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CAPÍTULO 16

Ciclo do Ácido Cítrico

16.1 Produção de acetil-


CoA.
16.2 Reações do ciclo.
16.3 Regulação do ciclo
16.4 Ciclo do glioxilato

Princípios de bioquímica de Lehninger (2018) Capítulo: 16


Voet - Capítulo 21
Introdução - Vias metabólicas
16.1. Destinos
catabólicos
piruvato
16.1. Produção de
acetil-CoA
Onde ocorre o ciclo de Krebs????

PROCARIOTOS EUCARIOTOS
16.1 Produção de acetil-CoA
O Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo dos ácidos
tricarboxílicos ou Ciclo de Krebs)
Para a maioria das células eucarióticas e
muitas bactérias, vivendo em condições
aeróbicas, a glicólise não é mais que o 1o
estágio da oxidação completa da glicose. O
piruvato formado na glicólise não é reduzido
nem a lactato nem a etanol, em vez disso ele
é oxidado a CO2 e H2O. Essa fase aeróbica
do catabolismo é chamada de respiração, que
em um sentido microscópico se refere aos
processos moleculares que envolvem o
consumo de O2 e a formação de CO2 pelas
células.
A produção de acetato
Nos organismos aeróbicos, a glicose e outros açúcares,
ácidos graxos e a maioria dos aminoácidos são oxidados
a CO2 e H2O. Entretanto, para entrar no ciclo do ácido
cítrico, seus esqueletos carbônicos precisam ser degradados
até o grupo acetil do acetil-CoA, a forma na qual o ciclo
recebe a maior parte de seu combustível. O piruvato é
oxidado para liberar acetil-CoA e CO2 por um complexo de
3 enzimas: o complexo da piruvato-desidrogenase,
localizado na mitocôndria das células eucarióticas
e no citosol das procarióticas.

O piruvato é transportado do citosol


para o interior da mitocôndria através
de uma proteína transportadora
(simporte de piruvato-H+)
16.2.O Ciclo do Ácido
Cítrico possui oito
passos

Os elétrons carreados
por NADH e FADH2 são
canalizados para cadeia
transportadora de
elétrons (CTE), que
culminam com a redução
do O2 a H2O. A energia
do transporte de
elétrons é conservada
na forma de ATP
O Ciclo do
Ácido Cítrico
possui oito
passos
16.1 Produção de acetil-CoA
O complexo da piruvato-desidrogenase requer
5 coenzimas ou cofatores:

Tiamina pirofosfato (TPP) – vit. B1 (E1)


FAD - vit. B2 (E3) Transportadores
NAD+ - vit. B3 (E3) de elétrons
Coenzima A – vit. B5
Lipoato – E3 Piruvato -desidrogenase
(E1)
Complexo da
piruvato- Diidrolipoil-
desidrogenase transacetilase (E2)
Diidrolipoil -
desidrogenase (E3)
16.1 Produção de acetil-CoA - Lehninger

O complexo da piruvato-desidrogenase requer 5


coenzimas ou cofatores:

Coenzima A

Coenzima A

Ligação Ligação
amida fosfodiéster
16.1 Produção de acetil-CoA
Descarboxilação oxidativa do piruvato (05 reações)-
Lehninger
Resumo- Descarboxilação oxidativa do piruvato
1º ETAPA Piruvato perde CO2 e liga covalentemente a tiamina
pirofosfato (piruvato-desidrogenase E1).

2º ETAPA A unidade de dois carbonos (acetila) é transferida da TPP


para o ácido lipóico que se reduz. O grupo acetila está ligado
covalentemente ao ácido lipóico por uma ligação tioéster
(diidroxiprolil-transacetilase E2)

3º ETAPA CoA-SH ataca a ligação tioéster, o grupo acetila é


transferido para a CoA-S. Libera o ácido lipóico reduzido
(diidroxiprolil-transacetilase E2)

4º ETAPA Regeneração do
ácido lipóico (diidrolipoil-
desidrogenase E3– FAD /
FADH2)

5º ETAPA Regeneração do FAD e


redução do NAD+ /NADH + H+ (E3)
Descarboxilação oxidativa: um processo irreversível de
oxidação no qual o grupo carboxil é removido do piruvato na
forma de uma molécula de CO2 e os 2 carbonos
remanescentes torma o grupo acetil do acetil-CoA.

Cede um íon
hidreto com seus 2
elétrons para a
cadeia respiratória
Coenzima A
16.2 Reações do ciclo
Formação do citrato
É reciclada para formar
Ligação tioéster = outra molécula de acetil-
alta energia CoA na descarboxilação
de outra molécula de
piruvato
REAÇÃO DE
CONDENSAÇÃO
Carbono metil Carbono carbonil

Citrato-
sintase
Acetil-CoA oxaloacetato citrato
16.2 Reações do ciclo
Formação do isocitrato via cis-aconitato

É um ácido
REAÇÃO DE
tricarboxílico que
DESIDRATAÇÃO
E HIDRATAÇÃO
não se dissocia do
sítio ativo

aconitase aconitase
desidratação hidratação

citrato cis-aconitato isocitrato


16.2 Reações do ciclo
Descaboxilação oxidativa do isocitrato à -
cetoglutarato Reação
irreversível

Isocitrato-
desidrogenase

isocitrato α-cetoglutarato
Descarboxilação
oxidativa

Existem duas formas diferentes desta enzima, uma que emprega o NAD+
como receptor de elétrons e outra que emprega o NADP+.
Nas células eucarióticas, a enzima dependente de NAD+ é encontrada na matriz
mitocondrial e atua no ciclo do ácido cítrico. A isoenzima dependente
de NADP+ é encontrada tanto na matriz quanto no citosol e sua função
mais importante deve ser a geração de NADPH, que é essencial nas reações
anabólicas de redução.
16.2 Reações do ciclo
Oxidação do -cetoglutarato a succinil-CoA
REAÇÃO DE
DESCARBOXILAÇÃO
OXIDATIVA

α-cetoglutarato-
desidrogenase

α-cetoglutarato Succinil-CoA
Descarboxilação
oxidativa

A energia da oxidação do -cetoglutarato é conservada pela


formação de uma ligação tioéster do succinil-CoA. O complexo
da -cetoglutarato-desidrogenase é muito semelhante ao
complexo da piruvato-desidrogenase.
16.2 Reações do ciclo
Conversão do succinil-CoA em REAÇÃO DE
succinato FOSFORILAÇÃO A
NÍVEL DE SUBSTRATO

succinil-CoA-
sintetase
Succinil-CoA Succinato

A energia livre de hidrólise da


ligação tioéster é forte e negativa.
A energia liberada no rompimento GTP + ADP GDP + ATP
desta ligação é empregada para Nucleosídeo-difosfato-cinase
dirigir a síntese de ATP ou GTP.
16.2 Reações do ciclo
Oxidação do succinato a fumarato

succinato-
desidrogenase
Succinato REAÇÃO DE Fumarato
DESIDROGENAÇÃO

Nos eucariotos, a succinato-desidrogenase está


firmemente ligada à membrana mitocondrial interna; nos
procariotos ela é ligada a membrana plasmática. É a
única enzima do ciclo do ácido cítrico ligada à membrana.

O malonato, um análogo do succinato, é um potente


inibidor competitivo da succinato- desidrogenase, logo é
um bloqueador do ciclo do ácido cítrico.
16.2 Reações do ciclo
Hidratação do fumarato para produzir malato

REAÇÃO DE
HIDRATAÇÃO
fumarase

Fumarato L-malato

Esta enzima é altamente estereoespecífica;


ela catalisa a hidratação da dupla ligação
trans do fumarato, porém não é capaz
de agir no maleato (isômero cis do fumarato)
Na direção inversa, a fumarase é igualmente
estereoespecífica: o D-malato não é um
substrato.
16.2 Reações do ciclo

A oxidação do malato a oxaloacetato


REAÇÃO DE OXIDO-
REDUÇÃO

L-malato-
desidrogenase
L-malato oxaloacetato
16.2. Energia liberada por uma molécula de
glicose NADH = 2,5 ATPs
FADH2 = 1,5 ATPs
16.3 Regulação do ciclo do ácido cítrico

Lehninger

A demanda de energia
regula o ciclo de
Krebs e a piruvato-
desidrogenase
16.3 Regulação geral do ciclo de
Krebs

Quando a relação [ATP]/[ADP], [NADH]/


[NAD+] e [acetil-CoA/CoA] estão baixas as
células precisam recuperar está razão oxidando
os nutrientes para liberação de energia na
forma de ATP, NADH e FADH2. No entanto
quando as relações [ATP]/[ADP],
[NADH]/[NAD+] e [acetil-CoA/CoA] estão
altas, as células não precisam manter alto o
nível de oxidação e produção de energia, assim
diminuindo a velocidade das vias catabólicas.
16.2. Reações anapleróticas repõem os
intermediários do ciclo de Krebs.
Ciclo de Krebs
mitocôndria
alimentam as
Mit. Citosol seguintes vias.

Biossíntese de
glicose

Citosol
Biossíntese de
ácidos graxos

Biossíntese de
aminoácidos
16.2. Reações anapleróticas repõem os
intermediários do ciclo de Krebs.

Gliconeogênese
* Piruvato-carboxilase
*PEP-carboxicinase
16.2. Por que a oxidação é tão complicada?

Os micro-organismos anaeróbicos
empregam algumas das
reações do ciclo do ácido
cítrico não como fonte de
energia, mais de precursores
biossintétitcos. Esses
organismos utilizam as três NAD +

primeiras reações do ciclo NADH


para sintetizar -cetoglutarato, mas
como não possuem a
-cetoglutarato-desidrogenase
não podem conduzir o
conjunto completo de reações
do ciclo do ácido cítrico. Eles
tem as 4 enzimas que catalisam
a conversão reversível do
oxaloacetato em succinil-CoA
e podem produzir malato, fumarato,
succinato e succinil-CoA a partir
de oxaloacetato em um sentido
inverso daquele ‘normal’.

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