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PROBLEMA 1

1 – Descrever as lesões
 Caso 1:
Eritema morbiliforme presente em membros (MMII e MMSS) e tronco.

Diagnóstico: Kawasaki

 Caso 2:
Pápulas e Vesículas (Pústula ????) e Crostas presentes em face, MMSS e tronco com área eritematosa periférica as
lesões.

Diagnóstico: Varicela
 Caso 3:
Cicatriz normotrófica

Exantema maculopapular difuso

Diagnóstico: Dengue??? Rubéola ???

2 – Analisar as principais doenças exantemáticas


3 – Conhecer as manifestações clínicas e tratamento das
doenças exantemáticas (Mão-Pé-Boca, Eritema
Infecciosos, Sarampo, Rubéola, Escarlatina, Exantema
Súbito, Varicela e Kawasaki)
 Mão-Pé-Boca (Enterovírus ou Coxsackie tipo 4 ou 16):
Quadro Clínico:
OBS: A doença é altamente contagiosa, com índices de infecção em torno de 100% nas crianças pequenas.

Período de incubação: 4 a 6 dias.

Após isso ocorre:


 Febre moderada
 Anorexia
 Fraqueza
 Dor de garganta (Odinofagia)
 Lesões eritematosas e vesiculosas de configuração oval nas regiões plantares (mão e pé) e nádegas.
 Vesículas na mucosa oral (lábios, palato, na úvula, ou nos pilares tonsilares) e língua. - Podem formar bolhas e
ulcerar rapidamente.
 Não é pruriginosa

Em torno de uma semana (após os sintomas) a doença regride.

OBS: Existem formas monossintomáticas que acometem somente mãos e pés ou apenas a mucosa oral.

Tratamento:
O vírus costuma desaparecer sozinho em 10 dias.

Medicamentos para dor ajudam a aliviar os sintomas. - Analgésicos, AINES/Antipiréticos, Hidratação....

 Eritema Infeccioso (Parvovírus B19):


Vírus com tropismo para células eritrocitárias.

Manifestações Clínicas:
Período de incubação: 6 a 7 dias
Fase Prodrômica (7 a 10 dias após a infecção):
 Febre baixa
 Mal-estar
 Linfadenopatia
 Dores musculoesqueléticas
 Náuseas
 Assintomático

Fase Exantemática (duração de 3 semanas): Deixa de ser transmissível


 Ocorre inicialmente na face com a fácies esbofeteada (exantema e edema das bochechas) - Somente em
Crianças
 Eritema maculopapular reticulado em membros e tronco, pode haver prurido.
 Poliartopatia - Somente Adultos

OBS: após esse período pode haver recidiva devido a estímulos como exposição solar, tensões emocionais, uso de
corticoides e outros.

OBS: Na gravidez pode ocorrer transmissão para o feto, ensejando anemia grave fetal (vírus acomete os eritrócitos)

OBS: Em imunocomprometidos pode haver anemias hemolíticas e outras afecções hematológicas.

Tratamento:
Sintomático: antitérmicos, analgésicos, hidratação....
Reposição globular e Imunoglobulina: caso aplasia medular e imunodeficiência, respectivamente.

Sarampo (Morbillivirus do Gênero Paramyxoviridae)


Transmitido através de gotículas e aerossóis.

Notificação Compulsória

Quadro Clínico:
Pródromos (10 dias após a exposição):
 Febre
 Mal-estar
 Tosse
 Coriza
 Conjuntivite

OBS: A intensidade desses sinais e sintomas aumenta no decorrer de 4 dias.

Após isso surgem:


 Mancha de Koplik na mucosa bucal (pontos brancos azulados de aproximadamente 1 mm de diâmetro,
circundado por eritema - patognomônico para Sarampo) – 2 dias antes do aparecimento do exantema.

OBS: As manchas de Koplik desaparecem com o início do exantema.

 Exantema maculopapular generalizado (inicialmente atrás das orelhas e no pescoço e na linha de implantação
dos cabelos, se propagando após isso para face, o tronco e os braços, com o envolvimento de pernas e pés no
final do segundo dia) - começa 2 semanas após a infecção (manifestações clínicas são mais graves e sinalizam a
resposta imune do hospedeiro para responder à replicação viral).

OBS: O exantema cede em 3 a 4 dias após o seu início. Isso pode ser seguido de descamação, particularmente em
crianças desnutridas.

 Cefaleia
 Dor abdominal
 Vômitos
 Diarreia
 Mialgia

OBS: O exantema do sarampo pode não ocorrer em indivíduos com comprometimento da imunidade celular (p. Ex:
AIDS...) pois depende da resposta imune celular.
Diagnóstico Diferencial:
 Rubéola: doença mais leve, sem tosse e com linfadenopatia característica
 Roséola: exantema súbito surge após a febre ter desaparecido
 Mononucleose infecciosa: linfocitose atípica enquanto que no sarampo há leucopenia.

Tratamento:
Não existe nenhuma terapia antiviral específica para o sarampo.

Consiste em medidas de apoio como:


 Hidratação
 Antipiréticos
 Analgésicos
 Vacinação (Tríplice e Tetra viral aos 12 meses e 15 meses respectivamente) - Prevenção
 Vitamina A (doses únicas diárias de 200.000 UI de vitamina A por 2 dias consecutivos em todas as crianças com
sarampo com ≥ 12 meses de idade) - pode reduzir acentuadamente as taxas de morbidade e mortalidade.

Prevenção de infecções bacterianas secundárias:


 Antibioticoterapia imediata para pacientes com evidências clínicas de infecção bacteriana, incluindo pneumonia
e otite média.

Rubéola (Togavírus de RNA do gênero Rubivirus)


Erupção maculopapular generalizada que costuma durar por até 3 dias (Fig. 201-1), embora até 50% dos casos
possam ser subclínicos ou não apresentar erupção. Quando ocorre, o exantema é habitualmente leve e pode ser
difícil detectá-lo em indivíduos de pele mais escura. Nas crianças, o exantema constitui habitualmente o primeiro
sinal de doença. Todavia, em crianças de mais idade e adultos, um pródromo de 1 a 5 dias frequentemente precede
o exantema e pode incluir febre baixa, mal-estar e sintomas respiratórios superiores. O período de incubação é de
14 dias (com variação de 12 a 23 dias). Durante a segunda semana após a exposição, pode-se observar o
aparecimento de linfadenopatia, em particular occipital e retroauricular. Embora a rubéola adquirida costume ser
considerada como uma doença benigna, a artralgia e a artrite são comuns em adultos infectados, principalmente em
mulheres.

PRÓDROMOS Habitualmente ausentes, sobretudo nas crianças de pouca idade. Adolescentes e adultos jovens:
anorexia, mal-estar, conjuntivite, cefaleia, febre baixa e sintomas brandos das vias respira-tórias superiores. Nas
mulheres, a administração de vacina com vírus da rubéola vivo atenuado é frequentemente seguida de doença
semelhante à rubéola com artralgias.

EXANTEMA Máculas e pápulas rosadas (Fig. 27‐22). No início, aparecem na fronte, espalhando-se in-feriormente
para a face, o tronco e os membros durante o primeiro dia. No segundo dia, o exantema facial regride. No terceiro
dia, o exantema desapa-rece por completo, sem deixar nenhuma alteração pigmentar residual ou descamação. As
lesões no tronco podem se tornar confluentes, resultando em erupção escarlatiniforme.

MUCOSAS Petéquias no palato mole (sinal de For-chheimer) durante o pródromo (que também são observadas na
mononucleose infecciosa).

LINFONODOS Aumentados durante o pródro-mo. Aumento e, possivelmente, sensibilidade dos linfonodos


retroauriculares, suboccipitais e cervicais posteriores. Pode ocorrer linfade-nopatia generalizada leve. O aumento
persiste habitualmente por 1 semana, mas pode durar vários meses.

BAÇO Pode estar aumentado.

ARTICULAÇÕES Artrite nos adultos; possibilidade de derrame articular. Artralgia, particularmente em mulheres
adultas após imunização.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

EXANTEMA Outros exantemas virais, RCAF e escarlatina. EXANTEMA COM ARTRITE Febre reumática aguda, artrite
reumatoide, eritema infeccioso. As doenças que podem assemelhar-se à rubéola na apresentação incluem
escarlatina, roséola, toxoplasmose, quinta moléstia, sarampo, Zyka e doenças com linfadenopatia suboccipital e
retroauricular.

OBS: Na maioria dos indivíduos, a rubéola é uma doença leve, sem consequências. Entretanto, quando ocorre em
uma gestante durante o primeiro trimestre, a infecção pode ser transmitida ao feto em desenvolvimento por via
transplacentária. Cerca de 50% dos lactentes que adquirem rubéola durante o primeiro trimestre de vida
intrauterina apresentarão sinais clínicos de lesão pelo vírus.
A rubéola pode ser evitada por imunização. Não se dispõe de nenhum tratamento específico para a infecção pelo
vírus da rubéola. O tratamento sintomático das várias manifestações, como febre e artralgia, é apropriado.

 Escarlatinan Streptococcus do Grupo A – Pyogenes


Produtores de Exotoxinas Pirogênicas A, B e C)
Geralmente ocorre após uma faringite (tonsilite, ferida infectada ou dermatoses) por Streptococcus do grupo A
(Pyogenes).

Sendo mais comum em crianças entre 2-10 anos;

Quadro Clínico:
 Exantema escarlatiniforme (lesões puntiformes iniciais tornam‐se eritematosas e confluentes) que desaparece à
digitopressão que acomete inicialmente a face e se espalha pelo tronco e membros. Pode ser acentuado nas
dobras do corpo, como região cervical, axilas, região inguinal, fossas antecubitais e poplíteas - regride em 4 a 5
dias sendo seguido de descamação.
 Petéquias lineares (sinal de Pastia) nas dobras do corpo
 Palidez perioral
 Pele com textura de “lixa”
 Faringe de cor vermelho‐viva (enatema)
 Língua branca: a língua é inicialmente branca com papilas edemaciadas, vermelhas e dispersas (língua em
morango branco).
 Língua em morango vermelho: em torno do quarto ou do quinto dia, ocorre desprendimento da membrana
hiperceratótica, e a mucosa lingual adquire uma coloração vermelho‐viva.
 Manchas de Forchheimer: máculas vermelhas e pequenas no palato mole.
 Descamação na segunda semana
 Febre alta
 Fadiga
 Faringite
 Cefaleia
 Náusea
 Vômitos
 Taquicardia
 Linfadenite cervical
Tratamento:
Antibioticoterapia: Penicilina sistêmica, eritromicina, clindamicina, claritromicina ou cefalosporinas.

Exantema Súbito (Roséola)

Varicela / Catapora (Varicela-Zóster - VZV)


Infecção primária pelo VVZ quase que onipresente devido a sua altíssimo potencial contagioso.

Normalmente ocorre na infância sendo que em adultos apresenta maior complicação por pneumonia e encefalite.

Quadro Clínico:
Período de Incubação: varia de 10 a 21 dias, mas geralmente é de 14 a 17 dias.

Pródromos: 1 a 2 dias antes do início do exantema

Período infeccioso: 48 horas antes do aparecimento de vesículas até que todas elas evoluam para crostas.

 Maculopapulas em tronco, couro cabeludo e face, propagam-se rapidamente para outras áreas do corpo
apresentam base eritematosa com diâmetro de 5 a 10 mm. (palmas e as plantas são normalmente preservadas) -
Surgem em 2 a 4 dias e evoluem para vesículas em questão de horas a dias.
OBS: As lesões também podem ser encontradas na mucosa da faringe e/ou da vagina.

OBS: As crianças menores tendem a apresentar menos vesículas do que os indivíduos de mais idade.

 Vesículas Pruriginosas - duram de 4 a 5 dias evoluindo para crostas.


 Crostas - cicatrizam em 1 a 3 semanas, deixando uma base rosada ligeiramente deprimida

OBS: Com o aparecimento de grupos subsequentes de lesões, todos os estágios de evolução podem ser observados
simultaneamente, isto é, pápulas, vesículas, pústulas e crostas, ou seja, as lesões são polimórficas.

 Exantema
 Febre baixa - 37,8 a 39,4°C de 3 a 5 dias de duração
 Mal-estar

OBS: Imunocomprometidos apresentam lesões (muitas vezes com base hemorrágica) mais numerosas, as quais
levam mais tempo para cicatrizar do que as dos pacientes imunocompetentes. Com maior risco de complicações.

Complicações:
Varicela “Maligna”: ocorre em indivíduos com defeitos nos mecanismos de defesa do hospedeiro. Podem ocorrer
pneumonite, hepatite, encefalite, coagulação intravascular disseminada e púrpura fulminante.

A pneumonite pelo VVZ ocorre com maior frequência em adolescentes e adultos. Pode ocorrer comprometimento
do SNC com ataxia cerebelar e encefalite.

A complicação infecciosa mais comum da varicela é a infecção bacteriana secundária da pele, que costuma ser
provocada por Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus, incluindo cepas resistentes à meticilina. A infecção
da pele resulta da escoriação das lesões por coçadura. Outras complicações da varicela são miocardite, lesões da
córnea, nefrite, artrite, diáteses hemorrágicas, glomerulonefrite aguda e hepatite. Podem ocorrer também
meningite asséptica, encefalite, mielite transversa e síndrome de Guillain-Barré. A encefalite é relatada em 0,1 a
0,2% das crianças com varicela.

Diagnóstico Diferencial:
Infecção disseminada pelo HSV, disseminação cutânea do herpes-zóster, eczema herpético, ri-quettsiose
variceliforme, infecções por enterovírus.
Tratamento:
 Vacinação: 80% eficaz na prevenção da infecção por VVZ sintomática. (1º dose tríplice viral aos 15 meses e 2º
dose aos 4 anos)
 Loções de anti-histamínicos
 Corte rente das unhas
 Curativos tópicos
 Banhos com água morna e compressas úmidas são melhores do que as loções ressecantes.

OBS: Evitar o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco da síndrome de Reye

 Antivirais: Diminuem a gravidade da evolução se forem administrados nas primeiras 24 horas após o início da
varicela. Valaciclovir ou Fanciclovir ou Aciclovir.

Kawasaki
Doença febril aguda de lactentes e crianças (< 8 anos). Causa idiopática.

Exantema semelhante ao da escarlatina (escarlatiniforme) ou EM; fissura labial, língua “em morango”; conjuntivite;
edema das mãos e dos pés; descamação na fase tardia da doença

Quadro Clínico:
 Exantema polimorfa (morbiliforme e escarlatiniforme)
 Congestão conjuntival bilateral
 Eritema e edema das mãos e dos pés seguidos de descamação
 Eritema difuso da orofaringe
 Língua em morango vermelha
 Queilite (Lábios secos fissurados)
 Linfadenopatia cervical
 Trombocitose
 Aneurismas coronarianos secundários à arterite

Vasculite generalizada. A endarterite dos vasa vasorum acomete as túnicas externa e íntima das ar-térias coronárias
proximais, com ectasia, formação de aneurismas, obstrução vascular e embolização distal, com infarto do miocárdio
subsequente.

FASE I: PERÍODO FEBRIL AGUDO Início súbito de febre, de aproximadamente 12 dias de duração, seguida
(geralmente em 1 a 3 dias) pela maioria das outras manifestações principais. Sintomas constitucionais de diarreia,
artrite e fotofobia.

FASE II: FASE SUBAGUDA Persiste por aproximada-mente 30 dias de doença; febre, trombocitose, descamação,
artrite, artralgia, cardite; maior risco de morte súbita.
FASE III: PERÍODO DE CONVALESCENÇA Começa dentro de 8 a 10 semanas após o início da doença. É quando todos
os sinais desaparecem, e termina quando a VHS se normaliza; taxa de mortalidade muito baixa durante esse período.

Lesões cutâneas

FASE I As lesões aparecem em 1 a 3 dias após o início da febre. A duração é, em média, de 12 dias. Quase todas as
anormalidades mucocutâneas ocorrem durante essa fase. Exantema. O eritema é comumente detectado pela
primeira vez nas palmas/plantas e, dentro de 2 dias, espalha-se para o tronco e os membros.

Primeiras lesões: máculas eritematosas; as lesões aumentam e tornam-se mais numerosas.

Tipo: lesões urticariformes (mais comuns); padrão morbiliforme (comum); lesões escarlatiniformes e semelhantes ao
eritema multiforme (EM) em < 5% dos casos. Máculas confluentes a eritema em placas no períneo, que persistem
após a regressão de outras anormalidades.

Edema sem cacifo das mãos/pés: intensamente eritematoso a violáceo; edema de consistência firme com dedos das
mãos fusiformes (Fig. 14‐61).

Palpação: As lesões podem ser sensíveis.

Mucosas. Congestão das conjuntivas bulbares; observada 2 dias após o início da febre; duração de 1 a 3 semanas
(ao longo da fase febril).

Lábios: vermelhos, ressecados, fissurados (Fig. 14‐61), com crostas hemorrágicas; duração de 1 a 3 semanas.

Orofaringe: eritema difuso. Língua: língua “em morango” (eritema e protuberância das papilas linguais).

Linfonodos cervicais. Linfadenopatia (Fig. 14‐62) dolorosa, de consistência firme, > 1,5 cm.

FASE II Descamação altamente característica; ocorre após a regressão do exantema (Fig. 14‐63). Começa nas pontas
dos dedos das mãos e dos pés, na junção das unhas com a pele; ocorre desprendimento progressivo de lâminas
descamativas da epiderme palmar/plantar.

FASE III Podem-se observar linhas de Beau (sulcos transversais na superfície da unha) (ver Seção 32). Possível eflúvio
telógeno. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS GERAIS Irritação meníngea. Pneumonia. Artrite/artralgias dos joelhos, quadris e
cotovelos. Tamponamento pericárdico, arritmias, atritos, insuficiência cardíaca congestiva, disfunção ventricular
esquerda.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
Tratamento:
 γ-globulina IV em dose alta (2 g/kg como uma infusão única ao longo de 10 horas) + AAS (100 mg/kg/dia, por 14
dias, seguidos por 3-5 mg/kg/dia, por várias semanas). - reduzir a prevalência das anormalidades das artérias
coronárias quando administrada precocemente no curso da doença.
 Monitorização das complicações cardíacas e vasculares
 Cirurgia (tromboendarterectomia, retirada de trombos, reconstrução para aneurisma e cirurgia de bypass
coronariano): indicado quando há aneurismas gigantes de artérias coronárias ou outras complicações
coronarianas.

4 – Conduta para os Contactantes de Varicela (Catapora)


Usam-se três métodos para a prevenção das infecções por VZV:
1) Vacinação (vírus vivo atenuado): Caso não vacinado
 Crianças que não apresentaram varicela (1º dose tríplice viral aos 15 meses e 2º dose aos 4 anos)
 Adultos soronegativos para VZV (2 doses da vacina com intervalo de, pelo menos, 1 mês)

2) Imunoglobulina Humana Antivaricela-zóster (IGHAVZ): indivíduos suscetíveis que tenham alto risco de
complicações da varicela e sofreram exposição significativa. Deve ser administrado em até 96 horas (de preferência,
72 horas) após a exposição.
3) Terapia Antiviral: indivíduos sob alto risco de complicações que não sejam elegíveis à vacina/não vacinadas ou
que estejam além de 96 horas do contato direto.
 Iniciada em 7 dias após a exposição intensa (hospedeiro está no meio do período de incubação) com o uso
de aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir. - reduz de forma significativa a intensidade da doença.

OBS: além disso, pessoas acometidas por varicela grave ou herpes-zóster disseminado devem ser hospitalizadas
imediatamente, em regime de isolamento de contato e respiratório.

Outras medidas:
 Lavar as mãos após tocar nas lesões.
 Isolamento – crianças com varicela não complicada só devem retornar à escola após todas as lesões terem
evoluído para crostas. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão
retornar às atividades após o término da erupção v,,,esicular.
 Pacientes internados – isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta.
 Desinfecção – concorrente dos objetos contaminados com secreções nasofaríngeas.
 Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.

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