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Caixa Mágica

Manual de Instalação - Versão Sagres

HTTP :// WWW. CAIXAMAGICA . ORG

Prémio Milénio Sagres/Expresso 2000


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

2 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Prefácio
Este é o manual de instalação da Caixa Mágica (versão Sagres).
O projecto Caixa Mágica teve ı́nicio na ADETTI (Associação para o Desenvolvimento das
Telecomunicações e Técnicas de Informática), que é um centro de investigação do ISCTE (Insti-
tuto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) onde somos investigadores - Daniel Neves,
José Guimarães e Paulo Trezentos.
Envolvidos em Linux desde algum tempo, e interessados em expandir a sua utilização, entre
várias conversas sobre as dificuldades da ”World Domination”do Linux, surgiu-nos a ideia de
que para que mais utilizadores pudessem experimentar este sistema, poderı́amos começar por
implementar uma espécie de ”caixa mágica”em Portugal, para que desde o jovem ao idoso todos
conseguissem pelo menos instalá-lo... pois achamos que a habituação ao sistema é um processo
lento mas normal.
Achamos que a curva de aprendizagem do Linux não é nem mais lenta, nem mais curta... é
apenas um processo normal de habituação a um *novo* sistema.
Resolvemos, por isso, candidatarmo-nos ao Prémio Milénio Sagres/Expresso 2000 como solução
para os custos de desenvolvimento que um projecto deste tipo tem implı́citos.
O projecto apresentado consiste em:

desenvolver uma distribuição de Linux com uma série de caracterı́sticas que a torne mais
fácil de instalar e configurar
divulgar/documentar essa distribuição de forma a que chegue a todos os potenciais uti-
lizadores portugueses

Assim, propomos durante um ano desenvolver uma distribuição para o mercado lusófono que
seja verdadeiramente intuitiva e fácil de instalar.
Mais concretamente, propomos duas variações:

virada para os utilizadores desktop


destinada aos mercados de servidores

O que pretendemos implementar é a arquitectura técnica (estabelecimento de processos e técnicas


e desenvolvimento de algum software) que permita a um utilizador comum de informática, com
conhecimentos básicos, instalar um Computador Pessoal (PC) ou um Servidor, com hardware
vulgar, adquirido em qualquer loja de informática, sem custos de software ou de instalação e,
principalmente, sem dificuldades de manutenção e configuração do equipamento, daı́ o nome
Caixa Mágica.
Para além do desenvolvimento da arquitectura técnica, pretende-se divulgar livremente (sem
custos) e incentivar a utilização destes sistemas. Para tal, será criado um site na Internet, com
toda a documentação necessária e instruções para a implementação das MagicBoxes, disponı́veis
para download.

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As ”caixas mágicas”compostas pelo Computador Mágico (desktop) e Servidor Mágico, a serem


concretizadas, mudariam a forma como muita gente encara a informática. É nisso que aposta-
mos!
Em termos de enquadramento, este é um projecto não comercial e vamos levar adiante esta tarefa
com uma equipa a formar (e para a qual esperamos recrutar pessoas que se revejam nesta ideia).
Não nos propomos a desenvolver uma ”nova”distribuição propriamente dita, mas sim toda uma
infra-estrutura necessária para que um utilizador comum de informática possa instalar e config-
urar um PC com Linux e que para tal possa utilizar um “site” de apoio e suporte.
Quando falamos em fácil, falamos em questões muito concretas, desde a gestão de utilizadores
da máquina até à configuração automática do acesso à internet (o utilizador indica explicitamente
que se se quer ligar à Teleweb, ao Clix ou à IOL, por exemplo).
Ou seja, o utilizador não tem de ”sujar”as mãos a mexer directamente em ficheiros de texto de
configuração (que para a maioria dos utilizadores comuns, não dizem nada... pois por vezes não
têm sequer noções básicas sobre Sistemas Operativos).
Caracterı́sticas Principais do ”Computador Mágico”:

Facilidade de Instalação
Facilidade de Manutenção
Custo Zero do software
Fiabilidade
Adequado a diferentes tipos de hardware
Diversidade de Aplicações
Processo de Instalação

Uma vez que o ”Servidor Mágico”será normalmente utilizado por indivı́duos com alguns con-
hecimentos informáticos, esta solução incidirá principalmente na possibilidade de instalar e con-
figurar serviços através dum interface user-friendly - intuitivo e explı́cito.
Uma das vantagens que julgamos pertinente na solução ”Servidor Mágico”é a de que a configuração
dos serviços poderá ser efectuada através de um interface gráfico, apesar da máquina poder não
ter X-windows instalado (que é bastante bom para o caso de máquinas mais antigas), que nor-
malmente não é necessário num servidorr. Aliás, a ideia é que esta máquina nem precisa de
monitor após uma pré-instalação muito simples. Depois dessa pré-instalação, pode desligar-se
o monitor, ligar a máquina à rede e aceder através de um browser noutro PC qualquer e sobre
qualquer Sistema Operativo.
Caracterı́sticas Principais do ”Servidor Mágico”:

Facilidade de Instalação
Facilidade de Manutenção
Custo Zero do software
Fiabilidade
Adequado a diferentes tipos de hardware
Diversidade de Aplicações

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Processo de Instalação

Alguns dos Serviços

Gestão de Utilizadores

Servidor de Ficheiros

Servidor Web

Servidor de Mail

Servidor de FTP

Servidor de DNS

Firewall (masquerading)

A reutilização de computadores antigos surge talvez como uma consequência deste processo de
fácil instalação, pois qualquer curioso acerca do Sistema Operativo Linux poderá instalar tanto
uma estação de trabalho para experimentar o sistema, como utilizá-lo para servir de ”router”lá
em casa, onde queria partilhar o acesso à internet (de forma segura, claro), pois já tem o seu
computador portátil, o computador da mulher e o computador dos filhos (e poderá ainda ter uma
intranet onde cada um dos habitantes da casa coloca ”online”(dentro de casa) os seus documentos
em páginas HTML, desde catálogos de fotografias às notas que o filho teve na escola).
Quanto à distribuição do CD-Rom, esta será efectivamente gratuita. No entanto, obviamente,
serão suportados os custos da gravação do CD e dos portes de envio. Ou seja, quem quiser uma
cópia poderá fazê-la em casa (a partir de um CD de um amigo) ou fazer o download directo da
internet e nesse caso não paga absolutamente nada!
Como já devem ter percebido, o nome ”Caixa Mágica”tem algo haver com a televisão - a caixa
mágica original - não no sentido de inovação absoluta do termo, mas no sentido de permitir ao
utilizador ligar e desligar o equipamento, em trabalho ou lazer, sem ter de se preocupar com o
que se passa pelo meio... isto é... é claro que o utilizador tem de ler o ”manual de instruções”para
”configurar a televisão”, mas não terá de ler 3 calhamaços sobre Sistemas Operativos, TCP/IP e
Internet e/ou passar algumas horas em frente a um computador a navegar pela internet à procura
de respostas para coisas que nem ele sabe perguntar.
Muito ambiciosos? Sim.
Pensamos que é este o momento do Linux e da ”imensa maioria barulhenta- constituı́da por nós
todos- perseguir um objectivo: apresentar uma alternativa credı́vel como sistema operativo.
É nossa visão que isso deva ser feito tanto através de formas não comerciais, como comerciais.
Tanto através de acções concertadas (P3M), como independentes (Checkpoint).
Mais do que uma vitória desta equipa, esta é uma vitória do Linux - e nomeadamente do Linus -
e de toda esta comunidade.
Acreditamos na nossa ideia, no nosso potencial enquanto empreendedores deste projecto e no
resultado que alcançaremos. No ntanto, esperamos contar com a ajuda de todos vós sempre que
tal for necessário. Com crı́ticas, incentivos, apoios e ajudas.
Ao Expresso, à Sagres e ao Juri do Prémio Milénio agradecemos terem acreditado nesta ideia.
A todos os que se revejam na nossa atitude e visão gostávamos que entrassem em contacto
connosco para eventualmente integrarem a nossa equipa.
Apertem os vossos cintos. Apaguem os cigarros. Sejam bem-vindos a bordo. ;-)

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A próxima paragem é a instalação de que falaremos a seguir.

Daniel Neves (Daniel.Neves@adetti.iscte.pt)


José Guimarães (Jose.Guimaraes@adetti.iscte.pt)
Paulo Trezentos (Paulo.Trezentos@adetti.iscte.pt)

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Conteúdo
1 Introdução 13

2 Arranque do instalador 15
2.1 CD-ROM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Disquete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

3 Instalação 19
3.1 Licas - modo texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2 xLicas - modo gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

4 Conclusão da instalação 49

5 Glossário 51

6 Créditos 53
6.1 Autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
6.2 Equipa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
6.3 Software utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
6.4 Documentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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Lista de Figuras
2.1 Imagem que antecede o arranque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 Aplicação de criação de disquete de arranque - apresentação . . . . . . . . . . . 17
2.3 Aplicação de criação de disquete de arranque - gravar disquete . . . . . . . . . . 17
2.4 Aplicação de criação de disquete de arranque - selecção imagem . . . . . . . . . 18

3.1 Primeiro écran do Licas (instalador) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19


3.2 Primeiro écran do xLicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3 Écran Idioma (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.4 Écran Rato - ajuda (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.5 Écran Selecção Rato (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.6 Écran Outros Ratos (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.7 Écran Teste Rato (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.8 Écran Teclado (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.9 Écran Fuso Horário(Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.10 Écran Tipo de Particionamento (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.11 Écran Tipo de Particionamento - automático (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.12 Écran Tipo de Particionamento - manual (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.13 Écran Particionamento Manual - Editar (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.14 Écran Particionamento Manual - Apagar (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.15 Écran Tipo de Instalação (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.16 Écran Instalando Pacotes (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.17 Configuração LILO (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.18 Configuração LILO - Manual I (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.19 Configuração LILO - Manual II (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.20 Écran Password root (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.21 Écran Introdução utilizadores (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.22 Écran Disquete de arranque (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.23 Écran Hardware detectado (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.24 Écran Configuração modem (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.25 Écran Final de instalação (Licas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.26 Quatro áreas de navegação essenciais (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.27 Écran Idioma (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.28 Écran Teclado (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.29 Écran Fuso Horário (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.30 Écran Tipo de Particionamento (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.31 Écran Tipo de Particionamento - automático (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.32 Écran Teclado (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.33 Écran Particionamento Manual - Editar (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

3.34 Écran Teclado (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40


3.35 Criando partições (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.36 Écran Teclado (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.37 Écran Escolha de Categorias (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.38 Écran Previsão de ambiente de trabalho (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.39 Écran Escolha individual de pacotes (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.40 Écran (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.41 Configuração LILO - Manual I (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.42 Configuração LILO - Manual II (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.43 Écran Password root (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.44 Écran Confirmação palavra-passe válida (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.45 Écran Introdução utilizadores (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.46 Écran Criação de disquete de arranque (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.47 Écran de finalização de instalação(xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.48 Écran finalização - instalação pacotes (xLicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

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Lista de Tabelas

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

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1. Introdução
O Linux é um Sistema Operativo. Mais concretamente, é o ”kernel”(núcleo) que faz o interface Linux
entre a máquina (”hardware”) e as aplicações (”software”). Ao ”kernel”é frequentemente acres-
centado uma série de aplicações, formando um sistema ou distribuição Linux. Quando alguém
menciona o Linux, está geralmente a referir-se ao sistema completo, isto é, a uma distribuição
que contém todos os componentes necessários.
Em termos práticos, isto significa que o Linux não é uma aplicação que se possa instalar no
Microsoft Windows, mas antes um sistema operativo que precisa da da sua própria partição1 .
O Linux é livre, o que significa que pode ser obtido sem custos e o seu código pode ser livremente
acedido.
Tendo sido criado por Linus Torvalds, pode ser pronunciado de duas formas. Em português, a Pronúncia
primeira sı́laba (”li”) não é acentuada - como em ”li(lás)- e a segunda (”nux”) é dita como se
adicionasse ”nu”e ”quese”. Assim, deverá ser lido ”li-nu-que-se”.
Internacionalmente, o Linus aconselha a que se leia da seguinte forma: com um ”i”curto, e como
se lesse ”LIH-nucks”em Inglês, ou ”lái-na-que-se”em Português. Deverá rimar com ”cynics”.

A Caixa Mágica é uma distribuição de Linux, significando isto consiste no software de instalação Caixa Mágica
e configuração do Sistema Operativo propriamente dito (o Kernel) e aplicações com diferentes
fins que se poderão utilizar com esse sistema operativo.
A Caixa Mágica destina-se a todos os utilizadores que pretendam ter no seu computador o Linux Destinatários
instalado, servindo-se para isso dos programas desenvolvidos pelo Projecto Caixa Mágica.
Poderão utilizar a Caixa Mágica todos os utilizadores que tiverem um computador pessoal com
CD-ROM e com espaço no disco rı́gido do computador.
Não é necessário ter um disco especı́fico para Linux, podendo este partilhar um disco com outro
sistema operativo. Apesar disto, a forma mais fácil e segura de instalar o Linux é num disco
autónomo.
É perfeitamente possı́vel e compatı́vel ter o Linux e o MS Windows instalados ambos no mesmo
disco.
O Linux Caixa Mágica pode ser instalado em computadores com caracterı́sticas de Hardware Hardware
humildes como PCs com processadores 486. Neste caso, haverá um interface mais limitado mas necessário
poderá igualmente ser utilizado com todas as funcionalidades do Linux.

... No caso deste manual não responder a todas as questões do utilizador, este deverá
recorrer ao sı́tio da Caixa Mágica na Internet - http://www.caixamagica.org - ou ao
email suporte@caixamagica.org.
Aconselha-se a leitura do documento Linux Empresarial desenvolvido no âmbito do projecto Linux
com o auxilio de pessoas externas ao projecto. Esse documento, que pode ser consultado em Empresarial
1 Ver glossário

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

http://www.caixamagica.org, consiste numa abordagem às vantagens competitivas que o Linux


pode significar para uma empresa.
Essa abordagem é realizada em duas perspectivas: na perspectiva do decisor que toma a medida
de se optar por Linux em detrimento de outro sistema e na perspectiva do implementador que
depois a põe em prática.
Posto isto, resta dizer ao utilizador para inserir o CD-ROM do Linux Caixa Mágica no leitor de
CD-ROM e seguir as instruções de instalação.
No fim desta, deverá ter o seu sistema Linux pronto a ser utilizado... e desfrutado. Bom Linux...

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2. Arranque do
instalador
Para instalar a Caixa Mágica deverá ter em seu poder: Requisitos

➫ Um computador com leitor de CD-ROM (Requisito obrigatório)

➫ O CD-ROM do projecto Caixa Mágica com o Linux e respectivas aplicações (Requisito


obrigatório)

➫ Este manual de instalação (Requisito opcional)

Nesse momento, precisa de inserir o CD-ROM no respectivo leitor e re-iniciar o computador.


A instalação da Caixa Mágica é feita através de um programa chamado Licas1 .
Esse programa é responsável por preparar e guiar o utilizador na instalação, encontrando-se o
mesmo no CD-ROM da distribuição Caixa Mágica.
Para o executar, poderá utilizar o próprio CD-ROM ou em alternativa, uma disquete como de
seguida se descreve.

2.1. CD-ROM
A forma mais rápida de instalar a Caixa Mágica é inserir o CD da mesma no leitor de CD-ROMs
e re-iniciar o computador.
Se o computador não for muito antigo (tiver aproximadamente menos de quatro anos...) então
deverá arrancar com o instalador a partir do CD-ROM.
Saberá que o arranque foi bem sucedido se aparecer a seguinte imagem no écran: Imagem arranque
Se a imagem não aparecer após o re-iniciar do computador e este tiver arrancado com o sistema
operativo usual, isso significa que uma de duas situações se verifica.
A primeira possibilidade é o computador não estar configurado para na sequência de arranque BIOS mal
o CD-ROM estar primeiro do que o disco. Isto significa que mesmo com o CD-ROM inseri- configurada
do ele continua a tentar arrancar de disco rı́gido. Para o resolver, ver na caixa informativa o
procedimento a tomar.
A segunda hipótese é o seu computador não ter de facto capacidade de arrancar por CD-ROM. BIOS sem
Nesse caso, deve consultar a secção seguinte “Disquete”. capacidade

1 (L)icas é o (I)nstalador de (C)onfiguração e (A)rranque do (S)istema

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Figura 2.1: Imagem que antecede o arranque

... No caso de o seu computador não estar configurado para na sequência de arranque
ler do CD-ROM isso significa que deverá proceder a algumas alterações na BIOS. A
BIOS é o chip, ou seja, o circuito integrado que de entre outras funções está encarregue de
chamar o primeiro programa a ser executado.
A sequência de arranque da BIOS é geralmente: disquete, disco. Isto é, numa primeira fase
tentar arrancar de disquete, e numa segunda fase -e apenas se a primeira falhar- arrancar do
disco.
Neste caso, interessa-nos arrancar na seguinte sequência:CD-ROM, disco, disquete. Em primeiro
lugar deve estar o CD-ROM porque é aı́ que se encontra o instalador da Caixa Mágica.
Para proceder a esta configuração deverá no arranque do computador entrar para o software de
configuração de BIOS. A forma de entrar neste software varia de computador para computador,
mas geralmente é efectuado através da pressão da tecla “escape”, “F1” ou “delete” no arranque
do PC.
Depois de entrar no software da BIOS, deverá encontrar a opção da sequência de arranque.
Esta opção varia mais uma vez de fabricante para fabricante, mas é vulgar estar presente sobre
a designação “Boot sequence”.
Após ter colocado o CD-ROM em primeiro lugar dessa opção deverá gravar,sair e re-iniciar o
computador.

2.2. Disquete
Como atrás foi dito, o arranque a partir de disquete torna-se necessário no caso de o seu com-
putador não permitir o arranque directamente do CD-ROM.
Nesse caso, deverá criar uma disquete de arranque que se encarregará de chamar o instalador, o
Licas.

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ARRANQUE DO INSTALADOR

Mesmo que a sua placa permita uma instalaçáo gráfica, a instalação será realizada em modo
texto.
Para proceder à gravação da disquete em ambiente Windows deverá inserir o CD-ROM da Caixa Gravação em
Mágica no seu sistema Windows e passados alguns segundos, e de forma automática, surgirá o Windows
programa reproduzido na figura 2.2.

Figura 2.2: Aplicação de criação de disquete de arranque - apresentação

O programa atrás apresentado serve para poder criar a disquete que lhe permitirá iniciar o pro-
grama de instalação. Se por alguma razão, este programa não surgir de forma automática, com
o explorador de ficheiros,
 seleccione
  a drive adequada e execute o programa arranque.exe
situada na directoria arranque.

Figura 2.3: Aplicação de criação de disquete de arranque - gravar disquete

Para proceder a gravação de disquetes, seleccione a pasta “Gravar disquete” (figura 2.3). Nesse

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

écran, deverá escolher a imagem2 adequada ao seu computador carregando no botão com “...”,
do lado direito do campo “Escolha uma imagem”.
Ao pressionar esse campo (“...”), surgirá uma caixa de diálogo como a apresentado na figura
2.4. Se o seu computador tiver um disco IDE, o normal para os computadores pessoais, escolha
a imagem boot.img. Se por outro lado, o seu computador tiver um disco SCSI (comum nos
servidores) escolha o ficheiro scsi.img.

Figura 2.4: Aplicação de criação de disquete de arranque - selecção imagem

Depois de seleccionada a imagem (ficheiro atrás descrito), basta inserir-lhe uma disquete limpa3
na sua drive de disquetes e pressionar o botão “Gravar disquete”.
Para outros esclarecimentos, a própria aplicação tem um écran de ajuda acedı́vel através da pasta
“Instruções” .
Em alternativa à aplicação gráfica atrás descrita, pode utilizar um programa mais básico de linha
de comandos.
 Para isso, numa janela de DOS, chamar a aplicação RAWWRITE.EXE, localizada
em  dentro
do
 CD-ROM.
  4 Na aplicação indicar que a imagem a copiar está localizada em

e que o destino é a localização A:.De seguida, inserir uma disquete
na “drive” de disquetes e proceder à gravação da disquete.
Após a gravação da disquete, deverá mantê-la na “drive” e re-iniciar o computador.
Gravação em Se já tiver um outro sistema Linux, poderá gravar a disquete a partir dele. Para isso, siga os
Linux seguintes passos:

1. Inserir o CD-ROM da Caixa Mágica no leitor de CDs


2. Inserir uma disquete na “drive” de disquetes.
3. Montar o CD-ROM. Por exemplo:
root@omega > mount -t iso9660 /dev/hdc /cdrom, ou mais simplesmente:
root@omega > mount /cdrom
4. copiar o conteúdo da disquete com um comando semelhante a:
root@omega > dd if=/cdrom/imagens/boot.img of=/dev/fd0

Poderá então re-iniciar o computador com a disquete inserida.


2 Ver glossário
3 Atenção: o conteúdo da disquete será irreversivelmente perdido
4 Isto no caso de o seu leitor de CDs ser a “drive” D:

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3. Instalação
A instalação da Caixa Mágica é realizada pelo Licas - (L)icas é o (I)nstalador de (C)onfiguração
e (A)rranque do (S)istema.
O Licas é um instalador que acompanha o utilizador pelos passos necessários à instalação e
configuração do sistema operativo.
Existem duas versões do Licas, uma implementada em modo texto e outra em modo gráfico.

A versão modo texto, a que


carinhosamente chamámos
Licas, tem exactamente as
mesmas funcionalidades que
a versão em modo gráfico
mas é destinada a computa-
dores com caracterı́sticas
técnicas mais fracas. Se
durante o arranque do insta-
lador lhe for colocado um
ecrã a lembrar os antigos
programas de DOS, é esse o
caso (figura ao lado)

Figura 3.1: Primeiro écran do Licas (instalador)

Cada uma das versões do instalador vai ser tratado em detalhe nas próximas secções.

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Por outro lado, para os com-


putadores mais modernos,
a Caixa Mágica disponibi-
liza uma versão do instal-
ador que aproveita os recur-
sos gráficos mais avançados,
o xLicas (o “x” vem do facto
de correr em X, o ambiente
de janelas do Linux).

Figura 3.2: Primeiro écran do xLicas

20 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

3.1. Licas - modo texto


O Licas é o instalador da Caixa Mágica desenvolvido em modo texto. Concretamente, imple-
mentado sobre a biblioteca Newt.
A instalação da Caixa Mágica é realizada através de um número reduzido de passos. O passo Passo actual
actual é identificado pelo número com cor diferente no rodapé da aplicação do lado esquerdo
(ver por exemplo figura 3.1). Navegação
O primeiro écran, o de boas vindas, é representado na figura 3.1. Para seguir na instalação deverá
pressionar a tecla “enter” quando o botão activo for o “Continuar”.

... A Navegação dentro do Licas é bastante simples e intuitiva. Aqui ficam algumas
ajudas.

Ajuda - todos os écrans têm ajuda e esta pode ser visualizada através da tecla F1
Esquerda - para deslocar o botão activo para a esquerda, deverá pressionar a tecla de
cursor “esquerda” (representado no teclado por uma seta )
Direita - para deslocar o botão activo para a direita verá pressionar a tecla de cursor
“direita” (representado no teclado por uma seta ). Em alternativa poderá utilizar o TAB
(tecla localizada na parte direita do teclado com duas setas em sentidos opostos).
Seleccionar - se desejar “seleccionar” uma opção deverá pressionar a barra de espaços.
Sair da instalação - para sair da instalação deverá escolher o botão “sair” em cada um dos
écrans.
Voltar ao écran anterior - para regressar ao écran anterior ao actual, deverá escolher o
botão voltar. Por razões técnicas, nem sempre é possı́vel esta opção estar presente.

Écran Idioma

O segundo écran do Licas


destina-se à configuração do
idioma de instalação.
Deverá optar pela opção cor-
respondente ao idioma em
que prefere que a instalação
decorra.

Figura 3.3: Écran Idioma (Licas)

21 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Como atrás foi dito, poderá


ter acesso à ajuda de ca-
da écran, premindo a tecla
“F1”. A figura da direita é
um exemplo dessa ajuda.

Figura 3.4: Écran Rato - ajuda (Licas)

... Para identificar o tipo de rato pode seguir as seguintes pistas:

Rato Série - o rato série era o rato mais vulgar há alguns anos. Encontra-se
predominantemente nos computadores mais antigos e, como o nome indica, está ligado à
porta série (RS 232) do computador. Esta porta tem os pinos dispostos na horizontal, com
duas fileiras. A fileira de baixo tem 4 pinos e a de cima 5. A porta série do PC é macho e
a do rato é fêmea.
Rato PS2 - o rato PS2 é o que actualmente equipa os computadores que saem de fábrica.
Tem uma ficha horizontal (igual à do teclado) que também é conhecido por mini-dim ou
de 9 contactos.
Rato USB - o rato USB é um rato pouco vulgar mas que se começa a encontrar em com-
putadores mais recentes. A ficha é achatada e encaixada num “slot” horizontal do PC.

22 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

O écran de selecção de rato


(mouse) permite escolher o
tipo de rato que o seu sistema
possui. Por omissão, é apre-
sentado o tipo de rato que foi
detectado e que deve ser ad-
equado ao seu sistema.
Contudo a detecção é falı́vel
pelo que se tiver a certeza so-
bre o tipo de rato que possui
deverá escolhê-lo aqui.
Se possuir um tipo de ra-
to que não se encontra
neste menu, escolha “Out-
ros tipos de rato” para ter
acesso ao próximo écran.
Se não escolheu esta opção
saltará imediatamente para
um écran semelhante ao ap-
Figura 3.5: Écran Selecção Rato (Licas) resentado na figura 3.7.

Neste écran tem uma lista


mais vasta de tipos de ratos,
para selecções mais compli-
cadas. Se tiver dúvidas, con-
sulte o manual que acompan-
ha o seu rato ou o sı́tio Inter-
net do fabricante do mesmo.

Figura 3.6: Écran Outros Ratos (Licas)

23 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Após a configuração por


parte do utilizador do rato,
este pode ser testado. Se
ao movimentar o rato, o cur-
sor circula no écran isso é
sinal que foi bem configu-
rado e poderá “seguir” na
instalação.
Se tiver existido algum prob-
lema, tem a opção de re-
tornar atrás para escolher um
outro rato ou avançar mesmo
com o anteriormente escol-
hido e não detectado.

Figura 3.7: Écran Teste Rato (Licas)

Após a configuração de ra-


to, é necessário configurar o
teclado.
Consoante a configuração do
teclado, poderá ter acesso
ou não à acentuação carac-
terı́stica da lı́ngua portugue-
sa.

Figura 3.8: Écran Teclado (Licas)

24 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

Neste écran poderá definir


qual o seu fuso horário con-
soante a sua localização ge-
ográfica. A hora do seu com-
putador será estabelecida em
função da sua escolha.

Figura 3.9: Écran Fuso Horário(Licas)

Chegada a esta parte da


instalação é necessário
definir como o disco rı́gido
irá estar organizado. Para
isso, são definidas partições.
Existem duas formas de
definir partições: Au-
tomática ou Manual. A
primeira (automática) é
aconselhável quando se
tem um disco especifica-
mente destinado ao Linux
Caixa Mágica. Utilizadores
iniciados que tenham um
disco só para Linux deverão
seleccionar essa hipótese.
Quem quiser instalar a Caixa
Mágica num computador
com outro sistema operativo
previamente instalado e que
o deseje manter, não deverá
escolher a opção “Parti-
cionamento automático”. Figura 3.10: Écran Tipo de Particionamento (Licas)

25 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

No particionamento au-
tomático, os discos rı́gidos
instalados no seu computa-
dor são automaticamente
detectados. Deverá escolher
aquele em que pretende
instalar a Caixa Mágica. De-
pois de escolher e confirmar,
o Licas irá particioná-lo e
formatá-lo. ATENÇÃO:
toda a informação nesse
disco se perderá.

Figura 3.11: Écran Tipo de Particionamento - automático (Licas)

O particionamento manu-
al envolve a definição das
partições individualmente e
por parte do utilizador. Na
janela “Partições detectadas”
encontrará os diferentes dis-
cos identificados (primeira
coluna). Cada disco tem
assignado as partições que o
compõem, distinguı́veis por
estarem ligeiramente inden-
tadas. No topo da janela, tem
informação relativa aos dis-
cos encontrados.

Figura 3.12: Écran Tipo de Particionamento - manual (Licas)

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INSTALAÇÃO

A figura 3.12 revela-nos que na instalação em causa tinham sido detectados dois discos (disco 1
e disco 2), sendo o disco 1 composto por três partições.
Sobre cada partição existe quatro colunas com informação. A primeira coluna, “Disco/part”
dá-nos a designação da partição propriamente dita. Por exemplo, “hda1”.
A segunda coluna informa-nos sobre o local onde essa partição irá ser montada. Cada partição
é montada sobre uma localização especı́fica onde o utilizador poderá mais tarde acedê-la. No
Linux, apenas é obrigatória haver uma partição cujo ponto de montagem (“mounting point”, ver
glossário) é a “/” (lê-se “root”). É bastante vulgar haver partições cujo ponto de montagem é a
directoria “/boot” ou “/home”.
O sistema de ficheiros utilizado para formatar essa partição é dado pela terceira coluna, “Sis-
temaFich”. O sistema de ficheiros vulgarmente utilizado em Linux é “Ext2”, ou seja, Extended
2.
Por fim, temos o tamanho que essa partição possui, em MegaBytes.
Existem quatro operações que pode realizar sobre uma partição: adicionar, editar, apagar e ajus-
tar.

➫ Adicionar: permite criar uma nova partição, tendo que para isso, haver espaço livre no
disco. O espaço livre é identificado na lista por uma linha com a identificação: ESPAÇO
LIVRE.
➫ Editar: no caso da partição já existir, podemos escolher qual o ponto de montagem dessa
directoria e alterá-lo conforme as nossas necessidades (figura 3.13).
➫ Apagar: para ganhar espaço para criar novas partições poderá apagar uma partição.
Atenção: ao apagar uma partição perderá de forma irreversı́vel todos os dados e docu-
mentos armazenado nessa partição (figura 3.14).
➫ Ajustar: esta é uma nova opção disponı́vel na Caixa Mágica. No caso de ter um único
disco com uma única partição com outro sistema operativo, já não necessita de apagar
essa partição para criar duas partições para passar a ter dois sistemas operativos. Com esta
opção, “encolherá” a primeira partição dando lugar a espaço onde poderá criar a segunda.
Note-se que para a encolher, terá de ter espaço disponı́vel nessa partição. Se por exemplo
precisar de encolhê-las em 2000 MB, terá obrigatoriamente de ter esse espaço disponı́vel.
Atenção: ajustar uma partição é uma operação tecnicamente difı́cil, de onde poderão surgir
complicações. Aconselha-se os utilizadores a fazerem cópias de segurança das partições
que decidirem encolher,como forma de salvaguardar eventuais problemas.

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Como atrás foi referido,


neste écran é possı́vel definir
o ponto de montagem de
uma partição. Poderá op-
tar por uma das localizações
propostas (/, /boot, /home e
ou /usr) ou definir uma qual-
quer outra, através do quin-
to campo. É mandatório
haver uma partição com o
ponto de montagem “/”, que
é o local onde serão colo-
cados os ficheiros (progra-
mas) a instalar. É também
aconselhada a existência de
uma partição com o ponto de
Figura 3.13: Écran Particionamento Manual - Editar (Licas) montagem “/boot”.

Ao optar por apagar uma


partição terá um écran onde
será confirmada a sua opção.
No caso de prosseguir, a sua
partição será apagada com
todos os documentos nela ar-
mazenado. Não existem fer-
ramentas para reverter esta
operação, pelo que deverá ter
a certeza que a operação será
realizada sobre a operação
correcta.

Figura 3.14: Écran Particionamento Manual - Apagar (Licas)

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INSTALAÇÃO

Após ter criado as partições,


segue-se a parte da
instalação dos pacotes.
Neste écran, será colocada
a questão sobre que tipo de
instalação pretende: Com-
putador pessoal, Servidor ou
Personalizada. No caso de
pretender configurar exacta-
mente os pacotes a instalar,
deverá escolher esta última,
tendo noutros écrans a opção
de escolher os pacotes a
instalar por categoria ou
individualmente.
Na primeira e segunda opção
serão instalados automatica-
mente pacotes relativos ao
Figura 3.15: Écran Tipo de Instalação (Licas) perfil escolhido.

Depois de escolher os pa-


cotes que pretende insta-
lar, segue-se uma fase po-
tencialmente demorada onde
os pacotes serão instala-
dos. Poderá acompanhar a
instalação dos mesmos pela
barra de evolução.

Figura 3.16: Écran Instalando Pacotes (Licas)

29 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Para poder optar no ar-


ranque do computador pe-
lo sistema operativo a ini-
cializar terá de instalar o
LILO (ver glossário). No
caso de apenas ter instalado
o Linux, poderá optar pela
configuração automática do
LILO. Neste caso, o LILO
automaticamente detectará a
partição onde instalou o Lin-
ux e encarregar-se-á de ini-
ciar este sistema operativo
no arranque do computador.
Se tiver mais de um sis-
tema operativo no disco, de-
verá optar pela configuração
Figura 3.17: Configuração LILO (Licas) manual.

Na configuração manual do
LILO poderá optar por in-
stalá-lo no primeiro sector
do primeiro disco, chama-
do de MBR (Master Boot
Record), ou colocá-lo no
primeiro sector da partição
que contêm a root (“/”). Ca-
so não tenha mais nenhum
Loader instalado, deverá op-
tar pela primeira. No ca-
so de ter um Loader insta-
lado e nesse Loader incluir
na configuração do mesmo a
partição Linux, então escol-
ha a segunda hipótese. Em
caso de dúvida escolha a
primeira hipótese. Figura 3.18: Configuração LILO - Manual I (Licas)

30 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

Por cada sistema operati-


vo deverá adicionar uma
entrada ao LILO. Se tiver
instalado, por exemplo,
o Linux e o Windows no
disco deverá adicionar duas
entradas. Assim, poderia
primeiro adicionar uma
entrada escrevendo “Win-
dows” no campo “...nome
da entrada”, seleccionan-
do “/dev/hda1” na janela
“Partição” e, finalmente,
pressionando o botão
“Adicionar”. A entrada
“Windows” apareceria na
lista da esquerda. Natural-
mente, que isto para o caso
de o Windows estar instal-
ado na primeira partição do
Figura 3.19: Configuração LILO - Manual II (Licas) disco (hda1).

De seguida, adicionava o Linux, escrevendo “Linux” no nome da entrada, seleccionando a


partição de onde é feito o arranque (tipicamente a partição cujo ponto de montagem é “/boot”
ou, no caso de esta não existir, a partição cujo ponto de montagem é a root, “/”). No arranque do
computador, quando surgir a uma linha de inserção de texto precedida por “LILO:” deverá escr-
ever a entrada corresponder ao sistema operativo com o qual deseja arrancar o computador. Para
o exemplo anterior, escreveria “Windows” para arrancar em windows ou “Linux” para arrancar
em Linux.

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Um sistema Linux sendo


multi-utilizador (ver
glossário) pode autor-
izar o acesso a diferentes
utilizadores. Cada utilizador
tem permissões de acesso ao
sistema diferentes. Existe
um utilizador principal que
tem permissões ilimitadas
sobre todos os recursos do
sistema. Esse utilizador é
chamado de “root”. Neste
écran deverá configurar a
palavra-passe desse uti-
lizador. Após a instalação
do sistema, apenas deverá
utilizar a conta de “root”
para fazer configurações
de sistema. Depois de
introduzir a palavra-passe,
pressione o botão “aceitar”. Figura 3.20: Écran Password root (Licas)

Como atrás foi referido, o seu sistema pode per-


mitir acesso a diferentes utilizadores. Neste
écran deverá criar os utilizadores que acederão
ao sistema que está a ser instalado. Estes uti-
lizadores não terão permissões de alteração de
configurações de sistema. Pode inserir tantos
quantos queira, devendo configurar nesse mo-
Figura 3.21: Écran Introdução utilizadores (Li-mento a palavra-passe (password) a utilizar pe-
cas) los mesmos.

32 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

Mesmo no caso de não pre-


tender instalar o Lilo no
MBR, poderá iniciar o Linux
de uma outra forma através
de o recurso a uma disquete
de arranque. Depois de cri-
ar a disquete de arranque
neste écran e ter termina-
do a instalação, poderá reini-
ciar o computador com a dis-
quete inserida na “drive” e
verificará que o Linux será
chamado. O conteúdo da
disquete será apagado pelo
Licas. Figura 3.22: Écran Disquete de arranque (Licas)

O Licas possui capacidade


de detecção do Hardware in-
cluı́do no seu sistema. Neste
écran será lhe mostrado qual
o que foi detectado automati-
camente.

Figura 3.23: Écran Hardware detectado (Licas)

33 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Para cada categoria de


Hardware detectado terá a
hipótese de configurá-lo.
A configuração do Modem
(na figura representada)
poderá ser realizada através
da introdução do número de
telefone, login e palavra-
passe do seu fornecedor de
Internet. Figura 3.24: Écran Configuração modem (Licas)

Este é o écran final da


instalação. Se chegar a este
ponto, significará que a
instalação da Caixa Mágica
decorreu com sucesso.
Retire o CD-ROM do leitor,
reinicie o computador e
aproveite o seu recém-
instalado Linux Caixa
Figura 3.25: Écran Final de instalação (Licas) Mágica.

34 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

3.2. xLicas - modo gráfico


O xLicas é a versão gráfica do instalador da Caixa Mágica.
Por ser mais exigente quanto aos requisitos de Hardware necessário poderá não ser executado
em todos os computadores. Nesse caso, o Licas -descrito na secção anterior- será o responsável
pela instalação. Navegação

A navegação no xLicas é re-


alizada de uma forma intuiti-
va . Concretamente, ao uti-
lizador é pedido que em ca-
da écran: (1) seleccione uma
opção e (2) pressione o botão
“Continuar”.
Para (1) seleccionar uma
opção deve marcar na área
central do écran a opção cor-
respondente (na figura 3.26
essa opção corresponde à es-
colha do idioma. As opções
estarão sempre presentes
nesta área do écran.Sempre
que uma das opções estiver
marcada significa que está
activa. Se a opção por
omissão coincidir com a sua,
não carece de a marcar. Figura 3.26: Quatro áreas de navegação essenciais (xLicas)

Depois de seleccionada a opção desejada, deverá (2) pressionar o botão “Continuar” que está
situado no canto inferior direito.
No caso de necessitar de ajuda terá ao longo de toda a instalação uma janela do lado direito com
instruções adicionais.
Durante toda a instalação terá a hipótese de retornar a écrans anteriores. Para tal, poderá utilizar
o botão Voltar ou pressionar sobre um dos quadrados com números representados no fundo do
écran. Cada número corresponde a um écran.
O quadrado com o número de cor laranja, significa que esse écran é o actual onde o utilizador se
encontra. Os quadrados a azul claro significa que não estão activos e que o utilizador não pode
aceder-lhes. Os quadrados a azul mais forte representam os écrans pelo qual os utilizadores já
passaram e que poderão regressar, precisando apenas de pressionar sobre os mesmos.

35 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Logo após o écran de boas


vindas, será questionado so-
bre o idioma (linguagem)
desejado para a instalação.
Depois de escolher o id-
ioma em que pretende que a
instalação decorra, pressione
o botão “Voltar”.

Figura 3.27: Écran Idioma (xLicas)

Neste segundo écran dev-


erá escolher o teclado que
possui. Teclado Português
(por omissão) e Teclado
inglês (americano) são as
opções. A opção que
tomar irá reflectir-se na sua
utilização do Linux, poden-
do mais tarde alterar esta
opção através do Lucas. Figura 3.28: Écran Teclado (xLicas)

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INSTALAÇÃO

No écran Fuso Horário de-


verá optar pelo localização
geográfica onde se encontra.
Esta opção reflectirá mais
tarde a hora do seu computa-
Figura 3.29: Écran Fuso Horário (xLicas) dor.

Chegada a esta parte da


instalação é necessário
definir como o disco rı́gido
irá estar organizado. Para
isso, são definidas partições.
Existem duas formas de
definir partições: Au-
tomática ou Manual. A
primeira (automática) é
aconselhável quando se
tem um disco especifica-
mente destinado ao Linux
Caixa Mágica. Utilizadores
iniciados que tenham um
disco só para Linux deverão
seleccionar essa hipótese.
Quem quiser instalar a Caixa
Mágica num computador
com outro sistema operativo
previamente instalado e que
o deseje manter, não deverá
escolher a opção “Parti-
cionamento automático”. Figura 3.30: Écran Tipo de Particionamento (xLicas)

37 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

No particionamento au-
tomático, os discos rı́gidos
instalados no seu computa-
dor são automaticamente
detectados. Deverá escolher
aquele em que pretende
instalar a Caixa Mágica. De-
pois de escolher e confirmar,
o Licas irá particioná-lo e
formatá-lo.
ATENÇÃO: toda a
informação nesse disco
se perderá.

Figura 3.31: Écran Tipo de Particionamento - automático (xLicas)

O particionamento manu-
al envolve a definição das
partições individualmente e
por parte do utilizador. Na
janela “Partições detectadas”
encontrará os diferentes dis-
cos identificados (primeira
coluna). Cada disco tem
assignado as partições que o
compõem, distinguı́veis por
estarem ligeiramente inden-
tadas. No topo da janela, tem
informação relativa aos dis-
cos encontrados. Figura 3.32: Écran Teclado (xLicas)

38 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

A figura 3.32 revela-nos que na instalação em causa tinham sido detectados dois discos (disco 1
e disco 2), sendo ambos os discos compostos por três partições.
Sobre cada partição existe quatro colunas com informação. A primeira coluna, “Disco/part”
dá-nos a designação da partição propriamente dita. Por exemplo, “hda1”.
A segunda coluna informa-nos sobre o local (Directório) onde essa partição irá ser montada.
Cada partição é montada sobre uma localização especı́fica onde o utilizador poderá mais tarde
acedê-la. No Linux, apenas é obrigatória haver uma partição cujo ponto de montagem (“mount-
ing point”, ver glossário) é a “/” (lê-se “root”). É bastante vulgar haver partições cujo ponto de
montagem é a directoria “/boot” ou “/home”.
O sistema de ficheiros utilizado para formatar essa partição é dado pela terceira coluna, “Sis-
temaFich”. O sistema de ficheiros vulgarmente utilizado em Linux é “Ext2”, ou seja, Extended
2.
Por fim, temos o tamanho que essa partição possui, em MegaBytes.

Existem quatro operações que pode realizar sobre uma partição: adicionar, editar, apagar e ajus-
tar.

➫ Adicionar: permite criar uma nova partição, tendo que para isso, haver espaço livre no
disco. O espaço livre é identificado na lista por uma linha com a identificação: ESPAÇO
LIVRE.
➫ Editar: no caso da partição já existir, podemos escolher qual o ponto de montagem dessa
directoria e alterá-lo conforme as nossas necessidades (figura 3.32).
➫ Apagar: para ganhar espaço para criar novas partições poderá apagar uma partição.
Atenção: ao apagar uma partição perderá de forma irreversı́vel todos os dados e docu-
mentos armazenado nessa partição .
➫ Ajustar: esta é uma nova opção disponı́vel na Caixa Mágica. No caso de ter um único
disco com uma única partição com outro sistema operativo, já não necessita de apagar
essa partição para criar duas partições para passar a ter dois sistemas operativos. Com esta
opção, “encolherá” a primeira partição dando lugar a espaço onde poderá criar a segunda.
Note-se que para a encolher, terá de ter espaço disponı́vel nessa partição. Se por exemplo
precisar de encolhê-las em 2000 MB, terá obrigatoriamente de ter esse espaço disponı́vel.
Atenção: ajustar uma partição é uma operação tecnicamente difı́cil, de onde poderão surgir
complicações. Aconselha-se os utilizadores a fazerem cópias de segurança das partições
que decidirem encolher,como forma de salvaguardar eventuais problemas.

Cada operação tem um botão associado, por baixo da informação sobre os discos e partições.
Alguns dos botões desencadeiam o aparecimento de campos do lado direito da janela com
informação sobre os discos, pelo que deverá estar com atenção a essa zona (ver por exemplo
figura 3.33).

39 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Como atrás foi referido,


neste écran é possı́vel definir
o ponto de montagem de
uma partição. Poderá op-
tar por uma das localizações
propostas (/, /boot, /home e
ou /usr) ou definir uma qual-
quer outra, escrevendo direc-
tamente sobre o campo lo-
calizado na parte direita do
écran e com a etiqueta “Di-
rectório”.
É mandatório haver uma
partição com o ponto de
montagem “/”, que é o
local onde serão coloca-
dos os ficheiros (progra-
mas) a instalar. É também
aconselhada a existência de
uma partição com o pon-
to de montagem (directório)
“/boot”.
No final de ter introduzido o
directório que quer associar
à partição, pressione o botão
“Editar”, do lado direito do
Figura 3.33: Écran Particionamento Manual - Editar (xLicas) écran.

Como foi indicado previ-


amente, a Caixa Mágica
oferece a possibilidade de
um utilizador encolher uma
partição que já tenha instal-
ado outro sistema operativo,
se tal partição tiver espaço
livre. No caso de carregar
no botão “ajustar”, a parte
direita do instalador oferece
um campo em que deverá in-
dicar o tamanho para o qual
pretende reduzir a partição. Figura 3.34: Écran Teclado (xLicas)

40 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

Enquanto as partições forem sendo criadas, uma barra de


estado vai evoluindo dos 0% aos 100%, crescendo sempre
que uma partição for sendo criada. Por vezes, a criação
de uma partição pode ser demorada, pelo que pode pare-
cer que está bloqueado, não o acontecendo na realidade.
Aguarde 15 minutos e se não verificar qualquer evolução,
re-inicie o computador.

Figura 3.35: Criando partições (xLi-


cas)

Após ter criado as partições,


segue-se a parte da
instalação dos pacotes.
Neste écran, será colocada
a questão sobre que tipo de
instalação pretende: Com-
putador pessoal, Servidor
ou Personalizada. No caso
de pretender configurar
exactamente os pacotes a
instalar, deverá escolher
esta última. Se optar antes
por “Computador pessoal”
apenas serão instalados pro-
gramas vocacionados para
“desktop”, como Office
e programas de acesso à
Internet. Figura 3.36: Écran Teclado (xLicas)
No caso de optar pela opção “Person-
alizada” no écran anterior, surgirá a
figura ao lado exibida em que poderá
optar pelas categorias de software que
deseja instalar. No caso de ter opta-
do por “Desktop” ou “Servidor” este
écran não será exibido e saltará direc-
tamente para o écran do LILO.
Do lado direito do écran, tem a
hipótese de pré-visualizar o aspecto
com que o seu Linux ficará. Para isso,
escolha o aspecto desejado e pressione
o botão “Preview”.
Se por outro lado, desejar escolher in-
dividualmente cada programa a insta-
lar, opte por “Selecção individual de
Figura 3.37: Écran Escolha de Categorias (xLicas) pacotes”.

41 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Quando pressiona “Pre-


view”, surge uma janela
com o aspecto com que
o seu Linux ficará. Na
visualização aqui exemplifi-
cada, o utilizador escolheu
“Win 2000”. Para continuar,
pressione “Okay”.

Figura 3.38: Écran Previsão de ambiente de trabalho (xLicas)

No caso de no écran rep-


resentado na figura 3.37 ter
optado pela opção “Selecção
individual”, aqui poderá es-
colher exactamente que pro-
gramas (pacotes) deseja ver
instalados. Os pacotes estão
juntos em grupos (lado es-
querdo da imagem), para fa-
cilitar a sua pesquisa. Pres-
sionando um grupo do lado
esquerdo, automaticamente
visualizará os pacotes que a
Figura 3.39: Écran Escolha individual de pacotes (xLicas) compõe, do lado direito.

42 Caixa Mágica - http://www.caixamagica.org


INSTALAÇÃO

Para poder optar no ar-


ranque do computador pe-
lo sistema operativo a ini-
cializar terá de instalar o
LILO (ver glossário). No
caso de apenas ter instalado
o Linux, poderá optar pela
configuração automática do
LILO. Neste caso, o LILO
automaticamente detectará a
partição onde instalou o Lin-
ux e encarregar-se-á de ini-
ciar este sistema operativo
no arranque do computador.
Se tiver mais de um sis-
tema operativo no disco, de-
verá optar pela configuração
manual. Figura 3.40: Écran (xLicas)

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Na configuração manual do
LILO poderá optar por in-
stalá-lo no primeiro sector
do primeiro disco, chama-
do de MBR (Master Boot
Record), ou colocá-lo no
primeiro sector da partição
que contêm a root (“/”). Ca-
so não tenha mais nenhum
Loader instalado, deverá op-
tar pela primeira. No ca-
so de ter um Loader insta-
lado e nesse Loader incluir
na configuração do mesmo a
partição Linux, então escol-
ha a segunda hipótese. Em
caso de dúvida escolha a
Figura 3.41: Configuração LILO - Manual I (xLicas) primeira hipótese.
Por cada sistema operati-
vo deverá adicionar uma
entrada ao LILO. Se tiver
instalado, por exemplo,
o Linux e o Windows no
disco deverá adicionar duas
entradas. Assim, poderia
primeiro adicionar uma
entrada escrevendo “Win-
dows” no campo “...nome
da entrada”, seleccionan-
do “/dev/hda1” na janela
“Partição” e, finalmente,
pressionando o botão
“Adicionar”. A entrada
“Windows” apareceria na
lista do lado esquerdo (em
“Entradas”). Naturalmente,
que isto para o caso de o
Windows estar instalado na
primeira partição do disco
(hda1). Figura 3.42: Configuração LILO - Manual II (xLicas)

De seguida, adicionava o Linux, escrevendo “Linux” no nome da entrada, seleccionando a


partição de onde é feito o arranque (tipicamente a partição cujo ponto de montagem é “/boot”
ou, no caso de esta não existir, a partição cujo ponto de montagem é a root, “/”). No arranque do
computador, quando surgir a uma linha de inserção de texto precedida por “LILO:” deverá escr-
ever a entrada corresponder ao sistema operativo com o qual deseja arrancar o computador. Para
o exemplo anterior, escreveria “Windows” para arrancar em windows ou “Linux” para arrancar
em Linux.

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INSTALAÇÃO

Um sistema Linux sendo


multi-utilizador (ver
glossário) pode autor-
izar o acesso a diferentes
utilizadores. Cada utilizador
tem permissões de acesso ao
sistema diferentes. Existe
um utilizador principal que
tem permissões ilimitadas
sobre todos os recursos do
sistema. Esse utilizador é
chamado de “root”. Neste
écran deverá configurar a
palavra-passe desse uti-
lizador. Após a instalação
do sistema, apenas deverá
utilizar a conta de “root”
para fazer configurações de
Figura 3.43: Écran Password root (xLicas) sistema.

Ao carregar no botão “Aceitar”, a palavra-passe


será validada. Se for válida, um écran semel-
hante ao aqui apresentado surgirá. Se por outro
lado, for inválida, deverá introduzir uma nova
palavra-passe (password) e a sua confirmação.
Depois de ultrapassada esta fase, carregue no
botão “Okay” para passar ao écran seguinte.

Figura 3.44: Écran Confirmação palavra-passe


válida (xLicas)

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Como atrás foi referido, o


seu sistema pode permi-
tir acesso a diferentes uti-
lizadores. Neste écran de-
verá criar os utilizadores
que acederão ao sistema
que está a ser instalado.
Estes utilizadores não terão
permissões de alteração de
configurações de sistema.
Pode inserir tantos quantos
queira, devendo configurar
nesse momento a palavra-
passe (password) a utilizar
pelos mesmos.

Figura 3.45: Écran Introdução utilizadores (xLicas)

Mesmo no caso de não pre-


tender instalar o Lilo no
MBR, poderá iniciar o Linux
de uma outra forma através
de o recurso a uma disquete
de arranque. Depois de cri-
ar a disquete de arranque
neste écran e ter termina-
do a instalação, poderá reini-
ciar o computador com a dis-
quete inserida na “drive” e
verificará que o Linux será
chamado. O conteúdo da
disquete será apagado pelo
Licas.

Figura 3.46: Écran Criação de disquete de arranque (xLicas)

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INSTALAÇÃO

Chegado a este ponto, será


informado que a instalação
foi finalizada. Deverá con-
firmar (pressionando o botão
“Sim”).

Figura 3.47: Écran de finalização de instalação(xLicas)

Todos os programas serão


agora instalados. Após
essa operação, algumas
operações de finalização
serão realizadas, no fim das
quais o computador será
re-iniciado. Poderá então
desfrutar do seu Linux Caixa
Mágica.

Figura 3.48: Écran finalização - instalação pacotes (xLicas)

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4. Conclusão da
instalação
Se tudo tiver corrido bem nos passos anteriores, a instalação do Linux Caixa Mágica estará
concluı́da.
Mesmo que algum passo não tenha sido realizado de forma correcta, segundo as caracterı́sticas
do seu computador, terá oportunidade de corrigi-lo já dentro do sistema.
Proceda agora ao arranque do sistema e deverá surgir-lhe um écran com as opções de arranque.
Cada opção é correspondente a um sistema operativo que esteja instalado no seu computador. Se
só tiver o Linux Caixa Mágica, então deverá apenas surgir-lhe uma única opção (CaixaMagica).
Após a selecção da opção adequada recorrendo às teclas de cursor (setas), pressione a tecla
Enter.

Ao surgir um problema no arranque do computador, dirija-se ao “site” da Caixa


Mágica 1 e na secção de suporte tente encontrar uma dúvida de outro utilizador que

! corresponda à sua.
No caso de não encontrar, insira uma nova entrada no sistema de suporte com o seu
problema descrito com o máximo de pormenor possı́vel. A equipa da Caixa Mágica
tentará responder-lhe num curto espaço de tempo.

Depois de o seu sistema ter arrancado, deixamos uma sugestão para explorar todas as suas novas
funcionalidades: faça o download do Manual do Utilizado do site da Caixa Mágica e saiba
como utilizar e configurar a sua Caixa Mágica.
A equipa da Caixa Mágica deseja-lhe uma boa utilizaçáo.

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5. Glossário
Imagem- o termo “imagem” -no contexto da criação da disquete de arranque- tem como signifi-
cado o ficheiro que irá ser copiado para dentro da disquete e que é uma imagem de um pequeno
sistema operativo.
LILO -O LILO é um programa que no arranque do computador oferece a possibilidade ao
utilizador de escolher entre o sistema operativo com que deseja encontrar dentro dos que este tem
instalado no computador. Existem outros programas com a mesma função como o LOADLIN
(para DOS) ou o Grub.
Licas -
xLicas - é a versão modo gráfico (X) do Licas.
Linux -O Linux é um Sistema Operativo. Mais concretamente, é o ”kernel”(núcleo) que faz o
interface entre a máquina (”hardware”) e as aplicações (”software”).
Lucas -
Ponto de montagem - o ponto de montagem, ou “mounting point”, informa-nos sobre o local
onde uma partição irá ser montada. No Linux, todas as partições e dispositivos encontram-se
disponı́veis sob a forma de directorias dispostas numa única árvore. Assim, não existe a noção
de “drive” A: ou C:, mas antes de directorias. A “drive” de disquetes encontra-se geralmente
“montada” (isto é, disponı́vel) em “/mnt/floppy” e o CD-ROM em “/mnt/cdrom”, na mesma
árvore de directorias. Antes de aceder a esses dispositivos é necessário montá-los, utilizando o
comando “mount”.
Partição - É uma parte autónoma do disco rı́gido, sendo este composto por uma ou mais
partições. Podem ser primárias ou extendidas. O número máximo de partições primárias por
disco é de quatro. Um sistema operativo tem de ser instalado numa partição primária.

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6. Créditos
6.1. Autores
A Caixa Mágica é uma ideia original de Daniel Neves e Paulo Trezentos, com a colaboração
cientı́fica de José Guimarães.
O projecto foi desenvolvido com o financiamento do Prémio Milénio Sagres / Expresso 2000.
Desde o primeiro instante que teve o apoio da ADETTI (Associação para o Desenvolvimento
das Telecomunicações e Técnicas de Informática) que cedeu espaço e condições de trabalho.
Posteriormente, foi celebrado um protocolo entre o projecto e a FCCN (Fundação para o Cálculo
Cientı́fico Nacional) com vista a adaptação e instalação da Caixa Mágica na rede de escolas
públicas.
Sobre os autores:
Daniel Neves - Experiência profissional em administração de infra-estruturas de Sistemas
de Informação, actualmente finalista da Licenciatura de Informática e Gestão de Empresas
no ISCTE e investigador na ADETTI.
José Guimarães - Tendo sido docente no ISCTE desde 1990, foi dos pioneiros na introdução
do Linux como plataforma de ensino de Sistemas Operativos. Dinamizador do Centro de
Informática do ISCTE, distinguiu-se nos projectos Europeus na área da segurança em que
participou. Faleceu em Junho de 2001.
Paulo Trezentos - docente no ISCTE da cadeira de Sistemas Operativos, investigador na
ADETTI desde 1997 e autor do livro ”Fundamental do Linux”. Fundador do GUL (Grupo
de Utilizadores de Linux) e do Poli (Projecto Português de Documentação do Linux).

6.2. Equipa
O desenvolvimento da Caixa Mágica é resultado de empenho e dedicação de uma equipa multi-
disciplinar retirada de algumas das melhores universidades do nosso paı́s.
A “Dream Team” (actual) é assim constituı́da:
Domingos Bruges está na equipa da Caixa Mágica desde o princı́pio, sendo estudante
de Engenharia de Telecomunicações e Informática no ISCTE. Desenvolveu o sistema de
arranque do instalador (X/consola), scripts para gerar a imagem de instalação e toda a
configuração do LILO e SYSLINUX.
Eduardo Pinheiro é estudante de Informática e Gestão de Empresas, no ISCTE, e foi um
dos autores da primeira versão do xLicas. Actualmente, continua a desenvolver em Gtk as
aplicações do projecto.

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Manual de Instalação - Linux Caixa Mágica

Gustavo Homem, estudante de Fı́sica no IST, é o autor de do Theme de GTK do instal-


ador. Desenvolveu igualmente uma parte do xLicas, a par de Eduardo Pinheiro.
Jorge Rosa é o responsável pela árvore de scripts SYSTEM V, bem como pela manutenção
dos ficheiros POTs do projecto. Desenvolve activamente partes do motor cmConfig. Es-
tudante de Engenharia Informática do IPS (Instituto Politécnico de Setúbal).
Luı́s Taklin é estudante da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, sendo o responsável pelo
design das aplicações gráficas que compõe o projecto. Foi o autor do aspecto estético do
sı́tio da Caixa Mágica na Internet.
Mateus Folque, responsável pela edição e manutenção do documento “Linux Empre-
sarial, é estudante de Informática e Gestão de Empresas no ISCTE. Tem um papel de
coordenação e desenvolvimento na Caixa Mágica - Escolas.
Miguel Lourenço é o membro mais antigo da equipa, sendo estudante de Engenharia de
Telecomunicações e Informática no ISCTE. É o autor do instalador modo texto, o Licas,
e do configurador de modo texto, o Lucas. Muito do código desenvolvido por si, foi re-
utilizado em outros módulos do projecto.
Miguel Vieira, bacharel do IPCB (Politécnico de Castelo Branco) desenvolve a versão da
Caixa Mágica - Escolas. Neste âmbito, desenvolve versões de outros módulos do projecto
para esta versão-
Tânia Azevedo, desenvolve documentação para o projecto, área em que tem vasta ex-
periência fruto da sua passagem pela distribuição Linux Connectiva.
Para além destes elementos, já fizeram parte da equipa ou mantém coçaborações pontuais, os
seguintes elementos:
Cátia Gonçalves é estudante de Engenharia Informática no IST e desenvolveu a versão
inicial da Gestão de Pacotes. Actualmente, colabora pontualmente em desenvolvimento
relacionado com esse módulo.
Gonçalo Silva é o responsável pela manipulação de partições de todas as aplicações do
Projecto. Estudante de Engenharia Informática, no ISEL, é o responsável pela manutenção
do ficheiro POT português da libParted. Mantém constante interacção com a equipa de
desenvolvimento do mesmo.
João Pereira é estudante de Informática da FCUL tendo sido responsável pela primeira
versão da detecção de Hardware. Também trabalhou na gestão de pacotes.
Nuno Felı́cio, estudante de Engenharia Informática do IPS (Politécnico de Setúbal) é o
autor da biblioteca de XML utilizada e criada no âmbito do projecto. Desenvolve trabalho
do motor de configurações, o cmConfig.

6.3. Software utilizado


A Caixa Mágica utiliza diverso software livre, precisamente devido ao facto da sua licença o
permitir.
Aos autores das seguintes bibliotecas utilizadas na programação das aplicações, fica o nosso
agradecimento, admiração e dı́vida:

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CRÉDITOS

Librpm (Red Hat) - biblioteca para instalação e gestão de pacotes RPM


Libparted (GNU) - biblioteca para manipulação de partições
Libdetect (Mandrake) - biblioteca para detecção de hardware
LibNewt (Red Hat) - biblioteca para criação de ecrans modo texto

Aos autores do seguinte software utilizado no desenvolvimento do projecto, fica o nosso agradec-
imento, admiração e dı́vida:

CVS e WebCVS - software para gerir versões de código


Doxygen e Doc++ - software para geração de documentação automática
Automake e autoconf - software para a geração de makefiles
gcc, gdb e ddd - compilador e debugers utilizados pela equipa
Emacs, vi, joe e pico - editores de texto utilizados pela equipa. Nao necessariamente por
esta ordem, mas alguma teria de haver e não foi chegado a um consenso.

A um nı́vel mais interno, fica o nosso reconhecimento a Alan Cox e à restante equipa de desen-
volvimento do Kernel.
De realce, é também o excelente trabalho desenvolvido pela equipa de localização do KDE para
Portugal, coordenada pelo Pedro Morais, que permite a utilização do mesmo (quase) totalmente
em Português.
E naturalmente, a nossa gratidão vai por fim, e porque os últimos são sempre os primeiros, para
quem ousou dar o primeiro passo, Linus Torvalds.

6.4. Documentação
A documentação do projecto tem os seguintes autores:

Manual de instalação
"# - este manual foi escrito por Paulo Trezentos e revisto por Miguel
Lourenço ( ! ).
Manual do Utilizador - este manual foi escrito por Tânia Azevedo e Paulo Trezentos,
sendo revisto por Daniel Neves .
Linux Empresarial - o documento “Linux Empresarial” foi redigido com preciosas colaborações
referidas no documento e posteriormente editado por Mateus Folque, Daniel Neves e Paulo
Trezentos.

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