Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Controlador Lógico e
Programável
Colégio Técnico de Campinas – COTUCA/UNICAMP
WWW.corradi.junior.nom.br
TÓPICOS
1. Introdução
4. Linguagem Ladder
4.4. Exercícios
5. Temporizadores
CLP
1. Introdução
Inicialmente, os PLCs eram chamados PCs – Programmable Contrllers, mas com o advento
dos computadores pessoais (PCs – Personal Computers), convencionou-se PLCs para evitar
conflitos de nomenclatura. Originalmente os PLCs foram usados em aplicações de controle discreto
(on/off – liga/desliga), como os sistemas a relés, porém eram facilmente instalados, economizando
espaço e energia, alem de possuírem indicadores de diagnósticos que facilitavam a manutenção.
Uma eventual necessidade de alteração na lógica de controle da máquina era realizada em pouco
tempo, apenas com mudanças no programa, sem necessidade de alteração nas ligações elétricas.
A década de 70 marca uma fase de grande aprimoramento dos PLCs. Com as inovações
tecnológicas dos microprocessadores, maior flexibilidade e um grau também maior de inteligência,
os Controladores Lógicos Programáveis incorporam:
Nos anos 80, aperfeiçoamentos foram atingidos, fazendo do PLC um dos equipamentos mais
atraentes na Automação Industrial. A possibilidade de comunicação em rede (1981) é hoje uma
característica indispensável na industria. Além dessa evolução tecnológica, foi atingido um alto grau
de integração, tanto no numero de pontos como no tamanho físico, que possibilitou o fornecimento
de mini e micros PLCs ( a partir de 1982).
3
Atualmente, Os PLCs apresentam as seguintes características:
• Módulos de I/O de alta densidade (grande numero de pontos I/O por módulo);
• Módulos remotos controlados por uma mesma CPU;
• Módulos inteligentes (co-processadores que permitem realização de tarefas complexas:
Controle de PID, posicionamento de eixos, transmissão via radio ou modem, leitura de
código de barras);
• Softwares de programação em ambiente Windows (facilidade de programação);
• E muitos outros mais.
O PLC, propriamente dito, significa program logic control. Traduzido para o português, o
PLC significa Controlador Lógico Programável também chamado de CLP.
A CPU de um PLC compreende os elementos que formam a “inteligência” do sistema: O
Processador e o Sistema de Memória por meio do Programa de Execução (desenvolvido pelo
fabricante) interpretam e executam o Programa de Aplicação (desenvolvido pelo usuário), e gerencia
todo o sistema. Os circuitos auxiliares de controle atuam sobre os barramentos de dados (data bus),
de endereços (address bus) e de controle (control bus), conforme solicitado pelo processador, de
forma similar a um sistema convencional baseado em microprocessador.
Abaixo, podemos ver a arquitetura básica de um PLC:
Entradas Digitais: São entradas que recebem sinais que assumem apenas 2 níveis, 0 e 1, 0v
ou 5v, 0v ou 24v, 0v ou 220v. Estes sinais podem vir chaves fim de curso, botões de paines elétricos,
sensores do tipo ON/OFF, etc.
Entradas Analógicas: São entradas que recebem sinais que podem assumir vários valores
dentro de uma faixa determinada de tensão ou controle. Estes sinais podem vir de sensores de
temperatura, velocidade, nível, e que sejam proporcionais, ou seja, enviam um sinal que varia de 0v
a 10v, por exemplo, para informar a temperatura exata do processo naquele instante.
Saídas Digitais: São saídas que enviam sinais que podem assumir apenas 2 níveis de tensão,
0v ou 24v, por exemplo, e podem ser utilizados para acionar um motor, uma bomba, etc.
Saídas Analógicas: São saídas que enviam sinais que podem assumir vários níveis de tensão
dentro de uma determinada faixa, por exemplo 0v a 10v. Podem ser utilizados para controlar a
velocidade do motor à abertura de uma válvula proporcional, etc.
4
Software: Existem vários fabricantes de PLC , e cada um tem o seu próprio software com
suas particularidades , como por exemplo a forma de dar nomes a cada entrada que podem ser:
I32.0 , I32.1 .... I32.7 , I33.0 ...I33.7 ( padrão Siemens )
E0.0 , E0.1... E0.7, E1.0 , ... E1.7 ( padrão Altus )
I0 , I1 , I2 ( padrão WEG )
%I0.0 , %I0.1 , %I0.2 ( padrão Telemecanique )
mas quando o assunto é programação existem 03 formas básicas de programar em PLC : Ladder
(linguagem de contatos) , Blocos , Lista de instruções ( semelhante a Assembly ) , em todos os PLC
modernos existem estas formas de programação , variando alguns recursos que alguns fabricantes
tem a mais , a forma de programar é idêntica , portanto se você souber programar bem em um
determinado fabricante , para programar em PLC´s de outros fabricantes não será difícil . Como a
linguagem em Ladder é a mais utilizada, vamos durante o curso utilizá-la .
O esquema elétrico é quem irá informar o que está ligado em cada entrada e em cada saída do
PLC , no desenho abaixo temos várias chaves ligadas nas entradas digitais ( que poderiam ser
sensores do tipo ON OFF termostatos ou pressostatos ) , e lâmpadas ligadas nas saídas digitais ( que
poderiam ser motores , bombas , travas )
Dizemos que uma determinada entrada está atuada, quando o componente ligado a ela
permite que a tensão de 24v chegue até esta entrada . E que uma determinada saída está atuada
quando esta saída libera, permite que saia 24 v para alimentar o que estiver ligado a ela .
4. Linguagem Ladder
Esta linguagem é baseada na linguagem de contatos de relés, que já era muito utilizada para
automatizar máquinas antes da invenção dos PLC´s.
Simbologia básica:
5
4.1. Programas básicos em Ladder
Lógica de Selo: sem que B3 ou B4 sejam pressionados L5 estará apagada , mas quando B3
for pressionada atuará I3 que fará a saída Q5 ser atuada , uma vez que a saída Q5 foi atuada o
contato de Q5 será fechado fazendo com que esta saída continue atuada mesmo que o botão B3 seja
solta . E esta saída só voltará a ficar desligada se B4 for pressionado. Portanto numa lógica de selo
sempre teremos um contato responsável por ligar a saída e outro para desligá-la, neste caso B3 tem a
função de ligar L5 e B4 a de desligá-lo.
6
Lógica OU: L3 irá acender se B1 ou B3 forem pressionados ou os 02 botões
Programa 1: neste programa se B1 for pressionado L1 acende e impede que L2 seja aceso , e
se B2 for pressionado L2 acende e impede que L1 seja aceso . A tabela ao lado do programa em
Ladder é chamada de Tabela da Verdade, onde temos B1 e B2 nas entradas e L1 e L2 nas saídas.
Quando temos 0 nas entradas significa que as entradas não estão atuadas , ou seja neste caso que os
botões não estão pressionados , e quando temos 1 significa que as entradas estão atuadas , ou seja
neste caso que os botões estão pressionados . Quando temos 0 na saída significa que esta saída não
está acionada , ou seja , neste caso aquela lâmpada que está ligada a esta saída não estará acesa , e
quando temos 1 , significa que a saída está acionada , ou seja , neste caso a lâmpada que estiver
ligada a esta saída irá acender .
B1 B2 L1 L2
0 0 0 0
1 0 1 0
0 0 0 0
0 1 0 1
0 0 0 0
1 1 0 0
7
Programa 2: este programa é semelhante ao anterior só que foi acrescentando a lógica de
selo , onde se B1 for pressionado L1 irá acender e permanecerá acesa mesmo que B1 seja solta, e só
irá apagar se B2 ou B3 for pressionada .
B1 B2 B3 L1 L2
0 0 0 0 0
1 0 0 1 0
0 0 0 1 0
0 1 0 0 1
0 0 0 0 1
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 1 0 0 1
1 1 0 0 0
Programa 3: observe que a diferença neste programa como anterior é pequena mas observe
na Tabela da Verdade como mudou o funcionamento do circuito.
B1 B2 B3 L1 L2
0 0 0 0 0
1 0 0 1 0
0 0 0 1 0
0 1 0 1 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 1 0 0 1
1 1 0 0 1
8
4.3. Programar em Ladder com o Automation Studio
9
10
Exercícios
B1 B3 L1 L2 L4
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
1 1 1 0 1
0 1 1 1 1
0 0 0 0 0
Exercício 2: Desenvolver um programa de um ladder que :
Ao pressionar B4, L4 acenda e permaneça aceso mesmo após B4 ter sido solto.
Após L4 estar acesa e B4 solto, se B3 for pressionado L3 deverá acender e deverá permanecer
aceso mesmo após B3 ser solta.
Após L3 estar acesa e B3 estar solto, se B2 for pressionado L4 deverá apagar e L3 deverá
permanecer acesa, e L2 deverá acender e deverá continuar acesa mesmo após B2 ser solta.
Após L2 estar acesa e B2 solto, se B1 for pressionado L3 e L2 deverão apagar, e deverão
continuar apagados mesmo após B1 ser solta.
11
Exercício 4: Desenvolva um programa em Ladder para automatizar o dispositivo abaixo
baseado no avanço de um atuador de dupla ação que coloca tampas em latas.
O avanço do atuador ocorre através do acionamento de dois botões opcionais (B1 ou B2) e
com condições de existência de peça (SP), e o retorno pelo acionamento de outro botão (B3),
mas somente se o atuador estiver totalmente avançado (1S2).
12
Exercício 5: Desenvolver um programa em Ladder para automatizar o Processo de
Transporte de peças abaixo, composto por um atuador de dupla ação. Ao acionarmos um
botão (B1), o sistema entrará em funcionamento contínuo, parando somente se outro botão
for pressionado (B2). As peças serão deslocadas quando houver a confirmação de que sua
posição é adequada para o transporte (SP).
13
Exercício 6: Desenvolver um programa em Ladder para automatizar o Processo de Transporte
de peças abaixo :
14
Exercício 7: Desenvolva um programa em Ladder para automatizar o Carimbador Industrial
abaixo:
15
5. TEMPORIZADORES
16
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DE TEMPORIZADORES
Desenvolva programas em Ladder que executem as seguintes seqüências no sistema físico a seguir:
Exercício 08
Exercício 09
Exercício 10
17
Exercício 11: Desenvolva um programa em Ladder que execute a seqüência abaixo:
Exercício 12: Desenvolver um programa em ladder para fazer um motor trifásico partir em
estrela quando o botão B1 for pressionado (liga C1 e C2), e após 10 seg. o motor passe a funcionar
em triângulo (desliga C2 e liga C3, ficando C1 e C3 ligados), e quando B2 (desliga) for pressionado
desliga o motor (desliga C1 e C3).
Onde: B1- I1 botão de liga
B2- I2 botão de desliga
C1- Q1 contator principal
C2- Q2 contator que faz o fechamento em estrela
C3- Q3 contator que faz o fechamento em triângulo
18
Exercício 13: Processo de aquecimento industrial.
A. Ao pressionar B1, SV1 deve ser atuada permitindo que a substância caia no tanque
B. Quando a substância atuar o sensor de nível SN, SV1 deve ser desativado, SV2 deve ser
ativado (liberando a passagem de vapor na serpentina) e o motor deve ser ligado (permitindo
que a substância seja aquecida homogeneamente).
C. Quando o sensor de temperatura ST for atuado, SV2 e o motor devem ser desligados e SV3
deve ser ativado (liberando a substancia a ir para a próxima fase de produção).
D. Quando o tanque estiver vazio o sensor de fluxo será desativado ( o sensor de fluxo SF foi
ativado quando SV3 foi ativado) , fazendo com que SV3 seja desativado SV1 seja novamente
ativado, reiniciando assim automaticamente o sistema.
E. Se o botão B2 for pressionado em qualquer momento do processo, o processo não deverá
ser interrompido. Deverá ir até o final (esvaziamento do tanque), e não deverá ser reiniciado.
Só voltará a funcionar se B1 for novamente pressionado.
OBS: todos os sensores são normalmente abertos.
19
20
Exercício 14: Automatizar o seguinte teste de vazamento.
Q1= SV1
Q2= Sv2/3
Q3= Sv4/5
Q4= Sv6/7
Q5= L1(Teste em andamento)
Q6= L2 (Peça aprovada)
Procedimentos: 1) Ao pressionar B1 SV1, 2 e 3 devem ser Q7= L3 (Peça reprovada)
acionados, permitindo que as peças sejam pressurizadas, e L1 deve Q8= L4 (Fim de teste)
ser acessa. Após 5 seg. SV1 deve ser desacionada, permitindo que a I1= B1(chave para iniciar teste)
pressão entre as peças seja equalizada. Deve se contar mais 10 seg. e I2= B2(chave para interromper
SV2 e 3 , também devem ser desacionados. teste)
2) Após 15 seg. deve-se atuar SV4 e 5, permitindo a que a pressão I3= Chave do pressostato
das peças cheguem até o pressostato. Após 2 seg. verificar a situação
da chave do pressostato:
a) Se a chave estiver aberta, a peça está aprovada, portanto L2 deve acender e deverá permanecer
acessa até o início de um novo teste.
b) Se a chave estiver fechada, a peça está rejeitada, portanto L3 deve acender e deverá permanecer
acessa até o inicio de um novo teste.
3) Após isto SV6 e 7 devem ser atuados , e após 5 seg. deve-se desativar SV4,5,6 e 7, L1 deve
apagar e L4 deve acender e deverá permanecer assim até o inicio de um novo teste .
4) Se B1 for novamente pressionado o teste deverá ser reiniciado
5) Se B2 for pressionado em qualquer momento do teste deve-se executar direto do passo 3 em
diante .
21
CLP -Controlador Lógico Programável
Aprendendo linguagem Ladder
com o Clic Edit - WEG
Apostila de Exercícios
2
Introdução
Espero com isso ter contribuido com o corpo docente e, esperando sugestôes e
contribuições para melhoria deste material
3
SUMÁRIO de Exercícios
Anotaçôes :
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5
Objetivo :
Objetivo :
6
Objetivo :
I1 - desliga
I2 - esquerda
I3 - direita
Objetivo :
I1 - desliga
I2 - esquerda
I3 - direita
7
Objetivo :
I1 - desliga
I2 e I3 - esquerda
I4 e I5 - direita
8
Objetivo :
B A S
0 0 0
0 1 1 A B'
1 0 1 A' B
1 1 0
Objetivo :
C B A S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 1 A' B C'
0 1 1 1 A B C'
1 0 0 1 A' B' C
1 0 1 1 A B' C
1 1 0 0
1 1 1 0
Objetivo :
C B A S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1 A B C'
1 0 0 0
1 0 1 1 A B' C
1 1 0 1 A' BC
1 1 1 1 ABC
Objetivo :
C B A S
0 0 0 0 A+B+C
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 0 A'+ B' + C
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
Objetivo :
C B A S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 1 A'B C'
0 1 1 1 A B C'
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 1 A'BC
1 1 1 1 ABC
Objetivo :
D C B A S
0 0 0 0 1 A' B' C' D'
0 0 0 1 0
0 0 1 0 1 A' B C' D'
0 0 1 1 0
0 1 0 0 0
0 1 0 1 1 A B' C D'
0 1 1 0 0
0 1 1 1 1 A B C D'
1 0 0 0 1 A' B' C' D
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1 A' B C' D
1 0 1 1 0
1 1 0 0 0
1 1 0 1 1 A B' C D
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1 ABCD
Exercício 14 - Minuteria
Objetivo : Manipular váriaveis de tempo
Objetivo :
13
Entradas
Saídas
botão liga I1
sensor recuado A0 I2 avança A+ Q1
pistão A
A avançado A1 I3 recua A- Q2
sensor recuado B0 I4 avança B+ Q3
pistão B
B avançado B1 I5 avançado B+ Q4
14
Entradas
Saídas
botão liga I1
sensor recuado A0 I2 avança A+ Q1
pistão A
A avançado A1 I3 recua A- Q2
sensor recuado B0 I4 avança B+ Q3
pistão B
B avançado B1 I5 recua B- Q4
15
Entradas
Saídas
botão liga I1
sensor recuado A0 I2 avança A+ Q1
pistão A
A avançado A1 I3 recua A- Q2
sensor recuado B0 I4 avança B+ Q3
pistão B
B avançado B1 I5 recua B- Q4
sensor recuado C0 I6 avança C+ Q5
pistão C
C avançado C1 I7 recua C- Q6
16
PROBLEMAS
Nesta fase são fornecidos problema para que o aluno desenvolva a sua solução.
Anexo 1
1) A + B + | A – B –
1 2
2) A + B + | B – A –
1 2
3) A + | A – B + | B –
1 2 1
4) A + B + C+ | A – B – | A + B + C – | A – B –
1 2 3 4
Detalhe A
21
Kn k11
k1
k1 k2
k2
k2 k3
Detalhe B
Detalhe A : Este contato (normal fechado) deve ter o endereço do último relé da
cascata, no caso mostrado acima seria k3
Os demais seguem a regra geral, ou seja são idênticos ao exemplo, notando que o
último relê é responsável pelo final do ciclo, não possuindo um contato de retenção.
Exemplo 1
A + B+ A - B -
A + B+ |A - B -
Grupo 1 Grupo 2
+ -
k1 quem quem
ativa ? mostra
que
ativou ?
k1
k2 k1
k1
k1 k2
s1 s2 s3 s4
y1 y2 y3 y4
23
+ s0 -
k1 s1 y1
s2 s3 y3
k1
s2 y2
s1 s4 y4
k2 s4 k1
k1
k1 s3 k2