
5
1. Seja f(x) = 𝑥−3.

A variável x não pode assumir valores que anulem o denominador. Então, devemos
ter:
x–3≠0⟹x≠3
Portanto, D = {x ∈ ℝ | x ≠ 3}.

2. Seja f(x) = √2𝑥 + 8.


A variável x não pode assumir valores que tornem o radicando 2x + 8 um número
negativo, pois não há raiz quadrada real de número negativo. Então:
2x + 8 ≥ 0 ⟹ 2x ≥ -8 ⟹ x ≥ -4
Logo: D = {x ∈ ℝ | x ≥ -4}.

3. Seja f(x) = 7x.


A variável x pode assumir qualquer valor real, pois 7x é um número real qualquer
que seja x. Então, D = ℝ.

EXERCÍCIOS
15. Determine o domínio das seguintes funções numéricas:
3
a) f(x) = 3x e) f(x) = 5+𝑥
b) f(x) = -5x
f) y = √3𝑥 − 12
2
c) f(x) = 𝑥+4 7
g) y = 𝑥
1
d) f(x) = 2𝑥−10 3
h) y =
√2𝑥+10
28

5 j) f(x) = x2 + 3x – 2
i) y =
√𝑥−2

Exemplos:
1. Considere a função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por f(x) = 2x + 1. Calcule f(0), f(1), f(-
1
2), f(2).

f(x) = 2x + 1
f(0) = 2 . 0 + 1 = 0 + 1 ⟹ f(0) = 1
f(1) = 2 . 1 + 1 = 2 + 1 ⟹ f(1) = 3
f(-2) = 2 . (-2) + 1 = -4 + 1 ⟹ f(-2) = -3
1 1 1
f(2) = 2 . (2) + 1 = 1 + 1 ⟹ f(2) = 2

2. Dada a função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por y = 3x2 + 5 ou f(x) = 3x2 + 5, calcule:


f(0), f(1), f(2), f(3).
y = 3x² + 5
x=0 y = 3 . 0² + 5 = 0 + 5 ⟹ y = 5
x=1 y = 3 . 1² + 5 = 3 + 5 ⟹ y = 8
x=2 y = 3 . 2² + 5 = 12 + 5 ⟹ y = 17
x=3 y = 3 . 3² + 5 = 27 + 5 ⟹ y = 32

EXERCÍCIOS
16. Dada a função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por f(x) = 5x + 2, calcule: f(0), f(2), f(-
2
3) e f(3).

17. Seja a função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por y = x² + 2x – 3. Calcule: f(-3), f(-2),


f(-1), f(0), f(1) e f(2).

GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO


Exemplo:
Construa o gráfico da função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por y = 2x + 1.
29

y = 2x + 1
x=0 y=2.0+1⟹y=1
x=1 y=2.1+1⟹y=3
x=2 y=2.2+1⟹y=5

Como reconhecer se um gráfico representa ou não uma função


Vimos que uma relação é função quando a todo x corresponde um único y.
Assim, um gráfico representará uma função quando qualquer reta que traçarmos,
paralela a y, interceptar o gráfico em um único ponto.
Exemplos:

É uma função, pois qualquer reta


paralela a y intercepta o gráfico em um
só ponto, isto é, todo x tem uma única
imagem.

1.

Não é função, pois existe reta paralela


a y que intercepta o gráfico em mais de
um ponto, isto é, há x com mais de uma
imagem; x1, por exemplo, tem imagens
y1 e y2.

2.

EXERCÍCIOS
18. Quais são os gráficos que podem representar uma função?
30

a) d)

b) e)

c) f)

FUNÇÃO INVERSA
Dada a função bijetora f : A ⟶ B pelo conjunto dos pares ordenados (x, y),
chama-se função inversa de f e se indica f-1 a função f-1 : B ⟶ A, formada pelo
conjunto dos pares ordenados (y, x), onde (x, y) ∈ f.
Exemplo:
Sendo f : A ⟶ B: então f-1 : B ⟶ A será:
A B A B

1 2 2 1

2 4 4 2

3 6 6 3

f = {(1, 2), (2, 4), (3, 6)} f-1 = {(2, 1), (4, 2), (6, 3)}
Observe:
Domínio = A Domínio = B
Função f Função f-1
Imagem = B Imagem = A

Importante: Só há função inversa de função bijetora.


31

COMO SE DETERMINA A FUNÇÃO INVERSA DE UMA FUNÇÃO


Quando uma função bijetora f : A ⟶ B não é dada por um conjunto de pares
ordenados e sim definida por uma expressão algébrica, obtemos a inversa usando a
seguinte regra prática:
1. Trocamos x pelo y e y pelo x.
2. Isolamos y em função do x.
Exemplo:
Determine a função inversa da função y = 5x + 3.
1) Trocamos x pelo y e y pelo x: x = 5y + 3
2) Isolamos y em função de x: 5y = x – 3
𝑥−3 𝑥−3
y= (função inversa) ou f-1 =
5 5

EXERCÍCIOS
21. Determine a função inversa das seguintes frações:
a) y = 2x d) y = 2x + 8
b) y = x + 5 e) y = 5x – 15
c) y = 7x – 2 f) y = 3x + 7

FUNÇÃO DO 1° GRAU
Chamamos de função do 1° grau ou afim a qualquer função de ℝ em ℝ
definida por f(x) = ax + b, onde a e b são números reais e a é não nulo.
Resumindo a definição:
f : ℝ ⟶ ℝ definida por f(x) = ax + b, a ∈ ℝ* e b ∈ ℝ
Exemplos:
1. f(x) = 3x – 1 a = 3 e b = -1
2. f(x) = -2x + 5 a = -2 e b = 5
3. f(x) = 4x a=4eb=0
4. f(x) = -x a = -1 e b = 0
Notas:
a) O gráfico da função do 1° grau é uma reta.
32

b) O conjunto imagem da função do 1° grau é ℝ.


c) A função do 1° grau com b = 0, ou seja, f(x) = ax é chamada linear. Nos
exemplos anteriores são lineares: f(x) = 4x e f(x) = -x.
Exemplo:
Construa o gráfico e dê o conjunto imagem das seguintes funções de ℝ em ℝ:
y
a) f(x) = x + 2
x y=x+2 3

0 2 2
1 x
1 3

Im = ℝ

Como o gráfico é uma reta, bastam dois pontos distintos para traçá-lo: (0, 2)
e (1, 3). y
b) f(x) = -3x + 1
x y = -3x + 1 (0, 1)
0 1 1
-2 x
1 -2

y
Im = ℝ

c) f(x) = 5x
5
x y = 5x
0 0 1 x
1 5

Im = ℝ

Como o gráfico da função linear é uma reta que passa pela origem (0, 0), pois
para x = 0 temos y = 0, basta obter apenas mais um ponto.
EXERCÍCIOS
3. Construa o gráfico e dê o conjunto imagem das seguintes funções de ℝ em ℝ.
a) f(x) = 3x + 1 c) f(x) = -x + 5
b) f(x) = -2x + 3 d) f(x) = 5x – 1
33

2𝑥
e) f(x) = 2x h) f(x) = − 3
f) f(x) = -3x
𝑥
g) f(x) = 2

COEFICIENTES a E b DA FUNÇÃO y = ax + b
Na função do 1° grau y = ax + b, o número real a é chamado coeficiente
angular.
Exemplo:
Dê o coeficiente angular das seguintes funções:
a) y = 3x + 4 coeficiente angular a = 3
b) y = -x + 2 coeficiente angular a = -1
c) y = -8 + 5x coeficiente angular a = 5
𝑥 1
d) y = + 7 coeficiente angular a =
5 5

Observações:
Se a > 0, a função é crescente, ou seja, aumentando x aumenta y.
Se a < 0, a função é decrescente, ou seja, aumentando x diminui y.
Exemplos:
1. f(x) = 3x + 1 a = 3 ⟹ a > 0 (crescente)
2. f(x) = -2x + 3 a= -2 ⟹ a < 0 (decrescente)

Na função do 1° grau y = ax + b, o número real b é chamado coeficiente linear.


Exemplo:
Dê o coeficiente linear das seguintes funções:
a) y = 2x + 3 coeficiente linear b = 3
𝑥
b) y = -5 + 4 coeficiente linear b = -5

Observe: Em y = ax + b, para x = 0 temos y = b; o ponto (0, b) é a intersecção da


reta com o eixo y.
y
Exemplo:
y=x+2
5 (0, 2)
para x = 0, y = 2 ⟹ (0, 2) 2 Ponto de intersecção

3 x
34

para x = 3, y = 5

EXERCÍCIOS
4. Dê o coeficiente angular das seguintes funções e classifique-as em crescente
ou decrescente:
a) y = 5x – 8 e) y = -3x
𝑥
b) y = x + 2 f) y = 8 + 5
c) y = -3 – x 2
g) y = 7 - 3 x
d) y = 9 + 3x
5. Dê o coeficiente linear das funções do exercício anterior e o ponto de
intersecção com o eixo y.

RAIZ OU ZERO DA FUNÇÃO DO 1° GRAU


Dada a função do 1° grau y = ax + b, chama-se raiz ou zero da função, o valor
de x para o qual ax + b = 0, ou seja, o valor de x que anula a função. Então, para
determinarmos a raiz ou zero da função, fazemos y = 0 e resolvemos a equação.
Exemplos:
Determine a raiz das seguintes equações:
1. y = 3x – 6 2. y = -8x
3x – 6 = 0 -8x = 0
3x = 6 8x = 0
6 0
x=3 x=8

x=2 x=0
2 é a raiz 0 é a raiz
Observe: Em y = 3x – 6, y = 0 e x = 2, calculado anteriormente, o ponto (2, 0) é a
intersecção da reta com o eixo x.
Construindo o gráfico:
y
35

(2, 0) 2 é a raiz x

(0, -6) -6 é o b (coef. Linear)

EXERCÍCIOS
6. Determine a raiz de cada uma das funções seguintes:
a) y = 2x – 8 f) y = -5x – 7
b) y = 4x + 20 g) y = -3x + 3
c) y = 2x – 3 h) y = 8x + 1
d) y = -x – 9 i) y = -7x + 3
e) y = -2x + 10 j) y = 13x +26
7. Construa o gráfico das funções do exercício anterior, usando o valor da raiz e
o coeficiente linear.

FUNÇÃO QUADRÁTICA
Chamamos de função quadrática qualquer função de ℝ em ℝ definida por f(x)
= ax² + bx + c, onde a ∈ ℝ*, b ∈ ℝ e c ∈ ℝ.
Exemplos:
1. f(x) = 5x² + 3x – 2 a = 5 b = 3 c = -2
2. f(x) = x² + 2x – 3 a = 1 b = 2 c = -3
3. f(x) = -x² + 7x a = -1 b = 7 c = 0
4. f(x) = x² - 9 a = 1 b = 0 c = -9
Resumindo a definição:
f : ℝ ⟶ ℝ definida por f(x) = ax² + bx + c, a ∈ ℝ*, b ∈ ℝ e c ∈ ℝ

GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


O gráfico da função quadrática é uma parábola.
Exemplos:
1. Esboce o gráfico da função f(x) = x² + 2x – 3.
x y = x² + 2x – 3
36

-3 y = (-3)² + 2 (-3) – 3 = 0
-2 y = (-2)² + 2 (-2) – 3 = -3
-1 y = (-1)² + 2 (-1) – 3 = -4
0 y = 0² + 2 ∙ 0 – 3 = -3
1 y = 1² + 2 ∙ 1 – 3 = 0
2 y = 2² + 2 ∙ 2 – 3 = 5

2. Esboce o gráfico da função f(x) = -x² + 4x – 3.


x y = -x² + 4x – 3
-1 y = -(-1)² + 4 (-1) – 3 = -8
0 y = -0² + 4 ∙ 0 – 3 = -3
1 y = -1² + 4 ∙ 1 – 3 = 0
2 y = -2² + 4 ∙ 2 – 3 = 1
3 y = -3² + 4 ∙ 3 – 3 = 0
4 y = -4² + 4 ∙ 4 – 3 = -3
5 y = -5² + 4 ∙ 5 – 3 = -8

EXERCÍCIOS
1. Esboce o gráfico das funções seguintes, atribuindo a x os valores: -3, -2, -1, 0,
1, 2, 3.
a) y = x² + 2x
b) y = x²
c) y = x² - 2x + 1
d) y = -x² + 1

CONCAVIDADE DA PARÁBOLA
Na representação gráfica da função quadrática, notamos que:
► a > 0 ⟹ concavidade da parábola voltada para cima
► a < 0 ⟹ concavidade da parábola voltada para baixo
y y
a>0 a<0
37

x x

RAÍZES OU ZEROS DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


Raízes ou zeros da função quadrática y = ax² + bx + c são valores de x para
os quais a função se anula (y = 0).
Determinamos as raízes da função quadrática resolvendo a equação:
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
o que pode ser feito aplicando a fórmula resolutiva:
−𝑏±√∆
𝑥= onde: ∆ = b² - 4ac
2𝑎

Exemplo:
Determine as raízes das seguintes funções:
a) y = 5x² + 3x – 2
5x² + 3x – 2 = 0
a=5 b=3 c = -2
∆ = b² - 4ac
∆ = 3² - 4 . 5 . (-2) = 9 + 40 = 49 ⟹ ∆ = 49 −3 + 7 4 2
x1 = = =
−𝑏 ± √∆ −3 ± √49 −3 ±7 10 10 5
𝑥= = =
2𝑎 2 .5 10
−3 − 7 10
2
x2 = =− = −1
10 10
Raízes: 5 𝑒 − 1

b) y = x² - 8x
x² - 8x = 0
a=1 b = -8 c=0
∆ = b² - 4ac
∆ = (-8)² - 4 . 1 . 0 = 64 - 0 ⟹ ∆ = 64 8+8
x1 = = 8
−𝑏 ± √∆ −(−8) ± √64 8 ±8 2
𝑥= = =
2𝑎 2 .1 2 8−8
x2 = =0
Raízes: 8 𝑒 0 2

c) y = 6x² + 3x + 7
6x² + 3x + 7 = 0
38

a=6 b=3 c=7


∆ = b² - 4ac
∆ = 3² - 4 . 6 . 7 = 9 – 168 = -159 ⟹ ∆ = -159
−𝑏 ± √∆ −3 ± √−159
𝑥= =
2𝑎 12

Como não há raiz quadrada real de número negativo (√−159 ∉ ℝ), então
esta função não admite raízes reais.
EXERCÍCIOS
2. Sem esboçar o gráfico, escreva se a parábola que representa a função tem a
concavidade voltada para cima ou para baixo:
a) y = x² - 2x – 7 c) y = x² - 3x + 2
b) y = 8x² + 4x – 3 d) y = -4x²

3. Determine as raízes reais das seguintes funções:


a) y = x² + 5x + 6 g) y = -x² + 12x – 20
b) y = x² - 7x + 12 h) y = x² - 3x
c) y = 2x² + 5x – 3 i) y = 7x² + 1
d) y = -x² - x +30 j) y = 3x²
e) y = x² - 6x +9 k) y = x² - 49
f) y = x² - x + 2 l) y = 3x² - x +1

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DAS RAÍZES


Sendo as raízes os valores de x para os quais y = 0, geometricamente as raízes
vão representar os pontos onde a parábola corta ou tangencia o eixo x.
Como a existência e a natureza das raízes dependem do ∆, podemos ter:
1° caso: ∆ > 0
A função admite duas raízes reais e diferentes; então, a parábola corta o eixo
x em dois pontos distintos.
39

2° caso: ∆ = 0
A função admite duas raízes reais e iguais; então, a parábola tangencia o eixo
x.

x1 ≡ x 2
3° caso: ∆ < 0
A função não admite raízes reais; então, a parábola não tem ponto em comum
com o eixo x.

EXERCÍCIOS
4. Determine as raízes, se houver, esboce os gráficos levando em conta o sinal
de a e assinalando apenas as raízes das seguintes funções:
a) y = x² + 5x + 4 d) y = -5x² + x – 8
b) y = 6x² + 6x e) y = x² - 10x + 25
c) y = -x² - x + 6 f) y = -7x²

VÉRTICE DA PARÁBOLA
40

Observando os gráficos que representam a função quadrática y = ax² + bx +


c:

Notamos que a parábola é simétrica em relação a reta r, chamada de eixo de


simetria da parábola.
A intersecção do eixo de simetria e a parábola (o ponto V) chama-se vértice
da parábola.
As coordenadas do vértice são:
𝑏 ∆
𝑥𝑣 = − 𝑒 𝑦𝑣 = −
2𝑎 4𝑎
𝑏 ∆
Então: V = (− 2𝑎 , − 4𝑎 )

Exemplo:
Calculamos as coordenadas do vértice da parábola que representa a seguinte
função: y = x² + 2x – 3.
Como a = 1, b = 2 e c = -3, então ∆ = 2² - 4 . 1 . (-3) = 16
𝑏 2 2
𝑥𝑣 = − = − = − = −1
2𝑎 2 .1 2
∆ 16 16
𝑦𝑣 = − = − =− = −4
4𝑎 4 .1 4
V = (-1, -4)
EXERCÍCIOS
5. Calcule as coordenadas do vértice das parábolas que representam as
seguintes funções:
a) y = x² - 6x + 5 d) y = -3x²
b) y = -x² + 2x – 2 e) y = 4x² - 16x + 7
c) y = x² - 4x

IMAGEM DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


41

Observando os gráficos que representam a função quadrática y = ax² + bx +


c:

Notamos que:

a) se a > 0, a função assume um valor mínimo: 𝑦𝑣 = − 4𝑎 ;

b) se a < 0, a função assume um valor máximo: 𝑦𝑣 = − 4𝑎.

Assim, o conjunto imagem da função quadrática será:



Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≥ − 4𝑎 } (se a > 0)

Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≤ − 4𝑎 } (se a < 0)

Exemplos:
1. Escreva se a função admite um máximo ou um mínimo e determine esse
máximo ou esse mínimo:
a) y = 5x² - 3x – 2
Sendo a = 5 (a > 0), então a função admite um mínimo.

O valor mínimo da função é 𝑦𝑣 = − 4𝑎 :

49
𝑦𝑣 = −
20
b) y = -x² + 2x – 2
Sendo a = -1 (a < 0), então a função admite um máximo.

O valor máximo da função é 𝑦𝑣 = − 4𝑎 :

−(−4) 4
𝑦𝑣 = − = = −1
4(−1) −4
2. Determine o conjunto imagem das seguintes funções:
a) y = 2x² - 3x – 2

Como a > 0 ⟹ Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≥ − 4𝑎 }
42

∆ = 9 + 16 = 25
25
Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≥ − }
8

b) y = -x²+5x + 6

Como a < 0 ⟹ Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≤ − 4𝑎 }

∆ = 25 + 24 = 49
49
Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≤ }
4

EXERCÍCIOS
6. Escreva se a função admite um máximo ou um mínimo e determine esse
máximo ou esse mínimo:
a) y = x² - 3x + 4 d) y = -x² + 2x – 3
b) y = -5x² + 2x – 3 e) x² - 7x + 12
c) y = x² - 4x + 4

7. Determine o conjunto imagem das seguintes funções:


a) y = -3x² - 3x – 1 d) y = -x² + 2x – 2
b) y = x² - 2x + 1 e) y = 5x²
c) y = -x² f) y = x² - 4x

8. Determine para cada uma das funções abaixo:


► as raízes;
► as coordenadas do vértice;
► o conjunto imagem.
a) y = -x² + 12x – 20 d) y = x² - 8x + 7
b) y = 3x² + 4x e) y = 2x² - 12x + 18
c) y = x² - 25 f) y = x² + 3x + 6
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
9. O gráfico que representa uma parábola com a > 0 e ∆ < 0 pode ser:
43

a) c)

b) d)

10. As raízes ou zeros da função y = x² + 2x – 15 são:


a) 3 e -5 c) -3 e -5
b) -3 e 5 d) Não admite raízes.

11. A função que não admite raízes reais é:


a) y = 3x² - x – 1 c) y = x² - 2x + 3
b) y = x² - 7x + 6 d) y = x² + 4x + 4

12. A função que admite duas raízes reais e iguais é:


a) y = x² - 5x + 6 c) y = x² - 4x
b) y = x² + 6x + 9 d) y = x² + 4x + 9

13. A função y = ax² + 8x – 7 admite um valor mínimo se:


a) a ≠ 0 c) a < 0
b) a > 0 d) N.R.A.

14. A função y = mx² - 3x + 2 admite um valor máximo se:


a) m ≠ 0 c) m < 0
b) m > 0 d) N.R.A.

15. O domínio e imagem da função y = x² são, respectivamente:


a) ℝ+ e ℝ+ c) ℝ e ℝ*
b) ℝ e ℝ+ d) ℝ* e ℝ*
44

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS


2 RELAÇÃO E FUNÇÃO

1. a) {(3, 1), (3, 4), (5, 1), (5, 4)}


b) {(1, 3), (1, 5), (4, 3), (4, 5)}
2. a) {(0, -1), (0, 0), (0, 5), (5, -1), (5, 0), (5, 5)}
b) {(-1, 0), (-1, 5), (0, 0), (0, 5), (5, 0), (5, 5)}
M N N M
c)
0 -1 -1 0

0 0
5 5 5 5

3. a) {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2)}


b) {(1, 0), (1, 1), (2, 0), (2, 1)}
c) {(1, 0), (2, 0)}
d) {(0, 0), (0, 1), (1, 0), (1, 1)}
e) {(0, 0), (1, 0)}
f) {(0, 0)}
g) {(0, 1), (0, 2)}
h) {(0, 0), (0, 1)}

4.

5. A(0, 0) D(1, 0) G(2, 0)


B(0, 1) E(1, 1) H(2, 1)
C(0, 2) F(1, 2) I(2, 2)
6. A = {1, 2} B = {-1, 2, 3}

7. a) R2 = {(3, 1), (5, 1)}


b) R3 = {(3, 2), (-1, 2), (4, 0)}
45

c) R4 = {(1, 0), (2, 1), (5, 2)}


8. a) R2 = {(1, 3), (2, 6)}
b) R3 = {(1, 2), (2, 3)}
c) R4 = {(1, 2)}

9.

10.
11. b, d, e
12. a) não é c) é e) não é
b) é d) não é
13. 1, 1, 2, 4
14. a) D = {5, 1} c) D = {0, -1, -2}
CD = {6, 3, 8} CD = {0, -1, -2}
Im = {6, 3} Im = {0, -1, -2}
b) D = {1, 2, 3} d) D = {-4, -3, -2}
CD = {5} CD = {1, 2, 3}
Im = {5} Im = {1, 2}

15. a) D = ℝ
b) D = ℝ
46

c) D = {x ∊ ℝ | x ≠ -4}
d) D = {x ∊ ℝ | x ≠ 5}
e) D = {x ∊ ℝ | x ≠ -5}
f) D = {x ∊ ℝ | x ≥ 4}
g) D = ℝ*
h) D = {x ∊ ℝ | x > -5}
i) D = {x ∊ ℝ | x > 2}
j) D = ℝ
2 16
16. f(0) = 2, f(2) = 12, f(-3) = -13, f(3) = 3

17. f(-3) = 0, f(-2) = -3, f(-1) = -4, f(0) = -3, f(1) = 0, f(2) = 5
18. a, b, c, d
20. b, f
21.
𝑥 𝑥−8
a) y = 2 d) y =
2

b) y = x – 5 𝑥+15
e) y = 5
𝑥+2
c) y = 𝑥−7
7 f) y =
3

22. a) crescente d) crescente


b) decrescente e) decrescente
c) crescente f) decrescente
3 FUNÇÃO DO 1° GRAU

1.
47

2.

3.
4. a) a = 5; crescente
b) a = 1; crescente
c) a = -1; decrescente
d) a = 3; crescente
e) a = -3; decrescente
1
f) a = 5; crescente
−2
g) a= ; decrescente
3

5. a) b = -8; (0, -8) e) b= 0; (0, 0)


b) b = 2; (0,2) f) b = 8; (0, 8)
c) b = -3; (0, -3) g) b = 7; (0, 7)
d) b = 9; (0, 9)
−7
6. a) x = 4 f) x = 5
b) x = -5 g) x = 1
3
c) x = 2 h) x =
−1
8
d) x = -9 3
i) x 7
e) x = 5
j) x = -2
48

7.
FUNÇÃO QUADRÁTICA

1.

2. a) para cima c) para cima


b) para cima d) para baixo
3. a) -2 e -3 e) 3 e 3
b) 3 e 4 f) ∄ raízes reais
1
c) 2 e -3 g) 2 e 10

d) 5 e -6 h) 3 e 0
49

i) ∄ raízes reais l) ∄ raízes reais


j) 0 m) ∄ raízes reais
4. a) raízes: -1 e -4

b) raízes: 0 e -1

c) raízes: -3 e 2

d) não existem raízes reais


e) raízes: 5 e 5

f) raízes: 0 e 0

5. a) (3, -4) c) (2, -4) e) (2, -9)


b) (1, -1) d) (0, 0)
50

7
6. a) mínimo yv = 4
14
b) máximo yv = − 5

c) mínimo yv = 0
d) máximo yv = -2
1
e) mínimo yv = −
4
1
7. a) Im = {y ∊ ℝ | y ≤ − }
4

b) Im = {y ∊ ℝ | y ≥ 0}
c) Im = {y ∊ ℝ | y ≤0}
d) Im = {y ∊ ℝ | y ≤ -1}
e) Im = {y ∊ ℝ | y ≥ 0}
f) Im = {y ∊ ℝ | y ≥ -4}
8. a) raízes 2 e 10
V(6 , 16)
Im = {y ∊ ℝ | y ≤ 16}

4
b) raízes 0 e 3
2 4
V(− 3 , − 3)
4
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ − }
3

c) raízes 5 e -5
V(0, -25)
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ -25}

d) raízes 1 e 7
V(4, -9)
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ -9}

e) raízes 3 e 3
V(3, 0)
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ 0}

f) ∄ raízes reais
3 15
V(− 2 , 4 )
51

15
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ }
4

9. c 12. b 15. b
10. a 13. b
11. c 14. c

POTENCIAÇÃO
DEFINIÇÃO – O produto com fatores iguais, tal como 3 x 3 x 3 x 3 pode ser
escrito em forma de potência 34, onde 3 é chamado de base e 4, o número de vezes
que a base se repete, de expoente.
Genericamente, se a for um número real e n um número natural diferente de
zero:
an = a x a x a x a . . . a
expoente Definições especiais:
a0 = 1, a ≠ 0
an = b potência n vezes
a¹ = a
base

Exemplos:
1. 5³ = 5 x 5 x 5 = 125 5. 80 = 1
2. (-3)² = (-3) ∙ (-3) = 9 6. 7¹ = 7
3. (-1)4= (-1) ∙ (-1) ∙ (-1) ∙ (-1)= 1 7. (0,2)4=(0,2) (0,2) (0,2)
(0,2)=0,0016
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟒
4. (𝟑) = (𝟑) (𝟑) = 𝟗

PROPRIEDADEES DA POTENCIAÇÃO

am ∙ an = am+n 𝑎 𝑛 𝑎𝑛
(𝑏 ) = 𝑏 𝑛 (b ≠ 0)
am : an = am-n
(am)n = am ∙ n
(a ∙ b)n = an ∙ bn

Exemplo:
Simplifique, usando as propriedades
a) 35 ∙ 32 ∙ 3 ∙ 34 = 35 + 2 + 1 + 4 = 312 b) 57 ∙ 5-2 = 57 – 2 = 55
52

c) a2 ∙ a3 ∙ a0 = a2 + 3 + 0 = a5 3 2 32
g) (5) = 52
d) 107 : 102 = 107 – 2 = 105
h) (72)10 = 72 ∙ 10 = 720
25
e) = 25−1 = 24
2

f) (x ∙ y)8 = x8 ∙ y8

EXERCÍCIOS
1. Calcule:
a) 50 3 4 f) (-2)5
d) (2)
b) 81 g) (-6)2
e) 03
c) 25 h) (0,3)3
2. Usando as propriedades, simplifique:
a) 52 ∙ 57 ∙ 5 5 2 h) (b2)-5
e) (3)
b) 83 : 83 i) a ∙ a
f) (a ∙ b)5
c) b7 ∙ b2 ∙ b ∙ b0 j) a : a (a ≠ 0)
g) (a3)4
37
d) 37

EXPOENTE INTEIRO NEGATIVO


Exemplos:

1. 2-3 = 23 = 8
1 1 1 −3 2 3 23
4. (2) = (1) = =8
13
1 1
2. 3-1 = 31 = 3 1 2 1
5. -8-2 = (− 8) = 64
2 −2 5 2 25
3. (5) = (2) = Invertemos a base e
4
trocamos o sinal do
EXERCÍCIOS
expoente
3. Calcule:
a) 6-2 2 −3 f) (-5)-2
d) (5)
b) 5-3
e) (-2)-1
c) 8-1

RADICIAÇÃO
53

Para a ∊ ℝ, b ∊ ℝ e n ∊ ℕ*, temos:


radical

índice n
√b = a raiz

radicando

n
Assim, √b = a ⟹ b = na

Propriedades
Para a ∊ ℝ, b ∊ ℝ e n ∊ ℕ*, m ∊ ℕ*, temos:
n n
a) n√a ± √b = √a ± b n
c) √ m√a = n ∙m
√a
n n p
b)
√a
n = √b
n a
(b ≠ 0) d) ( n√a) = √ap , p ∈ ℕ∗
√b
n p∙n
e) √am = √am ∙ p , p ∊ ℕ∗
Observação: Para radicais de índice par, devemos ter b ≥ 0 e a ≥ 0.

EXPOENTE EXPRESSO POR UMA FRAÇÃO


Exemplos:
2 4
3 3 4
1. 83 = √82 = √64 4.
2 5
(3)
52 16
= √ (3) = √81
5

1
2. 92 = √9 = √32 = 3
Elevamos a base ao valor do
1
10 numerador e extraímos a raiz
3. 50,1 = 5 10 = √5
de valor do denominador

EXERCÍCIOS
4. Escreva sob forma de radical:
4 2
a) 53 3 3 e) 20,01
1
c) (7) 1
8 3
b) 27 4 2 f) (27)
1 5
d) (13)

5. Passe para forma de potência com expoente fracionário:


3 10
a) √52 c) √8 e) √910
10 3 7
b) √3 d) √7 f) √214
54

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Calcule:
a) 32 = g) (-5)3 =
b) 52 = h) (-5)4 =
c) 27 = i) (-4)2 =
d) 83 = j) (-1)4 =
e) 73 = k) (-1)5 =
f) (-3)2 = l) 07 =
2. Utilize as propriedades adequadas a cada caso:
1) 32 ∙ 33 = 7) (52)3 =
2) 51 ∙ 5-3 = 8) (33)-2 =
3) 2-2 ∙ 2-3 = 9) (0,2-2)-4 =
4) (2 ∙ 7)2 = 10) 46 : 42 =
5) (4-1 ∙ 3-1)2 = 11) 32 : 3-3 =
6) (116 ∙ 113)2 = 12) 7-2 : (7-3)-2 =
RESPOSTAS:
1) a) 9 b) 25 c) 128 d) 512 e) 343 f) 9 g) -125 h) 625 i) 16
j) 1 k) -1 l) 0
2) 1) 35 2) 5-2 3) 2-5 4) 22 ∙ 72 5) 2-4 ∙ 3-1 6) 1118 7) 56 8) 3-6 = 1/36
9) (0,2)8 10) 44 11) 35 12) 74

FUNÇÃO EXPONENCIAL
Chamamos de função exponencial qualquer função de ℝ em ℝ definida por
f(x) = ax, onde a ∊ ℝ∗+ e a ≠ 1.
Exemplos:
1. f(x) = 2x
1 x
2. f(x) = (2)

Resumindo a definição:
55

f : ℝ ⟶ ℝ definida por f(x) = ax, a ∊ ℝ∗+ e a ≠ 1


Exemplos:
1. Esboce o gráfico da função f(x) = 2x, dê o domínio e a imagem da função:

x y = 2x
1 1
-2 y = 2-2 = 22 = 4 D=ℝ
-1 1
y = 2-1 = 21 = 2
1 Im = ℝ∗+

0 y = 20 = 1
1 y = 21 = 2
2 y = 22 = 4

Observe: y = 2x a = 2 ⟹ a > 1 ⟹ função crescente

1 𝑥
2. Esboce o gráfico da função f(x) = (2) , dê o domínio e a imagem da função.

x 1 𝑥
y = (2)

-2 1 −2 2 2 D=ℝ
y = (2) = (1) = 4
Im = ℝ∗+
-1 1 −1 2 1
y = (2) = (1) = 2

0 1 0
y = (2) = 1

1 1 1 1
y=( ) =
2 2

2 1 2 1
y = (2) = 4

1 𝑥 1
Observe: y = (2) a = 2 ⟹ 0 < a < 1 ⟹ função decrescente

3. Classificar cada uma das funções em crescente ou decrescente:


56

a) y = 7x a base é 7, maior que 1, então é crescente.


1 𝑥 1
b) y = ( ) a base é , menor que 1, então é decrescente.
3 3
𝑥
√15 √15
c) y = ( ) a base é , maior que 1, então é crescente.
2 2
𝑥
√2 √2
d) y = ( 3 ) a base é , menor que 1, então é decrescente.
3

e) y = 0,7x a base é 0,7, menor que 1, então é decrescente.


EXERCÍCIOS
6. Classificar as funções em crescente ou decrescentes:
a) y = 10x d) y = 0,8x
7 𝑥 e) y = 1,5x
b) y = (2)
𝑥
𝑥 √5
√3 f) y = ( 4 )
c) y = ( 2 )

EQUAÇÃO EXPONENCIAL
Uma equação é exponencial quando a incógnita está no expoente.
Assim, 2x = 32 ou 3x - 2 = 27 são exemplos de equação exponencial.
Para resolver equações desse tipo, devemos transformá-las numa igualdade.
A partir de bases iguais, devemos igualar os expoentes e, então, determinar o valor
da variável:
af(x) = ag(x) ⟹ f(x) = g(x), com a ∊ ℝ∗+ e a ≠ 1
Exemplo:
Resolva:
a) 5x + 5 = 57
Sendo uma igualdade, se as bases são iguais podemos igualar os
expoentes:
x+5=7
x=7–5
x=2
Logo: S = {x ∊ ℝ | x = 2} ou S = {2}
57

b) 2x = 8
Decompondo o 8 em fatores primos para termos bases iguais:
8 2 2x = 8 = 2 3
2x = 23 ⟹ x = 3
4 2
2 2
S = {3}
1 23 = 8

1
c) 5x = 25

Decompondo o 25 em fatores primos:


1
25 5 5x = 52

5 5 5x = 5-2 ⟹ x = -2

1 52 = 25 S = {-2}

5
d) 9x = √27
Decompondo o 9 e 27 em fatores primos:
5
9 3 27 3 32x = √33
3 3 9 3 3
3
32x = 35 ⟹ 2x = 5
1 32 = 9 3 3 3 3
x = 10 ⟹ S = {10}
1 33 = 27
5
9x = √27
EXERCÍCIOS
7. Resolva as equações exponenciais:
3
a) 3x + 2 = 37 f) 4x = √32
b) 5x = 25 3
g) 7x = √49
c) 2x = 16 1
h) 9x = 27
1
d) 3x = 27
i) 3x = √27
1
e) 23x = 8 j) 8x = √32
8. Resolva as equações exponenciais:
1) 2x = 32 2) 32x = 81
58

2
3) 45x – 1 = 1 8) 3𝑥 = 3
4) 62x – 4 = 36 9) 43x + 5 = 64
5) 53x – 5 = 625 10) 93x = (1/243)
2 −1
6) 2𝑥 =1 11) 164x = (1/2)
7) 73x + 2 = 2401 12) 4x – 2 = 512
RESPOSTAS
1) 5 5) 3 9) -2/3
2) 2 6) -1 e 1 10) -5/6
3) 1/5 7) 2 11) -1/16
4) 3 8) 1 12) 13/2

• Resolva as seguintes equações exponenciais:


a) 2x = 512 g) (2x)x + 3 = 16
2−1
b) 3𝑥 = 27 h) 3(2 – x) (x – 4) = 1/27
2−5
c) 3x = 243 i) 3𝑥 = 33x – 1
2
d) 2x = √32 j) 3𝑥 = 93x – 4
e) 32x + 1 = 27 k) 162x – 1 = 1/8
f) 3x = 1/81 l) 5x = 1
• Confira suas respostas.
a) x = 9 g) x = 1 e x = -4
b) x = ±2 h) x = 1 e x = 5
c) x = 5 i) x = -1 e x = 4
d) x = 5/2 j) x = 2 e x = 4
e) x = 1 k) x = 1/8
f) x = -4 l) x = 0
81
1. a) 1 d) 16 g) 36

b) 8 h) 0,027
e) 0
c) 32 f) – 32

2. a) 510 b) 80 = 1 c) b10
59

d) 30 = 1 g) a12 j) a0 = 1
52 h) b-10
e)
32
i) a2
f) a5 ∙ b5

1 1 1
3. a) c) e) −
36 8 8

1 125 1
b) d) f)
125 8 25

3 3 1
4. a) √54 = √625 3
3 9 2 3 e) 2100 =
100
√2
c) √( ) = √
7 49
4
b) √27 3 8
5 1 2 5 1
f) √27
d) √(13) = √169

2 1 10
5. a) 53 c) 82 e) 910 = 9
1 1 14
b) 310 d) 73 f) 2 7 = 22

6. a) crescente c) decrescente e) crescente

b) crescente d) decrescente f) decrescente

7. a) S = {5} e) S = {-1} 3
h) S = {− 2}
b) S = {2} 5
f) S = {6} 3
i) S = {2}
c) S = {4} 2
g) S = {3} 5
j) S = {6}
d) S = {-3}

SEQUÊNCIA OU SUCESSÃO
Frequentemente nos deparamos com sequências de termos, onde a partir de
alguns elementos dados, sendo estes ditos consequentes, nos é permitido
determinar novos elementos da sequência, tais como outros termos, ou ainda a
soma destes termos, diferenças, produtos, etc...
Sequência Numérica:
Considere um conjunto qualquer em que seus elementos são números reais,
coloque-os numa certa ordem, isto é, escolha quem é o primeiro, o segundo, o
terceiro e assim por diante. Você terá uma sequência numérica.
A representação matemática de uma sequência é (a1, a2, a3, a4, ..., a n – 1, an).
60

Exemplo: Seja a sequência: (5, 7, 9, 11), onde a1 = 5, a2 = 7, a3 = 9, a4 = 11.


As sucessões são dadas em sua maioria, por meio de uma regra chamada de
LEI DE FORMAÇÃO que nos permite calcular qualquer termo da sucessão.
Exemplos:
1) Escrever a sucessão em que an = 2n e n assume valores de 1 a 5.
Resolução: para n = 1, temos que: a1 = 2 ∙ 1 = 2
para n = 2, temos que: a2 = 2 ∙ 2 = 4
para n = 3, temos que: a3 = 2 ∙ 3 = 6
para n = 4, temos que: a4 = 2 ∙ 4 = 8
para n = 5, temos que: a5 = 2 ∙ 5 = 10
Logo, a sucessão procurada é (2, 4, 6, 8, 10).
2) Achar os 5 primeiros termos da sucessão dada por a1 = 3 e a n +1 = an + 5 e n
∊ ℕ*.
Resolução: n=1 a2 = a1 + 5 = 3 + 5 = 8
n=2 a3 = a2 + 5 = 8 + 5 = 13
n=3 a4 = a3 + 5 = 13 + 5 = 18
n=4 a4 = a3 + 5 = 18 + 5 = 23
Logo, a sucessão é: (3, 8, 13, 18, 23).
É importante observarmos que na matemática, nos interessam as
sequências onde os termos são números reais e obedecem a uma certa lei de
formação.
EXERCÍCIOS:
1. Escreva uma sequência, onde o primeiro termo é 4 e a cada termo, a partir
do segundo é igual ao anterior somado com 5.
2. Escreva uma sequência, onde o primeiro termo é 5 e a cada termo, a partir
do segundo, é igual ao anterior diminuído de 3.
3. Escreva uma sequência que obedecem a expressão: a n = 3n – 2, sendo n ∊ (1,
2, 3, 4, 5).

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)


Definição: P.A. é uma sequência de termos na qual, cada termo, a partir do
segundo é igual ao anterior somado a uma quantidade constante, não nula. Esta
constante chamamos de razão (r).
61

Termos da PA: (a1, a2, a3, a4, ..., an). r = a2 – a1


r = termo – termo anterior r = a3 – a2
Exemplos: r = a4 – a3
a) (4, 10, 16, 22, ...) a razão da P.A. é 6, pois 10 – 4 = 6, 22 – 16 = 6, ...
b) (5, 2, -1, -4) a razão da P.A. é -3, pois 5 – 2 = -3, -4 – (-1) = -3, ...
EXERCÍCIOS:
1. Calcule a razão de cada uma das seguintes progressões aritméticas:
a) (2, 9, 16, 23)
b) (5, 3, 1, -1, -3)
c) (-5, -1, 3, 7, 11)
d) (a, 4a, 7a, 10a, ...)

2. Complete as seguintes PAs:


a) (2, 7, 12, ____, ____, ____)
b) (5, 10, ____, ____, ____)
c) (30, 20, ____, ____, ____)
d) (-2, 2, ____, ____, ____)
e) (-4, -1, ____, ____, ____, ____)
Respostas:
1. a) r = 7 c) r = 4
b) r = -2 d) r = 3a
2. a) 12, 17, 22 c) 10, 0, -10 e) 2, 5, 8, 11
b) 15, 20, 25 d) 6, 10, 14

“Em uma PA, qualquer termo é a média aritmética dos termos vizinhos”.
Então podemos dizer que o termo do meio é a média aritmética dos outros
dois termos. Assim, genericamente podemos afirmar:
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 =
2
EXERCÍCIOS:
1. Se (2, x, 18) são três termos consecutivos de uma PA. Calcule o valor de x.
62

2. Calcule x, tal que os termos (x, 10, 4x) sejam termos consecutivos de uma PA.
Respostas:
1. x = 10 2. x = 4

FÓRMULA DO TERMO GERAL DA PROGRESSÃO ARITMÉTICA (PA)


É importante notar que, dados dos termos de uma PA, determinados a razão
(r) dessa PA efetuando a diferença entre um termo qualquer e o seu antecessor.
(3, 5, 7, 9, ...) então r = 5 – 3 = 2.
Sabendo que a razão é 2 podemos calcular os termos dessa PA:
a2 = a1 + r
a3 = (a1 + r) + r = a1 + 2r
a4 = (a1 + 2r) + r = a1 + 3r
a5 = (a1 + 3r) + r = a1 + 4r
e assim sucessivamente até obtermos a fórmula geral:
an = a1 + (n – 1) ∙ r an = termo geral
a1 = primeiro termo
n = quantidade de termos da PA
r = razão da PA
Exemplos:
1) Dada a PA (4, 7, 10, ...), calcule o 10° termo.
an = ? an = a1 + (n – 1) ∙ r
a1 = 4 a10 = 4 + (10 – 1) ∙ 3
n = 10 termos a10 = 4 + 9 ∙ 3 = 4 + 27
r=7–4=3 a10 = 31, 31 é o décimo termo da PA

2) Calcule o número de termos da PA, sabendo-se que o primeiro termo é -14, o


último termo é 19 e a razão vale 3.
an = 19
a1 = -14 an = a1 + (n – 1) ∙ r
n=? 19 = -14 + (n – 1) ∙ 3
r=3 19 + 14 = 3n – 3
63

33 + 3 = 3n → n = 12, a PA tem 12
termos
3) Em uma PA de 9 termos o nono termo é 50 e a razão vale -2. Calcule o
primeiro termo dessa PA.
a9 = 50 an = a1 + (n – 1) ∙ r
a1 = ? 50 = a1 + (9 – 1) ∙ (-2)
n = 9 termos 50 = a1 – 16 → a1 = 50 + 16
r = -2 a1 = 66, 66 é o primeiro termo da PA
EXERCÍCIOS
1) Calcule o 1° termo da PA, cujo 6° termo é zero e a razão é -2.
2) Sabe-se que numa PA a30 = 24 e a razão é 6. Calcule o 1° termo.
3) Numa PA, o primeiro e o último são, respectivamente, 15 e 223 e a razão é
igual a 8. Quantos termos tem essa PA?
4) Determine o primeiro termo de uma PA em que a8 = 35 e a razão é 3.
5) Numa PA, sabe-se que a1 = -8 e a11 = 62. Determine a razão.
6) Encontrar o décimo termo da PA (5, 12, ...).
7) Quantos são os múltiplos de 5 compreendidos entre 8 e 512?
8) Calcule a razão de uma PA, sabendo-se que a1 = 100 e a21 = -40.
9) Calcule o sétimo termo da PA (1, 6, 11, ...).
10) Numa PA de 20 termos, o primeiro termo é 5 e a razão é 4. Determine
o último termo dessa PA.
Respostas:
1) a1 = 10 2) a1 = 150 3) n = 27 4) a1 = 14 5) r = 7 6) a 10 = 68
7) 101 múltiplos 8) r = -7 9) a7 = 31 10) o último termo é 81

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (P.G.)


Numa PG, a lei de formação das sequências é: a cada termo posterior, a partir
do segundo, é igual ao anterior, multiplicado por um número fixo que é chamado
de razão (q).
Cada sequência que tiver essa lei de formação é denominada PROGRESSÃO
geométrica (P.G.).
q = a2 ÷ a1
Razão: q = termo + termo anterior
q = a3 ÷ a2
q = a4 ÷ a3
64

Sejam as sequências:
a) (4, 8, 16, 32, 64)
Observamos nessa sequência que: 4 ∙ 2 = 8 8 ÷ 4 =2
8 ∙ 2 = 16 16 ÷ 8 = 2
16 ∙ 2 = 32 32 ÷ 16 = 2
32 ∙ 2 = 64 64 ÷ 32 = 2
O número fixo que multiplicamos a cada termo é 2, então a razão é 2.
(q = 2)
b) (6, -18, 54, -162)
Número fixo é -3 q = a2 ÷ a1
q = -18 ÷ 6 = -3
1 1 1
c) (8, 2, 2 , 8 , 32)
1
O número fixo é q = a2 ÷ a1
4
1
q=2÷8=4

EXERCÍCIOS:
1) Determine a razão (q) da PG em cada uma das sequências:
a) (3, 12, 48, ...)
b) (10, 5, ...)
c) (5, -15, ...)
d) (10, 50, ...)
e) (11, 11, 11, ...)
5
f) (5, 2, ...)

2) Sendo o primeiro elemento -2 e a razão (número fixo) 3, escreva a PG com 6


termos.
Respostas:
1 1
1) a) q = 4 b) q = c) q = -3 d) q = 5 e) q = 1 f) q =
2 2

2) (-2, -6, -18, -54, -162, -486)


65

TERMO GERAL DE UMA P.G.


A fórmula do termo geral de uma progressão geométrica permite encontrar
qualquer termo sem precisar escrever a P.G.
Seja a P.G. (a1, a2, a3, ..., an - 1, an) de razão q:
a1 = a1 ∙ q0
a2 = a1 ∙ q1 an = a1 ∙ qn – 1 Fórmula do termo geral da PG

a3 = a1 ∙ q2 = a2 ∙ q
a4 = a1 ∙ q3 = a3 ∙ q
...
an = a1 ∙ qn – 1 = an-1 ∙ q

Exemplos:
1) Achar o quarto termo da PG (2, 6, ...)
an = a1 ∙ qn – 1
a1 = 2
a4 = 2 ∙ 34 – 1
n=4
a4 = 2 ∙ 33
an = ?
a4 = 2 ∙ 27 = 54, 54 é o quarto termo da PG
q=6÷2=3

2) Numa PG de quatro termos, a razão é 5 e o último termo é 375. Calcule o


primeiro termo dessa PG.
an = a1 ∙ qn – 1
a1 = ?
375 = a1 ∙ 54 – 1
n=4
375 = a1 ∙ 53
an = 375 375
= a1
q=5 125

a1 = 3, O primeiro termo é o 3

3) Numa PG de 6 termos, o primeiro termo é 2 e o último termo é 486. Calcule a


razão dessa PG.
an = a1 ∙ qn – 1
a1 = 2
486 = 2 ∙ q6 – 1
486
= q5
2
5
√243 = q
q = 3, A razão vale 3
66

n=6
an = 486
q=?

EXERCÍCIOS:
1) Calcule o 7° termo da PG (4, -8, 16, ...).
2) Numa PG temos que o quinto termo é -625 e a razão é -5. Calcule a1.
3) Qual o número de termos da PG onde a1 = 3, an = 48 e q = 2?
4) Achar o quinto termo da PG (2, 10, 50, ...).
5) Numa PG de quatro termos a razão é 5 e o último termo é 375. Calcule a1.
6) Numa PG, o primeiro termo é 4 e o quarto termo é 4000. Qual é a razão da
PG?
7) Em uma PG, o primeiro termo é 2 e o quinto é 162. A razão dessa PG é:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6
8) O primeiro termo e a razão de uma PG valem 3 e o último termo vale 729. O
número de termos dessa PG é:
a) 0
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7
1
9) O décimo termo de uma PG, onde o primeiro termo é 8 e a razão é 2, é:

a) 12
b) 32
c) 128
67

d) 24
e) 64
10) O sétimo termo da PG (3, 12, 48, ...) é:
a) 4096
b) 6144
c) 12288
d) 24364
e) 49052
Respostas:
1) 256 2) -1 3) 5 4) 1250 5) 3 6) 40 7) b 8) d 9) e 10) c

TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO


Observando o triângulo retângulo, temos:

ARCOS NOTÁVEIS
A tabela seguinte é muito importante, pois ela será útil na resolução de
problemas:
ARCO SENO COSSENO TANGENTE
1 √3 √3
30° = 0,5 = 0,86 = 0,58
2 2 3

√2 √2
45° = 0,7 = 0,7 1
2 2

√3 1
60° = 0,86 = 0,5 √3 = 1,73
2 2

PROBLEMAS PROPOSTOS
1- Uma escada apoiada em uma parede, num ponto distante 4 m do solo, forma
com essa parede um ângulo de 60°. Qual é o comprimento da escada?
68

2- Uma torre vertical de altura 12 m é vista sob um ângulo de 30° por uma
pessoa que se encontra a uma distância x da sua base cujos olhos estão no
mesmo plano horizontal dessa base. Determine a distância x.

3- Um navio avista a torre de um farol segundo um ângulo de 30°. Sabendo que


a altura do farol é de 72 m, determine a distância do navio ao farol.

4- Num campeonato de asa delta, um participante se encontra a uma altura de


160 m e vê o ponto de chegada a um ângulo de 60°. Calcular a distância que
ele está do ponto de chegada.

5- Um avião levanta voo em um ângulo de 30° em relação à pista. Qual será a


altura do avião quando estiver percorrendo 4000 m em linha reta?

Exemplo: Uma pessoa está distante 80 m da base de um prédio e vê o ponto mais


alto do prédio sob um ângulo de 16° em relação à horizontal. Qual é a altura do
prédio? Dado: tg 16° = 0,28.
Resolução:

x = cateto oposto ao ângulo de 16°

80 = cateto adjacente ao ângulo de 16°

Resposta: A altura do prédio é ≃ 22,40 m.

Exemplo: Um avião levanta voo em B e sobe fazendo um ângulo constante de 15°


com a horizontal. A que altura estará e qual a distância percorrida quando alcançar
a vertical que passa por uma igreja situada a 2 km do ponto de partida? Dados: sen
15° = 0,26 e tg 15° = 0,27.
Resolução:
69

• Cálculo da altura x em
relação ao solo:
𝑥 𝑥
tg 15° = ⟹ 0,27 =
2 000 2 000

x = 540m

• Cálculo da distância
percorrida y:
𝑥 540
sen 15° = 𝑦 ⟹ 0,26 = 𝑦

540
y = 0,26 ⟹ 𝑦 = 2.076,9 𝑚

Resposta: A altura é de 540 m e a distância percorrida é de 2.076,9 m.

6 – Um prédio projeta uma sombra de 40 m quando os raios solares formam um


ângulo de 45° com solo. Qual a altura desse prédio?

7 – Uma rampa lisa com 10 m de comprimento faz ângulo de 15° com o plano
horizontal. Uma pessoa que sobe a rampa inteira eleva-se verticalmente a quantos
metros? (use: sen 15° = 0,26, cos 15° = 0,97)

8 – A uma distância de 40 m, uma torre é vista sob um ângulo de 20°, como nos
mostra a figura. Determine a altura h da torre. (sen 20° = 0,34, cos 20° = 0,94, tg 20°
= 0,36)

Encontre o valor desconhecido, nos triângulos retângulos abaixo:


9–
70

10 –

RESPOSTAS:

1–8m 2 – 20,6 m 3 – 72√3 m 4 – 320 m 5 – 2.000 m


6 – 40 m 7 – 2,6 m 8 – 14,4 m 9 – 17,4 10 – 20 km

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
Ciclo trigonométrico

Chamamos de ciclo trigonométrico toda circunferência orientada, em que:


• O centro é a origem do plano cartesiano
• O raio (r) é unitário (r = 1)

• O sentido positivo é o anti-horário (sentido contrário ao do movimento dos


ponteiros de um relógio)
• O sentido negativo é o horário (sentido do movimento dos ponteiros de um
relógio)
• O ponto A é a origem do ciclo trigonométrico. A localização da extremidade
de um arco varia conforme o comprimento desse arco.
71

Localização da extremidade de um arco no ciclo trigonométrico


Os eixos cartesianos dividem o ciclo trigonométrico em quatro partes, cada
uma das quais chamamos de quadrante.
QUADRANTE VARIAÇÃO EM GRAUS VARIAÇÃO EM RADIANOS
𝜋
1° 0° ------------- 90° 0 ------------- 2 𝑟𝑎𝑑
𝜋
2° 90° ------------- 180° 𝑟𝑎𝑑 ------------- 𝜋 𝑟𝑎𝑑
2
3𝜋
3° 180° ------------- 270° 𝜋 𝑟𝑎𝑑 ------------- 𝑟𝑎𝑑
2
3𝜋
4° 270° ------------- 360° 𝑟𝑎𝑑 ------------- 2𝜋 𝑟𝑎𝑑
2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Considerando as medidas dos arcos abaixo, escreva o quadrante a que pertence cada
um:
𝜋 4𝜋 7𝜋
a) 12° b) 143° c) 320° d) 242° e) 5 𝑟𝑎𝑑 f) 3
𝑟𝑎𝑑 g) 3
𝑟𝑎𝑑 h) 480°

i) – 110°
Confira suas respostas:
a) 1° b) 2° c) 4° d) 3° e) 1° f) 3° g) 1° h) 1° i) 3°

Arcos Côngruos
Existem arcos de mesma origem e mesma extremidade. Esses arcos são
chamados de arcos côngruos.
Dois arcos são côngruos, quando tem a mesma origem e mesma extremidade.
72

Tomando, por exemplo, os arcos de 30°, 390° e 750°, observe que:


• O arco de 390° corresponde ao arco de 30° mais uma volta completa;
• O arco de 750° corresponde ao arco de 30° mais duas voltas completas.
Logo, os arcos de 30°, 390° e 750° são arcos côngruos.
O arco de 30° é chamado de menor determinação dos arcos de 390° e 750°.
Para verificarmos se dois ou mais arcos são côngruos, precisamos encontrar
a menor determinação destes arcos. Para isso, dividimos os arcos por 360°. O
quociente nos dá o número de voltas e o resto corresponde a menor determinação.

número de voltas no sentido positivo

Medida do arco de mesma extremidade (menor determinação positiva)

Para medidas negativas, esse procedimento nos leva ao arco côngruo da 1ª


volta negativa. Daí basta somarmos 360° para chegarmos à 1ª volta positiva.
Exemplo:

número de voltas no sentido negativo

Daí, -157° + 360° = 203° → menor determinação positiva

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Verificar se os arcos abaixo são côngruos:
𝜋 13𝜋
a) 6 𝑟𝑎𝑑 e 𝑟𝑎𝑑
6

b) 20° e 740°
c) 75° e 1155°
𝜋 17𝜋
d) 4 𝑟𝑎𝑑 e 𝑟𝑎𝑑
4
𝜋 15𝜋
e) 3 𝑟𝑎𝑑 e 𝑟𝑎𝑑
3

2. Calcule a menor determinação dos seguintes arcos:


a) 920°
b) 780°
12𝜋
c) 𝑟𝑎𝑑
5
9𝜋
d) 𝑟𝑎𝑑
4
73

3. Determine o quadrante que está situado cada arco:


a) 210°
b) 800°
c) 1665°
d) 1110°
5𝜋
e) 𝑟𝑎𝑑
3
7𝜋
f) 𝑟𝑎𝑑
5
11𝜋
g) 𝑟𝑎𝑑
4
17𝜋
h) 𝑟𝑎𝑑
6

Confira suas respostas:


1. a, b, c, d são côngruos
2𝜋 𝜋
2. a) 200° b) 60° c) 𝑟𝑎𝑑 d) 𝑟𝑎𝑑
5 4

3. a) 3° b) 1° c) 3° d) 1° e) 4° f) 3° g) 2° h) 2°

TRIGONOMETRIA NO CÍRCULO
Arcos de circunferência
Arcos de circunferência é cada uma das partes em que uma circunferência
fica dividida por dois de seus pontos. Assim, sendo A e B dois pontos quaisquer de
uma circunferência, eles a dividem em 2 partes:

Arco de circunferência AB Arco de circunferência BA

Medida de um arco
GRAU ( ° ) – Dividimos a circunferência em 360 partes iguais e a cada arco
1
unitário, que corresponde a 360 da circunferência, chamamos de grau.

Então, a circunferência mede 360 graus, que indicamos por 360°.


74

Os submúltiplos do grau são o minuto ( ‘ ) e o segundo ( ‘’ ).


1 grau = 60 minutos 1° = 60’
1 minuto = 60 segundos 1’ = 60’’
RADIANO (rad) – Radiano é um arco unitário cujo comprimento é igual ao
comprimento do raio da circunferência no qual está contido.
Como a medida de circunferência é dada por: 2 π r, podemos dizer que uma
circunferência (arco de uma volta) mede 2 π rad (dois pi radianos).

Relação entre as unidades


Sabendo que a circunferência é dada por 360° ou 2 π rad podemos
estabelecer entre as medidas as relações:
Exemplos:
𝜋
1 – Expressar 4 𝑟𝑎𝑑 em graus.

Resolução: Substituímos π rad por 180° e resolvemos a expressão


𝜋 180
𝑟𝑎𝑑 = = 45°
4 4
3𝜋
2 – Expressar 2
𝑟𝑎𝑑 em graus.

Resolução: Substituímos π rad por 180° e resolvemos a expressão


3𝜋 3 ∙ 180
𝑟𝑎𝑑 = = 270°
2 2
3 – Expressar 300° em rad.
Resolução: Estabelecemos a seguinte regra de três:
180° 𝜋 𝑟𝑎𝑑
= 180° ∙ x = 300° ∙ π rad
300° 𝑥
300 𝜋 𝑟𝑎𝑑 5 𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑥= 𝑥=
180 3

EXERCÍCIOS
1 – Expresse em radianos:
a) 60° b) 210° c) 350° d) 150° e) 12° f) 2°
75

2 – Expresse em graus:
10 𝜋 11 𝜋 𝜋 𝜋 4𝜋 3𝜋
a) 𝑟𝑎𝑑 b) 𝑟𝑎𝑑 c) 𝑟𝑎𝑑 d) 𝑟𝑎𝑑 e) 𝑟𝑎𝑑 f) 𝑟𝑎𝑑
9 18 9 20 3 5

Respostas:
𝜋 7𝜋 35 𝜋 5𝜋 𝜋 3𝜋
1 – a) 3 𝑟𝑎𝑑 b) 𝑟𝑎𝑑 c) 𝑟𝑎𝑑 d) 𝑟𝑎𝑑 e) 15 𝑟𝑎𝑑 f) 𝑟𝑎𝑑
6 18 6 5

2 – a) 200° b) 110° c) 20° d) 9° e) 240° f) 108°

MATRIZES
Observe os seguintes conjuntos numéricos, onde os elementos estão
dispostos em linhas e colunas e colocados entre colchetes, parênteses ou barras
duplas:
Exemplo:
1
1 0 2
1. A = ( ) 3. C = [3]
4 3 5
6
0 5]
2. B = [ 4. D = |−2 3 −4‖
8 −1
Conjuntos desse tipo chamamos de matriz.
► As filas horizontais são chamadas linhas.
► As filas verticais são chamadas colunas.
Seja a matriz A:
1ª coluna 2ª coluna 3ª coluna
1ª linha 1 0 7

2ª linha 8 -6 5
4
3ª linha 0 -1 6
7
4ª linha 9 7 -3

Ela possui 4 linhas e 3 colunas, assim é do tipo 4 x 3 (lê-se 4 por 3). Observe:
Escrevemos primeiro o número de linhas e depois o número de colunas.
Exemplos:
76

9 3
4
1. B = [1 5 ] é uma matriz do tipo 4 x 2.
0 −3
2 0
3
2. C = [3 5 −2 8
] é uma matriz de ordem 1 x 4.

−8 7
3. D = [ 7 0] é uma matriz 2 x 2.
5

−9
0
1
4. E = 3 é uma matriz 6 x 1.
0
9
[0]

MATRIZ QUADRADA
É aquela em que o número de linhas é igual ao de colunas.
Exemplos:
1. A = [-8] matriz quadrada de ordem 1.
2
0
2. B = [ 7] matriz quadrada de ordem 2.
−9 1
0 8 −3
3
3. C = [1 7
9] matriz quadrada de ordem 3.
8
√5 −2
3

MATRIZ LINHA
É aquela que possui somente uma linha.
Exemplos:
1. A = [0 3 1 −7] matriz linha do tipo 1 x 4
2
2. B = [5 1 −3] matriz linha do tipo 1 x 3

MATRIZ COLUNA
É aquela que possui somente uma coluna.
−1
0 9
1. A = [1] 2. B = 3
8 7
[0]
77

EXERCÍCIOS
Dê o tipo de cada uma das matrizes:
Modelo:
7 −1 0
A=[ 2 5 10 ]
−1 3 −3 3 𝑥 3
8 5 −2 3
a) B = [1 0 −9 1]
3 6 9 12
b) C = [5 6 7 8]
c) D = [1 2]
5
d) E = [ ]
9
1
e) F = [2]
3
4
No exercício anterior:
a) Quais são as matrizes quadradas?
b) Quais são as matrizes linhas?
c) Quais são as matrizes colunas?
Notação genérica: Representamos genericamente uma matriz do tipo m x n
escolhendo uma letra minúscula com dois índices para representar cada um dos
seus elementos, de modo que o primeiro índice indique a linha a que o elemento
pertence e o segundo índice, a coluna.
Exemplo:
𝑎11 𝑎12 𝑎13 … 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 … 𝑎2𝑛
A = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 … 𝑎3𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 𝑎𝑚3 … 𝑎𝑚𝑛 ]
Assim:
a11 (a um um) é um elemento da 1ª linha e 1ª coluna.
a32 (a três dois) é um elemento da 3ª linha e 2ª coluna.
a23 (a dois três) é um elemento da 2ª linha e 3ª coluna.
Abreviadamente, podemos representar essa matriz A tomando-se um
elemento genérico aij, onde 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n.
78

A = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛

Exemplo:
Construa a matriz A = (aij) do tipo 2 x 3, sendo aij = i + j.
a11 = 1 + 1 = 2 a21 = 2 + 1 = 3
a12 = 1 + 2 = 3 a22 = 2 + 2 = 4
a13 = 1 + 3 = 4 a23 = 2 + 3 = 5
2 3 4
Logo: A = [ ]
3 4 5
EXERCÍCIOS
1. Dada a matriz:
7 −1 0
A=[ 2 5 10 ]
−1 3 −6
a) Qual é a sua ordem?
b) Dê o valor dos seguintes elementos: a11, a21, a33, a12, a31
2. Construa a matriz A = (aij) do tipo 2 x 3, sendo aij = 2i + j.
3. Construa a matriz B = (bij)3 x 1, sendo bij = 3i – j.
4. Construa a matriz quadrada de ordem 3, C = (cij), sendo cij = i2 + j2.

DIAGONAL PRINCIPAL E DIAGONAL SECUNDÁRIA


Na matriz quadrada de ordem n abaixo:
𝑎11 𝑎12 𝑎13 … 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 … 𝑎2𝑛
A = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 … 𝑎3𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 … 𝑎𝑛𝑛 ]
o conjunto D = {a11, a22, a33, a44, a55, ..., ann} (elementos de índices iguais) chama-se
diagonal principal e a outra diagonal secundária.
Exemplos:
4 6 8
7 3
1. B = [ ] 2. C = [0 7 −9]
8 2
5 −1 9
diagonal secundária diagonal principal diagonal secundária diagonal principal
79

IGUALDADE DE MATRIZES
Duas matrizes são iguais se e somente se são do mesmo tipo e cada elemento
da primeira matriz é igual ao correspondente da segunda.
Exemplo:
1 4 1 (5 − 1)
1. [ ]=[ ]
5 9 (3 + 2) 32
2. Dadas as matrizes:
𝑥+1 5 3 5 ],
A=[ ] e B =[
2 3𝑦 2 12
para quais valores de x e y A e B são iguais?
𝑥+1 5 3 5 𝑥+1=3→𝑥 =2
[ ]=[ ]→{
2 3𝑦 2 12 3𝑦 = 12 → 𝑦 = 4
EXERCÍCIOS
Calcule os valores de x e y nas seguintes igualdades:
1 𝑥−3 1 4
a) [ ]=[ ]
6 9 6 𝑦2
−2 3𝑥 8 −2 𝑥+6 8
b) [ ]=[ ]
4 10 0 4 10 3𝑦 − 12
8 3𝑦 + 2
c) [ 2 ]=[ ]
𝑥 −5 11

MATRIZ NULA
Uma matriz é nula quando todos os seus elementos são iguais a zero.
0 0 0
Exemplo: [ ]
0 0 0

MATRIZ TRANSPOSTA
É aquela que se obtém trocando ordenadamente suas linhas por colunas ou
vice-versa.
A transposta da matriz A por exemplo, é indicado por At.
4 −5
4 1 8
Sendo A = [1 0 ], então At = [ ]
−5 0 7
8 7
EXERCÍCIOS
1. Escreva a matriz nula do tipo:
a) 2 x 1 b) 3 x 2
80

2. Escreva a matriz transposta de:


1 −4
−1 3 4
a) A = [ ] b) B = [ 8 2]
11 −2 −3
−5 −9

OPERAÇÕES COM MATRIZES


Adição de matrizes
Dadas duas matrizes A e B do mesmo tipo, chama-se C = A + B a matriz que
se obtém adicionando os elementos correspondentes das matrizes A e B.
Exemplos:
1. Sendo:
4 5 7] 7 −1 10
A=[ e B =[ ],
2 −1 0 3 −3 5
4+7 5 + (−1) 7 + 10 11 4 17
então A + B = [ ]=[ ].
2+3 −1 + (−3) 0+5 5 −4 5
2. Determine x e y tais que:
4 𝑥 𝑦 10 10 8
( )+( )=( )
−7 8 −1 −7 −8 1
4 + y = 10 x + 10 = 8
y = 10 – 4 x = 8 – 10
y=6 x = -2
EXERCÍCIOS
1. Sendo:
8 3 1 4 −1 8
A = (2 4) B = (5 3) C = (−2 −4)
1 5 8 5 −3 −5
Calcule:
a) A + B c) B + C
b) A + C d) A + B + C
2. Calcule x, y, z nas seguintes igualdades:
𝑥 3 2 1 4 −1 2 7 1
a) ( )+( )=( )
−7 𝑦 𝑧 −2 5 −2 −9 0 2
𝑥 −5 1 −1 1 −6
b) (𝑦 −1) + (−3 2 )=( 2 1)
𝑧 0 −4 −5 −5 −5
81

MATRIZ OPOSTA
Chama-se oposta de uma matriz A, a matriz -A que se obtém trocando o sinal
de todos os elementos de A.
Exemplo:
3 0 −2 −3 0 2
A oposta de A = [ ] é -A = [ ]
1 −4 5 −1 4 −5

SUBTRAÇÃO DE MATRIZES
Dadas A e B do mesmo tipo, a matriz A – B é a matriz que se obtém
adicionando a matriz A à matriz oposta de B:
A – B = A + (-B)
Exemplo:
A B A -B A + (-B)
4 3 −1 2 4 3 1 −2 5 1
( )−( )=( )+( )=( )
2 5 2 7 2 5 −2 −7 0 −2
EXERCÍCIOS
Dadas as matrizes:
3 8 1 7 −1 0
A = (2 1) B=( 3 4) C = (−3 −7)
4 5 −4 −5 −4 −2
Calcule:
a) A – B c) A – C
b) B – A d) A + B – C

MULTIPLICAÇÃO DE UMA MATRIZ POR UM NÚMERO REAL


Dada uma matriz A = (aij)m x n e um número real k, chamamos de produto do
número k pela matriz A, a matriz B = (k ∙ aij)m x n, ou seja, para obter este produto
basta multiplicar pelo número k cada elemento da matriz A.
Exemplos:
4 −6 7∙4 7 ∙ (−6) 28 −42
1. 7 ∙ (0 1 ) = ( 1 )=( )
7
7∙0 7 ∙ (7) 0 1

2. Dadas as matrizes:
3 −4 1 8 −1 3
A=( ) B=( )
0 7 8 0 9 5
Calcule 3A + 2B.
82

3 −4 1 8 −1 3
3∙( )+2∙( )
0 7 8 0 9 5
9 −12 3 16 −2 6 25 −14 9
( )+( )=( )
0 21 24 0 18 10 0 39 34
EXERCÍCIOS
1. Calcule:
1 2
−3 5
a) 3 ∙ (−4 5) b) −2 ∙ ( ) c) −1 ∙ (8 −4)
2 0 −4 0
−1 8
2. Dadas as matrizes:
2 −3 0 1 −2 8
A=( ) B=( ) c) = ( )
4 −1 2 3 1 −3
Calcule:
a) 5A + 3B c) A + 5B – 2C
b) 6A – 3B d) 2B – C
3 6
−12 15 6 −10]
1. a) [ ] b) [ c)[−8 4]
6 0 8 0
−3 24
10 −12] 6 −14]
2. a) [ c) [
26 4 12 20
12 −21] 2 −6]
b) [ d) [
18 −15 3 9
MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
Vimos que a adição de matrizes só é possível quando as matrizes são do
mesmo tipo. A multiplicação de matrizes exige que o número de colunas da primeira
matriz seja igual ao número de linhas da segunda matriz.
Dadas as matrizes A = (aij)m x n e B = (bjk)n x p, define-se produto AB = (cik) do
tipo m x p tal que o elemento cik é obtido multiplicando-se ordenadamente os
elementos da linha i de A pelos elementos da coluna k de B e somando-se os
produtos obtidos.
Exemplos:
3 1
2 5
1. Sejam A = (2 5) e B = ( )
4 7
4 7
Sendo L1, L2, L3 linhas de A e C1, C2 colunas de B,
𝐿1 𝐶1 𝐿1 𝐶2
A ∙ B = (𝐿2 𝐶1 𝐿2 𝐶2 )
𝐿3 𝐶1 𝐿3 𝐶2
83

3∙2+1∙4 3∙5+1∙7 10 22
A ∙ B = (2 ∙ 2 + 5 ∙ 4 2 ∙ 5 + 5 ∙ 7) ⟹ A ∙ B = (24 45)
4∙2+7∙4 4∙5+7∙7 36 69
3 4 8
2. (1 7) ∙ ( )=
9 5 2
= (1 ∙ 3 + 7 ∙ 9 1 ∙ 4 + 7 ∙ 5 1 ∙ 8 + 7 ∙ 2) = (66 39 22)
EXERCÍCIOS
1. Calcule os produtos indicados:
1 2 −3 1 3 4 5)
a) (2 5) ∙ ( ) e) ( )∙(
4 0 3 −3 2 1 4
2 4 1
2 3 1
b) (1 −3 4) ∙ (1) f) ( ) ∙ (2 −3)
4 0 1
5 1 5
5 3 1 4 5 3 1 0
c) ( )∙( ) g) ( )∙( )
0 −3 2 5 8 9 0 1
−1 2 3 8 3 1 0 2 3
d) ( )∙( ) h) ( )∙( )
3 −4 1 2 4 0 1 7 0
11 0 5 −2
a) [22] e) [ ]
−9 6 3 12
15 −2 14 ]
b) [19] f) [
17 9 −1
11 32 ] 5 3]
c) [ g) [
−6 −15 8 9
−1 −4 5 ] 2 3]
d) [ h) [
5 16 −7 7 0
MATRIZ IDENTIDADE
A matriz quadrada de ordem n onde todos os elementos da diagonal principal
são iguais a 1 e os outros elementos são iguais a zero, chama-se matriz identidade.
Exemplos:
1 0 0
1 0
1. I2 = ( ) 2. I3 = (0 1 0)
0 1
0 0 1

MATRIZ INVERSA
Uma matriz quadrada de ordem n é inversível se existir uma matriz B tal que
A ∙ B = In e B ∙ A = In. Indica-se a matriz B por A-1.
Se não existir a inversa de A, então A não é inversível.
Exemplos:

15 6 1 −2
Mostrar que a matriz inversa de A = ( ) é (− 7 5 ).
7 3 3
84

7
1 −2 15 ∙ 1 + 6 ∙ (− ) 15 ∙ (−2) + 6 ∙ 5
15 6 ( 7 3 1 0
( )∙ )=( )= ( )
7 3 − 5 7 0 1
3 7 ∙ 1 + 3 ∙ (− ) 7 ∙ (−2) + 3 ∙ 5
3
1 −2 1 ∙ 15 + (−2) ∙ 7 1∙6−2∙3
1 0
) ∙ (156
( 7 )=( 7 7 )= ( )
− 5 73 − ∙ 15 + 5 ∙ 7 − ∙6+5∙3 0 1
3 3 3
15 6 1 −2
Portanto, ( ) é a inversa de (− 7 5 ).
7 3 3

EXERCÍCIOS
Mostrar que as duplas de matrizes abaixo são inversas:
7
7 4 3 −4 8 7 1 −2
a) ( )e( ) c) ( )e( )
5 3 −5 7 2 2 −1 4
5 8 −3 8 3 7 12 −7
b) ( )e( ) d) ( )e( )
2 3 2 −5 5 12 −5 3

CÁLCULO DO DETERMINANTE DE UMA MATRIZ QUADRADA


Determinante é um número real associado a uma matriz quadrada.
De 1ª ordem ou do tipo 1 x 1
Definição: se A = [a11], então det A = a11.
Exemplos:
1. A = [-8] ⟹ det A = -8 2. B = [15] ⟹ det B = 15

De 2ª ordem ou do tipo 2 x 2
𝑎11 𝑎12
Definição: se A = [𝑎 𝑎22 ], então det A = a11 ∙ a22 – a12 ∙ a21.
21

Exemplos:
8 2
1. A = [ ] ⟹ det A = 8 ∙ 3 – 2 ∙ 5 = 24 – 10 = 14
5 3
6 −2
2. B = [ ] ⟹ det B = 6 ∙ (-3) – (-2) ∙ 4 = -18 + 8 = -10
4 −3
Observe: Para o cálculo do determinante de
a11 a12 uma matriz quadrada de 2ª ordem, fazemos:
produto dos elementos da diagonal principal
a21 a22 ⟹ a11 ∙ a22 menos o produto dos elementos da
diagonal secundária ⟹ a12 ∙ a21.

Diagonal secundária Diagonal primária


85

𝑎11 𝑎12 𝑎11 𝑎12


Dada a matriz A = [𝑎 𝑎22 ], é usual a notação: det A = |𝑎21 𝑎22 |.
21

EXERCÍCIOS
1. Calcule os determinantes:
a) |-9| e) |3|
5 4| 4 −2
b) | f) | |
3 4 −10 5
3 −1 −1 5 |
c) | | g) |
2 1 −2 −6
−4 2 −6 8
d) | | h) | |
5 1 3 −4
2. Resolva as equações:
a) |x| = 5 d) |-4x| = 22
𝑥 2 1 2
b) | |=6 e) | |=3
5 8 𝑥 6
3 1 5 4|
c) | | = −1 f) | =8
4 𝑥 8 𝑥
1. a) -9 c) 5 e) 3 g) 16
b) 8 d) -14 f) 0 h) 0
3
2. a) x = 5 c) x = 1 e) x = 2

b) x = 2 d) x = -3 f) x = 8

CÁLCULO DO DETERMINANTE DE UMA MATRIZ QUADRADA DE 3ª ORDEM (3 X 3)


𝑎11 𝑎12 𝑎13
𝑎
Definição: se A = [ 21 𝑎22 𝑎23 ], então:
𝑎31 𝑎32 𝑎33
det A = a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32 – a13 ∙ a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙
a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33
Para memorizar a definição acima, vamos utilizar a regra de Sarrus que
consiste no seguinte:

► Acrescentar as duas primeiras colunas à direita da terceira;


► Adicionar os produtos dos elementos da diagonal principal e das
diagonais paralelas: a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32;
86

► Subtrair os produtos dos elementos da diagonal secundária e das


diagonais paralelas: – a13 ∙ a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙ a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33.
Nota: a regra de Sarrus só se aplica para o cálculo de determinante de 3ª ordem.
Exemplo:
Dada a matriz:
4 −1 5
A = [2 3 −2], calcule det A:
3 1 4
4 −1 5 4 −1
|2 3 −2| 2 3
3 1 4 3 1
det A = 4 ∙ 3 ∙ 4 + (-1) ∙ (-2) ∙ 3 + 5 ∙ 2 ∙ 1 – 5 ∙ 3 ∙ 3 – 4 ∙ (-2) ∙ 1 – (-1) ∙ 2 ∙ 4 =
= 48 + 6 + 10 – 45 + 8 + 8 = 35
EXERCÍCIOS
1. Calcule os determinantes:
2 3 1 2 3 5
a) |1 4 5| e) |4 3 7|
2 −2 3 5 1 6
8 1 0 1 2 3
b) |−3 −4 5| f) |4 5 6|
1 2 3 7 8 9
−2 0 2 −7 2 4
c) | 3 1 4| g) | 1 3 6|
−5 6 −3 0 0 0
1 2 −3 10 1 3
d) |2 4 5| h) |−5 1 0|
1 2 4 2 1 2
a) 55 c) 100 e) 0 g) 0
b) -162 d) 0 f) 0 h) 9

PROPRIEDADES
Dentre as propriedades dos determinantes, vejamos as seguintes:
P1 ⟹ Se numa matriz quadrada multiplicarmos os elementos de uma linha (ou
coluna) por um número k qualquer, então o determinante dessa matriz fica
multiplicado por esse número.
Exemplo: x3
3 1 9 3
| |=2 | |=6
4 2 12 6
3x
87

9 3 3 1
Logo: | | =3∙| |
12 6 4 2
P2 ⟹ Se uma matriz quadrada possui pelo menos uma linha (ou coluna) de
elementos iguais a zero, então seu determinante é nulo.
Exemplos:
2 𝟎 3
𝟎 𝟎
1. | |=0 2. |−1 𝟎 2| = 0
1 5
4 𝟎 8
P3 ⟹ Se uma matriz quadrada possui duas linhas (ou colunas) iguais, então o seu
determinante é nulo.
Exemplos:
𝟏 𝟑 𝟓 𝟖 1 𝟖
1. |2 6 9| = 0 2. |𝟐 3 𝟐| = 0
𝟏 𝟑 𝟓 𝟔 4 𝟔
P4 ⟹ Se uma matriz quadrada possui duas linhas (ou colunas) proporcionais, então
o seu determinante é nulo.
Exemplos:
1 2 3
1. |4 5 −1| = 0 3ª linha é igual a 2 x 1ª linha
2 4 6
1 3 0
2. |3 9 −1| = 0 2ª coluna é igual a 3 x 1ª coluna
2 6 4
P5 ⟹ Se uma matriz quadrada possui uma linha (ou coluna) como soma ou
subtração de outras linhas (ou colunas), então o seu determinante é nulo.
Exemplo:
1 2 3
|4 5 6| = 0 1ª linha + 2ª linha = 3ª linha ou 3ª linha – 2ª linha = 1ª linha
5 7 9
P6 ⟹ Se numa matriz quadrada trocarmos entre si duas linhas (ou colunas), então
o seu determinante muda de sinal.
Exemplo:
1 2 3 −1 0 5
|−1 0 5| = −6, então | 1 2 3| = 6
2 4 3 2 4 3
EXERCÍCIOS
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
3 5|
5. O valor do determinante | é:
−4 12
a) 56 c) -16
88

b) 16 d) -56
2 0 1
6. O determinante |4 0 2 | vale:
9 0 −3
a) 0 b) -4 c) 4 d) 15
1 5 6
7. O valor do determinante | 3 6 9 | é:
−4 0 −4
a) 12 b) 5 c) 0 d) 10
3 6 8
8. O valor do determinante |1 0 2 | é:
4 6 10
a) -4 b) 5 c) -1 d) 0
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 𝑒 𝑓
9. Se | 𝑑 𝑒 𝑓 | = m (com m ≠ 0), então |𝑎 𝑏 𝑐 | é igual a:
𝑔 ℎ 𝑖 𝑔 ℎ 𝑖
𝑚
a) m b) -m c) 2m d)
2
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
10. Se | 𝑡 𝑢 𝑣 | = m (com m ≠ 0), então |3𝑡 3𝑢 3𝑣 | é igual a:
𝑜 𝑝 𝑞 𝑜 𝑝 𝑞
𝑚
a) m b) -m c) 3m d) 3

8 3 6
11. O valor do determinante |4 5 −9| é:
8 3 6
a) 6 b) 43 c) -15 d) 0
1 −3 4
12. O determinante |2 −6 8| vale:
5 0 0
a) -4 b) 0 c) 12 d) 23
𝑥 9
13. O conjunto verdade da equação | | = 0 é:
4 𝑥
a) {4, -4} b) {4} c) {-4} d) {6, -6}
2 1 3
14. O conjunto verdade da equação |4 𝑥 6| = 0 é:
1 0 1
a) {2, -2} b) {10} c) {-2} d) {2}
5. a 6. a 7. c 8. d 9. b
10. c 11. d 12. b 13. d 14. d
89

SISTEMA NORMAL
Um sistema é dito normal quando o número de equações é igual ao número
de incógnitas (m = n) e o determinante da matriz incompleta é diferente de zero.
Exemplos:
𝑥 + 3𝑦 = 5
1. {
2𝑥 − 𝑦 = 3
1 3
2 equações e 2 incógnitas e | |≠0
2 −1
𝑥+𝑦+𝑧 =4
2. { 2𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 2
5𝑥 + 3𝑦 − 2𝑧 = 10
1 1 1
3 equações e 3 incógnitas e |2 −1 1 | ≠ 0
5 3 −2
Resolução de sistemas normais
Todo sistema normal é determinado (teorema de Cramer).
Vamos resolver um sistema normal através da regra de Cramer onde a
solução desse sistema é obtida pelas relações:
∆𝑥 ∆𝑦 ∆𝑧
𝑥= ,𝑦 = ,𝑧 = ,…
∆ ∆ ∆
Sendo:
► Δ o determinante da matriz incompleta;
► Δx, Δy, Δz, ... os determinantes obtidos da matriz incompleta substituindo-se
a coluna dos coeficientes da incógnita procurada pela coluna dos termos
independentes.
Exemplos:
3𝑥 − 2𝑦 = 4
1. Resolva o sistema: {
4𝑥 + 𝑦 = 9
3 −2
∆= | | = 11
4 1
4 −2 ∆𝑥 22
∆𝑥 = | | = 22 𝑥= = =2
9 1 ∆ 11
3 4 ∆𝑦 11
∆𝑦 = | | = 11
4 9 𝑦= = =1
∆ 11
V = {(2, 1)}
𝑥+𝑦+𝑧 =1
2. Resolva o sistema: {3𝑥 + 2𝑦 = 0 (𝑜𝑢 3𝑥 + 2𝑦 + 0𝑧 = 0
𝑥 − 𝑦 − 𝑧 = −5

∆𝑥 8
𝑥= = = −2
∆ −4
∆𝑦 −12
𝑦= = =3
∆ −4
90

1 1 1
∆ = |3 2 0 | = −4
1 −1 −1
1 1 1
∆𝑥 = | 0 2 0 |=8
−5 −1 −1
1 1 1
|
∆𝑦 = 3 0 0 | = −12
1 −5 −1
1 1 1
∆𝑧 = |3 2 0 |=0
1 −1 −5
EXERCÍCIOS
Resolva os seguintes sistemas:
2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1
3𝑥 − 2𝑦 = 0
a) { e) {𝑥 − 3𝑦 + 2𝑧 = −1
𝑥+𝑦=5
3𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 4
𝑥+𝑦+𝑧 =6
𝑥+𝑦=2
b) { f) {2𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 3
3𝑥 + 2𝑦 = 3
𝑥 + 4𝑦 − 𝑧 = 6
𝑥 + 𝑦 − 3𝑧 = 1
𝑥+𝑦=7
c) { g) { 2𝑥 + 𝑦 = 6
2𝑥 − 𝑦 = 2
𝑥+𝑧 =3
𝑥+𝑦 =2
3𝑥 + 𝑦 = −4
d) { h) {2𝑥 − 𝑧 = −4
2𝑥 + 5𝑦 = 6
𝑦 + 3𝑧 = 9
a) V = {(2, 3)} e) V = {(1, 0, -1)}
b) V = {(-1, 3)} f) V = {(1, 2, 3)}
c) V = {(3, 4)} g) V = {(2, 2, 1)}
d) V = {(-2, 2)} h) V = {(-1, 3, 2)}

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM


A análise combinatória cuida, em linhas gerais, da determinação do número
de possibilidades que um evento pode ocorrer. Quando o número de possibilidades
é “pequeno” usamos o processo descritivo chamado diagrama de árvore e a partir
desse dispositivo enunciaremos o princípio fundamental da contagem que permite
a contagem sem a descrição das possibilidades.
Exemplo:
Um jovem possui 4 camisas (A, B, C, D) e 3 calças (a, b, c), usando apenas
essas peças, de quantas maneiras diferentes este jovem pode se vestir?
91

CAMISA CALÇA

Portanto, há 12 maneiras.
Sem usar o diagrama, podemos assim resolver: A escolha da camisa oferece
4 possibilidades e da calça, 3 possibilidades, logo o total será 4 x 3 =12.
Se um acontecimento A pode ocorrer de n modos diferentes e se para cada
um dos n modos diferentes de A, um segundo acontecimento B pode ocorrer de m
modos diferentes, então o número de modos de ocorrer o acontecimento A seguido
do acontecimento B é n x m.
Exemplos:
1. Quantos números de 2 algarismos podem ser formados usando apenas os
algarismos: 3, 4, 5, 6 e 7?
Como dispomos de 5 algarismos, são 5 possibilidades de escolha para a 1ª
casa (esquema abaixo); depois dessa escolha temos novamente 5 possibilidades
para a 2ª casa, uma vez que podemos repetir algarismo.
1ª 2ª

5 5
Total 5 x 5 = 25
2. No exemplo anterior, quantos números de dois algarismos distintos podemos
formar?
92

Para a 1ª casa temos 5 possibilidades, depois dessa escolha teremos para a 2ª casa
apenas 4 possibilidades, pois não podemos repetir algarismo.
1ª 2ª

5 4
Total 5 x 4 = 20
3. Quantos números de 2 algarismos podemos formar com os algarismos do sistema
decimal?
Para a 1ª casa temos 9 possibilidades (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), já que o zero não pode
ocorrer na casa das dezenas; depois dessa escolha temos 10 possibilidades (0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) para a 2ª casa.
1ª 2ª

9 10
Total 9 x 10 = 90
Importante: O princípio fundamental da contagem pode ser estendido.
Se um acontecimento pode ocorrer de n1 modos diferentes, um segundo de
n2 modos diferentes, um terceiro de n3 modos diferentes e um quarto de n4 modos
diferentes e assim por diante, então o número de modos que esse acontecimento
pode ocorrer é dado pelo produto: n1 ∙ n2 ∙ n3 ∙ n4........
Exemplo:
Quantas palavras podem ser formadas com as 4 letras da palavra ROSA, sem repetir
nenhuma letra?
1ª 2ª 3ª 4ª

4 3 2 1
Para a 1ª casa temos 4 possibilidades (4 letras), depois dessa escolha teremos para
a 2ª casa apenas 3, para a 3ª, 2 possibilidades e para a 4ª casa apenas 1.
Total 4 x 3 x 2 x 1 = 24
EXERCÍCIOS
1. Quantos números de 2 algarismos podemos formar com algarismos: 2, 3, 5, 6, 7,
8?
93

2. No exercício anterior, quantos números de dois algarismos distintos podemos


formar?
3. Quantos números de dois algarismos distintos podemos formar com os
algarismos do sistema decimal?
4. Quantos números de três algarismos podemos formar com os algarismos 3, 4, 5,
6 e 7?
5. Em um concurso com 10 participantes, de quantas maneiras podem ser
distribuídos um primeiro e um segundo prêmio sem que nenhum dos participantes
ganhe mais de um prêmio?
6. Quantas “palavras” de cinco letras distintas podem ser formadas com as letras da
palavra baixo?

ARRANJO SOMPLES
Considere o seguinte problema:
Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos os números de dois algarismos
distintos com os elementos de A:
2 5 25
7 27
5 2 52 São eles: 25, 27, 52, 57, 72, 75
7 57
7 2 72
5 75
Assim, com o conjunto A = {2, 5, 7}, de 3 elementos, podem-se escrever 6
números de dois algarismos distintos, onde um grupo difere do outro ou pela
natureza dos elementos (25 e 27, por exemplo) ou pela ordem dos elementos (25 e
52, por exemplo). Esses grupos chamam-se arranjos simples.
De um modo genérico, definimos:
Dado um conjunto com n elementos, chama-se arranjo simples de p
elementos distintos qualquer grupo formado por p dos n elementos (p ≤ n), de
modo que um grupo difere do outro ou pela natureza dos elementos ou pela ordem
dos elementos.
Indicamos o número total de arranjos simples de n elementos distintos,
tomados p a p distintos, pelo símbolo:
An, p, onde: n → nº total de elementos
P → nº de elementos em cada grupo
94

Assim, no problema acima resolvido: n = 3, p = 2 e o número total de arranjos


simples de 3 elementos 2 a 2 é 6 e se indica A3, 2 = 6.
Para determinarmos o número total de arranjos simples de n elementos
distintos p a p distintos sem escrevê-los, usamos a expressão:
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 =
(𝑛 − 𝑝 )!

Exemplos:
𝑛!
1. Usando a expressão 𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)!, calcule A3, 2, com n = 3 e p = 2.

3! 3! 3 ∙ 2 ∙ 1
𝐴3,2 = = = =6
(3 − 2)! 1! 1
2. Calcule o valor de:
a) A6, 5 b) A9, 3
𝑛!
a) Usando a expressão 𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)!, com n = 6 e p = 5:

6! 6! 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
𝐴6,5 = = = = 720
(6 − 5)! 1! 1
9! 9! 9∙8∙7∙6∙5∙4∙3∙2∙1
b) 𝐴9,3 = (9−3)! = 6! = = 504
6∙5∙4∙3∙2∙1

Observe que sendo 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6!, então 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙


6!, o que permite escrever e simplificar:
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐴9,3 = = = 504
6! 6!
3. Num concurso de beleza em que participam 10 candidatas, de quantos modos
diferentes pode ser formado o grupo das 3 primeiras colocadas?
Os grupos formados neste problema são arranjos simples, pois os elementos de cada
grupo são distintos e um grupo difere do outro ou pela natureza dos elementos ou
pela ordem dos elementos.
Sendo n = 10 (nº total de elementos) e p = 3 (nº de elementos em cada grupo) e
𝑛!
usando a expressão 𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)!:

10! 10! 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7!
𝐴10,3 = = = = 720
(10 − 3)! 7! 7!
Assim, podemos ter 720 modos diferentes de formar o grupo das 3 primeiras
colocadas.
EXERCÍCIOS
7. Calcule o valor:
95

a) 3! b) 5! c) 7!
3!
d) 0! e) 1! f)
2!

10! 8! 5!
g) h) 4!∙2! i) 3!∙2!
7!

j) A6, 2 l) A8, 6 m) A12, 3


n) A7, 2 o) A5, 1 p) A5, 5
8. Com os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de 3 algarismos distintos
podemos escrever?
9. De quantos modos podem ser escolhidos o presidente e o vice-presidente de uma
empresa entre 8 sócios?
10. Quantas “palavras” (sequência de letras) de 5 letras distintas podem ser
formadas com as letras da palavra JANEIRO?

PERMUTAÇÃO SIMPLES
Considere o seguinte problema:
Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos os números de 3 algarismos distintos
com os elementos de A:
► 257, 275, 527, 572, 725, 752.
Assim, com o conjunto A = {2, 5, 7}, de 3 elementos, podem-se escrever 6 números
de 3 algarismos distintos, onde um grupo difere do outro pela ordem dos elementos,
uma vez que em cada grupo participam todos os elementos. Esses grupos chamam-
se permutação simples.
De um modo genérico, definimos: Dado o conjunto com n elementos distintos,
chama-se permutação simples de n elementos distintos qualquer grupo formado
pelos n elementos.
Observe pela definição de permutação simples que ela nada mais é do que
um caso particular de arranjo simples, onde em cada grupo entram todos os
elementos do conjunto dado (p = n).
Indicamos o número total de permutações simples de n elementos distintos
pelo símbolo:
Pn onde: n → nº total de elementos
Assim, no problema acima resolvido, n = 3 e o número total de permutações
simples de 3 elementos é 6. Indica-se: P3 = 6.
Para determinarmos o número total de permutações simples de n elementos
distintos sem escrevê-las, usamos a expressão:
96

Pn = n!
𝑛! 𝑛! 𝑛!
pois: Pn = 𝐴𝑛,𝑛 = (𝑛−𝑛)! = = = 𝑛!
0! 1

Usando a expressão Pn = n! para calcular, por exemplo, P3, temos:


P3 = 3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
Exemplos:
1. Calcule o valor de P7.
P7 = 7! = 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 5.040
2. Calcule o valor de 3P2 + A6, 4
P2 = 2! = 2 ∙ 1 = 2
6! 6! 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2!
A6, 4 = (6−4)! = 2! = = 360
2!

Então: 3P2 + A6, 4 = 3 ∙ 2 +360 = 366


3. Quantos são os anagramas (sequência de letras) da palavra ARTIGO?
São anagramas da palavra ARTIGO, por exemplo:
ARGTIO, GITORA, ARTIGO, etc.
Então, o número de anagramas é o número de permutações que se podem
fazer com as letras da palavra ARTIGO:
P6 = 6! = 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 720
4. Quantos são os anagramas da palavra PEDAÇO que começam por vogal?
Se quiséssemos saber quantos começam por E, teríamos P 5, pois basta
calcular as permutações com as letras PDAÇO e colocar o E na frente; da mesma
forma para as palavras que começam por A e por O. Assim, o total será:
3 ∙ P5 = 3 ∙ 5! = 3 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 360
EXERCÍCIOS
11. Calcule o valor das expressões:
𝑃5 +2𝑃2
a) y = 5P3 + P2 b) y = 3P4 – 2ª6, 2 c) y = 𝐴5,2

12. Quantos são os anagramas da palavra VALOR?


13. De quantas maneiras distintas podemos arrumar em uma prateleira 6 livros
diferentes?
14. Quantos são os anagramas da palavra ALEX que começam por vogal?
97

15. Quantos números ímpares de 5 algarismos distintos podem ser escritos com os
elementos do conjunto A = {2, 3, 4, 5, 7}?

COMBINAÇÕES SIMPLES
Considere o seguinte problema:
Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos os subconjuntos de A de dois
elementos:
{2, 5}, {2, 7} e {5, 7}
Assim, com o conjunto A = {2, 5, 7}, de 3 elementos, podem-se escrever 3
subconjuntos de A de 2 elementos, onde um grupo difere do outro pela natureza dos
elementos. Esses grupos chamam-se combinações simples.
De um modo genérico, definimos: Dado um conjunto com n elementos, chama-se
combinação simples de p elementos qualquer subconjunto formado por p dos n
elementos.
Indicamos o número total de combinações simples de n elementos tomados
p a p distintos pelo símbolo:
𝐶𝑛,𝑝 onde: n → nº total de elementos; p → nº de elementos em cada grupo

Assim, no problema resolvido: “Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos


os subconjuntos de A de 2 elementos”, n = 3, p = 2 e o número total de combinações
de 3 elementos 2 a 2 é 3. Indica-se: C3, 2 = 3.
Para determinarmos o número total de combinações simples de n elementos
distintos tomados p a p distintos sem escrevê-las, usamos a expressão:
𝑛!
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝! (𝑛 − 𝑝)!
Usando esta expressão para calcular C3, 2, com n = 3 e p = 2, por exemplo,
temos:
3! 3! 3 ∙ 2!
𝐶3,2 = = = =3
2! (3 − 2)! 2 ∙ 1! 2! 1
Exemplos:
1. Calcule o valor da expressão y = 4P3 + A5, 2 + C7, 4.
P3 = 3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
5! 5∙4∙3!
A5, 2 = (5−2)! = = 20
3!

7! 7∙6∙5∙4! 7∙6∙5
C7, 4 = 4!(7−4)! = = 3∙2∙1 = 35
4!3!
98

Então: y = 4P3 + A5, 2 + C7, 4 = 4 ∙ 6 + 20 + 35 = 79


𝑛!
2. Simplifique a expressão (𝑛−2)!.

𝑛! 𝑛 (𝑛−1)(𝑛−2)!
(𝑛−2)!
= (𝑛−2)!
= 𝑛(𝑛 − 1)

3. Resolva a equação Cx, 2 = 10.


𝑛!
Substituindo na expressão 𝐶𝑛,𝑝 = , com n = x e p = 2:
𝑝!(𝑛−𝑝)!

𝑥! 𝑥! 𝑥(𝑥−1)(𝑥−2)!
𝐶𝑥,2 = 2!(𝑥−2)! e sendo Cx, 2 = 10, então: 2!(𝑥−2)! = 10 → = 10 →
2!(𝑥−2)!

x2 – x = 20 ou x2 – x – 20 = 0
Resolvendo a equação, temos x = -4 ou x = 5. A raiz -4 não serve, pois o
número de elementos de um conjunto não pode ser negativo. Logo: V = {5}.
4. Com um grupo de 8 pessoas, quantas comissões de 3 pessoas podem ser
formadas?
Os grupos (comissões) formadas neste problema são combinações simples,
pois os elementos de cada grupo são distintos e um grupo difere do outro pela
natureza dos elementos.
Seja n = 8 (nº total de elementos) e p = 3 (nº de elementos em cada grupo).
𝑛!
Usando a expressão 𝐶𝑛,𝑝 = 𝑝!(𝑛−𝑝)!:

8! 8! 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
𝐶8,3 = = = = 56
3! (8 − 3)! 3! 5! 3! 5!
EXERCÍCIOS
16. Calcule:
a) C5, 3 b) C7, 5 c) C6, 2
d) C3, 3 e) C10, 3 f) C8, 4
17. Determine o valor da expressão y = P3 + 2 ∙ A6, 4 – C6, 2.
18. Resolva as equações:
a) Cn, 2 = 6 b) Cn, 4 = 4 ∙ Cn, 3 c) Cn, 2 = 15
19. Dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}, quantos subconjuntos de A com 3 elementos
podemos formar?
20. Quantas comissões de 4 pessoas podem ser formadas com 10 pessoas?
21. Após uma reunião com 9 pessoas, elas se despedem com um aperto de mão.
Quantos são os apertos de mão?
99

Conclusões finais: Dado um conjunto com n elementos, vimos que há três tipos de
agrupamentos que podem ser formados com esses elementos: arranjos simples,
permutações simples e combinações simples, chamados simples porque são
agrupamentos sem elementos repetidos. O tipo de agrupamento é determinado pelo
enunciado do problema; no entanto, se isto não for possível, podemos usar o
seguinte critério:
1) Com elementos do conjunto dado fazemos um agrupamento conforme o
enunciado do problema.
2) Trocamos a ordem dos elementos desse agrupamento.
3) Se com a troca da ordem tivermos um novo agrupamento, esse agrupamento
será arranjo simples ou permutação simples caso n = p.
4) Se com a troca da ordem não tivermos um novo agrupamento, esse
agrupamento será combinação simples.
Exemplos:
1. Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com os algarismos
1, 2, 3, 4 e 5?
Fazendo um agrupamento conforme o enunciado do problema:
Trocando a ordem dos elementos do número 245, por exemplo, e obtendo
542, por exemplo, temos um novo agrupamento. Logo, esse agrupamento é arranjo
simples.
Resolvemos o problema com a expressão:
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)! sendo: n = 5 e p = 3

5!
𝐴5,3 = (5−3)! = 60

2. De quantas maneiras diferentes podem ser arrumados numa prateleira 5 livros


diferentes?

Fazendo um agrupamento , por exemplo.

Trocando a ordem dos elementos , temos um novo agrupamento.


Como participam todos os elementos em cada, eles são permutações simples.
Resolvendo: Pn = n!
100

P5 = 5! = 120
3. Quantos segmentos de extremidades diferentes ficam determinados com os
pontos A, B, C e D dados:

Fazendo um agrupamento AC. Trocando


a ordem dos elementos (CA), temos o
mesmo agrupamento. Logo, esse
agrupamento é combinação simples.

𝑛!
Resolvendo: 𝐶𝑛,𝑝 = 𝑝!(𝑛−𝑝)! sendo: n = 4 e p = 2

4!
𝐶4,2 = =6
2! (4 − 2)!
EXERCÍCIOS
22. Quantas retas ficam determinadas com 5 pontos distintos de uma
circunferência?
23. Quantos são os anagramas da palavra NEI?
24. Quantos times distintos de futebol de salão (5 jogadores) podem ser formados
com 12 pessoas?
25. Quantos jogos podem ser realizados com 12 times jogando cada time apenas
uma vez com cada adversário?
26. Quantos números de 4 algarismos distintos podem ser formados com os
algarismos 2, 3, 7 e 8?
27. Entre 10 participantes de uma competição, de quantas maneiras diferentes pode
ser formado o grupo de 4 primeiros colocados?
28. Quantas “palavras” (sequência de letras) de 3 letras distintas podem ser
formadas com as letras da palavra PEDRA?
29. Quantos são os anagramas da palavra MÁRCIO que começam por vogal?
30. De quantas maneiras diferentes podemos formar um grupo de 3 juízes dispondo
de 8 pessoas?
31. Simplifique as expressões:
(𝑛+3)! 𝑥!
a) (𝑛+2)! b) (𝑥−3)!

32. Calcule o valor das expressões:


a) y = 3P7 – 2A4, 2 – 6C6, 4 b) y = P5 + 3A7, 5 – 6C5, 3
101

33. Resolva a equação 2 ∙ Cx, 4 = 30


RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. 36 2. 30 3. 81 4. 125 5. 90 6. 120

7. a) 6 b) 120 c) 5040 d) 1 e) 1 f) 3 g) 720

h) 840 i) 10 j) 30 l) 56 m) 320 n) 42

o) 5 p) 120

8. 60 9. 56 10. 2.520
33
11. a) 32 b) 12 c)
5

12. 120 13. 720 14. 12 15. 72

16. a) 10 b) 21 c) 15 d) 1 e) 120 f) 70

17. 711

18. a) 4 b) 19 c) 6

19. 10 20. 210 21. 36 22. 10 23. 6 24. 792

25. 66 26. 24 27. 5.040 28. 60 29. 360 30. 56

31. a) n + 3 b) x (x – 1)(x – 2)

32. a) 15.006 b) 7.690 33. 6

ELEMENTOS DO TRIÂNGULO RETÂNGULO


No triângulo retângulo ABC, temos:
̅̅̅̅ ) ⟶ hipotenusa
a ⟶ 𝑚(𝐵𝐶
̅̅̅̅) ⟶ cateto
b ⟶ 𝑚(𝐴𝐶
̅̅̅̅) ⟶ cateto
c ⟶ 𝑚(𝐴𝐵
̅̅̅̅) ⟶ altura relativa à hipotenusa
h ⟶ 𝑚(𝐴𝐻

m ⟶ projeção de ̅̅̅̅
𝐴𝐶 sobre ̅̅̅̅
𝐵𝐶
n ⟶ projeção de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 sobre ̅̅̅̅
𝐵𝐶

Observe: A hipotenusa de um triângulo retângulo é o lado oposto ao ângulo reto


desse triângulo. Os outros dois lados chamam-se catetos.
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Seja o triângulo retângulo ABC:
102

A altura relativa (h) à hipotenusa divide esse triângulo em dois outros


semelhantes.
Veja:

̂ ; 𝐵̂ ≅ 𝐵̂)
∆𝐴𝐵𝐶 ~∆𝐻𝐵𝐴 (Â ≅ 𝐻
̂ ; 𝐶̂ ≅ 𝐶̂ )
∆𝐴𝐵𝐶 ~∆𝐻𝐴𝐶 (Â ≅ 𝐻
∆𝐻𝐵𝐴 ~∆𝐻𝐴𝐶 (Propriedade transitiva da semelhança de triângulo)
Considerando esses triângulos dois a dois, temos as seguintes relações
métricas:
1ª relação: O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto das medidas da
hipotenusa pela sua projeção sobre ela.

Sendo ΔABC ~ ΔHBA, temos:


𝑐 𝑎
𝑛
= 𝑐 ⟹ c² = a ∙ n

Sendo ΔABC ~ ΔHAC, temos:


𝑏 𝑎
𝑚
= 𝑏 ⟹ b² = a ∙ m

2ª relação: O produto das medidas da hipotenusa e da altura relativa à hipotenusa é


igual ao produto das medidas dos catetos.
103

Sendo ΔABC ~ ΔHAC, temos:


𝑎 𝑐
= ⟹a∙h=b∙c
𝑏 ℎ

3ª relação: O quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto


das medidas das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

Sendo ΔHBA ~ ΔHAC, temos:


ℎ 𝑛
𝑚
= ℎ ⟹ h² = m ∙ n

4ª relação: Teorema de Pitágoras


O quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das
medidas dos catetos.

Sabemos que: b² = a ∙ m e c² = a ∙ n
Somando essas igualdades membro a membro, temos:
b² = a ∙ m
c² = a ∙ n
b² + c² = a ∙ m + a ∙ n
b² + c² = a ∙ (m + n)
b² + c² = a ∙ a ⟹ a² = b² + c²
Exemplos:
1. Calcule a medida do elemento desconhecido:
104

c=? c² = a ∙ n
a=9 c² = 9 ∙ 4

n=4 c² = 36

c = √36 ⟹ c = 6
a)

m=? b² = a ∙ m
a = 10 8² = 10 ∙ m

b=8 64 = 10 ∙ m
64
m = 10 ⟹ m = 6,4
b)
2. Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 10 cm e um dos catetos 8 cm.
Determinar o outro cateto.

a = 10 b² + c² = a²
b=8 8² + c² = 10²
c=? c² = 100 – 64
c² = 36

c = √36 ⟹ c = 6
EXERCÍCIOS
10. Determine o valor de x nos triângulos abaixo:

a) e)

b) f)
105

c) g)

d) h)
11. Nos triângulos retângulos abaixo, calcule os elementos desconhecidos:

a) d)

b) e)

c) f)
12
10. a) 8 c) 5
e) 9 g) 9

b) 15 d) 20 f) 3 h) 5
9 16
11. a) h = 12 d) n = ; m =
5 5

b) a = 10 e) h = 5√3; c = 10; b = 10√3

c) h = 12 f) n = 4; m = 21
106

APLICAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS


a) Diagonal de um quadrado
Seja o quadrado ABCD de lado 𝓁 e diagonal d.

Aplicando o teorema de Pitágoras no ΔBCD, temos:


d² = 𝓁² + 𝓁²

d² = 2 𝓁² ⟹ d = √2𝓁² ⟹ d = 𝓁√2
b) Altura de um triângulo equilátero
Seja o triângulo equilátero ABC de lado 𝓁 e altura h.

Aplicando o teorema de Pitágoras no ΔAHC, temos:


𝓁 2
𝓁² = h² + (2)

𝓁² 𝓁²
𝓁² = h² + ⟹ h² = 𝓁² -
4 4

3𝓁² 3𝓁² 𝓁√3


h² = ⟹h=√ ⟹h=
4 4 2

EXERCÍCIOS
12. Determine as medidas das diagonais dos seguintes quadrados:

a) b)
12. a) 9√2 cm b) 14 cm
107

A geometria e o mundo científico


É difícil determinar a origem da geometria, uma vez que a escrita é posterior
a ela. Podemos, no entanto, compreender as razões de seu surgimento.
O homem criou a geometria porque precisava medir as terras e definir o
limite das propriedades, ideia que se contrapõe àquela segundo a qual a geometria
é fruto das ociosidades dos sacerdotes.
Alguns séculos de estudo e contribuições a geometria se passaram até que as
disputas ocorridas após a morte de Alexandre fizessem que Ptolomeu Sóter o rei da
parte egípcia do Império. A ele se deve a criação da biblioteca e o museu de
Alexandria. Por lá se deslocaram os maiores cientistas e pesquisadores da época,
entre eles Euclides.
Euclides de Alexandria viveu no século III a.C. e possivelmente sofreu
influência dos discípulos de Platão. A obra mais importante de Euclides é Os
Elementos, composta de treze livros. Nela, Euclides mostra grande arte método,
rigor e capacidade de sistematizar.
Embora sofrendo algumas adaptações, até hoje a geometria euclidiana tem
papel importante em vários campos da ciência.

ÁREA DAS PRINCIPAIS FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS


QUADRADO

𝓁 ⟶ lado
Área = 𝓁²

RETÂNGULO

b ⟶ base
h ⟶ altura
Área = b ∙ h

TRIÂNGULO
𝑏∙ℎ
Área =
2
108

PARALELOGRAMO

Área = b ∙ h

LOSANGO

d ⟶ diagonal menor
D ⟶ diagonal maior
𝑑∙𝐷
Área =
2

TRAPÉZIO

b ⟶ base menor
B ⟶ base maior
𝑏+𝐵
Área = 2
∙ℎ

POLÍGONO REGULAR
A área de um polígono regular é obtida por:
p → semiperímetro
A=p∙a onde {
a → apótema
Exemplo:
Calcular a área de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio
R = 8 cm.
A=p∙a
𝓁6 = R
6×8
𝓁6 = 8 cm, p = ⟹ p = 24 cm
2

𝑅√3 8√3
a6 = 2
⟹ a6 = 2

a6 = 4 √3 cm ⟹ A = 24 ∙ 4 √3

A = 96 √3 cm²

CÍRCULO

Área = π R²
109

EXERCÍCIOS
41. Calcular as áreas das seguintes figuras planas:
a) Quadrado de lado igual a 8 cm.
b) Retângulo de dimensões 6 e 10 cm.
c) Triângulo de base 8 cm e altura 3 cm.
d) Paralelogramo de base 12 cm e altura 4 cm.
e) Losango de diagonais 3 e 4 dm.
f) Trapézio de bases 4 e 6 cm e altura 3 cm.
g) Hexágono regular inscrito numa circunferência de raio igual a 10 cm.
h) Círculo de raio igual a 4 cm.
i) Quadrado de perímetro igual a 20 dm.
j) Retângulo de perímetro igual a 20 cm e altura 4 cm.
l) Triângulo de base 12 cm e altura igual à terça parte da base.
m) Quadrado inscrito numa circunferência de raio 10 cm.
n) Losango de lado 13 cm e cuja diagonal menor mede 10 cm.
o) Losango de perímetro igual a 20 cm e cuja diagonal maior mede 8 cm.
41. a) 64 cm² h) 16π cm²

b) 60 cm² i) 25 dm²

c) 12 cm² j) 24 cm²

d) 48 cm² l) 24 cm²

e) 6 dm² m) 200 cm²

f) 15 cm² n) 120 cm²

g) 150√3 cm² o) 24 cm²

42. Nas figuras abaixo, calcular as áreas das partes coloridas (supondo-se os dados
numéricos em cm):
110

a) f)

b) g)

c) h)

d) i)

e) j)
42. a) 60 cm² f) 10 cm²

b) 25 cm² g) 16π cm²

c) 25 (4 – π) cm² h) 10 cm²

d) 26 cm² i) 18 cm²

e) 20 cm² j) 4 (19 + 2π) cm²


111

PRISMA
Definição: Seja a figura ao lado; onde:
► α e β são dois planos paralelos.
► p é um polígono contido em α.
► r é uma reta que fura α no ponto F.
Se considerarmos, nesta figura, todos os segmentos paralelos
a r, tais que uma extremidade é um ponto no polígono p e a
outra extremidade é um ponto no plano β, temos um sólido
geométrico chamado prisma.
Elementos do prisma
Os polígonos ABCDE e A’B’C’D’E’ são as bases.
̅̅̅̅ , 𝐵𝐶
Os lados 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ , 𝐶𝐷
̅̅̅̅ , 𝐷𝐸 ̅̅̅̅, ̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ , 𝐸𝐴 𝐴′𝐵′, ̅̅̅̅̅̅
𝐵′𝐶′, ̅̅̅̅̅̅
𝐶′𝐷′, ̅̅̅̅̅̅
𝐷′𝐸′, ̅̅̅̅̅̅
𝐸′𝐴′,
das bases, são as arestas das bases.
Os paralelogramos AA’BB’, BB’CC’, CC’DD’, DD’EE’,
EE’AA’ são as faces laterais.
Os segmentos AA’, BB’, CC’, DD’, EE’, paralelos a r, são as
arestas laterais.
A distância entre α e β, planos das bases, é a altura (h).
Nomenclaturas dos prismas
Em função do número de arestas das bases, um prisma recebe os seguintes
nomes:
Triangular: quando as bases são triangulares
Quadrangular: quando as bases são quadriláteros.
Pentagonal: quando as bases são pentágonos.
Hexagonal: quando as bases são hexágonos, e assim por diante.

Prisma reto e prisma oblíquo


Quando as arestas laterais de um prisma são perpendiculares aos planos das
bases, o prisma é reto; quando não são, o prisma é oblíquo.
112

Prisma hexagonal reto Prisma triangular oblíquo

Observe: Se um prisma é reto, as faces laterais são retângulos.

Prisma regular
Um prisma reto é regular quando as bases são polígonos regulares.
Exemplos:

Prisma pentagonal regular prisma triangular regular

Note: Se um prisma é regular, as arestas são perpendiculares aos planos das bases,
e as bases são polígonos regulares; consequentemente, as facas laterais são
retângulos congruentes entre si.

Área e volume de um prisma


Chamamos de área lateral (SL) de um prisma a soma de todas as áreas de suas
faces laterais.
A área total (ST) de um prisma é a soma da área lateral com as áreas das bases (SB).
S T = SL + 2 ∙ S B
O volume de um prisma é obtido pelo produto da área da base e a medida da altura
do prisma.
V = SB ∙ h
Exemplos:
113

1. Determine a área da base, a área lateral, a área total e o volume de um prisma reto
de altura igual a 12 cm e cuja base é um triângulo retângulo de catetos 6 cm e 8 cm.
6×8
SB = ⟹ SB = 24 cm²
2
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 ×𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐
Lembre-se: área de um triângulo retângulo é 𝟐

Cálculo da hipotenusa:
a² = 6² + 8² ⟹ a = 10 cm
SL = 8 ∙ 12 + 6 ∙ 12 + 10 ∙ 12 ⟹ SL = 288 cm²
ST = SL + 2 ∙ SB ⟹ ST = 288 + 2 ∙ 24 ⟹ ST = 336 cm²
V = SB ∙ h ⟹ V = 24 ∙ 12 ⟹ V = 288 cm³
2. A altura de um prisma triangular regular é igual a 8 cm. Calcule a área total e o
volume desse prisma sabendo-se que a aresta da base mede 4 cm.
Prisma triangular regular:
► as bases são triângulos equiláteros.
Área da base:
𝓁√3 4²√3
SB = ⟹ SB = ⟹ SB = 4√3 cm²
4 4

Área lateral:
SL = 8 ∙ 4 + 8 ∙ 4 + 8 ∙ 4 ⟹ SL = 96 cm²
Área total:

ST = SL + 2 ∙ SB ⟹ ST = 96 + 2 ∙ 4√3 ⟹

ST = 96 + 8√3 ⟹ ST = 8 (12 + √3) cm²


Volume:

V = SB ∙ h ⟹ V = 4 √3 ∙ 8 ⟹ V = 32 √3 cm³
Casos particulares de prismas quadrangulares
Paralelepípedo é um prisma quadrangular cujas bases são paralelogramos.
114

Paralelepípedos especiais
Paralelepípedo reto-retângulo é o prisma reto cujas bases são retângulos.
Cubo é o paralelepípedo reto-retângulo cujas bases e faces laterais são quadrados.
Assim, todas as arestas são congruentes entre si.
Diagonal de um paralelepípedo reto-retângulo
Seja o paralelepípedo reto-retângulo de dimensões a, b e c.
Sendo: d ⟶ diagonal da base; D ⟶
diagonal do prisma
E aplicando o teorema de Pitágoras nos
triângulos ABC e BHC, temos:
no ΔABC ⟹ d² = a² + b² (I)
no ΔBHC ⟹ D² = d² + c² (II)

Substituindo (I) em (II): D² = a² + b² + c² ou D = √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐²


Caso particular
Sendo o cubo um paralelepípedo reto-retângulo onde todas as arestas são
congruentes entre si, então a diagonal do cubo será dada pela expressão:

D = √𝑎2 + 𝑎2 + 𝑎² (onde a é a aresta do cubo) ou,

D = √3𝑎2 ou,

D =a √3
Área total de um paralelepípedo reto-retângulo
A área total (S) superfície externa de um paralelepípedo reto-retângulo é a soma das
áreas de 6 retângulos 2 a 2 congruentes.
Seja o paralelepípedo reto-retângulo abaixo de dimensões a, b e c.
ST = ab + ab + bc + bc + ac + ac
ou
ST = 2ab + 2bc + 2ac
ou ainda
ST = 2 (ab + bc + ac)

Caso particular
115

A área total de um cubo de arestas a é igual a:


ST = a² + a² + a² + a² + a² + a² ou ST = 6ª²
Volume de um paralelepípedo reto-retângulo
O volume de um prisma é igual ao produto da área da base (SB) pela altura
(h), ou seja:
V = SB ∙ h
Assim, dado um paralelepípedo reto-retângulo cuja área da base é SB = a ∙ b
e altura h = c, então o seu volume será igual a:
V=a∙b∙c
Caso particular
O volume de um cubo de aresta a é igual a:
V = a³
Exemplos:
1. Dado um paralelepípedo reto-retângulo de dimensões 3 m, 4 m e 5 m, calcule:
a) a sua diagonal;
b) a sua área total;
c) o seu volume.

a) D = √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐²
Sendo a = 3, b = 4 e c = 5:

D = √32 + 42 + 5² = √50 = √2 ∙ 5² = 5√2


b) ST = 2 (ab + bc + ac)
ST = 2 (3 ∙ 4 + 4 ∙ 5 + 3 ∙ 5) = 2 ∙ 47 = 94 m²
c) V = a ∙ b ∙ c
V = 3 ∙ 4 ∙ 5 = 60 m³
2. Se o volume de um cubo é igual a V = 8 cm³, calcule:
a) a sua aresta;
b) a sua área total.
a) V = a³
Sendo V = 8:
116

3 3
8 = a³ ou a² = 8 ⟹ a = √8 = √2³ = 2 𝑐𝑚
b) ST = 6 ∙ a²
ST = 6 ∙ 2² = 6 ∙ 4 = 24 cm²
3. Um paralelepípedo reto-retângulo tem área da base igual a SB = 18 cm² e volume
V = 36 cm³. Calcule a sua altura.
𝑆 área da base
O volume de um prisma é V = SB ∙ h, onde { 𝐵
h altura
Sendo V = 36 e SB = 18, então:
36 = 18h ⟹ h = 2 cm
4. Determine a aresta de um cubo cuja área total é igual a 72 cm².

ST = 6a² ⟹ 72 = 6a² ⟹ a² = 12 ⟹ a = 2√2 cm


EXERCÍCIOS
61. Calcule a diagonal, a área total e o volume de um paralelepípedo reto-retângulo
de dimensões 2 cm, 4 cm e 6 cm.
62. Calcule a diagonal, área total e o volume de um cubo de aresta igual a 4 cm.
63. A base de um paralelepípedo reto-retângulo é um quadrado de área 16 cm².
Calcule a diagonal, a área total e o volume desse paralelepípedo sabendo-se que a
altura é igual a 6 cm.
64. Se o volume de um cubo é 27 m³, calcule a aresta e a área total desse cubo.
65. Se a área total de um cubo é 150 m², calcule a aresta e o volume desse cubo.
61. D = 2 √14 cm; ST = 88 cm²; V = 48 cm³

62. D = 4 √3 cm; ST = 96 cm²; V = 64 cm³

64. D = 2 √17 cm; ST = 128 cm²; V = 96 cm³

65. a = 3 m; ST = 54 cm² 66. a = 5 m; V = 125 m³


117

PIRÂMIDE
Definição: Seja a figura ao lado, onde:
► α é um plano;
► p é um polígono contido em α;
► V é um ponto não pertencente a α.
Se considerarmos nesta figura todos os segmentos,
tais que um extremo é um ponto do polígono p eu o
outro é o ponto V, temos um sólido geométrico
chamado pirâmide.

Elementos da pirâmide
O ponto V é o vértice.
O polígono ABCDE é a base.
Os lados ̅̅̅̅
𝐴𝐵, ̅̅̅̅
𝐵𝐶 , ̅̅̅̅ 𝐷𝐸 , ̅̅̅̅
𝐶𝐷, ̅̅̅̅ 𝐸𝐴 da base são as arestas
da base.
Os triângulos AVB, BVC, CVD, DVE, EVA são as faces
laterais.
Os segmentos ̅̅̅̅ 𝐵𝑉 , ̅̅̅̅
𝐴𝑉 , ̅̅̅̅ 𝐶𝑉 , ̅̅̅̅
𝐷𝑉 𝑒 ̅̅̅̅
𝐸𝑉 são as arestas
laterais.
A distância entre o vértice e o plano da base é a altura (h).
Nota: Da mesma forma que os prismas, as pirâmides também podem ser
classificadas em triangulares, quadrangulares, pentagonais, etc., de acordo com a
base.
Exemplos:

Pirâmide regular
Uma pirâmide é regular quando a base é um polígono regular e a altura é
igual à distância do vértice ao centro da base.
118

Numa pirâmide regular, temos:


► As arestas laterais são congruentes;
► As faces laterais são triângulos isósceles congruentes entre si.
Observe a pirâmide pentagonal regular:
̅̅̅̅
𝑉𝑅 = h (altura)
̅̅̅̅̅
𝑉𝑀 (apótema da pirâmide)
̅̅̅̅̅ (apótema da base)
𝑅𝑀
Note que o apótema (VM) da pirâmide é a altura do
triângulo isósceles AVB.

Área de uma pirâmide


Chamamos de área lateral (SL) de uma pirâmide à soma das áreas das suas
faces laterais.
Chamamos de área total (ST) de uma pirâmide à soma da área lateral (SL) com
a área da base (SB).
ST = SL + SB
Volume de uma pirâmide
O volume de uma pirâmide é dado pela expressão:
𝑆𝐵 ∙ ℎ 𝑆 → área da base
V= onde { 𝐵
3 h → altura da pirâmide
Exemplo:
Uma pirâmide quadrangular regular de altura h = 4 m tem uma aresta da base
medindo 6 m. Calcule:
a) o seu volume;
b) o seu apótema;
c) a sua área total.
𝑆𝐵 ∙ ℎ
a) V = 3

Sendo {𝑆𝐵 = 6 ∙ 6 = 36 𝑚²
h=4m
36∙ 4
V= = 48 𝑚³
3
119

b) Apótema VM?
No Δ retângulo VPM, aplicando o teorema de Pitágoras:
VM² = 4² + 3² ⟹ VM = 5 m
c) A área total (ST) da superfície externa de uma pirâmide é a soma da área da base
(SB) com a área lateral (SL):
ST = S L + SB
SB = 6 ∙ 6 = 36 m²
𝑏 ∙ℎ
SL é igual a quatro vezes a área de cada triângulo: SL = 4 × 2

𝑏 =6𝑚 6∙5
Sendo { ⟹ SL = 4 × 2 = 60 𝑚²
ℎ = 𝑉𝑀 = 5 𝑚
ST = 36 m² + 60 m² = 96 m²
EXERCÍCIOS
66. Uma pirâmide hexagonal regular tem a área da base igual a 12 m² e altura 10 m.
Calcule o seu volume.
67. Calcule o volume de uma pirâmide triangular regular que tem uma aresta da base
igual a 6 cm e altura igual a 8 cm.
68. Numa pirâmide quadrangular regular, as arestas da base medem 10 cm e a altura
12 cm. Calcule o apótema da base e o apótema da pirâmide.
69. Uma aresta da base de uma pirâmide quadrangular regular mede 8 cm. Calcule
a área, a área lateral e o volume dessa pirâmide sabendo-se que ela tem uma altura
igual a 3 cm.
70. O apótema da base e o apótema de uma pirâmide quadrangular regular medem,
respectivamente, 5 cm e 13 cm. Calcule a altura e o volume dessa pirâmide.
66. V = 40 m³ 67. 24√3 cm³

68. ab = 5 cm; ap = 13 cm

69. SB = 64 cm²; SL = 80 cm²; V = 64 cm³

70. h = 12 cm; V = 400 cm³

CILINDRO CIRCULAR
120

Definição: Seja a figura ao lado, onde:


► α e β são dois planos paralelos;
► C é um círculo de centro O, raio r, contido
em α;
► t é uma reta que fura α no ponto F.
Se considerarmos nesta figura todos os
segmentos paralelos a t, tais que uma
extremidade é um ponto do círculo C e a
outra um ponto no plano β, temos um sólido
geométrico chamado cilindro circular.
Elementos do cilindro
Os círculos de centro O e O’ e raio r são as bases.
Os segmentos paralelos a t com extremos nas
circunferências das bases são as geratrizes.
A distância entre α e β, planos das bases, é a altura
(h).

Cilindro reto e cilindro oblíquo


Quando as geratrizes são perpendiculares aos planos das bases, o cilindro é a reto;
quando não são, um cilindro é oblíquo.

Cilindro equilátero
Um cilindro reto é equilátero quando a altura é igual ao dobro do raio das
bases.
121

Área total de um cilindro reto


A área total (S) da superfície externa de um cilindro reto é a soma das áreas
das bases com a área lateral:
𝑆 → área da base
ST = 2 S B + SL onde { 𝐵
𝑆𝐿 → área lateral
Seja o cilindro reto de altura h, com base de raio r:

𝑆𝐵 = 𝜋𝑟 2 {área do círculo de raio r


área de um retângulo de dimensões 2πr,
𝑆𝐿 = 2𝜋𝑟ℎ {
comprimento da circunferência, e h
Assim:
ST = 2 𝜋𝑟 2 + 2𝜋𝑟ℎ ou ST = 2𝜋𝑟 (𝑟 + ℎ)
Volume de um cilindro
O volume de um cilindro é igual ao produto da área da base (SB) pela altura
(h).
Sendo 𝑆𝐵 = 𝜋𝑟 2 , então:
V = 𝜋𝑟 2 ℎ
EXERCÍCIOS
71. Dado um cilindro reto de altura h = 10 cm e raio da base = 4 cm, calcule:
a) a área da base; b) a área lateral c) a área total
122

72. Determine a área total e o volume de um cilindro reto de altura 3 m e diâmetro


da base 2 m.
73. Calcule a área da base, a área lateral, a área total e o volume de um cilindro
equilátero (h = 2r) cujo raio da base é igual a 5 dm.
74. Se a área da base de um cilindro reto é SB = 36π cm², calcule o raio da base desse
cilindro.
75. Um cilindro equilátero tem área da base SB = 25π cm². Calcule o seu volume.
71. SB = 16π cm²; SL = 80π cm²; ST = 112 cm²

72. ST = 8π m²; V = 3π m³

73. SB = 25π dm²; SL = 100π dm²; ST = 150π dm²; V = 250π dm³

74. r = 6 cm 75. V = 250π cm³

CONE CIRCULAR
Definição: Seja a figura ao lado, onde:
► C é um círculo de centro O, raio r, contido num plano
α;
► V é um ponto não pertencente a α.
Se considerarmos nesta figura todos os segmentos, tais
que uma extremidade é um ponto do círculo e a outra é o
ponto V, temos um sólido geométrico chamado cone
circular.
Elementos do cone
O ponto V é o vértice.
O círculo de centro O e o raio r é a base.
Os segmentos com uma extremidade na
circunferência da base e a outra no ponto v são
as geratrizes.
A distância entre o vértice e o plano da
base é a altura (h).
⃡ é o eixo.
A reta 𝑂𝑉
Cone reto e cone oblíquo
Quando o eixo é perpendicular ao plano da base, o cone é reto; quando não, o
cone é oblíquo.
123

Nota:

Num cone reto, as geratrizes são todas


congruentes entre si, e sendo g a geratriz,
h a altura e r o raio da base, aplicando a
relação de Pitágoras, temos:

g² = h² + r²

Cone equilátero
Um cone reto é equilátero quando a geratriz é igual ao dobro do raio da base.
Aplicando a ralação de Pitágoras:
(2r)² = h² + r²
4r² – r² = h² ⟹ h² = 3r²

h = r √3
Área de um cone

superfície lateral planificada

A área lateral de um cone é obtida por meio da expressão:


SL = π rg
A área total de um cone é a soma da área da base com a área lateral.
ST = S B + SL
ST = π r² + π rg ⟹ ST = π r(r + g)
Volume de um cone
O volume de um cone é dado pela expressão:
𝑆𝐵 ∙ ℎ 2
𝑉= onde {𝑆𝐵 = 𝜋𝑟 → área da base
3 h → altura
𝜋𝑟 2 ∙ ℎ
𝑉=
3
Exemplos:
124

1. Calcule a área da base, a área lateral, área total e o volume de um cone reto, de
altura igual a 4 cm e raio da base igual a 3 cm.
g² = h² + r²
g² = 4² + 3² ⟹ g = 5 cm
Área da base:
SB = πr² ⟹ SB = π ∙ 3² ⟹ SB = 9π cm²
Área lateral:
SL = πrg ⟹ SL = π ∙ 3 ∙ 5 ⟹ SL = 15π cm²
Área total:
ST = SB + SL ⟹ ST = 9π + 15π ⟹ ST = 24π cm²
Volume:
𝜋𝑟 2 ∙ ℎ 9𝜋 ∙ 4
𝑉= ⟹ 𝑉= ⟹ 𝑉 = 12𝜋 𝑐𝑚³
3 3
2. Qual é o volume de um cone equilátero cujo raio da base é igual a 6 m? Quanto
mede a área lateral?

ℎ = 𝑟√3 ⟹ ℎ = 6√3 𝑚
Cone equilátero {
𝑔 = 2𝑟 ⟹ 𝑔 = 2 ∙ 6 ⟹ 𝑔 = 12 𝑚

𝜋𝑟 2 ∙ ℎ 𝜋 ∙ 62 ∙ 6√3
𝑉= ⟹𝑉= ⟹ 𝑉 = 72√3𝜋 𝑚³
3 3
SL = πrg ⟹ SL = π ∙ 6 ∙ 12 ⟹ SL = 72π m²
EXERCÍCIOS
76. Calcule a área da base, a área lateral total eu o volume de um cone reto de
altura 12 cm e o raio da base 5 cm.
77. Determine a área total e o volume de um cone reto de geratriz igual a 15 m e
altura igual a 9 m.
78. Determine o volume de um cone equilátero cuja geratriz mede 8 cm.
79. Calcule a área da base, área lateral, a área total e o volume de um cone
equilátero cujo raio da base igual a 10 cm.
80. A área da base de um cone equilátero é igual a 16 π cm². Determine a área total
e o volume desse cone.
81. Calcule o volume de um cone reto de raio da base 3 cm cuja área lateral é igual
a 15 π cm².
76. SB = 25π cm²; SL = 65π cm²; ST = 90π cm²; V = 100π cm³
125

64√3𝜋
77. ST = 324π m²; V = 432π m³ 78. V = 𝑐𝑚³
3

1000√3𝜋
79. SB = 100π cm²; SL = 200π cm²; ST = 300π cm²; V = 𝑐𝑚³
3

64√3𝜋
80. ST = 48π cm²; V = 𝑐𝑚³ 81. V = 12π cm³
3

ESFERA
Definição: Dado o ponto O e um segmento R, chama-se esfera de centro O e
raio R o conjunto de todos os pontos P do espaço, de modo que a medida do
segmento OP é menor ou igual R.
Nota:

Chamamos de superfície esférica o conjunto dos


pontos P do espaço, tais que OP = R.

Volume de uma esfera


O volume de uma espera pode ser obtido a partir da expressão:
4
𝑉= 𝜋 ∙ 𝑅³
3
Área da superfície esférica
A área da superfície esférica pode ser obtida a partir da expressão:
S = 4π R²
Secção de uma esfera
A intersecção de uma esfera é um plano é um círculo.
O ⟶ centro da esfera
R ⟶ raio da esfera
r ⟶ raio do círculo
d ⟶ distância do círculo ao centro da esfera
C ⟶ centro do círculo
A relação entre R, r e d é dada pelo teorema de Pitágoras.
126

R² = r² + d²
Nota: Quando o plano passa pelo centro da esfera, a secção é
um círculo de raio igual ao raio da esfera. Dizemos então que a secção é um círculo
máximo da esfera.
Exemplo:
1. Uma secção plana feita a 3 cm do centro de uma esfera tem área igual a 16 π cm².
Calcule o volume da esfera e a área da superfície esférica.
Scírculo = π r² ⟹ 16π = π r² ⟹ r² = 16 ⟹ r = 4 cm
d = 3 cm R² = r² + d²
r = 4 cm R² = 4² + 3² ⟹ R = 5 cm
4 4 500
V= 3
𝜋 ∙ 𝑅³ ⟹ V = 3
∙ 𝜋 ∙ 5³ ⟹ V = 3
𝜋 𝑐𝑚³

S = 4π R² ⟹ S = 4 ∙ π ∙ 5² ⟹ S = 100π cm²
2. Calcule o volume e a superfície de uma esfera cujo círculo máximo tem área igual
a 100π dm².
Scírculo = π r² ⟹ 100π = π r² ⟹ r² = 100 ⟹ r = 10 dm
O raio do círculo máximo é igual ao raio da esfera (r = R).
4 4 4000
V= 𝜋 ∙ 𝑅³ ⟹ V = ∙ 𝜋 ∙ 10³ ⟹ V = 𝜋 𝑑𝑚³
3 3 3

S = 4π R² ⟹ S = 4 ∙ π ∙ 10² ⟹ S = 400π cm²


EXERCÍCIOS
82. Calcule o volume de uma esfera de raio 2 cm.
83. Determine o volume e a área de uma superfície esférica cujo raio da esfera mede
3 m.
84. A área de uma superfície esférica médio 314 cm². quanto mede o volume dessa
esfera?
85. Calcule a área de uma secção plana feita a 8 cm do centro de uma esfera de raio
10 cm.
86. Calcule a área do círculo máximo de uma esfera de raio igual a 7 cm.
87. Sabendo-se que o raio de um círculo deu uma secção plana feita a 2 cm do centro
de uma esfera é igual a 4 cm, determine o diâmetro da esfera.
88. A área de uma secção plana feita a 12 cm do centro de uma esfera é igual a 25 π
cm². Calcule o raio da esfera.
127

32𝜋
82. V = 2
𝑐𝑚³ 83. V = 36π cm³; S = 36π cm²
500𝜋
84. V = 3
𝑐𝑚³ 85. S = 36π cm² 86. S = 49π cm²

87. D = 4√5 cm 88. R = 13 cm

O PONTO
SISTEMA CARTESIANO PLANO
Considere num plano α dois eixos x e y
perpendiculares em 0.

O par de eixos x (0𝑥), eixo das abscissas,


e y (0𝑦), eixo das ordenadas, chama-se sistema
ortogonal.
O plano α é o plano cartesiano.
O ponto 0 é a origem do sistema.

Dado um ponto P qualquer, P ∊ α,


traçando por P duas retas: x’ paralela a x e y’
paralela a y e chamando P1 intersecção de y’ com
x e P2 intersecção de x’ com y, temos:
1) o número real xp = OP1, abscissa de P;
2) o número real yp = OP2, ordenada de
P;
3) os números reais xp e yp, coordenadas
de P, que indicamos (xp , yp), sendo a abscissa sempre o primeiro termo
do par.
Dessa forma, dado um ponto P qualquer, P ∊ α, a ele fica associado um único
par ordenado de números reais (xp , yp) e, respectivamente, dado um par ordenado
(xp , yp) de números reais, a este par fica associado um único ponto P ∊ α.
Exemplos:
1. Represente no plano cartesiano os pontos A(1, 2), B(-2, 3), C(2, -1), D(-3, -2),
E(3, 0) e F(0, 4).
128

Observação: Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro regiões


chamadas quadrantes. Veja como eles são enumerados:

Assim, os pontos, conforme as coordenadas, pertence a um determinado


quadrante, com exceção dos pontos situados nos eixos x e y, que por convenção
não pertence a nenhum dos quadrantes.
EXERCÍCIOS
1. Represente no plano cartesiano os seguintes pontos:
a) A(1, 3)
b) B(-1, -2)
c) C(0, 4)
d) D(2, 0)
e) E(3, -1)
f) F(3, 1)
g) G(-2, 0)
h) H(0, 3)
2. Com relação ao exercício anterior, que é pontos estão no:
a) 1° quadrante
129

b) 2° quadrante
c) 3° quadrante
d) 4° quadrante

DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS


Dados dois pontos A(xA, yA) e B(xB, yB), vamos determinar a distância dAB
entre eles:
̅̅̅̅ não é paralelo aos eixos
𝐴𝐵
Aplicando o teorema de Pitágoras
no triângulo ABC, temos:
2 2 2
𝑑𝐴𝐵 = 𝑑𝐴𝐶 + 𝑑𝐵𝐶
Sendo dAC = |xB – xA| e
dBC = |yB – yA|, então:
2
𝑑𝐴𝐵 = (𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )² + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )²

Ou 𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )² + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )²


Chamando xB – xA de Δx e yB – yA de Δy, podemos escrever:

𝑑𝐴𝐵 = √(∆𝑥)² + (∆𝑦)²

Exemplos:
1. Represente os pontos A(7, -6) e B(2, 6) e calcule a distância entre eles.
Sendo: A(7, -6) e B(2, 6)

xA yA xB yB
Substituindo na expressão:

dAB = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )² + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )²

dAB = √(2 − 7)² + [6 − (−6)]²

dAB = √(−5)² + 12²

dAB = √169 = 13
130

2. Represente no plano cartesiano os pontos A(-2, 5), B(4, -3) e C(-2, -6),
vértices do triângulo ABC, e calcule o perímetro desse triângulo.
Lembrando que o perímetro é a soma das medidas dos
lados, vamos calcular a medida de cada lado:

dAB = √[4 − (−2)]2 + [(−3) − 5]2 = √100 = 10

dBC = √[(−2) − 4]2 + [(−6) − (−3)]2 = √45 = 3√5

dAC = √[(−2) − (−2)]2 + [(−6) − 5]2 = √121 = 11

Então, o perímetro será 10 + 3√5 + 11 = 21 + 3√5.

3. A distância entre os pontos A(3, 1) e B(x, 4) é √10. Determine o valor de x


(abscissa do ponto B).

dAB = √10
2 2
dAB = √(𝑥 − 3)2 + (4 − 1)2 = √10 ⟹ (√(𝑥 − 3)2 + (4 − 1)2 ) = (√10)

(𝑥 − 3)2 + 32 = 10 ⟹ 𝑥 2 − 6𝑥 + 9 + 9 = 10

x1 = 2
𝑥 2 − 6𝑥 + 8 = 0
x2 = 4
Resposta: x = 2 ou x=4
B(2, 4) B(4, 4)
EXERCÍCIOS
4. Calcule a distância entre os seguintes pares de pontos:
a) A(2, 3) e B(2, 5)
b) A(2, 1) e B(-2, 4)
c) A(0, 6) e B(1, 5)
d) A(6, 3) e B(2, 7)
e) A(4, 3) e B(0, 0)
131

f) A(-1, -1) e B(1, 1)


5. Determine a distância do ponto A(-6, 8) a origem do sistema cartesiano.
6. Calcule o perímetro do triângulo de vértices A(1, 1), B(2, 4) e C(3, 3).
7. Calcule o perímetro do quadrilátero de vértices A(3, 2), B(4, 3), C(-3, 5) e D(-
1, 3).

8. A distância entre os pontos A(-1, 5), B(0, y) é √5. Determine a ordenada do


ponto B.
9. Sendo A(0, 0), B(3, 0) e C(3, 4) vértices de um triângulo, classifique-o quanto
a medida de seus lados.
10. Calcule o perímetro do pentágono de vértices A(0, 0), B(1, 2), C(3, 4), D(4, 0)
e E(2, -2).

PONTO QUE DIVIDE UM SEGMENTO DE UMA RAZÃO DADA


Considere o seguinte problema:
“Dados dois pontos A(xA, yA) e B(xB, yB), determine as coordenadas xM e yM de
𝑨𝑴
um ponto M ≠ B, que divide o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 na razão dada r = 𝑴𝑩”.

Na figura abaixo, sendo ΔATM ~ ΔMPB temos:

𝐴𝑀 𝐴𝑇 𝐴𝑀 𝐿𝑃
= 𝑀𝑃 = 𝑟 e = 𝑃𝐵 = 𝑟
𝑀𝐵 𝑀𝐵
𝑥𝑀 −𝑥𝐴 𝑦𝑀 −𝑦𝐴
ou =𝑟 e =𝑟
𝑥𝐵 −𝑥𝑀 𝑦𝐵 −𝑦𝑀

xM – xA = rxB – rxM ⁞ yM – yA = ryB – ryM


xM + rxM = rxB + xA ⁞ yM + ryM = ryB + yA
xM (1 + r) = rxB + xA ⁞ yM (1 + r) = ryB + yA
Coordenadas de M:
𝑟𝑥𝐵 +𝑥𝐴 𝑟𝑦𝐵 +𝑦𝐴
𝑥𝑀 = (I) 𝑦𝑀 = (II)
1+𝑟 1+𝑟
132

Caso particular: PONTO MÉDIO


̅̅̅̅, então r = 1, uma vez que AM = MB e
Se M é o ponto médio do segmento 𝐴𝐵
𝐴𝑀
𝑟 = 𝑀𝐵.

Substituindo r = 1 nas expressões (I) e (II), coordenadas de M, temos as


̅̅̅̅:
coordenadas do ponto médio do segmento 𝐴𝐵
𝑥𝐵 +𝑥𝐴 𝑦𝐵 +𝑦𝐴
𝑥𝑀 = 𝑦𝑀 =
2 2

Exemplos:
1. Dados os pontos A(3, -4) e B(-2, -7), determine M(xM, yM) que divide o
segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 na razão r = 5.
Dos dados do problema, temos:
xA = 3, yA = -4, yA = -2, yB = -7 e r = 5
𝑟𝑥𝐵 +𝑥𝐴 𝑟𝑦𝐵 +𝑦𝐴
Substituindo em 𝑥𝑀 = e 𝑦𝑀 = :
1+𝑟 1+𝑟

5(−2)+3 5(−7)+(−4)
𝑥𝑀 = e 𝑦𝑀 =
1+5 1+5

7 39 13 7 13
𝑥𝑀 = − 6 e 𝑦𝑀 = − =− ⟹ M(− 6 , − 2 )
6 2

2. Determine o ponto médio do segmento ̅̅̅̅


𝑃𝑅, sendo P(3, 6) e R(2, -8).
Dos dados do problema, temos:
xA = 3, yA = 6, yA = 2, yB = -8 e r = 1 (ponto médio)
𝑥𝐵 +𝑥𝐴 𝑦𝐵 +𝑦𝐴
Substituindo em 𝑥𝑀 = e 𝑦𝑀 = :
2 2

3+2 5 6+(−8) −2 5
𝑥𝑀 = =2 e 𝑦𝑀 = = = −4 ⟹ ponto médio(2 , −1)
2 2 2

3. Sendo M(2, 4) o ponto médio de ̅̅̅̅


𝐴𝐵, onde A(1, -6), determine as coordenadas
de B.
133

𝑥𝐵 +𝑥𝐴 1+𝑥𝐵
𝑥𝑀 = ⟹2= ⟹ 4 = 1 + 𝑥𝐵 ⟹ 𝑥𝐵 = 3
2 2

𝑦𝐵 + 𝑦𝐴 −6 + 𝑦𝐵
𝑦𝑀 = ⟹4= ⟹ 8 = −6 + 𝑦𝐵 ⟹ 𝑦𝐵 = 14
2 2
Portanto: B(3, 14)

EXERCÍCIOS
̅̅̅̅ na
11. Determine as coordenadas de um ponto M que divide um segmento 𝐴𝐵
razão r, nos seguintes casos:
a) A(3, 5), B(6, 5) e r=2
b) A(4, 1), B(7, 0) e r=4
c) A(-3, -2), B(-4, 5) e r = -3
d) A(4, -1), B(-3, 6) e r = -2

12. Calcule o ponto médio do segmento ̅̅̅̅


𝐴𝐵 nos seguintes casos:
a) A(2, 6) e B(4, 10)
b) A(-3, -4) e B(-7, 0)
c) A(0, -7) e B(9, -5)

13. Determine os pontos médios dos lados de um triângulo cujos vértices são:
A(3, 0), B(0, 4) e C(7, 5).

̅̅̅̅ é M(2, 3). Sendo A(4, 6), obtenha as


14. O ponto médio de um segmento 𝐴𝐵
coordenadas do extremo B.

15. O ponto M(-4, 2) divide um segmento ̅̅̅̅


𝐴𝐵 na razão r = 3. Sendo A(2, 2),
determine as coordenadas de B.

CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS


A condição necessária e suficiente para que três pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e
C(xC, yC) sejam colineares (alinhados) é que:
134

𝑥𝐴 𝑦𝐴 1
D = |𝑥𝐵 𝑦𝐵 1| = 0
𝑥𝐶 𝑦𝐶 1
Exemplos:
1. Verifique se os pontos A(2, 1), B(3, 2) e C(5, 4) estão alinhados.
Sendo xA = 2, yA = 1, xB = 3, yB = 2 e xC = 5, yC = 4:

2 1 1 2 1
D = |3 2 1| 3 2 = −10 − 8 − 3 + 4 + 5 + 12 = 0
5 4 1 5 4
-10 -8 -3 4 5 12

Como D = 0, pela condição de alinhamento, A, B e C estão alinhados.

2. Determine o valor de m para que os pontos A(m, 3), B(2, -4) e C(m, -1)
sejam colineares.

𝑚 3 1 𝑚 3
D =|2 −4 1| 2 −4 = 0 ⟹ 4𝑚 + 𝑚 − 6 − 4𝑚 + 3𝑚 − 2 = 0 ⟹ 𝑚 = 2
𝑚 −1 1 𝑚 −1
4m m -6 -4m 3m -2

EXERCÍCIOS
22. Verifique se os pontos A, B e C abaixo são colineares nos seguintes casos:
a) A(2, -3), B(-1, 4) e C(1, 1)
b) A(1, -3), B(4, 5) e C(2, 3)
c) A(0, 3), B(4, 0) e C(5, 0)
d) A(2, 2), B(5, 5) e C(-3, -3)

23. Determine em cada caso o valor de m para que os pontos abaixo sejam
alinhados:
a) A(5, m), B(1, 2) e C(3, -4)
b) A(1, 3), B(2, m) e C(0, 1)
c) A(m, 7), B(2, -3) e C(m, 1)
135

A RETA
EQUAÇÃO GERAL
Dados dois pontos distintos A(xA, yA) e
B(xB, yB), consideremos um ponto P(x, y)
⃡ .
genérico da reta 𝐴𝐵
Se A, B e P são colineares, então:
𝑥 𝑦 1
| 𝑥𝐴 𝑦𝐴 1| = 0
𝑥𝐵 𝑦𝐵 1
Observe que xA, yA, xB, yB não são variáveis, são números reais dados. As
únicas variáveis são x e y, coordenadas do ponto P.
Exemplos:
1. Determine a equação geral da reta que passa pelos pontos.
Dos dados do problema, temos: xA = 5, yA = 2, xB = -1, yB = 3
Substituindo em:
𝑥 𝑦 1 𝑥 𝑦 1
| 𝑥𝐴 𝑦𝐴 1| = 0 ⟹ | 5 2 1| = 0
𝑥𝐵 𝑦𝐵 1 −1 3 1
Resolvendo:
𝑥 𝑦 1 𝑥 𝑦
|5 2 1| 5 2 = 0 ⟹ 2𝑥 − 𝑦 + 15 + 2 − 3𝑥 − 5𝑦 = 0 ⟹ −𝑥 − 6𝑦 + 17 = 0
−1 3 1 −1 3
(equação geral da reta que passa pelos pontos A e B)
2. Verifique se os pontos P(2, -1) e Q(-3 ,5) pertencem à reta r, de equação
x + 3y + 1 = 0

Um ponto pertence a uma reta quando as suas coordenadas satisfazem a equação


dessa reta. Assim, para verificar se um ponto pertence ou não a uma reta, devemos
substituir as coordenadas desse ponto pelo x e pelo y da equação da reta dada.

Para o ponto P(2, -1): x = 2 e y = -1


Substituindo em x + 3y + 1 = 0:
2 + 3 (-1) + 1 = 0
Logo, P ∈ r.
136

Para o ponto Q(-3, 5): x = -3 e y = 5


Substituindo em x + 3y + 1 = 0
-3 + 3 ∙ 5 + 1 ≠ 0
Logo, Q ∉ r.

EXERCÍCIOS
24. Determine em cada caso a equação geral da reta que passa pelos seguintes
pares de pontos:
a) (1, 3) e (2, 5)
b) (-1, 2) e (3, 4)
c) (-1, -2) e (7, 5)
d) (-8, -1) e (0 ,0)

25. Verifique se os pontos A(1, 5), B(-2, 2) e C(-3, -1) pertencem à reta de
equação 2x + 3y – 2 = 0.

26. Determine a equação geral da reta que passa pela origem do sistema e pelo
ponto (-1, 5).

27. A reta de equação 3x – 4y = 0 passa pela origem do sistema?

28. Calcule o valor de k para que o ponto P(2, -1) pertença à reta de equação
3x + 4y + k = 0.

29. Determine a abscissa m do ponto A(m, 1) para que esse ponto pertença a reta
de equação 2x + 5y + 7 = 0.

INTERSECÇÃO DE RETAS
Se duas retas são concorrentes, tem, portanto, um único ponto em
comum cujas coordenadas satisfazem simultaneamente a ambas as equações
dessas retas. Para determinarmos esse ponto de intersecção, basta resolver
o sistema formado pelas equações dessas retas.
137

Exemplo:
Determine o ponto de intersecção das retas de equações 2x – 3y – 8 =
0e 5x + 2y – 1 = 0.
Montando o sistema e resolvendo pelo método da adição:
10𝑥 − 15𝑦 = 40
2𝑥 − 3𝑦 = 8 ← × 5
{ −10𝑥 − 4𝑦 = −2
5𝑥 + 2𝑦 = 1 ← × (−2)
−19𝑦 = 38 ⟹ 𝑦 = −2
Substituindo y = -2 em 2x – 3y = 8, temos:
2x – 3 ∙ (-2) = 8
2x + 6 = 8 ⟹ x = 1
Assim, o ponto de intersecção é (1, -2).

EXERCÍCIOS
31. Determine o ponto de intersecção dos seguintes pares de retas concorrentes
de equações:
a. 3x + 2y – 8 = 0 e 4x + 5y – 13 = 0
b. 2x – 5y – 2 = 0 e 3x + 5y – 28 = 0
c. 2x – 3y – 1 = 0 e 4x – 3y – 11 = 0
d. 8x + 7y – 21 = 0 e 8x – 5y + 15 = 0
e. 7x + y – 15 = 0 e x–y+7=0

EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
As equações que dão as coordenadas (x, y) de um ponto da reta em função de
uma terceira variável t são chamadas equações paramétricas da reta.
x = f1(t) e y = f2(t)
Para escrevermos a equação geral da reta, a partir das suas equações
paramétricas, basta isolarmos o parâmetro t em cada uma das equações dadas e
igualarmos as expressões obtidas.
Exemplo:
Dadas as equações paramétricas x = 2t – 1 e y = t + 3, obter a equação
geral da reta.
𝑥+1
x = 2t – 1 ⟹ –2t = –x – 1 ⟹ 2t = x + 1 ⟹ t= (I)
2
138

y=t+3 ⟹ –t = –y + 3 ⟹ t=y–3 (II)


𝑥+1 𝑥+1 2(𝑦 − 3)
(I) = (II) ⟹ =y–3 ⟹ = ⟹ x + 1 = 2y – 6
2 2 2
⟹ x – 2y + 7 = 0 (equação geral da reta)

EXERCÍCIOS
36. Escreva a equação geral da reta cujas equações paramétricas são:
𝑥 = 2𝑡 + 3
a) {
𝑦 = 2𝑡 − 4
𝑡
𝑥=2
b) {
𝑦 =𝑡+1
𝑥 = 3𝑡 − 1
c) {
𝑦 = 2𝑡 + 5
37. Determine a intersecção das retas (r) e (s) dadas pelas suas equações
paramétricas
𝑥 =𝑡+1 𝑥 = 2𝑡
(r) { e {
𝑦 = 𝑡−1 𝑦=𝑡−2

COEFICIENTE ANGULAR OU DECLIVE


Coeficiente angular ou declive de uma reta r não perpendicular ao eixo das
abscissas é o número real m, de modo que:
m = tg α

onde α é o ângulo formado pela reta r e o eixo positivo 𝑂𝑥 , medido sempre de 𝑂𝑥


para a reta, em sentido anti-horário.
139

Cálculo do coeficiente angular (m)


1° caso:
Dados dois pontos distintos A(x1, y1) e B(x2, y2) de uma reta, vamos calcular
o seu coeficiente angular.
Lembrando que no Δ retângulo:
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑎 𝜶
𝑡𝑔 𝛼 =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝜶
Então, no ΔABC:
𝑦𝐵 − 𝑦𝐴
𝑡𝑔 𝛼 =
𝑥𝐵 − 𝑥𝐴
E sendo m = tg α,
𝑦𝐵 −𝑦𝐴 ∆𝑦
𝑚= ou 𝑚 =
𝑥𝐵 −𝑥𝐴 ∆𝑥

Exemplo:
Calcule o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A(-6, 2) e B(4, -
7).
𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 −7 − 2 9
𝑚= ⟹𝑚= =−
𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 4 − (−6) 10
2° caso:
Dada a equação geral ax + by + c = 0 de uma reta, vamos calcular o seu
coeficiente angular.
Vimos que:
x (yA – yB) + y (xB – xA) + xAyB – xByA = 0
a b c
onde (xA, yA) e (xB, yB) são coordenadas de dois pontos dados pertencentes
à reta.
𝑦 −𝑦 −(𝑦𝐴 −𝑦𝐵 ) 𝑎 𝑎
Sendo m = 𝑥𝐵 −𝑥𝐴 ⟹ 𝑚 = = −𝑏 ⟹ 𝑚 = −𝑏
𝐵 𝐴 𝑥𝐵 −𝑥𝐴
140

Exemplo:
Calcule o coeficiente angular da reta de equação 5x + 2y – 7 = 0.
𝑎 5
𝑚=− =−
𝑏 2
EXERCÍCIOS
39. Calcule o coeficiente angular das retas determinadas pelos seguintes pares de
pontos:
a) (3, 4) e (7, 12)
b) (5, 6) e (8, 9)
c) (-3, 2) e (4, 7)
d) (-5, -3) e (-4, 3)
40. Calcule o coeficiente angular das retas de equações:
a) 3x – 4y – 7 =0
b) -6x + 8y + 3 = 0
c) x + y – 3 = 0
d) 5x – 8y + 7 = 0
41. Calcule o coeficiente angular das retas de equações:
𝑥 𝑦
a) +4 =1
3

b) 𝑥 = 3𝑡 − 1 e 𝑦 = 𝑡 + 2

EQUAÇÃO REDUZIDA
Considere o seguinte problema:
Dada a equação geral ax + by + c = 0 de uma reta não paralela ao eixo y,
isole o y no 1° membro.
ax + by + c = 0 ⟹ by = -ax – c
𝑎𝑥 𝑐
y=− −𝑏
𝑏

Chamamos esta última equação de equação reduzida da reta.


Exemplos:
1. Dada a equação geral 4x – 5y – 10 = 0 de uma reta, pede-se:
a) a sua equação reduzida;
141

b) o seu coeficiente angular;


c) o seu coeficiente linear.
Isolando y em 4x – 5y – 10 = 0
-5y = -4x + 10
4
5y = 4x – 10 ⟹ y= 5𝑥 − 2
4
a) equação reduzida: y = 5 𝑥 − 2
4
b) coeficiente angular: m = 5

c) coeficiente linear: q = -2
2. Dados os pontos A(3, 2) e B(-1, 4), pede-se:

a) a equação geral da reta ⃡𝐴𝐵;


⃡ .
b) a equação reduzida da reta 𝐴𝐵
𝑥 𝑦 1 𝑥 𝑦 1 𝑥 𝑦
|3 2 1| = 0 ⟹ | 3 2 1| 3 2 = 0
−1 4 1 −1 4 1 −1 4
⟹ 2𝑥 − 𝑦 + 12 + 2 − 4𝑥 − 3𝑦 = 0
a) equação geral: -2x – 4y + 14 = 0
b) equação reduzida: -4y = 2x – 14
𝑥 7
4y = -2x + 14 ⟹ y = − 2 + 2

EXERCÍCIOS
42. Determine o coeficiente angular e o coeficiente linear das seguintes retas:
𝑥 𝑦
a) 4x – 8y + 12 = 0 b) 2 + 5 = 1

43. Escreva as equações reduzidas das retas determinadas por:


a) A(2, 3) e B(0, 1) b) M(-3, -1) e N(2, -5)
44. Determine as equações reduzidas das retas representadas abaixo:

a) b)
142

EQUAÇÃO DE UMA RETA, DADOS UM PONTO E UMA DIREÇÃO


Considere o seguinte problema:
Determine a equação de uma reta r, dados um ponto A(x0, y0) desta reta e m
o seu coeficiente angular.
Seja P ≠ A, P(x, y) um ponto qualquer da reta r. Então:
𝑦−𝑦
m = 𝑥−𝑥0 ⟹ y – y0 = m(x – x0) (equação da reta)
0

Nota: Se a reta é paralela ao eixo y, isto é, não tem coeficiente angular, então
qualquer ponto terá abscissa igual a x0. Assim, a equação será: x = x0.
Exemplo:
Determine a equação geral da reta que passa pelo ponto P(3, 5) e tem
coeficiente angular m = 2.
Dos dados do problema, temos:
x0 = 3, y0 = 5 e m = 2
Substituindo na equação y – y0 = m(x – x0):
y – 5 = 2(x – 3)
y – 5 = 2x – 6 ⟹ -2x + y + 1 = 0
EXERCÍCO
45. Escreva a equação da reta que passa pelo ponto P e tem coeficiente angular m
em cada um dos seguintes casos:
a) P(2, 3) e m = 5 c) P(-1, -7) e m = 3
b) P(-3, 4) e m = 1 d) P(5, -4) e m = -5

PARALELAS – CONDIÇÃO DE PARALELISMO


A condição necessária e suficiente para que duas retas r e s não verticais
sejam paralelas entre si é que tenham o mesmo coeficiente angular.
Em linguagem matemática:
r ⫽ s ⟺ mr = ms
Exemplos:
1. Verifique se as retas r e s são paralelas, sendo:
r: 3x + 7y – 9 = 0 e s: 6x + 14y – 10 = 0.
143

Determinando o coeficiente angular de r e s:


𝑎 3
𝑚𝑡 = −
=−
𝑏 7 } Como 𝑚𝑡 = 𝑚𝑠 , então r ⫽ s.
𝑎 6 3
𝑚𝑠 = − = − =−
𝑏 14 7
2. Para que valores k as retas r: 5x – 4y + 10 = 0 e s: kx + 2y – 3 = 0 são
paralelas?
−5 5
𝑚𝑡 = = Se r ⫽ s ⟹ 𝑚𝑡 = 𝑚𝑠 , ou seja:
−4 4} 5 𝑘 5
𝑘 =− ⟹𝑘=−
𝑚𝑠 = − 4 2 2
2
3. Determine a equação geral dada r que passa pelo ponto P(2, 5) e é
paralela à reta s: 3x – 5y + 6 = 0.
Sendo r (reta procurada) e s (reta dada), se r ⫽ s ⟹ mr = ms
𝑎 −3 3
𝑚𝑠 = − = ⟹ 𝑚𝑟 =
𝑏 −5 5
A equação da reta r que passa por P(2, 5) e tem coeficiente angular m r =
3
é dada pela expressão: y – y0 = m(x – x0)
5

𝑥0 = 2
Onde { 𝑦0 = 5
3
𝑚 = 𝑚𝑟 = 5

3
𝑦 − 5 = (𝑥 − 2)
5
5𝑦 − 25 = 3𝑥 − 6
−3𝑥 + 5𝑦 − 19 = 0
EXERCÍCIOS
47. Verifique se as retas r e s abaixo são paralelas em cada um dos seguintes casos:
a) r: 6x + 7y + 3 = 0 e s: 12x + 14y – 21 = 0
b) r: 5x + 3y – 10 = 0 e s: 5x – 10y – 10 = 0
c) r: –3x + 8y + 3 = 0 e s: 6x – 16y + 7 = 0
d) r: x – y = 0 e s: –10x + 10y + 8 = 0
48. Para que valores de k as retas r e s são paralelas, sendo r: 7x – ky + 3 = 0 e
s: 6x + 2y – 10 = 0.
49. Determine a equação geral da reta r que passa pelo ponto M(3, 2) e é paralela à
reta s: 2x – y + 3 =0.
144

50. Obtenha a equação reduzida da reta que passa pelo ponto R(3, -1) e é paralela à
reta de equação x – 4y + 2 =0.
51. Escreva a equação geral da reta t que passa pelo ponto A(3, -4) e é paralela à
reta de equação 5x – y + 2 = 0.

PERPENDICULARES – CONDIÇÃO DE PERPENDICULARISMO


A condição necessária e suficiente para que duas retas r e s não verticais
sejam perpendiculares entre si é que o produto dos seus coeficientes angulares
seja igual a -1.
Em linguagem matemática:
1
𝑟 ⟘𝑠 ⟺ 𝑚𝑟 ∙ 𝑚𝑠 = −1 𝑜𝑢 𝑟⟘𝑠 ⟺ 𝑚𝑟 = −
𝑚𝑠
Exemplos:
1. Verifique se as retas r: 2x – 7y + 10 = 0 e s: 14x + 4y – 9 = 0 são
perpendiculares.
Calculando mr e ms, temos:
𝑎 −2 2
𝑚𝑟 = − = =
𝑏 −7 7
𝑎 −14 7
𝑚𝑠 = − = =−
𝑏 4 2
2 7
Como 𝑚𝑟 ∙ 𝑚𝑠 = 7 ∙ (− 2) = −1, então r ⟘ s.

2. Qual é a equação geral da reta s perpendicular à reta r: 5x – 10y + 7 = 0 e


que passa pelo ponto P(2, 7)?
Sendo s (reta procurada) e r (reta dada), se r ⟘ s ⟹ mr ∙ ms = -1 ou
1
𝑚𝑠 = − 𝑚
𝑟

−1
𝑎 −5 1
𝑚𝑡 = − = = ⟹ 𝑚𝑠 = 1 = −2
𝑏 −10 2 2
A equação da reta s que passa por P(2, 7) e tem coeficiente angular m s = -2
é dada pela expressão y – y0 = m(x – x0):
y – 7 = -2(x – 2) ⟹ y – 7 = -2x + 4 ⟹ 2x + y – 11 = 0

EXERCÍCIOS
145

55. Verifique se as retas r e s abaixo são perpendiculares em cada um dos seguintes


casos:
a) r: 3x – 2y + 7 = 0 e s: 8x + 12y – 15 = 0
b) r: x + 7y – 10 = 0 e s: y = 7x + 3
c) r: y = 3x – 8 e s: y = 3x + 12
d) r: x – y + 7 =0 e s: 2x + 5y – 7 = 0
DISTÂNCIA DE PONTO A RETA
Dado um ponto P(x0, y0) e uma reta r: ax + by + c = 0, podemos calcular a
distância entre eles, procedendo da seguinte maneira:
Por P traçamos a reta s perpendicular a r,
obtendo o ponto M, intersecção de r e s e
determinamos a distância entre eles.
Um modo mais prático de calcularmos a
distância entre P e r é com o auxílio da fórmula:
𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐
𝑑𝑃,𝑟 = | |
√𝑎2 + 𝑏2
Exemplos:
1. Determine a distância do ponto P(2, -4) à reta de equação 3x + 4y + 5 = 0.
P(2, -4) = P(x0, y0) ⟹ x0 = 2 e y0 = -4
3x + 4y + 5 = 0 ⟹ ax + by + c = 0 ⟹ a = 3, b = 4, c = 5
Substituindo na expressão:
𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐 3 ∙ 2 + 4(−4) + 5 −5
𝑑𝑃,𝑟 = | |=| |=| |=1
√𝑎2 + 𝑏2 √32 + 42 5

2. Dado o gráfico abaixo, determine o comprimento do segmento ̅̅̅̅


𝐴𝐻 , altura do
triângulo ABC, de vértices A(3, 2), B(1, 0) e C(5, 1):
146

Este problema consiste em determinar a distância do ponto A à reta ⃡𝐵𝐶 .


⃡ .
► Equação da reta 𝐵𝐶
𝑥 𝑦 1
[1 0 1] = 0 ⟹ −𝑥 + 4𝑦 + 1 = 0
5 1 1
► Distância de A(3, 2) à reta ⃡𝐵𝐶 : -x + 4y + 1 = 0

𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐 (−1)3 + 4 ∙ 2 + 1 6 √17 6√17


𝑑=| |=| |= ∙ =
√𝑎2 + 𝑏2 √(−1)2 + 42 √17 √17 17

3. Calcular a distância entre as retas paralelas r e s.


Dados: r: 3x + 4y – 8 = 0 e s: 3x + 4y + 2 = 0
“Tomamos” um ponto P qualquer de r ou s e calculamos a distância de P à s
ou r.
Seja P ∈ r.
Atribuímos um valor qualquer a x, por exemplo zero, e calculamos os
correspondentes valor de y.
r: 3x + 4y – 8 = 0 para x = 0 ⟹ 3∙0+4y–8=0 ⟹ y=2
Agora, basta determinar a distância de P(0, 2) à s: 3x + 4y + 2 = 0.
3∙0+4∙2+2 10
𝑑𝑃,𝑟 = | |= =2
2
√3 + 4 2 5
EXERCÍCIOS
61. Calcule a distância do ponto P à reta r nos seguintes casos:
a) P(1, 2) e r: x + 2y – 1 = 0
b) P(0, -1) e r: 2x + y + 3 = 0
c) P(-1, 1) e r: x + 3y – 1 = 0
d) P(-3, 2) e r: 12x + 5y + 3 = 0
62. Determine a distância da origem do sistema cartesiano à reta:
r: 5x – 2y + 4 = 0
63. Calcule a distância entre o ponto P(3, 2) e a reta que passa pelos pontos A(3, 5)
e B(-1, 0).
64. Determine a medida da altura relativa ao lado BC do triângulo ABC de vértices
A(1, 1), B(0, 3) e C(1, 2).
65. Calcule a distância entre as retas paralelas r e s nos casos:
147

a) r: x + y + 4 = 0 e s: x + y + 2 = 0
b) r: 4x + 3y – 10 = 0 e s: 4x + 3y + 5 = 0

ÁREA DO TRIÂNGULO
Sabemos da Geometria Plana que a área de um triângulo é:
1
Área = 2 ∙ base ∙ altura

Em Geometria Analítica podemos calcular a área de um triângulo com o


auxílio da fórmula:
𝑥1 𝑦1 1
1
𝑆 = ‖𝑥 2 𝑦2 1‖, onde A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).
2
𝑥3 𝑦3 1
Exemplos:
1. Determine a área do triângulo ABC onde A(1, 2); B(-2, 8) e C(2, 3).

1 1 2 1
𝑆 = ‖−2 8 1‖
2
2 3 1
Calcule o determinante, temos:
1 2 1 1 2
|−2 8 1 −2 8| = 8 + 4 − 6 − 16 − 3 + 4 = −9
2 3 1 2 3
1 1 9
Logo: 𝑆 = 2 |−9| = 2 ∙ 9 ⟹ 𝑆 = 2

2. Determine o valor de a de modo que o triângulo A(1, 0), B(2, -1) e C(a, 2)
tenha área 7.
1 0 1 1 0
|2 −1 1 2 −1| = −1 + 0 + 4 − (−𝑎) − 2 − 0 = 𝑎 + 1
𝑎 2 1 𝑎 2
1 1
Logo: S = 2 |𝑎 + 1| ⟹ 2 |𝑎 + 1| = 7 ⟹ |𝑎 + 1| = 14

𝑎 + 1 = 14 ⟹ 𝑎 = 13 𝑜𝑢 𝑎 + 1 = −14 ⟹ 𝑎 = −15
Resposta: a = 13 ou a = -15.

EXERCÍCIOS
66. Determine a área do triângulo ABC nos casos:
148

a) A(1, -1); B(2, 1) e C(2, 2)


b) A(3, 4); B(-2, 3) e C(1, 1)
67. Determine a área do quadrilátero A(0, 0), B(2, 2), C(3, -1) e D(1, -3).
68. Dados os pontos A(1, 2), B(0, -1) e C(2, m), calcula o valor de m para que a área
do triângulo ABC seja 10.
69. Determine o valor de a para que o triângulo de vértices A(-2, a), B(3, 2) e C(1,
0) tenha área 4.

A CIRCUNFERÊNCIA
EQUAÇÃO REDUZIDA
Considere o seguinte problema:
Dada uma circunferência de centro C(a, b) e raio r, determine a equação dessa
circunferência. Da mesma forma que, dada uma reta do plano cartesiano, a ela fica
associada uma equação do tipo ax + by + c = 0, queremos determinar uma
equação de modo que as coordenadas de todo ponto da circunferência satisfaçam a
essa equação.
Sabemos que um ponto genérico P(x, y) do plano cartesiano pertence à
circunferência de centro C(a, b) quando a distância entre o ponto e a
circunferência é igual ao raio.
Aplicando a fórmula da distância entre dois
pontos, temos:

𝑑𝐶𝑃 = √(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2

𝑑𝐶𝑃 = 𝑟 = √(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2


(𝑥 − 𝑎 )2 + (𝑦 − 𝑏 )2 = 𝑟 2

Essa expressão é chamada de equação reduzida da circunferência de centro


C(a, b) e raio r.
Dessa forma, dada uma circunferência qualquer do plano cartesiano de
centro C(a, b) e raio r, a ela fica associada uma equação do tipo (𝑥 − 𝑎)2 +
( 𝑦 − 𝑏 )2 = 𝑟 2 .

Exemplos:
1. A equação da circunferência de centro C(2, 5) e raio r = 5 é:
(𝑥 − 2)2 + (𝑦 − 5)2 = 52
2. A equação da circunferência de centro C(-3, 0) e raio r = 7 é:
(𝑥 + 3)2 + (𝑦 − 0)2 = 72 𝑜𝑢 (𝑥 + 3)2 + 𝑦 2 = 49.
149

3. A equação da circunferência de centro C(0, 0) e raio r = 1 é x2 + y2 = 1.


Reciprocamente, demonstra-se que toda equação do tipo (𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 =
𝑟 2 , com r > 0, representa uma circunferência do plano cartesiano de centro C(a, b)
e raio r.
Exemplos:
1. (x + 3)² + (y – 2)² = 9 representa uma circunferência de centro C(-3, 2) e
raio r = 3.
2. x² + (y + 5)² = 5 representa uma circunferência de centro (0, -5) e raio r =
√5.

EXERCÍCIOS
70. Escreva a equação da circunferência de centro C e raio r nos seguintes casos:
a) C(3 ,2) e r = 7
b) C(-1, 4) e r = 3
c) C(-4, -3) e r = 1
d) C(3, 0) e r = 6
71. Determine o centro C(a, b) e o raio r das circunferências de equações:
a) (x – 4)² + (y – 5)² = 9
b) (x – 3)² + (y + 1)² = 25
c) x² + y² = 2
d) x² + (y – 5)² = 7
72. Escreva a equação de cada circunferência abaixo:

a) b) c)

EQUAÇÃO NORMAL
A equação (x – a)² + (y – b)² = r², com r > 0, representa no plano
cartesiano, como já vimos, uma circunferência de centro C(a, b) e raio r.
150

Desenvolvendo os quadrados e agrupando os termos da equação:


(x – a)² + (y – b)² – r² = 0, temos:
x² + y² – 2ax – 2by + a² + b² – r² = 0 (equação normal) ou
x² + y² – 2ax – 2by + c = 0 (onde c = a² + b² – r²)
Observe na equação da circunferência que:
1) é uma equação do 2° grau nas duas variáveis x e y;
2) os coeficientes de x² e y² são iguais a 1;
3) o termo independente na equação normal é c = a² + b² – r².

Exemplos:
1. Determine a equação normal da circunferência de centro C(3, 5) e raio r =
4.
Sendo a = 3, b = 5 e r = 4, substituindo em (x – a)² + (y – b)² – r² = 0:
(x – 3)² + (y – 5)² – 4² = 0
Desenvolvendo os quadrados:
x² – 6x + 9 + y² – 10y + 25 – 16 = 0 ou
x² + y² – 6x – 10y + 18 = 0.
Nota: Uma outra maneira de resolver este problema seria substituir os valores de
a, b e r na equação normal.

2. Dada a equação normal da circunferência x² – y² – 6x + 18y + 8 =0, pedem-


se:
a) As coordenadas do centro;
b) O raio dessa circunferência.
Resolvendo:
a) Coordenadas do centro (a, b)
Comparando a equação dada x² – y² – 6x + 18y + 8 =0 com a equação
normal genérica x² + y² – 2ax – 2by + c = 0:
−2𝑎 = −6 ⟹ 𝑎 = 3
} (3, −9)
−2𝑏 = 18 ⟹ 𝑏 = −9
b) Raio da circunferência
151

Sendo a = 3, b = -9, c = 8 (termo independente) e substituindo em


c = a² + b² – r²:
r² = 3² + (-9)² – 8
r² = 9 + 81 – 8

r² = 82 ⟹ r = √82

EXERCÍCIOS
73. Determine a equação normal, dados o centro C e raio r, nos seguintes casos:
a) C(2, 7) e r = 5
b) C(-1, 3) e r = 1
c) C(6, 0) e r = 7
d) C(4, 0) e r = 10
e) C(0, 0) e r = 10
f) C(-5, -1) e r = 3
74. Determine as coordenadas do centro e o raio das circunferências cujas
equações são dadas:
a) x² + y² – 10x – 12y + 7 = 0
b) x² + y² + 4x + 2y – 3 = 0
c) x² + y² – 8x + 18y = 0
d) x² + y² – 9 = 0
e) x² + y² – 6x – 16 = 0
f) x² + y² – 14y = 0
g) 2x² + 2y² + 8x – 12y + 10 = 0 (sugestão: dividir a equação por 2)
h) 3x² + 3y² – 12x + 18y – 9 = 0

POSIÇÃO DE UM PONTO EM RELAÇÃO A UMA CIRCUNFERÊNCIA


Dados um ponto P(xp, yp) e uma circunferência λ de equação:
(x – a)² + (y – b)² = r², vamos verificar qual é a posição do ponto P em
relação à circunferência λ.
São possíveis três casos:
152

1. P pertence a λ (A distância do ponto ao centro da circunferência é igual à


medida do raio.)

2. P pertence a λ (A distância do ponto ao centro da circunferência é menor do


que a medida do raio.)

3. P é exterior a λ (A distância do ponto ao centro da circunferência é maior do


que a medida do raio.)

Exemplo:
Determine a posição do ponto P(3, 4) em relação a λ: (x – 2)² + (y – 3)² = 9.
A circunferência λ possui C(2, 3) e r = 3.

A distância de P a C é: dPC = √(3 − 2)2 + (4 − 3)2 = √2

Sendo √2 < 3, então P é interior a λ.

EXERCÍCIOS
75. Verifique a posição do ponto P em relação à circunferência λ nos seguintes
casos:
153

a) P(2, 4) e λ = (x – 1)² + (y – 2)² = 5


b) P(-2, 3) e λ = x² + (y – 1)² = 36
c) P(-1, -1) e λ = (x – 2)² + (y – 2)² = 1
d) P(-1, -3) e λ = x² + y² – 2x + 4y + 4 = 0
76. Qual é a posição da origem do sistema cartesiano em relação à circunferência
de equação x² + y² – 6x – 8y + 16 = 0?
77. Determine o valor de m para que o ponto P(m, 3) pertença à circunferência
x² + y² – 2x + y – 11 = 0.

CONFIRA SUAS RESPOSTAS:


1) Confira com o professor
2) a) A, F b) nenhum c) B d) E

4) a) 2 b) 5 c) √2 d) 4√2 e) 5 f) 2√2
5) 10

6) 3√2 + √10

7) 3√2 + √17 + √53


8) y = 3 ou y = 7
9) escaleno

10) 6√2 + √5 + √17


32 1 9 17
11) a) (5, 5) b) ( 5 , 5) c) (− 2 , 2 ) d) (-10, 13)
9
12) a) (3, 8) b) (-5, -2) c) (2 , −6)
3 5 7 9
13) 𝑀𝐴𝐵 (2 , 2) ; 𝑀𝐴𝐶 (5, 2) ; 𝑀𝐵𝐶 (2 , 2)

22) a) Não colineares b) Não colineares c) Não colineares


d) Colineares
23) a) -10 b) 5 c) 2
24) a) 2x – y + 1 = 0 b) 2x – 4y + 10 = 0 ou x – 2y + 5 = 0 c) 7x –
8y – 9 = 0
25) A ∉ r ; B ∈ r ; C ∉ r
26) 5x + y = 0
27) Sim
154

28) k = -2
29) m = -6
31) a) (2, 1) b) (6, 2) c) (5, 3) d) (0, 3) e) (1, 8)
36) a) x – y – 7 = 0 b) 2x – y + 1 = 0 c) 2x – 3y + 17 = 0
37) (0, -2)
5
39) a) 2 b) 1 c) 7 d) 6
3 3 5
40) a) − 4 b) 4 c) -1 d) 8
4 1
41) a) − 3 b) 3
1 3 5
42) a) m = 2, q = 2 b) m = − 2, q = 5
4 17
43) a) y = x + 1 b) y = − 5 𝑥 − 5
5
44) a)− 3 𝑥 + 5 b) y = 2x + 4

45) a) 5x – y – 7 = 0 b) x – y + 7 = 0 c) 3x – y – 4 = 0 d) 5x + y – 21 = 0
47) a) r ⫽ s b) rXs c) r ⫽ s d) r ⫽ s
7
48) k = − 3

49) 2x – y – 4 = 0
𝑥 7
50) y = 4 − 4

51) 5x – y – 19 = 0
55) a r ⟘ s b) r ⟘ s c) r ⟘ s d) r ⟘ s
4√3 2√3 √10 23
61) a) b) c) d) 13
5 5 10

4√29
62) 6
29

12√41
63) 41

√2
64) 2

65) a) √2 b) 3
1 13
66) a) 2 b) 2

67) 8
68) M = -15 ou M = 25
155

69) a = -7 ou a = 1
70) a) (x – 3)² + (y – 2)² = 49 b) (x + 1)² + (y – 4)² = 9 c) (x +
4)² + (y + 3)² = 1 d) (x – 3)² + y² = 36

71) a) C(4, 5) e r = 3 b) C(3, -1) e r = 5 c) C(0, 0) e r = √2 d) C(0, 5) e r = √7


72) a) x² + y² = 4 b) (x – 3)² + (y – 3)² = 9 c) (x – 3)² + (y + 2)² = 4
73) a) x² + y² – 4x – 14y + 28 = 0 b) x² + y² + 2x – 6y + 9 = 0 c) x² +
y² – 12x – 13 = 0 d) x² + y² – 8x – 84 = 0 e) x² + y² –
169 = 0 f) x² + y² + 10x + 2y + 17 = 0

74) a) C(5, 6) e r = 3√6 b) C(-2, -1) e r = 2√2 c) C(4, -9) e r = √97


d) C(0, 0) e r = 3 e) C(3, 0) e r = 5 f) C(0, 7) e r = 7

g) C(-2, 3) e r = 2√2
75) a) P pertence a λ b) P é interior a λ c) P é exterior a λ
d) P é exterior a λ
76) exterior
77) m = 1

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