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ANFIBOLOGIA
Introdução:
Quando cotidianamente diz-se que algo ocorre “por causa disso e daquilo”, como
acontece em um debate ou numa simples explicação; quando diante de algumas informações
conclui-se algo novo, enfim, toda vez que coisas como essas acontecem, se está expressando
conhecimento por meio de um argumento ou produzindo-o mentalmente por meio do
raciocínio. A lógica é a responsável por estudar a forma correta de realizar essas operações
para que se chegue - ou se expresse - corretamente um conhecimento por meio do raciocínio
ou argumento. Para Copi (1978, p. 19), “o estudo da lógica é o estudo dos métodos e
princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto”.
Também pode-se dizer que a lógica é uma malha de estruturas normativas, ou seja,
dentro de um sistema lógico existem regras que orientam a forma correta de pensar. Além
disso ela também é como que o instrumento pelo qual todas as ciências se fazem
comunicáveis e comprováveis.
Falácias:
As falácias podem ser definidas entre formais e não formais. Formais são aquelas que
possuem um erro na estrutura lógica. Na filosofia aristotélica, são aquelas que possuem
aparência de um silogismo, mas violam uma ou mais de suas regras. Não formais são aquelas
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que não possuem a estrutura lógica, não são como silogismos. As falácias são classificadas
em dois grupos: relevância e ambiguidade.
Anfibologia:
A falácia atribuída a este grupo foi a falácia não formal de ambiguidade, do tipo
anfibologia. São aquelas falácias que ao serem lidas, percebe-se que a construção de sua frase
possui mais de uma possibilidade de interpretação, portando, nela, a ambiguidade está na
frase. “Um enunciado é anfibológico, quando seu significado não é claro, pelo modo confuso
ou imperfeito como suas palavras são combinadas. [...] A anfibologia manifesta-se,
frequentemente, nas manchetes dos jornais e nas pequenas notícias” (COPI, 1978, p. 92-93).
Para Warat (1984, p. 39) “pode-se falar também em anfibologia para fazer referência a
expressões significativamente anêmicas (cujo sentido só pode ser preenchido
contextualmente)”.
Tem-se como um exemplo: “Jovem que transportava uma cadeira acabou quebrando o
braço”. Nesta frase é fácil de perceber que existem duas possibilidades de interpretação: ou o
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jovem quebrou seu próprio braço ou quebrou o braço da cadeira. A frase teria seu sentido
mais nítido se fosse escrita “Jovem quebra o braço ao transportar cadeira”, significando que o
braço do rapaz quebrou, ou “Jovem quebra o braço de cadeira ao transportá-la”, exprimindo
que o braço do móvel foi danificado pelo jovem durante o transporte.
Conclusão:
Por fim, o grupo concluiu que a lógica é importante, visto que ela nos permite
conhecer a forma correta de raciocinar e expressar argumentos, pois essas são umas das
principais atividades da filosofia, pensar e expressar conhecimentos. A lógica também auxilia
mostrando a forma correta de relacionar os fatos que estão ao redor, afim de tirar deles novas
conclusões. Juntamente com o estudo da lógica estão o conhecimento das falácias, da mesma
forma, ter consciência delas, saber quais os seus tipos, como e quando acontecem, é essencial
para não cairmos no erro de justificar opiniões sem reais fundamentos. Também para não ser
enganados por esses falsos argumentos, tão frequentemente usados no dia a dia.
Referências:
COPI, Irving Marmer. Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. 2 ed. São Paulo:
Mestre Jou, 1978.
SANTOS, Mário Ferreira dos. Lógica e Dialética. 4 ed. Manaus: Livraria e Editora Logos,
1959.