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COMPREENDENDO A COR
Para compreender a cor em sua função, nomenclatura
e conceitos, é necessário entender como funciona a sua
percepção. Esse mecanismo funciona a partir da luz, artifici-
al ou natural, que é o elemento essencial para a existência
da cor. É feita uma interação através do olho humano, que
age como mecanismo de percepção. Como já vimos na aná-
lise da forma, a luz constitui um meio de perceber as formas
e cores, sem ela não enxergaríamos o que nos rodeia. Re-
lembrando a análise da forma, essa luz é constituída por
ondas eletromagnéticas de comprimento extremamente pe-
queno – 400 e 800 nm (nanômetro) – que integram a visão,
formando um espectro visual do vermelho ao violeta.
[C1] Comentário: Qual é o sujeito dessa
Resumidamente, o olho humano é um aparelho que frase? Retina, nervo ótico ou olho? Considere
que há muitas informações nesse parágrafo.
recebe somente ondas de energia radiante, de comprimento Portanto, é preciso explicitar os sujeitos. Se a
segunda frase estiver se referindo a nervo óti-
certo (ondas de luz). Compara-se a uma máquina fotográfica co, é possível dizer “Este, por sua vez, é um
com a objetiva sempre aberta, recebendo, através da retina aparelho....”. Mas se estiver se referindo a o-
lho humano, sugere-se: “Assim, o olho é um
(formada por diversas camadas de células), imagens em aparelho...”
[C2] Comentário: Não há alguma palavra
forma invertida, que são mudadas rapidamente quando al- que defina “retina” – algum substantivo que
possa ser colocado antes do verbo? Por exem-
cançam o cérebro por meio do nervo ótico, conforme mostra plo: “através do coração (órgão formado
a figura 1. por....”
UM BREVE HISTÓRICO
O ser humano sempre usou as cores como fator de di-
ferenciação. Com ela, podemos distinguir povos e identificar
épocas. Da pré-história à idade média a cor foi usada desde
a forma mais opaca à sua luminosidade máxima, como é o
caso dos vitrôs. Já na renascença1, enquanto a cor na arqui-
tetura teve aspectos decorativos, nas artes plásticas passou
a ser o elemento individualizador, e Leonardo da Vinci2 con-
tribuiu com teorias a respeito do tema.
Após o Renascimento, outros movimentos conferem à
1
Renascença – Período iniciado na Itália, estende-se pelo século XV e
pelo XVI. Corresponde a redescoberta da antiguidade, virando as costas
para o mundo medieval, recolocando o homem no centro das artes como
escala principal e referência absoluta.
2
Leonardo da Vinci (1452-1519) – Foi um dos gênios mais completos da
humanidade, conquistou uma posição elevada na história da arte como
pintor. Realizou múltiplas investigações em diversos campos do conheci-
mento científico, não tendo realizado na prática os resultados da maioria
dessas investigações, deixou anotações de extrema valia para gerações
posteriores, como é o caso de suas teorias sobre as cores.
3
Isaac Newton (1642 – 1727) - Foi o descobridor em 1707, da decompo-
sição da luz branca e da desigual refletabilidade das cores.
4
Goethe – Pesquisador que difundiu suas pesquisas no início do século
XIX e, exerce ainda a maior influência sobre os intelectuais e artistas con-
temporâneos.
CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Quando um raio de luz branca incide sobre um corpo,
refletindo na retina, é absorvido totalmente ou em parte, pois
cada corpo tem uma característica peculiar de absorver e re-
[C7] Comentário: Confira a
fletir a luz branca, chamada de freqüência. Ao olhar-se um uniformidade no tratamento. Se
você tiver optado pela 1º pessoa do
corpo de uma determinada cor, significa que houve uma ab- plural, diga “Ao olharmos...” Mas
se você manteve o impessoal, diga
5 “Ao olhar-se um corpo...”
Impressionismo – Surgiu por volta de 1870, esse movimento artístico re-
gistrou os efeitos da luz.
6
Gestalt – Termo alemão relacionado ao movimento Gestaltismo, que es-
tudou a percepção da forma, com base na filosofia e psicologia. Teve
grande destaque na primeira metade do século XX e até hoje influencia o
pensamento de muitos teóricos, em várias áreas do saber humano.
SENSAÇÃO ACROMÁTICA
SENSAÇÃO CROMÁTICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Uma Psicologia
da Visão Criadora; tradução de Ivone Terezinha de Faria. São
Paulo, Livraria Pioneira, Editora da USP, 1980.
- FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em publicidade.
São Paulo: Ed. Edgard Blücher e EDUSP, 1975.
__________? Psicodinâmica das cores em comunicação. São
ª
Paulo: Ed. Edgard Blücher e EDUSP, 3 edição, 2000.
- GOETHE, J.W. Doutrina das cores. Literatura alemã traduzida
por Marco Giannotti. São Paulo: Nova Alexandria, 1993.
-- PEDROSA, Israel. Da Cor a Cor Inexistente. Rio de Janeiro:
Léo Christiano Editorial, 1977.