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Matemática
ENSINO MÉDIO
Rua Serafim Valandro, 369 - Santa Maria – Fone: (55) 3223 0777
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E-mail: marioquintana08cre@educacao.rs.gov.br
1
CONJUNTOS
PRELIMINARES
Na Matemática, tratamos o conceito de conjunto como conceito primitivo,
portanto sem definição.
Intuitivamente, aceitamos por conjunto uma coleção ou classe de objetos
bem definidos, e os objetos que formam o conjunto são chamados elementos do
conjunto.
Exemplos:
Conjunto dos meses do ano.
Conjunto das letras do alfabeto.
Conjunto dos números naturais maiores que 2.
Convenções:
Os conjuntos são designados, geralmente, por letras maiúsculas: A, B, C, D, ...,
Z.
Os elementos são indicados, geralmente, por letras minúsculas: a, b, c, ..., z.
REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO
Podemos representar um conjunto enumerando os seus elementos entre
chaves e separados por vírgulas.
Exemplos:
1. Sendo V o conjunto das vogais, representamos:
V = {a, e, i, o, u}
PERTINÊNCIA
Se um elemento x é um elemento de um conjunto A, escrevemos:
x ∈ A (que se lê: x pertence ao conjunto A)
Por outro lado, se o elemento x não é elemento de A, escrevemos:
x ∉ A (que se lê: x não pertence ao conjunto A)
EXERCÍCIOS
1. Represente os seguintes conjuntos, enumerando os seus elementos entre
chaves:
a) D = {x | x é dia de semana}
b) V = {x | x é vogal do nosso alfabeto}
c) L = {x | x é par e maior que 3}
d) M = {x | x ∈ ℕ e x > 7}
e) J = {x | x ∈ ℕ e x < 2}
f) U = {x | x ∈ ℕ e x > 4 e x < 6}
g) T = {x | x ∈ ℕ e 3 < x < 7}
h) S = {x | x ∈ ℕ e 2 < x < 5}
i) E = {x | x ∈ ℕ e 3 ≤ x < 6}
3
IGUALDADE DE CONJUNTOS
Dizemos que um conjunto A é igual a um conjunto B e escrevemos:
A=B
quando A e B possuem os mesmos elementos, ou seja, todo elemento de A pertence
a B e todo elemento de B pertence a A.
Exemplo:
Se A = {a, e, i, o, u} e B = {i, a, o, e, u} então A = B, pois todo elemento de A
pertence a B e vice-versa. Observe que um conjunto não se modifica quando
trocamos a ordem dos seus elementos.
CONJUNTO VAZIO
O conjunto que não possui nenhum elemento chama-se conjunto vazio e é
representado pelo símbolo Ø.
Exemplos:
1. Sendo A o conjunto dos meses do ano com mais de 31 dias, A é um conjunto
vazio, pois nenhum mês do ano tem mais de 31 dias. Representamos A = Ø
ou usando o par de chaves A = { }.
2. Sendo B o conjunto dos dias da semana que iniciam pela letra r, então B = Ø
ou B = { }.
3. Sendo C = {x | x ∈ ℕ e x < 10}, então C = Ø.
CONJUNTO UNITÁRIO
O conjunto que possui apenas um elemento chama-se conjunto unitário.
Exemplos:
1. Sendo B conjunto dos meses do ano cujos nomes iniciam pela letra d, B é um
conjunto unitário, pois apenas dezembro inicia por d: B = {dezembro}.
2. Sendo R o conjunto das consoantes da palavra era, R é um conjunto unitário:
R = {r}.
3. Sendo A = {x | x ∈ ℕ e 3 < x < 5}, A é unitário: A = {4}.
SUBCONJUNTOS
4
B E D
3 A 5 1 3 2
4 1 2 4
Notas:
a) O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.
b) Os símbolos ∈ e ∉ devem ser usados exclusivamente relacionando elemento
e conjunto.
c) Os símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅ devem ser usados exclusivamente relacionando
dois conjuntos.
EXERCÍCIOS
2. Determine o valor de x:
a) {3, 4, 5} = {3, 4, x} b) {1, 7, x, 8} = {8, 7, 1, 9}
5
4. Dê os subconjuntos:
Modelo: A {x, y}, os subconjuntos de A são: {x}, {y}, {y,x}, Ø
a) B = {4, 7}
b) C = {a, b, c}
a) M ⊃ N c) E ⊅ F
b) P ⊄ A d) x ∈ A
UNIÃO DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, chama-se união de A e B e se indica A ⋃ B (A
união B) o conjunto cujos elementos pertencem a A ou a B.
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4}
B = {3, 4, 5, 6}
A ⋃ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
6
3.
A ⟹A⋃B=
BB
INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, chama-se intersecção de A e B e se indica A ⋂ B
(A inter B) o conjunto cujos elementos são comuns a A e B, isto é, que pertencem a
A e também a B.
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4}
B = {3, 4, 5, 6}
A ⋂ B = {3, 4}
3. A
⟹A⋂B=
B
7
A A
⟹A⋂B=
B B
DIFERENÇA DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferença entre os conjuntos A e B
nessa ordem e se indica A – B o conjunto cujos elementos pertencem a A mas não
pertencem a B.
Exemplos:
1. A = {1, 2, 3, 4} 2. M = {3, 5, 6} 3. R = {1, 2, 3, 4}
B = {3, 4, 5, 6} P = {3, 5, 6, 7} S = {3, 4, 5, 6}
A – B = {1, 2} M–P=Ø S – R = {5, 6}
4. A B
⟹A–B=
CONJUNTO COMPLEMENTAR
8
3. A
A
B ⟹ 𝐶𝐴𝐵 =A–B=
B
EXERCÍCIOS
8. Hachure a operação indicada:
a) A B
A–B
A
b) B A–B
A B
c) B–A
d) A B A–B
A B
e) B–A
9
f) B 𝐶𝐴𝐵
9. Dados os conjuntos:
A = {x, y, z, w}; B = {x, y}; C = {a} e D = {a, x, y, z, w}
determine:
a) A – B e) D – A i) B ⋃ C
b) B – A f) A – D j) A ⋂ B
c) 𝐶𝐴𝐵 g) 𝐶𝐷𝐶 k) 𝐶𝐴𝐵 ⋂ B
d) A – C h) A ⋂ D l) 𝐶𝐷𝐶 ⋃ B
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Os principais conjuntos numéricos recebem as seguintes notações:
Conjunto dos Números Naturais ℕ:
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}
Nota:
O * (asterisco) é usado para indicar a supressão do zero. Assim:
ℕ* = {1, 2, 3, 4, ...}
Exemplos:
7 25 5 6 2
7= 2,5 = = 0,666... = =
1 10 2 9 3
𝑎
Nota: Os números que não podem ser expressos na forma 𝑏 , com a e b inteiros e b
diferente de zero, chamam-se irracionais.
Exemplos:
ℕ⊂ℤ⊂ℚ⊂ℝ
A RETA REAL
Os números reais são representados graficamente considerando a
correspondência biunívoca existente entre os pontos de uma reta e os números
reais.
Assim, a cada ponto da reta corresponde um e um só número real e cada
número real é correspondente de um único ponto. Por outro lado, assim como entre
dois pontos de uma reta há infinitos pontos, também entre dois números reais
quaisquer existem infinitos números reais:
INTERVALOS NUMÉRICOS
Considerando dois números reais a e b, sendo a < b, vamos definir alguns
subconjuntos de ℝ, chamados intervalos numéricos de extremos a e b.
Por exemplo, sendo a = 5 e b = 8, o conjunto dos infinitos números reais
compreendidos entre 5 e 8 é um subconjunto de ℝ chamada intervalo numérico de
extremos 5 e 8.
Um intervalo pode incluir ou não os extremos, daí temos a seguinte
classificação:
Intervalo fechado
Quando inclui os extremos a e b.
Notação Na reta real: Subconjunto de ℝ:
[ a, b ] {x ∈ ℝ | a ≤ x ≤ b}
12
Exemplo:
[ 5, 8 ] {x ∈ ℝ | 5 ≤ x ≤ 8}
Intervalo aberto
Quando não inclui os extremos a e b.
Notação Na reta real: Subconjunto de ℝ:
] a, b [ {x ∈ ℝ | a < x < b}
Exemplo:
] 5, 8 [ {x ∈ ℝ | 5 < x < 8}
Exemplo:
[ 5, 8 [ {x ∈ ℝ | 5 ≤ x < 8}
Exemplo:
] 5, 8 ] {x ∈ ℝ | 5 < x ≤ 8}
13
Exemplos:
1. Dados os intervalos:
A = [ 3, 7 [ e B = ] 1, 5 [
pedem-se: A ⋃ B e A ⋂ B.
A Na união temos
todos os elementos de A e
todos os elemento de B.
B Na intersecção
temos apenas os
elementos comuns a A e
A⋃B B.
A⋂B
Assim: A ⋃ B = ] 1, 7 [ e A ⋂ B = [ 3, 5 [
2. Dados os conjuntos:
A = {x ∈ ℝ | 2 ≤ x ≤ 4} e B = {x ∈ ℝ | 1 < x < 3}
pedem-se: A ⋃ B e A ⋂ B.
A⋃B
A⋂B
Então: A ⋃ B = ] 1, 4 ] ou A ⋃ B = {x ∈ ℝ | 1 < x ≤ 4}
A ⋂ B = [ 2, 3[ ou A ⋂ B = {x ∈ ℝ | 2 ≤ x < 3}
EXERCÍCIOS
14
b)
( ) [ 3, 5 [
( ) {x ∈ ℝ | 3 < x ≤ 5}
c) ( )
( ) ] 3, 5 [
16. Se A ⋂ B = B e A ⋃ B = A, então:
a) A ⊂ B c) B ⊂ A
b) A = B d) A – B = Ø
18. Se A ⋂ B = {6, 8, 10}, A = {4, x, 8, 10} e B = {2, x, y, 10, 12}, então x e y são:
a) 4 e 6 c) 8 e 10
b) 2 e 6 d) 6 e 8
b) A e) A B
c) A B f) A
9. a) {z, w} b) Ø
18
c) {z, w} h) {x, y, z, w}
d) {x, y, z, w} i) {x, y, a}
e) {a} j) {x, y}
f) Ø l) Ø
g) {x, y, z, w} m) {x, y, z, w}
10. a) d)
3 5 0 4
b) e)
1 2 1 3
c)
3 5
11. (d), (b), (a), (c)
12. a) y < 7 ou 7 > y d) – 1 < t < 1
b) z > 0 ou 0 < z e) r > -3 ou – 3 < r
c)5 < w < 8
13. a) {x ∈ ℝ | x > 5}
b) {x ∈ ℝ | 7 < x < 10}
c) {x ∈ ℝ | - 8 < x < 3}
d) {x ∈ ℝ | 3 ≤ x < 4}
e) {x ∈ ℝ | 0 ≤ x < 5}
14. a) [1, 5] e ]2, 3] f) ]0, 5] e ]2, 3]
b) [1, 6] e ]3, 5[ g) ℝ e ]0, 3]
c) ]1, 5[ e [2, 4[ h) ]-4, 4[ e [0, 3]
d) [1, 7[ e ]2, 6] i) ℝ* e Ø
e) [1, 5[ e ]2, 4] j) ]-1, 9] e ]7, 8[
15. b 19. a 23. b
16. c 20. a 24. b
17. c 21. b
18. d 22. b
2 Relação e Função
PRODUTO CARTESIANO
19
1 2
2
3 4
ou graficamente:
Sistema de coordenadas cartesianas
Observe:
No eixo horizontal, eixo das
abcissas, colocamos o 1º conjunto
(A) e no eixo vertical, eixo das
ordenadas, o 2º conjunto (B).
Resumindo a definição:
A × B = {(x, y) | x ∈ A e y ∈ B}
EXERCÍCIOS
1. Sendo:
A = {3, 5} e B = {1, 4}, determine:
a) A × B b) B × A
2. Dados:
a) M × N b) N × M
c) Em diagrama de setas:
M×N N×M
M N N M
0 -1 -1 0
0 0
5 5 5 5
3. Sendo:
A = {1, 2}, B = {0, 1} e C = {0}, determine:
a) A × A e) B × C
b) A × B f) C × C
c) A × C g) C × A
d) B × B h) C × B
6. Dado o produto cartesiano A × B = {(1, -1), (1, 2), (1, 3), (2, -1), (2, 2), (2,
3)}, determine os conjuntos A e B.
RELAÇÃO BINÁRIA
21
ou graficamente:
Sistema de coordenadas cartesianas
R1 R2
EXERCÍCIOS
7. Represente as relações enumerando seus pares ordenados:
Modelo: b) H I
A B 3 2
1 -1
2 2 4 0
3 3
3 1 0
5 1 2 1
0 2 5 2
a) R2 = {(x, y) ∈ A × B | y = 3x}
b) R3 = {(x, y) ∈ A × B | y = x + 1}
c) R4 = {(x, y) ∈ A × B | y = 3x – 1}
FUNÇÃO
Dados dois conjuntos A e B não vazios, chama-se função uma relação R de A
em B se e somente se para todo elemento x de A existe um único correspondente y
em B.
Exemplo:
Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4, 9} e as relações:
a) R1 B
A
1 ➢ R1 é uma função de A em B, pois
2 todo elemento de A tem um único
1
correspondente (imagem) em B.
3
2
4
3
9
F
3
5
b) R2 0
A B
1 ➢ R2 é uma função de A em B, pois
1 2 todo elemento de A tem um único
correspondente (imagem) em B.
2 3
A imagem do 1 ∈ A é 1 em B.
3 4
9 A imagem do 2 ∈ A é 1 em B.
F
3
A imagem do 3 ∈ A é 4 em B.
Observe: Para ser função:
5
0
2 3
3 4
9
F
d) R4 3
5
0
B
A
1
➢ R4 não é função, pois há elementos
2
1 de A, o 1, com mais de uma
3 imagem (1 e 2 em B).
2
4
3
9
F
3
5
0
EXERCÍCIOS
11. Assinale os diagramas que podem representar uma função:
a) d)
b) e)
c) f)
25
a) R1 = {(1, 2), (2, 5), (3, d) R4 = {(2, 2), (3, 5), (4,
6)} 6)}
b) R2 = {(1, 2), (2, 5), (3, 2), e) R5 = {(1, 2), (1, 5), (2,
(4, 6)} 6)}
c) R3 = {(1, 5), (2, 5), (3,
5), (4, 5)}
a 1
b 2
c 3
d 4
NOTAÇÃO
Uma função f de A em B, ou seja, domínio em A e imagem no contradomínio
B, indica-se:
f: A ⟶ B (lê-se: f de A em B)
Assim, cada elemento x de A está associado a um único y, imagem de x pela
função f, que se indica f(x) e lê-se f de x.
Resumindo:
➢ O conjunto A chama-se domínio da função f.
➢ O conjunto B chama-se contradomínio da função f.
➢ x é o elemento arbitrário do domínio.
➢ y = f(x) é a imagem de x no contradomínio.
➢ O conjunto dos elementos de B que são imagens dos elementos de A forma o
conjunto imagem (Im).
Exemplo:
26
1 Domínio: A = {1, 2, 3}
1 2
Contradomínio: B = {1, 2, 4, 6, 7}
2 7
Imagem: Im = {2, 4, 6}
3 4
6
EXERCÍCIOS
14. Dadas as funções abaixo em diagramas de setas, dê o domínio D, o
contradomínio CD e o conjunto imagem Im:
a) 6 b)
1
5
3 2 5
1
8 3
c) 0 0 d) -4 1
-1 -1 -3 2
-2 -2 -2 3
Na prática, é bastante comum indicarmos uma função apenas pela “lei” que
define, não mencionando, portanto, os dois conjuntos A e B, domínio e
contradomínio, da função.
Neste caso, devemos admitir que:
➢ O contradomínio é ℝ.
➢ O domínio é o conjunto formado por todos os números reais que a variável
arbitrária x pode assumir, de modo que as operações indicadas em f(x)
possam ser efetuadas em ℝ.
Exemplos:
5
1. Seja f(x) = 𝑥−3.
A variável x não pode assumir valores que anulem o denominador. Então, devemos
ter:
x–3≠0⟹x≠3
Portanto, D = {x ∈ ℝ | x ≠ 3}.
EXERCÍCIOS
15. Determine o domínio das seguintes funções numéricas:
3
a) f(x) = 3x e) f(x) = 5+𝑥
b) f(x) = -5x
f) y = √3𝑥 − 12
2
c) f(x) = 𝑥+4 7
g) y = 𝑥
1
d) f(x) = 2𝑥−10 3
h) y =
√2𝑥+10
28
5 j) f(x) = x2 + 3x – 2
i) y =
√𝑥−2
Exemplos:
1. Considere a função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por f(x) = 2x + 1. Calcule f(0), f(1), f(-
1
2), f(2).
f(x) = 2x + 1
f(0) = 2 . 0 + 1 = 0 + 1 ⟹ f(0) = 1
f(1) = 2 . 1 + 1 = 2 + 1 ⟹ f(1) = 3
f(-2) = 2 . (-2) + 1 = -4 + 1 ⟹ f(-2) = -3
1 1 1
f(2) = 2 . (2) + 1 = 1 + 1 ⟹ f(2) = 2
EXERCÍCIOS
16. Dada a função f: ℝ ⟶ ℝ, definida por f(x) = 5x + 2, calcule: f(0), f(2), f(-
2
3) e f(3).
y = 2x + 1
x=0 y=2.0+1⟹y=1
x=1 y=2.1+1⟹y=3
x=2 y=2.2+1⟹y=5
1.
2.
EXERCÍCIOS
18. Quais são os gráficos que podem representar uma função?
30
a) d)
b) e)
c) f)
FUNÇÃO INVERSA
Dada a função bijetora f : A ⟶ B pelo conjunto dos pares ordenados (x, y),
chama-se função inversa de f e se indica f-1 a função f-1 : B ⟶ A, formada pelo
conjunto dos pares ordenados (y, x), onde (x, y) ∈ f.
Exemplo:
Sendo f : A ⟶ B: então f-1 : B ⟶ A será:
A B A B
1 2 2 1
2 4 4 2
3 6 6 3
f = {(1, 2), (2, 4), (3, 6)} f-1 = {(2, 1), (4, 2), (6, 3)}
Observe:
Domínio = A Domínio = B
Função f Função f-1
Imagem = B Imagem = A
EXERCÍCIOS
21. Determine a função inversa das seguintes frações:
a) y = 2x d) y = 2x + 8
b) y = x + 5 e) y = 5x – 15
c) y = 7x – 2 f) y = 3x + 7
FUNÇÃO DO 1° GRAU
Chamamos de função do 1° grau ou afim a qualquer função de ℝ em ℝ
definida por f(x) = ax + b, onde a e b são números reais e a é não nulo.
Resumindo a definição:
f : ℝ ⟶ ℝ definida por f(x) = ax + b, a ∈ ℝ* e b ∈ ℝ
Exemplos:
1. f(x) = 3x – 1 a = 3 e b = -1
2. f(x) = -2x + 5 a = -2 e b = 5
3. f(x) = 4x a=4eb=0
4. f(x) = -x a = -1 e b = 0
Notas:
a) O gráfico da função do 1° grau é uma reta.
32
0 2 2
1 x
1 3
Im = ℝ
Como o gráfico é uma reta, bastam dois pontos distintos para traçá-lo: (0, 2)
e (1, 3). y
b) f(x) = -3x + 1
x y = -3x + 1 (0, 1)
0 1 1
-2 x
1 -2
y
Im = ℝ
c) f(x) = 5x
5
x y = 5x
0 0 1 x
1 5
Im = ℝ
Como o gráfico da função linear é uma reta que passa pela origem (0, 0), pois
para x = 0 temos y = 0, basta obter apenas mais um ponto.
EXERCÍCIOS
3. Construa o gráfico e dê o conjunto imagem das seguintes funções de ℝ em ℝ.
a) f(x) = 3x + 1 c) f(x) = -x + 5
b) f(x) = -2x + 3 d) f(x) = 5x – 1
33
2𝑥
e) f(x) = 2x h) f(x) = − 3
f) f(x) = -3x
𝑥
g) f(x) = 2
COEFICIENTES a E b DA FUNÇÃO y = ax + b
Na função do 1° grau y = ax + b, o número real a é chamado coeficiente
angular.
Exemplo:
Dê o coeficiente angular das seguintes funções:
a) y = 3x + 4 coeficiente angular a = 3
b) y = -x + 2 coeficiente angular a = -1
c) y = -8 + 5x coeficiente angular a = 5
𝑥 1
d) y = + 7 coeficiente angular a =
5 5
Observações:
Se a > 0, a função é crescente, ou seja, aumentando x aumenta y.
Se a < 0, a função é decrescente, ou seja, aumentando x diminui y.
Exemplos:
1. f(x) = 3x + 1 a = 3 ⟹ a > 0 (crescente)
2. f(x) = -2x + 3 a= -2 ⟹ a < 0 (decrescente)
3 x
34
para x = 3, y = 5
EXERCÍCIOS
4. Dê o coeficiente angular das seguintes funções e classifique-as em crescente
ou decrescente:
a) y = 5x – 8 e) y = -3x
𝑥
b) y = x + 2 f) y = 8 + 5
c) y = -3 – x 2
g) y = 7 - 3 x
d) y = 9 + 3x
5. Dê o coeficiente linear das funções do exercício anterior e o ponto de
intersecção com o eixo y.
x=2 x=0
2 é a raiz 0 é a raiz
Observe: Em y = 3x – 6, y = 0 e x = 2, calculado anteriormente, o ponto (2, 0) é a
intersecção da reta com o eixo x.
Construindo o gráfico:
y
35
(2, 0) 2 é a raiz x
EXERCÍCIOS
6. Determine a raiz de cada uma das funções seguintes:
a) y = 2x – 8 f) y = -5x – 7
b) y = 4x + 20 g) y = -3x + 3
c) y = 2x – 3 h) y = 8x + 1
d) y = -x – 9 i) y = -7x + 3
e) y = -2x + 10 j) y = 13x +26
7. Construa o gráfico das funções do exercício anterior, usando o valor da raiz e
o coeficiente linear.
FUNÇÃO QUADRÁTICA
Chamamos de função quadrática qualquer função de ℝ em ℝ definida por f(x)
= ax² + bx + c, onde a ∈ ℝ*, b ∈ ℝ e c ∈ ℝ.
Exemplos:
1. f(x) = 5x² + 3x – 2 a = 5 b = 3 c = -2
2. f(x) = x² + 2x – 3 a = 1 b = 2 c = -3
3. f(x) = -x² + 7x a = -1 b = 7 c = 0
4. f(x) = x² - 9 a = 1 b = 0 c = -9
Resumindo a definição:
f : ℝ ⟶ ℝ definida por f(x) = ax² + bx + c, a ∈ ℝ*, b ∈ ℝ e c ∈ ℝ
-3 y = (-3)² + 2 (-3) – 3 = 0
-2 y = (-2)² + 2 (-2) – 3 = -3
-1 y = (-1)² + 2 (-1) – 3 = -4
0 y = 0² + 2 ∙ 0 – 3 = -3
1 y = 1² + 2 ∙ 1 – 3 = 0
2 y = 2² + 2 ∙ 2 – 3 = 5
EXERCÍCIOS
1. Esboce o gráfico das funções seguintes, atribuindo a x os valores: -3, -2, -1, 0,
1, 2, 3.
a) y = x² + 2x
b) y = x²
c) y = x² - 2x + 1
d) y = -x² + 1
CONCAVIDADE DA PARÁBOLA
Na representação gráfica da função quadrática, notamos que:
► a > 0 ⟹ concavidade da parábola voltada para cima
► a < 0 ⟹ concavidade da parábola voltada para baixo
y y
a>0 a<0
37
x x
Exemplo:
Determine as raízes das seguintes funções:
a) y = 5x² + 3x – 2
5x² + 3x – 2 = 0
a=5 b=3 c = -2
∆ = b² - 4ac
∆ = 3² - 4 . 5 . (-2) = 9 + 40 = 49 ⟹ ∆ = 49 −3 + 7 4 2
x1 = = =
−𝑏 ± √∆ −3 ± √49 −3 ±7 10 10 5
𝑥= = =
2𝑎 2 .5 10
−3 − 7 10
2
x2 = =− = −1
10 10
Raízes: 5 𝑒 − 1
b) y = x² - 8x
x² - 8x = 0
a=1 b = -8 c=0
∆ = b² - 4ac
∆ = (-8)² - 4 . 1 . 0 = 64 - 0 ⟹ ∆ = 64 8+8
x1 = = 8
−𝑏 ± √∆ −(−8) ± √64 8 ±8 2
𝑥= = =
2𝑎 2 .1 2 8−8
x2 = =0
Raízes: 8 𝑒 0 2
c) y = 6x² + 3x + 7
6x² + 3x + 7 = 0
38
Como não há raiz quadrada real de número negativo (√−159 ∉ ℝ), então
esta função não admite raízes reais.
EXERCÍCIOS
2. Sem esboçar o gráfico, escreva se a parábola que representa a função tem a
concavidade voltada para cima ou para baixo:
a) y = x² - 2x – 7 c) y = x² - 3x + 2
b) y = 8x² + 4x – 3 d) y = -4x²
2° caso: ∆ = 0
A função admite duas raízes reais e iguais; então, a parábola tangencia o eixo
x.
x1 ≡ x 2
3° caso: ∆ < 0
A função não admite raízes reais; então, a parábola não tem ponto em comum
com o eixo x.
EXERCÍCIOS
4. Determine as raízes, se houver, esboce os gráficos levando em conta o sinal
de a e assinalando apenas as raízes das seguintes funções:
a) y = x² + 5x + 4 d) y = -5x² + x – 8
b) y = 6x² + 6x e) y = x² - 10x + 25
c) y = -x² - x + 6 f) y = -7x²
VÉRTICE DA PARÁBOLA
40
Exemplo:
Calculamos as coordenadas do vértice da parábola que representa a seguinte
função: y = x² + 2x – 3.
Como a = 1, b = 2 e c = -3, então ∆ = 2² - 4 . 1 . (-3) = 16
𝑏 2 2
𝑥𝑣 = − = − = − = −1
2𝑎 2 .1 2
∆ 16 16
𝑦𝑣 = − = − =− = −4
4𝑎 4 .1 4
V = (-1, -4)
EXERCÍCIOS
5. Calcule as coordenadas do vértice das parábolas que representam as
seguintes funções:
a) y = x² - 6x + 5 d) y = -3x²
b) y = -x² + 2x – 2 e) y = 4x² - 16x + 7
c) y = x² - 4x
Notamos que:
∆
a) se a > 0, a função assume um valor mínimo: 𝑦𝑣 = − 4𝑎 ;
∆
b) se a < 0, a função assume um valor máximo: 𝑦𝑣 = − 4𝑎.
Exemplos:
1. Escreva se a função admite um máximo ou um mínimo e determine esse
máximo ou esse mínimo:
a) y = 5x² - 3x – 2
Sendo a = 5 (a > 0), então a função admite um mínimo.
∆
O valor mínimo da função é 𝑦𝑣 = − 4𝑎 :
49
𝑦𝑣 = −
20
b) y = -x² + 2x – 2
Sendo a = -1 (a < 0), então a função admite um máximo.
∆
O valor máximo da função é 𝑦𝑣 = − 4𝑎 :
−(−4) 4
𝑦𝑣 = − = = −1
4(−1) −4
2. Determine o conjunto imagem das seguintes funções:
a) y = 2x² - 3x – 2
∆
Como a > 0 ⟹ Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≥ − 4𝑎 }
42
∆ = 9 + 16 = 25
25
Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≥ − }
8
b) y = -x²+5x + 6
∆
Como a < 0 ⟹ Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≤ − 4𝑎 }
∆ = 25 + 24 = 49
49
Im = {𝑦 ∈ ℝ | 𝑦 ≤ }
4
EXERCÍCIOS
6. Escreva se a função admite um máximo ou um mínimo e determine esse
máximo ou esse mínimo:
a) y = x² - 3x + 4 d) y = -x² + 2x – 3
b) y = -5x² + 2x – 3 e) x² - 7x + 12
c) y = x² - 4x + 4
a) c)
b) d)
0 0
5 5 5 5
4.
9.
10.
11. b, d, e
12. a) não é c) é e) não é
b) é d) não é
13. 1, 1, 2, 4
14. a) D = {5, 1} c) D = {0, -1, -2}
CD = {6, 3, 8} CD = {0, -1, -2}
Im = {6, 3} Im = {0, -1, -2}
b) D = {1, 2, 3} d) D = {-4, -3, -2}
CD = {5} CD = {1, 2, 3}
Im = {5} Im = {1, 2}
15. a) D = ℝ
b) D = ℝ
46
c) D = {x ∊ ℝ | x ≠ -4}
d) D = {x ∊ ℝ | x ≠ 5}
e) D = {x ∊ ℝ | x ≠ -5}
f) D = {x ∊ ℝ | x ≥ 4}
g) D = ℝ*
h) D = {x ∊ ℝ | x > -5}
i) D = {x ∊ ℝ | x > 2}
j) D = ℝ
2 16
16. f(0) = 2, f(2) = 12, f(-3) = -13, f(3) = 3
17. f(-3) = 0, f(-2) = -3, f(-1) = -4, f(0) = -3, f(1) = 0, f(2) = 5
18. a, b, c, d
20. b, f
21.
𝑥 𝑥−8
a) y = 2 d) y =
2
b) y = x – 5 𝑥+15
e) y = 5
𝑥+2
c) y = 𝑥−7
7 f) y =
3
1.
47
2.
3.
4. a) a = 5; crescente
b) a = 1; crescente
c) a = -1; decrescente
d) a = 3; crescente
e) a = -3; decrescente
1
f) a = 5; crescente
−2
g) a= ; decrescente
3
7.
FUNÇÃO QUADRÁTICA
1.
d) 5 e -6 h) 3 e 0
49
b) raízes: 0 e -1
c) raízes: -3 e 2
f) raízes: 0 e 0
7
6. a) mínimo yv = 4
14
b) máximo yv = − 5
c) mínimo yv = 0
d) máximo yv = -2
1
e) mínimo yv = −
4
1
7. a) Im = {y ∊ ℝ | y ≤ − }
4
b) Im = {y ∊ ℝ | y ≥ 0}
c) Im = {y ∊ ℝ | y ≤0}
d) Im = {y ∊ ℝ | y ≤ -1}
e) Im = {y ∊ ℝ | y ≥ 0}
f) Im = {y ∊ ℝ | y ≥ -4}
8. a) raízes 2 e 10
V(6 , 16)
Im = {y ∊ ℝ | y ≤ 16}
4
b) raízes 0 e 3
2 4
V(− 3 , − 3)
4
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ − }
3
c) raízes 5 e -5
V(0, -25)
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ -25}
d) raízes 1 e 7
V(4, -9)
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ -9}
e) raízes 3 e 3
V(3, 0)
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ 0}
f) ∄ raízes reais
3 15
V(− 2 , 4 )
51
15
Im = {y ∊ ℝ | y ≥ }
4
9. c 12. b 15. b
10. a 13. b
11. c 14. c
POTENCIAÇÃO
DEFINIÇÃO – O produto com fatores iguais, tal como 3 x 3 x 3 x 3 pode ser
escrito em forma de potência 34, onde 3 é chamado de base e 4, o número de vezes
que a base se repete, de expoente.
Genericamente, se a for um número real e n um número natural diferente de
zero:
an = a x a x a x a . . . a
expoente Definições especiais:
a0 = 1, a ≠ 0
an = b potência n vezes
a¹ = a
base
Exemplos:
1. 5³ = 5 x 5 x 5 = 125 5. 80 = 1
2. (-3)² = (-3) ∙ (-3) = 9 6. 7¹ = 7
3. (-1)4= (-1) ∙ (-1) ∙ (-1) ∙ (-1)= 1 7. (0,2)4=(0,2) (0,2) (0,2)
(0,2)=0,0016
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟒
4. (𝟑) = (𝟑) (𝟑) = 𝟗
PROPRIEDADEES DA POTENCIAÇÃO
am ∙ an = am+n 𝑎 𝑛 𝑎𝑛
(𝑏 ) = 𝑏 𝑛 (b ≠ 0)
am : an = am-n
(am)n = am ∙ n
(a ∙ b)n = an ∙ bn
Exemplo:
Simplifique, usando as propriedades
a) 35 ∙ 32 ∙ 3 ∙ 34 = 35 + 2 + 1 + 4 = 312 b) 57 ∙ 5-2 = 57 – 2 = 55
52
c) a2 ∙ a3 ∙ a0 = a2 + 3 + 0 = a5 3 2 32
g) (5) = 52
d) 107 : 102 = 107 – 2 = 105
h) (72)10 = 72 ∙ 10 = 720
25
e) = 25−1 = 24
2
f) (x ∙ y)8 = x8 ∙ y8
EXERCÍCIOS
1. Calcule:
a) 50 3 4 f) (-2)5
d) (2)
b) 81 g) (-6)2
e) 03
c) 25 h) (0,3)3
2. Usando as propriedades, simplifique:
a) 52 ∙ 57 ∙ 5 5 2 h) (b2)-5
e) (3)
b) 83 : 83 i) a ∙ a
f) (a ∙ b)5
c) b7 ∙ b2 ∙ b ∙ b0 j) a : a (a ≠ 0)
g) (a3)4
37
d) 37
1. 2-3 = 23 = 8
1 1 1 −3 2 3 23
4. (2) = (1) = =8
13
1 1
2. 3-1 = 31 = 3 1 2 1
5. -8-2 = (− 8) = 64
2 −2 5 2 25
3. (5) = (2) = Invertemos a base e
4
trocamos o sinal do
EXERCÍCIOS
expoente
3. Calcule:
a) 6-2 2 −3 f) (-5)-2
d) (5)
b) 5-3
e) (-2)-1
c) 8-1
RADICIAÇÃO
53
índice n
√b = a raiz
radicando
n
Assim, √b = a ⟹ b = na
Propriedades
Para a ∊ ℝ, b ∊ ℝ e n ∊ ℕ*, m ∊ ℕ*, temos:
n n
a) n√a ± √b = √a ± b n
c) √ m√a = n ∙m
√a
n n p
b)
√a
n = √b
n a
(b ≠ 0) d) ( n√a) = √ap , p ∈ ℕ∗
√b
n p∙n
e) √am = √am ∙ p , p ∊ ℕ∗
Observação: Para radicais de índice par, devemos ter b ≥ 0 e a ≥ 0.
1
2. 92 = √9 = √32 = 3
Elevamos a base ao valor do
1
10 numerador e extraímos a raiz
3. 50,1 = 5 10 = √5
de valor do denominador
EXERCÍCIOS
4. Escreva sob forma de radical:
4 2
a) 53 3 3 e) 20,01
1
c) (7) 1
8 3
b) 27 4 2 f) (27)
1 5
d) (13)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Calcule:
a) 32 = g) (-5)3 =
b) 52 = h) (-5)4 =
c) 27 = i) (-4)2 =
d) 83 = j) (-1)4 =
e) 73 = k) (-1)5 =
f) (-3)2 = l) 07 =
2. Utilize as propriedades adequadas a cada caso:
1) 32 ∙ 33 = 7) (52)3 =
2) 51 ∙ 5-3 = 8) (33)-2 =
3) 2-2 ∙ 2-3 = 9) (0,2-2)-4 =
4) (2 ∙ 7)2 = 10) 46 : 42 =
5) (4-1 ∙ 3-1)2 = 11) 32 : 3-3 =
6) (116 ∙ 113)2 = 12) 7-2 : (7-3)-2 =
RESPOSTAS:
1) a) 9 b) 25 c) 128 d) 512 e) 343 f) 9 g) -125 h) 625 i) 16
j) 1 k) -1 l) 0
2) 1) 35 2) 5-2 3) 2-5 4) 22 ∙ 72 5) 2-4 ∙ 3-1 6) 1118 7) 56 8) 3-6 = 1/36
9) (0,2)8 10) 44 11) 35 12) 74
FUNÇÃO EXPONENCIAL
Chamamos de função exponencial qualquer função de ℝ em ℝ definida por
f(x) = ax, onde a ∊ ℝ∗+ e a ≠ 1.
Exemplos:
1. f(x) = 2x
1 x
2. f(x) = (2)
Resumindo a definição:
55
x y = 2x
1 1
-2 y = 2-2 = 22 = 4 D=ℝ
-1 1
y = 2-1 = 21 = 2
1 Im = ℝ∗+
0 y = 20 = 1
1 y = 21 = 2
2 y = 22 = 4
1 𝑥
2. Esboce o gráfico da função f(x) = (2) , dê o domínio e a imagem da função.
x 1 𝑥
y = (2)
-2 1 −2 2 2 D=ℝ
y = (2) = (1) = 4
Im = ℝ∗+
-1 1 −1 2 1
y = (2) = (1) = 2
0 1 0
y = (2) = 1
1 1 1 1
y=( ) =
2 2
2 1 2 1
y = (2) = 4
1 𝑥 1
Observe: y = (2) a = 2 ⟹ 0 < a < 1 ⟹ função decrescente
EQUAÇÃO EXPONENCIAL
Uma equação é exponencial quando a incógnita está no expoente.
Assim, 2x = 32 ou 3x - 2 = 27 são exemplos de equação exponencial.
Para resolver equações desse tipo, devemos transformá-las numa igualdade.
A partir de bases iguais, devemos igualar os expoentes e, então, determinar o valor
da variável:
af(x) = ag(x) ⟹ f(x) = g(x), com a ∊ ℝ∗+ e a ≠ 1
Exemplo:
Resolva:
a) 5x + 5 = 57
Sendo uma igualdade, se as bases são iguais podemos igualar os
expoentes:
x+5=7
x=7–5
x=2
Logo: S = {x ∊ ℝ | x = 2} ou S = {2}
57
b) 2x = 8
Decompondo o 8 em fatores primos para termos bases iguais:
8 2 2x = 8 = 2 3
2x = 23 ⟹ x = 3
4 2
2 2
S = {3}
1 23 = 8
1
c) 5x = 25
5 5 5x = 5-2 ⟹ x = -2
1 52 = 25 S = {-2}
5
d) 9x = √27
Decompondo o 9 e 27 em fatores primos:
5
9 3 27 3 32x = √33
3 3 9 3 3
3
32x = 35 ⟹ 2x = 5
1 32 = 9 3 3 3 3
x = 10 ⟹ S = {10}
1 33 = 27
5
9x = √27
EXERCÍCIOS
7. Resolva as equações exponenciais:
3
a) 3x + 2 = 37 f) 4x = √32
b) 5x = 25 3
g) 7x = √49
c) 2x = 16 1
h) 9x = 27
1
d) 3x = 27
i) 3x = √27
1
e) 23x = 8 j) 8x = √32
8. Resolva as equações exponenciais:
1) 2x = 32 2) 32x = 81
58
2
3) 45x – 1 = 1 8) 3𝑥 = 3
4) 62x – 4 = 36 9) 43x + 5 = 64
5) 53x – 5 = 625 10) 93x = (1/243)
2 −1
6) 2𝑥 =1 11) 164x = (1/2)
7) 73x + 2 = 2401 12) 4x – 2 = 512
RESPOSTAS
1) 5 5) 3 9) -2/3
2) 2 6) -1 e 1 10) -5/6
3) 1/5 7) 2 11) -1/16
4) 3 8) 1 12) 13/2
b) 8 h) 0,027
e) 0
c) 32 f) – 32
2. a) 510 b) 80 = 1 c) b10
59
d) 30 = 1 g) a12 j) a0 = 1
52 h) b-10
e)
32
i) a2
f) a5 ∙ b5
1 1 1
3. a) c) e) −
36 8 8
1 125 1
b) d) f)
125 8 25
3 3 1
4. a) √54 = √625 3
3 9 2 3 e) 2100 =
100
√2
c) √( ) = √
7 49
4
b) √27 3 8
5 1 2 5 1
f) √27
d) √(13) = √169
2 1 10
5. a) 53 c) 82 e) 910 = 9
1 1 14
b) 310 d) 73 f) 2 7 = 22
7. a) S = {5} e) S = {-1} 3
h) S = {− 2}
b) S = {2} 5
f) S = {6} 3
i) S = {2}
c) S = {4} 2
g) S = {3} 5
j) S = {6}
d) S = {-3}
SEQUÊNCIA OU SUCESSÃO
Frequentemente nos deparamos com sequências de termos, onde a partir de
alguns elementos dados, sendo estes ditos consequentes, nos é permitido
determinar novos elementos da sequência, tais como outros termos, ou ainda a
soma destes termos, diferenças, produtos, etc...
Sequência Numérica:
Considere um conjunto qualquer em que seus elementos são números reais,
coloque-os numa certa ordem, isto é, escolha quem é o primeiro, o segundo, o
terceiro e assim por diante. Você terá uma sequência numérica.
A representação matemática de uma sequência é (a1, a2, a3, a4, ..., a n – 1, an).
60
“Em uma PA, qualquer termo é a média aritmética dos termos vizinhos”.
Então podemos dizer que o termo do meio é a média aritmética dos outros
dois termos. Assim, genericamente podemos afirmar:
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 =
2
EXERCÍCIOS:
1. Se (2, x, 18) são três termos consecutivos de uma PA. Calcule o valor de x.
62
2. Calcule x, tal que os termos (x, 10, 4x) sejam termos consecutivos de uma PA.
Respostas:
1. x = 10 2. x = 4
33 + 3 = 3n → n = 12, a PA tem 12
termos
3) Em uma PA de 9 termos o nono termo é 50 e a razão vale -2. Calcule o
primeiro termo dessa PA.
a9 = 50 an = a1 + (n – 1) ∙ r
a1 = ? 50 = a1 + (9 – 1) ∙ (-2)
n = 9 termos 50 = a1 – 16 → a1 = 50 + 16
r = -2 a1 = 66, 66 é o primeiro termo da PA
EXERCÍCIOS
1) Calcule o 1° termo da PA, cujo 6° termo é zero e a razão é -2.
2) Sabe-se que numa PA a30 = 24 e a razão é 6. Calcule o 1° termo.
3) Numa PA, o primeiro e o último são, respectivamente, 15 e 223 e a razão é
igual a 8. Quantos termos tem essa PA?
4) Determine o primeiro termo de uma PA em que a8 = 35 e a razão é 3.
5) Numa PA, sabe-se que a1 = -8 e a11 = 62. Determine a razão.
6) Encontrar o décimo termo da PA (5, 12, ...).
7) Quantos são os múltiplos de 5 compreendidos entre 8 e 512?
8) Calcule a razão de uma PA, sabendo-se que a1 = 100 e a21 = -40.
9) Calcule o sétimo termo da PA (1, 6, 11, ...).
10) Numa PA de 20 termos, o primeiro termo é 5 e a razão é 4. Determine
o último termo dessa PA.
Respostas:
1) a1 = 10 2) a1 = 150 3) n = 27 4) a1 = 14 5) r = 7 6) a 10 = 68
7) 101 múltiplos 8) r = -7 9) a7 = 31 10) o último termo é 81
Sejam as sequências:
a) (4, 8, 16, 32, 64)
Observamos nessa sequência que: 4 ∙ 2 = 8 8 ÷ 4 =2
8 ∙ 2 = 16 16 ÷ 8 = 2
16 ∙ 2 = 32 32 ÷ 16 = 2
32 ∙ 2 = 64 64 ÷ 32 = 2
O número fixo que multiplicamos a cada termo é 2, então a razão é 2.
(q = 2)
b) (6, -18, 54, -162)
Número fixo é -3 q = a2 ÷ a1
q = -18 ÷ 6 = -3
1 1 1
c) (8, 2, 2 , 8 , 32)
1
O número fixo é q = a2 ÷ a1
4
1
q=2÷8=4
EXERCÍCIOS:
1) Determine a razão (q) da PG em cada uma das sequências:
a) (3, 12, 48, ...)
b) (10, 5, ...)
c) (5, -15, ...)
d) (10, 50, ...)
e) (11, 11, 11, ...)
5
f) (5, 2, ...)
a3 = a1 ∙ q2 = a2 ∙ q
a4 = a1 ∙ q3 = a3 ∙ q
...
an = a1 ∙ qn – 1 = an-1 ∙ q
Exemplos:
1) Achar o quarto termo da PG (2, 6, ...)
an = a1 ∙ qn – 1
a1 = 2
a4 = 2 ∙ 34 – 1
n=4
a4 = 2 ∙ 33
an = ?
a4 = 2 ∙ 27 = 54, 54 é o quarto termo da PG
q=6÷2=3
a1 = 3, O primeiro termo é o 3
n=6
an = 486
q=?
EXERCÍCIOS:
1) Calcule o 7° termo da PG (4, -8, 16, ...).
2) Numa PG temos que o quinto termo é -625 e a razão é -5. Calcule a1.
3) Qual o número de termos da PG onde a1 = 3, an = 48 e q = 2?
4) Achar o quinto termo da PG (2, 10, 50, ...).
5) Numa PG de quatro termos a razão é 5 e o último termo é 375. Calcule a1.
6) Numa PG, o primeiro termo é 4 e o quarto termo é 4000. Qual é a razão da
PG?
7) Em uma PG, o primeiro termo é 2 e o quinto é 162. A razão dessa PG é:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6
8) O primeiro termo e a razão de uma PG valem 3 e o último termo vale 729. O
número de termos dessa PG é:
a) 0
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7
1
9) O décimo termo de uma PG, onde o primeiro termo é 8 e a razão é 2, é:
a) 12
b) 32
c) 128
67
d) 24
e) 64
10) O sétimo termo da PG (3, 12, 48, ...) é:
a) 4096
b) 6144
c) 12288
d) 24364
e) 49052
Respostas:
1) 256 2) -1 3) 5 4) 1250 5) 3 6) 40 7) b 8) d 9) e 10) c
ARCOS NOTÁVEIS
A tabela seguinte é muito importante, pois ela será útil na resolução de
problemas:
ARCO SENO COSSENO TANGENTE
1 √3 √3
30° = 0,5 = 0,86 = 0,58
2 2 3
√2 √2
45° = 0,7 = 0,7 1
2 2
√3 1
60° = 0,86 = 0,5 √3 = 1,73
2 2
PROBLEMAS PROPOSTOS
1- Uma escada apoiada em uma parede, num ponto distante 4 m do solo, forma
com essa parede um ângulo de 60°. Qual é o comprimento da escada?
68
2- Uma torre vertical de altura 12 m é vista sob um ângulo de 30° por uma
pessoa que se encontra a uma distância x da sua base cujos olhos estão no
mesmo plano horizontal dessa base. Determine a distância x.
• Cálculo da altura x em
relação ao solo:
𝑥 𝑥
tg 15° = ⟹ 0,27 =
2 000 2 000
x = 540m
• Cálculo da distância
percorrida y:
𝑥 540
sen 15° = 𝑦 ⟹ 0,26 = 𝑦
540
y = 0,26 ⟹ 𝑦 = 2.076,9 𝑚
7 – Uma rampa lisa com 10 m de comprimento faz ângulo de 15° com o plano
horizontal. Uma pessoa que sobe a rampa inteira eleva-se verticalmente a quantos
metros? (use: sen 15° = 0,26, cos 15° = 0,97)
8 – A uma distância de 40 m, uma torre é vista sob um ângulo de 20°, como nos
mostra a figura. Determine a altura h da torre. (sen 20° = 0,34, cos 20° = 0,94, tg 20°
= 0,36)
10 –
RESPOSTAS:
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
Ciclo trigonométrico
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Considerando as medidas dos arcos abaixo, escreva o quadrante a que pertence cada
um:
𝜋 4𝜋 7𝜋
a) 12° b) 143° c) 320° d) 242° e) 5 𝑟𝑎𝑑 f) 3
𝑟𝑎𝑑 g) 3
𝑟𝑎𝑑 h) 480°
i) – 110°
Confira suas respostas:
a) 1° b) 2° c) 4° d) 3° e) 1° f) 3° g) 1° h) 1° i) 3°
Arcos Côngruos
Existem arcos de mesma origem e mesma extremidade. Esses arcos são
chamados de arcos côngruos.
Dois arcos são côngruos, quando tem a mesma origem e mesma extremidade.
72
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Verificar se os arcos abaixo são côngruos:
𝜋 13𝜋
a) 6 𝑟𝑎𝑑 e 𝑟𝑎𝑑
6
b) 20° e 740°
c) 75° e 1155°
𝜋 17𝜋
d) 4 𝑟𝑎𝑑 e 𝑟𝑎𝑑
4
𝜋 15𝜋
e) 3 𝑟𝑎𝑑 e 𝑟𝑎𝑑
3
3. a) 3° b) 1° c) 3° d) 1° e) 4° f) 3° g) 2° h) 2°
TRIGONOMETRIA NO CÍRCULO
Arcos de circunferência
Arcos de circunferência é cada uma das partes em que uma circunferência
fica dividida por dois de seus pontos. Assim, sendo A e B dois pontos quaisquer de
uma circunferência, eles a dividem em 2 partes:
Medida de um arco
GRAU ( ° ) – Dividimos a circunferência em 360 partes iguais e a cada arco
1
unitário, que corresponde a 360 da circunferência, chamamos de grau.
EXERCÍCIOS
1 – Expresse em radianos:
a) 60° b) 210° c) 350° d) 150° e) 12° f) 2°
75
2 – Expresse em graus:
10 𝜋 11 𝜋 𝜋 𝜋 4𝜋 3𝜋
a) 𝑟𝑎𝑑 b) 𝑟𝑎𝑑 c) 𝑟𝑎𝑑 d) 𝑟𝑎𝑑 e) 𝑟𝑎𝑑 f) 𝑟𝑎𝑑
9 18 9 20 3 5
Respostas:
𝜋 7𝜋 35 𝜋 5𝜋 𝜋 3𝜋
1 – a) 3 𝑟𝑎𝑑 b) 𝑟𝑎𝑑 c) 𝑟𝑎𝑑 d) 𝑟𝑎𝑑 e) 15 𝑟𝑎𝑑 f) 𝑟𝑎𝑑
6 18 6 5
MATRIZES
Observe os seguintes conjuntos numéricos, onde os elementos estão
dispostos em linhas e colunas e colocados entre colchetes, parênteses ou barras
duplas:
Exemplo:
1
1 0 2
1. A = ( ) 3. C = [3]
4 3 5
6
0 5]
2. B = [ 4. D = |−2 3 −4‖
8 −1
Conjuntos desse tipo chamamos de matriz.
► As filas horizontais são chamadas linhas.
► As filas verticais são chamadas colunas.
Seja a matriz A:
1ª coluna 2ª coluna 3ª coluna
1ª linha 1 0 7
2ª linha 8 -6 5
4
3ª linha 0 -1 6
7
4ª linha 9 7 -3
Ela possui 4 linhas e 3 colunas, assim é do tipo 4 x 3 (lê-se 4 por 3). Observe:
Escrevemos primeiro o número de linhas e depois o número de colunas.
Exemplos:
76
9 3
4
1. B = [1 5 ] é uma matriz do tipo 4 x 2.
0 −3
2 0
3
2. C = [3 5 −2 8
] é uma matriz de ordem 1 x 4.
−8 7
3. D = [ 7 0] é uma matriz 2 x 2.
5
−9
0
1
4. E = 3 é uma matriz 6 x 1.
0
9
[0]
MATRIZ QUADRADA
É aquela em que o número de linhas é igual ao de colunas.
Exemplos:
1. A = [-8] matriz quadrada de ordem 1.
2
0
2. B = [ 7] matriz quadrada de ordem 2.
−9 1
0 8 −3
3
3. C = [1 7
9] matriz quadrada de ordem 3.
8
√5 −2
3
MATRIZ LINHA
É aquela que possui somente uma linha.
Exemplos:
1. A = [0 3 1 −7] matriz linha do tipo 1 x 4
2
2. B = [5 1 −3] matriz linha do tipo 1 x 3
MATRIZ COLUNA
É aquela que possui somente uma coluna.
−1
0 9
1. A = [1] 2. B = 3
8 7
[0]
77
EXERCÍCIOS
Dê o tipo de cada uma das matrizes:
Modelo:
7 −1 0
A=[ 2 5 10 ]
−1 3 −3 3 𝑥 3
8 5 −2 3
a) B = [1 0 −9 1]
3 6 9 12
b) C = [5 6 7 8]
c) D = [1 2]
5
d) E = [ ]
9
1
e) F = [2]
3
4
No exercício anterior:
a) Quais são as matrizes quadradas?
b) Quais são as matrizes linhas?
c) Quais são as matrizes colunas?
Notação genérica: Representamos genericamente uma matriz do tipo m x n
escolhendo uma letra minúscula com dois índices para representar cada um dos
seus elementos, de modo que o primeiro índice indique a linha a que o elemento
pertence e o segundo índice, a coluna.
Exemplo:
𝑎11 𝑎12 𝑎13 … 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 … 𝑎2𝑛
A = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 … 𝑎3𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 𝑎𝑚3 … 𝑎𝑚𝑛 ]
Assim:
a11 (a um um) é um elemento da 1ª linha e 1ª coluna.
a32 (a três dois) é um elemento da 3ª linha e 2ª coluna.
a23 (a dois três) é um elemento da 2ª linha e 3ª coluna.
Abreviadamente, podemos representar essa matriz A tomando-se um
elemento genérico aij, onde 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n.
78
A = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛
Exemplo:
Construa a matriz A = (aij) do tipo 2 x 3, sendo aij = i + j.
a11 = 1 + 1 = 2 a21 = 2 + 1 = 3
a12 = 1 + 2 = 3 a22 = 2 + 2 = 4
a13 = 1 + 3 = 4 a23 = 2 + 3 = 5
2 3 4
Logo: A = [ ]
3 4 5
EXERCÍCIOS
1. Dada a matriz:
7 −1 0
A=[ 2 5 10 ]
−1 3 −6
a) Qual é a sua ordem?
b) Dê o valor dos seguintes elementos: a11, a21, a33, a12, a31
2. Construa a matriz A = (aij) do tipo 2 x 3, sendo aij = 2i + j.
3. Construa a matriz B = (bij)3 x 1, sendo bij = 3i – j.
4. Construa a matriz quadrada de ordem 3, C = (cij), sendo cij = i2 + j2.
IGUALDADE DE MATRIZES
Duas matrizes são iguais se e somente se são do mesmo tipo e cada elemento
da primeira matriz é igual ao correspondente da segunda.
Exemplo:
1 4 1 (5 − 1)
1. [ ]=[ ]
5 9 (3 + 2) 32
2. Dadas as matrizes:
𝑥+1 5 3 5 ],
A=[ ] e B =[
2 3𝑦 2 12
para quais valores de x e y A e B são iguais?
𝑥+1 5 3 5 𝑥+1=3→𝑥 =2
[ ]=[ ]→{
2 3𝑦 2 12 3𝑦 = 12 → 𝑦 = 4
EXERCÍCIOS
Calcule os valores de x e y nas seguintes igualdades:
1 𝑥−3 1 4
a) [ ]=[ ]
6 9 6 𝑦2
−2 3𝑥 8 −2 𝑥+6 8
b) [ ]=[ ]
4 10 0 4 10 3𝑦 − 12
8 3𝑦 + 2
c) [ 2 ]=[ ]
𝑥 −5 11
MATRIZ NULA
Uma matriz é nula quando todos os seus elementos são iguais a zero.
0 0 0
Exemplo: [ ]
0 0 0
MATRIZ TRANSPOSTA
É aquela que se obtém trocando ordenadamente suas linhas por colunas ou
vice-versa.
A transposta da matriz A por exemplo, é indicado por At.
4 −5
4 1 8
Sendo A = [1 0 ], então At = [ ]
−5 0 7
8 7
EXERCÍCIOS
1. Escreva a matriz nula do tipo:
a) 2 x 1 b) 3 x 2
80
MATRIZ OPOSTA
Chama-se oposta de uma matriz A, a matriz -A que se obtém trocando o sinal
de todos os elementos de A.
Exemplo:
3 0 −2 −3 0 2
A oposta de A = [ ] é -A = [ ]
1 −4 5 −1 4 −5
SUBTRAÇÃO DE MATRIZES
Dadas A e B do mesmo tipo, a matriz A – B é a matriz que se obtém
adicionando a matriz A à matriz oposta de B:
A – B = A + (-B)
Exemplo:
A B A -B A + (-B)
4 3 −1 2 4 3 1 −2 5 1
( )−( )=( )+( )=( )
2 5 2 7 2 5 −2 −7 0 −2
EXERCÍCIOS
Dadas as matrizes:
3 8 1 7 −1 0
A = (2 1) B=( 3 4) C = (−3 −7)
4 5 −4 −5 −4 −2
Calcule:
a) A – B c) A – C
b) B – A d) A + B – C
2. Dadas as matrizes:
3 −4 1 8 −1 3
A=( ) B=( )
0 7 8 0 9 5
Calcule 3A + 2B.
82
3 −4 1 8 −1 3
3∙( )+2∙( )
0 7 8 0 9 5
9 −12 3 16 −2 6 25 −14 9
( )+( )=( )
0 21 24 0 18 10 0 39 34
EXERCÍCIOS
1. Calcule:
1 2
−3 5
a) 3 ∙ (−4 5) b) −2 ∙ ( ) c) −1 ∙ (8 −4)
2 0 −4 0
−1 8
2. Dadas as matrizes:
2 −3 0 1 −2 8
A=( ) B=( ) c) = ( )
4 −1 2 3 1 −3
Calcule:
a) 5A + 3B c) A + 5B – 2C
b) 6A – 3B d) 2B – C
3 6
−12 15 6 −10]
1. a) [ ] b) [ c)[−8 4]
6 0 8 0
−3 24
10 −12] 6 −14]
2. a) [ c) [
26 4 12 20
12 −21] 2 −6]
b) [ d) [
18 −15 3 9
MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
Vimos que a adição de matrizes só é possível quando as matrizes são do
mesmo tipo. A multiplicação de matrizes exige que o número de colunas da primeira
matriz seja igual ao número de linhas da segunda matriz.
Dadas as matrizes A = (aij)m x n e B = (bjk)n x p, define-se produto AB = (cik) do
tipo m x p tal que o elemento cik é obtido multiplicando-se ordenadamente os
elementos da linha i de A pelos elementos da coluna k de B e somando-se os
produtos obtidos.
Exemplos:
3 1
2 5
1. Sejam A = (2 5) e B = ( )
4 7
4 7
Sendo L1, L2, L3 linhas de A e C1, C2 colunas de B,
𝐿1 𝐶1 𝐿1 𝐶2
A ∙ B = (𝐿2 𝐶1 𝐿2 𝐶2 )
𝐿3 𝐶1 𝐿3 𝐶2
83
3∙2+1∙4 3∙5+1∙7 10 22
A ∙ B = (2 ∙ 2 + 5 ∙ 4 2 ∙ 5 + 5 ∙ 7) ⟹ A ∙ B = (24 45)
4∙2+7∙4 4∙5+7∙7 36 69
3 4 8
2. (1 7) ∙ ( )=
9 5 2
= (1 ∙ 3 + 7 ∙ 9 1 ∙ 4 + 7 ∙ 5 1 ∙ 8 + 7 ∙ 2) = (66 39 22)
EXERCÍCIOS
1. Calcule os produtos indicados:
1 2 −3 1 3 4 5)
a) (2 5) ∙ ( ) e) ( )∙(
4 0 3 −3 2 1 4
2 4 1
2 3 1
b) (1 −3 4) ∙ (1) f) ( ) ∙ (2 −3)
4 0 1
5 1 5
5 3 1 4 5 3 1 0
c) ( )∙( ) g) ( )∙( )
0 −3 2 5 8 9 0 1
−1 2 3 8 3 1 0 2 3
d) ( )∙( ) h) ( )∙( )
3 −4 1 2 4 0 1 7 0
11 0 5 −2
a) [22] e) [ ]
−9 6 3 12
15 −2 14 ]
b) [19] f) [
17 9 −1
11 32 ] 5 3]
c) [ g) [
−6 −15 8 9
−1 −4 5 ] 2 3]
d) [ h) [
5 16 −7 7 0
MATRIZ IDENTIDADE
A matriz quadrada de ordem n onde todos os elementos da diagonal principal
são iguais a 1 e os outros elementos são iguais a zero, chama-se matriz identidade.
Exemplos:
1 0 0
1 0
1. I2 = ( ) 2. I3 = (0 1 0)
0 1
0 0 1
MATRIZ INVERSA
Uma matriz quadrada de ordem n é inversível se existir uma matriz B tal que
A ∙ B = In e B ∙ A = In. Indica-se a matriz B por A-1.
Se não existir a inversa de A, então A não é inversível.
Exemplos:
15 6 1 −2
Mostrar que a matriz inversa de A = ( ) é (− 7 5 ).
7 3 3
84
7
1 −2 15 ∙ 1 + 6 ∙ (− ) 15 ∙ (−2) + 6 ∙ 5
15 6 ( 7 3 1 0
( )∙ )=( )= ( )
7 3 − 5 7 0 1
3 7 ∙ 1 + 3 ∙ (− ) 7 ∙ (−2) + 3 ∙ 5
3
1 −2 1 ∙ 15 + (−2) ∙ 7 1∙6−2∙3
1 0
) ∙ (156
( 7 )=( 7 7 )= ( )
− 5 73 − ∙ 15 + 5 ∙ 7 − ∙6+5∙3 0 1
3 3 3
15 6 1 −2
Portanto, ( ) é a inversa de (− 7 5 ).
7 3 3
EXERCÍCIOS
Mostrar que as duplas de matrizes abaixo são inversas:
7
7 4 3 −4 8 7 1 −2
a) ( )e( ) c) ( )e( )
5 3 −5 7 2 2 −1 4
5 8 −3 8 3 7 12 −7
b) ( )e( ) d) ( )e( )
2 3 2 −5 5 12 −5 3
De 2ª ordem ou do tipo 2 x 2
𝑎11 𝑎12
Definição: se A = [𝑎 𝑎22 ], então det A = a11 ∙ a22 – a12 ∙ a21.
21
Exemplos:
8 2
1. A = [ ] ⟹ det A = 8 ∙ 3 – 2 ∙ 5 = 24 – 10 = 14
5 3
6 −2
2. B = [ ] ⟹ det B = 6 ∙ (-3) – (-2) ∙ 4 = -18 + 8 = -10
4 −3
Observe: Para o cálculo do determinante de
a11 a12 uma matriz quadrada de 2ª ordem, fazemos:
produto dos elementos da diagonal principal
a21 a22 ⟹ a11 ∙ a22 menos o produto dos elementos da
diagonal secundária ⟹ a12 ∙ a21.
EXERCÍCIOS
1. Calcule os determinantes:
a) |-9| e) |3|
5 4| 4 −2
b) | f) | |
3 4 −10 5
3 −1 −1 5 |
c) | | g) |
2 1 −2 −6
−4 2 −6 8
d) | | h) | |
5 1 3 −4
2. Resolva as equações:
a) |x| = 5 d) |-4x| = 22
𝑥 2 1 2
b) | |=6 e) | |=3
5 8 𝑥 6
3 1 5 4|
c) | | = −1 f) | =8
4 𝑥 8 𝑥
1. a) -9 c) 5 e) 3 g) 16
b) 8 d) -14 f) 0 h) 0
3
2. a) x = 5 c) x = 1 e) x = 2
b) x = 2 d) x = -3 f) x = 8
PROPRIEDADES
Dentre as propriedades dos determinantes, vejamos as seguintes:
P1 ⟹ Se numa matriz quadrada multiplicarmos os elementos de uma linha (ou
coluna) por um número k qualquer, então o determinante dessa matriz fica
multiplicado por esse número.
Exemplo: x3
3 1 9 3
| |=2 | |=6
4 2 12 6
3x
87
9 3 3 1
Logo: | | =3∙| |
12 6 4 2
P2 ⟹ Se uma matriz quadrada possui pelo menos uma linha (ou coluna) de
elementos iguais a zero, então seu determinante é nulo.
Exemplos:
2 𝟎 3
𝟎 𝟎
1. | |=0 2. |−1 𝟎 2| = 0
1 5
4 𝟎 8
P3 ⟹ Se uma matriz quadrada possui duas linhas (ou colunas) iguais, então o seu
determinante é nulo.
Exemplos:
𝟏 𝟑 𝟓 𝟖 1 𝟖
1. |2 6 9| = 0 2. |𝟐 3 𝟐| = 0
𝟏 𝟑 𝟓 𝟔 4 𝟔
P4 ⟹ Se uma matriz quadrada possui duas linhas (ou colunas) proporcionais, então
o seu determinante é nulo.
Exemplos:
1 2 3
1. |4 5 −1| = 0 3ª linha é igual a 2 x 1ª linha
2 4 6
1 3 0
2. |3 9 −1| = 0 2ª coluna é igual a 3 x 1ª coluna
2 6 4
P5 ⟹ Se uma matriz quadrada possui uma linha (ou coluna) como soma ou
subtração de outras linhas (ou colunas), então o seu determinante é nulo.
Exemplo:
1 2 3
|4 5 6| = 0 1ª linha + 2ª linha = 3ª linha ou 3ª linha – 2ª linha = 1ª linha
5 7 9
P6 ⟹ Se numa matriz quadrada trocarmos entre si duas linhas (ou colunas), então
o seu determinante muda de sinal.
Exemplo:
1 2 3 −1 0 5
|−1 0 5| = −6, então | 1 2 3| = 6
2 4 3 2 4 3
EXERCÍCIOS
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
3 5|
5. O valor do determinante | é:
−4 12
a) 56 c) -16
88
b) 16 d) -56
2 0 1
6. O determinante |4 0 2 | vale:
9 0 −3
a) 0 b) -4 c) 4 d) 15
1 5 6
7. O valor do determinante | 3 6 9 | é:
−4 0 −4
a) 12 b) 5 c) 0 d) 10
3 6 8
8. O valor do determinante |1 0 2 | é:
4 6 10
a) -4 b) 5 c) -1 d) 0
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 𝑒 𝑓
9. Se | 𝑑 𝑒 𝑓 | = m (com m ≠ 0), então |𝑎 𝑏 𝑐 | é igual a:
𝑔 ℎ 𝑖 𝑔 ℎ 𝑖
𝑚
a) m b) -m c) 2m d)
2
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
10. Se | 𝑡 𝑢 𝑣 | = m (com m ≠ 0), então |3𝑡 3𝑢 3𝑣 | é igual a:
𝑜 𝑝 𝑞 𝑜 𝑝 𝑞
𝑚
a) m b) -m c) 3m d) 3
8 3 6
11. O valor do determinante |4 5 −9| é:
8 3 6
a) 6 b) 43 c) -15 d) 0
1 −3 4
12. O determinante |2 −6 8| vale:
5 0 0
a) -4 b) 0 c) 12 d) 23
𝑥 9
13. O conjunto verdade da equação | | = 0 é:
4 𝑥
a) {4, -4} b) {4} c) {-4} d) {6, -6}
2 1 3
14. O conjunto verdade da equação |4 𝑥 6| = 0 é:
1 0 1
a) {2, -2} b) {10} c) {-2} d) {2}
5. a 6. a 7. c 8. d 9. b
10. c 11. d 12. b 13. d 14. d
89
SISTEMA NORMAL
Um sistema é dito normal quando o número de equações é igual ao número
de incógnitas (m = n) e o determinante da matriz incompleta é diferente de zero.
Exemplos:
𝑥 + 3𝑦 = 5
1. {
2𝑥 − 𝑦 = 3
1 3
2 equações e 2 incógnitas e | |≠0
2 −1
𝑥+𝑦+𝑧 =4
2. { 2𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 2
5𝑥 + 3𝑦 − 2𝑧 = 10
1 1 1
3 equações e 3 incógnitas e |2 −1 1 | ≠ 0
5 3 −2
Resolução de sistemas normais
Todo sistema normal é determinado (teorema de Cramer).
Vamos resolver um sistema normal através da regra de Cramer onde a
solução desse sistema é obtida pelas relações:
∆𝑥 ∆𝑦 ∆𝑧
𝑥= ,𝑦 = ,𝑧 = ,…
∆ ∆ ∆
Sendo:
► Δ o determinante da matriz incompleta;
► Δx, Δy, Δz, ... os determinantes obtidos da matriz incompleta substituindo-se
a coluna dos coeficientes da incógnita procurada pela coluna dos termos
independentes.
Exemplos:
3𝑥 − 2𝑦 = 4
1. Resolva o sistema: {
4𝑥 + 𝑦 = 9
3 −2
∆= | | = 11
4 1
4 −2 ∆𝑥 22
∆𝑥 = | | = 22 𝑥= = =2
9 1 ∆ 11
3 4 ∆𝑦 11
∆𝑦 = | | = 11
4 9 𝑦= = =1
∆ 11
V = {(2, 1)}
𝑥+𝑦+𝑧 =1
2. Resolva o sistema: {3𝑥 + 2𝑦 = 0 (𝑜𝑢 3𝑥 + 2𝑦 + 0𝑧 = 0
𝑥 − 𝑦 − 𝑧 = −5
∆𝑥 8
𝑥= = = −2
∆ −4
∆𝑦 −12
𝑦= = =3
∆ −4
90
1 1 1
∆ = |3 2 0 | = −4
1 −1 −1
1 1 1
∆𝑥 = | 0 2 0 |=8
−5 −1 −1
1 1 1
|
∆𝑦 = 3 0 0 | = −12
1 −5 −1
1 1 1
∆𝑧 = |3 2 0 |=0
1 −1 −5
EXERCÍCIOS
Resolva os seguintes sistemas:
2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1
3𝑥 − 2𝑦 = 0
a) { e) {𝑥 − 3𝑦 + 2𝑧 = −1
𝑥+𝑦=5
3𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 4
𝑥+𝑦+𝑧 =6
𝑥+𝑦=2
b) { f) {2𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 3
3𝑥 + 2𝑦 = 3
𝑥 + 4𝑦 − 𝑧 = 6
𝑥 + 𝑦 − 3𝑧 = 1
𝑥+𝑦=7
c) { g) { 2𝑥 + 𝑦 = 6
2𝑥 − 𝑦 = 2
𝑥+𝑧 =3
𝑥+𝑦 =2
3𝑥 + 𝑦 = −4
d) { h) {2𝑥 − 𝑧 = −4
2𝑥 + 5𝑦 = 6
𝑦 + 3𝑧 = 9
a) V = {(2, 3)} e) V = {(1, 0, -1)}
b) V = {(-1, 3)} f) V = {(1, 2, 3)}
c) V = {(3, 4)} g) V = {(2, 2, 1)}
d) V = {(-2, 2)} h) V = {(-1, 3, 2)}
CAMISA CALÇA
Portanto, há 12 maneiras.
Sem usar o diagrama, podemos assim resolver: A escolha da camisa oferece
4 possibilidades e da calça, 3 possibilidades, logo o total será 4 x 3 =12.
Se um acontecimento A pode ocorrer de n modos diferentes e se para cada
um dos n modos diferentes de A, um segundo acontecimento B pode ocorrer de m
modos diferentes, então o número de modos de ocorrer o acontecimento A seguido
do acontecimento B é n x m.
Exemplos:
1. Quantos números de 2 algarismos podem ser formados usando apenas os
algarismos: 3, 4, 5, 6 e 7?
Como dispomos de 5 algarismos, são 5 possibilidades de escolha para a 1ª
casa (esquema abaixo); depois dessa escolha temos novamente 5 possibilidades
para a 2ª casa, uma vez que podemos repetir algarismo.
1ª 2ª
5 5
Total 5 x 5 = 25
2. No exemplo anterior, quantos números de dois algarismos distintos podemos
formar?
92
Para a 1ª casa temos 5 possibilidades, depois dessa escolha teremos para a 2ª casa
apenas 4 possibilidades, pois não podemos repetir algarismo.
1ª 2ª
5 4
Total 5 x 4 = 20
3. Quantos números de 2 algarismos podemos formar com os algarismos do sistema
decimal?
Para a 1ª casa temos 9 possibilidades (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), já que o zero não pode
ocorrer na casa das dezenas; depois dessa escolha temos 10 possibilidades (0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) para a 2ª casa.
1ª 2ª
9 10
Total 9 x 10 = 90
Importante: O princípio fundamental da contagem pode ser estendido.
Se um acontecimento pode ocorrer de n1 modos diferentes, um segundo de
n2 modos diferentes, um terceiro de n3 modos diferentes e um quarto de n4 modos
diferentes e assim por diante, então o número de modos que esse acontecimento
pode ocorrer é dado pelo produto: n1 ∙ n2 ∙ n3 ∙ n4........
Exemplo:
Quantas palavras podem ser formadas com as 4 letras da palavra ROSA, sem repetir
nenhuma letra?
1ª 2ª 3ª 4ª
4 3 2 1
Para a 1ª casa temos 4 possibilidades (4 letras), depois dessa escolha teremos para
a 2ª casa apenas 3, para a 3ª, 2 possibilidades e para a 4ª casa apenas 1.
Total 4 x 3 x 2 x 1 = 24
EXERCÍCIOS
1. Quantos números de 2 algarismos podemos formar com algarismos: 2, 3, 5, 6, 7,
8?
93
ARRANJO SOMPLES
Considere o seguinte problema:
Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos os números de dois algarismos
distintos com os elementos de A:
2 5 25
7 27
5 2 52 São eles: 25, 27, 52, 57, 72, 75
7 57
7 2 72
5 75
Assim, com o conjunto A = {2, 5, 7}, de 3 elementos, podem-se escrever 6
números de dois algarismos distintos, onde um grupo difere do outro ou pela
natureza dos elementos (25 e 27, por exemplo) ou pela ordem dos elementos (25 e
52, por exemplo). Esses grupos chamam-se arranjos simples.
De um modo genérico, definimos:
Dado um conjunto com n elementos, chama-se arranjo simples de p
elementos distintos qualquer grupo formado por p dos n elementos (p ≤ n), de
modo que um grupo difere do outro ou pela natureza dos elementos ou pela ordem
dos elementos.
Indicamos o número total de arranjos simples de n elementos distintos,
tomados p a p distintos, pelo símbolo:
An, p, onde: n → nº total de elementos
P → nº de elementos em cada grupo
94
Exemplos:
𝑛!
1. Usando a expressão 𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)!, calcule A3, 2, com n = 3 e p = 2.
3! 3! 3 ∙ 2 ∙ 1
𝐴3,2 = = = =6
(3 − 2)! 1! 1
2. Calcule o valor de:
a) A6, 5 b) A9, 3
𝑛!
a) Usando a expressão 𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)!, com n = 6 e p = 5:
6! 6! 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
𝐴6,5 = = = = 720
(6 − 5)! 1! 1
9! 9! 9∙8∙7∙6∙5∙4∙3∙2∙1
b) 𝐴9,3 = (9−3)! = 6! = = 504
6∙5∙4∙3∙2∙1
10! 10! 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7!
𝐴10,3 = = = = 720
(10 − 3)! 7! 7!
Assim, podemos ter 720 modos diferentes de formar o grupo das 3 primeiras
colocadas.
EXERCÍCIOS
7. Calcule o valor:
95
a) 3! b) 5! c) 7!
3!
d) 0! e) 1! f)
2!
10! 8! 5!
g) h) 4!∙2! i) 3!∙2!
7!
PERMUTAÇÃO SIMPLES
Considere o seguinte problema:
Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos os números de 3 algarismos distintos
com os elementos de A:
► 257, 275, 527, 572, 725, 752.
Assim, com o conjunto A = {2, 5, 7}, de 3 elementos, podem-se escrever 6 números
de 3 algarismos distintos, onde um grupo difere do outro pela ordem dos elementos,
uma vez que em cada grupo participam todos os elementos. Esses grupos chamam-
se permutação simples.
De um modo genérico, definimos: Dado o conjunto com n elementos distintos,
chama-se permutação simples de n elementos distintos qualquer grupo formado
pelos n elementos.
Observe pela definição de permutação simples que ela nada mais é do que
um caso particular de arranjo simples, onde em cada grupo entram todos os
elementos do conjunto dado (p = n).
Indicamos o número total de permutações simples de n elementos distintos
pelo símbolo:
Pn onde: n → nº total de elementos
Assim, no problema acima resolvido, n = 3 e o número total de permutações
simples de 3 elementos é 6. Indica-se: P3 = 6.
Para determinarmos o número total de permutações simples de n elementos
distintos sem escrevê-las, usamos a expressão:
96
Pn = n!
𝑛! 𝑛! 𝑛!
pois: Pn = 𝐴𝑛,𝑛 = (𝑛−𝑛)! = = = 𝑛!
0! 1
15. Quantos números ímpares de 5 algarismos distintos podem ser escritos com os
elementos do conjunto A = {2, 3, 4, 5, 7}?
COMBINAÇÕES SIMPLES
Considere o seguinte problema:
Dado o conjunto A = {2, 5, 7}, escreva todos os subconjuntos de A de dois
elementos:
{2, 5}, {2, 7} e {5, 7}
Assim, com o conjunto A = {2, 5, 7}, de 3 elementos, podem-se escrever 3
subconjuntos de A de 2 elementos, onde um grupo difere do outro pela natureza dos
elementos. Esses grupos chamam-se combinações simples.
De um modo genérico, definimos: Dado um conjunto com n elementos, chama-se
combinação simples de p elementos qualquer subconjunto formado por p dos n
elementos.
Indicamos o número total de combinações simples de n elementos tomados
p a p distintos pelo símbolo:
𝐶𝑛,𝑝 onde: n → nº total de elementos; p → nº de elementos em cada grupo
7! 7∙6∙5∙4! 7∙6∙5
C7, 4 = 4!(7−4)! = = 3∙2∙1 = 35
4!3!
98
𝑛! 𝑛 (𝑛−1)(𝑛−2)!
(𝑛−2)!
= (𝑛−2)!
= 𝑛(𝑛 − 1)
𝑥! 𝑥! 𝑥(𝑥−1)(𝑥−2)!
𝐶𝑥,2 = 2!(𝑥−2)! e sendo Cx, 2 = 10, então: 2!(𝑥−2)! = 10 → = 10 →
2!(𝑥−2)!
x2 – x = 20 ou x2 – x – 20 = 0
Resolvendo a equação, temos x = -4 ou x = 5. A raiz -4 não serve, pois o
número de elementos de um conjunto não pode ser negativo. Logo: V = {5}.
4. Com um grupo de 8 pessoas, quantas comissões de 3 pessoas podem ser
formadas?
Os grupos (comissões) formadas neste problema são combinações simples,
pois os elementos de cada grupo são distintos e um grupo difere do outro pela
natureza dos elementos.
Seja n = 8 (nº total de elementos) e p = 3 (nº de elementos em cada grupo).
𝑛!
Usando a expressão 𝐶𝑛,𝑝 = 𝑝!(𝑛−𝑝)!:
8! 8! 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
𝐶8,3 = = = = 56
3! (8 − 3)! 3! 5! 3! 5!
EXERCÍCIOS
16. Calcule:
a) C5, 3 b) C7, 5 c) C6, 2
d) C3, 3 e) C10, 3 f) C8, 4
17. Determine o valor da expressão y = P3 + 2 ∙ A6, 4 – C6, 2.
18. Resolva as equações:
a) Cn, 2 = 6 b) Cn, 4 = 4 ∙ Cn, 3 c) Cn, 2 = 15
19. Dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}, quantos subconjuntos de A com 3 elementos
podemos formar?
20. Quantas comissões de 4 pessoas podem ser formadas com 10 pessoas?
21. Após uma reunião com 9 pessoas, elas se despedem com um aperto de mão.
Quantos são os apertos de mão?
99
Conclusões finais: Dado um conjunto com n elementos, vimos que há três tipos de
agrupamentos que podem ser formados com esses elementos: arranjos simples,
permutações simples e combinações simples, chamados simples porque são
agrupamentos sem elementos repetidos. O tipo de agrupamento é determinado pelo
enunciado do problema; no entanto, se isto não for possível, podemos usar o
seguinte critério:
1) Com elementos do conjunto dado fazemos um agrupamento conforme o
enunciado do problema.
2) Trocamos a ordem dos elementos desse agrupamento.
3) Se com a troca da ordem tivermos um novo agrupamento, esse agrupamento
será arranjo simples ou permutação simples caso n = p.
4) Se com a troca da ordem não tivermos um novo agrupamento, esse
agrupamento será combinação simples.
Exemplos:
1. Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com os algarismos
1, 2, 3, 4 e 5?
Fazendo um agrupamento conforme o enunciado do problema:
Trocando a ordem dos elementos do número 245, por exemplo, e obtendo
542, por exemplo, temos um novo agrupamento. Logo, esse agrupamento é arranjo
simples.
Resolvemos o problema com a expressão:
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)! sendo: n = 5 e p = 3
5!
𝐴5,3 = (5−3)! = 60
P5 = 5! = 120
3. Quantos segmentos de extremidades diferentes ficam determinados com os
pontos A, B, C e D dados:
𝑛!
Resolvendo: 𝐶𝑛,𝑝 = 𝑝!(𝑛−𝑝)! sendo: n = 4 e p = 2
4!
𝐶4,2 = =6
2! (4 − 2)!
EXERCÍCIOS
22. Quantas retas ficam determinadas com 5 pontos distintos de uma
circunferência?
23. Quantos são os anagramas da palavra NEI?
24. Quantos times distintos de futebol de salão (5 jogadores) podem ser formados
com 12 pessoas?
25. Quantos jogos podem ser realizados com 12 times jogando cada time apenas
uma vez com cada adversário?
26. Quantos números de 4 algarismos distintos podem ser formados com os
algarismos 2, 3, 7 e 8?
27. Entre 10 participantes de uma competição, de quantas maneiras diferentes pode
ser formado o grupo de 4 primeiros colocados?
28. Quantas “palavras” (sequência de letras) de 3 letras distintas podem ser
formadas com as letras da palavra PEDRA?
29. Quantos são os anagramas da palavra MÁRCIO que começam por vogal?
30. De quantas maneiras diferentes podemos formar um grupo de 3 juízes dispondo
de 8 pessoas?
31. Simplifique as expressões:
(𝑛+3)! 𝑥!
a) (𝑛+2)! b) (𝑥−3)!
h) 840 i) 10 j) 30 l) 56 m) 320 n) 42
o) 5 p) 120
8. 60 9. 56 10. 2.520
33
11. a) 32 b) 12 c)
5
16. a) 10 b) 21 c) 15 d) 1 e) 120 f) 70
17. 711
18. a) 4 b) 19 c) 6
31. a) n + 3 b) x (x – 1)(x – 2)
m ⟶ projeção de ̅̅̅̅
𝐴𝐶 sobre ̅̅̅̅
𝐵𝐶
n ⟶ projeção de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 sobre ̅̅̅̅
𝐵𝐶
̂ ; 𝐵̂ ≅ 𝐵̂)
∆𝐴𝐵𝐶 ~∆𝐻𝐵𝐴 (Â ≅ 𝐻
̂ ; 𝐶̂ ≅ 𝐶̂ )
∆𝐴𝐵𝐶 ~∆𝐻𝐴𝐶 (Â ≅ 𝐻
∆𝐻𝐵𝐴 ~∆𝐻𝐴𝐶 (Propriedade transitiva da semelhança de triângulo)
Considerando esses triângulos dois a dois, temos as seguintes relações
métricas:
1ª relação: O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto das medidas da
hipotenusa pela sua projeção sobre ela.
Sabemos que: b² = a ∙ m e c² = a ∙ n
Somando essas igualdades membro a membro, temos:
b² = a ∙ m
c² = a ∙ n
b² + c² = a ∙ m + a ∙ n
b² + c² = a ∙ (m + n)
b² + c² = a ∙ a ⟹ a² = b² + c²
Exemplos:
1. Calcule a medida do elemento desconhecido:
104
c=? c² = a ∙ n
a=9 c² = 9 ∙ 4
n=4 c² = 36
c = √36 ⟹ c = 6
a)
m=? b² = a ∙ m
a = 10 8² = 10 ∙ m
b=8 64 = 10 ∙ m
64
m = 10 ⟹ m = 6,4
b)
2. Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 10 cm e um dos catetos 8 cm.
Determinar o outro cateto.
a = 10 b² + c² = a²
b=8 8² + c² = 10²
c=? c² = 100 – 64
c² = 36
c = √36 ⟹ c = 6
EXERCÍCIOS
10. Determine o valor de x nos triângulos abaixo:
a) e)
b) f)
105
c) g)
d) h)
11. Nos triângulos retângulos abaixo, calcule os elementos desconhecidos:
a) d)
b) e)
c) f)
12
10. a) 8 c) 5
e) 9 g) 9
b) 15 d) 20 f) 3 h) 5
9 16
11. a) h = 12 d) n = ; m =
5 5
c) h = 12 f) n = 4; m = 21
106
d² = 2 𝓁² ⟹ d = √2𝓁² ⟹ d = 𝓁√2
b) Altura de um triângulo equilátero
Seja o triângulo equilátero ABC de lado 𝓁 e altura h.
𝓁² 𝓁²
𝓁² = h² + ⟹ h² = 𝓁² -
4 4
EXERCÍCIOS
12. Determine as medidas das diagonais dos seguintes quadrados:
a) b)
12. a) 9√2 cm b) 14 cm
107
𝓁 ⟶ lado
Área = 𝓁²
RETÂNGULO
b ⟶ base
h ⟶ altura
Área = b ∙ h
TRIÂNGULO
𝑏∙ℎ
Área =
2
108
PARALELOGRAMO
Área = b ∙ h
LOSANGO
d ⟶ diagonal menor
D ⟶ diagonal maior
𝑑∙𝐷
Área =
2
TRAPÉZIO
b ⟶ base menor
B ⟶ base maior
𝑏+𝐵
Área = 2
∙ℎ
POLÍGONO REGULAR
A área de um polígono regular é obtida por:
p → semiperímetro
A=p∙a onde {
a → apótema
Exemplo:
Calcular a área de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio
R = 8 cm.
A=p∙a
𝓁6 = R
6×8
𝓁6 = 8 cm, p = ⟹ p = 24 cm
2
𝑅√3 8√3
a6 = 2
⟹ a6 = 2
a6 = 4 √3 cm ⟹ A = 24 ∙ 4 √3
A = 96 √3 cm²
CÍRCULO
Área = π R²
109
EXERCÍCIOS
41. Calcular as áreas das seguintes figuras planas:
a) Quadrado de lado igual a 8 cm.
b) Retângulo de dimensões 6 e 10 cm.
c) Triângulo de base 8 cm e altura 3 cm.
d) Paralelogramo de base 12 cm e altura 4 cm.
e) Losango de diagonais 3 e 4 dm.
f) Trapézio de bases 4 e 6 cm e altura 3 cm.
g) Hexágono regular inscrito numa circunferência de raio igual a 10 cm.
h) Círculo de raio igual a 4 cm.
i) Quadrado de perímetro igual a 20 dm.
j) Retângulo de perímetro igual a 20 cm e altura 4 cm.
l) Triângulo de base 12 cm e altura igual à terça parte da base.
m) Quadrado inscrito numa circunferência de raio 10 cm.
n) Losango de lado 13 cm e cuja diagonal menor mede 10 cm.
o) Losango de perímetro igual a 20 cm e cuja diagonal maior mede 8 cm.
41. a) 64 cm² h) 16π cm²
b) 60 cm² i) 25 dm²
c) 12 cm² j) 24 cm²
d) 48 cm² l) 24 cm²
42. Nas figuras abaixo, calcular as áreas das partes coloridas (supondo-se os dados
numéricos em cm):
110
a) f)
b) g)
c) h)
d) i)
e) j)
42. a) 60 cm² f) 10 cm²
c) 25 (4 – π) cm² h) 10 cm²
d) 26 cm² i) 18 cm²
PRISMA
Definição: Seja a figura ao lado; onde:
► α e β são dois planos paralelos.
► p é um polígono contido em α.
► r é uma reta que fura α no ponto F.
Se considerarmos, nesta figura, todos os segmentos paralelos
a r, tais que uma extremidade é um ponto no polígono p e a
outra extremidade é um ponto no plano β, temos um sólido
geométrico chamado prisma.
Elementos do prisma
Os polígonos ABCDE e A’B’C’D’E’ são as bases.
̅̅̅̅ , 𝐵𝐶
Os lados 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ , 𝐶𝐷
̅̅̅̅ , 𝐷𝐸 ̅̅̅̅, ̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ , 𝐸𝐴 𝐴′𝐵′, ̅̅̅̅̅̅
𝐵′𝐶′, ̅̅̅̅̅̅
𝐶′𝐷′, ̅̅̅̅̅̅
𝐷′𝐸′, ̅̅̅̅̅̅
𝐸′𝐴′,
das bases, são as arestas das bases.
Os paralelogramos AA’BB’, BB’CC’, CC’DD’, DD’EE’,
EE’AA’ são as faces laterais.
Os segmentos AA’, BB’, CC’, DD’, EE’, paralelos a r, são as
arestas laterais.
A distância entre α e β, planos das bases, é a altura (h).
Nomenclaturas dos prismas
Em função do número de arestas das bases, um prisma recebe os seguintes
nomes:
Triangular: quando as bases são triangulares
Quadrangular: quando as bases são quadriláteros.
Pentagonal: quando as bases são pentágonos.
Hexagonal: quando as bases são hexágonos, e assim por diante.
Prisma regular
Um prisma reto é regular quando as bases são polígonos regulares.
Exemplos:
Note: Se um prisma é regular, as arestas são perpendiculares aos planos das bases,
e as bases são polígonos regulares; consequentemente, as facas laterais são
retângulos congruentes entre si.
1. Determine a área da base, a área lateral, a área total e o volume de um prisma reto
de altura igual a 12 cm e cuja base é um triângulo retângulo de catetos 6 cm e 8 cm.
6×8
SB = ⟹ SB = 24 cm²
2
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 ×𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐
Lembre-se: área de um triângulo retângulo é 𝟐
Cálculo da hipotenusa:
a² = 6² + 8² ⟹ a = 10 cm
SL = 8 ∙ 12 + 6 ∙ 12 + 10 ∙ 12 ⟹ SL = 288 cm²
ST = SL + 2 ∙ SB ⟹ ST = 288 + 2 ∙ 24 ⟹ ST = 336 cm²
V = SB ∙ h ⟹ V = 24 ∙ 12 ⟹ V = 288 cm³
2. A altura de um prisma triangular regular é igual a 8 cm. Calcule a área total e o
volume desse prisma sabendo-se que a aresta da base mede 4 cm.
Prisma triangular regular:
► as bases são triângulos equiláteros.
Área da base:
𝓁√3 4²√3
SB = ⟹ SB = ⟹ SB = 4√3 cm²
4 4
Área lateral:
SL = 8 ∙ 4 + 8 ∙ 4 + 8 ∙ 4 ⟹ SL = 96 cm²
Área total:
ST = SL + 2 ∙ SB ⟹ ST = 96 + 2 ∙ 4√3 ⟹
V = SB ∙ h ⟹ V = 4 √3 ∙ 8 ⟹ V = 32 √3 cm³
Casos particulares de prismas quadrangulares
Paralelepípedo é um prisma quadrangular cujas bases são paralelogramos.
114
Paralelepípedos especiais
Paralelepípedo reto-retângulo é o prisma reto cujas bases são retângulos.
Cubo é o paralelepípedo reto-retângulo cujas bases e faces laterais são quadrados.
Assim, todas as arestas são congruentes entre si.
Diagonal de um paralelepípedo reto-retângulo
Seja o paralelepípedo reto-retângulo de dimensões a, b e c.
Sendo: d ⟶ diagonal da base; D ⟶
diagonal do prisma
E aplicando o teorema de Pitágoras nos
triângulos ABC e BHC, temos:
no ΔABC ⟹ d² = a² + b² (I)
no ΔBHC ⟹ D² = d² + c² (II)
D = √3𝑎2 ou,
D =a √3
Área total de um paralelepípedo reto-retângulo
A área total (S) superfície externa de um paralelepípedo reto-retângulo é a soma das
áreas de 6 retângulos 2 a 2 congruentes.
Seja o paralelepípedo reto-retângulo abaixo de dimensões a, b e c.
ST = ab + ab + bc + bc + ac + ac
ou
ST = 2ab + 2bc + 2ac
ou ainda
ST = 2 (ab + bc + ac)
Caso particular
115
a) D = √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐²
Sendo a = 3, b = 4 e c = 5:
3 3
8 = a³ ou a² = 8 ⟹ a = √8 = √2³ = 2 𝑐𝑚
b) ST = 6 ∙ a²
ST = 6 ∙ 2² = 6 ∙ 4 = 24 cm²
3. Um paralelepípedo reto-retângulo tem área da base igual a SB = 18 cm² e volume
V = 36 cm³. Calcule a sua altura.
𝑆 área da base
O volume de um prisma é V = SB ∙ h, onde { 𝐵
h altura
Sendo V = 36 e SB = 18, então:
36 = 18h ⟹ h = 2 cm
4. Determine a aresta de um cubo cuja área total é igual a 72 cm².
PIRÂMIDE
Definição: Seja a figura ao lado, onde:
► α é um plano;
► p é um polígono contido em α;
► V é um ponto não pertencente a α.
Se considerarmos nesta figura todos os segmentos,
tais que um extremo é um ponto do polígono p eu o
outro é o ponto V, temos um sólido geométrico
chamado pirâmide.
Elementos da pirâmide
O ponto V é o vértice.
O polígono ABCDE é a base.
Os lados ̅̅̅̅
𝐴𝐵, ̅̅̅̅
𝐵𝐶 , ̅̅̅̅ 𝐷𝐸 , ̅̅̅̅
𝐶𝐷, ̅̅̅̅ 𝐸𝐴 da base são as arestas
da base.
Os triângulos AVB, BVC, CVD, DVE, EVA são as faces
laterais.
Os segmentos ̅̅̅̅ 𝐵𝑉 , ̅̅̅̅
𝐴𝑉 , ̅̅̅̅ 𝐶𝑉 , ̅̅̅̅
𝐷𝑉 𝑒 ̅̅̅̅
𝐸𝑉 são as arestas
laterais.
A distância entre o vértice e o plano da base é a altura (h).
Nota: Da mesma forma que os prismas, as pirâmides também podem ser
classificadas em triangulares, quadrangulares, pentagonais, etc., de acordo com a
base.
Exemplos:
Pirâmide regular
Uma pirâmide é regular quando a base é um polígono regular e a altura é
igual à distância do vértice ao centro da base.
118
Sendo {𝑆𝐵 = 6 ∙ 6 = 36 𝑚²
h=4m
36∙ 4
V= = 48 𝑚³
3
119
b) Apótema VM?
No Δ retângulo VPM, aplicando o teorema de Pitágoras:
VM² = 4² + 3² ⟹ VM = 5 m
c) A área total (ST) da superfície externa de uma pirâmide é a soma da área da base
(SB) com a área lateral (SL):
ST = S L + SB
SB = 6 ∙ 6 = 36 m²
𝑏 ∙ℎ
SL é igual a quatro vezes a área de cada triângulo: SL = 4 × 2
𝑏 =6𝑚 6∙5
Sendo { ⟹ SL = 4 × 2 = 60 𝑚²
ℎ = 𝑉𝑀 = 5 𝑚
ST = 36 m² + 60 m² = 96 m²
EXERCÍCIOS
66. Uma pirâmide hexagonal regular tem a área da base igual a 12 m² e altura 10 m.
Calcule o seu volume.
67. Calcule o volume de uma pirâmide triangular regular que tem uma aresta da base
igual a 6 cm e altura igual a 8 cm.
68. Numa pirâmide quadrangular regular, as arestas da base medem 10 cm e a altura
12 cm. Calcule o apótema da base e o apótema da pirâmide.
69. Uma aresta da base de uma pirâmide quadrangular regular mede 8 cm. Calcule
a área, a área lateral e o volume dessa pirâmide sabendo-se que ela tem uma altura
igual a 3 cm.
70. O apótema da base e o apótema de uma pirâmide quadrangular regular medem,
respectivamente, 5 cm e 13 cm. Calcule a altura e o volume dessa pirâmide.
66. V = 40 m³ 67. 24√3 cm³
68. ab = 5 cm; ap = 13 cm
CILINDRO CIRCULAR
120
Cilindro equilátero
Um cilindro reto é equilátero quando a altura é igual ao dobro do raio das
bases.
121
72. ST = 8π m²; V = 3π m³
CONE CIRCULAR
Definição: Seja a figura ao lado, onde:
► C é um círculo de centro O, raio r, contido num plano
α;
► V é um ponto não pertencente a α.
Se considerarmos nesta figura todos os segmentos, tais
que uma extremidade é um ponto do círculo e a outra é o
ponto V, temos um sólido geométrico chamado cone
circular.
Elementos do cone
O ponto V é o vértice.
O círculo de centro O e o raio r é a base.
Os segmentos com uma extremidade na
circunferência da base e a outra no ponto v são
as geratrizes.
A distância entre o vértice e o plano da
base é a altura (h).
⃡ é o eixo.
A reta 𝑂𝑉
Cone reto e cone oblíquo
Quando o eixo é perpendicular ao plano da base, o cone é reto; quando não, o
cone é oblíquo.
123
Nota:
g² = h² + r²
Cone equilátero
Um cone reto é equilátero quando a geratriz é igual ao dobro do raio da base.
Aplicando a ralação de Pitágoras:
(2r)² = h² + r²
4r² – r² = h² ⟹ h² = 3r²
h = r √3
Área de um cone
1. Calcule a área da base, a área lateral, área total e o volume de um cone reto, de
altura igual a 4 cm e raio da base igual a 3 cm.
g² = h² + r²
g² = 4² + 3² ⟹ g = 5 cm
Área da base:
SB = πr² ⟹ SB = π ∙ 3² ⟹ SB = 9π cm²
Área lateral:
SL = πrg ⟹ SL = π ∙ 3 ∙ 5 ⟹ SL = 15π cm²
Área total:
ST = SB + SL ⟹ ST = 9π + 15π ⟹ ST = 24π cm²
Volume:
𝜋𝑟 2 ∙ ℎ 9𝜋 ∙ 4
𝑉= ⟹ 𝑉= ⟹ 𝑉 = 12𝜋 𝑐𝑚³
3 3
2. Qual é o volume de um cone equilátero cujo raio da base é igual a 6 m? Quanto
mede a área lateral?
ℎ = 𝑟√3 ⟹ ℎ = 6√3 𝑚
Cone equilátero {
𝑔 = 2𝑟 ⟹ 𝑔 = 2 ∙ 6 ⟹ 𝑔 = 12 𝑚
𝜋𝑟 2 ∙ ℎ 𝜋 ∙ 62 ∙ 6√3
𝑉= ⟹𝑉= ⟹ 𝑉 = 72√3𝜋 𝑚³
3 3
SL = πrg ⟹ SL = π ∙ 6 ∙ 12 ⟹ SL = 72π m²
EXERCÍCIOS
76. Calcule a área da base, a área lateral total eu o volume de um cone reto de
altura 12 cm e o raio da base 5 cm.
77. Determine a área total e o volume de um cone reto de geratriz igual a 15 m e
altura igual a 9 m.
78. Determine o volume de um cone equilátero cuja geratriz mede 8 cm.
79. Calcule a área da base, área lateral, a área total e o volume de um cone
equilátero cujo raio da base igual a 10 cm.
80. A área da base de um cone equilátero é igual a 16 π cm². Determine a área total
e o volume desse cone.
81. Calcule o volume de um cone reto de raio da base 3 cm cuja área lateral é igual
a 15 π cm².
76. SB = 25π cm²; SL = 65π cm²; ST = 90π cm²; V = 100π cm³
125
64√3𝜋
77. ST = 324π m²; V = 432π m³ 78. V = 𝑐𝑚³
3
1000√3𝜋
79. SB = 100π cm²; SL = 200π cm²; ST = 300π cm²; V = 𝑐𝑚³
3
64√3𝜋
80. ST = 48π cm²; V = 𝑐𝑚³ 81. V = 12π cm³
3
ESFERA
Definição: Dado o ponto O e um segmento R, chama-se esfera de centro O e
raio R o conjunto de todos os pontos P do espaço, de modo que a medida do
segmento OP é menor ou igual R.
Nota:
R² = r² + d²
Nota: Quando o plano passa pelo centro da esfera, a secção é
um círculo de raio igual ao raio da esfera. Dizemos então que a secção é um círculo
máximo da esfera.
Exemplo:
1. Uma secção plana feita a 3 cm do centro de uma esfera tem área igual a 16 π cm².
Calcule o volume da esfera e a área da superfície esférica.
Scírculo = π r² ⟹ 16π = π r² ⟹ r² = 16 ⟹ r = 4 cm
d = 3 cm R² = r² + d²
r = 4 cm R² = 4² + 3² ⟹ R = 5 cm
4 4 500
V= 3
𝜋 ∙ 𝑅³ ⟹ V = 3
∙ 𝜋 ∙ 5³ ⟹ V = 3
𝜋 𝑐𝑚³
S = 4π R² ⟹ S = 4 ∙ π ∙ 5² ⟹ S = 100π cm²
2. Calcule o volume e a superfície de uma esfera cujo círculo máximo tem área igual
a 100π dm².
Scírculo = π r² ⟹ 100π = π r² ⟹ r² = 100 ⟹ r = 10 dm
O raio do círculo máximo é igual ao raio da esfera (r = R).
4 4 4000
V= 𝜋 ∙ 𝑅³ ⟹ V = ∙ 𝜋 ∙ 10³ ⟹ V = 𝜋 𝑑𝑚³
3 3 3
32𝜋
82. V = 2
𝑐𝑚³ 83. V = 36π cm³; S = 36π cm²
500𝜋
84. V = 3
𝑐𝑚³ 85. S = 36π cm² 86. S = 49π cm²
O PONTO
SISTEMA CARTESIANO PLANO
Considere num plano α dois eixos x e y
perpendiculares em 0.
b) 2° quadrante
c) 3° quadrante
d) 4° quadrante
Exemplos:
1. Represente os pontos A(7, -6) e B(2, 6) e calcule a distância entre eles.
Sendo: A(7, -6) e B(2, 6)
xA yA xB yB
Substituindo na expressão:
dAB = √169 = 13
130
2. Represente no plano cartesiano os pontos A(-2, 5), B(4, -3) e C(-2, -6),
vértices do triângulo ABC, e calcule o perímetro desse triângulo.
Lembrando que o perímetro é a soma das medidas dos
lados, vamos calcular a medida de cada lado:
dAB = √10
2 2
dAB = √(𝑥 − 3)2 + (4 − 1)2 = √10 ⟹ (√(𝑥 − 3)2 + (4 − 1)2 ) = (√10)
(𝑥 − 3)2 + 32 = 10 ⟹ 𝑥 2 − 6𝑥 + 9 + 9 = 10
x1 = 2
𝑥 2 − 6𝑥 + 8 = 0
x2 = 4
Resposta: x = 2 ou x=4
B(2, 4) B(4, 4)
EXERCÍCIOS
4. Calcule a distância entre os seguintes pares de pontos:
a) A(2, 3) e B(2, 5)
b) A(2, 1) e B(-2, 4)
c) A(0, 6) e B(1, 5)
d) A(6, 3) e B(2, 7)
e) A(4, 3) e B(0, 0)
131
𝐴𝑀 𝐴𝑇 𝐴𝑀 𝐿𝑃
= 𝑀𝑃 = 𝑟 e = 𝑃𝐵 = 𝑟
𝑀𝐵 𝑀𝐵
𝑥𝑀 −𝑥𝐴 𝑦𝑀 −𝑦𝐴
ou =𝑟 e =𝑟
𝑥𝐵 −𝑥𝑀 𝑦𝐵 −𝑦𝑀
Exemplos:
1. Dados os pontos A(3, -4) e B(-2, -7), determine M(xM, yM) que divide o
segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 na razão r = 5.
Dos dados do problema, temos:
xA = 3, yA = -4, yA = -2, yB = -7 e r = 5
𝑟𝑥𝐵 +𝑥𝐴 𝑟𝑦𝐵 +𝑦𝐴
Substituindo em 𝑥𝑀 = e 𝑦𝑀 = :
1+𝑟 1+𝑟
5(−2)+3 5(−7)+(−4)
𝑥𝑀 = e 𝑦𝑀 =
1+5 1+5
7 39 13 7 13
𝑥𝑀 = − 6 e 𝑦𝑀 = − =− ⟹ M(− 6 , − 2 )
6 2
3+2 5 6+(−8) −2 5
𝑥𝑀 = =2 e 𝑦𝑀 = = = −4 ⟹ ponto médio(2 , −1)
2 2 2
𝑥𝐵 +𝑥𝐴 1+𝑥𝐵
𝑥𝑀 = ⟹2= ⟹ 4 = 1 + 𝑥𝐵 ⟹ 𝑥𝐵 = 3
2 2
𝑦𝐵 + 𝑦𝐴 −6 + 𝑦𝐵
𝑦𝑀 = ⟹4= ⟹ 8 = −6 + 𝑦𝐵 ⟹ 𝑦𝐵 = 14
2 2
Portanto: B(3, 14)
EXERCÍCIOS
̅̅̅̅ na
11. Determine as coordenadas de um ponto M que divide um segmento 𝐴𝐵
razão r, nos seguintes casos:
a) A(3, 5), B(6, 5) e r=2
b) A(4, 1), B(7, 0) e r=4
c) A(-3, -2), B(-4, 5) e r = -3
d) A(4, -1), B(-3, 6) e r = -2
13. Determine os pontos médios dos lados de um triângulo cujos vértices são:
A(3, 0), B(0, 4) e C(7, 5).
𝑥𝐴 𝑦𝐴 1
D = |𝑥𝐵 𝑦𝐵 1| = 0
𝑥𝐶 𝑦𝐶 1
Exemplos:
1. Verifique se os pontos A(2, 1), B(3, 2) e C(5, 4) estão alinhados.
Sendo xA = 2, yA = 1, xB = 3, yB = 2 e xC = 5, yC = 4:
2 1 1 2 1
D = |3 2 1| 3 2 = −10 − 8 − 3 + 4 + 5 + 12 = 0
5 4 1 5 4
-10 -8 -3 4 5 12
2. Determine o valor de m para que os pontos A(m, 3), B(2, -4) e C(m, -1)
sejam colineares.
𝑚 3 1 𝑚 3
D =|2 −4 1| 2 −4 = 0 ⟹ 4𝑚 + 𝑚 − 6 − 4𝑚 + 3𝑚 − 2 = 0 ⟹ 𝑚 = 2
𝑚 −1 1 𝑚 −1
4m m -6 -4m 3m -2
EXERCÍCIOS
22. Verifique se os pontos A, B e C abaixo são colineares nos seguintes casos:
a) A(2, -3), B(-1, 4) e C(1, 1)
b) A(1, -3), B(4, 5) e C(2, 3)
c) A(0, 3), B(4, 0) e C(5, 0)
d) A(2, 2), B(5, 5) e C(-3, -3)
23. Determine em cada caso o valor de m para que os pontos abaixo sejam
alinhados:
a) A(5, m), B(1, 2) e C(3, -4)
b) A(1, 3), B(2, m) e C(0, 1)
c) A(m, 7), B(2, -3) e C(m, 1)
135
A RETA
EQUAÇÃO GERAL
Dados dois pontos distintos A(xA, yA) e
B(xB, yB), consideremos um ponto P(x, y)
⃡ .
genérico da reta 𝐴𝐵
Se A, B e P são colineares, então:
𝑥 𝑦 1
| 𝑥𝐴 𝑦𝐴 1| = 0
𝑥𝐵 𝑦𝐵 1
Observe que xA, yA, xB, yB não são variáveis, são números reais dados. As
únicas variáveis são x e y, coordenadas do ponto P.
Exemplos:
1. Determine a equação geral da reta que passa pelos pontos.
Dos dados do problema, temos: xA = 5, yA = 2, xB = -1, yB = 3
Substituindo em:
𝑥 𝑦 1 𝑥 𝑦 1
| 𝑥𝐴 𝑦𝐴 1| = 0 ⟹ | 5 2 1| = 0
𝑥𝐵 𝑦𝐵 1 −1 3 1
Resolvendo:
𝑥 𝑦 1 𝑥 𝑦
|5 2 1| 5 2 = 0 ⟹ 2𝑥 − 𝑦 + 15 + 2 − 3𝑥 − 5𝑦 = 0 ⟹ −𝑥 − 6𝑦 + 17 = 0
−1 3 1 −1 3
(equação geral da reta que passa pelos pontos A e B)
2. Verifique se os pontos P(2, -1) e Q(-3 ,5) pertencem à reta r, de equação
x + 3y + 1 = 0
EXERCÍCIOS
24. Determine em cada caso a equação geral da reta que passa pelos seguintes
pares de pontos:
a) (1, 3) e (2, 5)
b) (-1, 2) e (3, 4)
c) (-1, -2) e (7, 5)
d) (-8, -1) e (0 ,0)
25. Verifique se os pontos A(1, 5), B(-2, 2) e C(-3, -1) pertencem à reta de
equação 2x + 3y – 2 = 0.
26. Determine a equação geral da reta que passa pela origem do sistema e pelo
ponto (-1, 5).
28. Calcule o valor de k para que o ponto P(2, -1) pertença à reta de equação
3x + 4y + k = 0.
29. Determine a abscissa m do ponto A(m, 1) para que esse ponto pertença a reta
de equação 2x + 5y + 7 = 0.
INTERSECÇÃO DE RETAS
Se duas retas são concorrentes, tem, portanto, um único ponto em
comum cujas coordenadas satisfazem simultaneamente a ambas as equações
dessas retas. Para determinarmos esse ponto de intersecção, basta resolver
o sistema formado pelas equações dessas retas.
137
Exemplo:
Determine o ponto de intersecção das retas de equações 2x – 3y – 8 =
0e 5x + 2y – 1 = 0.
Montando o sistema e resolvendo pelo método da adição:
10𝑥 − 15𝑦 = 40
2𝑥 − 3𝑦 = 8 ← × 5
{ −10𝑥 − 4𝑦 = −2
5𝑥 + 2𝑦 = 1 ← × (−2)
−19𝑦 = 38 ⟹ 𝑦 = −2
Substituindo y = -2 em 2x – 3y = 8, temos:
2x – 3 ∙ (-2) = 8
2x + 6 = 8 ⟹ x = 1
Assim, o ponto de intersecção é (1, -2).
EXERCÍCIOS
31. Determine o ponto de intersecção dos seguintes pares de retas concorrentes
de equações:
a. 3x + 2y – 8 = 0 e 4x + 5y – 13 = 0
b. 2x – 5y – 2 = 0 e 3x + 5y – 28 = 0
c. 2x – 3y – 1 = 0 e 4x – 3y – 11 = 0
d. 8x + 7y – 21 = 0 e 8x – 5y + 15 = 0
e. 7x + y – 15 = 0 e x–y+7=0
EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
As equações que dão as coordenadas (x, y) de um ponto da reta em função de
uma terceira variável t são chamadas equações paramétricas da reta.
x = f1(t) e y = f2(t)
Para escrevermos a equação geral da reta, a partir das suas equações
paramétricas, basta isolarmos o parâmetro t em cada uma das equações dadas e
igualarmos as expressões obtidas.
Exemplo:
Dadas as equações paramétricas x = 2t – 1 e y = t + 3, obter a equação
geral da reta.
𝑥+1
x = 2t – 1 ⟹ –2t = –x – 1 ⟹ 2t = x + 1 ⟹ t= (I)
2
138
EXERCÍCIOS
36. Escreva a equação geral da reta cujas equações paramétricas são:
𝑥 = 2𝑡 + 3
a) {
𝑦 = 2𝑡 − 4
𝑡
𝑥=2
b) {
𝑦 =𝑡+1
𝑥 = 3𝑡 − 1
c) {
𝑦 = 2𝑡 + 5
37. Determine a intersecção das retas (r) e (s) dadas pelas suas equações
paramétricas
𝑥 =𝑡+1 𝑥 = 2𝑡
(r) { e {
𝑦 = 𝑡−1 𝑦=𝑡−2
Exemplo:
Calcule o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A(-6, 2) e B(4, -
7).
𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 −7 − 2 9
𝑚= ⟹𝑚= =−
𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 4 − (−6) 10
2° caso:
Dada a equação geral ax + by + c = 0 de uma reta, vamos calcular o seu
coeficiente angular.
Vimos que:
x (yA – yB) + y (xB – xA) + xAyB – xByA = 0
a b c
onde (xA, yA) e (xB, yB) são coordenadas de dois pontos dados pertencentes
à reta.
𝑦 −𝑦 −(𝑦𝐴 −𝑦𝐵 ) 𝑎 𝑎
Sendo m = 𝑥𝐵 −𝑥𝐴 ⟹ 𝑚 = = −𝑏 ⟹ 𝑚 = −𝑏
𝐵 𝐴 𝑥𝐵 −𝑥𝐴
140
Exemplo:
Calcule o coeficiente angular da reta de equação 5x + 2y – 7 = 0.
𝑎 5
𝑚=− =−
𝑏 2
EXERCÍCIOS
39. Calcule o coeficiente angular das retas determinadas pelos seguintes pares de
pontos:
a) (3, 4) e (7, 12)
b) (5, 6) e (8, 9)
c) (-3, 2) e (4, 7)
d) (-5, -3) e (-4, 3)
40. Calcule o coeficiente angular das retas de equações:
a) 3x – 4y – 7 =0
b) -6x + 8y + 3 = 0
c) x + y – 3 = 0
d) 5x – 8y + 7 = 0
41. Calcule o coeficiente angular das retas de equações:
𝑥 𝑦
a) +4 =1
3
b) 𝑥 = 3𝑡 − 1 e 𝑦 = 𝑡 + 2
EQUAÇÃO REDUZIDA
Considere o seguinte problema:
Dada a equação geral ax + by + c = 0 de uma reta não paralela ao eixo y,
isole o y no 1° membro.
ax + by + c = 0 ⟹ by = -ax – c
𝑎𝑥 𝑐
y=− −𝑏
𝑏
c) coeficiente linear: q = -2
2. Dados os pontos A(3, 2) e B(-1, 4), pede-se:
EXERCÍCIOS
42. Determine o coeficiente angular e o coeficiente linear das seguintes retas:
𝑥 𝑦
a) 4x – 8y + 12 = 0 b) 2 + 5 = 1
a) b)
142
Nota: Se a reta é paralela ao eixo y, isto é, não tem coeficiente angular, então
qualquer ponto terá abscissa igual a x0. Assim, a equação será: x = x0.
Exemplo:
Determine a equação geral da reta que passa pelo ponto P(3, 5) e tem
coeficiente angular m = 2.
Dos dados do problema, temos:
x0 = 3, y0 = 5 e m = 2
Substituindo na equação y – y0 = m(x – x0):
y – 5 = 2(x – 3)
y – 5 = 2x – 6 ⟹ -2x + y + 1 = 0
EXERCÍCO
45. Escreva a equação da reta que passa pelo ponto P e tem coeficiente angular m
em cada um dos seguintes casos:
a) P(2, 3) e m = 5 c) P(-1, -7) e m = 3
b) P(-3, 4) e m = 1 d) P(5, -4) e m = -5
𝑥0 = 2
Onde { 𝑦0 = 5
3
𝑚 = 𝑚𝑟 = 5
3
𝑦 − 5 = (𝑥 − 2)
5
5𝑦 − 25 = 3𝑥 − 6
−3𝑥 + 5𝑦 − 19 = 0
EXERCÍCIOS
47. Verifique se as retas r e s abaixo são paralelas em cada um dos seguintes casos:
a) r: 6x + 7y + 3 = 0 e s: 12x + 14y – 21 = 0
b) r: 5x + 3y – 10 = 0 e s: 5x – 10y – 10 = 0
c) r: –3x + 8y + 3 = 0 e s: 6x – 16y + 7 = 0
d) r: x – y = 0 e s: –10x + 10y + 8 = 0
48. Para que valores de k as retas r e s são paralelas, sendo r: 7x – ky + 3 = 0 e
s: 6x + 2y – 10 = 0.
49. Determine a equação geral da reta r que passa pelo ponto M(3, 2) e é paralela à
reta s: 2x – y + 3 =0.
144
50. Obtenha a equação reduzida da reta que passa pelo ponto R(3, -1) e é paralela à
reta de equação x – 4y + 2 =0.
51. Escreva a equação geral da reta t que passa pelo ponto A(3, -4) e é paralela à
reta de equação 5x – y + 2 = 0.
−1
𝑎 −5 1
𝑚𝑡 = − = = ⟹ 𝑚𝑠 = 1 = −2
𝑏 −10 2 2
A equação da reta s que passa por P(2, 7) e tem coeficiente angular m s = -2
é dada pela expressão y – y0 = m(x – x0):
y – 7 = -2(x – 2) ⟹ y – 7 = -2x + 4 ⟹ 2x + y – 11 = 0
EXERCÍCIOS
145
a) r: x + y + 4 = 0 e s: x + y + 2 = 0
b) r: 4x + 3y – 10 = 0 e s: 4x + 3y + 5 = 0
ÁREA DO TRIÂNGULO
Sabemos da Geometria Plana que a área de um triângulo é:
1
Área = 2 ∙ base ∙ altura
1 1 2 1
𝑆 = ‖−2 8 1‖
2
2 3 1
Calcule o determinante, temos:
1 2 1 1 2
|−2 8 1 −2 8| = 8 + 4 − 6 − 16 − 3 + 4 = −9
2 3 1 2 3
1 1 9
Logo: 𝑆 = 2 |−9| = 2 ∙ 9 ⟹ 𝑆 = 2
2. Determine o valor de a de modo que o triângulo A(1, 0), B(2, -1) e C(a, 2)
tenha área 7.
1 0 1 1 0
|2 −1 1 2 −1| = −1 + 0 + 4 − (−𝑎) − 2 − 0 = 𝑎 + 1
𝑎 2 1 𝑎 2
1 1
Logo: S = 2 |𝑎 + 1| ⟹ 2 |𝑎 + 1| = 7 ⟹ |𝑎 + 1| = 14
𝑎 + 1 = 14 ⟹ 𝑎 = 13 𝑜𝑢 𝑎 + 1 = −14 ⟹ 𝑎 = −15
Resposta: a = 13 ou a = -15.
EXERCÍCIOS
66. Determine a área do triângulo ABC nos casos:
148
A CIRCUNFERÊNCIA
EQUAÇÃO REDUZIDA
Considere o seguinte problema:
Dada uma circunferência de centro C(a, b) e raio r, determine a equação dessa
circunferência. Da mesma forma que, dada uma reta do plano cartesiano, a ela fica
associada uma equação do tipo ax + by + c = 0, queremos determinar uma
equação de modo que as coordenadas de todo ponto da circunferência satisfaçam a
essa equação.
Sabemos que um ponto genérico P(x, y) do plano cartesiano pertence à
circunferência de centro C(a, b) quando a distância entre o ponto e a
circunferência é igual ao raio.
Aplicando a fórmula da distância entre dois
pontos, temos:
Exemplos:
1. A equação da circunferência de centro C(2, 5) e raio r = 5 é:
(𝑥 − 2)2 + (𝑦 − 5)2 = 52
2. A equação da circunferência de centro C(-3, 0) e raio r = 7 é:
(𝑥 + 3)2 + (𝑦 − 0)2 = 72 𝑜𝑢 (𝑥 + 3)2 + 𝑦 2 = 49.
149
EXERCÍCIOS
70. Escreva a equação da circunferência de centro C e raio r nos seguintes casos:
a) C(3 ,2) e r = 7
b) C(-1, 4) e r = 3
c) C(-4, -3) e r = 1
d) C(3, 0) e r = 6
71. Determine o centro C(a, b) e o raio r das circunferências de equações:
a) (x – 4)² + (y – 5)² = 9
b) (x – 3)² + (y + 1)² = 25
c) x² + y² = 2
d) x² + (y – 5)² = 7
72. Escreva a equação de cada circunferência abaixo:
a) b) c)
EQUAÇÃO NORMAL
A equação (x – a)² + (y – b)² = r², com r > 0, representa no plano
cartesiano, como já vimos, uma circunferência de centro C(a, b) e raio r.
150
Exemplos:
1. Determine a equação normal da circunferência de centro C(3, 5) e raio r =
4.
Sendo a = 3, b = 5 e r = 4, substituindo em (x – a)² + (y – b)² – r² = 0:
(x – 3)² + (y – 5)² – 4² = 0
Desenvolvendo os quadrados:
x² – 6x + 9 + y² – 10y + 25 – 16 = 0 ou
x² + y² – 6x – 10y + 18 = 0.
Nota: Uma outra maneira de resolver este problema seria substituir os valores de
a, b e r na equação normal.
r² = 82 ⟹ r = √82
EXERCÍCIOS
73. Determine a equação normal, dados o centro C e raio r, nos seguintes casos:
a) C(2, 7) e r = 5
b) C(-1, 3) e r = 1
c) C(6, 0) e r = 7
d) C(4, 0) e r = 10
e) C(0, 0) e r = 10
f) C(-5, -1) e r = 3
74. Determine as coordenadas do centro e o raio das circunferências cujas
equações são dadas:
a) x² + y² – 10x – 12y + 7 = 0
b) x² + y² + 4x + 2y – 3 = 0
c) x² + y² – 8x + 18y = 0
d) x² + y² – 9 = 0
e) x² + y² – 6x – 16 = 0
f) x² + y² – 14y = 0
g) 2x² + 2y² + 8x – 12y + 10 = 0 (sugestão: dividir a equação por 2)
h) 3x² + 3y² – 12x + 18y – 9 = 0
Exemplo:
Determine a posição do ponto P(3, 4) em relação a λ: (x – 2)² + (y – 3)² = 9.
A circunferência λ possui C(2, 3) e r = 3.
EXERCÍCIOS
75. Verifique a posição do ponto P em relação à circunferência λ nos seguintes
casos:
153
4) a) 2 b) 5 c) √2 d) 4√2 e) 5 f) 2√2
5) 10
6) 3√2 + √10
28) k = -2
29) m = -6
31) a) (2, 1) b) (6, 2) c) (5, 3) d) (0, 3) e) (1, 8)
36) a) x – y – 7 = 0 b) 2x – y + 1 = 0 c) 2x – 3y + 17 = 0
37) (0, -2)
5
39) a) 2 b) 1 c) 7 d) 6
3 3 5
40) a) − 4 b) 4 c) -1 d) 8
4 1
41) a) − 3 b) 3
1 3 5
42) a) m = 2, q = 2 b) m = − 2, q = 5
4 17
43) a) y = x + 1 b) y = − 5 𝑥 − 5
5
44) a)− 3 𝑥 + 5 b) y = 2x + 4
45) a) 5x – y – 7 = 0 b) x – y + 7 = 0 c) 3x – y – 4 = 0 d) 5x + y – 21 = 0
47) a) r ⫽ s b) rXs c) r ⫽ s d) r ⫽ s
7
48) k = − 3
49) 2x – y – 4 = 0
𝑥 7
50) y = 4 − 4
51) 5x – y – 19 = 0
55) a r ⟘ s b) r ⟘ s c) r ⟘ s d) r ⟘ s
4√3 2√3 √10 23
61) a) b) c) d) 13
5 5 10
4√29
62) 6
29
12√41
63) 41
√2
64) 2
65) a) √2 b) 3
1 13
66) a) 2 b) 2
67) 8
68) M = -15 ou M = 25
155
69) a = -7 ou a = 1
70) a) (x – 3)² + (y – 2)² = 49 b) (x + 1)² + (y – 4)² = 9 c) (x +
4)² + (y + 3)² = 1 d) (x – 3)² + y² = 36
g) C(-2, 3) e r = 2√2
75) a) P pertence a λ b) P é interior a λ c) P é exterior a λ
d) P é exterior a λ
76) exterior
77) m = 1