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Educativa na Aprendizagem
ARTIGO ORIGINAL
SILVA, Cristiane Rosana da. Reconhecer o Brincar na Educação Infantil como Ferramenta
Educativa na Aprendizagem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano
05, Ed. 10, Vol. 10, pp. 111-123. Outubro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/reconhecer-o-brincar
Contents
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2.2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1 O OLHAR DO PROFESSOR PARA O ATO DE BRINCAR
3.2. VIVÊNCIA, ANÁLISE E SIGNIFICADO
3.3. ACESSIBILIDADE, PARTICIPAÇÃO E APRENDIZAGEM
3.4 FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
3.5 A RELAÇÃO INTRODUTÓRIA E O DESENVOLVIMENTO
3.6 O ATO DE BRINCAR
3.7 O BRINCAR E O BRINQUEDO
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.REFERÊNCIAS
RESUMO
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Gilberto de Andrade Martins. Objetivando apresentar a importante relação que existe entre
criança e o ato de brincar como ferramenta lúdica e a avaliação psicopedagógica. Verifica-se
a importância da implementação de uma metodologia lúdica, um planejamento pedagógico
capaz de relacionar e envolver a todos numa troca de experiência prazerosa e produtiva.
Revela o processo investigativo das brincadeiras e os vínculos da aprendizagem. Apresenta
teoria e dimensões afetivas que fazem parte da vida escolar, familiar e individual da criança.
1. INTRODUÇÃO
A disciplina de Educação Infantil é de suma importância para a formação dos professores das
séries iniciais da educação básica, pois garante saberes indispensáveis à docência nesse
nível de ensino.
A Educação Infantil, em si, foi criada com o objetivo de atender às mudanças trazidas pela
industrialização e pela inserção de mulheres no mercado de trabalho. As creches surgiram,
então, para oferecer uma opção muito mais de cuidados que de educação para as crianças
das camadas populares. Dessa forma, inicialmente essas instituições apresentavam um
caráter religioso, tinham natureza filantrópica e um discurso predominantemente higienista.
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2.2. OBJETIVOS
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Quadro 1:
Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em
suas capacidades e percepção de suas limitações.
Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo
e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar.
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando
gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social.
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e
pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração.
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante,
dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua
conservação.
Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades.
Utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e
situações de comunicação, de forma de compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos,
necessidades e desejos de avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais
sua capacidade expressiva.
Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente
a elas e valorizando a diversidade.
Fonte: Brasil (1998, p.63)
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A atuação da educação infantil no turno regular está presente na legislação brasileira que
hoje é regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, que a institui como
componente curricular obrigatório. A lei insere a educação infantil ao sistema educacional e
estabelece formas de organização no atendimento às crianças de 0 até 6 anos de idade. A
LDBEN/1996 rompe com o caráter assistencialista que a sociedade brasileira instituiu e
redefine os termos pré-escola e creche. Cabe à pré-escola atender às crianças com idade de
4 a 5 anos e à creche atender crianças com idade de 0 a 3 anos, considerando o
desenvolvimento pleno da criança.
Esse espaço, embora já tradicional para a prática do professor, bem como outras instituições,
tem se reconfigurado, e mediado, principalmente, por saberes da ordem das políticas que o
adentram. Cabe ao professor, em sua prática, ser um dos colaboradores para mediar a
ludicidade e o brincar para os alunos, trabalhar em prol da melhoria da qualidade de vida,
desenvolver um espírito competitivo, dentre outras demandas. A aprendizagem, o
desenvolvimento de habilidades e outras questões relevantes no dia a dia da sala de aula,
como as brincadeiras, apresentam todas as características necessárias para o envolvimento
do educando.
As histórias são eficazes como ferramentas educacionais porque são crível, memorável e
divertido. A credibilidade decorre do fato de que as histórias lidam com a experiência
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humana que tendemos a perceber como uma fonte autêntica e credível de conhecimento.
Histórias tornam a informação mais memorável porque eles nos envolvem em ações dos
personagens. Ao fazê-lo, histórias convidam a criação de significado ativo. (ROSSITER, 2002).
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jogo, brincadeira, refletida pela globalização que fornece de forma sólida para o processo de
aprendizagem estabelecendo expectativas adequadas para o crescimento e a competência.
Diante da ludicidade dos jogos, especificando os games — que são fortes desenvolvedores de
habilidades cognitivas — abre-se novas possibilidades na assimilação de conteúdos e
desenvolvimento. Pesquisas comprovam a importância do uso de jogos digitais para fins
educacionais, como importantes recursos didáticos. Hopf (2005) afirma que um jogo digital
com a tecnologia X3D tem o poder de produzir situações reais que levam o aluno a viver e a
desenvolver estratégias, podendo também ensinar os conhecimentos básicos de Matemática,
Geometria e Línguas para crianças das séries iniciais, ou seja, educação infantil e ensino
fundamental.
A dedicação do professor revela-se como um fator essencial no que tange o ato de ensinar,
de maneira a acreditar no potencial do aluno e na sua capacidade de aprender. Comumente,
os professores evitam ter uma comunicação efetiva, receando uma aproximação que
considera ser indevida com o aluno. É em virtude desse distanciamento que os aspectos
clínicos se sobrepõem à questão do que o aluno pode fazer e aprender. O aluno necessita
participar das aulas, das atividades em sala de aula e em outros espaços.
A organização da sala e do ambiente escolar deve atender às necessidades dos adultos, das
crianças de acordo com a faixa etária, o tempo e o espaço. O tempo na educação infantil é
organizado através do planejamento diário, semanal e anual, em consonância com a
proposta pedagógica. Os componentes do ambiente influenciam como as crianças se
sentem, pensam e se comportam ao frequentarem os espaços escolares. A forma de
organizar os alunos em fila é um componente que influencia no desenvolvimento da criança,
pois poderá condicioná-los para um comportamento passivo.
O aluno não deve ser avaliado segundo o desenvolvimento de outro colega, mas sim
segundo o seu próprio desenvolvimento, sendo levado em consideração as suas ações, de
modo a abranger o que ele fazia, o que ele está fazendo e o que ele poderá fazer. O
professor como mediador, ou seja, como o elo entre um estímulo e uma resposta, deve estar
ativamente engajado nesse elo. A mediação é o processo de intervenção na relação do
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aluno, com o conhecimento e práticas físicas. Sendo necessário toda intervenção pedagógica
que possibilite essa interação.
Nos cotidianos escolares, o convite é fazer uma tradução das artes de fazer de professores e
alunos para a produção de conhecimentos emancipatórios. Desvendar os obstáculos que
buscam uma situação hierárquica nessa construção. Cruzar linhas de pensamento para a
constituição de um currículo escolar que procure valorizar o humano. Como exemplo, o
professor deve descobrir o que o aluno gosta de fazer. Quando o aprendente gosta do que
faz e está motivado, o foco da mente torna-se mais fácil, mesmo diante das dificuldades da
tarefa. A partir daí, traçar estratégias de ensino. As reações são diversas, de um simples
desapontamento a ações disruptivas. Ensinar a lidar com essas situações é ensinar o
cotidiano, é ensinar a estar mais bem preparado para a vida. Há sempre canais
comunicantes que podem ser conectados para colorir o trabalho pedagógico. A formação
continuada do professor deve contemplar: a identidade pessoal, o desenvolvimento da
competência e o contrato social para o trabalho coletivo.
Dentre as primeiras atividades, o ato de brincar, após o contato com objetos, destaca-se o
desenho como uma das mais importantes atividades. As gravuras são elaboradas com
intenção do educador, o qual realiza a atividade colocando na mão da criança um pouco de
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tinta e em seguida a mão é colocada sobre uma folha branca. A forma de organização
escolar na visão de ensinar e possibilitar ao professor o trabalho com as necessidades das
crianças no momento em que ela se encontra. O trabalho de ensino intencional do professor
deve possibilitar a organização dos conteúdos, do espaço, do tempo e do desenvolvimento
da criança.
O desenho infantil é uma importante atividade simbólica que abrange inúmeros aspectos,
visto que o mesmo possibilita a compreensão de mundo, compõe a construção da
aprendizagem, amplia o cenário e as formas do crescimento subjetivo da criança, estimula a
criatividade e oferece a leitura de mundo no qual a criança se insere, assim como, transporta
o entendimento das relações entre si e o meio.
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fluência.
Jean Piaget (apud Bomtempo, 2008) afirma que o ato de brincar requer o desenvolvimento
da imaginação e da criatividade da criança, de modo a impulsionar o pensamento simbólico.
Vygotsky (2000) vê o brincar como uma ajuda para o desenvolvimento de habilidades, o qual
separa o pensamento das ações, assumindo, assim, regras para se apropriar do faz-de-conta.
Embora o brincar não se restrinja apenas ao brinquedo, ele é uma espécie de acelerador, um
estímulo que carrega propostas de atividades. Vai além do objeto e parte de um ponto
reflexivo onde a criança é quem dá vida ao brinquedo.
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Está instaurada em cada brinquedo uma energia única capaz de capacitar e desenvolver as
faculdades psíquicas. O ato proporciona uma sensação de bem-estar e desenvolve os
sentidos da construção de narrativas. O brincar permite que a criança satisfaça alguns
desejos, assim também resolvendo seus conflitos, o que na vida real não acontece
facilmente. (SCHWARTZ, 2004).
Brincar é descobrir, conhecer, evoluir, apropriar-se, não apenas das habilidades para realizar
a arte, mas como um todo. Existem teorias a respeito da produção artística infantil, seja pelo
enfoque psíquico, seja pela análise da linguagem gráfica em seu aspecto formal ou simbólico.
Um jogo em que a criança é a dona das próprias regras. A brincadeira lida com experiências
por meio de situações articuladas e criadas artificialmente no desejo de dominar a realidade.
É a manifestação de necessidade vital de dominar o mundo que está inserida.
A criança projeta o esquema corporal, deseja ver a ação pensada em movimento. Toda
criança deseja criar, fazer construir algo mágico e fantasioso. E nas idades mais elevadas
esse desejo se perpetua e engrandece seu subconsciente.
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O desenvolvimento da pesquisa referente este artigo, foi a partir do viés qualitativo. Para sua
realização, foram consultadas referências bibliográficas da área, Metodologia do Trabalho
Científico, do autor Gilberto de Andrade Martins. Objetivando o crescimento do
conhecimento e a interpretação das experiências vividas pelos professores, quais as práticas
usadas, como organizam e resolvem situações lúdicas, as estratégias para a participação
ativa de toda a turma de alunos e colegas para que se tenha um retorno positivo para a
criança. Verifica-se que é possível verificar a fundamentação prática em sintonia com a
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fundamentação teórica.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
São fundamentais, nessa fase, práticas envolvendo brincadeiras pois são elas que dão à
criança a possibilidade e emitir o conhecido e construir o novo, conforme ela reconstrói o
cenário necessário para que sua fantasia se aproxime da realidade.
6.REFERÊNCIAS
BARRETO, V. Paulo Freire para educadores. 6 ed. São Paulo: Arte e Ciência, 2004.
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UNESP, 2009
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Saraiva p. 114 a 119, 2008
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KRASHEN, S. D. (1981). Second language acquisition and second language learning. Oxford:
Pergamon Press.
[1]
Mestranda em Ciências da Educação, Pós graduanda em Psicopedagogia Clinica e
Institucional, Especializada em Educação Infantil e Letramento, Bacharela em Direito e
Pedagoga.
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