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Filosofia política

 Todos vivemos em uma sociedade que precisa de ordenamento, tendo padrões de


comportamento e regras definindo o que é permitido ou não.

 Uma organização social implica o contato com diferentes interesses, por muitas vezes distintos.
Para a conciliação desses interesses vão surgir as relações de poder da sociedade.

Então política é um espaço


de relações de poder.

 As instituições políticas (estado, governo...) são responsáveis por organizar as relações de poder
conflitos.

 A filosofia política investiga o fenômeno político, compreendendo como se da a constituição do


poder na sociedade.

 Tem caráter institucional, preocupada com as instituições e suas práticas.

Política pode ser caracterizada de dois modos:

 Sentido clássico: ciência ou a arte da administração da cidade (polis), daquilo que a todos os
cidadãos pertence e em nome de todos eles.

Os gregos entendiam que a política era a


busca da melhor maneira de viver em
sociedade.
 Sentido moderno: toda e qualquer relação de poder social (exerce domínio ou influência; induz ou
impõem comportamentos a pessoas e/ou grupos).

Formação
do estado
moderno

 Teve sua origem com a crise do feudalismo, onde há a centralização política pelos estados
absolutistas, durante a idade moderna.

 Na era moderna, há o renascimento comercial.

 A política é vista como uma ação prática (não natural do ser humano), rompendo com a visão
naturalista clássica e medieval (política como ação humana).

 Filosofia política do século XV a XVII visa os estados centralizados utilizando do autoritarismo


(absolutismo).
Pensadores: Maquiavel, com a obra “O príncipe” e Hobbes, com a obra
“Leviatã”.
 A filosofia política do século XVII a XVIII visa a divisão do estado em poderes para evitar a tirania e
despotismo.
Pensadores: Locke e Montesquieu com o liberalismo e Rousseau com a
soberania popular (democracia).
Nicolau Maquiavel

 1469-1527.

 Nessa época, a Itália era fragmentada em reinos, então ele queria saber como criar um estado na
Itália, investigando as outras regiões que já o tinham.

 Rompe com a ideia de estado como instituição natural (estado fruto da vontade humana), dizendo
que o homem é antissocial e precisa de alguém para comandar.

 Ele escreve a obra “O Príncipe” (um manual de como governar) devido aos conhecimentos que
obteve ao investigar os outros estados nacionais. Porém ele não escreve para ser publicado, ele
escreve e manda para os Medici (família de mecenos), com a esperança de que fizessem um
Estado.

 Ele apoia o absolutismo, mas um absolutismo sem a tirania. Baseado em ação pragmática (se
preocupa com a ação concreta e eficaz, fazendo tudo o que for preciso para o povo), podendo
fazer o mal se necessário, desde que seja para a paz do seu povo.

 Dizia que o estado precisava ser laico, fundamentada na realidade, sem idealização do estado e a
sociedade e sem interferência da igreja e questões morais. A política é um espaço de poder e de
luta, sem espaço para inocências e idealizações religiosas.

 É pioneiro a dizer que religião e estado precisam estar separados.

 O objetivo era ter um bom governo, visando o bem-estar geral e a ordem jurídica e moral.

 Ele vai dizer que a habilidade de atuar na política precisa de “virtú” (≠ fortuna, acaso/sorte), ou seja,
a qualidade de governar. Não pode depender da fortuna (sorte/ acaso).

Thomas
Hobbes

 Contexto: baixa idade média e a centralização política, formando as monarquias nacionais (estados
modernos) absolutistas.

 O homem vivia em um estado de natureza (vida selvagem) e isolados (sem estar em sociedade, ou
seja, o ser humano é antissocial e decide racionalmente viver em sociedade através do contrato
social).

 O ser humano na condição de indivíduo isolado, ele vai fazer tudo o necessário para garantir seus
direitos naturais, vivendo em guerra e insegurança. Com isso, há o contrato social, fundando a
sociedade e o estado civil (poder centralizado e total, porém não tirânico).

 É um poder absoluto em nome das pessoas, abrindo voluntariamente de sua liberdade em nome
de sua segurança, paz e ordem.

 O monarca pode fazer tudo, inclusive ser cruel, se necessário.

 Jusnaturalismo: o homem tem direitos naturais e precisa ser respeitado pelo monarca. Esses
direitos são: vida, liberdade e propriedade.
John Locke

 É um pensador contratualista, como o Hobbes, porém chega em conclusões diferentes.

 É o pai do liberalismo político.

 Para o estado ser liberal, ele precisa ser limitado (através de leis e parlamento, através da divisão
dos poderes) e não interventor. Estado deve ser neutro e apenas mediar os conflitos.

 Para ele, o contrato vai ser uma associação entre os proprietários (donos de propriedade privada).

 O ser humano vive em um estado natural, podendo ocorrer guerra eventual e há muita
insegurança, pois, nesse estado, o homem luta para garantir seus direitos naturais. Assim há a
necessidade de haver um contrato e a criação de uma vida social.

 A propriedade é o fruto do trabalho.

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