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7 de Janeiro de 2011

Comunicado da Comissão Política Concelhia de Lagos do PSD

Nº1-2011

Irresponsabilidade Socialista:
Refeitório Social de Lagos continua fechado.

Já não nos surpreende ver os socialistas agirem em contrário do que afirmam. O que ainda nos surpreende
são os argumentos que utilizam para sustentar as constantes mudanças de posicionamento.

Efectivamente, o PSD não está espantado com a falta de rumo do PS em Lagos. Ao prometer tudo a todos,
como é apanágio do PS e do 1º Ministro José Sócrates, ignoraram o empobrecimento crescente do nosso
concelho, não souberam acautelar as situações graves que vinham emergindo na sociedade lacobrigense, e
actualmente revelam-se manifestamente incompetentes para assumirem as suas responsabilidades pela falta de
respostas urgentes.

Caiu o véu e, mais uma vez, a realidade veio dar razão ao PSD/Lagos. Desta vez, é o caso do Refeitório
Social, mais uma prova concreta do desnorte do PS local, incapaz de validar e concretizar as suas
próprias iniciativas.

No passado dia 6 de Dezembro de 2010, respondendo à bancada social-democrata na Assembleia Municipal de


Lagos, o presidente da câmara Júlio Barroso afirmou «não ter informações que lhe indicassem a
necessidade de abertura do refeitório social»…

Recordamos que em 2009 o PS prometeu «desenvolver medidas de apoio social para beneficio das famílias
numerosas, desempregados, pessoas em situação de carência económica, designadamente, com a existência
de refeitório social, descontos e isenções em serviços da autarquia, acompanhar a execução e adaptar as
medidas de combate aos efeitos da crise 2009/2010».

Ora, a julgar pela afirmação do presidente da câmara Júlio Barroso, actualmente já não existe a
informação que justificou a sua promessa eleitoral. Portanto, já não é evidente para o executivo da Autarquia
de Lagos o agravamento dramático das dificuldades sociais, gritantemente visíveis para todos, não só pelo
aumento do número de desempregados registados em Lagos a que nos referimos em informação anterior, como
pelo acréscimo de pedidos de apoio social, como ainda pelas mais variadas situações de “pobreza
envergonhada” constatáveis diariamente no nosso concelho.
Consideramos, pois, que o que as palavras de Júlio Barroso evidenciam, mais do que uma escolha de
negação da realidade, erro replicado do PS nacional, é uma opção inesperada pela persistência numa
atitude de silenciamento dessa realidade por parte de um executivo socialista que, também em Lagos, vive de
(e para) a propaganda, tanto quanto para o auto-elogio das suas lideranças, na esperança de que a crise passe
depressa, em vez de atacar os problemas estruturais que estão na origem da grave situação que todos vivemos.

É aos Cidadãos de Lagos, atormentados diariamente pela crise local e nacional, tanto quanto pela falta de
perspectivas de futuro a todos os níveis, com muitos atirados para o desemprego e para a emigração, que o
executivo socialista liderado por Júlio Barroso se recusa assim a auxiliar num momento de evidente fragilidade
estrutural.

Tudo aponta para que a preocupação socialista não seja a de minorar os efeitos da crise. Senão não se
utilizariam os argumentos que o PS em Lagos tem usado para, perante a sua exclusiva incapacidade política
em agir sobre a origem estrutural dos problemas, virem ainda pretender justificar-se com os efeitos da crise
global… mais aumentos de custos em Impostos e Taxas, nos Transportes e ainda em bens e serviços tão
essenciais como a Água, agravando-se mais ainda os efeitos da diminuição dos Apoios Sociais. Qual é o
limite?

Em Lagos, constata-se que os socialistas vão irresponsavelmente em sentido oposto ao de muitas outras
autarquias que, independentemente da sua cor política, estão a dar toda a atenção à evolução da realidade a
assumem como prioridade absoluta na sua acção concreta as questões do apoio social. Porquê?

Aquilo que verificamos é que, de facto, coexistem em Lagos pelo menos dois Partidos Socialistas: um PS que
sabe prometer e anunciar equipamentos e um outro PS que, na sua (des)governação em maioria absoluta, rasga
as promessas eleitorais que, em 2009, lhe deram um resultado eleitoral bastante significativo, apesar de obtido
perante uma maioritária abstenção.

No momento certo, os Lacobrigenses julgarão as consequências do logro em que caíram pois, muito
provavelmente, o PS em Lagos não só rasgará muitos mais compromissos eleitorais até ao final do
mandato, como tentará ainda recompor-se com substituições de última hora, de modo a ensaiar pretensas
“mudanças”.

Da nossa parte e na defesa objectiva dos interesses locais, estamos certos de que uma mudança efectiva só
será possível em Lagos com a vitória do PSD nas próximas eleições autárquicas.

Os Lacobrigenses não se deixarão enganar e ao PSD/Lagos, na qualidade de maior partido da oposição, atento
às necessidades da população mais carenciada, compete neste momento chamar à razão e à responsabilidade o
Partido Socialista, o que também aqui fazemos exigindo que esclareça de facto e em concreto quando e como
vai encarar a Protecção Social como prioridade absoluta neste momento de crescentes dificuldades para a
generalidade das Cidadãs e dos Cidadãos do Concelho de Lagos.

Entretanto, fica por apurar mais esta contradição socialista materializada na estranha confissão pública do
presidente Júlio Barroso, para quem falta informação sobre a necessidade premente de abertura do
Refeitório Social, o mesmo que foi prometido pelo PS em 2009, o mesmo que foi incluído nas Grandes
Opções do Plano para 2010, que até teve a abertura amplamente propagandeada pelos socialistas desde
as eleições de há mais de um ano, mas que se encontra… FECHADO.

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