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MÓDULO 02 – RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL

# PARTE 01 – O QUE É RENDA FIXA? #

AULA 01 – FLUXO CONSTANTE NO TEMPO


> Conceito: Renda Fixa é todo investimento que você sabe, à priori, qual será o seu retorno futuro.
-Todo investimento que você sabe qual serão os fluxos de recebimentos futuros.
-Data futura = Vencimento.
-Toda renda fixa é um EMPRÉSTIMO.
-Utilizam indexadores para balizar / guiar o retorno dos investimentos.
> No momento do investimento, são definidos o valor do investimento, o prazo do investimento, e a
forma de rentabilização (taxa e indexadores).
 Indicadores:
> SELIC: taxa básica de juros definida pelo Banco Central do Brasil.
- É a taxa básica de juros que investidores emprestam dinheiro para o governo num prazo
de um dia para o outro.
-Normalmente, as taxas de renda fixa do mercado são, NO MÍNIMO, a taxa Selic. Não faz
sentido emprestar dinheiro para outra entidade por um valor inferior ao que o governo
(pagador mais seguro possível) pode lhe pagar por isso.
-Taxa de juros onde toda a economia se baseia para dar e tomar empréstimos.
> IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo):
-Medido mensalmente pelo IBGE.
-Baseado numa cesta de consumo e produtos de famílias entre 1 e 40 salários mínimos.
-Moradia, alimentação e bebidas, transporte, saúde e higiene pessoal, comunicação,
educação, etc.
-Mede a inflação: aumento puro dos valores dos produtos sem nenhuma demanda
adicional.
-Comum existirem títulos de renda fixa atrelados ao IPCA devido aos altos índices de
inflação que o Brasil historicamente possui.
> Os títulos de renda fixa são contratos de empréstimo, que possuem regras de rentabilidade
definidas no momento do investimento. Possuem prazo definido, mas podem ser negociados antes
do prazo (há liquidez em alguns investimentos de renda fixa). Os investimentos em RF geram
renda passiva através dos juros do empréstimo.
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AULA 02 – TIPOS DE TÍTULOS DE RENDA FIXA


> Poupança: investimento mais tradicional do brasileiro. É um crédito bancário, onde o banco utiliza
esse valor pra fazer empréstimos imobiliários.
-Risco atrelado: se o banco quebrar, não recebe o valor investido.
-Até 250.000 / CPF / Banco: garantia do FGC.
-Regras de remuneração da poupança: 0,5% ao mês se Selic > 8,5% / ano OU 70% da
Selic ao mês, se Selic < 8,5% ao ano.]
-Poupança só remunera o rendimento após 1 mês na poupança.
-Poupança, geralmente, apresenta rendimento real superior à inflação. A sua rentabilidade
não perde para a inflação em regra, seria exceção.
-Vantagens: liquidez diária, isenção de IR, melhor opção para reserva de emergência (onde
a rentabilidade não é a prioridade, mas sim proteção e liquidez até nos FDS daquele valor
que a torna um investimento superior à CDB’s para reserva de emergência).
>Imposto de renda sobre os principais títulos de renda fixa:

> CDB: certificado de depósito bancário.


-Proposta do banco em % do CDI.
-CDI (Certificado de Depósito Interbancário): taxa em que os bancos emprestam entre si de
um dia para o outro. Na maioria das vezes é aproximadamente a taxa Selic.
-Geralmente o banco oferece % abaixo da Selic (geralmente 70, 80, 90, 95% do CDI)
-Uma taxa de 95% do CDI, por exemplo, possui a mesma rentabilidade da poupança em
prazos curtos após descontados os impostos.
> Títulos Públicos: títulos de dívida do governo (empréstimo ao governo federal), que são
investidos através do Tesouro Direto (canal de investimento, não o investimento propriamente dito).
-Precisa de corretora de valores para operar através do Tesouro Direto.
-No mercado, há uma negociação diária de vários títulos de investimento muito além do que
o Tesouro Direto oferece. Ele faz um comparativo do que o mercado tá oferecendo, para dar
algumas opções de investimento mais justas e competitivas.
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-Vencimentos (data que o governo vai lhe pagar aquele título); taxa de rendimento (IPCA +
algum rendimento, por exemplo); valor mínimo de investimento.
-O tesouro nacional lhe dá a opção de vender os títulos antes do prazo, mesmo apesar do
vencimento do título ser muito longo (de acordo com taxas que estão sendo negociadas no
mercado).
-A rentabilidade contratada somente é garantida se os títulos forem levados até o
vencimento. Ou seja, caso você negocie o título antes, você pode ter uma rentabilidade diferente
(maior ou menor a depender do momento de liquidação).
-Tesouro IPCA + : protegido pela inflação, o título lhe pagará a inflação acumulada do
período mais um rendimento negociado no momento da aquisição.
-Tesouro IPCA + juros semestrais: os juros não serão acumulados para o final do
rendimento, eles serão recebidos semestralmente como uma renda passiva para você reinvestir
semestralmente. As taxas variam ao longo do tempo.
-Tesouro prefixado: os títulos apenas pagam os rendimentos no momento da compra. Não
possui correção de acordo com a taxa de inflação, apesar de terem taxas bem superiores.
-Tesouro Selic: paga a taxa Selic daquele período da compra.
> CDB / LCI de Banco Pequeno:
-Instituições financeiras pequenas, com alto risco de crédito (instituições financeiras
menores podem não honrar), com rentabilidade baixa frente ao risco do investimento.
-Lock-Up (baixa liquidez): você é obrigado a levar aquele investimento até o vencimento. Ou
seja, você abre mão completamente da liquidez do seu dinheiro.
-Conflito de interesse: as corretoras distribuem esses títulos, que são contratadas por essas
instituições financeiras. Elas ganham vendendo o título por uma rentabilidade menor, e a
rentabilidade total fica para a corretora. Ex.: banco oferece 120% do CDI de um crédito para
a corretora distribuir, mas ela repassa ao cliente por 105% do CDI.
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>Debêntures: empréstimos para empresas.


-São de alto risco de crédito. As que chegam para pessoas físicas são aquelas que gestores
e grandes instituições financeiras não quiseram entrar. Ou seja, não há tanta proteção do
investimento.
-Liquidez restrita. Não consegue sair antes.
-Remuneração baixa pelo risco ao investir em uma debênture.
-Conflito de interesse de quem tá distribuindo para os investidores.
>Títulos de renda fixa em linhas gerais.

-Poupança não é foco da renda passiva, e sim os títulos públicos, que possuem vencimento
longo (posterga o pagamento do imposto, entre outras vantagens.
-A relação risco / retorno dos títulos públicos para renda fixa é a melhor possível. Como dito,
é uma taxa onde o mercado inteiro, das grandes instituições, está negociando entre si. O
Tesouro lhe dá essa oportunidade, com boa precificação dos ativos.
> Os investimentos em renda são para tranquilidade. Parte da carteira que gera renda passiva,
conforto, onde tem que existir rentabilidade. Há rentabilidades maiores, porém, com riscos maiores
atrelados á isso.
> Títulos de RF são contratos de empréstimos, uteis para ter tranquilidade, com a poupança para
reserva de emergência e títulos públicos para investimentos de longo prazo.
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AULA 03 – TÍTULOS PÚBLICOS / RISCOS DA RENDA FIXA


> Risco de crédito: risco do tomador do crédito não pagar. É utilizado para balizar a taxa de juros
do título de renda fixa. Ou seja, quanto mais arriscado o credor é, mais juros você tem que receber.
-Quanto maior o tempo que o credor fica com aquele dinheiro, maior o risco dele não te
pagar.
-Quanto maior o risco, maior deve ser a taxa de rentabilidade daquele título.
> Risco de liquidez: risco de não conseguir sair do investimento antes do prazo.
-Quanto menor a liquidez de um investimento, maior deve ser a rentabilidade.
> Prefixados: não são títulos bons para renda passiva, pois são títulos curtos (renda passiva busca
o maior prazo possível para postergar pagamento de impostos), e tem a inflação no Brasil como
um risco ainda importante (esses títulos não estão protegidos contra a inflação, corre risco da
inflação “comer” o retorno).
-O próprio Tesouro sabe que os investidores não gostam de títulos que não são protegidos
pela inflação, e, decorrente disso, ele nem disponibiliza títulos tão longos.
> Quanto mais longo o Tesouro IPCA for, MELHOR (posterga o pagamento de impostos).
-Caso não precise dos juros semestrais pois você possui outras fontes de renda passiva
melhores, melhor ainda para não precisar pagar semestralmente os impostos.
-Pode existir rentabilidade negativa dos títulos se resgatado antes do prazo.
> O ideal dos títulos públicos é que você carregue ele até o vencimento para garantir a sua
rentabilidade contratada. Eles também sofrem volatilidade alta no começo (principalmente no
começo, distante do seu vencimento).

-Quanto mais longo o título, maior a volatilidade no curto prazo; mas se forem carregados
até o vencimento, você receberá as rentabilidades contratadas.
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-Quando se investe em títulos públicos, deve-se levar até o final pra garantir a rentabilidade.
Em um cenário caótico, pode-se sair de maneira emergencial, mas com a reserva na
poupança, acaba sendo desnecessário se sujeitar à desvalorização desses títulos.
> CDB’s disponibilizados por corretoras geralmente não permitem a saída do ativo antes do
período de carência pré-estabelecido. Os juros só são recebidos no vencimento.
-Baixa liquidez, alto risco de crédito (pequenas instituições financeiras), relação risco x
retorno ruim, conflitos de interesse com a corretora que oferece aquele ativo.
> Notas das agências de crédito:
-Estudos à respeito dos ativos, bem realizados. Porém, às vezes, as notas de Rating foram
realizadas há 6 meses / 1 ano, e não correspondem ao momento daquela instituição
financeira. Ou seja, não dá pra confiar às cegas nos Ratings.
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# PARTE 02 – O QUE É RENDA VARIÁVEL? #

AULA 01 – FLUXO INCONSTANTE E IMPREVISÍVEL NO TEMPO


> Todo investimento que você não sabe qual será o seu retorno futuro. Ou seja, você não sabe
quais serão os seus fluxos de recebíveis futuros.
-Toda renda variável é uma alocação de capital em fluxos futuros imprevisíveis.
-As empresas investem em negócios almejando rendimentos maiores do que a renda fixa
(renda variável). Atrelado à isso, existe um risco maior associado.
> No momento do investimento, define-se o valor do investimento. Porém, o prazo do investimento
e o fluxo de recebimentos são fatores indefinidos, dos quais você não tem certeza! Ex.: ninguém
abre uma padaria pensando em fechá-la nos próximos 3-5 anos.
-Devido à essa incerteza, a renda variável torna-se mais arriscada do que a renda fixa.
> Por que investir em renda variável?
-Renda passiva de diferentes empresas em setores diferentes da economia. Risco passa a
ser reduzido diante dessa variedade de investimentos.
> Os ativos de renda variável são:
-Investimentos de maior imprevisibilidade;
-Investimentos de maior risco;
-Investimentos com expectativa de retornos maiores;
-Uma forma de diversificar a carteira de investimentos.

AULA 02 – PRINCIPAIS ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL


> Ações: são participações em empresas negociadas na bolsa.
-Vantagens: potenciais de retorno altos; tornar-se socio das maiores empresas do Brasil;
receber proventos (participações dos lucros da empresa); ganha com o crescimento da
empresa.
-Desvantagens: é necessário aprender a analisar os ativos. Com boa analise, consegue-se
diferenciar empresas lucrativas de empresas ruins.
> Fundos imobiliários: são participações em fundos negociadas na bolsa, detentores de imóveis de
alto valor agregado. São fundos que possuem vários imóveis dentro deles (shoppings, galpões
logísticos, hospitais, etc.), e que distribuem aluguéis mensais na maioria dos casos. Eles detém
imóveis que você normalmente não conseguiria comprá-los como pessoa física devido ao alto
valor.
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-Vantagens: renda passiva mensal (por lei, eles devem distribuir no mínimo 95% dos
alugueis em um período de 6/6 meses); ter participação em imóveis de alto valor; fundos de
fácil análise (relatórios mensais a respeito da vacância, inquilinos, quem entrou e saiu, quanto
recebeu de aluguel e quanto foi pago, etc.); menor volatilidade em comparação com as
ações.
-Desvantagens: é necessário aprender a analisar os ativos.
> ETF (Exchange Traded Founds): são fundos de ações negociados na bolsa que replicam algum
índice (cesta de ações). Compra-se uma cota desses fundos de gestão 100% passiva.
-Vantagens: não necessita de acompanhamento (simplesmente replica algum índice); fundo
de fácil análise; baixa taxa de administração (não há gestão ativa por trás da cesta de
ações, às vezes são robôs operando).
-Desvantagens: não distribuem dividendos. Os dividendos que estão dentro do fundo, eles
entram no fundo, a cota sofre valorização, mas o dividendo não é distribuído para a sua
conta. Caso queira usar o valor do investimento futuramente, deve-se vender as cotas do fundo
(logo, não te geram renda passiva!)
-Ex.: BOVA11 replica o índice Bovespa (taxa de administração de 0,5% a.a.) / PIBB11
replica o índice BRX (taxa de adm. 0,059% a.a.)
-O Ibovespa pondera o peso de cada empresa do seu índice pelo valor de mercado delas.
Enquanto, quanto maior a empresa, maior o peso dela na carteira (Petrobras, Itaú, Vale,
Bradesco, Ambev, Banco do Brasil, Ultrapar, etc.). É um ativo interessante para quem quer
se expor à renda variável sem querer analisar os ativos.
> Fundos de Ações: são fundos de ações abertos com gestão profissional.
-Vantagens: gestão profissional (curto / longo prazo a depender da gestão).
-Desvantagens: distanciamento dos ativos do investidor (há gestão ativa, mas muitas vezes
você não sabe onde o fundo está investindo, porque está comprando / vendendo algum
ativo); altas taxas de administração (padrão de 2% a.a., podendo chegar à 3-4% a.a.); altas taxas
de performance (quando o fundo supera algum determinado Benchmark, que é o objetivo
de rentabilidade do fundo); historicamente eles possuem retorno inferior ao do índice (poucos
gestores conseguem superar o índice no longo prazo).
>Ativos de renda variável são ativos negociados na bolsa, dando preferência à ações, ETFs e
fundos imobiliários, com diferentes perfis de risco.

AULA 03 – PRINCIPAIS RISCOS DA RENDA VARIÁVEL


> Risco de Falência: quando você investe em empresas para ser sócio no longo prazo, ela pode
pedir falência.
-Baixa geração de caixa: movimentações errôneas.
-Perda de contratos importantes (Smiles, Multiplus, Wiz);
-Alto endividamento: decisões erradas ao longo da gestão, e as empresas precisam se
endividar para cobrir os prejuízos.
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-Ex.: OGX, uma empresa que não era operacional, que abriu capital na bolsa sem nem
conseguir extrair petróleo. Movimento totalmente especulativo do mercado, sem análise
fundamentalista.
> Risco de Mercado:
-As ações são adquiridas para um prazo indeterminado, e, em uma eventual necessidade
de venda por algum motivo emergencial, você pode vender por um valor menor do que você
comprou a depender do momento da negociação do mercado para aquela época
(volatilidade das ações).
> Risco Governo: risco associado à medidas de intervenção do governo na economia e no setor da
empresa, como elevação das taxas de juros, regulação / desregulação de setores, etc.
-O governo pode interferir no livre mercado, na forma como as empresas se gerenciam.
-Isenções fiscais de setores: também vem da gerencia do governo.
> Quem faz Buy and Hold, tem que focar em ativos com resultados consistentes e resilientes, até
para reduzir o risco de falência da empresa.
> Ativos com pouca ingerência pública, ou seja, quanto menor for a intervenção do governo na
empresa, melhor para os acionistas no longo prazo.
> Saber que existe o risco de mercado: paciência nos momentos em que a Bolsa não estiver
caminhando bem.
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# PARTE 03 – FORMAÇÃO DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO #

AULA 01 – GESTÃO ATIVA vs GESTÃO PASSIVA EM RENDA VARIÁVEL


> Gestão Passiva: investimento em ativos que replicam o mercado. Você não precisa selecionar
nenhum ativo. Compra de ETF (fundo que replica o índice da bolsa que contém várias empresas).
-Obtenção de ganhos com o crescimento do mercado acompanhando índices.
-Vantagens: não demanda tempo, não demanda análise, não demanda esforço, e gera
maior tranquilidade para o investidor (ao replicar o índice, você apenas acompanha o mercado,
sem a “culpa” de ter escolhido uma má empresa para investir).
-Desvangens: retorno em média do mercado (sem possibilidade de superá-lo); não
recebimento de renda passiva (os dividendos não são distribuídos, são reinvestidos no
índice)

-Apesar do bom desempenho do índice Bovespa de 11,5% a.a. ajustado em dólar, na


gestão passiva perde-se a oportunidade de selecionar empresas que foram mais rentáveis
do que o índice no longo prazo.
> Gestão Ativa: investimento direto em ações ou fundos imobiliários, para obter ganhos maiores
que o mercado selecionando os ativos de maior qualidade.
-Vantagens: possibilidade de retornos maiores; recebimento de renda passiva através de
dividendos de maneira recorrente.
-Desvantagens: demanda mais tempo, análise, esforço e psicológico (quando o mercado
está em queda, gera questionamento sobre as empresas investidas)
MÓDULO 02 – RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL

> Gestão Passiva e Gestão Ativa podem se combinar e fazer parte de uma mesma carteira. Não
existe melhor ou pior, depende do seu perfil como investidor!
-Perfil gestão passiva: pessoas que querem se dedicar 100% do tempo à sua profissão; que
não querem dedicar nada do seu tempo a análise de ações; investidores que, apesar disso,
querem expor parte do seu patrimônio aos riscos e potenciais ganhos com ações.
-Perfil gestão ativa: para pessoas que também querem dedicar 100% do tempo à sua
profissão (pois o foco sempre será a obtenção de renda antes de realizar investimentos);
pessoas que querem dedicar parte do seu tempo para analisar ações e ativos no mercado;
investidores que, apesar de terem outra profissão, gostam do mercado de capitais e querem
se aprofundar um pouco mais em seus investimentos.
AULA 02 – QUANTO TER EM RENDA FIXA E EM RENDA VARIÁVEL
> Não existe regra definida: depende de cada perfil de investidor, que se sentirá confortável com
cada parcela do seu patrimônio em cada modalidade de renda.
> Invista sempre naquilo que te deixa mais tranquilo!
> Quanto mais averso ao risco, menos investimento em renda variável deve-se ter.
> Parâmetros que ajudam a encontrar um nível adequado entre RF e RV:
-Invista em renda variável somente aquela parcela dos seus investimentos que você
conseguiria observar, com tranquilidade, caindo 80% durante 10 anos. Movimento muito
comum na bolsa! A seleção de boas empresas evita esse risco, mas de forma geral, a bolsa
sofre depreciação em alguns momentos ao longo dos anos.
> Conforme envelhecemos, somos menos capazes de gerar renda ativa; temos menos tempo de
vida para esperar recuperações; nos tornamos mais aversos ao risco (quanto mais velho a gente
fica, mais tranquilidade nós queremos, menos tempo teremos para recuperar prejuízos e
ocasionalidades).
> Alocação Ultra Conservadora de Capital: não quer complicar muito seu patrimônio, e não esta
interessado na renda variável.
-100% em Renda Fixa.
> Alocação Conservadora de Capital: acha importante ter renda variável, mas com perfil
conservador.
> Alocação Moderada de Capital: apetite por ativos mais arriscados; interesse em renda variável;
não se preocupa tanto com constância da renda passiva, mesmo com idades mais avançadas.
> Alocação Holder de Capital: renda variável escalonada.
MÓDULO 02 – RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL

-A renda variável vai potencializar os seus retornos o quanto antes você iniciar (por isso tem
100% até os 30 anos). Ao momento que o tempo for passando, inicia-se a construção de
renda fixa em novos aportes, enquanto que sua carteira da renda variável acaba por se
alimentar sozinha.
-Perfil Agressivo Quando Jovem + Perfil Moderado em Idades Avançadas.

AULA 03 – REGRA DE PARETO


> Princípio de Pareto: “80% dos efeitos são gerados por 20% das causas”

-Ex.: Caso você treine seu esporte favorito 20% do tempo que profissionais, você terá o
equivalente a 80% do aproveitamento deles. Relação de Resultado x Esforço.
-Os seus 20% primeiros aportes são responsáveis por 80% do seu patrimônio final.
-Ressalta a importância de começar a investir o quanto antes.
MÓDULO 02 – RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL

-Aportes de 1000 reais por mês, com rendimento de 1% a.m. durante 50 anos: patrimômio
de aproximadamente 39.500.000,00 (39 milhões de 500 mil). O gráfico acima mostra que os 10
primeiros anos desses aportes foram responsáveis por 70% do patrimônio final, enquanto
que os 40 anos subsequentes de aportes foram responsáveis por apenas 30% do patrimônio
final.
> Os primeiros aportes, independentes do prazo / taxas, são muito mais importantes do que os
aportes que você faz posteriormente. Mais renda variável no início da carteira pode fazer mais
sentido por conta desse princípio.

# PARTE 04 – COMPRANDO AÇÕES E TÍTULOS PÚBLICOS NA PRÁTICA


#

AULA 01 – CORRETORES, CBLC, ESCRITURADOR, BOLSA E TESOURO DIRETO


> Bolsa de Valores: é o ambiente de negociações de ações, com a função de fornecer um
ambiente de negociação das ações entre os investidores.
-30 de Junho de 2009: iniciou o pregão eletrônico.
-B3 (Brasil, Bolsa, Balcão): única empresa que negocia ações no Brasil. Qualquer compra,
independente da corretora, é feita por intermédio da B3.
> CBLC (Câmara Brasileira da Liquidação de Custódia): departamento dentro da B3 onde as ações
e os títulos públicos ficam custodiados (guardados) em seu nome e CPF. Centraliza todos os ativos
que você possui em todas as corretoras. Mas, as ações, após compradas, ficam guardadas dentro
desse departamento no seu CPF.
MÓDULO 02 – RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL

> Corretoras: são entidades responsáveis por realizar as negociações na bolsa de valores em
nome dos investidores.
-Funcionam semelhantes às corretoras de imóveis. São responsáveis pelo acontecimento
das transações entre comprador e vendedor.
> Escrituradores: são bancos responsáveis pela escrituração das ações das empresas listadas na
bolsa. A função dos bancos escrituradores é ser o canal entre o investidor e a empresa, no que se
refere a transações financeiras.
-Toda vez que a empresa quer distribuir proventos, ela entra em contato com o banco
escriturador para fazer o depósito dos valores.
-Responsáveis por toda transação financeira entre as empresas e os acionistas.
> Tesouro Direto: canal entre Tesouro Nacional e os investidores para possibilitar compra e venda
de títulos do Tesouro Nacional sem outros grandes intermediários no meio.
-Requer conta em corretora de valores mobiliários, que oferece esse serviço dentro da sua
plataforma.
-O Tesouro Nacional emite os títulos públicos para bancos através dos leilões de
lançamento.

AULA 02 – ESCOLHENDO UMA CORRETORA E ABRINDO UMA CONTA


> Corretora é um meio para adquirir os ativos. Não importa muito quanto à segurança do
patrimônio do investidor, pois os ativos estão custodiados na CBLC no seu CPF.
> Características de uma boa corretora:
-Estrutura da solidez / Grande instituição por trás;
-Bom suporte ao cliente;
-Custos de corretagem inferiores a R$ 20,00 por ordem: a maioria cobra menos do que isso,
sendo um valor fixo sobre qualquer valor investido;
-Evitar custos de corretagem não variáveis (cobram % em cima do valor da ordem).
AULA 03 – COMO COMPRAR UMA AÇÃO
> Lote fracionário
> Lote integral
> A maioria das corretoras cobra 2 taxas de corretagem caso uma mesma ordem seja em valores
superiores a 100 ações mas não em múltiplos. Ou seja, compre ou apenas no fracionário, ou
apenas no integral.
> Ordens a valor de mercado para garantir a compra das ações (colocar na ordem valor superior à
ordem do melhor vendedor do Book de Ofertas).
>Liquidação das ações para compras e vendas: D+3 dias úteis.
-A partir do momento da compra, você já é proprietário das ações e elas já estão em seu
nome. No entanto, os valores somente saem da sua conta corretora em 3 dias úteis.
MÓDULO 02 – RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL

> Não comprar nem vender ações na primeira ½ hora de abertura, nem na última ½ hora antes do
fechamento.
-Não entrar em leilão de abertura nem em Call de Fechamento.
-Operar entre 10:30 e 16:30.

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