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Matrícula:

Nome: Maria Clara Rigão 192A1529245 Nota: ________

Disciplina: Análise de Cenários Econômicos Período: Prova Final

Professor: Bruno Rodrigues Pereira Data: 17/11/20 Ass. Professor

Curso: MBA

ATENÇÃO !

Prezado Aluno,
ANTES de iniciar a sua avaliação, leia atentamente as informações abaixo:

1. O aluno deve responder as questões e/ou construir a proposição no próprio documento da avaliação.
2. Não serão aceitos documentos anexos a esta avaliação.
3. A avaliação poderá ser realizada com consulta aos materiais de aula e/ou demais materiais que o aluno venha a
pesquisar na literatura, online ou off-line.
4. A interpretação das questões faz parte da avaliação.
5. Esta avaliação deverá ser realizada e devolvida no prazo estipulado pela coordenação e comunicado aos alunos via
mensagem na plataforma blackboard (e conforme o calendário de provas disponíveis na comunidade online do curso na
plataforma blackboard).
6. O aluno terá direito a revisão da avaliação, respeitados os prazo entre a correção do docente e lançamento da nota no
sistema acadêmico.

Boa Prova!!!!
Coordenação Educação Executivo
Declaro estar ciente dos procedimentos acima

_____________________________________________
Maria Clara Rigão Pinto

g1.globo.com (04/09/2018): A Petrobras anunciou nesta terça-feira (4) um aumento de 1,68%


nos preços da gasolina nas refinarias. Com isso, o valor passará de R$ 2,1704 para R$ 2,2069 o
litro a partir desta quarta-feira (5). Com o aumento, o novo valor atingirá uma máxima dentro
da política de reajustes diários, iniciada há mais de um ano. No acumulado em 1 mês, a alta
chega a 13,38%. A decisão de repassar o aumento do valor da combustível cobrado pela
Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustível.”

1) Suponha o mercado de combustíveis para o consumidor final inicialmente em equilíbrio.


Com base na lei da oferta e da demanda, descreva e represente graficamente quais os efeitos
que poderíamos esperar (ceteris paribus) dos acontecimentos listados abaixo sobre os preços
e quantidades desse mercado?
a. Ocorre uma elevação do preço dos combustíveis nas refinarias.
As refinarias aumentaram o preço do combustível, então os postos de gasolina onde nós
consumidores compramos será mais caro comprar a mesma quantidade de gasolina e
pagar um preço mais alto, isso impacta no custo de produção, e quando um custo da oferta
aumenta ela tende a deslocar para a esquerda, ou seja, para ofertar a mesma quantidade
de antes é praticado um preço maior (mais alto). Então para a mesma quantidade a ser
consumida é exigido um preço mais alto, e com isso há uma queda na demanda, fazendo
com que a curva de oferta se desloque para a esquerda, e assim gera um excesso de oferta
com a mesma quantidade de antes e a demanda cai, com isso há o aumento de preço e
diminuição da quantidade demandada para poder chegar ao novo ponto de equilíbrio.

Q1 Q0

b. Diante da crise econômica e política no país, as pessoas utilizam menos automóveis


para se deslocar.
Por conta da pandemia, as pessoas estão saindo menos de casa e consequentemente
estão utilizando menos o carro, então mesmo se permanecesse com o mesmo preço do
combustível a quantidade demandada cai, porque as pessoas pararam de sair muito de
casa e isso não depende do preço da gasolina, mas sim por conta da pandemia. Então com
essa informação, sabemos que a curva de demanda se deslocou pra esquerda porque
mesmo com o preço P0 a quantidade demandada caiu, então a curva de demanda
deslocou pra esquerda, e quando isso ocorre ficamos com um excesso de oferta e isso faz
com que o preço caia, fazendo com que tenhamos um novo ponto de equilíbrio com o preço
mais baixo e a quantidade mais baixa também.

Q1 Q0
2) Cite um exemplo de bem complementar e um de bem substituto à gasolina. Para cada um,
descreva a elasticidade da demanda da gasolina em relação ao preço do bem dado como
exemplo.

1
Bens complementares, são bens consumidos junto a outros. Exemplo: Carro/ Gasolina. Quanto
maior o preço do bem 2, menor a demanda do bem 1. ou seja, preço do bem 2 e quantidade
demandada do bem 1 se movem em direções opostas: elasticidade-preço cruzada da demanda
negativa. Portanto, a demanda de gasolina diminui quando o preço aumenta e vice-versa, se o
preço do carro aumenta haverá uma queda na compra deste bem e por consequência uma queda
no consumo.

Bens substitutos, quanto maior o preço do bem 2, maior a demanda do bem 1. Exemplo: transporte
público (ônibus/barca). Preço do bem 2 e quantidade demandada do bem 1 se movem na mesma
direção: elasticidade-preço cruzada da demanda positiva. Portanto, quanto maior o preço da
gasolina, maior será a demanda do ônibus/barca.

3) Apesar da abertura do setor de petróleo no Brasil no final dos anos 1990, a Petrobras ainda
detém praticamente um monopólio no refino de combustíveis.
a. Descreva as características de um monopólio.
Possui um único produtor, não há bens substitutos gerando barreiras à entrada no mercado.

b. Qual é comportamento de uma empresa monopolística em relação à sua


maximização de lucros e fixação de preços? Explique.
Detém o poder de mercado absoluto, onde o preço é determinado pelo produtor de acordo
com a demanda e assim gera um controle dos preços de mercado, podendo escolher o
nível de produção que maximize seu lucro e assim é cobrado o preço máximo que os
consumidores estão dispostos a pagar por essa mesma quantidade ofertada.

c. Como seria a maximização de lucros e fixação de preços se o mercado fosse


perfeitamente competitivo? Explique.
Teríamos muitos compradores e vendedores comercializando produtos idênticos
(homogêneos), de forma que cada comprador e vendedor fosse o tomador de preço.
Portanto, não haveria coordenação entre as empresas (não há poder de mercado), muitos
consumidores onde nenhum concentra demanda total de mercado, sem barreiras a entrada
e saída de mercado, maior mobilidade dos fatores de produção e maximização de lucros.
Receita marginal constante (igual ao preço), gerando maximização do lucro, incentivo a
novos entrantes e aquece a economia.

4) Uma elevação no preço da gasolina nas refinarias pode ser repassada para os consumidores e
afetar os custos de diversos setores da economia, causando uma pressão inflacionária. Qual
é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para conter a inflação? Explique de
que forma o uso desse instrumento contém a elevação geral dos preços.
O BACEN por meio da política monetária, utiliza alguns instrumentos para controle da oferta da
moeda, taxa de juros e crédito, buscando a estabilização dos preços. Neste caso a SELIC deverá
ser o principal instrumento para o controle, onde deverá haver um aumento da taxa SELIC
desestimulando o consumo, e por consequência uma queda na inflação.

5) Considerando um regime de taxa de câmbio flutuante (caso do Brasil), quais são os efeitos
esperados de uma elevação na taxa básica de juros (SELIC) nos mercados do produto
(produção de bens e serviços finais da economia), monetário (oferta e demanda de moeda) e
setor externo (balanço de pagamentos) da economia?
.
Com o aumento da SELIC, teremos uma valorização cambial (dólar ), faz com que o nível de
exportação de produtos do Brasil caia (maior valorização dos produtos brasileiros) e estimule o
consumo pela importação no comercio exterior, sendo Y = C + G + I + X – M. Com isso, teremos
menos atratividade no comercio internacional, diminuindo o valor cotado frente ao dólar, isso
também gera uma ruptura na moeda, fazendo com que aplicações de baixo risco fiquem mais
valorizadas e aplicações em carteira de ações caiam gerando uma queda e enfraquecimento das
empresas no mercado, e por consequência um desequilíbrio de mercado.

6) Uma elevação nos preços internacionais do petróleo impacta a economia global como um
todo, com aumento de custos de produção em diversos países. Esse aumento de custos pode

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provocar pressões inflacionárias e, consequentemente, elevações nas taxas de juros
internacionais. De que forma elevações nas taxas de juros externas podem impactar a
economia brasileira? Considere os mercados do produto (produção de bens e serviços finais
da economia), monetário (oferta e demanda de moeda) e o setor externo (balanço de
pagamentos) no contexto de taxa de câmbio flutuante (caso atual do Brasil).

Uma desvalorização cambial, ao tornar os produtos importados mais caros, pode levar a pressões
inflacionárias no país (inflação de custos). No regime de taxa de câmbio flutuante, uma saída líquida
de divisas, ceteris paribus leva a uma desvalorização da taxa de câmbio. O investimento em Real
R$ deverá cair, e isso gera uma retração por conta do aumento dos juros externos, sendo muito
mais benéfico investir em outros países, isso impacta na moeda brasileira gerando uma valorização
dos produtos (exportações), e desvalorização do consumo das famílias, pois o custo de produtos
importados deverá subir, gerando menor demanda. E por fim, a dívida do Brasil aumenta pois,
equilibra o brasil numa posição de desvalorização pelo aumento da dívida pública em paridade a
relação com a taxa de juros flutuante.

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