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ATIVIDADE ACADÊMICA

DISCIPLINA: Economia ENSINO SUPERIOR


TÍTULO: Dissertação – O Brasil na Era da Hiperinflação PROFESSOR: Alexandre Chrisóstomo
ALUNO (A): APARECIDA PAULINA DAS CHAGAS
PERIODO: 1º TURMA: Direito DATA: 27 / 05 / 2020

Provavelmente, você não viveu plenamente os anos de 1.980 e inícios dos anos 1.990. Além das roupas
coloridas, calças de popeline, cabelos compridos e músicas boas (Legião Urbana, Pearl Jam., Michael
Jackson, Madonna), algo que marcou época foi a HiperInflação: havia tamanha desconfiança dos produtores
que eles vendiam suas produções por um preço “inflacionado”, prevendo que, quando fossem comprar
matérias primas, estas também já estariam mais caras do que as que ele comprou no mês anterior. E os donos
dos supermercados também “embutiam” mais uma margem, imaginando que, quando fosse repor os estoques
no mês seguinte, o valor das vendas deste mês não daria para cobrir estes custos. As empresas corrigiam os
salários sempre que esta inflação acumulava 20% (chamado Gatilho Salarial), ou seja, a cada 2 ou 3 meses os
salários tinham aumento. E os empresários “embutiam” nos preços também este custo, “antecipando” efeitos
na inflação. Feita esta pequena explicação, converse com pessoas que viveram esta época, consumiram,
trabalharam, compraram seus carros, suas casas, neste “mundo louco” e, de posse destes depoimentos, faça
uma redação de 20 a 30 linhas, contando o que você compreendeu deste mundo Pré Plano Real, o Brasil da
Hiperinflação.

Pesadelo. Caos. Instabilidade. Esses são alguns aspectos recitados por indivíduos que
viveram em meados dos anos 80-90, em que perdurou uma hiperinflação, a qual caracteriza-se
quando a inflação chega a passar de 50% em apenas um mês sobre produtos e serviços. Esse
cenário calamitoso ocorreu devido, sobretudo, a crise do petróleo e uma disseminação monetária
que ocasionou a desvalorização da moeda presente no Brasil, tendo início com a governança de
Juscelino Kubitschek e sua política desenvolvimentista que gerou grandes dívidasao país e, em
seguida, com o regime militar que promoveu a construção de grandes obras financiadas com
capital do exterior, o que acentuou tal crise.
Nesse âmbito, era preciso que os comerciantes remarcassem dia após dia os preços de
seus produtos. Além disso,os salários também eram reajustados no momento em que inflação do
mês anterior fosse anunciada. É importante destacar, ainda, que a população que mais padeceu
nesse cenário nefasto foram os mais pobres os quais não possuíam renda para acompanhar a
variação dos preços.
Em conversa com pessoas que vivenciaram esse momento, calamitoso existe relatos que
muitos passaram fome.
Convém introduzir ao assunto, minha vasta experiência, me lembro de quando mais nova,
meu pai ia correndo ao supermercado, fazer a compra do mês , pois se deixasse para o dia
seguinte os preços eram outros.
Com o escopo de inverter esse cenário temerário, houve a adoção de diversos artifícios.
Pode-se citar, como exemplo, a instauração da Nova República sob liderança de José Sarney
que buscou-se atenuar a inflação por meio do Plano Cruzado estabelecendo uma nova moeda,
congelando os preços dos produtos e salários, mas que não obteve êxito. Seguidamente, no
governo de Fernando Collor de Mello, tem-se o confisco de poupanças que tivessem determinado
valor estabelecido, mas também não conseguiu atenuar a inflação. Apenas em 1994, no governo
de Itamar Franco, com a instituição do Plano Real, é que foi possível amenizar essa situação
devido a contenção de gastos públicos, cotação de custos em Unidade real de valor e o
lançamento do real como moeda brasileira.

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