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Vídeo QAP 1 e 3
Introdução
Método de estudo:
- Ler/assistir os vídeos do estratégia! Achei bem completo e organizado, e montar caderno ou apenas
sublinhar o mais importante.
- Depois revisar tudo, conforme as dicas da LS.
- Gostei dos vídeos indicados pela LS, do prof. QAP.
Conceito
- Ciência empírica e interdisciplinar que se ocupada do estudo do crime, do criminoso, da vítima e do
controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida,
contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime — contemplado este como
problema individual e como problema social —, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do
mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou sistemas
de respostas ao delito.
*Atenção! Interdisciplinar é diferente de multidisciplinar!
- A criminologia é uma ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as concausas da
criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade.
CRIMINOLOGIA ----------------------------------------------------------------- CIÊNCIA EMPÍRICA E
INTERDISCIPLINAR
- Parte da doutrina nega que a criminologia seja uma ciência, pois não é capaz de formular proposições
de validade universal e a falta de um método unitário e específico que sirva de sustento.
- Seria um "corpo de conhecimento", de acordo com a fórmula de Sutherland, uma disciplina que
fornece informação e conhecimento - uma "arte", mesmo - mas não "ciência".
*HOJE, CRIMINOLOGIA E DIREITO SÃO CONSIDERADAS CIÊNCIA! POLÍTICA CRIMINAL NÃO É.
DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA ---- CIÊNCIA
POLÍTICA CRIMINAL ----------------------- NÃO É CONSIDERADA CIÊNCIA
Origem Histórica
- Paul Tpoinard foi o primeiro a usar esse termo em 1879.
- Raffaele Garofalo primeiro publicou obra chamada criminologia.
Criminologia x Criminalística
- Criminalística - estudo de todos os vestígios em uma cena de crime. Em regra, após o crime.
- Criminologia – estudo do crime, que cuida da etiologia do comportamento criminoso, e de seus meios
preventivos.
Objetos
i. delito
ii. delinquente
iii. vítima
iv. controle social
*Cai muito!
Métodos
- Empirismo
- Interdisciplinaridade
Funções
- Explicar e prevenir o crime
- Intervir na pessoa do infrator – evitar a reincidência.
*Prevenção terciária.
- Avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime.
Ex.: você coloca luz nos bairros e é verificado que a criminalidade diminuiu ali, essa é a função de avaliar
as respostas do crime.
*Molina fala também em ressocialização/reparação da vítima.
- “Pode-se dizer com acerto que é função da criminologia desenhar um diagnóstico qualificado e
conjuntural sobre o delito (...)”.
- Davi Tangerino lembra que as ações intencionais de prevenção à criminalidade encontram-se
agrupadas em duas grandes categorias: as estatais e as patrocinadas pela sociedade civil.
- A criminologia busca explicar o fenômeno criminógeno (raiz do crime), de forma a permitir a
compreensão do crime e suas condicionantes de forma a permitir o seu combate e a sua prevenção.
Características
- Preocupa-se com a etiologia do delito.
*Etiologia – pesquisa e determinação das causas e origens de um determinado fenômeno.
- Ciência do “ser” – empírica. O objeto é visível, mundo real, indutivo (particular pro geral), os fatos
prevalecem sobre argumentos subjetivos, é visível no mundo real e no dos valores.
*O direito penal é diferente! O direito é “dever-ser”, é lógico e abstrato, dedutivo.
- Não é ciência exata.
- Não esgota sua tarefa na mera acumulação de dados sobre o delito, mas sim na informação,
interpretando-os, sistematizando e valorando-os, e conforma-se com uma informação válida, confiável e
não refutada.
*Não refutada pois a qualquer momento podem mudar.
- A criminologia não é algo ligado ao metafísico.
Objetos da Criminologia
Delito
- Para a sociologia criminal – é CONDUTA DESVIADA.
*Diferente da definição do DP, que é ação típica, ilícita e culpável e censurada por lei.
- Empírico, real e dinâmico.
- Criminologia estuda o comportamento antissocial, e suas causas, problema social comunitário.
- Não apenas problema individual, mas, sobretudo, como problema social e comunitário.
- Conceito do delito: relatividade e problematicidade. Comportamento que a lei penal define como
crime.
- Critérios:
- Incidência massiva na população
- Incidência aflitiva (quando causa insegurança na sociedade)
- Persistência no tempo e no espaço
- Razoável concordância sobre as causas e medidas de intervenção para seu combate.
Criminoso
- Conceito atual: Examinado em suas “interdependências sociais”, como UNIDADE BIOPSICOSSOCIAL.
*Importante!
- Escola clássica – pecador que optou pelo mal (livre arbítrio).
- Escola positiva (fatores internos + externos) - fatores determinantes internos, endógenos
(determinismo biológico) ou externos e exógenos (determinismo social) explicam em sua conduta
inexoravelmente.
- Escola correlacionista – pena com função terapêutica, pedagógica. Necessita de ajuda.
- Marxismo – atribui a responsabilidade a estruturas econômicas – culpável é a sociedade.
- Definição para Molina: parte da premissa da “normalidade”. É o homem real e histórico do nosso
tempo (um ser como qualquer outro).
*Molina sempre lembra de normalidade.
Vítima
- Pessoa física ou jurídica e ente coletivo prejudicado por ação ou omissão humana que constitua
infração penal, ou não, desde que este ato seja uma agressão a um direito seu fundamental.
- Passou por 3 períodos:
- Protagonismo (idade de ouro) – Lei de Talião, a vítima que ia lá e se vingava.
- Neutralização – Reação assumida pelos poderes públicos.
- Redescobrimento (vitimologia) – Enfoque mais humanista, respeitando a integridade física e
ressarcindo danos patrimoniais. (Pós 2GM).
*Aqui surge a vitimologia!
Vitimologia
- Pioneiros: Benjamim Mendelsohn e Von Henting.
- Objeto de estudo – relação da vítima com o delito, sua personalidade, suas características, suas
relações com o delinquente, com o sistema legal, a sociedade, os poderes públicos, a ação política.
Ex.: LMP veio pensando na vítima.
- Vítima: capaz de influir significativamente no próprio fato delitivo, em sua estrutura, dinâmica e
prevenção.
- Importância do estudo da vítima:
- Seu papel do fato criminal.
- Estudar a problemática da assistência criminal, moral, psicológica.
- Criminalidade real, delitos não averiguados (cifra negra da criminalidade).
Vitimização
- Consiste no ato ou efeito de alguém tornar-se vítima de sua própria conduta (autolesão, suicídio), da
conduta de terceiros (crimes diversos) ou mesmo de fato da natureza (acidentes, catástrofes).
i. primária – danos decorrentes do crime, no ato, no momento da ação e omissão. Ex.: no
estupro é no momento da violência sexual.
ii. secundária (sobrevitimização) – decorrente do sistema criminal, ações do poder público. Ex.:
exame de corpo de delito, prestar depoimento.
iii. terciária (rotulação) – decorre da omissão do estado e da sociedade, estigmatização social.
Ex.: os vizinhos comentando.
- Vitimização indireta – os familiares, que acabam sofrendo juntos. Ex.: o pai que se sente com a honra
ferida, por não ter protegido a filha.
- Para Molina:
- Não existe vítima nata, mas sim vítima propícia.
- O risco de vitimização é seletivo e diferencial.
- Prevenção vitimária – programa de conscientização para evitar que as pessoas se tornem
vítima.
- Molina fala ainda de características da vítima que aumentam as chances do crime:
- Município maior mais chances de vítima
- Idade – taxas mais elevadas, maior propensão (26 a 35 anos)
- Sexo – não faz diferenciação.
- Nível econômico – maior renda são mais fáceis de se tornarem vítimas.
- O CP traz que o juiz ao aplicar a dosimetria deve analisar o comportamento da vítima. Ex.: homicídio
privilegiado.
*”injusta provocação da vítima”.
- A isso se chama VITIMODOGMÁTICA.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do
agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da
vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do
crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
- Tese do Molina:
- Reparação dos danos é um dos objetivos principais.
- Defende um modelo participativo que movimente todas as energias sociais.
Métodos
- Método científico na criminologia = sociológico + biológico.
- Método empírico – processo indutivo (particular pro geral). A criminologia utiliza-se da metodologia
experimental.
Controle Social
- Conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir referido
submetimento do indivíduo aos modelos e normas comunitários.
- O controle social é composto por:
- Agentes informais – caráter social e educativo (família, religião, escola).
*Pode ter regras, pode ser normativo também.
- Agentes Formais – caráter punitivo (Polícia, MP, SEAP, Justiça).
- A melhor forma de prevenção é aliar o controle social formal e controle social informal.
Há algum órgão que seja agente formal e informal ao mesmo tempo? Sim! A polícia comunitária, ela
tem caráter social e educativo e também punitivo.
- Controle social penal – finalidade de prevenção ou repressão do delito, através de penas ou medidas de
segurança e pelo grau de formalização que exige.
Finalidade
- Controle – controle razoável do delito.
*Sua total erradicação é utópica.
- Prevenção criminal – indicar diagnostico qualificado e conjuntural sobre o crime.
FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA --------------------------------------------------------- CONTROLE + PREVENÇÃO
Funções
- Conhecimento científico obtido com métodos e técnicas de investigação rigorosas, confiáveis e não
refutadas, que tomam corpo em proposições, depois de contrastados e elaborados dados empíricos
iniciais.
*As proposições são confiáveis até que refutáveis.
- Não pode ser tão somente um gigantesco banco de dados centralizado, mas uma fonte dinâmica de
informação, do mesmo modo que a tarefa do criminólogo é sempre provisória, é inacabada. Nunca
definitiva.
Programas Prevencionista
- O conhecimento cientifico (etiológico) do crime, de sua gênese, dinâmica e variáveis mais significativas
deve conduzir a uma intervenção mediata e seletiva capaz de se antecipar ao mesmo tempo preveni-lo,
neutralizando-o com programas e estratégias adequadas às suas raízes.
*Intervenção mediata – não instantânea, a longo prazo.
- Devem ser programas seletivos – para determinados delitos. Ex.: crimes sexuais um tipo, crimes contra
o patrimônio outro.
- Relevância de outras técnicas de intervenção não-penais – Ex.: reparação dos danos, mediação.
*Além de prender, Molina fala em outros métodos além da pena.
- Pena – efeito traumático, causa desviação secundária, devido a estigmatização negativa do infrator. Ex.:
Anderson que vai ser visto agora como criminoso, e pode acabar continuando, por isso.
- Prevenção do crime é um problema de todos e não só do sistema legal e de seus agentes.
- Prevenção não só contramotivando o infrator potencial com a ameaça de castigo.
TEC QUESTÕES
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/20489679/caderno
68/73 93%
2/5
68/73 93%
- Microcriminologia é sinônimo de criminologia clínica, é a ciência que, valendo-se dos conceitos,
princípios e métodos de investigação médico-psicológica (e sociofamiliar), ocupa-se do indivíduo
condenado, para nele investigar a dinâmica de sua conduta criminosa, sua personalidade e seu “estado
perigoso” (diagnóstico) e as perspectivas de seus desdobramentos futuros (prognóstico), para, assim,
propor estratégias de intervenção, com vista à superação ou contenção de uma possível tendência
criminal, e para evitar a reincidência (tratamento).
- Objetivos da criminologia moderna:
- A ressocialização do delinquente,
- A reparação do dano à vítima e
- Prevenção do crime.
- A moderna criminologia tem por seus protagonistas o delinquente, a vítima e a COMUNIDADE.
- Uma das finalidades da Criminologia, no seu atual estágio de desenvolvimento, é questionar a própria
existência de alguns tipos de crimes.
- Criminologia – método indutivo.
- Etiologia = criminogênese.
- Quando usamos o termo criminologia tradicional, em regra, há referência tanto à Escola Clássica,
quanto à Escola Positivista.
- A Criminologia é uma ciência do “ser”, empírica, que utiliza os métodos biológico e sociológico.
Utiliza-se, no processo de estudo do seu objeto, de
uma metodologia predominantemente experimental, naturalística e indutiva.
*Cai muito!
- Método empírico, indutivo e interdisciplinar.
- Teorético = especulativo, teórico.
- Política criminal é a ciência ou a arte de selecionar os bens (ou direitos), que devem ser tutelados
jurídica e penalmente, e escolher os caminhos para efetivar tal tutela, o que iniludivelmente implica a
crítica dos valores e caminhos já eleitos.
- Política Criminal: tem no seu âmago a específica finalidade de trabalhar as estratégias e meios de
controle social da criminalidade (caráter teleológico).
- É característica da Política Criminal a posição de vanguarda em relação ao direito vigente, vez que,
enquanto ciência de fins e meios, sugere e orienta reformas à legislação positivada.
- A política criminal que é orientada pela criminologia para a prevenção dos crimes, seja ela geral ou
especial, direta ou indireta.
- Entre outros, a reparação do dano é um dos objetivos da criminologia contemporânea. Sim, pela visão
da vitimologia.
- Fins básicos da criminologia: a prevenção e o controle do fenômeno criminal.
- A Profilaxia criminal busca as causas e origens da criminalidade para combatê-las como se fosse uma
grave doença social com medidas de prevenção indireta, atingindo o delito em potencial, e as medidas
diretas, atacando diretamente o crime em formação.
*profilaxia – combater doenças pela prevenção.
- São suas finalidades a explicação e a prevenção do crime bem como a intervenção na pessoa do
infrator e avaliação dos diferentes modelos de resposta ao crime.
Aula 01 Estratégia
Vingança penal
- Revide contra o comportamento agressivo de alguém, penas cruéis e desumanas.
- Vingança divina
- Privada – código de Hamurabi, lei de talião.
- Pública – os órgãos estatais passaram a aplicar sanções penais.
- Direito Penal na Grécia – evoluiu da vingança divina e privada para um período político, com bases
morais e cívicas.
- Direito Penal em Roma – separava o direito da religião, os delitos poderiam ser públicos ou privados.
- Direito Penal Germânico – quando o criminoso atingia os interesses da comunidade poderia perder o
direito à vida, podendo qualquer cidadão o matar.
- Direito penal na Idade média – penas cruéis, com caráter intimidador. Tribunal da Santa Inquisição.
- Iluminismo - Foi durante o Iluminismo (século XVIII) que se passou a buscar a verdadeira evolução das
normas de caráter sancionador, pregando-se o afastamento da incidência do Direito Penal então
vigente. *Beccaria foi o marco do momento.
Escolas da Criminologia
Período da Antiguidade
- A criminologia não era vista como ciência, não havia uma mínima sistematização, criminoso visto como
um ser pecador, diabólico.
- Protágoras – prevenção da pena de caráter geral e especial.
- Sócrates – o homem só é livre ao superar os próprios instintos de paixões. A pena com caráter de
prevenção especial negativa e positiva.
- Platão – entender a origem do crime (etiologia criminal).
- Aristóteles – os delitos mais graves eram cometidos para alcançar bens supérfluos, e não os essenciais.
Idade média
- São Tomás de Aquino – justiça distributiva (dar a cada um o que é seu segundo certa igualdade),
defendia o furto famélico como hipótese de estado de necessidade.
- Santo Agostinho – criticava a pena de talião, a pena deveria ter caráter de ressocialização e prevenção.
Idade Moderna
-> Fase pré-científica – escola clássica.
- Pseudociência – frenologia (estudo da mente), demonologia (estudo dos demônios), fisionomia
(aparência de delinquente).
*ÉDITO DE VALÉRIO – QUANDO SE TEM DÚVIDAS ENTRE DOIS PSICOCULPADOS CONDENA-SE O MAIS
FEIO.
-> Fase científica – escola positivista.
- Criminoso como principal objeto merecedor de estudos.
- A fase pré-científica carecia de métodos e instrumentos capazes de apresentar resultados seguros, ou
seja, abusava de critérios subjetivos, enquanto que a fase científica passou a buscar apoio em métodos
científicos.
-> Criminologia Moderna – crime, criminoso, vítima e controle social.
Escola Clássica
- Legado liberal, racionalista e humanista do iluminismo.
- Principal influenciador Beccaria no século XVII - humanizar a resposta do Estado à infração penal. Nova
forma de pensar o sistema punitivo.
- Imposição de limites ao poder punitivo estatal, garantias e direitos individuais de todo cidadão.
- Crime como um fato individual, mera infração à lei, sem relação com a personalidade do autor ou da
sua realidade social.
- Para os clássicos a lei é igual para todos, o delinquente se baseia em uma decisão livre e soberana de
infringir ou não a lei (LIVRE ARBÍTRIO).
- Método dedutivo.
OS CLÁSSICOS PARTIRAM DO JUSNATURALIMOS E DO CONTRATO SOCIAL
- Jusnaturalismo – inerentes à natureza do homem.
- Contratualismo – teoria do contrato social.
- Os Clássicos partiram de duas teorias distintas: o jusnaturalismo (direito natural, de Grócio), que
decorria da natureza eterna e imutável do ser humano, e o contratualismo (contrato social ou
utilitarismo, de Rousseau), em que o Estado surge a partir de um grande pacto entre os homens, no qual
estes cedem parcela de sua liberdade e direitos em prol da segurança coletiva.
- Não considera crime como uma ação, mas sim como um ENTE JURÍDICO (FICÇÃO JURÍDICA).
- A pena como meio (instrumento) de proteção.
- Caráter retribucionista – a pena deve ser certa, célere e severa para alcançar a paz social. Retribuir o
mal causado pelo criminoso.
- A pena deve ser proporcional ao crime praticado.
- Teorias contemporâneas que se alicerçaram na Escola Clássica:
- Teoria da Escolha Racional – o criminoso escolhe o crime quando os ganhos superam os riscos.
- Teoria das Atividades Rotineiras – crime motivado, vítima ou alvo apropriado e ausência de
vigilância.
*Ambas advêm da ideia de livre arbítrio da Escola Clássica.
- Francesco Carrara
- Delito como ente jurídico, o crime não pode ser considerado mero fato, mas uma relação de
contrariedade entre a conduta humana e a lei.
*Carrara divergia da Escola Clássica, pois defendia que a pena não deveria servir como
retribuição pelo mal causado pelo criminoso, mas sim como meio necessário para eliminar uma
ameaça contra a sociedade.
- Beccaria
- As penas devem estar baseadas em critérios de NECESSIDADE/UTILIDADE e PRINCÍPIO DE
LEGALIDADE. Daí, pode-se afirmar, pelo contrato social, que as penas deveriam ser
proporcionais, necessárias, úteis.
- Dano Social – justificativa para a criação do tipo penal (seria elemento fundamental
da Teoria do Crime)
- Defesa Social – Justificativa para a aplicação da pena (seria elemento fundamental da
Teoria da Pena).
- A base da justiça humana de Beccaria seria a utilidade comum.
- A criminologia surgiu na escola clássica, apesar de o termo criminologia só haver surgido
posteriormente.
Escola Positivista.
- Método empírico e indutivo.
- Determinismo – criminoso como um ser anormal, desprovido de livre-arbítrio (prisma biológico e
psicológico).
- Pena – função preventiva, instrumento de defesa social.
- Fases:
- Antropológica – aspectos físicos (Lombroso).
- Sociológica – busca resultados em outros ramos do saber: meios reparatórios, preventivos,
repressivos e excludentes (Enrico Ferri).
- Jurídica – leis e entendimentos (Rafaelle Garofalo).
- Adolphe Quetelet – falou da teoria das leis térmicas, mas Lombroso é entendido como o fundador na
criminologia positivista.
- Rousseau - a criminologia deveria procurar a causa do delito na sociedade (tendências sociológicas).
-> Lombroso – considerado pai da criminologia, a causa estava no próprio delinquente (tendências
orgânicas).
- O estudo da criminologia se inicia com a publicação de “O homem delinquente”, com Lombroso.
- Atavismo - herdava as características de criminoso de seus ancestrais.
- Degeneração epilética.
- Delinquente nato.
*Lombroso fala também do pseudodelinquente (crimes ocasionais e passionais) e criminaloides
(meio louco, meio delinquente).
- Tipos de criminoso:
a) nato;
b) por paixão;
c) louco;
d) de ocasião;
e) epilético.
-> Enri Ferri – a delinquência decorria de fatores sociais e físicos, além dos antropológicos. Criticava o
livre arbítrio, entendendo pelo afastamento da responsabilidade moral para a responsabilidade social.
*Crime como a lei da saturação criminal – assim como um líquido dilui em determinadas temperaturas,
assim é com o criminoso em determinadas condições.
- Hoje, prevalece o elemento BIOPSICOSSOCIAL.
-> Rafael Garofalo - a posição de Garofalo era a da defesa social como principal justificativa para a pena
de morte para os criminosos natos, já que estes não se adequariam de nenhuma forma às normas que
regulam a vida em sociedade.
*Lembrar de pena de morte, de defesa social, prevenção especial.
- Augusto Comte – caráter plurifatorial, para ele o indivíduo é compelido a delinquir por causas externas,
que não consegue controlar. As punições impostas teriam o objetivo de proteção da sociedade e
reeducação do delinquente.
*Para os positivistas o homem deve ser analisado na sua totalidade, os Clássicos ficaram muito presos a
ideia de livre arbítrio e vontade racional, fato que não pode ser desconsiderado, mas para os positivistas
os fatores antropológicos, físicos e jurídicos também importam.
- Baratta diz que para a escola Positivista o crime também é um ente jurídico, mas deve ser analisado em
sua totalidade, com outros fatores além do livre arbítrio.
- A ideia central das observações e estudos de Romagnosi é que o que nos rege em sociedade é a
conservação da espécie humana. Para ele a pena constitui um contraestimulo ao impulso criminoso.
“Se depois do primeiro delito existisse uma certeza moral de que não ocorreria nenhum outro,
a sociedade não teria direito algum de punir o delinquente”. (Giandomenico Romagnosi –
Defesa social, traz ideias de prevenção).
- Clássica – felicidade para o maior número de pessoas, utilitarismo, contrato social, humanismo, valores
morais.
- Beccaria era contra a pena de morte.
Escola Lyon
- Lacassagne e Pasteur.
- Delinquência = predisposição pessoal + meio social.
- Coloca toda a culpa na sociedade: “as sociedades têm os criminosos que merecem”.
- Compara o delinquente com um micróbio ou vírus.
Escola Correcionalista
- Defendia o desenvolvimento da piedade e do altruísmo na aplicação do direito penal.
- Delinquente - portador de patologia de desvio social.
- Pena – remédio social, pedagógico.
- Juiz – médico social.
Movimento Psicossociológico
- Principal autor: Gabriel Tarde.
- Aspectos de ordem biológica ou física até poderiam influenciar na prática de crimes, mas nada seria
tão decisivo comparado às influências do corpo social.
- Lei da imitação ou integração social – o crime passa por um processo de aprendizagem, de repetição.
- “Todo mundo é culpável, exceto o criminoso” - apresentando a ideia do delinquente como um
receptor passivo dos impulsos delitivos.
Escola Técnico-Jurídica
- Autossuficiência da Criminologia.
- O Direito Penal deve se limitar ao direito positivo em vigor.
- Crime como relação jurídica - social e individual.
- Finalidade da pena - prevenção geral e especial.
- Previsão de aplicação de medida de segurança aos inimputáveis.
- Resgate do livre-arbítrio.
TEC QUESTÕES
39/53 74%
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/23167630/caderno
- Na escola técnico-jurídico o entendimento era que nenhuma ciência jurídica deveria interferir no
Direito Penal positivado. Busca a valorização da lei.
- No movimento de defesa social se almeja a utilização preventiva do Direito Penal, evitando que o
agente delituoso volte a delinquir, sendo que a pena não é instrumento utilizado com o fim apenas
retributivo.
DEFESA SOCIAL ------------- PREVENÇÃO
- A noção de Direito Penal como barreira intransponível da política é de Von Liszt, relacionado com a
Escola Sociológica Alemã.
- Von Lizt (final do século XIX) sustentou uma teoria de prevenção especial vinculada à escola
sociológica. Para ele, a pena teria o objetivo de prevenir os delitos assegurando a comunidade frente
aos delinquentes mediante o encarceramento. A prevenção especial é focada na intimidação, na
correção e na inocuização.
- Na verdade, as principais características da escola alemã moderna são, em apertada síntese, estas: a)
adoção do método lógico-abstrato e indutivo-experimental — aquele para o Direito Penal e este para
as demais ciências criminais.
- Na escola correlacionista o que se pretende é compreensão e a proteção do agente delituoso,
objetivando a sua recuperação e reinserção no convívio social.
- Modelo dissuasório (clássico ou retributivo): tem como foco a punição do criminoso. Está punição deve
ser intimidatória ao proporcional dano causado.
- As teorias biológicas buscam explicar o crime a partir de fundamentos biológicos, como o nome sugere,
dentre eles fatores psíquicos. Uma delas é a Teoria dos Instintos, desenvolvida por Freud, que busca
explicar o comportamento delitivo e agressivo do ser humano, tendo em vista suas características
psicológicas (psicanálise).
- Pelo sistema vicariante não se aplica dupla sanção, ou seja, não se aplica ao mesmo tempo pena e
medida de segurança.
- Terza Scuola Italiana (escola eclética) - escola crítica ou positivismo crítico. Esta corrente funcionou
como uma fusão das escolas clássica e positiva, que também têm matrizes italianas. Utilizou as
características da escola clássica como a classificação de criminosos como imputáveis e inimputáveis,
mas rechaçava a teoria do livre-arbítrio. Da escola positiva aproveitou dos estudos sobre etiologia do
crime, bem como antropologia e sociologia criminal. Via o crime como um fenômeno individual e social,
tendo a pena um caráter de prevenção especial, ou seja, meramente aflitivo e com vistas a evitar o
cometimento de crimes pela sociedade em geral.
- A prevenção visa apenas aquele indivíduo que já delinquiu para fazer com que não volte a transgredir
as normas jurídico-penais. Os partidários da prevenção especial preferem falar de medidas e não de
penas (periculosidade).
- A técnica de identificação de criminosos, desenvolvida por Alphonse Bertillon, em 1882, que consiste
na análise do conjunto de medidas corporais, marcas individuais, como cicatrizes, marcas de nascença e
tatuagens, é chamada de ANTROPOMETRIA CRIMINAL. (Pós Lombroso).
*Criou um método de identificação de criminosos por impressões digitais, denominado de
antropometria (1882).
- No tocante à prevenção do crime temos dois modelos teóricos de prevenção: o modelo clássico e o
modelo neoclássico. Ambos partem da ideia de que a forma mais adequada de prevenção do crime ou
desvio é a punição, já que a ameaça da punição faria com que o criminoso ou desviante desistisse de seu
intento.
- O modelo clássico leva em conta o rigor ou severidade da pena como mecanismo de
prevenção, assim quanto mais rigorosa a pena maior sua eficácia na prevenção.
- O modelo neoclássico, por sua vez, leva em conta o bom funcionamento do sistema legal, ou
seja, a efetividade da punição, assim quanto melhor o funcionamento do sistema legal menor a
criminalidade já que o criminoso conhece a efetividade do sistema.
- Ferri - foi autor da obra Sociologia Criminal; para ele a criminalidade deriva de fenômenos
antropológicos, físicos e sociais.
- Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais carecedores
dos sentimentos de piedade e probidade.
Aula 02
Vitimologia
Origem no Brasil
- Pai da vitimologia: Benjamin Mendelsohn - conferência em Israel.
- Hans Von Henting – EUA, The Criminal na his Victim.
- No Brasil:
- Tradução de escritos de Paul Cornil
- Edgard de Moura Bittencour – “A vítima”.
- Tendência de inserção da vítima na persecução penal!
- Dupla penal: criminoso + vítima = justiça restaurativa.
Conceito
- Estudo científico responsável por diagnosticar a natureza, extensão e causas da vitimização em um
conflito criminal, mesmo em casos de não intervenção do Direito Penal, analisando também as
consequências sobre as pessoas envolvidas no conflito, bem como as razões do corpo social, com
destaque para as forças policiais e para o sistema de justiça criminal.
- A vitimologia analisa também aspectos do comportamento da vítima que contribuem para o crime – é
chamado de VITIMODOGMÁTICA!
Processos de Vitimização
*Cai muito!
- “iter victimae”.
-> Vitimização direta – sofrimento diretamente suportado pela vítima.
- Vitimização primária – impactos diretos. Ex.: momento do estupro.
- Vitimização secundária – revitimização, sobrevitimização. Ex.: vítima na delegacia repetindo a
história.
- Vitimização terciária – estigmatização social. Ex.: igreja que julga.
*Leva a cifra negra, escolher não denunciar.
- Vitimização quaternária – medo de se tornar vítima, seja por já ter sido ou pelas notícias. Ex.:
medo de andar sozinha a noite pois tem muito assalto.
-> Vitimização indireta – pessoas que se relacionam com a vítima, com vínculo de afeto. Ex.: pai que
sofre ao saber que a filha foi vítima de estupro.
-> Heterovitimização - a vítima se culpa pelo fato, autorrecriminação.
Ex.: vítima de estupro se sente culpada por ter usado aquela roupa, vítima de furto se sete culpada por
ter deixado o carro aberto.
-> Vitimização difusa – não apresentam vítimas certas. Ex.: propaganda enganosa, crimes ambientais.
Paulo Sumariva e a Revitimização
- Ele divide a revitimização em:
i. heterovitimização secundária – relação com outras pessoas ou instituições estranhas ao
crime.
ii. autovitimização – a própria vítima se vitimiza psicologicamente.
*Minoritário!
- Tendências de Criminalização da vítima – linhas de defesa que dizem que a “vítima” pediu.
Processos de Criminalização
-> Criminalização primária
- Processo legislativo de criação do Direito Penal.
- Agentes: cabe ao CN, com sanção do PR.
- Criação do Direito Penal Objetivo.
-> Cifra negra (cifra oculta) – o que não chega ao conhecimento do estado.
Ex.: crimes contra a honra, crimes contra a dignidade sexual e de colarinho branco.
-> Cifra cinza – são registradas, mas não chega ao processo ou ação penal por serem solucionados na
delegacia.
Ex.: retratação da vítima na APP condicionada, perdão do ofendido.
-> Cifra amarela – crimes de abuso ou violência praticados por funcionários públicos contra particulares.
- Ex.: policial que bate em homem negro que está andando na rua, ou decreta a prisão de forma ilegal,
por abuso de autoridade.
*Parte da doutrina entende que está dentro da cifra negra.
-> Cifra verde – não chegam ao conhecimento policial e que a vítima é o meio ambiente.
Ex.: maus tratos, ferir animais silvestres, pichar paredes de prédios históricos.
-> Cifra azul (crime de colarinho azul) – são os praticados pelos mais pobres.
Ex.: roubo, estelionato, dano.
*Origem na revolução industrial pois os funcionários usavam colarinho azul do macacão.
-> Cifra rosa – motivação homofóbica, contra homossexuais por serem homossexuais.
Ex.: ofensas e lesões contra homossexuais.
-> Cifra branca – efetivamente solucionados, abrangendo todas as etapas regulares e necessárias,
mesmo com absolvição.
- Ex.: sujeito é processado cumpre a pena e é solto.
-> Cifra vermelha – crimes de homicídio praticados por serial killers, psicopatas.
Ex.: assassino que mata apenas pessoas ruivas, deixa assinatura.
Prevenção da Criminalidade
- Primários - Esta tem por finalidade coibir o crime criando condições para que o indivíduo se desenvolva
na sociedade (educação, trabalho cultura etc.). Trata-se da prevenção propriamente dita uma vez que
opera muito antes de se formar um agente criminoso.
- Secundários - A prevenção secundária atua nos locais onde o crime, que não foi sanado na origem pela
prevenção primária, objetiva seus resultados. Ex.: Programas de prevenção policial, de controle dos
meios de comunicação, de ordenação urbana e utilização do desenho arquitetônico como instrumento
de auto-proteção, desenvolvidos em bairros de classes menos favorecidas.
- Terciários - Em última instância, após o delito não ter sido evitado, aplica-se a punição. Aqui entra a
prevenção terciária com o intuito de evitar que o recluso volte a incidir em erro, ou seja, é prevenção de
caráter punitivo a qual tem com objetivo evitar a reincidência.
TEC QUESTÕES
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35/38 92%
- Para a teoria da reação social, a norma jurídica, com o fulcro de controlar a sociedade, é quem diz o
que é crime, e, portanto, cria o próprio criminoso, daí o acerto em dizer que o delinquente é fruto de
uma construção social, tendo como causa a própria lei. Assim sendo, torna-se mais apropriado falar em
criminalização e criminalizado que falar em criminalidade e criminoso
- São três os modelos: o dissuasório, o ressocializador e o integrador; o primeiro, também conhecido
como modelo clássico, tem o foco na punição do criminoso, procurando mostrar que o crime não
compensa; o segundo tem o foco no criminoso e sua ressocialização, procurando reeducá-lo para
reintegrá-lo à sociedade; e o terceiro, conhecido como justiça restaurativa, que defende uma
intervenção mínima estatal em que o sistema carcerário só atuará em último caso.
Aula 03
Teoria do Vampiro
- Vítimas de abusos são propensas a se tornarem abusadores.
Ex.: vítimas de violência sexual acabam se tornando abusadoras também.
Teoria da Neutralização
- David Matza e Gresham Sykes.
- Utilização de técnicas de neutralização pelos próprios delinquentes, para justificar sua própria conduta.
- Negação da própria responsabilidade, negação da lesão praticada, negação da vítima, condenação dos
condenadores, apelo à lealdade.
Teoria Minimalista
- É um “aboliscionismo moderado”.
- O direito penal deve ser aplicado de forma mínima, apenas em situações estravagantes.
- A prisão deve ser evitada ao máximo, preferindo medidas alternativas.
Ex.: entendem que não deve haver prisão para crimes de organização criminosa pois isso não resolveria.
Teoria “Queer”
- Esquisito, excêntrico.
- Violência contra homossexuais:
- Violência simbólica – questões culturais de menosprezo sobre os homossexuais.
- Violência das instituições – o próprio Estado criminalizando as identidades homossexuais.
- Violência interpessoal – agressões e insultos contra homossexuais.
Teoria Feminista
- Pauta-se na luta por igualdade entre homens e mulheres.
- Há uma espécie de sexismo institucionalizado, que objetifica a mulher, desde a criação das leis até a
aplicação concreta.
Teoria dos Instintos
- Adaptação da teoria freudiana do delito por sentimento de culpa.
- O ser humano possui instinto natural criminoso, que são reprimidos, quando pratica o crime supera o
sentimento de culpa e realiza sua tendência.
Teoria da Oportunidade
- “A oportunidade faz o ladrão”.
- A oportunidade é a causa.
- Varia conforme tempo e lugar, as tecnologias podem ajudar.
- Conclusão: a prevenção se traduz por meio de reduções das oportunidades.
Teoria do Autocontrole
- O criminoso teria pouca resistência contra as vontades criminosas que possui, seria um sujeito
impulsivo.
- Problemas de autocontrole podem ter sido gerados por problemas e falta de orientação na infância.
Teoria do Mimetismo
- Rene Girard.
- “mímica”, imitação, paixão pelo que vem do outro.
- Sujeitos que idealizam e passam a imitar criminosos.
Aula 04
Mídia e Criminalidade
- 1º papel – eleição de bodes expiatórios, coloca o rótulo no criminoso, etiqueta certos grupos, condena.
- 2º papel – defende os criminosos, transformando em heróis, justiceiros sociais os traficantes.
TEC QUESTÕES
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53/60 88%
6/8
(REVISÃO GERAL)
- A prevenção de infrações penais pode ser primária, secundária ou terciária:
*Cai muito muito muito muitoooo!
- Primária: É a realizada antes que o crime ocorra. Educação, saúde, emprego, segurança,
cultura. São destinas a toda a sociedade, indistintamente.
- Secundária: setores sociais que já tenham maior probabilidade de envolvimento criminal.
Comunidades carentes de grandes centros urbanos. As ações são voltadas para um grupo social
e não a um indivíduo em especial. Ex.: ação policial, controle por câmeras, programas de apoio,
controle da mídia, etc.
- Terciária: Incide sobre o já criminoso, evitando a reiteração delitiva. Ocorre quando as outras
prevenções já falharam, atuando no próprio sistema prisional, visando a regeneração do
indivíduo. São ações como: terapias, profissionalização, prestação de serviços comunitários,
liberdade assistida, dentre outras.
- Prevenção delitiva, pode ser entendida como o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do
delito. Pode ocorrer de maneira direita ou indireta.
- A prevenção Indireta se caracteriza com um conjunto de ações que visam atingir as causas do
crime. Essas ações cuidam geralmente do indivíduo em si, moldando sua personalidade para
evitar a ocorrência do crime, com a cultura, esporte, por exemplo, e do ambiente em que ele
está inserido, trazendo condições gerais que inibam o delito, como políticas públicas, oferta de
emprego, programas sociais, etc.
- A prevenção direta é voltada para o crime em si seja em formação ou para evitar que ele
ocorra novamente. É o que ocorre por exemplo na atuação da polícia ostensiva, a criação de
mecanismos legais que evitem a impunidade, o investimento em polícia judiciária, etc.
- A Política Criminal é uma disciplina que estuda estratégias estatais para atuação preventiva sobre a
criminalidade, e que tem como uma das principais finalidades o estabelecimento de uma ponte eficaz
entre a criminologia, enquanto ciência empírica, e o direito penal, enquanto ciência axiológica.
CRIMINOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------------------- DIREITO
PENAL
(Ciência empírica) POLÍTICA CRIMINAL (Ciência
axiológica)
- A política criminal tem a função de propor medidas para a redução das condições que facilitam o
crime. Ex.: urbanização e a iluminação de ruas.
Direito Penal: é ciência normativa, visualizando o crime como conduta anormal para a qual fixa
uma punição.
Política Criminal: finalidade de trabalhar as estratégias e meios de controle social da
criminalidade (caráter teleológico). "É característica da Política Criminal a posição de
vanguarda em relação ao direito vigente, vez que, enquanto ciência de fins e meios, sugere e
orienta reformas à legislação positivada”.
Criminologia: é ciência empírica que estuda o crime, a pessoa do criminoso, da vítima e o
controle social. Não se trata de uma ciência teleológica, que analisa as raízes do crime para
discipliná-lo, mas de uma ciência causal-explicativa, que retrata o delito enquanto fato,
perquirindo as suas origens, razões da sua existência, os seus contornos e forma de
exteriorização. Importante: a criminologia é uma ciência empírica e experimental.
- A criminologia moderna ocupa-se com a pesquisa científica do fenômeno criminal.
- Para a teoria do etiquetamento as agências formais de controle (polícia, MP, Judiciário) acabam por
fomentar ainda mais a criminalidade.
*Não se autorregula.
- O sistema penal é entendido como um processo articulado e dinâmico de criminalização.
- Nas Escolas clássicas identifica-se uma grande preocupação com os conceitos de crime e pena
(contradição entre o fato e a norma e a respectiva retribuição) como entidades jurídicas e abstratas de
modo a estabelecer a razão e limitar o poder de punir do Estado.
- Os estudos da ciência da Vitimologia se iniciam com Hans Gross em 1901, e continuam com Benjamin
Mendelsohn em 1950.
- O que se quer evitar com o empirismo criminológico é justamente o subjetivismo, as impressões
pessoais e preceitos dos operadores. Quer-se um diagnóstico qualificado e conjuntural.
- Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de dirigir livremente os seus atos: ele
necessita ser compreendido e direcionado, por meio de medidas educativas.
- Ferri classificou os criminosos como: natos, loucos, habituais, de ocasião e por paixão.
- A defesa social é tomada como o principal objetivo da justiça criminal. - Correta. Esse é um dos
fundamentos da teoria positivista de Ferri. Como dito, para ele a punição era importante para gerar a
chamada “prevenção geral”, ou seja, servir de exemplo para que outras pessoas não cometessem o
mesmo delito, gerando assim a defesa social.
FERRI ---------- PREVENÇÃO GERAL --------------- DEFESA SOCIAL
- As teorias subculturais sustentam a existência de uma sociedade pluralista com diversos sistemas de
valores divergentes em torno dos quais se organizam outros tantos grupos desviados.
- As teorias do conflito têm matriz comunista e apregoam que a harmonia social decorre da coerção e
desigualdade entre as classes sociais. Ao contrário da teoria do consenso, não existe uma situação de
voluntariedade, mas sim a imposição e coerção.
- Teoria funcionalista, integração = teoria do consenso.
- Os modelos teóricos de CONFLITO partem da premissa de que toda a sociedade está, a cada momento,
sujeita a processos de mudança, exibindo dissensão e conflito, haja vista que todo elemento em uma
sociedade contribui, de certa forma, para sua desintegração e mudança. Sendo assim, a sociedade é
baseada na coerção de alguns de seus membros por outros.
- As teorias sociológicas de consenso vinculam-se a orientações ideológicas e políticas conservadoras.
- Cunho argumentativo (denominada por teorias do conflito).
- A teoria do etiquetamento não recai na análise causal do delito, mas, sim, na análise dos processos de
criminalização e do funcionamento das agências de punitividade.
- Criminologia tradicional = positivista.
- Dentre as teorias do consenso, está a Escola de Chicago (também é conhecida como teoria ecológica
do delito) e apregoa que o crime sofre um forte fator do meio-ambiente, ou seja, do local onde estão os
criminosos.
- A teoria da ecologia criminal defende a preponderância de ações preventivas em detrimento de ações
repressivas. Ex.: mudança efetiva nas condições econômicas e sociais das crianças; reconstrução da
“solidariedade social” por meio do fortalecimento das forças construtivas da sociedade (igrejas, escolas,
associações de bairros); apoio estatal para redução e diminuição da pobreza e desemprego).
- Teoria do labeling approach - o delito carece de consistência material, sendo um processo de reação
social, arbitrário e discriminatório de seleção do comportamento desviado.
- O atavismo era fator de classificação do criminoso nato, segundo Lombroso.
- O conceito de periculosidade (temeritá) foi desenvolvido por Rafael Garofalo, em 1887, na chamada
fase jurídica do positivismo. Era utilizada para mensurar a quantidade de mal que podemos esperar do
criminoso, em razão de sua perversidade.
- Garafolo recorrendo à metáfora da guerra contra o delito, sustentaram a possibilidade de aplicação
das penas de deportação ou expulsão da comunidade para aqueles que carecessem do sentido de
justiça ou o tivessem aviltado.
- Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais carecedores
dos sentimentos de piedade e probidade.
- A anomia é uma situação de fato em que faltam coesão e ordem, sobretudo no que diz respeito a
normas e valores. Isso pode ocorrer da lacuna da lei ou pela não obediência às leis já postas. O fracasso
no atingimento das aspirações ou metas culturais em razão da impropriedade dos meios
institucionalizados pode levar à anomia, isto é, a manifestações comportamentais em que as normas
sociais são ignoradas ou contornadas.
- A teoria da anomia, sob a perspectiva de DURKHEIM, define-se a partir do momento em que a função
da pena não é cumprida, por exemplo, instaura-se uma disfunção no corpo social que desacredita o
sistema normativo de condutas, fazendo surgir a anomia. Portanto, a anomia não significa ausência de
normas, mas o enfraquecimento de seu poder de influenciar condutas sociais.
- A teoria da anomia, sob a perspectiva de ROBERT MERTON, define-se a partir do sintoma do vazio
produzido no momento em que os meios socioestruturais não satisfazem as expectativas culturais da
sociedade, fazendo com que a falta de oportunidade leve à prática de atos irregulares para atingir os
objetivos almejados.
- De acordo com a teoria da anomia, o crime se origina da impossibilidade social do indivíduo de atingir
suas metas pessoais, o que o faz negar a norma imposta e criar suas próprias regras, conforme o seu
próprio interesse.
- Uma das principais críticas às teorias da subcultura delinquente é a de que ela não consegue oferecer
uma explicação generalizadora da criminalidade, havendo um apego exclusivo a delinquência juvenil de
grandes centros urbanos.
- O NÃO-utilitarismo da ação é um dos fatores que caracterizam a subcultura deliquencial sob a
perspectiva de Albert Cohen.
TEC QUESTÕES
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/22230221/caderno
42/51 82%
(Muitas questões repetidas da Revisão geral 1)
- Escola de nova defesa social – caráter humanista, universal. O condenado deve ser educado e não
punido.
- Política Criminal - específica finalidade de trabalhar as ESTRATÉGIAS E MEIOS de controle social da
criminalidade (caráter teleológico).
- Para Ferri - a defesa social é tomada como o principal objetivo da justiça criminal (servir de exemplo
pra que as pessoas não cometam crime).
FERRI ------------- PREVENÇÃO GERAL ---------- DEFESA SOCIAL
- Rafael Garófalo foi o responsável por integrar o pensamento positivista e as normas do Direito. Rafael
refutava a ideia de Lombroso do crime como um fator antropológico. Focava em fatores psicológicos.
Esta fase é chamada jurídica do positivismo. Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a
luta contra seus inimigos naturais carecedores dos sentimentos de piedade e probidade.
- Teoria estrutural-funcionalista da sociologia criminal = teoria da anomia.
TEC QUESTÕES
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/22232453/caderno
29/30 97%
(Conceito e Evolução Histórica da Criminologia)
- São referências de teorias penais e criminológicas latino-americanas e brasileiras que tiveram grande
repercussão entre os anos 60 a 80 do século XX: O Realismo jurídico-penal marginal, a partir do ponto
de vista de uma região marginal do poder planetário, desenvolvido pelo argentino Eugenio Raúl
Zaffaroni.
- Em sua obra “A Política”, Aristóteles, ressaltou que a miséria causa rebelião e delito. Para o referido
filósofo, os delitos mais graves eram os cometidos para possuir o voluptuário, o supérfluo.
META 17 – FEITA!
META 18 – FEITA!
META 19 – FEITA
META 20 – FALTA FAZER OS FAZER EXERCÍCIOS (TEC E PF).
META 21 – FALTA LER AS DICAS (5 PAG) E TERMINAR VÍDEO.
META 22 – LER UM ARTIGO DE 30 PÁGINAS.
META 23 – Dicas LS APENAS 3 PÁG.
META 24 – LER ARTIGO (20 PÁG) E EXERCÍCIOS.
https://www.youtube.com/watch?v=x-_mySn3XBQ
VIDEO DO GRAN CONCURSOS – Revisão geral (META 25)
TEC QUESTÕES
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24293016/caderno
4/9
(Só FGV)
*Questões muito específicas!
- Organizações Criminosas Tradicionais - Também são chamadas de clássicas, sendo o principal exemplo
as máfias, famílias, apresentam estrutura hierárquico-piramidal, possuem rituais de inicialização para a
investidura de seus membros.
- Rede (Network)– Surge entre os anos 80 do século XX e início do século XXI, decorrente principalmente
do fenômeno da globalização, são grupos que se organizam temporariamente em volta de criminosos
profissionais, aproveitando-se da existência de oportunidades em locais específicos.
- Empresarial - É constituída nos moldes de uma empresa lícita, porém para a prática de atividades
ilegais.
- Endógena - É aquela organização criminosa que atua dentro das próprias instituições públicas,
atingindo todas as esferas estatais de poder. É formada principalmente por funcionários públicos que
praticam, portanto, delitos contra a Administração Pública.
- Justiça Restaurativa - tem como principal finalidade, portanto, não a imposição da pena, mas o
reequilíbrio das relações entre agressor e agredido, o crime deixa de constituir-se em ato contra o
Estado para ser ato contra a comunidade, contra a vítima e ainda contra o seu próprio autor, pois ele
também é agredido com a violação do ordenamento jurídico.
- A Escola Clássica e a Escola Positiva partem do paradigma de uma ciência penal integrada na qual está
abarcada tanto a ciência jurídica propriamente dita, quanto a concepção geral do ser humano em
sociedade, o que conflui para o que se chama de ideologia da defesa social;
TEC QUESTÕES
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24294196/caderno
23/24 96%
- A prevenção Indireta se caracteriza com um conjunto de ações que visam atingir as causas do crime.
Assim sendo cessadas as causas, cessam seus efeitos. Ex.: esporte, cultura.
- A prevenção direta é voltada para o em si crime seja em formação ou para evitar que ele ocorra
novamente. Ex.: polícia ostensiva.
- Teoria absoluta da pena = retribucionista, apenas retribuir.
- A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de inibir comportamentos
antissociais e moldar comportamentos socialmente aceitos.
- Teoria da reação social = labelling approach.
PAREI AQUI:
PC-RN
- Fiz 2 baterias: uma só com FGV e outra da área policial (delegado + escrivão) da matéria prevenção e
modelo de reação ao delito (fui bem!).
- Prox.: bateria sobre: métodos, objetos, funções + política criminal.
- Prox.: bateria sobre: modelos teóricos + teorias sociológicas.