Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Texto de Apoio (2016) - PTRF II
Texto de Apoio (2016) - PTRF II
Na prática, a separação do PB realiza-se numa coluna de única funcionando sobre pressão ou sob-
vácuo e contendo pratos de destilação.
A zona de rectificação;
A zona de flash;
A zona de escoamento;
Zona de
rectificação
Zona de flash
Zona de
escoamento
A velocidade de entrada da carga na zona de flash é muito elevada, o que pode provocar o
fenómeno de erosão na coluna. Por isto a carga deve ser introduzida de maneira tangencial através
de um tubo circular.
Carga
Carga
Deflector
Deflector
em
espiral
Escoadouro
Carga
Escoadouro
Suporte
Suporte
Armadilha de
gotas
V
Carga
Esta zona contem 4 a 6 pratos para a rectificação da fase líquida desta zona, provenientes da carga
e do último prato da zona de rectificação.
Mantêm-se sempre algum líquido no fundo da coluna ou injecta-se V.A para reduzir o arrastamento
de ligeiros pelo líquido e garantir deste modo a bombagem dos produtos.
a.3-Zona de rectificação:
Ela é munida de pratos e permite a rectificação da composição; e é nesta zona onde são retirada as
extracções laterais.
b- Stripper:
As extracções laterais são efectuadas unicamente em forma liquida. Estas fracções arrastam com
elas um pouco de HC ligeiros por causa do rendimento dos pratos que é menor a 100.
A função do stripper é de eliminar os ligeiros arrastados pelo líquido, e portanto corrigir o seu
ponto de clarão.
** Prato
Facção
petrolifera
V.A
Bomba
L
Regulador de
Nivel
c- Refluxos:
1- Refluxo frio:
Condensador
Gás
Separador
Refluxo Chicana de
Coluna de Frio seccionamento
fraccionamento
V.A
H2O
Bomba
Gasolina
PB
Stripper
Permutador RCI
Prato
Fr A
V.A
Stripper
Prato
Fr B
V.A
A temperatura do topo é regulada pelo refluxo frio. Ele é injectado sobre o primeiro prato da coluna
no estado liquida a uma temperatura variando de 25 – 35ºC. Este liquido desce até o segundo
prato, onde ele evapora-se e abandona o com os produtos que saiam no topo da coluna no estado
vapor.
A quantidade de refluxo frio é de 1,5 a 3 vezes maior que a quantidade de produto obtido no topo
da coluna. O refluxo frio absorve o calor dos vapores e provoca assim a condensação dos
componentes.
No âmbito de uma melhor repartição dos caudais de líquidos e de vapores sobre os pratos, utiliza-
se o refluxo frio; mas também o refluxo circulante intermédio entre duas extracções laterais.
II.1- Introdução:
Isomerização catalítica;
Reformação catalítica;
Desparafinação, etc..
Gás
Separador do topo
Condensador
BOMBA
Gasolina
ligeira
P.B
Stripper
BOMBA DE
Coluna de destilacao
CARGA
1 Gasolina
pesada
BOMBA
PERMUTADOR
Querosene
BOMBA
PERMUTADOR Gasóleo
Fornalha
BOMBA
PERMUTADOR
Resíduo
atmosférico
BOMBA
Descrição do esquema tecnológico:
Para os estudantes.
ESQUEMA DE UMA UNIDADE DE DESTILAÇÃO ATMOSFERICA DO PB COM UMA COLUNA DE
PRE- DESTILAÇÃO.
Gás
Gás
Balao separador
Balao separador
condesador
condesador
Gasolina Gasolina
Coluna de destilação
BOMBA BOMBA
ligeora pesada
Coluna de pre-destilação
P.B
Stripper
BOMBA DE
CARGA
Gasóleo
BOMBA
Querosene
BOMBA
Fornalha Fornalha
Resíduo
atmosférico
BOMBA
Utiliza-se a instalação de destilação atm com duas colunas, se o PB a tratar tem um teor importante
em HC ligeiros, em água e em compostos sulfurosos corrosivos.
O PB é pré-aquecido até uma temperatura na ordem dos 200ºC e é introduzido na primeira coluna
ou coluna de pré-destilação.
Esta coluna funciona com uma pressão de 3 a 5 atm. No topo desta coluna obtêm-se gás e a GA
ligeira; enquanto que o crude reduzido proveniente do fundo é enviado ao forno e depois segue
para a coluna principal.
Nesta coluna obtêm-se todas as fracções, sendo a GA pesada, no topo da coluna e as fracções de
querosene, GO como extracções laterais.
Gás
Separador do topo
Condensador
BOMBA
Balão de Flash
Gasolina
ligeira
P.B
Stripper
BOMBA DE
Coluna de destilacao
CARGA
Gasolina
pesada
BOMBA
Querosene
BOMBA
Gasóleo
Fornalha
BOMBA
Resíduo
atmosférico
BOMBA
Para os estudantes.
COLUNA DE DESTILAÇÃO SOB VÁCUO
INJECTOR DE AR
CONDESADOR
BAROMETRICO
GASOLEO
PESADO
RESIDUO
ATMOSFERICO
POÇO
BAROMETRICO
DESTILADO A
DESTILADO B
DESTILADO C
DESTILADO D
FORNO
RESIDUO
DE VÁCUO
BOMBA
Obtêm-se igualmente um resíduo de vácuo chamado asfalto que pode ser utilizado para a
preparação de betumes, ou para a preparação de óleos lubrificantes pesados chamados “bright
stock”.
O resíduo atmosférico proveniente da coluna principal de destilação passa pela fornalha e chega na
coluna de destilação sob-vácuo com uma temperatura e uma pressão realizada por injecção de V.A
sobre aquecido.
A parte não vaporizada da carga passa pelo fundo da coluna e depois de uma strippagem pelo V.A,
vai constituir o resíduo S/V ou asfalto.
A depressão na coluna é criada pelo injector de ar, protegido por um condensador barométrico.
Deste modo, a pressão que reina no topo da coluna ultrapassa raramente os 100 mmHg.
Termos utilizados:
T: torre ou coluna;
T1: Coluna de pré-destilação;
T2: Coluna de destilação atmosférica;
T3: Coluna de estabilização;
F1: Forno combinado, circuito (para a alimentação) de aquecimento para a carga da pré-
destilação.
F2: Refervedor da pré-destilação;
F3: aquecedor da alimentação de T1;
F4: Fornalha da destilação S/V, com um circuito de aquecimento da carga da coluna S/V T4 e
um circuito de sobre aquecimento da V.A;
E: Conjunto de permutadores de calor;
C: Condensadores;
R: Arrefecedores;
Descrição do esquema tecnológico:
Este trabalho de fraccionamento necessita para além do forno F1, um complemento de calorias
acrescentado por refervedor do fundo da coluna no circuito de aquecimento F2. Nesta coluna, as
extracções laterais não funcionam a fim de utilizarmos todos os tratos os pratos da coluna para
fraccionar com o máximo de selectividade a GA ligeira e a nafta, que servira como carga para a
unidade de reforming Cat.
Num outro programa de fabricação, poderá ser interessante de extrair pelo stripper S1 um corte de
solvente. Esta coluna tem uma grande tolerância de funcionamento e permite uma fácil adaptação
segundo a exigências de produção.
A torre de estabilização T3 recebe em alimentação a parte do líquido do balão B1 que não é utilizado
para o refluxo; depois de um aquecimento de 40 – 110ºC, esta carga pode ser introduzida entre
uma dos três níveis representados na figura. Esta opção permite de ajustar o nível da alimentação
em função de uma determinada separação na torre T1, e de funciona r nas condições óptimas. Do
fundo desta torre sairá uma GA ligeira estabilizada a 750 g/cm2, enquanto que os produtos do topo,
depois de uma condensação parcial, são separados no balão B3 sobre uma pressão de 10,5 Kg/cm2,
em cortes de C3/C4 e gás combustível (C2-).
A coluna atmosférica T4 recebe o crude reduzido da pré-destilação, com uma temperatura de 350ºC
pela fornalha F3. Uma injecção de VA no fundo da coluna regula o ponto de inflamação, portanto o
teor em GO no resíduo atmosférico que a maior parte será dirigida para a torre de vácuo e o
complemento como fuel pesado. Os vapores do topo inteiramente condensados, constituem a carga
para o reforming cat, enquanto que como extracções laterais obtemos o querosene e o GO. Esta
coluna é equipada munida de um refluxo circulante do topo e de um refluxo circulante intermédio
entre as duas extracções. O que permite de reduzir o seu diâmetro de mais de 6m.
A torre sob-vácuo recebe em média 90 m3/h de resíduo atmosférico, aquecido até 400ºC na
fornalha F4. A vaporização é facilitada por uma importante injecção de VA nas linhas de trasfega e
na zona de expansão. Um leito metálico e um regador de destilado pesado não figurados evitam os
arrastamentos na secção de rectificação. Recolhe-se alguns traços de GO ligeiro no condensador
barométrico do sistema sob-vácuo. Um refluxo circulante do topo da coluna permite de garantir o
gradiente de temperatura e a recuperação do GO viscoso. Nas extracções clássicas, equipadas de
stripper, são fornecidos quatros cortes de lubrificantes. O resíduo de vácuo, que contem ainda
fracções de oleosas as mais pesadas, é arrefecida antes de irem parcialmente para adesasfaltação.
II.3.1 Esquema de fabricação para uma produção máxima de combustíveis. (PB ligeiro).
GÁS
> 350ºC
PI - 70 ºC DESTILAÇÃO
ATMOSFERICA 240 - 350º C
70 - 180ºC
GÁS
180-240ºC
H2 H2
GÁS PLANT ISOMERIZAÇÃO REFORMING CATALITICO DESPARAFINAÇÃO HIDRO REFINAÇÃO VAPO CRACKING
C4
ALKILAÇÃO
C3
POLIMERISAÇÃO
H2
C3
C1
C4
C2
GASOLINA BTX QUEROSENE E JET GASOLEO FUEL OIL
O PB ligeiro contem geralmente uma boa porção de GA mas estas fracções são geralmente
constituídas de parafinas lineares, com o índice de octano baixo. Por esta razão que as fracções
ligeiras da GA PI – 70ºC são enviadas na instalação de isomerização catalítica para se transformar
as parafinas lineares em iso-parafinas como índice de octano elevado.
A fracção de GA 70-180ºC com IO não ultrapassando os 40, é enviada para o reforming catalítico,
que permite a obtenção de uma GA com IO elevado e paralelamente fracções de Ar (BTX). O
processo de reforming cat consome e produz H2.
Todos os gases produzidos na instalação são colectados e enviados para a instalação de tratamento
e separação dos gases (gás plant), onde obtemos H2, C, C2 e o GPL (C3, C4) e fracções C3 e
propileno que é enviada para a instalação de polimerização, para a produção dum polímero
chamado “polimerizado” com o IO maior a 100.
240-350ºC
180-240ºC
H2 H2
HIDRO HIDRO
GAS PLANT ISOMERIZAÇÃO REFORMING CAT EXTRACÇÃO DE AR COCKING
REFINAÇÃO REFINAÇÃO
EXTRATO
C4 DESPARAFINAÇÃO DESPARAFINAÇÃO
A
DESPARAFINAÇÃO
C3
TRATAMENTO DE
ACABAMENTO
COMPOUDIND E ADITIVOS
H2
C1 GPL
C2 ÓLEOS ACABADOS
QUEROSENE E
GASOLINA BTX GASOLEO
JET
Os três principais destilados podem servir de base para a preparação dos óleos lubrificantes.
Para melhorar o índice de viscosidade, estas fracções são submetidas a operação de extracção de
Ar por solventes selectivos.
Para se baixar o ponto de congelação com vista a utilização em total as estações climatéricas, eles
devem ser submetidos a operação de desparafinação. Para melhorar a qualidade (cor, cheiro,
estabilidade), estas fracções são submetidas ao tratamento de acabamento, que é quase sempre a
hidrorefinação chamada “Hydrofinishing”.
Antes da comercialização, as fracções de óleo passam pelo atelier de compouding onde se procede
a uma mistura de diferentes fracções e onde adicionam-se alguns aditivos para se melhorar
algumas propriedades (anti-oxidante, anti-desgaste, estabilidade, anti-espuma, etc…).
O resíduo S/V (> 350ºC) é enviado para a instalação de coquefacção, que é um processo térmico
que permite a obtenção dum gás rico em olefinas, um GA de baixo IO, que devera ser misturada
com GA de reforming cat. Obtemos igualmente um GO e o furl-oil conforme com as especificações
e o coque.
II.3.3 Esquema de fabricação para a produção de combustíveis e betumes.(Reservado para o PB pesado e asfaltico).
GÁS >450ºC
DESTILAÇÃO
ATMOSFERICA
PI - 180ºC
350-450ºC
180-350ºC
GAS PLANT HIDROREFINAÇÃO HIDROREFINAÇÃO DESASFALTAÇÃO AO PROPANO
C4
ÓLEO DESASFALTADO
C3 ASFALTO
P
CRACKING CAT
OXIDAÇÃO
H2
C1 GPL
C2 GASOLINA GASOLEO FUEL OIL BETUMES
A GA com o PI=180ºC é directamente retirado da destilação porque ela tem um IO bom.
O querosene não é produzido porque a fracção 180-240ºC contêm muitos Ar (para os quais o teor é
limitado a 18-20% em volume).
Na unidade de hidrorefinação é produzido directamente o GO. Uma parte dos produtos desta
unidade é enviada para o craqueamente Cat, de onde sai directamente o fuel-oil, uma GA com NO
baixo e GO.
O resido (> 450ºC) é enviado para a instalação de desasfaltação ao propano. Nesta instalação
obtêm-se o óleo desasfaltado, que é uma fracção pesada depurada de Ar policiclicos, que será
misturada com a carga de craqueamento Cat. O asfalto obtido, depois da oxidação fornece o
betume.
Capitulo II: Processos de transformação térmica das diferentes fracções
do PB.
Introdução:
O craqueamento de HC é conhecido desde dos meados do século 19, mas o seu desenvolvimento
só aconteceu no século 20, com o surgimento dos automóveis.
Em 1914, a primeira guerra mundial orientou o processo de craqueamento térmico para a produção
de Ar (benzeno, Tolueno), necessários para a fábrica de explosivos, e este processo também foi
abandonado no fim da guerra.
A contar desta data, o craqueamento térmico era incapaz de fornecer uma GA com um NO que
exigia os motores desta época.
As reacções de craqueamento térmico podem ser classificadas em dois grupos, dum lado as
reacções primárias ou reacções de iniciação, que provocam o desaparecimento mais ou menos
completo do corpo submetido ao efeito da temperatura, do outro lado as reacções secundárias que
transformam parcialmente ou completamente os produtos formados pelas reacções primárias.
Quando pára-se a alimentação da carga, antes da última etapa (decomposição C-H), encontramos
uma mistura de produtos intermédios (produtos iniciais e finais) não decompostos. A decomposição
desta mistura varia essencialmente em função dos três seguintes parâmetros: temperatura,
temperatura de contacto e a pressão.
As reacções de craqueamento térmico são reacções que formam radicais e tem varias etapas:
1- Iniciação:
Ex: C2H6 2CHº3
2- Propagação:
CHº3 + C2H6 CH4 + C2Hº5
3- Propagação:
C2Hº5 C2H4 + Hº
4- Propagação:
Hº + C2H6 C2Hº5 + H2
5- Ruptura:
Hº + C2Hº5 C2H6
Podemos dizer que com uma temperatura elevada, a velocidade e a percentagem de transformação
aumentam.
1º HC parafinicos:
Geralmente o calor provoca a ruptura de uma ligação C-C, é a reacção primária, acontece uma
formação de uma olefina e uma parafina. A massa molecular da parafina é sempre mais baixa que
a massa da olefina.
Durante a reacção primária, a ruptura da ligação pode acontecer em qualquer posição. A formação
de coque é atribuída as reacções secundárias, envolvendo as olefinas formadas pelas reacções
primárias, para que elas prosseguem com as reacções de desidrociclisação.
2º As Olefinas:
As olefinas com 6 átomos de carbono, em baixas temperaturas fornecem gases saturados; mas nas
temperaturas elevadas, as olefinas gasosas e o H2 formam-se. Esta transformação não provoca a
produção de olefinas; deste modo, o craqueamento térmico de uma olefina fornece uma parafina e
uma olefina mais curta.
Sobre o efeito da pressão elevada, as olefinas podem transformar-se em HC naftenico, e por
desidrogenação, elas podem transformarem-se em Ar. Podemos encontrar na mistura alguns traços
de butadieno, que pode ser um produto intermédio.
3º Os naftenicos:
A estabilidade térmica dos HC naftenicos é intermédia entre a das parafinas e dos Ar.
Sobre o efeito da temperatura elevada, o ciclo naftenico pode igualmente romper-se, para criar
olefinas e diolefinas. O anel pode desidrogenar-se para transformar-se em Ar. Esta reacção pode
prosseguir-se por policondensação, o que pode provocar a formação do coque. As reacções de
isomerização são raramente observadas.
4º Os Aromáticos:
Nas temperaturas relativamente baixas (<500ºC), os HC Ar simples são estáveis. A cima desta
temperatura, surgem as reacções de desidrogenarão e as reacções de condensação entre as
moléculas, o que leva a formação de anéis de cada vez mais complexos, até a formação do coque e
do carbono.
A estabilidade térmica dos Ar decresce com a massa molecular. As cadeias laterais alquiladas são
anéis Ar comportando-se como parafinas.
A natureza química da carga pode ser determinada de maneira aproximada graças ao factor de
caracterização K. Para um K variando entre 12,5 e 15, a carga é dita muito parafinica, quando
K≤10, a carga é dita cíclica.
A natureza da carga pode ser igualmente determinada pelo valor da relação H2/C.
4- Aplicação industrial do craqueamento térmico.
O fenómeno de ruptura das moléculas sobre o efeito da temperatura sempre foi utilizado para
objectivos diversos:
Para a marcha de uma unidade de craqueamento térmico, podemos agir directamente sobre as
duas variáveis independentes, sendo a temperatura e o tempo de contacto.
Reactor
Torre de descanso
Separador
forno
Descrição do esquema:
A alimentação total é aquecida na fornalha até a temperatura de reacção, que pode atingir 480-
600ºC. Ao sair da fornalha, os produtos craqueados entram no grande recipiente chamado câmara
de reacções, onde ele permanece durante alguns minutos para completar as reacções. De seguida
a carga é descansada no separador, onde os resíduos são separados dos outros produtos.
Uma torre de descanso de resíduo, conclui o seu fraccionamento e uma coluna de destilação
completa a instalação. Nesta coluna de destilação obtemos um gás rico em olefinas ligeiras, GA
ligeira não estabilizada e GA pesada. A GA ligeira é estabilizada na coluna de estabilização, onde
obtemos o butano, propano e a GA ligeira.
1º Variáveis operatórias:
Para qualquer tipo de alimentação, existem três variáveis fundamentais, sabendo a temperatura, a
temperatura de contacto e a pressão.
As duas primeiras variáveis (temperatura e temperatura de contacto) tem maior influência sobre a
operação, e elas podem combinar-se em um factor, definido como “a severidade da operação”. Esta
severidade da operação pode ser caracterizada pela conversão ou pela taxa de reciclagem ou ainda
pelo rendimento em gás.
Para o que concerne a pressão, podemos distinguir operações em baixa pressão <10 atm e em alta
pressão.
É observado que por cima de 15 atm, a sua influência já não se faz sentir, salvo no caso indirecto
do aumento do tempo de estadia na zona de reacções.
O processo de craqueamento térmico que é efectuado nos fornos tubulares, pode ser considerado
como um processo em fase mista.
2º Tempo de contacto:
Para uma determinada alimentação, é a combinação dos dois factores que tem uma grande
influência. A temperatura impacta sobre a velocidade das reacções de decomposição ou de
recombinação das moléculas, para os quais é necessário algum tempo para realizarem-se.
Onde: : tº em ºC.
t: tempo de em minutos.
Quando a intensidade aumenta, temos uma produção importante de GA. Quando a intensidade
baixa, a carga transforma-se essencialmente em gás e em coque.
3º Tempo de conversão:
O craqueamento térmico tem com objectivo (em fase liquida), fabricar GA a partir de produtos
pesados; portanto é possível considerar como característica essencial da operação uma taxa de
conversão igual a 100%.
A percentagem de reciclagem representada pela fracção com PI = 221ºC.
A taxa de conversão é igual com a percentagem de produtos obtidos, destilados antes do PI, com
relação ao volume da PM.
A tabela fornece os diferentes produtos ligeiros obtidos pelo craqueamento ma mesma temperatura
t = 425ºC e o mesmo tempo (tempo de contacto = 1h) sobre diferentes matérias-primas. Podemos
observar que a taxa de conversão, para uma determinada temperatura é de cada vez mais elevada,
quando a MP e mais pesada e parafinica; mas industrialmente este tipo de craqueamento com uma
tal carga nunca foi realizado, porque ele fornece muito gás e muito coque.
4º Temperatura:
O craqueamento ao vapor é também chamado “Pirolise”, é um processo ágil, significa dizer que ele
admite todos tipos de cargas. A alimentação ou carga, líquida ou gasosa atravessa primeiro a
fornalha de craqueamento e depois os produtos são rapidamente arrefecidos.
Os produtos líquidos pesados são separados, enquanto que os produtos gasosos são primeiro
comprimidos e tratados e depois separados em principais produtos procurados.
Forno de Pirolise:
O forno de vapo craqueamento é o órgão essencial da indústria, ele deve permitir a obtenção de
temperaturas elevadas em tempo curto. O forno tem sempre a forma de um paralelepípedo com
largura reduzida de grande altura.
Na zona de radiação, os tubos são colocados num plano vertical e expostos ao calor de radiação
fornecido pelos inúmeros queimadores sobre as faces laterais.
FORNO DE STEAM
CRACKING
ENTRADA
SAIDA
Os queimadores deste forno são especiais, com uma chama lisa e permitem um aquecimento
regular. Os tubos do forno são geralmente em aço com um forte teor em Níquel, cromo, o que lhe
permite resistir as altas temperaturas e a corrosão pelo enxofre.
Depois da compressão, os gases são tratados pelo NaOH para atingirem o nível mínimo de acidez
especificado para o etileno.
STEAM CRACKING: PIROLISE
(esquema das operações)
GÁS RESIDUAL
ETILENO
CRAQUEAMENTO E ETANO
AREFECIMENTO
CORTE C2
CORTE C3
FRACCIONAMENTO
PRELIMINARIO
DESBUTANIsADOR
DESPROPANISADOR
ALIMENTAÇÃO
COMPRESSOR
FORNO
TRATAMENTO
AO NaOH
RESIDUO CORTE C4
GASOLINA
Descrição: Estudantes
6- Cocking.
Paralelamente ao coque que só representa 25% do rendimento com relação a carga, obtemos gás
instável, GA com NO baixo e GO ligeiro e pesado, que serve de carga para o craqueamento
catalítico.
O processo de coquefacção pode ser realizado de duas maneiras, ou seja o processo em câmara ou
o processo fluido.
1º Processo em câmara:
PROCESSO EM CAMARA
GÁS
FRACCIONAMENTO
GASOLINA
QUENCH
GASOLEO
CARGA RECICLAGEM
V.A
FORNO
CAMARA DO COKE
A reciclagem que é geralmente a alimentação fria que sérvio ao arrefecimento dos produtos de
coquefacção (quench) é da ordem dos 0,3% (taxa de reciclagem). O rendimento em coque é
directamente proporcional com o teor em carbon coradson na carga. Este rendimento varia entre
30 – 50% para um carbono coradson de 10 – 20%.
2º Processo fluido:
Fumo
Torre de
lavagem
Ciclone
Gasoleo Gás +
legeiro gasolina
Compressor
Turbina
Ciclone de Ar
Ciclone
Coluna de fraccionamento
Camara de
combustão
Reactor
Chama de
arranque
V.A Separador
de coke
V.A
fluido Coke
Coke
V.A
Q
ue
io
Fr
nt
e
Gasoleo Carga
pesado
FABRICAÇÃO DE COQUE:
PROCESSO FLUIDO
Descrição do esquema:
O produto da reacção sai do reactor passando pelos ciclones que retêm as partículas sólidas, de
seguida estes produtos são lavados com o GO antes de ser enviado para a coluna de
fraccionamento.
Uma parte da carga é transformada em coque que deposita-se sobre as partículas de coque
fluidisadas já presentes do reactor.
O equilíbrio do balanço térmico obtém-se fazendo circular o coque entre o reactor e a câmara de
combustão, onde o coque é parcialmente queimado ao contacto do ar.
O coque produzido é subextraido por um separador que o envia finas partículas no circuito.
Os produtos formados na saída do ciclone do reactor passam pela torre de contacto com uma parte
da alimentação e o GO de reciclagem. As finas partículas de coque retidas por esta lavagem são
reenviadas no reactor coma reciclagem.
No topo da torre passam os gases, a GA, o GO ligeiro e pesado que são fraccionados na coluna.
Regeneradores de vapor de água são instalados sobre as extracções laterais e refluxos circulantes
de GO ligeiro e pesado.
Com esta instalação podemos obter rendimentos fixos em coque até 25% em massa para uma
alimentação com índice coradson de 24%.
O rendimento em gás pode ser de 12% e o da GA de 16%. O gás e a GA obtidos são fortemente
olefinicos com 40% de da carga transformada em GO ligeiro e pesado.
Generalidades:
O cat utilizado no craqueamento cat pode ser uma argila natural ou um produto sintético (Alumino-
silicato), que as propriedades físico-químicas podem ser melhoradas e controladas. O Cat é activado
no inicio das operações; mas ao cobrir-se de coque, ele desactiva-se. Para que ele possa
reencontrar a sua actividade inicial, ele deve ser regenerado, esta regeneração consiste na queima
do coque.
Desde 1936, a evolução do processo de craqueamento Cat foi caracterizada por duas tendências:
1º O melhoramento das propriedades do Cat, para obtermos produtos de boa qualidade, com um
rendimento elevado, e um tempo de vida mas longo;
2º O melhoramento das técnicas de utilização do Cat, que levaram-nos aos processos com leito
fluido, passando pelo processo com leito móvel, partindo do leito fixo.
No craqueamento térmico, a perda de electrão que liga os anéis de dois átomos de carbono separa-
se de tal maneira que um electrão fica afixado sobra cada anel (C:C C: + Cº).
a- Formação do carbocatião:
A teoria do carbocatião foi durante muito tempo utilizado para explicar as reacções de alquilação e
de polimerização em baixas temperaturas. Esta teoria pode aplicar-se na ruptura das moléculas de
HC em altas temperaturas e em presença dum Cat. O carbocatião é um produto intermédio
instável, resultando da adição a uma olefina dum protão H+, proveniente do Cat: (H+ + olefina
carbocatião), esta adição acompanha-se duma forte evacuação de calor.
O carbocatião pode adicionar-se a uma olefina para formar um carbocatião mais longo (
).
b- Acção do carbocatião.
Este tipo de ruptura, não permite a formação de olefinas mais curtas que a pirólise. Os
carbocatiões formados isomerizam-se instantaneamente e são craqueados de seguida, formando de
cada vez o propileno e um carbocatião mais curto.
O fenómeno prossegue-se até que o carbocatião já não esteja em condições de separar-se em dois
fragmentos de no mínimo três átomos de carbono para cada um. Neste caso, ele pode alquilar-se
sobre a olefina:
Para formar uma parafina e um carbocatião. Ele pode igualmente perder um protão, que será
restituído ao Cat.
Estas últimas reacções são ditas reacções de trasfega de hidrogénio, podemos dizer que as
propriedades do carbocatião são o resultado das reacções acima; sabendo:
Como para o craqueamento térmico, as reacções são mais fáceis quando a massa molecular e
baixa.
O conjunto das reacções é dividido em dois grupos, dum lado as reacções primárias de ruptura da
molécula e as reacções secundárias, que utilizam os produtos das reacções primárias.
A ruptura da cadeia fechada dos alquilos naftenicos é relativamente fácil com relação a ruptura das
parafinas com a cadeia recta. As parafinas isomerizadas comportam-se como os alquilos naftenicos
com o mesmo número de átomos de carbono terciário. Esta diferença com o craqueamento térmico
é fundamental; formam-se ou duas olefinas ou ainda duas parafinas e uma olefina cíclica.
A desidrogenação dos naftenos em aromáticos existe; mas ela é muito rara. As parafinas formam
muito gás com relação aos naftenos. E estes gases são ricos em ∑ .
b- As olefinas:
As olefinas são mais facilmente separadas com relação as parafinas com o mesmo número de
átomos de carbono e isomerisam-se igualmente com maior facilidade, elas são submetidas de
seguida a uma reacção secundária de polimerização, de saturação e aromatização.
Nos produtos de craqueamento, o teor em olefina nas fracções ligeiras pode atingir 50% e este teor
é praticamente nulo nas fracções pesadas.
c- Os Aromáticos:
O anel aromático é muito estável. Apesar da influência do Cat, este anel não se rompe.
Uma outra diferença essencial com o craqueamento térmico; a separação das cadeias alquiladas
acontecem na base do anel, com a formação de olefina. Os anéis aromáticos podem ser de
seguidas submetidas a uma condensação entre eles, ou ainda com uma olefina para formar
produtos pesados fortemente desidrogenados e o coque.
Os alquilos aromáticos não formam produtos mais pesado que a GA. A cadeia lateral transforma-se
em gás e em GA ligeira, enquanto que o anel aromático constituíra a parte pesada da GA.
a- Acidez:
O Cat de craqueamento catalítico pode ser uma argila natural ou um produto sintético. Nos dois
casos, o carácter ácido de alguns centros chamados “Centros activos” foi comprovado. Destas
medições resultaram que os centros activos do Cat apresentam uma acidez equivalente ao H2SO4 a
90%.
A acidez do Cat aumenta com o seu teor em ilumino e a sua actividade é proporcional a esta
acidez. Observa-se que o silício ou o alumino não apresentam isoladamente um carácter acido; mas
em presença de agrupamento Al-OH e Al-O-Al dum lado, e Si-OH e Si-O-Si do outro, tem um
comportamento ácido por formação do agrupamento Al3+:O:Si4+. Parece que por desequilíbrio
electrónico, acontece um deslocamento de uma dupla de electrões da ligação Al:O em direcção do
átomo de silício vizinho fortemente carregado.
.. .. ..
Si O Al O Si
..
..
..
..
..
..
.. .. ..
O
..
Si
..
..
..
O ião Al fica positivo, ele pode extrair um ião OH- duma molécula de H2O que se encontra nos
arredores, o ião H+ matem-se na superfície do Cat.
O Cat sintético contem até 25% de alumino e tem quando é novo uma grande superfície (600 –
800 m2/g), e o volume dos seus poros pode atingir 0,8 cm3/g.
Portado a 900ºC, ele perde a sua estrutura cristalina. O V.A pode igualmente contribuir para a
desactivação. Esta desactivação é igualmente provocado por alguns minerais ou produtos
orgânicos, podemos citar: os sais de Fe, de Vanadio, de Cu e de Ni.
Para se manter uma actividade adequada do Cat, é necessário que o teor destes minerais na carga
não ultrapassa alguns ppm.
Composição do Catalisador:
Os cat de craqueamento catalítico tem uma composição diferente, em função da sua natureza,
natural ou sintético e as vezes pelo modo de utilização.
Composição Catalisadores
%mass Natural I Natural II Sintético I Sintético Sintético
II II
SiO2 74 53 87 86 87
Al2O3 18 46 12 12 13
MgO 5 - - - -
CaO 3 0,4 - - -
Na2O 0,3 0,1 0,2 0,2 0,02
Fe2O3 2 0,2-0,6 0,1 0,1 0,03
Variáveis operatórias do processo de craqueamento catalítico:
As variáveis operatórias que agem sobre o processo de craqueamento Cat são vários e a maior
parte são interdependente:
1- Natureza da carga,
2- Temperatura;
3- Pressão,
Para o catalisador:
1- Natureza;
2- Actividade,
3- Velocidade espacial, etc…
1º Conversão:
Para uma fracção complexa (um destilado de petróleo), mede-se a quantidade de GA e gás
produzido.
C = 100 – Y
Esta formula não traduz a realidade porque outras transformações ocorreram e tivemos outros
resultados que a formação de gás e GA; mas este parâmetro é cómodo e pode fornecer bons
resultados se fizermos uma correcção, tendo em conta a quantidade de GA contida na carga.
Z: % de GA na carga.
2º Alimentação (carga):
Os HC naftenicos e os parafinicos respondem a este critério; mas estes HC podem ser ligados com
anéis aromáticos que produzem coque.
A alimentação é de cada vez mais refractária ao craqueamento quando a sua massa molecular é
baixa, dum outro lado, para uma fracção muito larga produz muito gás e coque, com relação ama
fracção estreita.
Quanto maior for o teor em aromático, mais a alimentação será refractaria, e produzira mais GO,
resíduo e coque.
Como carga de craqueamento Cat, para além dos destilados directos de petróleo (atmosférico e
S/V), podemos utilizar as fracções GO provenientes do tratamento térmico (Craqueamento térmico,
coquefacção), ou óleo desasfaltado proveniente da instalação de desasfaltação do resíduo de
vácuo.
Dois elevadores com sondas garantem o transporte do Cat a uma altura suficiente para que ele
possa cair por gravidade através do reactor ou do regenerador. Apesar da temperatura elevada, o
funcionamento dos elevadores é perfeito. Todavia, o transporte puramente mecânico limita a
velocidade de circulação do Cat. É por esta razão que os processos com o transporte pneumático do
Cat foram implementados.
O processo (T.C.C) utiliza o ar para o transporte do Cat regenerado da base do regenerador até ao
topo da instalação. O Cat é orientado em direcção de uma grelha, onde ele é separado do ar, e cai
de seguida no reactor, que ele atravessa por gravidade e o reactor situado por baixo. (Fig: 6.10).
No processo Houdrif low, são as fumaças da combustão que servem de gás transportador. O
reactor e o regenerador são situados um por cima do outro.
PRODUTOS
FUMO
REACTORE
REACTORE
REACTORE
1 2 3
Ar
CARGA
1- Generalidades:
A carga típica que alimenta o processo F.C.C é o destilado de vácuo com o PI variando entre 350-
380ºC e o PF 550-560ºC; mas adiciona-se sempre a esta carga outros produtos petrolíferos,
resíduos pesados provenientes de diferentes instalações de tratamento (desasfaltação, extracção de
Ar, coquefacção,…).
O produto mais desejado no craqueamento Cat é a GA, que o rendimento ultrapassa os 50% mass.
2- Características da carga do F.C.C.
As cargas dos F.C.C caracterizam-se por um certo número de produtos que condicionam o
rendimento e a qualidade dos produtos, a velocidade de desactivação do Cat e as condições
operatórias de funcionamento da unidade.
Carga A B C D
Destilado Destilado Destilado Destilado
Características
Destilado 0,937 0,913 0,939 0,926
KUOP 11,67 11,91 11,86 12
Pt de anilina 79 87,4 90,8 97,8
Massa molecular 458 450 612 510
Ind de Conradson 0,76 0,67 5,6 4,2
Enxofre (% mass) 2,20 0,90 0,90 0,35
Azoto (ppm) 1500 1400 2400 1000
Azoto básico (ppm) 425 455 688 335
Níquel (ppm) 1,1 0,1 4 4
Vanádio (ppm) 1,5 0,4 11 5
H2 (%mass) 11,86 12,42 12,42 12,43
Destilação TBP (ºC)
5% 358 340 370 347
10% 384 363 363 378
30% 439 403 455 448
50% 476 443 508 506
70% 509 496 577 566
90% 549 571 695 692
95% 566 615 719 733
Viscosidade a 100ºC (mm2/s) 10,3 8,3 25,5 24,8
A propriedade mais simples que influencia directamente o rendimento é a densidade da carga, ela
indica para um intervalo de destilação o grau de saturação das moléculas. Deste modo, uma baixa
densidade caracteriza um forte teor em hidrogénio, o que traduz a possibilidade da carga de se
transformar facilmente em produtos desejados: a GA e o GPL. Em contra partida, uma densidade
elevada caracteriza uma carga rica em Ar, o que traduz uma resistência da carga ao craqueamento
e a possibilidade de formar fracções pesadas aromatizadas: o GO e o slurry.
Estas características podem ser igualmente determinadas pelo ponto de anilina. Alguns produtos
caracterizam o grau de poluição da carga, eles influenciam o balanço térmico do processo e a
estabilidade do Cat. Estas características são o índice de conradson, que é o índice principal da
presença de resíduo.
Geralmente, um índice de conradson elevado indica um aumento do resíduo sólido e em metais tal
como o níquel e o vanádio.
Carga A B
Destilado Destilado
Produtos
H2S (% mass) 0,80 0,38
Hidrogénio (% mass) 0,23 0,23
Metano (% mass) 1,04 0,79
Etano/etileno 2,86 2,09
Propano 1,30 1,10
n-butano 0,60 0,80
i-butano 1,20 1,68
n-buteno 4,00 4,38
GA l (C5 – 160ºC) 32,20 33,90
GA P (160-221ºC) 10,20 13,90
GO l (221-350ºC) 18 16
GO P + slurry (+350ºC) 17,40 14,60
Coque 4,87 4,40
4- Características de produtos:
O balanço térmico depende das características da carga tratada, deste modo, para uma carga de
baixo carbono conradson (destilado S/V), o rendimento em coque é muito baixo. Para o equilíbrio
do balanço térmico da unidade, a energia deve ser fornecida ao sistema por uma fornalha de pré-
aquecimento da carga, em contra partida, para uma carga com uma quantidade mais ou menos
importante de resido, a energia disponível para a combustão do coque pode ser muito importante,
e necessitar a extracção de calorias, para tornar o processo realizável.
É a quantidade de Cat em circulação que controla para uma determinada carga a severidade das
reacções de conversão.
b- Reactor e regenerador:
No processo de FCC, o reactor é constituído de vários elementos com funções bem distintos.
O reactor é de facto uma tubagem em posição vertical com o diâmetro interno de 1 mm, na base
da qual o Cat muito quente encontra-se entre 680-750ºC.
A maior parte das instalações de craqueamento com leito fluido funcionam em combustão total do
coque, é portanto necessário de prever um excesso de ar, representada por uma presença de
oxigénio na fumaça, equivalente a 1,5-2,0% volumétrico de O2.
O cat desgastado, estadia geralmente menos de 10 min no regenerador e regressa ao reactor com
um teor em carbono conradson menor a 0,1%. As finas partículas de cat arrastadas pelas fumaças
são retidas por duas etapas de ciclones antes da saída das fumaças do regenerador.
Capitulo IV: Reforming (reformagem) catalítico.
Introdução:
Actualmente encontramos na maior parte das refinarias uma instalação de reforming Cat, ela serve
para produzir a partir do corte da nafta de destilação directa do PB uma GA com NO elevado e BTX.
Esta instalação produz igualmente H2, necessário para a maior parte das instalações de
hidrorefinação, hidrocraqueamenro, isomerização, etc…
Objectivo do processo:
Exemplo de carga:
Composição
Carga A P (%mass) N (%mass) Ar (%mass)
C5 - - -
C6 5,49 2,30 0,41
C7 16,83 5,80 3,18
C8 21,38 8,27 6,80
C9 17,26 5,95 3,08
C10 2,59 0,63 -
Carga B
C5 0,16 0,27 -
C6 3,31 5,78 0,20
C7 6,13 14,24 1,20
C8 9,79 14,47 3,54
C9 3,79 17,14 4,29
C10 3,89 11,17 0,88
As propriedades da carga podem ser resumidas desta maneira, deste modo, o NO será de 50 para
uma carga parafinica e de 66 para uma carga naftenica, a massa molecular na ordem de 115, o PI
na ordem de 90ºC e o PF 150ºC.
Transformações realizadas:
Uma analisa mais profunda pode ser feita considerando o NO dos HC com 7 at de carbono. Só as
parafinas e as olefinas muito próximas e os Ar tem valores de NO satisfatórios, as normais parafinas
lineares tem um NO baixo e os naftenos tem um NO muito baixo. O NO das parafinas decresce na
medida em que o número de at de carbono aumenta. Só as misturas com 4 a 5 at de carbono
fornecem valores correctos, o valor para os Ar mantêm-se elevado seja qual for o número de
carbonos, o que é previsto no esquema abaixo (4.1).
Propriedades Definições
1- Actividade: É a capacidade do cat em activar as transformações
duma carga em produtos, ela exprime-se em Kg de carga
convertida por Kg de cat por hora e em % de carga
convertida. Ela pode exprimir-se igualmente em
moléculas-gramas de carga transformada por g de cat
por segundo e igualmente em moléculas-gramas de
carga transformadas por m2 de cat por sec. Ela pode
exprimir-se em moléculas da carga transformada por
centro activo por sec.
Todos os catalisadores do reforming cat são derivados da platina (Pt) sobre o alumino clorado. O
cat é do tipo bi-funcional, constituído por um metal sobre um suporte ácido e esta associação traz-
nos:
Este cat clássico do reforming cat tem as seguintes características: (Cat Pt/Al2O3).
Os primeiros cat bi-metalicos foram substituídos, eles eram constituídos pela Pt associado com
outro metais, dentre os quais o irídio Ir, o renhiu Rh, o Sn e o Ge, eles permitiram a obtenção de
ciclos aceitáveis.
Actualmente utiliza-se cat em Pt/Rh no processo semi-regenerativo e Pt/Sn no processo com leito
circulante.
Para um melhor reconhecimento das transformações do reforming Cat, é necessário definir o ponto
de partida e de chagada.
No princípio nos temos uma fracção de GA pesada que pode ser C6 – C7 de 180ºC. Esta fracção de
GA é composta de HC parafinicos, naftenicos e Ar na ordem decrescente para o número de átomos
de carbono deste componente, conforme a figura (**). Em função do número de carbonos, o ponto
de chegada é uma fracção a base de GA, que é destinada a ser misturada com outras fracções para
termos uma fracção de GA que responde a especificações comerciais. A GA obtida pelo reforming
tem o nome de reformado. Exige-se um NO mais elevado que possível, com um rendimento
igualmente elevado. O melhor reforming Cat será aquele que permitira de obter valores mais
elevados para o que concerne o NO. Os Ar constituem os elementos com NO mais elevado. Estes Ar
constituem a parte pesada da GA. Em função do gráfico podemos observar o NO em função do
número de carbonos para cada tipo de HC, ele permite de acompanhar o melhoramento do NO
para cada tipo de reacção. Para as parafinas, o NO diminui rapidamente com o aumento do número
de at de carbono; mas as estruturas isomerizadas têm um NO relativamente elevado. A
isomerização das parafinas lineares é uma transformação interessante.
1- Intervalo de destilação:
Teoricamente, todas as fracções entre C5 – 215ºC podem ser consideradas como cargas para o
reforming cat; mas algumas dificuldades em transformar os HC ligeiros (C5 – C6) na RC levam-nos a
preconizar um ponto inicial da carga acima de 80ºC.
O PF da carga tem uma grande importância e varia em função dos países. Tendo em conta que o
PF do reformado é na pratica de 10 a 30ºC maior que o PF da carga, o que leva-nos a afixar o PF
da carga entre 170 – 180ºC, isto afim de obtermos uma GA comercial com o PF≤205ºC.
Tº
M ADO
OR
M REF
AST
A
CARG
ASTM
% VOL
2- Composição da carga:
Para RC, utiliza-se dois tipos de cargas; carga naftenica e carga parafinica.
Nº de at de C n-p i-p P O N A
4 0,57 - 0,57 - - -
5 1,51 2,37 3,88 0,1 0 0
6 1,69 3,97 5,66 0,16 0,19 2,34
7 2,5 8,42 10,92 0,35 0,4 14,16
8 1,16 4,91 6,07 0,44 0,34 26,28
9 0,26 1,04 1,3 0,08 0 21,08
10 0,07 0,28 0,35 0 0 4,76
11 0 0,02 0,02 0 0 0,55
As reacções do RC são endotermicas, a instalação de RC contem três reactores entre os quais uma
fornalha permite de elevar a temperatura que baixa devido as reacções
A unidade contem uma reciclagem de hidrogénio reaccional, que uma parte é eliminada porque o
processo é globalmente produtor de hidrogénio.
RECICLAGEM DE H2
PURGA DE H2
R1 R2 R3
CARGA
F1 F2 F3
REFORMADO
Para além destes aparelhos (reactor e fornalha) que representam o coração da instalação, algumas
unidades anexas são destinadas a permitir uma boa utilização dos catalisadores e a compensar
alguns defeitos.
Actualmente existem dois tipos de instalações de reforming catalítico; a instalação com leito fixo ou
semi-regenerativo e a instalação com leito móvel ou fluidizado.
A instalação com leito fixo exige uma paragem da unidade para a regeneração do catalisador. Ela é
composta de três principais secções;
A carga bombeada é misturada com o H2 de reciclagem antes de ser enviada para a fornalha da
secção de pré-tratamento. Antes de entra no reactor, acrescentam-lhe mais H2.
Ao sair do reactor, os produtos passam pelo balão separador, onde são separados os gases, e a
carga pré-tratada passa na coluna de rectificação, para ser ajustado o PI.
Do fundo da coluna de rectificação sai a carga misturada com H2 de reciclagem, e é aquecida pelos
produtos que provenientes do último reactor, atinge deste modo a temperatura de 350ºC antes de
chegar na fornalha.
Ao sair da fornalha, com uma temperatura de 510ºC, a carga entra no reactor R1. Do reactor R1, os
produtos saiem com uma temperatura de 480ºC e penetram na fornalha F2,e entram de seguida no
reactor R2. Os produtos de R2 entram na fornalha F3, os produtos que saiem de F3 entram no ultino
reactor R3.
Os produtos que saiem do reactor R3 são enviados no balão separador depois de uma
arrefecimento.
Ao saírem do balão separador (no fundo), entram na coluna de estabilização, onde no topo são
extraídos os gases (C4) e no fundo sai o reformado estabilizado.
A instalação de reforming catalítico com leito móvel ou circulante utiliza três reactores, uma sobre
outra, e o catalisador é regenerado de maneira contínua.
O reactor R1 é alimentado em A com o catalisador, com a carga fresca e com H2. Ao sair deste
reactor em B, o catalisador desce no reactor R2 através de tubos estreitos. Esta concepção do
reactor permite aos produtos gasosos de seguirem o caminho B,G,C, passando pela fornalha e
penetram em C no segundo reactor R2. Ao saírem em D, os produtos seguem o caminho D,H,E,
passando pela fornalha. Ao saírem do último reactor R3, os produtos da reacção fazem o pré-
aquecimento da carga e vão para a secção de separação.
R1
B
G
C
R2
D
H
E Para o
Separador
R3
Catalisador F
Regenerado
Hidrogenio reciclado
Eliminação de
Catalisador depois do
catalisador
funcionamento
desgastado
CARGA
Introdução.
A isomerização pode ser feita de maneira térmica ou catalítica; mas actualmente todos processos
de isomerização na escala industrial são catalíticos.
Actualmente são transformados os pentanos e os hexanos de estrutura linear com NO baixo em i-C5
e i-C6 com um NO elevado.
Para o nC5.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
HC NOR NOM
i-C4 100 99
n-C4 94 89,1
i-C5 92,3 90,3
n-C5 61,3 61,7
dimetil-2, 2 C4 93,4 91,8
dimetil-2, 3 C4 100,5 94,3
metil-2 C5 73,5 73,4
metil-3 C5 74,5 74,3
n-C6 26 24,8
dimetil-2, 2 C5 93 92,8
dimetil-2, 3 C5 91,1 89
dimetil-2, 4 C5 82 83,1
dimetil-3, 3 C5 84 80,8
metil-2 hexano 45 42,4
etil-3 pentano 55,8 65
trimetil-2, 2, 3 69,3 101
C4 0 0
n-C7
A reacção de isomerização é uma reacção fracamente exotérmica. É uma reacção equilibrada que
efectua-se sem variação do número de mole, portanto não é sensível a variação da pressão.
Na pratica, os isómeros mais interessantes do ponto de vista do NO são favorecidos por baixas
temperaturas.
É portanto necessário de trabalhar na temperatura mais baixa possível a fim de obtermos o máximo
de isómeros com NO elevado; o que implica que os catalisadores mais procurados para esta
reacção devem ser suficientemente activos para trabalharem na temperatura mais baixa possível.
Eles devem ser muito ácido para permitir a formação e a isomerização dum carbocatião intermédio
reaccional.
Quatro tipos de catalisadores sucederam-se desde 1933, onde foi demonstrado que o hexano e o
heptano podiam ser isomerizados pelo “AlCl3”;
Estes catalisadores apresentam uma actividade muito elevada em baixa temperatura 80 – 100ºC;
mas estes cat são difíceis de se activar e são muito sensíveis as impurezas da carga e podem
provocar a corrosão dos aparelhos.
2- Segunda geração:
3- Terceira geração:
São cat bifuncionais visinhos dos cat da segunda geração; mas eles desenvolvem uma acidez
elevada por halogenação do suporte pelo (Cl ou F), que é constituído pelo alumino (suporte), o que
permite-lhes de desenvolver uma acidez elevada a uma temperatura de 120 – 160ºC. Estes cat
necessitam todavia dum pré-tratamento da carga porque são muito sensíveis aos venenos e as
moléculas de água. A utilização também e difícil, eles provocam a corrosão. Esta corrosão deve-se a
injecção de cloro em continuo na carga durante a reacção a fim de se manter a acidez.
4- Quarta geração:
São cat zeolitos bifuncionais permitindo de trabalhar com temperaturas médias de 250 – 270ºC,
eles apresentam a vantagem de serem fáceis de meter em funcionamento. Eles são resistente aos
venenos tal como o enxofre, o que evita o pré-tratamento da carga.
RECICLAGEM DE HCl
HCl
Produtos
RECICLAGEM DE H2 Recuperação de isomerizados
Fraccionamento
SEPARADORES
CARGA
HCl
REACTOR S1 S2
AlCl3
RECICLAGEM DE n-parafinas
LAMA ACIDA
Nas instalações petrolíferas nos interessamos na isomerização das fracções ligeiras da GA (C5 e C6).
Esta isomerização realiza-se em instalações diferentes; mas sempre em dois principais esquemas e
sempre em presença de H2.
Trata-se dum processo que utiliza como cat o AlCl3 (figura acima), e o esquema do processo utiliza
um cat a base de metal.
Os reactores são reactores de contacto onde desenvolvem-se a reacções. Antes da sua chegada no
reactor, a carga é misturada com o HCl de reciclagem e H2 de reciclagem. A GA é posta em
contacto com o cat proveniente da S1.
C4 e + n- Parafina H2
leves i-Parafina
RECICLAGEM DE H2
CARGA
SECÇÃO DE
FRACCIONAMENTO
SEPRARADOR
FORNALHA
i- Parafina + n-Parafina
A isomerização catalítica em fase vapor é realizada para tratar os HC parafinicos C5 e C6, ela é
constituiu um desenvolvimento lateral dos catalisadores do reforming catalítico, com o qual ele tem
as mesmas características.
VI.1-Introdução:
Os motores dos aviões, de cada vez mais potentes, exigem a produção de GA de aviação com NO
de cada vez mais elevado.
Desde 1930, diferentes processos de alquilação foram desenvolvidos. Sistemas catalíticos a base de
AlCl3 (cloreto de Al) foram utilizados para alquilar o i-C5 pelo etileno, o que fornecia alquilados ricos
em dimetil-2,2 hexano e o dimetil-2,3 hexano.
A formulação das GA´s deve ter em conta no futuro das seguintes restrições:
Para termos GA´s que respeitam estes critérios, devemos recorrer a outro compostos e não os Ar,
sendo os alcanos fortemente ramificados e compostos oxigenados.
A alquilação constitui uma base para combustíveis que podem responder ao conjunto destes
critérios de GA reformuladas. De facto elas são constituídas por i-parafinas fortemente ramificadas
e o teor em Ar e olifinas é muito baixo.
A seguite tabela mostra a composição dos alquilados industriais obtidos por oxidação do i-C4 com
fracções de C4 olefinicas.
VI.3- composição típica duma carga utilizada para o processo de alquilação proveniente
do processo FCC.
Para este tipo de catalisador, existem dois tipos de alquilação; são os processos “Stratco” e
“Kellog”. Estes processos têm pontos comuns:
1- Uma zona de reacção, onde uma emulsão acido e HC é formada e onde a reacção de
alquilação ocorre;
2- Uma zona de decantação das duas fases ácida e HC; o ácido é reciclado para o reactor, a fase
HC é enviada para a zona de fraccionamento;
3- Uma zona de separação i-C4, n-C4, e alquilado, o i-C4 é reciclado na entrada da zona de
reacção.
A taxa elevada de reciclagem interna da emulsão permite de garantir uma boa diminuição das
olefinas no volume reaccional e de controlar a temperatura da emulsão que não deve ultrapassar
1ºC.
O reactor é horizontal, a mistura das duas fases é realizada utilizando turbinas. A reacção ocorre
quase espontaneamente quando a fase ácida e HC encontram-se durante a passagem pela
turbina.
Produto para
o separador
Arrefecedor HC
Ac
Hélices
Motor
Arrefecedor Purga
CARGA
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
SEPARADOR
C3
DESPROPANISADOR
REACTORES
RECICLAGEM DE I-C4
PARA O TRATAMENTO E
DESRILAÇÃO
RECICLAGEM DE I-C4
Este processo utiliza um reactor evaporador que apresenta-se sobre a forma dum balão horizontal
dividido em vários compartimentos, equipados de agitadores.
O H2SO4 é introduzido do mesmo lado e passa por transbordamento dum compartimento ao outro.
A mistura carga/i-C4 é dividida em varia partes iguais, e são introduzidas em paralelo em cada um
dos compartimentos. 1/3 do reactor constitui uma ou duas zonas de decantação, a temperatura das
diferentes etapas é controlada pela evaporação do i-C4. A velocidade da reacção das olefinas sendo
muito rápida, o faz que elas não se encontram na fase gasosa.
O teor em i-C4 sendo a mais elevada na primeira etapa, a pressão será portanto a mais elevada
(1,4 – 1,75 bar); e a pressão da última etapa é a mais baixa (0,35 – 0,84).
O tempo de estadia na zona de decantação varia entre 30 – 50 min. Praticamente todo acido da
zona de decantação é reciclado.
Comparando com o primeiro processo (Stratco), o reactor evaporador apresenta duas principais
vantagens:
Generalidades:
O petróleo e as fracções petrolíferas são misturas muito complexas, onde ao lado dos HC,
encontram-se outros compostos contendo enxofre, azoto, oxigénio e metais pesados tal como o Hg,
o Ni, e vanádio. Estas impurezas são nocivas para a qualidade dos produtos petrolíferos, por razão
de poluição, de cheiro ou de estabilidade.
Dentre vários processos utilizados para a eliminação, são actualmente processos catalíticos em
presença de H2 que são mais utilizados.
Objectivo:
O processo de hidrorefinação tem como objectivo essencial a ruptura das ligações C-S, C-O e C-N, o
que conduz-nos na formação de H2S, H2O e NH3.
Os processos de hidrorefinação que servem para melhorar a qualidade dos produtos acabados e os
processos que servem para a preparação das cargas para outros processos de refinação.
Este processo serve para diminuir o teor em Ar e para reduzir consideravelmente o teor em
mercaptanos e em enxofre. O processo tem igualmente como objectivo de melhorar o ponto de
fumo.
2- Hidrorefinação do GO.
Os catalisadores de hidrorefinação são constituídos por alunino poroso sobre o qual são depositados
os óxidos metálicos. Estes transformam-se rapidamente na unidade em funcionamento em sulfito
metálico, que são espesses químicos activos que favorecem as transformações desejadas.
Os metais dos óxidos utilizados são diferentes em função do tipo de reacção principal procurado.
Eles são geralmente utilizados por pare; são mais utilizados:
As quantidades de catalisador utilizado dependem das dificuldades que apresentam s reacções. Elas
são maiores em dessulfuração para as cargas pesadas com relação as cargas ligeiras.
O principal veneno dos catalisadores é o coque, que não deixa de se depositar progressivamente
sobre a superfície. Como é o caso do reforming catalítico, deve-se prever regularmente
regenerações para eliminar este coque por queima controlada.
VII.3- Funcionamento do processo:
GÁS ACIDO
RICO EM H2S
REACTOR
SECÇÃO DE PRODUTOS
SEPARAÇÃO LIGEIROS
FORNALHA
PRODUTO
HIDROREFINADO
GÁS RICO EM
CARGA HIDROGENIO
A carga é misturada com o gás rico em H2 depois levado até a temperatura reaccional pelo
permutador e depois pela fornalha.
Ela passa de seguida no reactor, no estado vapor por um corte ligeiro, em mistura líquida–vapor se
for um corte pesado. A exotermicidade das reacções provoca uma elevação da temperatura e pode
ser necessário para alguns casos de se prever um “quench” com um fluido frio para arrefecer a
mistura.
Na saída do reactor a mistura obtida é arrefecida, depois separada, o que permite de separar:
I-1 Introdução.
Os óleos lubrificantes são fracções petrolíferas viscosas com alto ponte de ebulição
obtidas a partir do resíduo atmosférico na coluna sob vácuo.
Óleos destilados (destilados base ou óleo base ou ainda corte base), “Spindel”.
Óleos residuais, obtidos a partir da desasfaltação do “Bright stock” no processo
da desasfaltação ao propano.
Óleos mistos; obtidos por mistura dos dois primeiros.
Óleos industriais.
Óleos para cilindros.
Óleos isolantes.
Óleos para turbinas.
Óleos para cortes.
Óleos motores.
Óleos especiais.
1º Óleos industriais:
3º Óleos isolantes:
Para o trabalho de metais; tornos automáticos. Estes óleos são utilizados sobre duas
formas:
Directamente.
Em forma de emulsão.
6º Óleos motores.
7º Óleos especiais.
• Óleos de Verão: SAE 20, SAE 30, SAE 40, SAE 50, SAE 60.
Estes óleos são caracterizados duas viscosidades, medidas a 100ºC.
SAE 30:
• Óleos de Inverno (winter): SAE 0W, SAE 5W, SAE 10W, SAE 15W, SAE
20W, SAE 25W.
Estes óleos são caracterizados duas viscosidades em baixa temperatura:
Ex:
Os óleos para o verão e para o inverno são chamados monograduados, porque são
utilizados só numa estação climática.
SAE 20W50: para todos tipos de motores e para todo ano mesmo até -10ºC.
SAE 15W50: utilizado essencialmente nos países com um clima frio como na
Europa.
SAE 10W50: utilizado para todos tipos os motores.
Óleo multiviscoso I.V mínimo
SAE 5W20 146
SAE 10W30 145
SAE 20W40 113
SAE 15W30 205
SAE 10W40 169
SAE 10W50 190
SAE 20W50 133
• Óleo motor ou óleo ordinários (regular oils). Óleos não inibidos e não
detergentes.
Ex: óleos sem aditivos.
• Óleo para serviços severos (heavy duly oil), óleos sem aditivos anti-
oxidantes, dispersante e detergente.
Os óleos sintéticos são de aplicação muito rara, em razão de seu elevado custo, e são
utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não têm actuação eficiente.
Os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo obtidos em
larga escala a partir do petróleo.
Grande parte dos óleos lubrificantes automotivos utilizados actualmente são obtidos a
partir do petróleo ou produzidos em fábricas de química fina sintética. Às matérias-
primas, com características lubrificantes obtidas através do refinamento do petróleo ou
das químicas, damos o nome de bases lubrificantes.
1º Óleos minerais.
Os óleos minerais são substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua
estrutura molecular, são classificados em óleos parafinicos ou óleos nafténicos e
aromáticos.
2º Óleos vegetais.
Os óleos vegetais normalmente utilizados são: óleo de coco, óleo de oliva, e óleo de
sementes.
Os óleos vegetais são extraídos de sementes nomeadamente: soja, girassol, milho,
algodão.
3º Óleos animais.
Os óleos animais são extraídos de animais nomeadamente de: baleia, cachalote,
bacalhau, capivara, foca e porco.
4º Óleos sintéticos.
Os óleos sintéticos são produzidos nas indústrias químicas que utilizam substâncias
orgânicas e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones,
ésteres, resinas, e glicerinas. Estes óleos estão em contínuo desenvolvimentos,
utilizados apenas em casos específicos.
6º Óleos mistos.
São misturas de óleos graxos, com óleos minerais. Essas adições são de até 30% e
têm por finalidade conferir ao lubrificante maior oleosidade e também facilidade de
emulsão em presença de vapor de água.
Baixa densidade.
Variação da viscosidade em função da temperatura relativamente baixa,
portanto o VI é muito elevado (perto de 100).
Baixa volatilidade.
Baixo poder solvente. Isto traduz-se por um ponto de anilina relativamente
elevado (80-85ºC).
Tendência parafinica:
Tendência naftenica:
Os naftenos com alguns ciclos por molécula e com algumas cadeias parafinicas longas
são compostos desejáveis nos óleos lubrificantes; eles têm as seguintes características.
-C-C-C-C-C-C-C-C
-C-C-C
Tendência aromática:
-C-C-C
Resistência a oxidação.
A viscosidade e a sua variação em função da temperatura.
Mobilidade em baixas temperaturas.
1-Resistencia a oxidação.
2º Os ácidos.
Os ácidos que resultantes da oxidação dos óleos são ácidos orgânicos e o fenol.
Ac cetonicos e carcoxilicos
Fe + H2O + ½ O2 → Fe (OH) 2
Fe (OH) 2 + R – COOH → (R- COO)2Fe + H2O
Os sais formados são insolúveis nos óleos e depositam-se por todo lado (filtro, tubos,
metal).
Os produtos obtidos por condensação (carboidos, carbenos) tem tendência de impedir
o funcionamento do sistema de lubrificação e conduzem ao desgaste das peças. A
oxidação é acelerada em altas temperaturas e em presença de catalisador.
Consume de reactivos
As pesquisas mostraram que com uma baixa quantidade de reactivos (slv), podemos
extrair compostos instáveis, e obtemos um óleo estável a oxidação. Au aumentarmos a
quantidade de reactivos (slv), podemos extrair compostos que diminuem
(enfraquecem) a estabilidade dos produtos finais da oxidação.
Durante a mistura dos óleos, estão presentes compostos que reduzem a oxidação dos
principais HC, em contra partida existem nos destilados do petróleo compostos
susceptíveis a uma oxidação fácil (ex: os não saturados).
Deste modo, os Ar mais desejados nos óleos são os Ar policiclicos com cadeia
parafinica lateral curta.
2-Viscosidade.
1º HC parafinicos.
2º HC cíclicos:
A viscosidade dos HC cíclicos naftenicos e Ar é mais elevada que a dos parafinicos. Ela
é determinada em função da estrutura cíclica e dos derivados alquilos.
Ex:
-CH2-CH3
Para apreciarmos os óleos de boa qualidade, existem propriedades com o IV. O índice
de viscosidade é a variação da viscosidade em função da temperatura.
HC parafinicos.
O IV é mais elevado para os HC parafinicos com a cadeia lateral linear e diminui
com o aumento das ramificações, ele diminui também em função do grau de
ramificação.
HC naftenicos.
O IV aumenta com o aumento do comprimento da cadeia lateral, e diminui com
as ramificações da cadeia, diminui também quando o numero de ciclos e
elevado.
Ex: IV dos derivados naftenicos.
A
0 t1 t2 t
Deste modo, para obtenção dum óleo de boa qualidade, com um IV bom, devemos
eliminar os seguintes HC.
Os corpos asfálticos, as resinas, os Ar e os nefteno-aromaticos policiclicos com
a cadeia alifatica curta.
• Ponto clarão;
• Ponto de congelação;
• Poder coqueficante;
• Índice de acidez;
• Untuosidade;
• Detergência;
• Densidade;
1º Ponto clarão.
É a temperatura na qual os vapores de hidrocarbonetos em contacto com o oxigénio
do ar formam uma mistura que na presença de uma fonte de inflamação acende e
apaga instintivamente.
2º Ponto de congelação.
O ponto de congelação de um óleo mineral é a temperatura mais baixa a que ele
escorre ou flui quando arrefecido em condições determinadas. Quando um óleo é
arrefecido lentamente e em repouso, as parafinas que contém principiam a cristalizar,
o que turva o óleo, e a separar-se da solução, com o aspecto de uma malha rígida
constituída por cristais que se ligam entre si, formando pequenas bolsas, onde o óleo
fica retido. Quando a formação de cristais se torna suficientemente extensa, o óleo
deixa de escorrer.
3º Poder coqueficante.
Determina o teor em resinas e hidrocarbonetos policíclicos, presentes no óleo
lubrificante.
4º Índice de acidez.
Determina o teor em ácidos naftênicos que causam a corrosão, o que diminui a
resistência a oxidação.
5º Untuosidade.
Tem a propriedade de formar uma camada aderente na superfície das peças, esta
camada reduz o desgaste da peça durante o arranque a frio.
6º Detergência.
Esta apresenta a propriedade de limpar os depósitos carbunculosos e os pontos de
congelação.
7º Densidade.
Densidade de uma substância é a relação existente entre o peso de um determinado
volume de matéria e o peso de igual volume de água medidos à mesma temperatura.
Na prática os métodos mais vulgarizados para determinar a densidade utilizam
hidrómetros ou picnómetros.
Gasolina e Gas
GO
EXTRACAO DE AROMATICOS
HIDROTRATAMENTO DE
DESTILACAO A VACUO
Kerosene Destilado 1
MISTURA E ADITIVOS
DESPARAFINACAO
- MEC - TOLUENO
ACABAAMENTO
- FURFURAL
GO ligeiro Destilado 2 OLEOS
BASE
GO pesado Destilado 3
DAO
PETROLEO
BRUTO
Residuo
de
vacuo
Parafinas e
Extrato(Ar)
DESFALTAÇÃO AO
ceras
HIDROTRATAMENTO
Parafinas
Residuo PROPANO
e ceras
atmosferico
Asfaltos
A destilação sob-vácuo permite a obtenção de destilados bases numa coluna
sob-vácuo a partir do resíduo atmosférico.
A extracção de Ar permite a obtenção de óleos bases com um IV alto.
A desparafinação em baixas temperaturas permite a obtenção de óleos bases
com um baixo ponto de congelação.
O tratamento de acabamento permite a obtenção de óleos limpos, claros e
estáveis a oxidação.
A desasfaltação ao C3: Depois da eliminação do asfalto, obtemos um breu
desasfaltado chamado DAO (dasasphaltisat oil: brigth stok).
Capitulo II: Desfaltação ao propano.
O etano precipita não só o asfalto mas também uma boa parte do óleo (HC
com alto peso molecular).
A vantagem de utilizar o etano, é que o óleo obtido contém o mínimo de carbono
conradson, e o inconveniente é que o rendimento em óleos desasfaltados é baixo,
o que conduz-nos a não utilização do etano.
a-Propriedades do C3 liquefeito.
Para uma MP com baixo teor em corpos resinosos e com teor elevado em parafinas
oleosas, a relação Slv/carga é mais elevada (8/1). Se a carga tiver um teor elevado em
compostos asfálticos-resinosos, a relação Slv/carga e mais baixa (4/1).
2º Temperatura do processo.
Com o C3, acima de 40ºC, o poder solvente para o óleo diminui na medida em que a
temperatura for aumentando. A proporção de asfalto precipitado aumenta enquanto a
do óleo desasfaltado diminui; portanto, deve-se utilizar uma determinada quantidade
de slv em temperatura moderadas.
80 82
39ºC
52ºC
Óleo desasfaltado %
70 77
60
71
52ºC
asfalto
50
65
40
60
80ºC 65ºC
30
55
65ºC
20 49
80ºC
10 43
2 4 6 8 10 12 14 16 18
2 4 6 8 10 12 14 16 18
Em função do gráfico [1], podemos ver que a % de óleo desasfaltado é de cada vez
mais baixa quando a temperatura da mistura eleva-se. E do outro lado, no gráfico [2],
o ponto de amolecimento do asfalto precipitado é de cada vez mais baixo quando a
temperatura da mistura eleva-se.
100
90
% de asfalto precipitado
80
70
60
50% C3 + C4
50
Butano
Pentano
Etano
40
30
20
10
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Este gráfico ilustra relação entre o peso molecular do HC utilizado como slv e a % de
asfalto precipitado na mesma Ti com a mesma relação slv/carga.
MOTOR
ZONA DE
ALIMENTACAO
ZONA DE CONTACTO
Desasfaltador (Altura 7-10m)
Diametro (2,4; 2,6; 3,4; 3,6m)
Distancia entre os Discos (0,3m)
PROPANO
TAMIS MOLECULAR
ASFALTO
a- Principio de funcionamento do contactor com discos rotativos (RDC)
A desasfaltação ao propano é realizada por um contacto em contra corrente, numa
coluna com agitadores rotativos chamada contador com discos rotativos.
A agitação mecânica permite de manter dispersa a fase dispersada e de distribui-la em
todo volume da coluna.
O RDC é composto de uma coluna vertical, no qual gira um arco vertical portador de
discos horizontais. A rotação destes discos dispersa uma fase na outra, e a dispersão
das gotas depende da velocidade de rotação.
Os contactores com discos rotativos são frequentemente utilizados, porque permitem
atingir rendimentos elevados na ordem dos 75 a 95%.
Existem dois tipos de desasfaltação ao C3.
DAO I DAO II
V.A
R/A
Out
C3 C3
Asfalto
Asfalto
Os produtos desasfaltados da segunda etapa são mais aromatizados (40 – 52% de Ar)
em comparação com os produtos da primeira etapa (20- 25% de Ar).
Características Petróleo
Sulfuroso e resinoso Baixo teor em S e
resinas
1ª Etapa da desasfaltação
Carga: Resíduo S/V
Densidade 0,99 – 1,1 0,95 – 0,956
Carbon conradson %mas 16 – 20 8 – 10
Pt de amolecimento (ºC). 37 – 38 8 – 10
Relação C3/carga (em vol) 5 – 7,1 5 – 7,1
TºC dos xt na coluna (ºC)
o Parte 62 – 63 55 – 58
o Parte> 75 – 85 75 – 80
Óleo desasfaltado:
Rendimento em %vol 26 – 30 50 – 55
(cSt) 19 – 22 20 – 22
Carbon conradson %mas 0,8 – 10 0,7 – 0,8
Asfalto:
Pt de amolecimento ºC. 51 – 53 31 – 36
2ª Etapa da desasfaltação:
Carga: Asfalto da 1ª etapa
Relação C3/carga (em vol) 6–7 10 – 11
TºC da sln na coluna ºC
o Parte 50 50
o Parte> 72 – 76 65
Óleo desfaltado:
η(%) / em asfalto 11 – 16 12 – 13
cSt 4,3 – 6 4–5
Carbon conradson %mas 2,3 – 3 1,75 – 1,8
Asfalto:
Pt de amolecimento ºC. 63 - 70 63 - 65
A mistura de asfalto proveniente do RDC T100, passa pelo forno F100 onde a sua
temperatura é elevada a 260ºC para vaporizar a maior parte de propano, depois
dirige-se na coluna de flash T102B onde acontece uma separação do asfalto e do
propano.
Este processo tem a vantagem sobre a destilação pelo facto de permitir uma separação
cómoda de dois líquidos com as temperaturas de ebulição vizinhas, ou susceptíveis de
formarem uma mistura azeotropica (mistura de dois líquidos com a temperaturas de
ebulição vizinhas), e de necessitar uma baixa quantidade de energia.
b- Princípio do processo.
2º As duas fases são formadas e são separadas sem que uma arraste a outra.
Com o aumento da quantidade do slv, forma-se uma segunda fase. A solubilidade dos
HC no slv aumenta com uma grande relação slv/carga; forma-se uma mistura total
com a fracção petrolífera.
120
Duas fases
100
heterogeneas
80
60
40
20
% de solvente
0 10 20 30 40 50 60 60 70 80 90 100
É por esta razão que a temperatura do processo deve ser a mais baixa que a TCD.
A extracção sendo só possível quando a mistura do slv e da carga criam duas fases
não misciveis. Esta condição só é satisfeita quando escolhe-se a temperatura
operacional e a relação slv/carga apropriada, onde a concentração de uma na outra
não provoca a miscibilidade.
A zona situada por baixo da curva é onde observam-se duas fases, enquanto a zona
situada por cima da curva correspondente com as temperaturas mais elevadas, e
contem só uma fase homogénea.
A TCD depende da composição química dos produtos. As parafinas têm a Maior TCD,
depois seguem os naftenicos e os Ar.
Escolha do solvente:
O slv de ser:
1º O furfural.
CH - CH
CH - C - CHO
O
O furfural tem uma grande selectividade, ele dissolve perfeitamente os Ar, bem o
neftenicos e pouco as parafinas.
A taxa de slv varia de 150 – 350%. O furfural é um composto tóxico, ele provoca uma
acção irritante quando entra em contacto com a pele.
2º O fenol.
OH
Utilizado para o tratamento de óleos com uma viscosidade elevada, a taxa de slv é de
100-250%.
A quantidade de fenol com relação a carga é geralmente mais baixa que a do furfural;
todavia a taxa de extracção dos componentes desejáveis é mais elevada graças ao seu
poder solvente mais elevado; mas o furfural extrai mais selectivamente os
componentes indesejáveis.
+ O2
b-Aparelhos utilizados.
Actualmente utiliza-se colunas com discos rotativos, de facto, o RDC tem uma grande
eficácia.
Mistura (carga+slv)
Decantação.
Recuperação do slv do refinado e do extracto.
c-Metodo de extracção.
ÓLEO
1º Etapa 2º Etapa 3º Etapa 4º Etapa 5º Etapa
BRUTO REFINADO
C1 E1 C2 E2 C3 E3 C4 E4 C5 E5
SOLVENTE
EXTRATO
COM 5 ETAPAS
Na extracção etapa por etapa, o contacto entre o destilado e o solvente, acontece por
mistura em forma líquida no misturador.
A partir da emulsão formada, deve se separar as duas fases líquidas, a fase refinada e
a fase extracto. Esta separação acontece no separador. O agente de separação é a
gravidade.
Cada etapa da extracção é composta por duas etapas: uma mistura e uma decantação.
Em cada etapa o óleo vindo da etapa anterior é tratado pelo solvente proveniente da
etapa seguinte ao invés de ser pelo solvente puro.
2º Exacção progressiva.
O contacto acontece em contra corrente sobre a dispersada. A contra corrente é
realizada utilizando a gravidade, significa dizer, a diferencia de densidade da carga e
do slv.
O solvente seco (solvente puro) saindo do topo da coluna T602 e T604 e T606, depois
de uma condensação escoa no recipiente de armazenamento do solvente seco K601 e
é enviado na coluna de extracção T601.
Na coluna T603 e T605 efectua-se uma separação completa do solvente por Stripping
do refinado e do extracto pelo vapor de água (V.A).
Propriedades do refinado
η % em mass na carga. 76
Densidade a 20ºC Kg/m3 895,9
(cSt) 16,7
Indice de conradson % mass 0,17
Propriedades do extracto
η % em mass na carga. 24
Densidade a 20ºC Kg/m3 966,1
(cSt) 35,8
Indice de conradson % mass 3
O poder solvente:
Determina a quantidade de produto (óleo) que pode dissolver o slv.
Selectividade:
A selectividade do slv traduz a facilidade que tem o slv de dissolver um
componente da carga preferencialmente em relação a outros (atitude ou
tendência dum componente de combinar-se com um ou vários componentes au
mesmo tempo).
Com uma selectividade aceitável, se o poder slv for baixo, deve-se utilizar uma
grande quantidade de slv para efectuar uma determinada separação.
Capitulo IV: Desparafinação dos óleos em baixas temperaturas.
IV-1 Introdução.
Os HC sólidos que devem ser eliminados são complexos de HC parafinicos com cadeia
linear ou ramificada com peso molecular elevado, naftenicos e Ar policiclicos com
cadeia lateral alquilado.
IV-2 Cristalização.
A estrutura cristalina.
1º Formação de cristais ortorrômbicos.
2º Estratificação (formação de camadas estratificadas).
3º Rede cristalina.
Um slv como este não existe. Somos obrigados a realizar a filtração em uma tºC mais
baixa que o ponto de escoamento procurado. A diferença de tºC entre o ponto de
escoamento e a tºC de filtração é chamada “diferencial de tºC”.
O benzeno e o tolueno são solventes excelentes:
As cetonas MEC, MPC tem poderes slv baixos mas precipitam bem as parafinas.
CH3-CH2-CH-CH2OH
Os álcoois amílicos (metil-2 butanol-1)
CH3
CARGA Slv
DILUIÇÃO
DESPARAFINAÇÃO
Mistura
REFRIGERAÇÃO
Mistura Gatsh
FILTRADO (óleo + Slv)
(Parafinas + Slv + óleo)
FILTRAÇÃO
Slv
CRISTALIZAÇÃO
Mistura Gatsh
FILTRADO
(ÓLEO) Slv REFRIGERAÇÃO
FILTRAÇÃOP
Mistura
ÓELO 0%
Parafinas
+ Slv
+ Slv
Para proporções dos dois solventes, os mesmos são reguladas em função do grado
mais alto, e principalmente no caso em que a refinaria só tem uma unidade de
desparafinação; de facto quanto mais pesado for o óleo devemos diminuir a proporção
do MEC (metil etil cetona).
2º Diluição total.
A taxa de diluição deve ser elevada, quando a viscosidade do óleo desparafinado for
maior.
A alimentação é misturada com uma parte do slv (1ª diluição), e depois arrefecida.
Depois de atingirmos a temperatura de filtração, acrescenta-se o slv restante (2ª
diluição).
3º Arrefecimento da mistura de alimentação.
Este arrefecimento deve ser lento para permitirmos ter cristais grossos. O tempo
necessário para o arrefecimento é de mais ou menos 15 minutos com agitação.
4º Lavagem do gatsh.
Faz-se a lavagem do gatsh, para eliminarmos o óleo das malhas dos cristais, e
melhorar o rendimento em óleo desparafinado.
5º Afinação do filtro.
A afinação principal é do tamanho da espessura do gatsh. O gatsh não deve ser muito
espesso se não a sua lavagem será muito difícil (retém muito óleo).
DE
SC DISPOSITIVO
AR
OL
C
AR DE
SE DISTRIBUIÇÃO
E
R
VA
LA
EVACUAÇÃO
PAINEL
GATSH
FORMAÇÃO
DO GATSH
Funcionamento do filtro:
A carga é admitida a partir dum balão sobrepressão no fundo da cuba do filtro por
gravidade.
Quando os painéis saírem da solução, acontece uma segunda aspiração sob vácuo,
neste momento o bolo é regado pelo solvente. Depois da lavagem, o bolo é soprado
por um gás inerte para ser descolado. O bolo é em fim retirado por uma lâmina e cai
por cima dum parafuso que evacua-lo e o ciclo recomeça.
1º Desparafinação ao propano.
E utilizada para termos uma gasolina com o IO elevado eliminando parafinas com
cadeia longa. E um processo de adsorção com zéolitos.
Neste processo obtemos produtos com baixo ponto de congelação; mas a parafina é
mole.
V.1-Introdução.
Esta refinação é baseada sobre o facto que o óleo a tratar é misturado de maneira
contínua, nas proporções adequadas com a terra activada.
A mistura é aquecida e depois é introduzida no forno, onde fica durante alguns
minutos para atingir a temperatura desejada para completar o processo de adsorção.
A temperatura desejada para o aquecimento da mistura é vária entre 15-20ºC por
cima do ponto de inflamabilidade do óleo a tratar.
ESQUEMA DO TRATAMENTO POR CONTACTO
MOTOR ÓLEO +
ADSOLVENTE
FILTRO
MISTURADOR
V.A
ÓLEO
LIMPO
Holloisites : Al4(SiO4)(OH)8.
Montmoriollonite : 5SiO2Al2O3(MgCa)O nH2O.
Se a carga for líquida, a operação é chamada “percolação”. Assim que óleo clarificar-
se, as primeiras porções saindo do filtro são incolores. As porções seguintes são de
cada vez mais coloridas, o que significa dizer que o adsorvente perdeu a sua
actividade.
Enchimento do adsorvente.
Enchimento do óleo.
Filtração.
Lavagem com a gasolina.
Regeneração do adsorvente.
É o tratamento mais rentável e mais eficaz para eliminar o enxofre, azoto, e oxigénio
em relação ao tratamento pela terra activa ou com ácido sulfúrico (H2SO4).
a-Esquema da decomposição catalítica dos compostos oxigenados,
sulfurosos e azotados.
Mercaptáno: R – SH + H2 → R- H + H2S
Oxigenados:
(Álcool) R – OH + H2 → R – H + H2O
(Eter) R-O-R´ + 2H2 → R-H + R´- H + H2O
GÁS
ÁGUA
H2O
STRIPPER
REACTOR
SEPARADOR
HP
H2 SEPARADOR
BP
CARGA FORNO
PRODUTO
FINAL
A mistura óleo e gás rico em hidrogénio, passa através do forno onde a sua
temperatura é elevada até a temperatura de tratamento, depois passa pelo leito
catalítico do reactor.
Ao saírem do reactor, óleo e gás são separados em duas etapas, o gás proveniente das
duas etapas dirige-se na rede de gases da refinaria, enquanto o óleo da segunda etapa
é separado dos produtos ligeiros no Stripper por injecção do vapor de água.
VI.1 Introdução.
Os aditivos são substâncias que entram na formulação de óleos e graxas para conferir-
lhes certas propriedades. A presença de aditivos em óleos lubrificantes tem os
objectivos de melhorar as características de protecção contra o desgaste e de actuação
em trabalhos sob condições de pressões severas; aumentar a resistência à oxidação e
corrosão; aumentar a actividade dispersante e detergente dos óleos lubrificantes;
aumentar a adesividade; e aumentar o índice de viscosidade.
Os óleos lubrificantes são constituídos de uma base natural ou sintética com aditivos
antioxidantes, detergentes, dispersantes, anticorrosivos, anti-espumantes,
melhoradores de viscosidade e anti-desgastantes. Portanto, não é recomendado que se
misturem diferentes marcas em um mesmo motor, os aditivos de fabricantes diferentes
podem reagir entre si provocando a deterioração do óleo.
• Anti-desgaste;
• Antioxidantes;
• Dispersantes-detergentes;
• Anti-espuma;
1º Aditivos anti-desgaste.
a) Agentes de untuosidade
2º Aditivos anti-oxidantes.
• Aumentam a viscosidade
• Aumentam a acidez
• Aumentam a densidade
• Escurecem o óleo
1) Compostos de fósforo
Os aditivos anti-oxidantes não são por consequência um remédio que sirva para tudo,
pelo que, para se obter um óleo com características satisfatórias de estabilidade e
resistência à corrosão, será necessário proceder a uma cuidadosa refinação dos óleos
base e a uma judiciosa selecção do tipo e concentração de anti-oxidante que seja o
mais apropriado para o óleo lubrificante que se deseja produzir.
3º Aditivos dispersantes-detergentes.
Estes aditivos são geralmente conhecidos pelo nome genérico de detergentes se bem
que, com mais propriedade, devessem ser chamados dispersantes - detergentes. Os
dispersantes são moléculas polares que envolvem as partículas inibindo-as de se
aglomerarem e de se depositarem sobre as superfícies dos componentes,
especialmente em zonas frias dos motores.
O aditivo inibidor de espuma mais usado é uma silicone, polímero de sílica orgânica. Os
inibidores de espuma por serem muito eficazes, são utilizados em pequeníssimas
quantidades: 1 para 20ppm. Evitam de uma maneira decisiva a formação de espuma
provocada pela intensa agitação do óleo em máquinas de alta velocidade, podendo
usar-se em qualquer tipo de óleo lubrificante. Dadas as pequenas quantidades
utilizadas, o emprego dos inibidores de espuma não exige quaisquer precauções
especiais.
Estes aditivos são eficazes, podendo com eles fazer-se baixar em cerca de 28º C o
ponto de um óleo. Uma desvantagem está no facto de, em certas condições de
armazenamento, o ponto de escorrimento de um óleo lubrificante tratado com esses
aditivos pode não ser estável, e verificar-se o seu retrocesso a uma temperatura mais
elevada. Por exemplo, um óleo com ponto de congelação inicial de 7ºC que, depois de
tratado baixe para menos de 30ºC, pode retroceder, em condições propícias, ao valor
de -18ºC ou -12.2ºC. Torna-se, portanto necessário o maior cuidado na escolha como
no emprego dos aditivos destinados a fazer baixar o ponto de congelação.
VI.3 Os aditivos e suas funções.
VII.1 Introdução.
A última etapa essencial para a obtenção dos óleos lubrificantes acabados, consiste em
misturar os óleos base tratados anteriormente nos outros processos nas proporções
bem determinadas, adicionados com alguns aditivos necessários com o objectivo de
melhorar a qualidade correspondente para o uso.
Descrição do processo.
Depois desta operação, os óleos lubrificantes devem ser submetidos a alguns testes
para certificarmos que a qualidade dos óleos corresponde com as exigências
requeridas. Em fim, é efectuado o enchimento dos óleos em bidões, tambores e
recipientes com volumes diferentes.
IX.1 Introdução.
Os betumes são substâncias semi-sólidos, de cor preta, dotados dum forte poder
adesivo e impermeabilizante. Eles podem ser de origem natural ou derivados da
refinação do PB.
Penetrabilidade.
Ponto de amolecimento.
Ductilidade.
Solubilidade nos solventes (C6H6, CCl4, e CS2). A solubilidade determina o teor
em impurezas não solúveis.
Ponto de clarão.
Ponto de fragilidade (pt de Frass)” postura no frio”. Ela consiste em caracterizar
a fragilidade em baixas temperaturas. É a temperatura na qual surgem as
fissuras sobre a camada de betume colocada sobre uma lâmina de aço.
As resinas tem a mesma estrutura que os asfaltenos (Ar), com mais cadeis laterais
e menos S, N2.
Os compostos oleosos podem ser de natureza diferente: parafinica, naftenica e Ar. Eles
tem um PM mais baixo com relação aos asfaltenos e as resias.
IX.3 Obtenção dos betumes.
Esta operação consiste em injectar ar sobre a base de betume aquecida entre 250-
300ºC.
T2
Gás
E1
H2O
H2O
Betume E2
T1 T3
C1
F1
Óleo
MP
Ar
H1 H2
C1: Coluna de oxidação.
T1: Permutador.
F1: Forno.
Descrição do esquema.