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Dr.

João

Esta é a resposta que pretendemos enviar aos responsáveis pelo projeto da


construção na nova sede e ao setor de engenharia da Seção e Tribunal.

César me falou que o senhor queria dar uma olhada na parte de acessibilidade.

Em negrito temos as nossas propostas


Em vermelho a resposta do projetista
Em azul a nossa resposta

Em relação à resposta da SINTAXE temos as seguintes considerações a fazer:

1. Mudança de projeto referente à implantação de gradil e mureta externa;


Resposta da SINTAXE: NEGATIVA

A justificativa da empresa que elaborou o projeto traduz uma


preocupação exorbitante com a estética e a imponência do prédio em
detrimento da segurança, funcionalidade e acessibilidade. A área da
construção não é plenamente habitada, apenas agora estão sendo construídos
alguns prédios públicos, tendo inclusive sido visitada pelo projetista, Pedro
Mendonça. O local tem sido objeto de muitas ocorrências policiais amplamente
noticiadas na imprensa local e estadual. A cidade de Vitória da Conquista
apresenta índices de violência/homicídios alarmantes, inclusive naquela região.
Logo, deve-se priorizar a segurança do patrimônio público e dos servidores e
clientela da Justiça Federal. A implantação de muros e grades é considerada
indispensável pelo MM. Juiz Diretor desta Subseção.

2. Implantação de uma segunda rampa de acesso na parte frontal da


edificação; Resposta da SINTAXE: NEGATIVA

Mais uma vez a empresa manifesta sua preocupação exclusiva com a


fisionomia do prédio, em detrimento da sua funcionalidade, acessibilidade e
segurança. No projeto original, o acesso de cadeirantes está localizado na
lateral da edificação juntamente com o dos servidores. Nesta entrada não está
prevista instalação de posto de segurança, se o deficiente necessitar de ajuda
para entrar ou se locomover não poderá ser atendido.

Desta forma, o projeto arquitetônico desta edificação vai de encontro à


Recomendação 27 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda
aos tribunais relacionados no art. 92 da Carta Magna, incisos II a VII, que
adotem medidas para a remoção de barreiras físicas, arquitetônicas (...) de
modo a promover o amplo e irrestrito acesso de pessoas com deficiência às
suas dependências, enaltecendo a importância da acessibilidade enquanto
garantia ao pleno exercício de direitos (...)

Sem falar que acessibilidade tem sido tema recorrente na agenda de


instituições públicas e privadas não sendo diferente no caso do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região que tem se mobilizado para dar cumprimento à
legislação que trata do tema, entre elas o Decreto-Lei 5296 de 2 de dezembro
de 2004, que define regras gerais para a promoção do acesso de pessoas
portadoras de necessidades especiais e com mobilidade reduzida aos espaços,
mobiliários e equipamentos urbanos, às edificações, aos serviços de transporte
entre outros.

A preocupação do Tribunal foi notória que através da Portaria Presi 420


de 4/11/2010 ficou criada a Comissão Multidisciplinar de Acessibilidade que
será responsável por fazer uma avaliação de toda a estrutura do tribunal e
identificar as barreiras físicas, arquitetônicas e de comunicação que impedem o
acesso deste público em particular.

Por último, não poderíamos desconsiderar os dados do censo de 2000


(IBGE) revelando que 24,5 milhões de brasileiros tinham, pelo menos, uma das
deficiências investigadas pela pesquisa. O número correspondia a 14,5% da
população total do país. Quase metade dos casos (48,1%) era relacionada a
alguma incapacidade de enxergar, seguida de deficiências motoras (22,9%). A
maior proporção de pessoas com deficiência se encontrava no nordeste
(16,8%) e a menor, no sudeste (13,1%) do país. Fonte: IBGE

Logo, torna-se indispensável a instalação da rampa de acesso aos


portadores de necessidades especiais tal como disposto no aditivo.

A entrada principal tem que conter acesso ao deficiente físico, sua


instalação também é considerada indispensável pelo MM. Juiz Diretor desta
Subseção.

3. Aprovação de novo layout proposto pela subseção;

4. Ampliação dos pontos lógicos;

5. Mudança da cela;

Resposta da SINTAXE para estes três pontos: Não tem no que se basear
pois não conhece a motivação destas mudanças.

A sede da Justiça Federal tem que se adequar às regras internas do


Tribunal referentes à segurança de Juízes, Servidores e Jurisdicionados em
geral. A deficiência da segurança pública em Vitória da Conquista, como em
outras cidades do país, e a insuficiência de verba orçamentária para custear a
vigilância de todas as entradas previstas nesta edificação têm que ser levadas
em conta.

Para o tópico nº 04, o quantitativo de pontos de rede lógica não atendem


à realidade da Subseção, pelo contrário, o quantitativo de pontos se apresenta
menor que os atuais existentes. Quanto ao de nº 05, a cela deve ser instalada
no subsolo do prédio, em local mais seguro e não junto à Secretaria da Vara
como projetado inicialmente.
Registre-se, finalmente, que todas as alterações solicitadas são
consideradas vitais, em observância aos critérios de segurança, funcionalidade
e acessibilidade plena.

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