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WOLLSTONECRAFT

Ele, então, passa a provar que a mulher deve ser fraca e passiva, porque tem menos força física do
que o homem; e, assim, infere que ela foi feita para agradar e ser subjugada por ele e que é seu
dever fazer-se agradável a seu mestre – sendo este o grande fim de sua existência [1] . Contudo,
para dar certa aparência de dignidade à luxúria, ele insiste que o homem não deveria exercer sua
força, mas depender da vontade da mulher, quando busca o prazer com ela.

“A mulher e o homem foram feitos um para o outro, mas sua dependência mútua não é a
mesma. Os homens dependem das mulheres somente por conta de seus desejos; as
mulheres dependem dos homens em virtude tanto”

Para torná-la fraca, o que alguns podem chamar de belo,o entendimento é negligenciado

“Elas têm de ser submissas durante toda a vida à mais constante e severa repressão, que
é a do decoro: é, portanto, necessário acostumá-las cedo a tal confinamento, para que
mais tarde não lhes custe caro demais, e à supressão de seus caprichos, para que se
submetam mais prontamente à vontade dos outros”

Deem a sua atividade mental um alcance mais amplo, e as mais nobres paixões e estímulos
governarão seus apetites e sentimentos

obediência servil

“A superioridade do discurso, peculiar ao sexo feminino, é uma justa indenização pela sua
inferioridade em questão de força: sem isso, a mulher não seria a companheira do homem,
mas sua escrava; é por sua astúcia e engenhosidade superiores que ela preserva sua
igualdade e o governa enquanto simula obedecer”
2) Expor a crítica feminista de Wollstonecraft ao patriarcalismo
do liberalismo-democrático de Rousseau.

A obra “Reivindicação dos direitos da mulher” recebeu influência da revolução


francesa, e nela Wollstonecraft vai provar que os homens e as mulheres são fruto do
processo educacional de seu tempo, e buscando entender a condição da mulher e do
homem pelo o que eles realmente são. Grande parte dos autores liberais fazia pouco
caso ou contrariava os direitos da mulher, pois diante do contexto que a condição
histórica apenas analisava o decorrer da história como movimento dado pelos
homens, ou seja, a afirmação da liberdade, igualdade e fraternidade não se condiziam
às mulheres.

Rousseau escreve alguns argumentos onde a mulher tem um papel relevante,


mas em outros argumentos ele também a inferioriza, afirmando, por exemplo, que a
mulher deveria ser educada e ensinada a agradar o homem, ser conveniente a ele e
cuidar dos filhos. Segundo Mary Wollstonecraft, o retrato da mulher adotado por
Rousseau é o de uma mulher submissa e indefesa. Essa obediência servil custou às
mulheres praticamente toda sua liberdade e nenhuma relevância em questões
públicas, reforçando a ideia de que as mulheres sofriam a desigualdade e
encontravam-se na parte mais inferior da pirâmide social. Um dos focos dos
argumentos de Wollstonecraft é a ênfase em que a mulher aperfeiçoe o seu
conhecimento e razão.

A filósofa afirma que um dos principais motivos da mulher não se encontrar


em uma posição de igualdade em comparação ao homem, é por que ela é ensinada
de várias maneiras a trabalhar sua sensibilidade, ou seja, sua delicadeza, isso gera
uma depreciação moral por conta da mulher ficar confinada aos seus sentidos. Para a
igualdade entre o homem e mulher, é necessário que a mulher seja ensinada a
exercitar a razão, para ter um caráter individual. Ela alega que uma das causas
principais da mulher não estar numa condição de igualdade em relação ao homem, é
que ela é educada através de vários meios a exercer apenas a sua sensibilidade, em
outras palavras, a sua delicadeza. A mulher fica presa aos seus sentidos, o que
produz um rebaixamento moral.

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