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RR-8300400-42 2006 5 09 0089
RR-8300400-42 2006 5 09 0089
0089
ACÓRDÃO
5ª Turma
EMP/gm
RECURSO DE REVISTA
MANDADO DE SEGURANÇA. REMESSA DE
OFÍCIO. CABIMENTO.
Não se cogita de contrariedade ao
item III da Súmula 303 do TST,
porquanto inequivocamente o Município
é parte na relação processual no bojo
da qual se proferiu sentença que lhe
é desfavorável, impondo-se assim a
remessa de ofício.
Não conhecido.
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PROCESSO Nº TST-RR-8300400-42.2006.5.09.0089
VOTO
I - CONHECIMENTO
Atendidos os pressupostos comuns de
admissibilidade do recurso de revista, passa-se ao exame dos
pressupostos específicos.
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Não conheço.
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sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for ou sejam quais
forem as funções que exerça.
§ Io Consideram-se autoridades, para os efeitos desta Lei. os
representantes ou administradores das entidades autárquicas e das pessoas
naturais ou jurídicas com funções delegadas do Poder Público, somente no
que entender com essas funções" (destaquei).
A Constituição Federal, em seu art. 5o, inciso LXIX, da mesma
forma, não deixa dúvida quanto a essa restrita finalidade do mandado de
segurança:
"Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas-corpus ou habeas-data. quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público"
(destaquei).
Ainda, não basta que o ato tenha sido praticado por agente da
Administração Pública. Necessário que esse ato tenha sido praticado no
exercício de autoridade pública, ou seja, ter sido um ato de império e não de
mera gestão.
O contrato de trabalho é uma negócio jurídico de natureza privada,
ainda que figure como empregador ente da Administração Pública. Assim,
os atos praticados pela Administração Pública no âmbito de uma relação de
emprego não se constituem atos de império, mas de mera gestão,
assemelhados àqueles praticados por qualquer empregador. Logo, não
podem ser objeto de mandado de segurança.
Nesse sentido, Manoel Antônio Teixeira Filho leciona:
"E importante ressaltar que a configuração da "autoridade coatora",
segundo o sentido jurídico da expressão, se encontra indissoluvelmente
legada ao seu status de órgão que age com parcela de poder público. Duas
conclusões imediatas extraem-se desse postulado: em primeiro lugar, a
de que, embora remotamente, o particular pode ser indicado como
autoridade coatora, depende que o ato molestador de direito líquido e certo
tenha sido praticado no exercício de funções delegadas do poder público,
como acontece, e.g., com os diretores de estabelecimentos particulares de
ensino superior: em segundo, a de que unicamente os denominados atos de
império ensejam a impetração do mandamus. Assim o é porque, mediante
os atos dessa natureza, a administração pública ostenta, finalisticamente,
uma posição de preeminência jurídica em face do particular, ao qual impõe
a sua vontade. Já os atos ditos de gestão são os praticados pela
administração pública em condições de igualdade com o particular -
igualdade no plano das relações jurídicas materiais. Se a administração
pública demite um servidor contratado pelo regime da legislação trabalhista
não se há que pensar em mandado de segurança para restaurar eventual
direito lesado, pois a ruptura do contrato de trabalho, por parte da
administração pública, amolda-se, como a mão à luva, ao conceito de atos
de gestão" (Mandado de segurança na justiça do trabalho - individual e
coletivo. São Paulo: LTR, 1992, p. 139).
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ISTO POSTO
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