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Economia Brasileira – Teoria

Prof. Leonel Vinhas e Equipe Exponencial

Matéria: A economia brasileira de fins do


século XIX até a crise de 1929.
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Professor: Leonel Vinhas
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A ECONOMIA BRASILEIRA DE FINS DO SÉCULO


XIX ATÉ A CRISE DE 1929

SUMÁRIO
A ECONOMIA BRASILEIRA DE FINS DO SÉCULO XIX ATÉ A CRISE DE 1929 3
1.1. Crise monetário-financeira: Encilhamento (1889/1891). .................... 3
1.2. Metalistas versus papelistas ......................................................... 4
1.3. A Economia cafeeira e o convênio de Taubaté (1906). ...................... 6
1.4. A Crise Cafeeira, a Grande Depressão e os primórdios da
industrialização. .............................................................................. 11
2. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................. 15

Para facilitar sua referência, abaixo listamos as esquematizações desta aula:


Esquema 1 - METALISTAS versus PAPELISTAS................................................................ 6
Esquema 2 - CAFÉ versus AÇÚCAR .............................................................................. 10
Esquema 3 - CAUSAS DA EXPANSÃO DO CAFÉ ............................................................. 10
Esquema 4 - CONVÊNIO DE TAUBATÉ - PRESSUPOSTOS................................................ 10
Esquema 5 - A Crise Cafeeira e a Grande Depressão ..................................................... 14
Esquema 6 - Os primórdios da industrialização ............................................................. 14

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A ECONOMIA BRASILEIRA DE FINS DO SÉCULO


XIX ATÉ A CRISE DE 1929

1.1. Crise monetário-financeira: Encilhamento (1889/1891).

O fim do período imperial e o início do governo republicano estão inseridos


em um contexto de dificuldades econômicas no Brasil e, também, em um
debate na sociedade acerca da necessidade (vantagens e desvantagens) do
incentivo à industrialização no Brasil, que, à época, estava posicionado em
um estágio bem anterior de outras nações neste quesito.
Neste contexto de dificuldades econômicas, uma delas era a recorrente
dificuldade de liquidez da economia que piorou com o aumento da demanda
por moeda gerado pelo acréscimo de uma massa relevante de trabalhadores
assalariados, principalmente, no setor primário e, especificamente, o
cafeicultor. Como solução, proposta por Rui Barbosa (ministro da
fazenda), o governo brasileiro incentivou a emissão de papel moeda
como forma de superar a crise de liquidez e, também, o maior acesso
ao crédito como meio propulsor para os objetivos de industrialização.
Inicialmente, as emissões de moeda eram realizadas por três grandes regiões
bancárias que cobriam o país, cujo lastro eram títulos da dívida pública,
contudo houve forte pressão e o governo foi “obrigado” a credenciar outros
bancos a emitirem papel moeda. As consequências foram:
• Descontrole monetário, com a quantidade do principal meio de
pagamento desmedida em relação à sua demanda;
• Surto inflacionário gerado pela política monetária excessiva;
• Desvalorização da moeda;
Além do campo monetário, outra crítica à política do encilhamento foi a
facilidade do acesso ao crédito gerada pelo excesso de liquidez que desviou
o emprego dos recursos nas finalidades inicialmente pretendidas: àquelas
relacionadas à política industrial.
Contudo, ainda que aquém do perseguido, segundo CELSO FURTADO, o
encilhamento incentivou, de maneira limitada, a industrialização
brasileira. Além disso, foi muito atacado pelo setor cafeicultor e denotou a
incapacidade brasileira de realizar intervenções de larga escala na economia.

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1. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do


Século XIX até a Crise de 1929)
O crescimento industrial, o processo republicano e o desestímulo à bolsa de
valores, que desvalorizava ações são características que estavam presentes
na fase do "Encilhamento".

Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Se desdobrarmos as três características citadas pelo enunciado para
analisarmos individualmente:
• Crescimento industrial: não estava presente no período e, somente,
se iniciaria, de maneira mais relevante, nas primeiras décadas do século XX,
após a Primeira Guerra Mundial que reduziu o fluxo de importações para o
Brasil;

• Processo Republicano: estava presente no período, pois Rui


Barbosa, ministro da fazenda à época, com pensamento inclinado às
correntes heterodoxas, foi o responsável pela condução do Encilhamento.

• Desestímulo à bolsa de valores: não estava presente no período, pois


o Encilhamento, que buscava promover aumento da oferta monetária,
promoveu, justamente, corrida à bolsa de valores e, inclusive, há narrativas
de empresas fraudulentas que buscavam captar recursos se aproveitando do
aquecimento do mercado.
Gabarito: Errado.

1.2. Metalistas versus papelistas

Durante as últimas décadas do século XIX, em meio as crises políticas e


econômicas vividas no Brasil, ganha força um debate que opõe os pensadores
econômicos brasileiros daquele momento. Amparados na discussão, pautada
na ortodoxia, trazida por Schumpeter1 que defendia a ideia de que seria
possível definir e destacar, em dois blocos opostos, mas muito bem definidos,
os limites da separação entre o controle monetário em função do custo
de produção de metais preciosos e a política bancária em função da
oferta e demanda por moeda. Assim, de acordo com o destacamento das
funções, pode se dizer que a primeira corrente de pensadores defendia a
fixação de um valor da moeda para o longo prazo e um valor de curto prazo.
A este grupo de pensadores, o primeiro, se atribuiu a denominação de
bullionists (metalistas) que eram caracterizados por pautar seus argumentos
nos fundamentos da economia ortodoxa, ou clássica, nos quais a taxa de
juros deveria variar em função do nível de lucro e expansão da base
monetária não alteraria os níveis reais de oferta da economia. Ao segundo

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grupo de pensadores, se atribuiu a denominação de anti-bullionists


(papelistas). Este grupo defendia que o volume total do meio de pagamento
em circulação (moeda) em um momento não seria o motivo, mas o resultado
da definição do nível de preços no mesmo momento. Para o segundo grupo,
a política monetária deveria ter um papel anticíclico, independente da taxa
de câmbio e a moeda deveria ser fiduciária, sem a necessidade de
atrelamento ao lastro metálico. A formação do pensamento deste segundo
grupo influenciou, anos mais tarde, o keynesianismo.
No caso do Brasil, um aspecto fundamental no debate, é que o país, no fim
do século XIX, caracterizava-se por ser uma economia essencialmente
voltada para a exportação de bens primários (agrícolas). Portanto, os
objetivos voltados para o curto prazo, na condução das políticas monetária e
cambial e o nível de interação entre ambos, não poderiam deixar de
considerar os efeitos na balança comercial brasileira.
Os metalistas argumentavam que a moeda deveria manter-se em função do
padrão ouro, com fixação da taxa de câmbio, em conformidade com o modelo
utilizado na Inglaterra, algo que apresentava dificuldades, pois formar e
manter uma reserva de metais preciosos em uma nação com atraso técnico
como o Brasil reduziria o nível de investimento produtivo no curto prazo.
Apesar disso, com a fixação do câmbio, a política monetária e o balanço de
pagamentos se relacionariam de forma que o fluxo de metais fluiria cresceria
de modo normal para país, gradualmente, sem causar pressões inflacionárias.
Portanto, seria necessário que a política monetária fosse atrelada à
política cambial, pois a variação da primeira não impactaria no nível
real de produto (oferta) da economia e o crescimento deveria advir de
melhorias na competitividade do setor exportador que auxiliaria a reduzir os
déficits do Balanço de Pagamentos, juntamente com o ingresso de metais
preciosos (lastro).
Já os papelistas, perfil que incluía Rui Barbosa, era mais próximo da Escola
Alemã e tinha como a principal questão o nível da atividade econômica, de
forma que a oferta monetária pudesse atender ao volume de negócios
(demanda). Eles consideravam a manutenção do padrão ouro, na condução
das políticas cambial e monetária, um entrave ao crescimento. Os papelistas
subdividiam-se em dois subgrupos: um mais brando, no qual não se negava
a conversibilidade da moeda, mas, sim, um afrouxamento do padrão ouro de
maneira cíclica e outro mais severo que negava a conversibilidade da moeda
e defendia que os bancos fossem emissores de papel moeda e pudessem ter
liberdade total de atuação para reduzir os impactos negativos dos ciclos
econômicos. Portanto, o foco da política econômica deveria ser o de
definir a taxa de juros, para controlar a demanda e oferta de moeda,
pois argumentava-se que a velocidade de circulação da moeda no Brasil era
pequena, em função do perfil exportador da economia brasileira e que a
redução dos déficits no Balanço de Pagamentos deveria vir do crescimento
econômico.

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Pensamento Heterodoxo
Pensamento Ortodoxo
(Desenvolvimentista)
Taxa de câmbio fixa Taxa de câmbio flexível
Deflacionistas Inflacionistas
Volume de moeda NÃO pode afetar
Volume de moeda PODE afetar produto
produto
Volume de moeda FIXO (função do Volume de moeda FLEXÍVEL (função
lastro em ouro) da atividade econômica)
Inspiração Inglesa Inspiração Alemã
Cerne: fixação do câmbio e balanço de
Cerne: definição da taxa de juros
pagamentos
Esquema 1 - METALISTAS versus PAPELISTAS

1
:Joseph Alois Schumpeter foi um economista e cientista político austríaco. É considerado um dos mais
importantes economistas da primeira metade do século XX, e foi um dos primeiros a considerar as
inovações tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista.

2. (ANPEC 2018 – 2 / Economia Brasileira)

A Lei Bancária de janeiro de 1890 pode ser exemplo de medida mais afinada
com o papelismo do que com o metalismo.

Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Exatamente. Vale lembrar que Rui Barbosa era adepto da corrente papelista
que preconizava a emissão de moeda não lastreada em metais. Como
consequência desta medida adotada pelo então Ministro, pode-se citar o
descontrole monetário. Portanto, o tipo de visão coadunada por Rui
Barbosa era oposta à visão metalista.
Gabarito: Certo.

1.3. A Economia cafeeira e o convênio de Taubaté (1906).

O último quartil do século XIX representou um momento de inflexão ao que


foi vivido nos outros ¾ do século, nos quais a estagnação ou decadência
econômica predominou em diversas regiões do Brasil. Acompanhados de um
aumento populacional muito significativo, que encontra explicação no ciclo da
mineração e na mudança de mão de obra escrava (africana) para assalariada

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(imigrantes) e das inovações decorrentes da Revolução Industrial, que


tiveram pouco ingresso na estrutura de produção brasileira, chega-se ao final
do século XIX com poucos avanços no aspecto econômico.
Consequentemente, as opções para superar a dificuldade econômica
deveriam focar no comércio internacional, pois as chances de ingressos de
recursos externos em um país estagnado eram baixas, assim como era
baixo o nível de poupança interna, que dificultaria a sua canalização para
o investimento em novas atividades produtivas internas. Portanto, a
dificuldade brasileira era no sentido de identificar outro bem de exportação
promissor, como havia sido o açúcar e o algodão, cujo fator de produção
predominante fosse a terra, abundante no caso brasileiro.

O café, que chegara ao Brasil no começo do século XVIII, passou a ganhar


destaque comercial à medida que se aproximou do fim do século XIX
chegando a representar 18% do valor de exportações, atrás, apenas, do
algodão e do açúcar. Isto ocorreu, também, em função da desorganização da
produção haitiana que era o principal produtor à época.

Uma comparação importante, segundo CELSO FURTADO, é a que opõe, de


um lado a produção do café e do outro a do açúcar. Assim, pode-se dizer que
apesar de ambas as culturas apresentarem intensividade de mão de obra, o
café apresenta menor nível de investimento, por demandar mais utilização
da terra, como fator de produção. Além disso, o cafezal é cultura permanente,
com custo variável de produção menor, pois o fator de produção capital,
empregado através da incorporação de máquinas e equipamentos
mais simples à produção, também é menor, já que a manufatura destes
bens de capital podia ser realizada internamente. Portanto, a dependência,
do café em relação ao açúcar, de capital, como fator de produção, era
menor.

Ainda na fase inicial do ciclo cafeeiro, o uso da mão de obra apresenta


predominância de escravos que, com o esgotamento do ciclo mineiro e a
persistente baixa do preço do açúcar no mercado internacional, foi canalizada
para as primeiras lavouras de café no Sul de Minas Gerais.

Em aspectos sociais, é importante mencionar que a classe cafeeira era


marcada por características bem diferentes dos outros grupos que exerciam
de poder nos ciclos econômicos anteriores. Inicialmente, os produtores de
café, em geral, tinham fortes experiências comerciais e, com isso, as
etapas que se relacionavam indiretamente ao café, foram mais bem
planejadas, desde a escolha das terras à interferência nas políticas
econômicas, mas não deixando de considerar: recrutamento de mão de obra,
organização da produção, logística até os portos e a estratégia de
comercialização. O pressuposto de maior organização na atividade econômica
permitiu a submissão dos interesses políticos aos interesses
econômicos de um pequeno grupo que despontou em função do seu
grande enriquecimento adquirido com as crescentes receitas de exportação

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do café. Assim, a relação de submissão da política ficou mais evidente com a


Proclamação da República e a maior autonomia política dos estados
federados, o que permitiu maior influência nas decisões da Administração
Pública.

Por fim, o fim do século XIX marca o fim da estagnação brasileira


graças à relevante receita de exportações gerada pelo café que permitiu a
reinserção do país nas correntes de comércio mundial. O café permitiu
acumulação de capital que viabilizou o autofinanciamento de sua
expansão e, também, o de outras atividades do embrionário processo
industrial brasileiro que se seguiria com o início do século XX,
principalmente, em relação à infraestrutura logística que servia para
escoamento da produção.

O Convênio de Taubaté

As duas primeiras décadas do século XX marcam a consolidação do


café como o principal produto na pauta de exportações brasileiras. A
produção apresentava forte participação do estado de São Paulo que, apesar
de haver ingressado no plantio de café mais tarde, se destacava pelo volume
de produção que contava com a maior preponderância do emprego de
imigrantes europeus, cuja mão de obra tinha maior produtividade. Outros
fatores também guardam forte relação com a expansão da produção do café:

• Restrição à propriedade de terra – a posse de grandes propriedades


era mais adequada ao café, como atividade produtiva, permitindo maior
dotação de fator de produção (terra) concentrado em poucos
empreendedores;
• Abolição da escravatura – o plantio passou a contar com mão de
obra com maior produtividade;
• Melhora logística – inauguração da ferrovia que ligou os polos
cafeeiros a Santos, gerando redução de custos;
• Aumento da demanda – mudança de costumes nos mercados
importadores (Europa e Estados Unidos) que inseriu o café nos hábitos
alimentares.

O somatório destas condições, aliado à duplicação do preço do café entre


1885 e 1890, provocaram a expansão da produção que, apesar de haver
contribuído para a melhora nos indicadores econômicos brasileiros, trouxe
um problema: o excesso de produção. O problema ganhou destaque com
a crise de 1893 sofrida pela economia dos Estados Unidos e, inicialmente, nos
primeiros anos foi solucionado com a desvalorização da moeda
brasileira (medida heterodoxa), para que o café ganhasse mais
competitividade no mercado internacional, nos momentos que o preço
atingisse níveis muito baixos. Contudo, a desvalorização dificultava as
condições da população urbana por elevar os custos de importação

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dos bens (de consumo e de capital) e, por isso, não pôde se tornar solução
permanente.

Uma das características da classe dos produtores de café era a alta influência
política e diante do pior dos cenários (superprodução e baixa no preço
internacional) a classe cafeicultora buscou que o governo intervisse no
mercado de café para estimular a valorização do preço do produto.
Neste cenário, de um lado a corrente de pensadores liberais (ortodoxos)
propunham que a intervenção prejudicaria os objetivos retomada da
capacidade de tomar crédito do Brasil no mercado internacional. De outro
lado, os intervencionistas (heterodoxos) defendiam a desvalorização
da moeda e que a intervenção do governo ocorresse nos estoques,
como agente especulador, para barganhar no mercado internacional,
assegurando a compra do café do produtor brasileiro. A justificativa para a
posição dos intervencionistas era de que problema não estava fundado,
somente, no excesso de oferta, mas, também, na variação do preço no
mercado internacional provocada pelos especuladores que se respaldavam
em grandes estoques adquiridos a menores preços para venda nos momentos
de alta do preço.

Em 1906, durante a gestão de Rodrigues Alves, a perspectiva de uma


safra muito grande de café aumentou a pressão pela intervenção do governo.
Assim, baseado nos pressupostos: i) de inelasticidade da demanda por
café; e ii) variações entre colheitas maiores ou menores, foi editada,
através de uma lei de emenda ao orçamento federal a autorização. Através
desta, o Presidente podia acordar a regulação do comércio ou outros
mecanismos para promover a valorização do café, junto aos estados
interessados. Assim, juntamente com os dirigentes dos estados do Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, na cidade de Taubaté (SP), foi organizou
uma reunião que produziu o acordo. Os pilares se dariam da seguinte forma:

• Governo compra o excedente da oferta – equilíbrio da oferta e


demanda;
• Financiamento da compra através de empréstimos estrangeiros
– as contas nacionais não viabilizavam esses recursos;
• Caixa de Conversão – empréstimos formariam o lastro da caixa que
permitiria a emissão de moeda para compra do café – foco na estabilização
cambial;
• Imposto por saca de café – incidente sobre cada saca de café para
arcar com o serviço da dívida externa adquirida;
• Contenção da Oferta – governos dos estados deveriam conter o
aumento dos cafezais.

Como resultados do Convênio de Taubaté, no curto prazo, pode-se citar a


valorização do preço nos dois primeiros anos. Além disso, a renda que os
produtores asseguraram foi canalizada, com o passar dos anos, para outras
atividades produtivas e contribuíram para o início do processo de

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industrialização brasileiro favorecido, nos anos seguintes, pelo início da


Primeira Guerra Mundial que provocou queda nas importações
brasileiras.

Por fim, pode-se concluir que o Convênio de Taubaté não resultou na


resolução permanente do problema da queda do preço do café. Como
os lucros se mantinham elevados, não se obteve êxito em reduzir o aumento
do plantio e, consequentemente, mantinha-se a tendência ao excesso de
oferta.

Menos intensiva em capital Mais intensiva em capital


Máquinas e equipamentos mais Máquinas e equipamentos menos
simples simples
Organizados por empreendedores Organizados por empreendedores
locais estrangeiros
Maior organização e planejamento Menor organização e planejamento
Forte influência política Fraca influência política
Esquema 2 - CAFÉ versus AÇÚCAR

a posse de grandes propriedades era mais


adequada ao café, como atividade produtiva,
Restrição à propriedade de terra permitindo maior dotação de fator de
produção (terra) concentrado em poucos
empreendedores
o plantio passou a contar com mão de obra
Abolição da escravatura
com maior produtividade
inauguração da ferrovia que ligou os polos
Melhora logística cafeeiros a Santos, gerando redução de
custos
mudança de costumes nos mercados
Aumento da demanda importadores (Europa e Estados Unidos) que
inseriu o café nos hábitos alimentares
Esquema 3 - CAUSAS DA EXPANSÃO DO CAFÉ

Governo compra o excedente da


equilíbrio da oferta e demanda
oferta
Financiamento da compra através as contas nacionais não viabilizavam esses
de empréstimos estrangeiros recursos
empréstimos formariam o lastro da caixa que
Caixa de Conversão permitiria a emissão de moeda para compra
do café – foco na estabilização cambial
incidente sobre cada saca de café para arcar
Imposto por saca de café
com o serviço da dívida externa adquirida
governos dos estados deveriam conter o
Contenção da Oferta
aumento dos cafezais
Esquema 4 - CONVÊNIO DE TAUBATÉ - PRESSUPOSTOS

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3. (ANPEC 2017 – 1 / Economia Brasileira)


Atribui-se ao Segundo Governo Vargas a intenção de reproduzir as virtudes
dos Governos Campos Salles e Rodrigues Alves. A respeito daqueles dois
governos, é correto afirmar que: a interrupção da política de valorização
cambial no período 1903-1906, com a estabilização da taxa de câmbio, não
impediu o agravamento da crise do setor cafeeiro, o que acabou levando ao
Convênio de Taubaté.

Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Antes de tudo, é importante mencionar que no período compreendido entre
1903 a 1905 houve uma consistente valorização cambial em função da
continuidade do processo de ingresso de capitais estrangeiros. Esta
continuidade, promoveu melhora no Balanço de Pagamentos e,
consequentemente, valorização cambial.
Gabarito: Errado.

1.4. A Crise Cafeeira, a Grande Depressão e os primórdios da


industrialização.

A Crise Cafeeira e a Grande Depressão

Durante os primeiros anos do período republicano, a economia


brasileira que já apresentava sinais relevantes de diversificação, ainda que
distantes de outras nações, percebe no novo regime de governo oportunidade
para aumento da influência política. Assim, incluídos neste grupo, os
comerciantes, importadores e industriais, que tinham interesses contrários
aos do grupo cafeicultor se viam insatisfeitos com as consequências geradas
com as políticas de defesa do café que perdurou durante o primeiro quartil
do século XX.

A defesa dos preços do café propiciou uma situação privilegiada para


os produtores que contavam com a mitigação do risco da variação do preço
no mercado internacional, através do controle da oferta realizado pela
atuação do governo brasileiro como especulador. Em razão disto, entre 1925
e 1929 a produção de café praticamente dobrou, enquanto a demanda
internacional manteve-se, praticamente, estável, apesar da grande
elevação da renda nos países industrializados. A consequência disto é a
constatação da tendência à inelasticidade da elasticidade renda-
demanda do café e, portanto, a conclusão de que os estoques

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acumulados de café, através da política de defesa, não seriam


vendidos. Por outro lado, a política de desestímulo ao aumento das
plantações de café não funcionava, pois o produtor não possuía
acesso a outras atividades de investimento cujas taxas de retorno
fossem comparadas à do café, para o mesmo nível de risco, já que
nenhum outro bem primário contava com a benesse de proteção artificial do
preço, como o café. Além disso, dois fatores eram preocupantes e colocavam
em risco a posição do Brasil como principal produtor mundial:

i) como o preço era mantido em alta de modo artificial; e


ii) como a produção de café não oferece barreiras à entrada
(tornar-se competitivo, para um produtor, dependeria, basicamente, da
abundância de dois fatores de produção: terra e mão de obra).

Portanto, a tendência era que outras nações entrassem no mercado cafeeiro,


fato que pioraria mais ainda a situação brasileira. Ademais, como o
financiamento da defesa do café se deu através de empréstimos
internacionais a consequência foi a expansão da base monetária (1) que
produziria o aumento da inflação (2) e aumento das importações (3), por se
tratar de uma economia dependente de bens estrangeiros. Contudo, duas
razões protegeram o Brasil destes efeitos negativos (1, 2 e 3):

i) investimentos em estoques – graças ao aumento da renda nacional


gerada pelo café, as importações de estoques já haviam se intensificado; e
ii) ingresso de capitais estrangeiros – coincidentemente, no período,
além do ingresso de empréstimos destinados ao financiamento da política do
café, constatam-se ingresso de capitais para investimentos.

Os dois motivos permitiram uma situação cambial favorável para o Brasil que
passou a adotar o padrão ouro como paridade cambial. Porém, com a crise
de 1929, as reservas esvaziaram-se rapidamente, falindo o sistema de
conversibilidade (padrão ouro). Juntamente com a crise, a demanda por
café diminuiu muito no mesmo momento no qual o recorde de produção
(oferta) foi atingido (em 1933), durante o período mais crítico dos efeitos da
crise. Ou seja, o problema em relação ao café estava situado nos dois
lados da equação econômica: no lado da demanda e no lado da oferta.
O esvaziamento de reservas reduziu o valor da moeda brasileira e gerou um
relativo alívio ao exportador brasileiro, mas insatisfação para o importador e,
mesmo assim, uma parcela relevante da produção de café não ainda não
conseguiria ser absorvida pelo mercado. Ademais, com o agravamento da
crise e o excessivo volume de oferta de café o tamanho da queda do preço
no mercado internacional ultrapassou o tamanho da depreciação da
moeda, restando incontroverso o prejuízo do produtor de café. Restou como
saída, para o governo, a expansão do crédito que socializou os prejuízos do
cafeicultor, pois piorou o desequilíbrio no Balanço de Pagamentos e aumentou
ainda mais desvalorização da moeda como nova medida para controlar o
prejuízo do cafeicultor.

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A destruição do café seguiu como a medida mais plausível diante do


cenário existente, para sanear a queda dos preços. Assim, totalmente
dependente da estrutura de oferta da produção (baixa elasticidade renda-
demanda) o café atravessou toda a crise de 1929 sem responder às
melhorias que vieram com a recuperação da crise em 1934, ano no qual
outros bens primários experimentaram forte elevação do preço. Um fato
interessante e ressaltado por CELSO FURTADO ao comparar a queda da renda
brasileira com a renda americana durante o período da crise é, justamente,
entender o efeito da política de defesa do café, como um mecanismo
anticíclico. Nos Estados Unidos, a queda dos preços no atacado foi
menor que a queda do preço do café, mas gerou mais desemprego do
que no Brasil. A explicação para tal fato é de que o custo do café
destruído era menor do que a renda criada com o programa de defesa
do café, o que propiciou a manutenção dos empregos. Isto concretizou-
se, sem ser planejado, em um programa de anticíclico de maior alcance do
que o pretendido, justamente em um momento de crise no qual é comum
ocorrer baixa utilização de todos os fatores de produção disponíveis na
economia. Por esta razão, pela criação de demanda interna, com a
manutenção dos empregos que permitiu utilização dos fatores disponíveis
(capacidade produtiva) é possível afirmar que houve relativo êxito no
programa de defesa do café.

Os primórdios da industrialização
A segunda metade do século XX consolida a economia brasileira pela
predominância do trabalhador assalariado e traz a necessidade de
modelagem de um sistema com maior dinamismo do mercado interno.
Podemos dividir o ciclo de desenvolvimento do período em dois momentos.
No primeiro, o segmento de exportações de bens representa o
principal aspecto de dinamismo e crescimento da renda nacional.
Assim, se a renda externa se contrai, se contrai, também, a renda nacional.
Baseado nesta premissa que se deu o funcionamento da economia brasileira,
com um cenário de dificuldades de crescimento em função da Primeira Guerra
Mundial e, também, da Crise de 1929. Já no segundo momento do
desenvolvimento, a importância do comércio exterior como gerador
de renda nacional, se reduz, mas a dependência dele para a formação
de capital fixo (investimentos em bens de capital produtivos) tende
a aumentar, pois a demanda por máquinas e equipamentos aumenta, à
medida que mais investimentos no setor produtivo interno cresce. Este
formato caracterizou o Brasil na segunda metade do século XX e fica evidente,
segundo CELSO FURTADO, no período compreendido entre 1929 e 1957, na
comparação entre a evolução do produto real que cresceu 300% enquanto as
exportações apenas 80%. Por consequência, do modelo de desenvolvimento,
as importações aumentaram de maneira relevante.

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À medida que a economia brasileira galga maiores níveis de diversificação (e


crescimento), principalmente por causa do crescimento industrial em
substituição da produção agrícola, a diferença entre os blocos regionais se
acentuou. Tal diferença consiste na tendência à concentração da renda em
relação a cada bloco do território. Apesar do processo de industrialização
brasileira ter iniciado em um mesmo momento em todas as regiões,
ela tendeu a concentrar-se, como notado com o estado de São Paulo que
absorveu, a partir da Primeira Guerra, o maior fluxo de concentração.
Uma consequência da concentração é que as regiões com produtividade
da mão de obra mais baixa perceberão preços relativos maiores em
função de não otimizar a as dotações de fatores de produção disponíveis. Por
outro lado, as regiões com maior produtividade da mão de obra mais
alta perceberão salários, relativamente, mais altos. Assim, dada a
inexistência de implementação, de mecanismos de correção como tarifas ou
subsídios que pudessem redistribuir a renda com a finalidade corretiva, a
industrialização das regiões com menor renda encontrou obstáculos ao seu
desenvolvimento.

CAUSA CONSEQUÊNCIA
Demanda por café não aumentou com o Café tem baixíssima elasticidade renda
aumento da renda externa da demanda
produtor não possuía acesso a outras
Política de desestímulo ao aumento das
atividades de investimento cujas taxas de
plantações de café não funcionava
retorno fossem comparadas à do café
O preço era mantido em alta de modo
Riscos para Brasil como principal produtor artificial; e
mundial A produção de café não oferece barreiras
à entrada
Dificuldades não sofridas pelo Brasil com os
investimentos em estoques; e ingresso de
empréstimos para defesa do café (adoção do
capitais estrangeiros
padrão ouro)
estava situado nos dois lados da equação
Diagnóstico do problema do café econômica: no lado da demanda e no lado
da oferta
Nos Estados Unidos, a queda dos preços no o custo do café destruído era menor do
atacado foi menor que a queda do preço do que a renda criada com o programa de
café, mas gerou mais desemprego do que no defesa do café, o que propiciou a
Brasil manutenção dos empregos
Esquema 5 - A Crise Cafeeira e a Grande Depressão

CAUSA CONSEQUÊNCIA
necessidade de modelagem de um sistema
Predominância de trabalhador assalariado
com maior dinamismo do mercado interno
industrialização brasileira iniciou em um
tendência à concentração da renda em
mesmo momento em todas as regiões, mas
relação a cada bloco do território
concentrou-se
Esquema 6 - Os primórdios da industrialização

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4. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: a substituição de importações nos ramos
industriais já existentes era mais fácil quando havia depreciação do mil-réis,
mas a diversificação dos investimentos para novos ramos industriais era
desestimulada.

Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Há um paralelismo em relação à depreciação da moeda no papel de
substituição das importações. Por um lado, ela dificulta o acesso a bens
importados e poderia facilitar o desenvolvimento da manufatura doméstica.
Por outro lado, a diversificação da pauta industrial doméstica é prejudicada,
pois os bens de capital necessários para o desenvolvimento do processo
industrial são importados e ficam mais caros para empresário doméstico.
Gabarito: Certo.

2. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 32º Edição. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2005.
SIMONSEN, Roberto C.. História Econômica do Brasil. 4º Ediçao. São
Paulo: Edição do Senado Federal, 2005.
DELFIM NETO, O problema do café no Brasil. 3º Edição. São Paulo:
Editora Unesp, 2009.
De PAIVA ABREU, Marcelo. A Ordem do Progresso: Dois Séculos de
Política Econômica no Brasil. 2º Edição. Editora Campus, 1995

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QUESTÕES | A ECONOMIA BRASILEIRA DE


FINS DO SÉCULO XIX ATÉ A CRISE DE 1929.
Sumário
1. QUESTÕES COMENTADAS 1

2. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 23

3. GABARITO ....... 35

1. QUESTÕES COMENTADAS

1. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do Século


XIX até a Crise de 1929)
O crescimento industrial, o processo republicano e o desestímulo à bolsa de
valores, que desvalorizava ações são características que estavam presentes
na fase do "Encilhamento".
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Se desdobrarmos as três características citadas pelo enunciado para
analisarmos individualmente:
• Crescimento industrial: não estava presente no período e, somente, se
iniciaria, de maneira mais relevante, nas primeiras décadas do século XX,
após a Primeira Guerra Mundial que reduziu o fluxo de importações para o
Brasil;

• Processo Republicano: estava presente no período, pois Rui Barbosa,


ministro da fazenda à época, com pensamento inclinado às correntes
heterodoxas, foi o responsável pela condução do Encilhamento.

• Desestímulo à bolsa de valores: não estava presente no período, pois o


Encilhamento, que buscava promover aumento da oferta monetária,
promoveu, justamente, corrida à bolsa de valores e, inclusive, há narrativas
de empresas fraudulentas que buscavam captar recursos se aproveitando do
aquecimento do mercado.
Gabarito: Errado.

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2. (Banca: IDECAN, Órgão: CBM-MG, Prova: IDECAN - 2015 - CBM-


MG - Aspirante do Corpo de Bombeiro, / Economia Brasileira de Fins
do Século XIX até a Crise de 1929)
“Que ajuntamento
Que movimento
No encilhamento
Se faz notar!
Toda essa gente
Quer de repente
Rapidamente
Cobre apanhar”

“Ciclicamente, o Brasil não importa o regime vigente; é atormentado por


profundas crises de confiança que corroem até as raízes às suas instituições
políticas e financeiras, arrastando, junto, a economia. Num momento
específico do Brasil República, o país sentiu-se profundamente frustrado em
suas melhores esperanças devido ao famigerado Encilhamento, tido como um
dos graves baques financeiros que o Brasil sofreu, momento em que,
especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, milhares de pequenos
investidores perderam tudo depois de terem apostado alto nas expectativas
de bons negócios falsamente criadas.”

Tal episódio, o Encilhamento, se insere especificamente no período


denominado:
A ( ) Nova República.
B ( ) República Velha.
C ( ) República Ditatorial Militar.
D ( ) República Liberal Democrática.
Resolução:
O encilhamento foi promovido pelo Ministro Rui Barbosa, durante o governo
de Marechal Deodoro da Fonseca. O período republicano denominado
“República Velha” está compreendido entre 1889 e 1930, ou,
simploriamente, da Proclamação da República até a Crise de 1929 (marcos
úteis, apenas, para facilitar a memorização).
Gabarito: Letra B.

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3. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do Século


XIX até a Crise de 1929)
A política de Rui Barbosa, conhecida como "Encilhamento", favoreceu:

A) o desenvolvimento das artes em geral.


B) a educação escolar básica.
C) a primeira crise econômica do governo republicano.
D) o aprimoramento das relações da Igreja com o Estado.
E) o estabelecimento do governo provisório.
Resolução:
As consequências do Encilhamento, para a economia brasileira, foram:
• Descontrole monetário, com a quantidade do principal meio de
pagamento desmedida em relação à sua demanda;
• Surto inflacionário gerado pela política monetária excessiva;
• Desvalorização da moeda;
Consequentemente, é factível afirmar que os resultados da política
heterodoxa promovida por Rui Barbosa, não logrou em resultados positivos.
Gabarito: Letra C.

4. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do Século


XIX até a Crise de 1929)
A crise do Encilhamento, ocorrida durante o primeiro governo republicano,
provocou um grande descontrole na economia nacional. Essa crise:
A) culminou com o desenvolvimento da forte política de industrialização no
Brasil.
B) foi consequência da política econômico-financeira de emissão de papel-
moeda e do crédito aberto, adotada por Rui Barbosa, então Ministro da
Fazenda.
C) conteve a especulação, evitando a falência de banqueiros e industriais.
D) foi consequência da desvalorização dos preços do café no mercado
internacional.
E) levou o Ministro Rui Barbosa e a elite agroexportadora a elaborarem o
primeiro programa de valorização do café
Resolução:
Incorreta. O processo de desenvolvimento da indústria brasileira terá início
durante a Primeira Guerra Mundial como maneira de produzir, internamente,
os bens antes importados;

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Correta. Exatamente. As principais consequências foram:


Descontrole monetário, com a quantidade do principal meio de
pagamento desmedida em relação à sua demanda;
Surto inflacionário gerado pela política monetária excessiva;
Desvalorização da moeda;
Incorreta. O encilhamento não promoveu contenção da especulação. De
maneira contrária, a facilidade do acesso ao crédito e o excesso de liquidez
da economia, provocados pela política monetária expansionista provocaram
aumento dos negócios na bolsa de valores e, inclusive, processos
fraudulentos que visavam captar capitais de maneira indevida, propiciados
pelo excesso de liquidez.
Incorreta. Apesar da baixa elasticidade renda-demanda (tendencia à
inelasticidade) do café, no qual aumentos da renda mundial não
influenciavam a demanda (preço). Por outro lado, para que houvesse
influência no preço, seria necessário aumentos da quantidade produzida
(oferta), o que não se constata no período.
Incorreta. O primeiro plano de valorização do café foi concebido em 1906,
com o evento que ficou conhecido como Convênio de Taubaté. Neste, o
governo brasileiro se comprometia a adquirir a produção de café (oferta) para
atuar como agente especulador no mercado internacional (comprar com
preços baixos, reduzir a quantidade ofertada no mercado e forçar elevação
do preço e vender com preços altos).
Gabarito: Letra B.

5. (Banca: FGV-SP, Prova: Vestibular FGV-SP/ Economia Brasileira


de Fins do Século XIX até a Crise de 1929)
Caracterizou-se por encilhamento a política econômica que:
A) levou o país a uma crise inflacionária pela emissão de moeda, sem lastro-
ouro e com escassos empréstimos estrangeiros, gerando inúmeras falências.
B) pôde acomodar os primeiros anos de República à estabilização e ao
investimento em políticas públicas, principalmente educacionais;
C) levou o país a pedir empréstimos para a reorganização do parque industrial
e para a exploração da borracha na região amazônica;
D) pôde acomodar, por aproximadamente 50 anos, uma economia ainda
dependente, permitindo a aplicação de recursos em serviços públicos;
E) levou o país a receber apoio de todas as nações industrializadas para
desenvolvimento de parcerias, apesar da crescente inflação decorrente dos
inúmeros empréstimos pedidos.
Resolução:

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Correto. A emissão de moeda se deu de forma descompassada à demanda,


gerando excessos; Rui Barbosa pertencia à corrente de pensamento
heterodoxo que tinha como um de seus pressupostos fundamentais o
abandono do Padrão Ouro; a crise gerada pela bolha de crédito, no período
final do encilhamento, provocou falência de empresas que viam na explosão
inflacionária dificuldades de manutenção das atividades.
A) Incorreto. Não houve estabilização, nem política e nem econômica no
período. Além da crise do encilhamento que provocou dificuldades
econômicas, o período também é marcado por revoltas regionais.
B) Incorreto. O processo de industrialização brasileiro terá início no
período da Primeira Guerra Mundial, como forma de substituir as
importações de bens.
C) Incorreto. A crise do Encilhamento provocou desestabilização,
justamente, pelo processo inflacionário gerado.
D) Incorreto. O processo inflacionário não foi causado em decorrência de
empréstimos internacionais, mas, sim, em função do descontrole com a
emissão de moeda.
Gabarito: Letra A.

6. (Ano: 2009, Bancas: CESPE/ CEBRASPE, Órgãos: Instituto Rio


Branco, Provas: Diplomata, Disciplina: Economia)
No que se refere à industrialização brasileira antes da Segunda Guerra
Mundial, julgue (C ou E) os itens subsequentes.
Há consenso entre os historiadores econômicos a respeito dos efeitos
favoráveis do encilhamento sobre a indústria brasileira.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:

Não há consenso entre os pensadores econômicos brasileiros acerca


deste tema. É importantíssimo mencionar que um dos autores que defende
esta teoria é Celso Furtado que se baseia, para tal conclusão, em dados que
da época que, à luz de hoje, pode ter viesado a opinião do ilustre autor.

Gabarito: Errado.

7. (Ano: 2016, Bancas: Marinha, Órgãos: Colégio Naval)


Leia o texto a seguir.

A administração da fazenda publica com a mais severa economia e a maior


fiscalização no emprego da renda do Estado será uma das minhas
preocupações. Povos novos e onerados de dívidas nunca foram povos felizes,
e nada aumenta mais as dívidas dos estados do que as despesas sem

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proporção com os recursos econômicos da nação, com as forças vivas do


trabalho, das indústrias e do comercio, o que produz o desequilíbrio dos
orçamentos, o mal estar social, a miséria. Espero que, fiscalizada e
economizada a fazenda publica, mantida a ordem no País, a paz com as
nações estrangeiras sem quebra da nossa honra e dos nossos direitos,
animado o trabalho agrícola e industrial e reorganizado o regime bancário, os
abundantes recursos do nosso solo vaporizarão progressivamente o nosso
meio circulante, depreciado para as permutas internacionais, e fortificarão o
nosso crédito no interior e no exterior.
(Trecho do discurso de posse de Floriano Peixoto)

Em um trecho de seu discurso de posse, apresentado acima, Floriano Peixoto


demonstrou grande preocupação com a economia brasileira que vivia a
chamada "Crise do Encilhamento". É correto afirmar que entre as
características da crise estavam:

A) o decréscimo das reservas cambiais e a escassez de papel moeda no país.

B) a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e a baixa


na movimentação financeira da bolsa de valores.

C) as falências de indústrias e a inflação que elevou o custo de vida.

D) a liberação das barreiras fiscais para a importação de produtos ingleses,


levando à falência indústrias e grupos comerciais.

E) o excesso de gastos públicos com políticas assistencialistas e o


endividamento com credores no exterior.
Resolução:

Incorreta. A afirmativa equivoca-se ao afirmar que havia escassez de papel


moeda. Ocorreu, no período, exatamente o oposto: excesso de moeda em
função da pulverização de emissão concedida a vários bancos.

Incorreta. A afirmativa equivoca-se ao afirmar que houve baixa na


movimentação na bolsa de valores. Ocorreu, no período, exatamente o
oposto: aumento da movimentação em função do excesso de liquidez nos
bancos que permitiu a criação de uma “bolha de crédito”.

Correta. O período foi marcado por muitas falências, além da drástica


elevação do custo de vida, principalmente, nas regiões urbanas.

Incorreta. O processo de falência em cadeia, de diversas empresas, não se


explica pela liberação de importações, mas, sim, pelo descontrole de preços
gerado pela inflação. Além disso, como a crise do Encilhamento ocorreu pelo
excesso de moeda, o custo das importações no mercado internacional
tenderia a aumentar, dificultando um processo de abertura.

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Incorreta. A crise do Encilhamento não foi promovida por endividamento de


empréstimos estrangeiros, mas pelo descontrole na emissão de moeda.

Gabarito: Letra C.

8. (Ano: 2005 Bancas: CESPE/ CEBRASPE Órgãos: Instituto Rio


Branco Provas: Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a
Diplomacia)
Passados os primeiros momentos da transição da ordem militar para a civil,
do marechal Deodoro ao fim do mandato de Prudente de Morais, as
turbulências deram lugar ao projeto de “saneamento financeiro”,
implementado pelo presidente Campos Sales, controlando-se o meio
circulante e estabilizando-se a dívida externa. No plano político, foi articulada
a chamada “política dos governadores”, segundo a qual apenas os candidatos
aliados à bancada situacionista no Congresso tinham seus diplomas eleitorais
reconhecidos. Isso permitiu ao governo do Rio de Janeiro uma situação de
controle centralista, neutralizando o que, no início do regime, havia sido
denominado as “vinte ditaduras”, resultado da redução do princípio federal à
ação irrefreada das oligarquias estaduais. Esses arranjos conservadores
foram coroados com o Convênio de Taubaté (1904), que, ao criar
favorecimento cambial arbitrário à cafeicultura, fundou as bases da “política
do café-com-leite”, por meio da qual os estados mais populosos e ricos, São
Paulo e Minas Gerais, imporiam sua hegemonia de forma praticamente
contínua até 1930.

Nicolau Sevcenko. O prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do


progresso. In: Fernando A. Novais (coordenador-geral da coleção) e Nicolau
Sevcenko (organizador do volume). História da vida privada no Brasil (3).
São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 33 (com adaptações).

Julgue os itens subsequentes, relativos à trajetória do regime republicano


brasileiro descrita brevemente no texto acima.

Relativamente a aspectos econômico-financeiros, as “turbulências” dos


“primeiros momentos da transição da ordem militar para a civil” podem ser
entendidas como os efeitos da política econômica implantada por Rui
Barbosa, pejorativamente conhecida como Encilhamento.

Resolução:

A “turbulência” mencionada no enunciado guarda relação com a insatisfação


da população que sofria com efeitos provocados pela crise do Encilhamento,
principalmente no tangente ao descontrole dos preços (inflação) e à falência
de diversas empresas.

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Gabarito: Certo.

9. (ANPEC 2018 – 2 / Economia Brasileira)


A Lei Bancária de janeiro de 1890 pode ser exemplo de medida mais afinada
com o papelismo do que com o metalismo.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Exatamente. Vale lembrar que Rui Barbosa era adepto da corrente papelista
que preconizava a emissão de moeda não lastreada em metais. Como
consequência desta medida adotada pelo então Ministro, pode-se citar o
descontrole monetário. Portanto, o tipo de visão coadunada por Rui
Barbosa era oposta à visão metalista.
Gabarito: Certo.

10. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: os papelistas defendiam que a taxa de câmbio era a
principal variável na determinação do nível de renda real em um país
exportador de bens agrícolas como o Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Os papelistas defendiam que o afrouxamento da política monetária
(maior emissão de moeda) seria capaz de determinar o nível de renda, no
sentido de expandi-la. Com relação à taxa de câmbio, segundo esta corrente,
ela deveria ser definida em função da situação do Balanço de Pagamentos.
Gabarito: Errado.

11. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: segundo Celso Furtado, os metalistas desconsideravam
os ciclos de preços do café e culpavam políticas fiscais e monetárias
irresponsáveis pelas crises cambiais e inflacionárias no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:

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Realmente, para os metalistas a causa inflacionária e da


desvalorização na moeda (aspecto cambial) encontrava explicação
no afrouxamento a política monetária (emissão de moeda) como solução
para sanar o déficit fiscal.
Gabarito: Certo.

12. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: os papelistas concordavam com os metalistas que o
padrão-ouro deveria ser a regra da política cambial, embora considerassem
difícil mantê-lo, ao contrário dos metalistas, por causa da inelasticidade-preço
das exportações brasileiras.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Apesar de alguns papelistas aceitarem a adoção do padrão ouro como regra
para política cambial e, consequentemente, a restrição da política monetária
(emissão de moeda), esta ideologia não era consenso entre todos os
papelistas. Além disso, a dificuldade da adoção do Padrão ouro, para os
metalistas, não estava na baixa elasticidade renda-demanda (tendente
inelasticidade) das exportações brasileiras.
Gabarito: Errado.

13. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: os papelistas propunham a industrialização do país
como caminho para superar o modelo agroexportador e achavam que a
emissão monetária sem lastro em ouro era um meio legítimo para levar à
industrialização.
Certo ( ) Errado ( )

Resolução:
Os papelistas defediam, dentre outras questões, o afrouxamento da política
monetária, através da emissão de moeda sem lastro em ouro (ou metais
preciosos ou títulos públicos ou Libra), como variável determinante do nível
de renda real. Não necessariamente todos os papelistas também defendiam

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que o aumento da renda ocorreria através da industrialização ou, ainda,


meramente, defendiam a industrialização. Em resumo, nem todo papelista
era industrialista.
Gabarito: Errado.

14. (ANPEC 2017 – 1 / Economia Brasileira)


Atribui-se ao Segundo Governo Vargas a intenção de reproduzir as virtudes
dos Governos Campos Salles e Rodrigues Alves. A respeito daqueles dois
governos, é correto afirmar que: a interrupção da política de valorização
cambial no período 1903-1906, com a estabilização da taxa de câmbio, não
impediu o agravamento da crise do setor cafeeiro, o que acabou levando ao
Convênio de Taubaté.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Antes de tudo, é importante mencionar que no período compreendido entre
1903 a 1905 houve uma consistente valorização cambial em função da
continuidade do processo de ingresso de capitais estrangeiros. Esta
continuidade, promoveu melhora no Balanço de Pagamentos e,
consequentemente, valorização cambial.
Gabarito: Errado.

15. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Foi uma iniciativa do Governo Federal e não dos cafeicultores.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
A classe cafeicultora caracterizou-se por ser organizada de forma a promover
a submissão dos interesses políticos aos seus interesses econômicos. Assim,
a perspectiva de uma safra muito grande de café aumentou a pressão
dos cafeicultores pela intervenção do governo.
Gabarito: Errado.

16. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Foi inicialmente financiada por emissões de papel-moeda dado a dificuldade
de obtenção de empréstimos externa.
Certo ( ) Errado ( )

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Resolução:
A política de valorização do Café, realizada através do Convênio de Taubaté,
foi, inicialmente, financiada através de empréstimos externos, cujos
juros seriam pagos com o somatório da tributação que incidia sobre
cada saca de café.
Gabarito: Errado.

17. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Incentivou a expansão dos cafezais no Brasil e em outros países produtores
de café.
Certo ( ) Errado ( )

Resolução:
Apesar do Convênio de Taubaté ter, dentre outros pilares, a contenção da
oferta (gradual redução do volume de cafezais), sob a ótica da realidade
este requisito não foi cumprido e, consequentemente, a oferta, nos anos
seguintes, tornou a aumentar.
Gabarito: Certo.

18. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Provocou o fechamento da Caixa de Conversão.
Certo ( ) Errado ( )

Resolução:
O Convênio de Taubaté tinha, dentre outros pilares, a Caixa de Conversão
que tinha como finalidade de realizar a emissão de moeda com lastro
nos empréstimos estrangeiros como forma de estabilização cambial.
Gabarito: Errado.

19. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Eliminou do mercado brasileiro os produtores ineficientes.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:

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Com o advento do Convênio de Taubaté, a atividade cafeeira passou a gozar


de uma certa proteção aos lucros em função da intervenção estatal.
Consequentemente, toda a oferta de café gerada passou a contar com preço
de compra atrativo para o produtor. Assim, em um cenário microeconômico,
para cada unidade monetária investida pelo cafeicultor, havia retorno (lucro),
praticamente, garantido. Este cenário, dificultou a seleção natural com foco
no aumento da produtividade do capital e ou da mão de obra, como maneira
de estimular os produtores mais eficientes e excluir os mais ineficientes.
Gabarito: Errado.

20. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: constituiu uma intervenção governamental no
mercado de café para, mediante a compra de excedentes, restabelecer-se o
equilíbrio entre oferta e procura.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Exatamente. Os pilares de sustentação da política foram estabelecidos da
seguinte maneira:
• Governo compra o excedente da oferta – equilíbrio da oferta e
demanda;
• Financiamento da compra através de empréstimos estrangeiros –
as contas nacionais não viabilizavam esses recursos;
• Caixa de Conversão – empréstimos formariam o lastro da caixa que
permitiria a emissão de moeda para compra do café – foco na estabilização
cambial;
• Imposto por saca de café – incidente sobre cada saca de café para
arcar com o serviço da dívida externa adquirida;
• Contenção da Oferta – governos dos estados deveriam conter o
aumento dos cafezais.
Gabarito: Certo.

21. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: estabeleceu que o financiamento das compras far-se-
ia mediante emissão de papel-moeda, devido às dificuldades de obtenção de
empréstimos externos.

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Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
• Governo compra o excedente da oferta – equilíbrio da oferta e
demanda;
• Financiamento da compra através de empréstimos estrangeiros –
as contas nacionais não viabilizavam esses recursos;
• Caixa de Conversão – empréstimos formariam o lastro da caixa que
permitiria a emissão de moeda para compra do café – foco na estabilização
cambial;
• Imposto por saca de café – incidente sobre cada saca de café para
arcar com o serviço da dívida externa adquirida;
• Contenção da Oferta – governos dos estados deveriam conter o
aumento dos cafezais.
Gabarito: Errado.

22. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: estimulou os governos dos estados produtores de café
a desencorajar a expansão das plantações.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Apesar do Convênio de Taubaté ter, dentre outros pilares, a contenção da
oferta (gradual redução do volume de cafezais), sob a ótica da realidade este
requisito não foi cumprido e, consequentemente, a oferta, nos anos
seguintes, tornou a aumentar.
Gabarito: Errado.

23. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: criou um novo imposto, cobrado em ouro sobre cada
saca de café exportada, para cobrir o serviço dos empréstimos estrangeiros.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Os pilares de sustentação da política foram estabelecidos da seguinte
maneira:
• Governo compra o excedente da oferta – equilíbrio da oferta e
demanda;

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• Financiamento da compra através de empréstimos estrangeiros –


as contas nacionais não viabilizavam esses recursos;
• Caixa de Conversão – empréstimos formariam o lastro da caixa que
permitiria a emissão de moeda para compra do café – foco na estabilização
cambial;
• Imposto por saca de café – incidente sobre cada saca de café para
arcar com o serviço da dívida externa adquirida;
• Contenção da Oferta – governos dos estados deveriam conter o
aumento dos cafezais.
Gabarito: Certo.

24. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: foi uma iniciativa do governo federal e não dos
cafeicultores.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
A classe cafeicultora caracterizou-se por ser organizada de forma a promover
a submissão dos interesses políticos aos seus interesses econômicos, a alta
influência política. Assim, a perspectiva de uma safra muito grande de café
aumentou a pressão dos cafeicultores pela intervenção do governo.
Gabarito: Errado.

25. (Ano: 2015 Bancas: CESPE/ CEBRASPE Órgãos: Instituto Rio


Branco Provas: Diplomata - Prova 2 Disciplina: Economia Assuntos:
Economia Brasileira: Século XIX)
A respeito da economia brasileira nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o
item subsequente.
A segunda metade do século XIX caracterizou-se pelo início da construção
das estradas de ferro, pela imigração estrangeira e pela fundação das casas
bancárias, eventos impulsionados pela necessidade de atender ao
crescimento da economia cafeeira no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Durante o período citado no enunciado, foi construída ferrovia que ligava os
cafezais ao porto de Santos, houve relevante aumento do ingresso de
imigrantes estrangeiros, principalmente europeus, em função do programa
de imigração com apoio do governo brasileiro. O aumento, no final do século

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XIX apresentou aumento das casas bancárias, com foco na emissão de


moeda, em função da Política Econômica do “Encilhamento”.
Gabarito: Certo.

26. (Ano: 2010 Bancas: ESAF Órgãos: MPOG Provas: Analista de


Planejamento e Orçamento - Planejamento e Orçamento Disciplina:
Economia Assuntos: Economia Brasileira: Primeira Metade do Século
XX)
A economia cafeeira, no Brasil, cedo recebeu o influxo do intervencionismo
do Estado. Sobre o ciclo do café, não se pode dizer que:
a) ao iniciar o século XX, o café já ocupava o primeiro lugar na pauta de
nossas exportações.
b) o aumento da produção do café, no início do século XX, não correspondia
às possibilidades de absorção pelos mercados consumidores, por se tratar de
produto de consumo inelástico.
c) a partir do convênio de Taubaté, inicia-se um processo de intervenção na
economia cafeeira, por meio do mecanismo de "valorização" do café.
d) em 1932, o governo federal incentivou, pelo prazo de três anos, o plantio
de café.
e) em 1930, a depressão no mercado internacional de café obrigou o governo
brasileiro a intervir fortemente, comprando e estocando café e desvalorizando
o câmbio, com o objetivo de proteger o setor cafeeiro.
Resolução:
a) Certo. A partir da segunda metade do século XIX e, principalmente nas
primeiras décadas do século XX, o café representará o principal produto de
exportação brasileiro.
b) Certo. O café caracteriza-se por ser produto com baixa elasticidade
renda-demanda, no qual aumentos da renda externa ou redução no preço
não representam impactos no aumento da demanda.
c) Certo. Em resumo, a política de valorização do café, implementada a
partir do Convênio de Taubaté, consistia na compra da oferta, financiada
através de empréstimos estrangeiros, como forma de reduzir a oferta
internacional e forçar a subida do preço do café, fornecendo, de modo
artificial, aumento da receita de exportação para o produtor de café.
d) Errado. Em função do diagnóstico de baixa elasticidade renda-demanda
do café, as tentativas do governo consistiam em promover a redução
da oferta e não incentivar.
e) Certo. A compra do estoque de café tinha como objetivo reduzir a oferta
mundial para valorizar o preço, de modo artificial. Já a desvalorização do
câmbio, permitia ao importador (estrangeiro) adquirir café por um preço
menor, favorecendo o produto brasileiro. Ambas as alternativas foram

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utilizadas, mas não foram exitosas em função da queda de renda constatada


com a Crise de 1929.

27. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: a substituição de importações nos ramos
industriais já existentes era mais fácil quando havia depreciação do mil-réis,
mas a diversificação dos investimentos para novos ramos industriais era
desestimulada.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Há um paralelismo em relação à depreciação da moeda no papel de
substituição das importações. Por um lado, ela dificulta o acesso a bens
importados e poderia facilitar o desenvolvimento da manufatura doméstica.
Por outro lado, a diversificação da pauta industrial doméstica é prejudicada,
pois os bens de capital necessários para o desenvolvimento do processo
industrial são importados e ficam mais caros para empresário doméstico.
Gabarito: Certo.

28. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: o setor exportador impactava fortemente
sobre o conjunto da economia, induzindo a diversificação da capacidade
produtiva.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Realmente a renda nacional era muito dependente da receita de exportação,
principalmente do café. Contudo, como a economia doméstica era pouco
diversificada e dependente da importação de bens de consumo e taxa de
retorno do investimento em relação a cada unidade monetária investida no
café era vantajosa para o investidor, quando comparada a outras atividades.
Portanto, a receita da exportação do café não fomentou a
diversificação.
Gabarito: Errado.

29. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: o desenvolvimento do setor exportador

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implicou um processo de urbanização e impulsionou significativamente o


desenvolvimento da indústria de bens de capital.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Durante o período mencionado no enunciado, realmente, houve aumento de
investimentos na indústria de bens de capital, seja através da conversão dos
lucros do café ou através de investimentos estrangeiros diretos. Contudo,
este processo não foi significante, haja vista que, ao final da década de 30, o
Brasil ainda se encontrava muito aquém dos países industrializados.
Gabarito: Errado.

30. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: o setor agrícola de subsistência, juntamente
com a atividade industrial de bens de consumo interno tradicionais, eram
peças essenciais da dinâmica do modelo.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
O setor agrícola de subsistência realmente apresentava papel relevante no
modelo, já a atividade industrial, apesar de apresentar participação
relevante, não chegava ao patamar de essencial. Pode-se afirmar isso, pelo
fato de que o Brasil ainda dependia da importação de bens de consumo.
Gabarito: Errado.

31. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: no Brasil, diferentemente do processo de
desenvolvimento ocorrido em alguns países europeus, verificou-se uma nítida
divisão social do trabalho entre os setores externo e interno da economia.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
A grande parte dos salários pagos nas atividades relacionadas à exportação
voltava-se para o mercado interno, portanto não há como afirmar que havia
uma divisão “nítida”.
Gabarito: Errado.

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32. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado: se
deveu exclusivamente à abolição da escravatura.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Apesar da abolição ter catalisado o grande aumento do uso de mão de obra
assalariada no fim do século XIX, isto não se deu de maneira “exclusiva”.
O problema da escassez de mão de obra existia no Brasil e, ainda antes da
abolição, por exemplo, já havia iniciativas de sucesso na utilização de mão
de obra imigrante.
Gabarito: Errado.

33. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
aumentou a possibilidade de grandes desequilíbrios externos.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Para Celso Furtado, a consolidação do uso da mão de obra assalariada,
permite a separação, mais bem definida, das oscilações existentes nas
exportações e nas importações. Anteriormente, com o uso mais intensivo
da mão de obra escrava, como a renda nacional era mais concentrada,
as variações nas importações correlacionavam-se, fortemente, no
mesmo sentido das exportações. Com pulverização da renda, as decisões
de importar tornam-se mais autônomas e, para o autor, aumentou a
possibilidade de desequilíbrio no Balanço de Pagamentos.
Gabarito: Certo.

34. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
provocou sérias crises de liquidez, revelando a inadequação da oferta
monetária às novas circunstâncias.

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Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Considere o fato de que a oferta de moeda seja, essencialmente, monopólio,
pois, apenas o governo produz. Com o aumento significativo de trabalhadores
assalariados, consequentemente, aumentamos a demanda por moeda e
ou a velocidade de circulação. Portanto, realmente, é correto afirmar que,
no período, ocorreram momentos de menor liquidez na economia. Outra
consequência deste fato, conforme citado por CELSO FURTADO, é o aumento
do dinamismo do mercado interno.
Gabarito: Certo.

35. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
desorganizou a produção cafeeira.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Não se notaram distúrbios na atividade cafeeira que, inclusive, manteve-se
crescente na pauta de exportações brasileira.
Gabarito: Errado.

36. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
contribuiu favoravelmente para a evolução da indústria brasileira.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Uma das consequências do aumento da mão de obra assalariada foi a
pulverização da renda. Com isso, o aumento da demanda, principalmente
de bens de consumo cresceu e abriu a possibilidade de novos
mercados de bens manufaturados. Consequentemente, é possível afirmar
que, independentemente de outros fatores, houve favorecimento à indústria
brasileira.
Gabarito: Certo.

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37. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


O desenvolvimento da atividade extrativista de borracha se aproximava da
formação da lavoura cafeeira de São Paulo no que se refere à necessidade de
suprimento externo de mão de obra, o que, em ambos os casos, foi satisfeito
por meio de movimento migratório.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Na segunda metade do século XIX acentuou-se muito o grave problema da
falta de oferta de mão de obra no Brasil. A principal solução para sanar esta
dificuldade e, inclusive, a mais utilizada foi utilização de mão de obra de
imigrantes. Cabe ressaltar que, no caso do café, predominou o uso de mão
de obra europeia, enquanto na borracha a foi mais intensiva na migração de
mão de obra nordestina.
Gabarito: Certo.

38. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


Entre as possíveis causas da apreciação cambial do final do século XIX, pode-
se elencar o apogeu das exportações de borracha.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
O aumento da participação da borracha (e também do café) na pauta de
exportações brasileira, em função do aumento do preço (demanda) no
mercado internacional, permitiu melhora no saldo do Balanço de Pagamentos
e, consequentemente, valorização cambial, no período.
Gabarito: Certo.

39. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


A conexão observada entre a tendência ao desequilíbrio externo e os
desequilíbrios fiscais decorreu, entre outros fatores, da queda real das
receitas do Imposto de Importação, cobrado a uma taxa de câmbio fixa sobre
o valor da mercadoria importada, a despeito da desvalorização da moeda
nacional.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
O desequilíbrio externo é caracterizado por queda no volume, ou no preço ou
em ambos de exportações. Este quadro promove piora do Balanço de
Pagamentos que, por sua vez, reflete-se na desvalorização do câmbio que
impõe ao importador a necessidade de desembolsar mais moeda para
satisfazer a demanda de bens importados A demanda de importações cai!

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Se considerarmos que a incidência do imposto de importações é a importação


que se reduziu, pode-se, portanto, afirmar que piorou a receita do imposto
e, por fim, a situação fiscal.
Gabarito: Certo.

40. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


As classes urbanas assalariadas tinham interesses comuns aos dos
cafeicultores no que diz respeito aos ganhos de renda advindos da
desvalorização cambial, o que explica o apoio social amplo a políticas
monetárias expansionistas.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
Antes de tudo, considere que a desvalorização cambial, pode ser promovida,
dentre outros fatores, pelo afrouxamento da política monetária através da
emissão de moeda, por exemplo. Tendo isto em mente, podemos afirmar que
com mais moeda em circulação, o efeito mais rápido de resposta é o aumento
dos preços e não a oferta de mais bens. Consequentemente, as políticas de
desvalorização cambial tenderiam a aumentar a inflação que, por sua vez, é
incômoda para a população em geral.
Gabarito: Errado.

41. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


A produção cafeeira começou a apresentar descompasso entre sua
capacidade de oferta e a demanda internacional como consequência das
safras extremamente favoráveis dos concorrentes internacionais.
Certo ( ) Errado ( )
Resolução:
O descompasso gerado no mercado cafeeiro, guarda relação íntima com
o aumento excessivo da produção (oferta) gerada internamente, no
Brasil, cujo destino era exportação. Como o café é produto com baixa
elasticidade renda-demanda, variações no preço ou na renda externa,
refletiam muito pouco no aumento da demanda. Por outro lado, a produção
brasileira expandiu muito o que gerou excesso de café no mercado e redução
do preço.
Gabarito: Errado.

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42. (Ano: 2012 Bancas: ESAF Órgãos: MPOG Provas: Analista Técnico
de Políticas Sociais - Conhecimentos Básicos Disciplina: Economia
Assuntos: Economia Brasileira: Primeira Metade do Século XX)
A crise mundial de 1929, aliada à situação vulnerável da cafeicultura
brasileira, significou para a economia brasileira:
a) um momento de consolidação do modelo primário-exportador.
b) a ascensão da indústria nacional, com o desenvolvimento da produção de
bens direcionados ao mercado doméstico.
c) um aumento da importação de bens de consumo.
d) a manutenção da pauta de importações do país.
e) a intensificação dos investimentos na cultura do café.
Resolução:
a) Errado. Em função da redução da renda externa, o Brasil percebeu piora
do volume de exportações.
b) Certo. É possível atribuir três motivos para isto: o primeiro consiste no
fato de que a piora das exportações, piorou a situação do Balanço de
Pagamentos e, com isso, percebeu-se uma desvalorização cambial. Esta, por
sua vez, impôs ao importador um dispêndio maior de unidades monetárias
para adquirir bens importados e serviu como estímulo para o
desenvolvimento da indústria manufatureira nacional, principalmente de bens
de consumo; o segundo motivo é que com aumento da demanda interna
gerada pela nova classe assalariada aumentou, também, a demanda por bens
de consumo; o terceiro foi o acúmulo de poupança interna (capital) gerada
pela receita de exportações do café, que foi imobilizado na indústria
manufatureira, principalmente, de bens de consumo.
c) Errado. Na verdade, percebeu-se redução das importações,
principalmente de bens de consumo.
d) Errado. Nota-se, no período, alteração da pauta de importações com
redução de bens de consumo.
e) Errado. A forte retração na demanda externa não gerou incentivos ao
produtor de café, no geral, para aumentar as imobilizações de capital nas
lavouras de café.

43. (Ano: 2011 Bancas: FMP-RS Órgãos: TCE-RS Provas: Auditor


Público Externo Disciplina: Economia Assuntos: Economia Brasileira:
Primeira Metade do Século XX)
Indique a opção que completa corretamente as lacunas da assertiva a seguir.
A crise de _______________________ modificou profundamente o processo
evolutivo da economia brasileira, dando lugar ao chamado processo de
substituição de importações com o deslocamento do elemento essencial da
atividade econômica para ______________________.

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a) 1945 / a expansão das importações


b) 1970 / o milagre econômico
c) 1929 / o mercado interno
d) 1945 / o mercado interno
e) 1929 / a expansão das exportações
Resolução:
A Crise de 1929, por ter reduzido a receita de exportações, induziu um
movimento de substituição de importações voltado para o mercado interno,
no qual é possível citar três motivos específicos:
i) o primeiro consiste no fato de que a piora das exportações, piorou a
situação do Balanço de Pagamentos e, com isso, percebeu-se uma
desvalorização cambial. Esta, por sua vez, impôs ao importador um dispêndio
maior de unidades monetárias para adquirir bens importados e serviu como
estímulo para o desenvolvimento da indústria manufatureira nacional,
principalmente de bens de consumo;
ii) o segundo motivo é que com aumento da demanda interna gerada pela
nova classe assalariada aumentou, também, a demanda por bens de
consumo;
iii) o terceiro foi o acúmulo de poupança interna (capital) gerada pela receita
de exportações do café, que foi imobilizado na indústria manufatureira,
principalmente, de bens de consumo.
Gabarito: Letra C.

2. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do século


XIX até a Crise de 1929)
O crescimento industrial, o processo republicano e o desestímulo à bolsa de
valores, que desvalorizava ações são características que estavam presentes
na fase do "Encilhamento".
Certo ( ) Errado ( )

2. (Banca: IDECAN, Órgão: CBM-MG, Prova: IDECAN - 2015 - CBM-


MG - Aspirante do Corpo de Bombeiro, / Economia Brasileira de Fins
do Século XIX até a Crise de 1929)
“Que ajuntamento
Que movimento
No encilhamento
Se faz notar!

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Toda essa gente


Quer de repente
Rapidamente
Cobre apanhar”

“Ciclicamente, o Brasil não importa o regime vigente; é atormentado por


profundas crises de confiança que corroem até as raízes às suas instituições
políticas e financeiras, arrastando, junto, a economia. Num momento
específico do Brasil República, o país sentiu-se profundamente frustrado em
suas melhores esperanças devido ao famigerado Encilhamento, tido como um
dos graves baques financeiros que o Brasil sofreu, momento em que,
especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, milhares de pequenos
investidores perderam tudo depois de terem apostado alto nas expectativas
de bons negócios falsamente criadas.”

Tal episódio, o Encilhamento, se insere especificamente no período


denominado:
A ( ) Nova República.
B ( ) República Velha.
C ( ) República Ditatorial Militar.
D ( ) República Liberal Democrática.

3. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do Século


XIX até a Crise de 1929)
A política de Rui Barbosa, conhecida como "Encilhamento", favoreceu:
A) o desenvolvimento das artes em geral.
B) a educação escolar básica.
C) a primeira crise econômica do governo republicano.
D) o aprimoramento das relações da Igreja com o Estado.
E) o estabelecimento do governo provisório.

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4. (INÉDITA / Exponencial / Economia Brasileira de Fins do Século


XIX até a Crise de 1929)
A crise do Encilhamento, ocorrida durante o primeiro governo republicano,
provocou um grande descontrole na economia nacional. Essa crise:

A) culminou com o desenvolvimento da forte política de industrialização no


Brasil.

B) foi consequência da política econômico-financeira de emissão de papel-


moeda e do crédito aberto, adotada por Rui Barbosa, então Ministro da
Fazenda.

C) conteve a especulação, evitando a falência de banqueiros e industriais.

D) foi consequência da desvalorização dos preços do café no mercado


internacional.

E) levou o Ministro Rui Barbosa e a elite agroexportadora a elaborarem o


primeiro programa de valorização do café

5. (Banca: FGV-SP, Prova: Vestibular FGV-SP/ Economia Brasileira


de Fins do Século XIX até a Crise de 1929)
Caracterizou-se por encilhamento a política econômica que:

A) levou o país a uma crise inflacionária pela emissão de moeda, sem lastro-
ouro e com escassos empréstimos estrangeiros, gerando inúmeras falências.

B) pôde acomodar os primeiros anos de República à estabilização e ao


investimento em políticas públicas, principalmente educacionais;

C) levou o país a pedir empréstimos para a reorganização do parque industrial


e para a exploração da borracha na região amazônica;

D) pôde acomodar, por aproximadamente 50 anos, uma economia ainda


dependente, permitindo a aplicação de recursos em serviços públicos;

E) levou o país a receber apoio de todas as nações industrializadas para


desenvolvimento de parcerias, apesar da crescente inflação decorrente dos
inúmeros empréstimos pedidos.

6. (Ano: 2009, Bancas: CESPE/ CEBRASPE, Órgãos: Instituto Rio


Branco, Provas: Diplomata, Disciplina: Economia)
No que se refere à industrialização brasileira antes da Segunda Guerra
Mundial, julgue (C ou E) os itens subsequentes.
Há consenso entre os historiadores econômicos a respeito dos efeitos
favoráveis do encilhamento sobre a indústria brasileira.
Certo ( ) Errado ( )

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7. (Ano: 2016, Bancas: Marinha, Órgãos: Colégio Naval)


Leia o texto a seguir.

A administração da fazenda publica com a mais severa economia e a maior


fiscalização no emprego da renda do Estado será uma das minhas
preocupações. Povos novos e onerados de dívidas nunca foram povos felizes,
e nada aumenta mais as dívidas dos estados do que as despesas sem
proporção com os recursos econômicos da nação, com as forças vivas do
trabalho, das indústrias e do comercio, o que produz o desequilíbrio dos
orçamentos, o mal estar social, a miséria. Espero que, fiscalizada e
economizada a fazenda publica, mantida a ordem no País, a paz com as
nações estrangeiras sem quebra da nossa honra e dos nossos direitos,
animado o trabalho agrícola e industrial e reorganizado o regime bancário, os
abundantes recursos do nosso solo vaporizarão progressivamente o nosso
meio circulante, depreciado para as permutas internacionais, e fortificarão o
nosso crédito no interior e no exterior.
(Trecho do discurso de posse de Floriano Peixoto)
Em um trecho de seu discurso de posse, apresentado acima, Floriano Peixoto
demonstrou grande preocupação com a economia brasileira que vivia a
chamada "Crise do Encilhamento". É correto afirmar que entre as
características da crise estavam:

A) o decréscimo das reservas cambiais e a escassez de papel moeda no país.

B) a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e a baixa


na movimentação financeira da bolsa de valores.

C) as falências de indústrias e a inflação que elevou o custo de vida.

D) a liberação das barreiras fiscais para a importação de produtos ingleses,


levando à falência indústrias e grupos comerciais.

E) o excesso de gastos públicos com políticas assistencialistas e o


endividamento com credores no exterior.

8. (Ano: 2005 Bancas: CESPE/ CEBRASPE Órgãos: Instituto Rio


Branco Provas: Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a
Diplomacia)
Passados os primeiros momentos da transição da ordem militar para a civil,
do marechal Deodoro ao fim do mandato de Prudente de Morais, as
turbulências deram lugar ao projeto de “saneamento financeiro”,
implementado pelo presidente Campos Sales, controlando-se o meio
circulante e estabilizando-se a dívida externa. No plano político, foi articulada
a chamada “política dos governadores”, segundo a qual apenas os candidatos

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aliados à bancada situacionista no Congresso tinham seus diplomas eleitorais


reconhecidos. Isso permitiu ao governo do Rio de Janeiro uma situação de
controle centralista, neutralizando o que, no início do regime, havia sido
denominado as “vinte ditaduras”, resultado da redução do princípio federal à
ação irrefreada das oligarquias estaduais. Esses arranjos conservadores
foram coroados com o Convênio de Taubaté (1904), que, ao criar
favorecimento cambial arbitrário à cafeicultura, fundou as bases da “política
do café-com-leite”, por meio da qual os estados mais populosos e ricos, São
Paulo e Minas Gerais, imporiam sua hegemonia de forma praticamente
contínua até 1930.

Nicolau Sevcenko. O prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do


progresso. In: Fernando A. Novais (coordenador-geral da coleção) e Nicolau
Sevcenko (organizador do volume). História da vida privada no Brasil (3).
São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 33 (com adaptações).

Julgue os itens subsequentes, relativos à trajetória do regime republicano


brasileiro descrita brevemente no texto acima.

Relativamente a aspectos econômico-financeiros, as “turbulências” dos


“primeiros momentos da transição da ordem militar para a civil” podem ser
entendidas como os efeitos da política econômica implantada por Rui
Barbosa, pejorativamente conhecida como Encilhamento.

9. (ANPEC 2018 – 2 / Economia Brasileira)


A Lei Bancária de janeiro de 1890 pode ser exemplo de medida mais afinada
com o papelismo do que com o metalismo.
Certo ( ) Errado ( )

10. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: os papelistas defendiam que a taxa de câmbio era a
principal variável na determinação do nível de renda real em um país
exportador de bens agrícolas como o Brasil.
Certo ( ) Errado ( )

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11. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: segundo Celso Furtado, os metalistas desconsideravam
os ciclos de preços do café e culpavam políticas fiscais e monetárias
irresponsáveis pelas crises cambiais e inflacionárias no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )

12. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)


Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: os papelistas concordavam com os metalistas que o
padrão-ouro deveria ser a regra da política cambial, embora considerassem
difícil mantê-lo, ao contrário dos metalistas, por causa da inelasticidade-preço
das exportações brasileiras.
Certo ( ) Errado ( )
13. (ANPEC 2014 – 1 / Economia Brasileira)
Nas últimas décadas do século XIX, ocorreu no Brasil um debate sobre a
condução da política econômica. No debate, houve a polarização entre as
propostas feitas por dois grupos: metalistas e papelistas. Sobre o debate
pode-se afirmar que: os papelistas propunham a industrialização do país
como caminho para superar o modelo agroexportador e achavam que a
emissão monetária sem lastro em ouro era um meio legítimo para levar à
industrialização.
Certo ( ) Errado ( )

14. (ANPEC 2017 – 1 / Economia Brasileira)


Atribui-se ao Segundo Governo Vargas a intenção de reproduzir as virtudes
dos Governos Campos Salles e Rodrigues Alves. A respeito daqueles dois
governos, é correto afirmar que: a interrupção da política de valorização
cambial no período 1903-1906, com a estabilização da taxa de câmbio, não
impediu o agravamento da crise do setor cafeeiro, o que acabou levando ao
Convênio de Taubaté.
Certo ( ) Errado ( )

15. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Foi uma iniciativa do Governo Federal e não dos cafeicultores.

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Certo ( ) Errado ( )

16. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Foi inicialmente financiada por emissões de papel-moeda dado a dificuldade
de obtenção de empréstimos externa.
Certo ( ) Errado ( )

17. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Incentivou a expansão dos cafezais no Brasil e em outros países produtores
de café.
Certo ( ) Errado ( )

18. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Provocou o fechamento da Caixa de Conversão.
Certo ( ) Errado ( )

19. (ANPEC 2001 - 2 / Economia Brasileira)


A política de valorização do café definida pelo Convênio de Taubaté em 1906:
Eliminou do mercado brasileiro os produtores ineficientes.
Certo ( ) Errado ( )

20. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: constituiu uma intervenção governamental no
mercado de café para, mediante a compra de excedentes, restabelecer-se o
equilíbrio entre oferta e procura.
Certo ( ) Errado ( )

21. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: estabeleceu que o financiamento das compras far-se-
ia mediante emissão de papel-moeda, devido às dificuldades de obtenção de
empréstimos externos.

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Certo ( ) Errado ( )

22. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: estimulou os governos dos estados produtores de café
a desencorajar a expansão das plantações.
Certo ( ) Errado ( )

23. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)


No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: criou um novo imposto, cobrado em ouro sobre cada
saca de café exportada, para cobrir o serviço dos empréstimos estrangeiros.
Certo ( ) Errado ( )
24. (ANPEC 2006 - 1 / Economia Brasileira)
No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definiram-se as
bases do que se denominou política de valorização do café. Segundo Celso
Furtado, essa política: foi uma iniciativa do governo federal e não dos
cafeicultores.
Certo ( ) Errado ( )

25. (Ano: 2015 Bancas: CESPE/ CEBRASPE Órgãos: Instituto Rio


Branco Provas: Diplomata - Prova 2 Disciplina: Economia Assuntos:
Economia Brasileira: Século XIX)
A respeito da economia brasileira nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o
item subsequente.
A segunda metade do século XIX caracterizou-se pelo início da construção
das estradas de ferro, pela imigração estrangeira e pela fundação das casas
bancárias, eventos impulsionados pela necessidade de atender ao
crescimento da economia cafeeira no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )

26. (Ano: 2010 Bancas: ESAF Órgãos: MPOG Provas: Analista de


Planejamento e Orçamento - Planejamento e Orçamento Disciplina:
Economia Assuntos: Economia Brasileira: Primeira Metade do Século
XX)
A economia cafeeira, no Brasil, cedo recebeu o influxo do intervencionismo
do Estado. Sobre o ciclo do café, não se pode dizer que:

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a) ao iniciar o século XX, o café já ocupava o primeiro lugar na pauta de


nossas exportações.
b) o aumento da produção do café, no início do século XX, não correspondia
às possibilidades de absorção pelos mercados consumidores, por se tratar de
produto de consumo inelástico.
c) a partir do convênio de Taubaté, inicia-se um processo de intervenção na
economia cafeeira, por meio do mecanismo de "valorização" do café.
d) em 1932, o governo federal incentivou, pelo prazo de três anos, o plantio
de café.
e) em 1930, a depressão no mercado internacional de café obrigou o governo
brasileiro a intervir fortemente, comprando e estocando café e desvalorizando
o câmbio, com o objetivo de proteger o setor cafeeiro.

27. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: a substituição de importações nos ramos
industriais já existentes era mais fácil quando havia depreciação do mil-réis,
mas a diversificação dos investimentos para novos ramos industriais era
desestimulada.
Certo ( ) Errado ( )

28. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: o setor exportador impactava fortemente
sobre o conjunto da economia, induzindo a diversificação da capacidade
produtiva.
Certo ( ) Errado ( )

29. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: o desenvolvimento do setor exportador
implicou um processo de urbanização e impulsionou significativamente o
desenvolvimento da indústria de bens de capital.
Certo ( ) Errado ( )

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30. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: o setor agrícola de subsistência, juntamente
com a atividade industrial de bens de consumo interno tradicionais, eram
peças essenciais da dinâmica do modelo.
Certo ( ) Errado ( )

31. (ANPEC 2020 – 1 / Economia Brasileira)


No que concerne ao Modelo Primário-Exportador e a expansão industrial
antes de 1930, é correto afirmar: no Brasil, diferentemente do processo de
desenvolvimento ocorrido em alguns países europeus, verificou-se uma nítida
divisão social do trabalho entre os setores externo e interno da economia.
Certo ( ) Errado ( )

32. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado: se
deveu exclusivamente à abolição da escravatura.
Certo ( ) Errado ( )

33. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
aumentou a possibilidade de grandes desequilíbrios externos.
Certo ( ) Errado ( )

34. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
provocou sérias crises de liquidez, revelando a inadequação da oferta
monetária às novas circunstâncias.
Certo ( ) Errado ( )

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35. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
desorganizou a produção cafeeira.
Certo ( ) Errado ( )

36. (ANPEC 1999 – 1 / Economia Brasileira)


Segundo Celso Furtado, em Formação Econômica do Brasil, “...o fato de maior
relevância ocorrido na economia brasileira no último quartel do século XIX,
foi sem lugar à dúvida, o aumento da importância relativa do setor
assalariado”. Esse aumento da importância relativa do setor assalariado:
contribuiu favoravelmente para a evolução da indústria brasileira.
Certo ( ) Errado ( )

37. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


O desenvolvimento da atividade extrativista de borracha se aproximava da
formação da lavoura cafeeira de São Paulo no que se refere à necessidade de
suprimento externo de mão de obra, o que, em ambos os casos, foi satisfeito
por meio de movimento migratório.
Certo ( ) Errado ( )

38. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


Entre as possíveis causas da apreciação cambial do final do século XIX, pode-
se elencar o apogeu das exportações de borracha.
Certo ( ) Errado ( )

39. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


A conexão observada entre a tendência ao desequilíbrio externo e os
desequilíbrios fiscais decorreu, entre outros fatores, da queda real das
receitas do Imposto de Importação, cobrado a uma taxa de câmbio fixa sobre
o valor da mercadoria importada, a despeito da desvalorização da moeda
nacional.
Certo ( ) Errado ( )

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40. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


As classes urbanas assalariadas tinham interesses comuns aos dos
cafeicultores no que diz respeito aos ganhos de renda advindos da
desvalorização cambial, o que explica o apoio social amplo a políticas
monetárias expansionistas.
Certo ( ) Errado ( )

41. (ANPEC 2019 – 1 / Economia Brasileira / Primeira República)


A produção cafeeira começou a apresentar descompasso entre sua
capacidade de oferta e a demanda internacional como consequência das
safras extremamente favoráveis dos concorrentes internacionais.
Certo ( ) Errado ( )

42. (Ano: 2012 Bancas: ESAF Órgãos: MPOG Provas: Analista Técnico
de Políticas Sociais - Conhecimentos Básicos Disciplina: Economia
Assuntos: Economia Brasileira: Primeira Metade do Século XX)
A crise mundial de 1929, aliada à situação vulnerável da cafeicultura
brasileira, significou para a economia brasileira:
a) um momento de consolidação do modelo primário-exportador.
b) a ascensão da indústria nacional, com o desenvolvimento da produção de
bens direcionados ao mercado doméstico.
c) um aumento da importação de bens de consumo.
d) a manutenção da pauta de importações do país.
e) a intensificação dos investimentos na cultura do café.

43. (Ano: 2011 Bancas: FMP-RS Órgãos: TCE-RS Provas: Auditor


Público Externo Disciplina: Economia Assuntos: Economia Brasileira:
Primeira Metade do Século XX)
Indique a opção que completa corretamente as lacunas da assertiva a seguir.
A crise de _______________________ modificou profundamente o processo
evolutivo da economia brasileira, dando lugar ao chamado processo de
substituição de importações com o deslocamento do elemento essencial da
atividade econômica para ______________________.

a) 1945 / a expansão das importações


b) 1970 / o milagre econômico
c) 1929 / o mercado interno

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d) 1945 / o mercado interno


e) 1929 / a expansão das exportações

3. GABARITO

Gabarito: Errado. Gabarito: Errado. Gabarito: Errado.


Gabarito: Letra B. Gabarito: Errado. Gabarito: Errado.
Gabarito: Letra C. Gabarito: Certo. Gabarito: Errado.
Gabarito: Letra B. Gabarito: Errado. Gabarito: Certo.
Gabarito: Letra A. Gabarito: Errado. Gabarito: Certo.
Gabarito: Errado. Gabarito: Certo. Gabarito: Errado.
Gabarito: Letra C. Gabarito: Errado. Gabarito: Certo.
Gabarito: Certo. Gabarito: Errado. Gabarito: Certo.
Gabarito: Certo. Gabarito: Certo. Gabarito: Certo.
Gabarito: Errado. Gabarito: Errado. Gabarito: Certo.
Gabarito: Certo. Gabarito: Certo. Gabarito: Errado.
Gabarito: Errado. Gabarito: Certo. Gabarito: Errado.
Gabarito: Errado. Gabarito: Errado. Gabarito: Letra C.
Gabarito: Errado. Gabarito: Errado.

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