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EQUIPE:
Alexandre Magno
Cintia Rejane
Felipe Simões
Ícaro Pereira
Lennon Simões
Salvador 2011
Modelos de Maturidade
Compreendendo como os modelos de maturidade facilitam
no desenvolvimento de projetos.
Conheça o que é, como podem ser úteis para orientar a empresa na melhoria da
qualidade e produtividade de seus projetos, e saiba como estes modelos são aplicados
numa empresa.
ALEXANDRE MAGNO, CINTIA REJANE, FELIPE SIMÕES, ÍCARO PEREIRA E LENNON SIMÕES
Embora seja conhecida toda essa necessidade de se implantar melhorias na organização, nem
todas as empresas conseguem definir estratégias adequadas para obter resultados satisfatórios. Os
Modelos de Maturidade fornecem orientações na escolha e na melhor combinação das diversas
técnicas de melhoria disponíveis, orienta a empresa na formulação de uma estratégia de melhoria
em longo prazo, direcionada pelos objetivos do negócio e sustentada por avanços gradativos no
amadurecimento de suas práticas gerenciais.
Neste artigo iremos abordar três diferentes tipos de modelos de maturidade: CMMI (Capability
Maturity Model Integration), MPS-BR (Melhoria de Processo do Software Brasileiro) e PMMM
(Project Management Maturity Model). Verificaremos que eles se diferem, sobretudo no número
de estágios, variáveis de evolução e áreas de foco, além de identificar características que os
tornam uma ferramenta muito útil quando tratamos da maturidade de uma empresa.
Em muitos casos, a qualidade não é a desejada e os prazos e custos podem ser muito maiores do
que os planejados. Organizações maduras têm processos sistematizados e métodos
documentados de realizar suas atividades. Dados são sistematicamente coletados e usados para
analisar, controlar, prever e planejar seu desempenho. Por outro lado, as organizações totalmente
imaturas não pensam em termos de processos e seus métodos variam conforme as circunstâncias
e as pessoas que executam as tarefas. Seus resultados são imprevisíveis e inconsistentes.
No CMMI uma organização opta por duas representações para a melhoria dos seus processos;
Por estágios e contínua.
A representação por estágios fornece um caminho pré-definido para melhoria por meio de
implementação sequencial onde cada nível é base para o próximo. Permite comparações interna,
em uma organização, e externa, entre diferentes organizações pelo uso de níveis de maturidade,
como vemos na Figura 1. Permite classificações únicas resumindo resultados e avaliações.
É divido em cinco níveis:
• Otimizado
• Gerenciado Quantitativamente
• Definido
• Gerenciado
• Inicial
Figura 1. Níveis de Maturidade CMMI (http://www.isdbrasil.com.br/o-que-e-cmmi.php)
A representação Contínua reduz os riscos fornecendo maior foco nas áreas de processo
escolhidas de acordo com os objetivos de negócio. Permite comparar áreas de processo dentro de
uma organização e entre organizações.
É dividido em seis níveis
• Otimizado
• Gerenciado Quantitativamente
• Definido
• Gerenciado
• Realizado
• Incompleto
• Estruturação da Avaliação:
- Planejar e preparar avaliação;
- Descrever os indicadores de processo;
- Conduzir a avaliação;
- Relatar resultados
- Registrar e publicar resultados no banco de dados Softex;
Um dos motivos de grande reclamação por parte dos desenvolvedores que utilizam o modelo
MPS-BR, em qualquer nível, é a grande quantidade de documentos que devem ser produzidos.
Porém essa documentação é importante para tornar os processos mais transparentes, evitando
futuras situações conflituosas. É importante saber que existem muitas formas de fazer essa
documentação, formulários manuais, formulários de preenchimento automático, entre outras. A
empresa deve escolher a forma que mais se adeque as suas próprias características para
evidenciar as atividades que estão sendo feitas. Da mesma maneira devem ser tratadas as
escolhas das outras ferramentas que serão utilizadas pela empresa. As ferramentas são peças
importantes para desenvolvedores e gerentes de projeto, escolher e utilizar boas ferramentas
pode reduzir bastante o tempo para realizar as atividades, consequentemente ocorrerá uma
redução no custo. O mais importante é que todos da empresa estejam comprometidos com a
implantação do modelo.
As organizações devem tomar as seguintes medidas para mudar para um maior nível de
maturidade em gerenciamento de projeto:
• Criar uma cultura de benchmarking dentro da organização.
• Montar um projeto de gestão como processo de benchmarking utilizado em projetos Seis
Sigma.
• Compreender os benefícios do benchmarking.
Para o nível 5 - Melhoria Contínua - As organizações continuamente analisam as informações
obtidas a partir de benchmarking, visando implementar as mudanças necessárias para melhorar
seu processo de gerenciamento de projetos.
As características comuns das organizações do nível 5 do PMMM são:
• A criação de lições aprendidas após cada projeto e aplicação das lições aprendidas de
projetos anteriores em projetos subseqüentes.
Dados da entrevistada.
Nome: Daniela Bacellar e Silva
Empresa: Instituto Recôncavo de Tecnologia
Cargo: Analista de Ciência e Tecnologia - Qualidade
Conhecimento sobre o assunto proposto: Implementador e Avaliador do modelo MPS-BR
certificado pela Softex.
7. Entre os modelos de maturidade CMMI, MPS-BR, PMMM, qual seria mais indicado
trabalhar numa empresa de grande porte?
Depende do perfil da empresa e dos objetivos dela. Se ela quer uma certificação
internacional ou uma tenha etapas menores. Qualquer modelo se adéqua quando adaptado
as necessidades da organização.
A partir dos conhecimentos adquiridos ao decorrer dos estudos sobre gerência de projetos, vimos
o quão importante é o reconhecimento de todas as partes da empresa, incluindo a alta
administração, sobre a necessidade da gestão de projetos. Com a implantação desta, a
organização tende a conseguir vantagens, como: o melhor controle dos prazos, de recursos, de
custos e de qualidade dos projetos.
Durante o desenvolvimento do projeto, mudanças imprevistas podem vir a ocorrer. Para que
evitar tais atrasos, deve-se detalhar o escopo do projeto e levantamentos de requisitos de forma
que inclua todos os requisitos no inicio do projeto. Além disso, a empresa pode optar por utilizar
um dos modelos de maturidade propostos no artigo. O modelo a ser utilizado dependerá do perfil
da empresa e dos objetivos dela.
Neste trabalho vimos como ocorreu o surgimento dos modelos de maturidade para formar
unidade ao processo de desenvolvimento de sistemas, aprendeu-se um pouco mais sobre um dos
principais modelos internacionais (CMMI) comparado ao modelo adaptado à realidade brasileira
(MPS.BR).
Podemos observar que devido à complexidade dos projetos de sistemas, se tornou imprescindível
o surgimento de várias novas tecnologias. Existe uma necessidade clara de mudança nos
processos de produção. Então a computação foi em busca de um modelo de engenharias de
software a fim de formalizar uma unidade ao processo de desenvolvimento de sistemas.
O Modelo de Maturidade é uma estrutura conceitual, composta por processos bem estabelecidos,
através do qual uma organização desenvolve-se de modo sistêmico a fim de atingir um estado
futuro desejado. Eles fornecem aos gestores das organizações um poderoso instrumento para
determinarem em que estágio de maturidade se encontra e planejarem as ações necessárias para
progredirem em direção a uma maturidade superior e, por conseqüência, alcançarem os objetivos
desejados.
Referências:
Couto, Ana Brasil, “Livro CMMI modelo de maturidade”, Editora Ciência Moderna (Resumo
executivo).
Ruy Bouer; Marly Monteiro de Carvalho, “Metodologia singular de gestão de projetos: condição
suficiente para a maturidade em gestão de projetos?”.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132005000300006&script=sci_arttext