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Universidade Gregório Semedo

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E

DESENVOLVIMENTO HUMANO

MESTRADO EM GESTÃO DE GESTÃO DE

RECURSOS HUMANOS

ESPECIALIDADE EM GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DO


POTENCIAL

HUMANO EM AMBIENTE EMPRESARIAL

A COMUNICAÇÃO INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES


ANGOLANAS

(Pré-projecto apresentado como requisito para obtenção de grau de


mestre)

Orientador: Manuel Gama

Luanda, Agosto 2019

Universidade Gregório Semedo


1
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E

DESENVOLVIMENTO HUMANO

MESTRADO EM GESTÃO DE GESTÃO DE

RECURSOS HUMANOS

ESPECIALIDADE EM GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DO


POTENCIAL

HUMANO EM AMBIENTE EMPRESARIAL

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre

Mestrando........................................................

Orientador: Prof.Doutor Manuel da Gama.................................

Coorientador: Mestre Avelino José

Luanda, Agosto 2019

AGRADECIMENTO

2
“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que
acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas
incomparáveis” (Fernando Pessoa)

Dedido com muio carinho esta dissertação a minha querida mãe, que
infelismente não vai comemorar comigo este momento de luta e batalha que enfrentei

3
RESUMO

Luanda, Agosto 2019

4
ABSTRACT

Key Words:

Luanda, Agosto 2019

5
AGRADECIMENTOS

Luanda, Agosto 2019

6
ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO…………...…………………………………………….…………………..1
Formulação do problema………………………………………………….……………….…2
Hipóteses……………………………………………………………………………………..2
Objectivo geral ………………………………………………………………………………3
Objectivos específicos…………………………………………………………………….….3
Importância do estudo ………………………………………………………………………3
Limitação do estudo ………………………………………………………….……………..4
Delimitação do estudo ………………………………………………………………………4
Metodologia………………………………………………………………………………….4
Modelo de pesquisa………………………………………………………….………………4
População e amostra ………………………………………………………..……………….5
Amostragem …………………………………………………………………………….…...5
Variáveis ……………………………………………………………………………….……5
Técnica de colecta de dados ………………………………………………….……….…….6
Tipo de Pesquisa ……………………………………………………………………….……6
Considerações éticas ………………………………………………………………………...6
REVISÃO DA LITERATURA…………………………,,,,,,,,……………….…………8
1.1. Definição de conceito ………….…………………….………..……………………....8
1.2. A génese da Comunicação Organizacional………………………...…………………
10
1.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS…………...………..…...
………………..12

Luanda, Agosto 2019


7
INTRODUÇÃO

A comunicação é um factor decisivo no seio de uma empresa ou instituição, podendo


contribuir decisivamente para o seu bom funcionamento. A comunicação interna corresponde
a uma necessidade primária que, sendo relativa aos indivíduos que compõem a organização,
promove a dinamização das estruturas e a melhoria dos resultados.

Actualmente, não se pode imaginar uma organização que exerce a sua lideraça no
meio dos seus concorrente que não dê importancia ao trabalho de comunicação (BUENO,
1995, p.9).

Segundo Pimenta (2010) diz que atravez da comunicação interna é possivel melhorar
o desempenho dos funcionarios, desenvolvendo valores tais como : responsabilidade,
compromisso, cooperação , soliedariedade e dedicação, promovendo pilares fundamentai para
o ambiente de trabalho em equipe. E de realçar que a comunicação eficaz melhora o clima
organizacional.

A imagem de uma entidade organizacional depende, em grande parte, da imagem que


é transmitida pelos seus colaboradores. Só um colaborador informado e motivado poderá
responder às críticas, explicar as dificuldades, realçar os méritos e veicular os sucessos,
actuando como embaixador credível e positivo. Daí a ênfase que especialistas e profissionais
de comunicação e gestão organizacional colocam no desenvolvimento, aperfeiçoamento e
recriação das relações interna (BUENO, 2009 p.202).

Com efeito, as empresas têm vindo a modificar a sua forma de actuar e gerir os
colaboradores, investindo também cada vez mais na formação profissional. Esta destaca-se
como um factor de extrema relevância para o desenvolvimento organizacional, uma vez que
tem como principal intuito investir nas competências dos trabalhadores, de modo a aumentar
a sua produtividade e o cumprimento dos objectivos em consonância com as funções que lhes
são imputadas ( Marchiori 2006, p.94)

O tema do presente trabalho é políticas de comunicação interna nas organizações


público privadas de acordo com a literatura revista, os efeitos práticos da formação têm sido
relativamente escassos, constituindo uma temática que ainda se encontra em expansão e
8
desenvolvimento. Não está suficientemente demonstrado que a participação dos trabalhadores
em acções de formação se traduza na aprendizagem efectiva de novos conhecimentos,
competências ou comportamentos, ou seja, existem situações em que isso se verifica e outras
em que não se constata evolução efectiva.

Tendo em conta a variabilidade dos resultados do esforço formativo na aprendizagem


dos trabalhadores, verifica-se que é de extrema relevância analisar quais as variáveis que
podem determinar e predizer a aquisição e aperfeiçoamento de conhecimentos, competências
e comportamentos através de intervenções formativas em âmbito organizacional.

Por outro lado, deve-se ter em conta que, apesar de por vezes os trabalhadores
adquirirem novos conhecimentos e competências em contexto formativo, poderão não os
aplicar em contexto prático/laboral, ou seja, apesar de existir aprendizagem, esta não
modifica o comportamento e as acções dos trabalhadores no desempenho das suas funções.
Assim, a comunicação pode ser um factor preponderante para a postura que os trabalhadores
adoptam, não só durante o decorrer da formação, mas, também, na aplicabilidade em que a
mesma se traduz ao longo do tempo e nas vantagens que traz para o trabalhador e para a
entidade empregadora (BUENO, 2009 p.202).

O presente trabalho pretende relacionar o impacto da comunicação nas organizações,


tendo por referência o ambiente laboral. Salientando a importância da comunicação e da
formação nas organizações, visa particularmente destacá-las como factores determinantes no
ambiente dos trabalhadores para o bom cumprimento das suas funções. A escolha desta
temática deveu-se, em primeiro lugar, ao interesse pessoal pela área específica da
comunicação interna e da gestão de recursos humanos e, em segundo lugar, à atenção que
tem vindo a ser progressivamente concedida ao desempenho do elemento humano nas
organizações.

Segundo Valente, R,. Enfatizou na sua obra que fala sobre ‘‘a Comunicação Organizacional e
as Tecnologias de Informação e comunicação’’, com as contribuições de diversos autores,
que a comunicação é importante para o sucesso das relações humana dentro da organização
facilita a emissão e a recessão das informações entre elas e aumenta o fluxo de produtividade
em função de se utilizar melhor o tempo por conhecer cada um que fazer pela informação
recebida sobre os padrões do seu trabalho.

O autor ( Sinha& Reddy, 1991) diz que para manter a imagem ou atitude dos indivíduos para
com o trabalho, preservar a sobrevivência da organização é necessário que a principal função
da organização seja a manutenção ), já opinião do autores como (idalberto chiavenato), no
seu livro no capitulo 5, ‘’Teoria das relações Humanas-Humanizando na Empresa’’ segundo

9
a visão de Fayol diz que ´´as funções essenciais da organização é composta por organizar,
prever, comandar, coordenar e controlar estas são as funções das organizações mais
aceites hoje. E velar pelo equilíbrio externo e externo porque ‘’a manutenção é a combinação
de todas as ações técnicas e administrativas‘’, segundo (SlideShare),

Segundo o autor Raymond Falcione realça que o clima organizacional esta interligada com a
comunicação e influencia na satisfação dos trabalhadores. Por isso é que o autor (apud Sinha
& Reddy 1991), concordo mais reciprocidade comunicativa haverá um ambiente satisfatório,
comunicação diária, abertura confiança, mais facilidades de interação, vai melhor a
performance e relações entre os membros da organização.

O autor (Lopes,2003 apud Silvestre, Godoi & Ribeiro, 2006:2) definiram que a comunicação
como um sentimento de partilha, mas (Scroferneker,2003:5) defende que a comunicação deve
ser integrada, ela deve ter um lugar central na organização segundo (Luís Barreiro apud
Murillo,2010:75) e Chester Bernado(1938) há desconcordância.

Segundo a visão de (Pedro B. Da Camara, Paulo Balreira Guerra e Joaquim Vicente


Rodrigues) na suas contribuições no livro ( Humanator xxi) nos capítulos 13, que fala

da ‘’ Comunicação Interna’’ fala que é da essência humana estar em constante comunicação.

Segundo Erica Mendes dos Santos na sua obra (A importância da cultura para as
organizações.Cod.vol.8 n.1, jan-dez.2014.p.19-37) diz que a cultura é criada e transmitida
pela relação com o ambiente organizacional, seus valores determinam as ações praticadas por
todos na organização, bem como a imagem que vai refletir para seus acionistas, fornecedores,
clientes, parceiros e da sociedade de um modo geral. Não unanimo com o autor
( Scroferneker,2003:3).

A comunicação saudável deve ser eficaz e para isso é importante ela ser uma das prioridade
da organização segundo (Andrews & Hershel,1996 apud Zanluchi,2006:119), é unanima com
a opinio da Katz e Kashn,1960, na sua obra ‘’ informação e comunicaçã na organização’’

A organização no contexto actual tem procurado adaptar-se as mudança para sobreviver usa
comunicação como ferramenta fundamental segundo (idem). E segundo o autor ‘’Chiavenato.
Cap.10- estilo de Administração’’ é a mais utilizada pelos gestores no contexto actual, dai a
não concordância com Scroferneker, (2003).

Formulação do problema
De acordo a visão de Gil (2007:17) pesquisa se inicia com algum tipo de problema. E
conceitua pesquisa como um procedimento racional e sistemático que tem como objectivo
proporcionar respostas aos problemas que são propostos, dada está afirmação formulamos a
seguinte questão científica: Como minimizar as Politicas interna da comunicação como
factor de crescimento empresarial?
Hipóteses

10
H1. A comunicação interna influencia na organização das actividades da empresa;

H2. A comunicação no ambiente laboral deve estar voltada para a solução dos problemas
institucional e numa velocidade que atenda as necessidades diária;

H3.A comunicação verificada nas empresas devem atender as questões como de


produtividade, gerenciamento com respostas rápidas das preocupações diárias no ambiente
laboral.

Objectivo geral

 O objectivo geral do nosso estudo reside em avaliar a importância que a comunicação


pode assumir no contexto empresarial, sendo ela um veículo para o estabelecimento
de um ambiente laboral mas produtivo.

Objectivos específicos
 Avaliar a eficácia e eficiência da comunicação no ambiente organizacional interno
 Determinar o papel da Comunicação interna nas organizações empresarias;
 Descrever o processo de comunicação que decorre nas organizações Unitel e Movicel;

Importância do estudo

Para a execução do trabalho e a obtenção dos objectivos organizacionais são


necessários dois elementos básicos; a partilha de informação, de ideias e de problemas entre o
grupo, um acompanhamento constante e a transmissão do feedback sobre as tarefas e
desempenho do grupo.

O presente estudo tem como seu foco principal a comunicação feita entre os
elementos da organização e os resultados gerados pela eficiência e eficácia da comunicação
mantida, sendo que, uma comunicação interna bem planeada é vital para as organizações que
busca resultados no rama em que está inserido, Para isso deve-se instituir um programa
estruturado de comunicação interna baseado numa forte estratégia de comunicação. Esta
percepção surge do reconhecimento que os trabalhadores e a empresa em que estão ligados
concorrem para um bem comum.

11
Uma boa comunicação tem um efeito positivo sobre o ambiente interno e,
consequentemente, sobre a imagem geral da empresa. Para a composição de uma imagem
coerente, a comunicação interna deve ter a prioridade, ou seja, as mensagens que a
organização quer divulgar, devem ser encaminhadas em primeiro lugar ao público interno.

Limitação do estudo

Segundo Quetelet (2000: 54), todo método tem possibilidade e limitações, para o
estudo realizado constatamos limitações importantes quanto a sua população e amostra.

A população escolhida para este estudo foram os trabalhadores da escola encontramos


dificuldades no contacto com os mesmos, o tempo de trabalho disponibilizado para
trabalharmos na recolha de informações diante da instituição, a falta de interesse
demonstrado por parte de alguns funcionários, estes foram alguns factores limitantes da nossa
pesquisa.

Delimitação do estudo

Uma vez que delimitar o assunto é fixar sua extensão, abrangência e profundidade o
tema escolhido para este trabalho é o papel da politica interna da comunicação para o
crescimento empresarial, procurou-se bibliografia relacionada ao tema, o questionário
aplicado fora direccionado somente a efectivos das empresas (Unitel, Movicel), o tempo de
investigação teve o seu inicio em 24 de Junho de 2019, onde foram estabelecidos metas para
o tempo da concepção do projecto.

Metodologia
Modelo de pesquisa

Quanto à metodologia utilizada, recorremos ao método quantitativo, pois segundo


Quetelet (2000: 56), os processos quantitativo permitem obter, de conjuntos complexos,
representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si. Assim o
método quantitativo significa redução de fenómenos sociológicos, políticos, económicos. A
termos quantitativos e a manipulação estatística que permite comprovar a relação dos
fenómenos entre si. E obter generalizações sobre sua natureza ocorrência ou significado.

População e amostra

12
A população do presente trabalho é de 3.000 trabalhadores (Unitel) e de 1.800 na
empresa Movicel, fazendo assim um total de 4.800 desta população retiramos um
subconjunto que passou a ser a nossa amostra caso a amostra do nosso trabalho é de 70
pessoas.

Amostragem

Definimos amostragem como um processo de selecção da amostra ao qual


pretendemos generalizar os resultados obtidos a uma população. De acordo com as regras que
determinam o processo, pode ser classificado em duas categorias: Probabilística e Não
Probabilística.

Para o presente trabalho, foi utilizada a amostragem não probabilística aleatória.


Esta técnica apresenta a característica de não fazer uso de formas pré estabelecidas, ela guia-
se de forma aleatória sem ter em conta característico pré estabelecidas.

Variáveis

Variável Dependente : “Consideram-se como variáveis dependentes aquelas que


dependem dos procedimentos da investigação, conotando-se directamente com as respostas
que se procuram. (Gil 2007 p.29)
para este trabalho temos como variante dependente:
 A comunicação entre os trabalhadores
 O relacionamento interpessoal saudável com base em uma comunicação profissional
apta.

As variáveis independentes serão aquelas que são independentes dos procedimentos


da investigação, que não dependem da investigação, constituindo no entanto factores
determinantes que a vão influenciar, recorrendo o investigador à sua manipulação para
observar os efeitos produzidos nas variáveis dependentes” (Gil 2007:29)
para este trabalho temos como variante independente:
 Os meios de comunicação na empresa
13
 Os canais por onde flue a comunicação

Técnica de colecta de dados

Para cumprir com os objectivos da pesquisa, foi utilizada como técnica de recolha de
dados a entrevista, que segundo Gil (2007:29) é um encontro entre duas pessoas, a fim de
que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversa profissional. Aplicamos um questionário a vinte trabalhadores da empresa
pesquisada e fizemos observação e comprovação dos dados com uma apreciação
documental nos arquivos da mesma escola.

Tipo de Pesquisa

Para a elaboração do trabalho em presença, com vista a especificação dos caminhos


adoptados para a captação da realidade dos fenómenos escolheu-se o modelo descritivo, que
consistiu em descrever o fenómeno em estudo e estabelecer a relação entre as variáveis
dependente e independente. Para a atingir os pressupostos objectivos prescritos nesta
pesquisa, dispõe-se como paradigma de investigação o método quantitativo. Assim para a
elaboração deste trabalho, fizemos recurso ao método de pesquisa de campo, aos métodos
bibliográficos.

Considerações éticas

Este estudo que nos propomos a fazer tem como um dos grandes objectivos fazer
menção de todas as fontes pesquisadas, enunciar toda contribuição de diversos autores em
função do tema por nós proposto, ele é uma contribuição para captação de valores e educação
e não uma obra que se destina a contrariar os princípios defendidos pelos académicos.

14
CAPITULO-I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

1.1. Definição de conceitos

Segundo a visão de Marchiori (2006, p.27) A comunicação deve produzir


conhecimento, definindo caminhos que levem a organização a um processo de modernização,
na busca de sua percepção e consequentemente consciência comportamental. Sendo assim, a
comunicação deve agir no sentido de construir e consolidar o futuro da organização.

Na perspectiva de Almeida (2003 p. 27): A comunicação interna pode definir-se,


assim, como um processo comunicativo pelo qual se cria, desenvolve e evolui a entidade da
empresa […] Este conceito engloba acções que visam informar o público interno, criando
relações verticais nos dois sentidos e relações horizontais no interior da empresa, com o
objectivo de facilitar não só a produção, circulação e gestão da informação, como também a
relação e interacção entre todos os agentes, atingindo os níveis de funcionamento de outros
sistemas devido à sua transversalidade na empresa.

De acordo com Pinho (2001, p.39) A comunicação mercadológica, é “aquela


projectada para ser persuasiva, para conseguir um efeito calculado nas atitudes e / ou no
comportamento do público visado”.

Para BUENO (2009). A comunicação eficaz é aquela em que ocorre a compreensão


comum da mensagem por parte de quem a emite e de quem a recebe e contribui para a
mudança almejada na atitude e no comportamento dos participantes do processo (BUENO,
2009).

15
Segundo  Nassar (2006), a comunicação com o público interno deve ser considerada
tão importante quanto a realizada com o público externo

1.2. Breve percurso histórico

A ideia de comunicação é constituída de vários sentidos, isso ocorre devido à


dispersão de novas tecnologias e estudos nessa área que faz com que a comunicação seja uma
representação da sociedade do Terceiro Milénio. O objecto da comunicação é difícil de ser
delimitado porque tem o homem como ponto central e este é essencialmente comunicativo,
tornando complexos os estudos das Ciências Humanas e o conceito dos processos
comunicativos. Sem a comunicação humana, seria impossível projectar pesquisas e formular
teorias nos diferentes campos do comportamento humano.

O objecto de estudo da comunicação não pode se restringir ao universo mediático,


pois desta forma não seriam consideradas todas as relações sociais e interpessoais que são
mediadas pelo verbal. O objecto da epistemologia da comunicação é as teorias, que em
conjunto formam um sistema. É preciso que se desenvolva uma epistemologia da
comunicação, para ampliação e evolução deste campo do conhecimento.

De acordo com Lopes (2003), na contemporaneidade, a comunicação se desenvolveu


através da realidade da mídia, mas o ser humano não é apenas telespectador, é preciso
considerá-lo em sua complexidade como ser biológico, psicológico e sociocultural que é.
Desta forma, a epistemologia da comunicação é a própria condição humana, uma vez que a
evolução do homem se deu através da comunicação. A comunicação é vista como um
processo no qual há o envolvimento de diversas ciências como filosofia, psicologia, história,
geografia, etnologia, biologia e economia.

O processo comunicativo passa a ser investido como estratégia de inserção do


indivíduo na sociedade. É a partir da análise da Sociedade como forma de organização

16
colectiva que se percebe a necessidade da comunicação do indivíduo no meio em que está
inserido. Assim os estudos nesse ramo de pesquisa se intensificaram.

Os modelos de comunicação evoluíram e auxiliaram na formação da história das


Teorias da Comunicação que é a tentativa de articular os termos que foram surgindo sob
forma de dicotomias e oposições binárias, e isso foi motivo para que 17 ocorressem a divisão
de escolas, correntes e tendências. Um equívoco corrente é que nesse campo há uma forte
ilusão de que tudo está por ser criado, quando na verdade o que ocorre é uma evolução da
comunicação em suas diversas Teorias. De acordo com França (2001), uma teoria é um
sistema de enunciados, um corpo organizado de ideias sobre a realidade ou sobre certo
aspecto da realidade. Etimologicamente, teoria significa contemplação, abstracção
intelectual; é a vinculação com a realidade e autonomia da reflexão.

As teorias da comunicação têm a pretensão científica de conhecer a comunicação.


Outro factor importante na história das Teorias da comunicação é a visão da comunicação
como factor de integração das sociedades humanas que nasceu no período das invenções dos
aparelhos de comunicação e do livre comércio no século XIX. No final do século XX a noção
de comunicação englobou a gestão das multidões humanas.

A sociedade começou a pensar como um organismo e a partir disso foi nascendo a


ciência da comunicação. Esta evolução da comunicação ocorreu juntamente com os modos de
produção, que foram se desenvolvendo como, por exemplo, o sistema de escrita fonográfica a
partir da Revolução Metalúrgica, e o auxílio no desenvolvimento dos meios electrónicos no
período da Revolução Industrial.

Segundo Briggs (2004), com a divisão do trabalho, a comunicação ganhou força por
auxiliar a organização do trabalho colectivo nas fábricas e na estruturação do espaço
económico.

A partir daí os países buscavam aperfeiçoamentos em técnicas já existentes até que


em 1793 o telégrafo óptico de Claude Chappe foi inaugurado para fins militares como o
primeiro sistema de comunicação à distância, com objectivo principalmente estratégico.

17
Outro factor relevante para a história da comunicação apresentado pelos autores
Hohlfeldt; Martino e França (2001) é o conceito de rede feito por Saint Simon que pretende
ser uma ciência da reorganização social. Segundo Mattelart (1999), a sociedade é um sistema
orgânico que tece as redes ao mesmo tempo em que é também um sistema industrial. Assim
foi criada a função organizadora da produção de redes artificiais, estradas de ferro,
sociedades bancárias, construindo diversos modelos tecnológicos que utilizam a
comunicação.

Hebert Spencer e Mattelart (1999) promovem o avanço da reflexão sobre a


comunicação como sistema orgânico. Em uma sociedade-organismo é necessário coerência e
integração onde as funções são cada vez mais definidas, e as partes 18 cada vez mais
interdependentes. Nesse sistema total, a comunicação é componente básico dos dois
“aparelhos orgânicos”, o distribuidor e o regulador, a partir destes se tem a continuidade do
sistema. Durante a Primeira Guerra Mundial na Europa, os meios de comunicação tiveram a
função de persuadir os desejos da população e fortalecimento do sentimento nacional. Na
América Latina, os estudos da comunicação ganharam impulso na década de 1970 quando se
passou a retrabalhar e transformar as teorias formuladas por estudiosos estrangeiros.

No final dos anos 40, após as guerras mundiais, as máquinas de comunicar que foram
utilizadas durante as batalhas serviram de base para que fossem aperfeiçoadas, e a
comunicação torna-se o papel central nesse período, a noção de informação torna-se um
símbolo calculável e os meios de comunicação passam a ser conhecidos pelos indivíduos.
Essa etapa mostra o início dos estudos sobre os meios de comunicação de massa que marcou
o desenvolvimento futuro, remetendo a comunicação a um processo de transmissão que tem o
objectivo de persuadir.

O desenvolvimento das Teorias da Comunicação se forma através de diversas teorias


que surgiram na Europa no período entre guerras. O enfoque feito se baseia nas mensagens da
mídia e as consequências que estas trazem para os indivíduos. As Teorias são: Teoria
Hipodérmica (Teoria da Bala Mágica), que se baseia no conceito de estímulo/resposta (uma
mensagem da mídia); Teoria da Persuasão - conceito no qual afirma que os efeitos da mídia
seriam de persuasão; Teoria Empírica de Campo que limita o papel da mídia; Teoria
Funcionalista que estuda as funções exercidas pela mídia na sociedade e Teoria Crítica. Para

18
França (2001), a Teoria Crítica se desenvolveu com base na crítica à mercantilização da
cultura e à manipulação ideológica operada pelos meios de comunicação de massa.

A partir do desenvolvimento dos estudos da Teoria Crítica através das escolas de


pensamento crítico com os filósofos da escola de Frankfurt como Horkeimer, Adorno,
Marcuse, os meios de comunicação de massa passaram a ser vistos como meios de poder e
dominação. Havendo então o questionamento sobre as consequências desses novos meios de
transmissão cultural, uma vez que nesta cultura, o homem passa de sujeito a objecto. Após o
surgimento e evolução das teorias citadas, um novo momento aparece e são elaboradas outras
teorias como a do Agendamento que estuda o poder e a capacidade que os meios de
comunicação têm de evidenciar determinado assunto. 19 Outro estudo, o Newsmaking
investiga a cultura de trabalho dos profissionais de mídia com enfoque no processo de
seleção, produção, e divulgação de informação por meio da mídia. As comunicações de
massa são uma realidade feita a partir de diferentes aspectos. Segundo Wolf (1987), os meios
de comunicação necessitam de uma abordagem sistemática e complexa, pois esses são
extremamente complexos. As pesquisas se dedicavam às conseqüências ligadas ao consumo
das comunicações de massa, mas o perfil desses estudos mudaram, e as pesquisas passaram a
enfocar os efeitos e influências causados pelos meios de comunicação de massa a longo
prazo. As pesquisas sobre as comunicações de massa ou mass media, se baseiam em uma
abordagem sociológica na qual as relações entre estrutura social e os sistemas do poder são
colocados em foco.

Uma das funções da comunicação de massa é construir uma rede de conhecimentos. É


necessário que se tenha uma teoria articulada que situe os estudos que fazem parte da “alma
comunicativa” da comunicação de massa, que seja a passagem de uma teoria física para a
Teoria da Comunicação na essência. Este campo das teorias é bastante diversificado com
algumas dificuldades, mas fundamental para a pesquisa sobre os mass media.

A evolução da comunicação e das Teorias da Comunicação possibilitou a facilidade


de estudos, aprofundamentos e conhecimentos nessa área além de possibilitar uma
reconfiguração no quadro das teorias dando a elas características mais comunicativas.

19
De acordo com Mattelart (1999), o processo da teoria da comunicação é histórico,
reflete a experiência e as tendências da vida em sociedade. Por isso, essa teoria é marcada
pela característica heterogênea em suas correntes e concepções envolvidas.

A evolução da comunicação é um processo constante e outras teorias são


acrescentadas nas formulações existentes envolvendo novos conceitos como as mídias
digitais e novas tecnologias, já que a comunicação está em constante evolução.

Segundo Rabaca e Barbosa (2001), a palavra comunicação vem do latim comunicare,


que significa comum, dando ideia de tornar comum, partilhar, repartir, associar, trocar
opiniões, conferenciar. Deste modo, comunicar significa participação, troca de informações,
ou seja, tornar comum a outra idéia. Esse conceito preza o fato das pessoas poderem entender
umas às outras, expressando pensamentos e até mesmo unindo o que está isolado, o que está
longe da comunidade. Na etimologia do termo comunicação, alguns sentidos importantes são
analisados, como por exemplo, que esse termo designa uma relação na qual haja elementos
que se destaquem de um fundo de isolamento; a intenção de romper o isolamento e a idéia de
uma realização em comum. Esses sentidos retomam a explicação de que quando há
comunicação o isolamento é rompido, tornando-se assim algo que se aplica em comum, com
mais de uma pessoa estabelecendo-se o diálogo.

Outra forma de demonstrar o significado de comunicação pode ser expressa na


decomposição do termo comum + acção, que tem o significado de acção em comum, desde
que esse “algo em comum” se refira ao mesmo objecto de consciência e não a coisas
materiais. Para o conceito sociológico, o papel da comunicação é transmitir significados entre
as pessoas para sua integração na organização social. A comunicação é usada como
mediadora na interacção social entre os homens, que estão em uma constante relação uns com
os outros.

Berlo (2003) entende comunicação "como sendo o processo através do qual um


indivíduo suscita uma resposta num outro indivíduo, ou seja, dirige um estímulo que visa
favorecer uma alteração no receptor pelo fato de estimular este a suscitar uma resposta”.

Desde sua existência o homem sempre buscou formas de se comunicar com seus
semelhantes, as notícias podem ser um dos exemplos de um meio de comunicação utilizado,

20
pois o desejo de informar os fatos ocorridos acontece mesmo antes de se ter as línguas
grafadas.

Segundo Demóstenes, em Atenas, “Os homens especialmente, quando não possuem


ocupações sérias, passam grande parte de seu tempo contando e ouvindo coisas novas”
(DESMÓSTENES, apud MATTELART, 1999). Ao longo de anos de evolução humana, a
capacidade de aprendizagem do homem foi aumentando e sistemas de comunicação baseados
em símbolos e sinais foram se elaborando até chegar à fase em que os indivíduos
classificados como Idade da Fala e da Linguagem.

A comunicação é componente básico da vida social, o aprendizado do homem começa


nos primeiros dias de vida. Comunicamo-nos por uma questão de sobrevivência, a
comunicação é uma forma dos homens se relacionarem entre si. Vivenciamos a comunicação
como uma actividade, é um processo que depende de aprendizagem e usamos a comunicação
para aprender como nos comunicar. Segundo Martino (2001) o ser humano é um ser da
comunicação consigo e com o mundo, ambos entendidos como o produto da comunicação
com outrem.

A comunicação é definida pelos meios nos quais ela se realiza, há diversos meios de
comunicação e para um melhor entendimento foram divididos, segundo Dimbleby (1990), em
três pontos: forma de comunicação, veículos de comunicação e mídia. A forma de
comunicação é o caminho usado para que possa haver comunicação.

A escrita, por exemplo, é um tipo de comunicação que utiliza palavras e um acordo de


regras. Os veículos de comunicação são os meios, que combinam diferentes formas, como a
comunicação não-verbal. A mídia faz parte de um dos elementos da comunicação de massa,
como exemplo tem-se o rádio, televisão, cinema, revistas, jornais e livros.

Os meios de comunicação são usados como auxiliares no processo da comunicação,


através desses meios experienciamos a comunicação, de acordo com Dimbleby (1990).
Quando nos comunicamos, trocamos mensagens, opiniões que envolvem sentimentos e idéias
de outros indivíduos. A comunicação é usada com um propósito, as pessoas têm motivos para
se comunicar como trocar informações e manter os relacionamentos.

21
Na contemporaneidade é difícil encontrar alguma sociedade que não troque
informações entre seus membros. Todo ser humano tem necessidade de notícias que são
impelidas pelas sociedades gerando uma rede de comunicação entre os diferentes indivíduos
com seus diversos costumes. Grande parte do tempo o ser humano se ocupa da comunicação
em suas diferentes formas; ouvindo, falando, lendo ou escrevendo.

O homem teve a necessidade de se comunicar e ao longo da história foi aprimorando a


fala e a escrita. Hoje a palavra comunicação tornou-se popular dentro do contexto estudantil,
trabalhista, familiar. Segundo Aristóteles (2001), o estudo da retórica (comunicação) foi
definido como a procura de “todos os meios disponíveis de persuasão”.

Para ele a meta fundamental da comunicação é a persuasão, essa forma de pensamento


continuou até o século XVIII, quando os conceitos da psicologia das faculdades surgiram
com a distinção entre informar (consiste na troca de informações sobre um conhecimento ou
objecto), persuadir (utilização da comunicação para convencer quem se transmite a
mensagem) e divertir (acção comunicativa como divertimento) como objectivos da
comunicação.

1.3. A génese da Comunicação Organizacional

A história da humanidade é a história de organizar; o que por sua vez é atingido pela
comunicação. Embora alguns autores sugiram que o estudo da comunicação nas organizações
data da antiguidade, a génese da disciplina como campo académico identificável parece
localizar-se entre 1940 e 1950 (Putnam, 2001).

Ruão ao citar Taylor (2016) referiu que as raízes conceptuais da área podem ser
encontradas na teoria retórica clássica, nas teorias das relações humanas, e nas primeiras
teorias organizacionais e de gestão. Este autor considera, ainda, que várias outras disciplinas
contribuíram significativamente para o nascimento do campo, como a Ciência da
Administração, a Antropologia, a Psicologia Social, a Ciência Política, a Sociolinguística, a
Sociologia, a Retórica e, até, a Crítica Literária. Tal leva-nos a considerar que o percurso da
Comunicação Organizacional está marcado por uma herança diversa, recebida de muitas
disciplinas científicas, que cunham o actual “estado da arte”.

22
Redding e Tompkins citado por Ruão (2016), procurando sistematizar o percurso de
afirmação da Comunicação Organizacional enquanto disciplina científica autónoma,
segmentaram o seu desenvolvimento em três períodos (ver quadro 1).

O primeiro desses períodos situa-se entre 1900 e 1940 e corresponde ao momento da


preparação para a emancipação, tendo sido dominado pelos estudos sobre as competências
comunicativas. A segunda fase aconteceu entre 1940 e 1970 e foi designada de momento da
identificação e consolidação, estando marcada pelo aparecimento das publicações
especializadas no campo e o nascimento dos primeiros cursos de licenciatura.

Neste período podemos identificar, ainda, dois acontecimentos de relevo: o


reconhecimento académico da área em 1959, e a realização da primeira conferência
especializada, no ano de 1967 em Hunstville – Alabama (EUA), que permitiu a produção de
uma revisão sobre a pesquisa realizada. Por último, temos o momento da maturidade e
inovação, a partir de 1970, marcado pelo crescimento da pesquisa empírica e pelo
desenvolvimento das premissas teóricas do campo.

A cada um destes momentos correspondem temas e metodologias de investigação


diferenciados. Assim, de 1900 a 1970 as pesquisas centraram-se nas questões da eficiência
organizacional, para treino e prescrição das competências comunicativas, e estudaram o
processo comunicativo em contexto organizacional, os canais de comunicação, a
comunicação superior-subordinado, o clima organizacional e as redes informais. Redding e
Tompkins citado por Ruão (2016) designaram o período temporal de 1900 a 1940 de
“formulário-prescritivo”, pela pretensão que as pesquisas tinham de encontrar fórmulas de
sucesso, e classificaram o momento de 1940 a 1970 de “empírico-prescritivo”, pela aplicação
da metodologia de estudos de caso com objectivos de prescrição para os gestores.

23
CAP-II- A COMUNICAÇÃO EFICAZ NA ORGANIZAÇÃO,
SEU PAPEL E FUNÇÃO

2.1. A comunicação na administração das organizações

Segundo Chiavenato (2006), os seres humanos são obrigados a cooperar uns com os
outros, formando organizações para alcançar certos objectivos que a acção individual isolada
não conseguiria alcançar. Pode-se dizer que organizações são sistemas de actividades
coordenadas por mais de 2 pessoas que cooperam entre si e só existem quando:

a) Há pessoas capazes de se comunicarem;


b) Que estão dispostas a contribuir com acção conjunta;
c) E a fim de alcançarem um objectivos em comum. A comunicação organizacional é de
extrema importância para as organizações, pois visa passar informações, tomadas de decisões
correctas e desenvolver relacionamentos que integram e coordenam todas as partes.

O comportamento Humano nas organizações sofre influências pessoais


(personalidade, motivação, expectativas, objectivos pessoais) e ambientais (cultura, ambiente
de trabalho).

As relações humanas estão voltadas para atitudes e acções desenvolvidas com os


grupos e pessoas. Toda pessoa procura entrar em grupo e ser aceita e compreendida de forma

24
a seguir seus interesses e aspirações. Cada pessoa tem uma personalidade que pode ser
influenciada por outro indivíduo ou grupo. A compreensão dessas relações contribui para
melhorar a produtividade dos empregados, porque podem falar de uma forma mais
espontânea e de uma maneira sadia.

A comunicação pode e deve ser utilizada para estimular, motivar e melhorar a imagem
da empresa, mas sua prioridade nas organizações é solucionar problemas, gerar e facilitar a
compreensão entre pessoas com diferentes pontos de vista.

A comunicação interage na hierarquia da empresa, sendo o factor que pode construir


ou destruir a imagem, os relacionamentos e os objectivos. Já Kwasnicka, qualquer pessoa ou
grupo que tenham a intenção de iniciar um negócio próprio, precisa ter o conhecimento para
administrar, ou então, contratar alguém para fazê-lo, visto que os problemas decorrentes do
negócio devem ser previstos para alcançar a finalidade principal. (kwasnicka1995, p.17).

A comunicação se bem administrada oferece a qualquer empresa agilidade. Os


administradores começaram a se preocupar com os aspectos “intangíveis” da organização,
tais como liderança, comunicação, motivação, organização informal, buscando entender o
comportamento humano e encontrar soluções para os problemas organizacionais.

2.2. Eficiência na comunicação interna organizacional

A alta direcção de qualquer organização precisa conhecer e acreditar no poder da


comunicação interna, pois, é através dela, com uma boa relação com o público interno, forma
eficiente, que a empresa poderá transmitir a sua imagem ao seu público externo, pois são eles,
os responsáveis por essa imagem.

Para Ruggiero (2002), a qualidade de comunicação nas organizações deve pressupor


individualização do processo em função das naturais diferenças em outro quadro de
referência, nível de experiência, amplitude de interesses, grau de motivação, etc. de pessoa
para pessoas. Para que haja eficiência na comunicação interna, é importante conhecer em
profundidade o público interno da empresa. É necessário um contacto pessoal em que se
estabeleça uma relação de confiança, que possa transmitir as suas expectativas, ansiedades e

25
interesses entre a organização e o seu público interno. É importante que o emissor tenha
acesso aos conhecimentos do receptor sobre o assunto a ser abordado.

O seu nível de linguagem e o seu grau de interesse são itens relevantes para que
ocorra a sintonia entre eles. Destaca-se que os elementos para uma transmissão de mensagem
eficiente são: comunicação assertivamente
 A mensagem será mais bem recebida se os funcionários exporem suas ideias
directamente; uso de canais múltiplos
 A uso dos cinco sentidos para recepção; uso da comunicação bidirecional
 A envolvimento da mensagem dos receptores na conversação; apoiar-se
 A certos tipos de comunicação fazem com que as pessoas se sintam apoiadas,
facilitando o processo.

Marques (2004 apud NEVES, 2007) afirma: Que a comunicação interna é uma via de
mão dupla, portanto, tão importante como comunicar é saber escutar. Os 5 “C’s” de uma
comunicação interna eficaz são: clara, consciente, contínua e frequente, curta e rápida e
completa.
 Eficiência na comunicação interna organizacional A comunicação interna auxilia que
os colaboradores exponham suas habilidades para a liderança propondo o suporte
operacional para reforçar as pesquisas de clima motivacional e avaliações de
desempenho.
 Este suporte consiste na correcta definição dos veículos e formatos correctos para que
as informações sejam trocadas. Existem diferentes estratégias que podem ser
desenvolvidas, desde as mais tradicionais, como publicações (mural, intranet, boletim
impresso e boletim electrónico) até ferramentas mais modernas.

 Tornar a Comunicação dentro da organização mais transparente, democrática e


humana.
 Tornar mais eficiente o fluxo interno de informações, evitando ruídos e mal
entendidos.
 Disseminar para todos os conceitos e informações a respeito da organização que
precisam ser transmitidos aos públicos externos de maneira uniforme.

26
 Deixar os colaboradores informados sobre os acontecimentos importantes e fazer com
que todos se sintam parte do processo de crescimento da organização.
 Valorizar e motivar cada vez mais o colaborador, que terá importantes ganhos em sua
produtividade.
 Por meio da Comunicação, prestar serviços importantes aos colaboradores, como
dicas, por exemplo, sobre desenvolvimento profissional, finanças pessoais e saúde,
além de informações sobre benefícios etc.

Segundo NEVES (2007), a comunicação interna eficiente dissemina a cultura da


empresa uniformemente e até a aprimora com as contribuições individuais. Os seres humanos
aprendem muito por imitação, e se consigo treinar pessoas com uma comunicação eficaz, isso
é contagioso.

2.3. A comunicação eficaz

Uma comunicação eficaz no cenário organizacional pode ser entendida como aquela
que transforma a atitude das pessoas. Se a comunicação apenas muda suas ideias, mas não
provoca nenhuma mudança de comportamentos, então ela não atingiu seu resultado.

Assim, quando falamos em comunicação eficaz, estamos falando daquela que atinge
com efectividade seu objectivo, que é transmitir uma mensagem com clareza, utilizando os
mais diversos tipos de canais de comunicação para isso. Ou seja, basicamente é quando o
emissor passa uma informação ao seu receptor e este entende a mensagem exatamente como
ela foi transmitida, sem acrescentar nada a mais ou a menos à sua interpretação.

Veja que neste parágrafo eu falei sobre os elementos que compõem a comunicação
eficaz, aos quais vou ressaltar mais uma vez, para que fique claro o que é necessário para que
se estabeleça um processo comunicacional:

 Emissor: responsável por transmitir a mensagem, com todas as informações


necessárias para que haja o entendimento assertivo e efetivo desta;

 Receptor: trata-se de quem recebe a mensagem e faz a sua interpretação;

27
 Linguagem: aqui estamos falando dos códigos de linguagem que são utilizados para
que haja a transmissão correcta das informações;

 Mensagem: por fim, a mensagem é basicamente o conjunto de informações que são


transmitidas

A junção de todos estes elementos, faz com que a comunicação aconteça, de forma
verdadeiramente eficaz, nos mais diversos contextos, principalmente no empresarial.

E por falar em mundo corporativo, é necessário lembrar que a boa comunicação neste
ambiente é bastante dinâmica. Ela não é realizada apenas por meio de conversas, formais e
informais, telefonemas e reuniões. Ela está presente desde a pausa do café até a emissão de
documentos importantes. Além disso, há também a utilização de ferramentas de comunicação
escrita – como e-mail, memorandos e circulares, por exemplo – que fazem parte do dia-a-dia
de qualquer organização actualmente.

Por isso, saber escrever de forma clara e objectiva, assim como se comunicar de forma
geral, utilizando todos os meios, é fundamental para o desenvolvimento das demandas. Neste
sentido, investir em uma comunicação eficaz não é somente investir em comunicações
verbais, uma vez que esta envolve também as comunicações não verbais.

Lembre-se sempre que um bom profissional deve saber planejar e esquematizar suas
ideias para transmiti-las de forma eficiente e serem entendidas com assertividade por aqueles
que receberem estas mensagens.

3.4. Investir em uma comunicação eficaz

É importante que as empresas entendam o quão valioso é ter uma comunicação eficaz,
que seja clara e directa entre todos aqueles que fazem parte dos negócios. É essa
comunicação que garante o bom andamento dos processos, a execução das actividades e o
alcance de resultados extraordinários.

Pode soar como exagero, querida pessoa, mas não é. Quando uma mensagem ou uma
informação relevante para a equipe é  mal transmitida ela, consequentemente, será mal
compreendida. Essa falha na comunicação – que impactará o andamento das actividades de

28
toda uma equipe – poderá afectar negativamente o ambiente de trabalho e trazer diversos
outros prejuízos para os negócios.

Uma informação mal transmitida poderá impactar negativamente o atendimento aos


clientes e fornecedores, por exemplo, além de interferir nas relações interpessoais de colegas
de trabalho.

Diante disso, é essencial que você, seja empreendedor, empresário ou colaborador de


uma empresa, perceba como é importante garantir que a comunicação dentro das
organizações seja realmente eficaz, pois ela contribui de maneira positiva com o equilíbrio
organizacional.

Continue a leitura e veja quais outros motivos temos para considerar importante que a
comunicação dentro de uma organização seja, efetivamente e na prática, eficaz:

3.5. Assertividade nos processos de comunicação

Todos sabemos que um dos maiores gaps existentes nos mais diversos ambientes
corporativos é a falha na comunicação. Isso acontece, pois, em grande parte dos casos, as
pessoas que fazem parte da empresa e dos negócios, de uma forma geral, não têm a
consciência de que é necessário transmitir informações com clareza e objectividade, para que
assim, a execução dos processos organizacionais sejam o mais assertivos possíveis.

Assim, criar esta consciência e este hábito em todos, independentemente dos cargos
ocupados, faz com que os processos tenham um bom andamento e as demandas sejam
executadas com muito mais facilidade, tornando, assim, muito mais fácil, também, o alcance
dos objectivos e resultados extraordinários.

3.6. Comunicação e motivação

Quando existe uma comunicação eficaz nas empresas, os colaboradores que dela
fazem parte sentem-se altamente satisfeitos. Isso acontece, pois eles enxergam que estão em
um lugar onde existe transparência, objectividade e espírito de cooperação na forma de se
comunicar.

29
A consequência disso é um ambiente em que as actividades são realizadas com muito
mais fluidez, o que traz resultados positivos para todos. Além disso, quando observam que a
comunicação é eficaz na empresa, ou seja, que o que cada um diz verdadeiramente importa e
é levado em consideração, aumenta a sensação de pertencimento destes colaboradores,
fazendo com haja um aumento significativo de seu engajamento e motivação.

3.7. Comunicação como mediadora de conflitos

A partir do momento que uma empresa investe em comunicação eficaz, ela evita a
incidência de conflitos entre seus colaboradores. O motivo disso se dá pelo fato de que todos
têm a grande preocupação de transmitirem suas mensagens com o maior número de
informações possíveis, que facilitem a interpretação do colega que irá recebê-la e que, por
ventura, executará determinada tarefa.

Com isso, ocorre uma diminuição considerável de discussões desnecessárias, que


surgem por simples falhas que acontecem na comunicação, seja por parte do emissor, ou por
parte do receptor, situações estas que, infelizmente, ainda são bastante corriqueiras nos mais
diversos ambientes organizacionais.

Além disso, por tornar o ambiente organizacional o mais transparente possível, caso
ocorram conflitos, estes logo são resolvidos entre todos os envolvidos, uma vez que, através
da comunicação eficaz, estes tornaram-se maduros o suficiente, para, em um conversa
amigável, sentarem-se e resolverem suas diferenças, sem que ninguém saia ofendido ou
prejudicado com isso.

4.8. Comunicação na organização

Um bom profissional precisa saber seleccionar as ideias, esquematizar e planejar o


que deseja transmitir. Precisa saber convencer, dominar o assunto que pretende defender em
seu texto. Ou seja, a boa comunicação escrita depende de um bom planeamento do texto.
A boa comunicação é fundamental para o sucesso de qualquer organização. Afinal, ela está
presente em todos os momentos do nosso dia-a-dia, com um foco: a transmissão da
mensagem a um receptor.

Transmitir mensagens de maneira adequada é uma das ferramentas essenciais para o

30
sucesso de uma organização, de um indivíduo, de uma nação. Afinal, as pessoas precisam ser
compreendidas. Por essa razão, as organizações estão tentando, cada vez mais, flexibilizar as
comunicações e facilitar o fluxo das informações entre seus colaboradores. Esta é uma forma
de obterem sucesso, pois a linguagem e a boa comunicação são símbolos de poder e
autoridade.
As corporações já compreendem a linguagem como propiciadora de tais símbolos.
Prova disso é que, hoje em dia, os processos selectivos contam com provas de português.
Então, as pessoas que pretendem atingir um alto nível de profissionalismo buscam a
excelência na comunicação. Precisam saber se comunicar bem em sua própria língua,
primeiramente. Portanto, português – e não mais inglês – é pré-requisito ao mercado de
trabalho.
O mercado de trabalho compreende que uma comunicação eficaz e eficiente pode
levar uma organização a obter conhecimentos e informações que poderão levá-la a atingir
uma vantagem competitiva impossível de ser replicada por seus concorrentes, pois uma boa
comunicação está embutida na cultura organizacional, a qual envolve valores e crenças da
própria organização.

Comunicar-se bem não é apenas transmitir com êxito a informação, e sim saber se
ela foi compreendida pelo receptor. Afinal, como já diriam os linguistas, comunicação é a
troca de entendimento. Por isso, só pode ser considerada eficaz quando a compreensão do
receptor coincide com o significado pretendido pelo emissor. E quando a mensagem não foi
transmitida da forma como este pretendia, a culpa é inteiramente dele. Ele é que não soube
transmiti-la de forma adequada.

E, como bem sabemos, a boa comunicação no mundo empresarial não é apenas


realizada de forma oral, em telefonemas e reuniões. As decisões clamam por documentos que
as formalizem. Exactamente por isso é que a escrita é um processo fundamental para a boa
comunicação. Portanto, é um recurso que precisa ser aprendido.

Um bom profissional precisa saber seleccionar as ideias, esquematizar e planejar o


que deseja transmitir. Precisa saber convencer, dominar o assunto que pretende defender em
seu texto. Ou seja, a boa comunicação escrita depende de um bom planeamento do texto.
Mas depende também, obviamente, de um domínio do idioma em que a mensagem será
transmitida. Precisa de bom senso ao escolher o grau de formalidade da linguagem utilizada.
31
Precisa de observação, de reflexão, de conhecer o outro. Escrever bem resulta de uma técnica
elaborada, que tem que ser cuidadosamente adquirida. Seja para escrever um simples bilhete,
um e-mail ou um documento oficial.

Por tudo isso, posso afirmar que a comunicação é uma necessidade humana e que
fazê-la de forma adequada é uma arte.

3.9. Comunicação Integrada

De acordo com Lupetti (2007) para falar em comunicação integrada é preciso lembrar
alguns conceitos que constituem esse processo que são: comunicação interna, administrativa,
institucional e mercadológica. A comunicação integrada exerce uma política global e deve ser
coerente com as demais comunicações que fazem parte da gestão estratégica, por isso
precisam ser executadas visando aos objectivos gerais da organização juntamente com os
objectivos específicos de cada conceito. A figura abaixo esquematiza os quatro tipos de
comunicação que envolvem a comunicação integrada, bem como suas ramificações,
propostas por Luppetti (2007).

No final do século XX, a comunicação virtual se intensificou, assim as organizações


modificaram os antigos modelos de comunicação e tiveram a percepção de que a
administração das organizações passou da forma linear para a forma sistêmica abrangendo as
novas tecnologias. 48 A intensidade das novas tecnologias torna a relação entre organização e
público de interesse mais próxima. Mas para que esse relacionamento seja satisfatório é
preciso planejar a comunicação, tendo então uma comunicação integrada.

Comunicação integrada possui um conceito amplo que reúne as actividades de


marketing, propaganda, publicidade e relações públicas no contexto de uma organização.
Porém para que a comunicação seja de fato integrada deve haver um controle, panejamento e
gerenciamento das actividades.

32
Neste ponto também é incluído o trabalho de incentivo e motivação aos
colaboradores na área de trabalho para que todos consigam cumprir a missão e visão proposta
pela empresa.

A comunicação organizacional serve para mediar a comunicação externa com a


interna e criar um clima motivador dentro de uma empresa onde educa, constrói novos
valores e valoriza indivíduos. Serve, também, para produzir comunicação para o mercado
organizacional e criar valores no mercado consumidor através da propaganda institucional.

A comunicação interna provoca uma sintonia na empresa tornando-a mais leve e deve
ser estruturada sobre a base do endomarketing, provocando uma mudança na cultura da
empresa, incentivando e criando o hábito nos colaboradores internos de busca e transmissão
de comunicação. Este termo foi criado por Saul Bekin e se refere às acções do próprio
marketing dirigidas ao público interno das organizações para que este “incorpore” as idéias
da empresa (BEKIN, 1995 in LUPETTI, pg 21, 2007).

O endomarketing e a comunicação interna são de fundamental importância para o


desenvolvimento da organização e seus colaboradores. Nesse sentido, os interesses,
motivações e críticas dos funcionários devem ser trabalhados de forma que seja possível
atingir o bem-estar destes e melhorar o clima organizacional de forma geral. Muitas são as
ferramentas que podem ser utilizadas para divulgar a comunicação interna, como as diversas
campanhas executadas nas organizações, algumas delas como campanha de prevenção de
acidentes, dicas para melhorar a saúde, tendências etc. Esses materiais podem ser expostos de
forma clara com palestras, folders explicativos fixados nos murais, quadro de avisos, boletim,
emails, intranet e outros tipos de mídias como as mídias sociais.

A comunicação interna é “uma ferramenta estratégica para compatibilizar os


interesses dos colaboradores e da empresa mediante o estímulo ao diálogo, à troca 49 de
informações e experiências e à participação de todos os níveis” (KUNSCH, 2003, p.128). Por
exemplo, é recomendável que cada acção externa seja comunicada, explicada e incorporada
pelo ambiente organizacional. Os resultados dos programas de comunicação interna têm
resultados também no âmbito externo.

33
A comunicação interna oferece a possibilidade de troca entre a organização, seus
colaboradores e seus públicos. Assim, para melhor se comunicar com seus públicos externos,
é preciso que as organizações conheçam antes de tudo a si próprias. Cabe à comunicação
organizacional trabalhar o conceito de segmentação de público, ou de mercados, compatível
com a flexibilidade dos modernos sistemas de gestão, introduzindo novos canais, veículos e
instrumentos adequados às especificidades de cada um.

Actualmente, a informação revela-se uma arma poderosa de gestão empresarial. Isso


se aplica tanto à comunicação interna, como às acções de fortalecimento da imagem
institucional, relações com a imprensa, governo, propaganda etc; os consumidores querem
saber o que acontece nos diferentes sectores da organização, querem ver o que a empresa
proporciona aos seus funcionários e à comunidade em seu entorno. Outra comunicação que
faz parte da comunicação integrada é a comunicação institucional que tem como objectivo
conquistar a confiança, credibilidade, simpatia e identidade dos públicos de interesse da
organização. É também nessa ferramenta que a filosofia da empresa é passada para os
funcionários juntamente com missão, visão e valores culturais da mesma.

A comunicação institucional compreende a identidade e a imagem corporativa, a


propaganda institucional, o jornalismo empresarial, a assessoria de imprensa, a editoração
multimídia, o marketing social, cultural e esportivo e as relações públicas (KUNSCH, 2003,
p.151). Identidade corporativa é o que realmente a organização é, sua personalidade, atitudes
que a organização escolhe ter, pela maneira como age e pelas acções tomadas por ela. Todo
esse conjunto de factores está incorporado na missão, visão e valores da empresa e a partir
disto a organização pode estabelecer sua posição institucional. Já a imagem e o conceito
corporativo representam a forma como a organização é vista pelo seu público, o que é
reflectido para os diferentes públicos 50 envolvidos.

O que as pessoas pensam e a percepção delas em relação à empresa é encontrada na


imagem e no conceito, portanto é uma consequência da posição escolhida na identidade da
corporação. A propaganda institucional é um elemento que auxilia a identidade e conceito
corporativo com o objectivo de conquistar a simpatia, passar confiança e credibilidade para
os clientes. Para que isso ocorra deve haver investimento em divulgação, mostrando a
posição da organização em diferentes aspectos.

34
Algumas formas de divulgação são: jornalismo empresarial (englobam revistas,
boletins, jornais que são periódicos e não se restringe somente ao público interno das
organizações); assessoria de imprensa (capta fatos ocorridos na organização e transforma em
notícias, contribui para a formação da imagem da empresa); editoração multimídia (produtos
como DVD, CD, sites e demais produtos eletrônicos, comunicação atrativa, mostra os
conceitos principais da organização); marketing social, cultural e esportivo (programas
visando à melhoria na saúde, educação e lazer em beneficio da sociedade) e relações públicas
(actividades ligadas aos públicos de interesse da organização, administração estratégica da
comunicação).

Neste contexto de comunicação integrada, tem-se a comunicação administrativa que


envolve o quotidiano, os fluxos (descendentes, ascendentes e horizontais), níveis
(intrapessoal, interpessoal organizacional e tecnológico), redes informais e formais,
possibilitando assim o bom funcionamento do sistema organizacional. Tem o objectivo final
de actualizar, orientar, ordenar e reordenar o fluxo das actividades (TORQUATO, 2004). É
na comunicação administrativa que se tem os grandes problemas na organização, pelo fato de
ser o principal eixo da rotina de trabalho com normas, instruções, índices e taxas, tendo assim
maior complexidade neste processo. Porém o ideal é que a organização esteja mais atenta
para estes problemas, mas desatenção se deve, entre outros fatores, a falta de conhecimento
do sistema administrativo.

Segundo Torquato (2004), os maiores problemas que ocorrem na comunicação


administrativa são: indefinição clara de responsabilidades; falta de conhecimento pleno do
negócio; excesso de informações; má administração de tempo; inadequação de linguagens;
sistema de distribuição inadequado e falta de especialistas em comunicação. O autor também
propõe um programa de aperfeiçoamento para melhorar os problemas apontados como:
enxugar os excessos; preparar especialistas na área da comunicação e estabelecer interacção
entre os colaboradores.

As mensagens administrativas são oriundas de diferentes áreas da corporação e o


alinhamento dessa comunicação é algo complexo. Por isso o gestor da comunicação que
trabalha nessa área deve estar preparado, ser qualificado para que possa administrar os
diversos sectores visando à unificação, à integração e à clareza nas mensagens para o bom
funcionamento da organização.

35
A comunicação mercadológica também compõe a comunicação integrada, é parte
integrante do processo de marketing. É a comunicação mercadológica que divulga os
resultados do processo de marketing. É necessário expor no que consiste o marketing e suas
ferramentas.

No cenário globalizado o mercado competitivo se intensifica, por isso as empresas e


os profissionais actuantes na área de marketing precisam ter certeza de que as mensagens
sobre produtos ou serviços chegam de forma clara, concisa e integrada aos consumidores.
Dessa forma, a transmissão do processo de comunicação ocorre de maneira única e eficaz.
Segundo a definição actual da American Marketing Association, marketing é uma actividade
organizacional e um conjunto de processos para criar, comunicar e entregar valor e gerenciar
relacionamento com clientes, mantendo benefícios para a organização e para seus públicos de
interesse (OGDEN, 2007, p.2)

Na contemporaneidade, o conceito de marketing passou por transformações e não


basta satisfazer os clientes, é fundamental gerar valor para os clientes, superando as
expectativas ao invés de simplesmente atendê-las. Os profissionais responsáveis pelo
gerenciamento da comunicação devem criar e superar essas expectativas. Para que isso
aconteça todos os colaboradores da organização precisam estar envolvidos nesse processo de
comunicação integrada de marketing.

Para que esta integração seja eficiente, é preciso ter um plano de marketing para que
se possa estabelecer um planeamento de comunicação eficaz. Este plano anexado abaixo
contém as seguintes etapas: missão e visão da organização que descreve a condição actual da
empresa e descreve planos para o futuro; análise das ameaças e oportunidades do mercado; o
mercado alvo; objectivos de marketing que apontam as metas que a organização quer
alcançar; estratégias de marketing que são utilizadas para decidir como os objectivos serão
realizados; análise do comportamento dos clientes; análise do tipo de mercado; tácticas de
marketing (mix de marketing: produto, preço, canais de distribuição e comunicação integrada
de marketing); programa de marketing no qual o destino dos recursos humanos e financeiros
é definido; resposta do mercado-alvo como forma de avaliação e controle do plano de
marketing.

36
Comunicação externa e Opinião Pública O sistema de comunicação externa é
responsável pelo posicionamento e imagem da organização na sociedade, uma ferramenta
utilizada neste sistema é a opinião pública. Esta é dinâmica e susceptível a inúmeras
transformações, portanto, o profissional de Relações Públicas precisa estar atento as
mudanças ocorridas para acompanhar as tendências de mercado. O conceito de opinião
pública passou por mudanças, com a Revolução Industrial ocorreu o surgimento da imprensa
e as reivindicações passaram a representar diversas classes sociais, em relação aos aspectos
políticos, económicos e sociais. A opinião pública é considerada um estudo que envolve a
sociologia, psicologia social e ciência política.

A opinião tem sua origem nos grupos e se relaciona com costumes, hábitos e
comportamentos que se transformam em opinião por possuir um carácter simbólico nos
grupos. O ser humano, como já citamos, é um ser social e desde seu nascimento pertence a
um grupo chamado família. Portanto os seres sociais estão directamente relacionados com o
termo opinião pública. Nas sociedades complexas não é sempre que a opinião pública
influencia e determina acções, sejam tais acções de carácter social, ou político e económico.
Por esse motivo, precisamos verificar quais factores interferem na formação e no
desenvolvimento da opinião pública.

Os factores sociais, psicológicos, a persuasão e os veículos de comunicação de massa


interferem na formação e desenvolvimento da opinião pública. A opinião de um grupo de
pessoas é influenciada pelo meio em que estas vivem, pela sociedade, pelo sistema social do
país, pela cultura adquirida por elas, pelos veículos midiáticos e sofre alterações no decorrer
do tempo, pois é um processo dinâmico. Um grupo pode ou não se constituir como um
público.

De acordo com Teobaldo (2001), as características da opinião pública são: não é uma
opinião unânime nem da maioria; é uma opinião composta pelas diferentes opiniões
existentes no grupo; está em processo e em busca de um consenso geral.

De acordo com Torquato (2004), no contexto da opinião pública, a posição do


consumidor deve ser ressaltada com o intuito de perceber a lógica do consumo envolvida. As
organizações, de forma geral, estão se preocupando com questões antes esquecidas, se
referindo a novas estratégias de comunicação. Essas estratégias se pautam em: acompanhar as

37
tendências sociais; definir clara e objectivamente o papel da empresa no âmbito em que esta
actua; possuir um discurso adequado para cada situação; ser mais ágil ao resolver possíveis
problemas; buscar parcerias; possuir forte programa de marketing institucional da empresa;
desenvolver cultura de excelência; zelar pelo conceito consolidando a imagem de
envolvimento social da organização. Dentre as estratégias apresentadas acima iremos
ressaltar o tipo de discurso usado pelas organizações.

O poder do executivo tem relevante importância na tomada de decisão da empresa, a


partir disso, sectores são articulados como Recursos Humanos e os próprios colaboradores da
organização para que o discurso seja formado. O sucesso da teoria só ocorre quando incide
uma análise em conjunto pelos dirigentes e colaboradores dos discursos organizacionais
sobre programas de qualidade, ética, políticas da valorização de recursos humanos,
responsabilidade social, valorização dos colaboradores etc. O posicionamento do executivo
deve ser de liderança para que este aprenda e ensine os colaboradores da organização.

Os valores definidos dentro da empresa precisam ser cumpridos para que a política
implantada no discurso organizacional tenha validade perante a sociedade. Assim a empresa
possuirá um discurso homogêneo e sólido para enfrentar possíveis problemas e saber
gerenciar as crises que a envolvem.

De acordo com Farias (2004), muitas vezes a liderança dentro de uma organização
surge espontaneamente do grupo, é informal e é o gestor comunicacional quem deve saber
quem são os líderes natos e aperfeiçoá-los para um bom desenvolvimento em equipe. É
considerado líder quem é capaz de dialogar com seus liderados. Os estudos revelam que,
actualmente, as organizações possuem o poder instaurado (hierárquico) e um poder de
lideranças que emergem espontaneamente (nem sempre o poder e as lideranças convergem ou
são os mesmos).

Nesse aspecto, o trabalho da comunicação e mais especificamente o do relações


públicas, está em promover a negociação, olhando sempre de fora para ter um panorama geral
das relações e de dentro para conseguir mediar e influenciar directamente nesse processo,
mostrando assim para todas as partes o pensamento de cada um, visando ao consenso e uma
solução aceitável para ambas as partes.

38
O profissional de Relações Públicas tem uma função fundamental no que corresponde
ao papel de divulgar informações, ocupando um importante espaço na formação da opinião
pública. Através da observação, os grupos informais são detectados. Na informalidade,
muitas vezes se descobre a opinião dos colaboradores.

As estratégias surgem do diagnóstico que precisa ir além do pontual e superficial, pois


as organizações são dinâmicas e estão em constante evolução. 2.7 Recursos Humanos e
Gestão de Pessoas Gestão de recursos humanos é uma actividade executada pelo
departamento de recursos humanos com a finalidade de seleccionar, gerir e nortear os
colaboradores na direcção dos objectivos e metas da empresa.

O objectivo básico que permeia a função de recursos humanos (RH) é alinhar as


políticas deste com a estratégia da organização. Administração de Recursos Humanos é um
conjunto de métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objectivo de orientar o
comportamento humano e as relações humanas de maneira a maximizar o potencial humano
no ambiente de trabalho. Os recursos humanos são distribuídos em três níveis; institucional
da organização (direcção), intermediário (assessoria e gerência) e no nível operacional
(colaboradores, técnicos e operários). Todas as pessoas que participam da organização em
diversas funções e independente do nível hierárquico fazem parte dos recursos humanos, que
é definido como um sector dentro da empresa que desenvolve acções para melhoria e
satisfação dos colaboradores e da organização em geral.

As organizações possuem características específicas que as tornam particulares,


portanto os modelos da administração de recursos humanos precisam ser aplicados de acordo
com o tipo de empresa e suas condições internas e externas, tomando como base o que traz
resultados para estas organizações, para alcançar a eficácia.

A administração de recursos humanos enfrenta algumas dificuldades por desenvolver


uma função de planeamento e trabalhar com seres humanos e sua complexidade. Por esta
certa instabilidade de resultados, muitas vezes o sector não recebe o incentivo e a importância
que deveria, porém desenvolvendo um bom trabalho, a organização alcança os objectivos que
deseja sem grandes barreiras. Para Chiavenato (2002), existem quatro classificações de
sistemas administrativos: o sistema autoritário–coercitivo é um sistema fechado e
centralizador que concentra as decisões nos altos cargos da empresa e possui um

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relacionamento interpessoal fraco com raras recompensas aos colaboradores e ênfase em
punições.

O sistema autoritário-benevolente é menos rígido que o primeiro com pequenas


aberturas nas decisões e pouca interacção entre os colaboradores, é menos arbitrário, porém
com pouco índice de recompensas e motivação aos funcionários.

O terceiro sistema é o consultivo que apresenta sinais de um sistema participativo no


que diz respeito a decisões, as comunicações tornam-se verticais facilitando assim o
relacionamento interpessoal, há formação de equipes que prezam pelo bom relacionamento
entre as pessoas e nesse contexto as praticas e incentivos salariais e recompensas são
frequentes. Como último sistema administrativo, tem-se o participativo que é o mais aberto e
democrático no qual as decisões são totalmente distribuídas aos sectores da organização, a
comunicação acontece de forma vertical, lateral e horizontal com flexibilidade e eficácia
pelas informações serem compartilhadas entre os membros. O trabalho em equipe é
fundamental neste tipo de sistema, há estímulos de participações e confiança no trabalho
desenvolvido pelos colaboradores e as recompensas ocorrem de forma incisiva no âmbito
organizacional.

O sistema participativo é pouco encontrado nas organizações, porém se mostra o mais


eficiente, necessitando de preparo humano e comportamento democrático. Para atingir essa
modernidade, é preciso transformar o tratamento entre as pessoas, aprimorar o
relacionamento e indicar as melhores formas de trabalho para a empresa. Vivemos na
chamada Era da Informação, que está modificando o carácter do trabalho humano deixando
de ser só físico e passando a executar também actividades relacionadas ao desenvolvimento
mental e criativo com inovações. Os indivíduos passaram a contribuir com conhecimentos e
informações, passando a ser parceiros das organizações em que atuam.

De acordo com Chiavenato (2002), em primeiro plano as pessoas estão sendo tratadas
como pessoas e não mais como meros recursos produtivos, pois as organizações são feitas de
pessoas. As diferenças de cada um são importantes para que haja multiplicidade de idéias,
uma vez que cada ser humano possui valores, habilidades, personalidade, motivações etc. E
os seres humanos como seres sociais que são contribuem para que a organização se forme e
tenha identidade com os colaboradores. É percebido que os colaboradores estão se tornando

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peças fundamentais dentro das organizações e agindo de forma singular, contribuindo de
forma diferenciada para o conjunto de actividades realizadas. Assim as diferenças individuais
estão sendo ressaltadas e incentivadas a fim de despertar a inovação e competência muitas
vezes escondidas nos colaboradores.

Com essas mudanças significativas em relação a características pessoais dos


funcionários, o departamento de Recursos Humanos das empresas está passando por
adequações em sua estrutura funcional. Os gerentes e executivos estão mudando o perfil, e se
tornam líderes democráticos e incentivadores. O trabalho individual perdeu espaço para as
actividades em grupo, no qual as equipes se ajudam mutuamente, trabalhando com diversos
sectores interligados da organização.

Segundo Chiavenato (2002), a velha abordagem de separar, isolar e dividir está


ultrapassada e o que se tornou importante é juntar e integrar para obter um efeito
multiplicador. As palavras incisivas nas organizações estão sendo; participação, consenso,
empowement, trabalho em equipe etc.

A partir do momento em que o colaborador percebe que está sendo incentivado a


participar integrando as áreas da empresa, as obrigações das tarefas diárias tornam-se
motivadoras para se alcançar os objectivos. Aliado a isso está o trabalho em equipe. Quando
as actividades são realizadas em conjunto o trabalho se faz de forma mais completa por
desenvolver diferentes ideias em relação à mesma tarefa. O consenso é importante para que o
ambiente organizacional seja satisfatório sem desavenças entre os funcionários, reflectindo
directamente na execução das actividades. O diferencial do relações públicas é trabalhar com
consenso, que se adquire através das mediações.

O consenso existe para que o processo continue, não é a solução do conflito, muitas
vezes presente no ambiente organizacional. O relações públicas pode actuar neste novo nicho
de mercado crescente nas organizações, como “decodificador” de oportunidades. Esse
profissional é capaz de mesmo inserido no processo, se afastar dele tendo a capacidade de
observar de outro ângulo para poder diagnosticar, fazendo as mediações entre as áreas que
compõem a organização, trabalhando com a ressignificação de situações diferenciadas.

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O empowerment parte do pressuposto de dar às pessoas o poder, liberdade e
informação, permitindo-lhes tomar decisões e participar de forma activa nas actividades da
organização. A adopção de sistemas orgânicos de administração, culturas participativas e
abertas nas organizações mostra que estas estão tentando disseminar e compartilhar o poder
com todos os membros, deixando de lado o controle centralizado. Esse processo parece ser a
solução viável que gera rapidez, flexibilidade e capacidade de decisão da organização. Há
novas tendências nas empresas, algo que passou a ter maior importância no ambiente
organizacional é o capital humano.

De acordo com Chiavenato (2002), este depende essencialmente de três fatores que
necessariamente precisam estar integrados, são eles: continente, conteúdo e clima, que podem
ser traduzidos em estrutura organizacional, talentos e cultura organizacional. Para que os
talentos dos colaboradores sejam desenvolvidos, é preciso que a empresa ofereça condições
com estruturas adequadas e uma cultura organizacional que seja incentivadora na medida em
que impulsiona os colaboradores a desenvolver e aprimorar seus talentos, pois sem essa
estrutura e cultura não trazem 60 resultados satisfatórios.

Deste modo, as potencialidades dos funcionários são estimuladas, sendo um ganho


para ambas as partes. Um factor crítico para que o capital humano seja eficiente é o
gerenciamento de pessoas, pois muitos líderes e executivos estão despreparados para
conseguir retirar o melhor de cada colaborador ao mesmo tempo em que precisa oferecer
condições para que isto ocorra.

Segundo Chianevato (2002), a gestão por competências é um sistema que identifica os


pontos necessários para que a organização tenha maior produtividade. As competências são
identificáveis de acordo com as demandas das empresas, a partir de reuniões. Depois de
definidas as competências faz-se uma matriz para cada área/sector existente, a explicação
sobre elas deve ser eficiente para que se possam elaborar os objectivos para cada
competência. Assim, podem ser integradas à rotina de trabalhos. Algumas competências
pessoais surgem como novos requisitos nas organizações. A primeira delas mostra que as
pessoas precisam estar abertas para aprender novas actividades, ter flexibilidade para que isto
aconteça.

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A colaboração com colegas de trabalho, conhecimento tecnológico e de negócios
globais são factores importantes. Outra competência pessoal corresponde ao raciocínio
criativo e à criação de soluções para possíveis problemas enfrentados no âmbito
organizacional. A capacitação e o desenvolvimento de liderança são considerados
competências que auxiliam na eficiência dos resultados esperados pelas organizações. As
competências pessoais devem estar em conjunto com as competências organizacionais que
definem o que a empresa precisa executar para superar a concorrência.

O perfil das organizações actuais está mudando, há uma redução da distância entre o
topo e a base da empresa, aproximando assim os cargos dos altos executivos dos funcionários
que trabalham na produção.

Segundo Chiavenato (2002), é proposto que haja eliminação das faixas hierárquicas
intermediárias para aproximar o topo e a base. Esse achatamento traz benefícios para as
organizações, mas para que isso aconteça, o colaborador precisa ser entendido como parte
integrante da empresa e estimulado para que este possa contribuir de forma positiva com a
organização em que trabalha. No âmbito das organizações, há uma relação de reciprocidade
entre as pessoas que prestam serviços e a empresa. Ocorre uma troca na qual os
colaboradores servem as organizações com esforço, competência, habilidades, criatividade e
cooperação. Ao mesmo tempo a empresa recompensa o trabalho deste funcionário com
benefícios, oportunidades, treinamento, segurança e salário.

A motivação de funcionários nas empresas deve acontecer constantemente para que


dinamize as necessidades humanas. A teoria motivacional referenciada neste trabalho é a
teoria de Maslow (in Chiavenato, 2002, p.28) que tem base na hierarquia das necessidades
humanas.

De acordo com Chiavenato (2002), as necessidades são dispostas em uma hierarquia


no sentido vertical, sendo crescente a importância da mesma. As necessidades fisiológicas
são consideradas básicas e de orientação do ser humano como, por exemplo, as necessidades
de alimentação e descanso. No contexto organizacional, nota-se que o funcionário precisa de
descanso, conforto físico e carga horária de trabalho aceitável para que este tenha produção
positiva, levando em consideração a qualidade de vida.

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A segurança no trabalho é tida como necessidade para o colaborador que precisa ter a
garantia de boas condições e segurança no trabalho, direito a salários, protecção e
estabilidade na função que executa. As necessidades sociais se pautam na interacção entre os
indivíduos da organização; a influência mútua, clima organizacional satisfatório e bom
relacionamento entre os colaboradores reflectem na produtividade da empresa. A estima dos
colaboradores é outra necessidade apontada como essencial para o bom desempenho na
organização a partir de sentimentos de autoconfiança, orgulho pelo trabalho desenvolvido e
responsabilidade que tornam este indivíduo motivado.

A última necessidade se concentra na auto-realização que estimula cada um a


desenvolver seu próprio potencial, utilizando-se da criatividade e talento. A motivação dos
colaboradores é considerada como uma função gerencial. É preciso que os gerentes
conheçam o potencial e as características de cada colaborador para saber trabalhar da melhor
forma, retirando do ambiente organizacional as condições necessárias para que este
funcionário se sinta motivado.

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