Você está na página 1de 242

JOSEPH H.

KINDLE
PROFESSOR DE MATEMÁTICAS

UNIVERSIDADE DE CINCINNATI

Geometria Analítica
Plana e no Espaço

Resumo da teoria
345 problemas resolvidos
910 problemas propostos

Tradução
de
WASHINGTON SYLVIO FONSECA
ENGENHEIRO

EDITORA McGRAW-HILL DO BRASIL, LTDA.


RIO DE JANEIRO — BRASIL
Do original
Schauirís Outline of Theory and Problems
of
PLANE AND SOLID ANALYTIC GEOMETRY
publicado nos E.U.A. por Schaum Publishing Co.
Copyright © 1950 by McGraw-Hill, Inc.

l.a edição — 1959


reimpressões — 1962, 1965, 1968, 1970 e 1971

1971

Todos os direitos para a língua portuguesa reservados pela


EDITÔRA McGRAW-HILL DO BRASIL, LTDA.
Avenida Presidente Vargas, 417-A — salas 1901/3
RIO DE JANEIRO — GB.

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Prefácio

Êste livro de problemas destina-se a servir de complemento aos


cursos de geometria analítica ministrados normalmente no ciclo co­
legial e nas escolas superiores. Seguimos de perto a ordem adotada
na maioria dos compêndios dessa matéria. Incluímos um total de
345 problemas típicos cuidadosamente resolvidos e 910 problemas
propostos a título de exercício. Foram dispostos de modo a apresentar
o desenvolvimento natural de cada assunto. Convicto de que a geo­
metria analítica é fundamentalmente um curso de resolução de pro­
blemas e de que uma das principais causas de trabalho estéril em
qualquer curso de matemática são as tentativas desordenadas de
resolver problemas, acreditamos que êste livro, devidamente utilizado,
será muito proveitoso. Pretendemos também servir aos estudantes
que necessitem de uma revisão da teoria fundamental e exercícios
de geometria analítica.
A utilização adequada desta obra exige clara compreensão do
que ela realmente é e do que não pretende ser. Decididamente não
se trata de um compêndio convencional e não se deve tentar utili-
zá-lo como meio de evitar o estudo cuidadoso do texto normal. Cada
capítulo contém um resumo das definições necessárias, princípios e
problemas propostos.
Não se consegue salientar suficientemente que matemática só
se aprende fazendo matemática, resolvendo problemas. A leitura su­
perficial de um compêndio, a memorização das fórmulas que pare­
çam mais convenientes e o estudo eventual dos problemas resolvidos
dêste livro não proporcionarão mais que uma satisfação ilusória; na
verdade, adquirir-se-á pouco mais que uma vaga noção da matéria.
Para tornar eficiente a utilização dêste trabalho devem-se reprodu­
zir as soluções no papel, fazendo pausas para perceber a razão e
o método de cada passagem. Há sempre algo a aprender em cada
problema resolvido; e quando tal se consegue, os problemas pro­
postos, em sua maioria, bem como os do livro adotado, devem oferecer
dificuldades muito pequenas.

J. H. K.

Cincinnati, Ohio.
Sumário

1. Coordenadas retangulares.................................................... 11
2. Equação e lugar geométrico ............................................. 28
3. Linha reta............................................................................. 42
4. Circunferência ..................................................................... 61
5 . Seções cônicas — parábola................................................ 76
6. Elipse .................................................................................. 83
7. Hipérbole ............................................................................. 95
8. Transformação de coordenadas........................................ 106
9. Coordenadas polares.......................................................... 117
10. Tangentes e normais ......................................................... 133
11. Curvas planas de grau superior ao segundo e transcen­
dentes .................................................................................. 148
72. Introdução à Geometria Analítica no espaço.................. 166
13. Plano ................................................................................... 184
14. Linha reta no espaço.......................................................... 197
75. Superfícies ............................................................................ 210
16. Outros sistemas de coordenadas ....................................... 230

índice Alfabético................................................................ 241


Capítulo 1

COORDENADAS RETANGULARES

Coordenadas retangulares. Em cursos preliminares de Ál­


gebra e Trigonometria já fizemos o uso
de coordenadas cartesianas (*) retangu­
lares ou ortogonais. Nesse sistema, o
plano é dividido em quadrantes por QuadranteJ Quadranteí
duas retas perpendiculares, que se cor­ (-.*) (+,+)
tam em um ponto 0 (Fig. 1). A reta
horizontal X'OX chama-se eixo dos x; X' o
>A
a reta vertical Y'OY, eixo dos y; am­ QuadranteJÍ
QuadranteE
bas, em conjunto, recebem o nome de (+.-)
eixos coordenados. O ponto 0 é a origem.
A distância a um ponto, medida a
y'
partir do eixo dos y, chama-se coordena­
Fig. 1
da x ou abscissa dêsse ponto. A distân­
cia medida a partir do eixo dos x chama-se coordenada y ou orde­
nada do ponto. As duas distâncias, consideradas em conjunto, deno­
minam-se coordenadas do ponto e são representadas pela notação
(x, y). As abscissas são positivas, quando medidas para a direita do
eixo dos y; negativas, quando medidas para a esquerda. As ordenadas
são positivas, quando medidas para cima do eixo dos x; negativas,
quando medidas para baixo.
Quando um conjunto de pontos, cujas coordenadas são conhe­
cidas, deve ser representado em um gráfico, escolhe-se uma escala
conveniente e marca-se esta sôbre os eixos coordenados. Os pontos
podem então ser fàcilmente marcados.

(♦) De Rcnatua Cartwiu», forma latiniaada do nome de René Descartes, criador da Geo­
metria Analítica. (N. do T.)
12 GEOMETRIA ANALÍTICA

Distância entre dois pontos. Verifica-se prontamente, na

Fig. 2

Divisão de um segmento numa


visão é o que divide um segmento reti-
líneo segundo uma razão dada. Conside­
remos Pi (xj, i/i) e P2 (X2, y*), dois pon­
tos de uma reta, orientada de Pi para P2
(Fig. 3). Seja P (z, y) um terceiro ponto,

que divide a reta na razão = r.

Como Pi P e P P2 são lidos no mesmo


sentido sobre a reta, a razão é positiva.
Se o ponto de divisão estivesse no pro­
longamento do segmento, em qualquer
dos dois sentidos, a razão r seria nega­
tiva, porque Pi P e P P2 teriam sentidos opostos.
Dos triângulos semelhantes, tiramos
PiM _ x — _ PiP
PN x2 — x P P2

Resolvendo em relação a x, vem


Xi + T X2
X = ----------- .
1+r

Anàlogamente, obtemos

,, _ Vi + rVi
y 1+r

Se P (x, y) fôr o ponto médio do segmento Pi P2, teremos


COORDENADAS RETANGULARES 13

xx + x2 yi + 2/2
r = 1 e x >
2 2

Inclinação e coeficiente angular de uma reta. A inclinação


de uma reta L (não paralela
ao eixo dos x) é definida pelo
menor ângulo positivo que
ela forma com o eixo dos x, X 1
/ !y,'y’
medido de X'X para L no R(x,,y;)X5?----------í
sentido contrário ao dos pon­ Y -Y
teiros de um relógio. A me­
nos que se convencione o >Z
contrário, o sentido positivo
de L será considerado para x' / õ
cima. Se L fôr paralela ao
eixo dos x, sua inclinação será
zero.

Coeficiente angular ou declividade de uma reta é a tangente trigo-


nométrica de sua inclinação. Assim, na expressão m => tg 9, m é o
coeficiente angular e 9 a inclinação.

O coeficiente angular de uma reta que passa por dois pontos


Pi (xlf 2/0 e P2 (xz, y2) é

m = tg9 = 2/2 - 2/i


X2 — X! ’

não importando os quadrantes em que Px e P2 estejam situados.

Retas paralelas e perpendiculares. Os coeficientes angula­


res de duas retas paralelas são iguais.
Quando duas retas Li e L2 são perpendiculares, seus coeficientes
angulares são recíprocos e de sinais contrários. Assim, se mi fôr o
coeficiente angular de Li e m2 fôr o coeficiente angular de L2, teremos
mi = — l/m2 ou m1m2 = ~ 1-

Ângulo de duas retas. O ângulo a (Fig. 5), medido no sentido


positivo (contrário ao dos ponteiros do relógio), desde a reta Llt de
14 GEOMETRIA ANALÍTICA

coeficiente angular até a reta L2, de coeficiente angular zn2, de-


duz-se da expressão

. W2 -
tga = ——---------
1 + m2 mi
Demonstração:

02 = a + 0i ou

a = 02 - 0X.

tga = tg(02 - 00 =

= tg 02 - tg 0i = m2 - THj
1 + tg 02 tg 0x 1 + m2 mi ’

Área de um polígono, dados os vértices» Sejam Pi (xx, 2/1),

Pi (^2, 2/2) e P3 (x3, 2/3) os vértices


de um triângulo.

Sua área, em função das coor­


denadas dos vértices, pode ser cal­
culada pela fórmula:

A = ^(x1y2 + x2 yz + x2 yi - x$ y2 — x2yv- xt 2/3).

Demonstração, De acordo com a Fig. 6, podemos escrever:


área do triângulo = área do trapézio M iPiP^M3 + área do trapézio
MzP2P2M2 — área do trapézio MiPJPJí2. Então, temos

A = i (2/1 + 2/3) (zs - xx) + 1 (2/3 + 2/2) (x2 - x3) -


-i (2/1 + 2/2) (x2 - Xl) =
= i yi + Z2 2/3 + XZ yi - xx 2/3 — x2 2/1 - x8 2/2).

A fórmula acima pode assumir a forma de um determinante:


COORDENADAS RETANGULARES 15

Xi yi 1

xt yt 1

xt y» 1

Outra maneira cômoda de calcular a área de um triângulo, parti­


cularmente útil na determinação das áreas de polígonos de mais de
três lados, consiste em dispor em duas colunas as abscissas e orde­
nadas dos vértices.

A = i(xiyt + xtyt+ xtyi-

- Xiyi- Xi yt - xt yi).

Note-se que a primeira linha do quadro foi repetida.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

Distância entre dois pontos.


1. Calcular a distância entre: (a) (— 2, 3) e (5, 1); (ò) (6, — 1) e ( — 4, — 3).
Solução.

а) d - V (x2 - »1)2 + (t/2 - i/i)2 - V (5 + 2)2 + (1 - 3)2 = <49 + 4 = Võ3


б) d = V(X2 - ®i)2 + (í/2 - yi)2 = V/(-4-6)2 + (-3 + l)2 = VÍÕ4 = 2 V26

2. Provar que os pontos A (3, 8), B (— 11, 3), C (— 8, — 2) são vértices de


um triângulo isósceles.
16 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução.

AB = V (3 + U)2 + (8 - 3)2 = V221

BC = V (- 11 + 8)2 + (3 + 2)2 - V 34

AC = V (3 4- 8)2 + (8 + 2)’ - V221

Como AB = ACt o triângulo é isósceles.

3. (a) Provar que os pontos A (7, 5), B (2, 3) e C (6, — 7) são vértices de
um triângulo retângulo.
(ò) Calcular a área dêsse triângulo.

Solução.

a) AB = V(7 - 2)2 + (5 - 3)2 = V29 BC = V (2 - 6)2 + (3 + 7)2 - V116

AC = V (7 - 6)2 + (5 + 7)2 = V145

Como AB2 4- BC2 — AC2 ou 29 + 116 = 145, ABC é um triângulo retân­


gulo.
b) Área = $ AB . BC =Ja/ 29 V116 =29 unidades de área.

4. Provar que os seguintes pontos estão em linha reta:

A (-3, —2), B (5, 2), C (9, 4).

Solução.
AB = V (5 + 3)2 + (2 + 2)2 = 4 V~5 BC = V (9 - 5)2 + (4 - 2)2 =

= 2 VT AC = V (9 + 3)2 + (4 + 2)2 = 6 vT-


COORDENADAS RETANGULARES 17

Como AB + BC = AC ou 4 <5+2 VT - 6 V 5 os pontos dados


estão em linha reta.

5. Determinar o ponto eqüidistante de A (1, 7), B (8, 6) e C (7, — 1).


Solução. Seja P (xt y) o ponto procurado. Então, temos PA = PB — PC.

Como PA = PB, V (z - l)2 + (y - 7)2 = V (® - 8)2 +- (y - 6)2.

Elevando ao quadrado e simplificando, esta equação se reduz a

7 x - y - 25 = 0. (1)

Como PA - PC, VC®-l)2 + (j/-7)2 = V (x - 7)2 + (y + l)2.

Elevando ao quadrado e simplificando, esta equação se reduz a

3x - 4y = 0. (2)

Resolvendo (1) e (2) simultâneamente, obtemos x = 4, y = 3.


Portanto, o ponto procurado é (4, 3).

Ponto que divide um segmento numa razão dada.

6. Determinar as coordenadas do ponto P (x, y), que divide o segmento


Pi (1, 7), Pz (6, — 3) na razão r = 2/3.

Solução. Como a razão é positiva, P\P


e P P 2 devem ter o mesmo sentido e P (x, y)
deve pertencer ao segmento Pi Pz (divisão in­
terna).

Pi? 2
PPz ” 3

7 + |(-3)
xi +rxz 3/1 + ryz -3
x =• = 3
1 +r 1 +r 4

O ponto pedido é (3, 3).

7. Determinar as coordenadas do ponto P (x, y)t que divide extemamente


o segmento que liga Pi (— 2, 1) e Pz (3, — 4) na razão r — — 8/3.

Solução. Como a razão é negativa, PiP e PPz têm sentidos opostos e


P (x, y) deve ser exterior ao segmento P1P2 (divisão externa).

PiP 2
r “ PPt “ 3•
18 GEOMETRIA ANALÍTICA

Xi + rxz % + ( 3)3
1+' “ l+(-f)

8. Uma circunferência, com centro em Pi (— 4,1), tem a extremidade de


um diâmetro em Pj (2,6). Determinar as coordenadas P (z, y) da outra extre­
midade.

Solução.

PiP 2
PP, 1

Como PiP e PP2 são lidos em sentidos opostos sôbre a reta, a razão r é nega­
tiva.

___ 31 4- rxz
1+r ' l + (-f)

v _ Vl + TV2 . ,_4
1 +r ‘
!+(-?)

9. Determinar as coordenadas dos pontos de trüeeção, Pi (zi, pi) e Pz (zj, yi)t


do segmento retilíneo que une A (3, — 1) a B (9,7).
COORDENADAS RETANGULARES 19

Solução.

Determinação de Pi (xi tyi):

-5,

-1+|X7
5^
Vi - 3 ’

Determinação de Ps (®2, Vi):

gf,l±2X9, 7
1+2

-1+2X7, 13
1+2 3

10. O ponto B (— 4,1) está situado


a 3/5 da distância que vai de A (2, — 2)
a C (x, v). Determinar as coordenadas
de C (Fig. 16).

Solução.

AB £ AC £
BC “2 r “ CB ” ~ 2

Como AC e CB são lidos em sentidos opostos, a razão r é negativa.

2 + (-f)(-4)
* “---------------- i------ -8
!+(-?)

-2 + (-|)l
v- l + (“f)

11. As medianas de um triângulo concorrem num ponto P (s, y)t que se


encontra a 2/3 da distância que vai de um vértice qualquer ao ponto médio do
lado oposto. Êsse ponto é o centro de gravidade do triângulo. Determinar
as coordenadas de P (x, y) dados os vértices A (»i, vi), B («s» Ví)» C (*>» V*)«
20 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução.
Consideremos a mediana APDt sendo D o ponto médio

As coordenadas de D são X3 yi + yz

A razão — — é dada.

Então,

zi +
X1 +

»i + 2. 2
yi + 2/2 4- 2/3
yy =---------1+2
- -------

O ponto procurado é

-- (ti + J?2 + ), (l/i + yz + yz )•


•5 O

Obtém-se o mesmo resultado com mediana BPE ou CPF, pôsto que

=bp
T PD= PE PF 1

Inclinação e coeficiente angular de uma reta.

12. Determinar a declividade mea inclinação 0 das retas que passam pelos
seguintes pares de pontos:
COORDENADAS RETANGULARES 21

a) (-8,-4), (5,9). c) (-11,4), (-11, 10).

b) (10, -3), (14, -7). d) (8, 6), (14, 6).

Solução.

m = tg 0 - yi
X2 — Xi

9+4 = 1 0 - arctg 1 = 45°


5 +8

-7 + 3 = - 1 0 = arctg (-1) = 135°


14 - 10

10-4
0 = arctg 00 = 90°
-11 + 11 0

6-6
-o 0 = arctg 0 = 0o.
14-8 6

13. Provar que os pontos A (— 3, 4), B (3, 2) e C (6, 1) pertencem à mesma


reta.

Solução.
q _4 1
Coeficiente angular de A B = —------ = — —.
3+3 3
i _ 4 j
Coeficiente angular de AC — -------- —------ •
6+3 3

Como o coeficiente angular de AB é igual ao de AC, os três pontos dados


são colineares.

14. Por meio de coeficientes angulares, provar que os pontos A (8, 6), B (4, 8)
e C (2,4) são vértices de um triângulo retângulo.

Solução.
8 — 6 1
Coeficiente angular de AB = j---- — = — —

4 — 8
Coeficiente angular de BC = — — = 2.

Como o coeficiente angular de AB é o inverso do coeficiente angular de BC,


com o sinal contrário, êstes dois lados do triângulo são perpendiculares.

Angulo de duas retas.


15. O ângulo das retas Li e In mede 45°. Sabendo que o coeficiente an­
gular m\ de Li vale 2/,3, determinar a declividade mz de £2-
Solução. (V. Fig. 19).
22 GEOMETRIA ANALÍTICA

m2 — mi
tg 45° —
1 + wii 9

16. Calcular os ângulos internos do triângulo, cujos vértices são A (— 3, —2),


B(2,5), C(4,2).
Solução. (V. Fig. 20).

5 4-2 7 2-5 £ 2 +2 4
mAB WBC ” 4 _ 2 m°A “ 4 + 3 ” 7
2 4-3 5 2
7 4
mAB - mcA 5 7 29
tg A t A - 24° 43, 1'.
1 4- mABmcA l+fx| 63

3 7
msc ~ mAB 2 5 29
tgB
1 4- m,BC mAB ■ l+(-l) 7 ’ TT’
5

f-(-l)
1
mcA — m,BC 29
tg c —
1 + mcAmBC V C -86’3,3'.

Verificação: A 4- B 4- C 180.

Área de um polígono, dados os vértices.

17. Calcular a área do triângulo, cujos vértices são (2,3), (5,7), (—3, 4).
Solução. (V. Fig. 21).
2 3
, 1 5 7
A “ 2 - 3 4
2 3
coordenadas retangulares 23

- y[2X 7+ 5X4+ (-3)3 -2X4 -(-3)7 -5X3]

= (14 + 20 — 9 — 8 +21 — 15) — 11,5 unidades de área.

18. Calcular a área do pentágono,


cujos vértices são (—5, — 2), (—2, 5),
(2,7), (5,1), (2, -4).
Solução.
-5 -2
-2 5
2 7
5 1
2 -4
-5 -2

- y [(-5)5 + (- 2)7 + 2X 1 + 5(-4) + 2 (-2) - (-5)(- 4) -

- 2 X 1 - 5 X 7 - 2 X 5 - (- 2) (- 2)]

- y (- 132) - - 66.

Resposta: 66 unidades de área. Se os vértices forem tomados na ordem con­


trária à dos ponteiros de um relógio (Fig. 22), a área será positiva; se tomados
no sentido dos ponteiros, será negativa.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Marcar em um gráfico os pontos, cujas coordenadas são:


(2,3), (4,0), (-3, 1), (Vã,-1), (-2,0), (-2, Vã), (0,1), (-2, Vã),
(V7,0), (0,0), (4,5; -2), (V1Õ, - Vã), (0, Vã), (2,3; -6).
2. Construir o triângulo, cujos vértices sáo:
(а) (0,0), (-1,5), (4,2);
(б) (Vã, 0), (4,5), (-3,2);
(c) (2 + Vã, -3), (Vã, 3), (—2,1 + Vã).
24 GEOMETRIA ANALÍTICA

3. Traçar o polígono, cujos vértices são:


(а) (-3,2), (1,5), (5,3), (1,-2);
(б) (-5,0), (-3, -4), (3, -3), (7,2), (1,6).
4. Calcular a distância entre os pontos de coordenadas:
(а) (4,1), (3,-2); (c) (0,3), (-4,1); (e) (2,-6), (2,-2);
(б) (-7,4), (1,-11) (d) (-1,-5), (2,-3); (/) (-3,1), (3,-1).
fies?.: a. y/lÕ, b. 17,c. 2 <5, d. V13, e. 4, ]. 2, vTÕ

5. Calcular os perímetros dos triângulos, cujos vértices são:


(а) (-2,5), (4,3), (7, -2); (c) (2, -5), (-3,4), (0, -3);
(б) (0,4), (-4,1), (3, -3); (d) (-1, -2), (4,2), (-3,5).
Resp.: a. 23,56; 6. 20,67; c. 20,74; d. 21,30.
6. Provar que são isósceles os triângulos de vértices:
(a) (2, -2), (-3, -1), (1,6); (c) (2,4), (5,1), (6,5);
(5) (-2,2), (6,6), (2,-2); (d) (6,7), (-8, -1), (-2, -7).
7. Provar que as figuras de vértices dados são triângulos retângulos. De­
terminar suas áreas.
(a) (0,9), (-4, -1), (3,2); (c) (3, -2), (-2,3), (0,4);
(ò) (10, 5), (3, 2), (6, -5); (d) (-2, 8), (-6,1), (0, 4).
Resp.: Áreas: a. 29, b. 29, c. 7t 5, d. 15 unidades de área.
8. Demonstrar que os seguintes pontos sâo vértices de um paralelogramo:
(a) (-1,-2), (0,1) (-3,2), (-4,-1);
(b) ( —1,-5), (2,1), (1, 5), (-2,-1);
(c) (2,4), (6,2), (8,6), (4,8).
9. Determinar as coordenadas do ponto eqüidistante de:
(a) (3,3), (6,2), (8, -2); (6) (4,3), (2,7), (-3, -8);
(c) (2,3), (4,-1), (5,2).
Resp.: a. (3, —2), b. (—5,1), c. (3, 1).
10. Provar que os pontos dados estão em linha reta. Empregar a dis­
tância entre dois pontos.
(a) (0, 4), (3, —2), (-2, 8); (c) (1, 2), (-3, 10), (4, -4);
(b) (—2, 3) (-6,1), (-10, -1); (d) (1, 3), (-2, -3), (3, 7).

11. Demonstrar que a soma dos quadrados das distâncias de um ponto qual­
quer P (x, y) a dois vértices opostos de um retângulo qualquer é igual à soma
dos quadrados de suas distâncias aos outros dois vértices. Tomar para vérti­
ces (0,0), (0, b), (a, b) e (a, 0).
12. Determinar o ponto distante 10 unidades de (-3,6), com abscissa igual
a 3.
Resp.: (3, -2), (3,14).
13. Determinar as coordenadas do ponto P (x, y) que divide o segmento
D p
Pi (®1,2/1), Pz (x2,2/2) na razão = r.
COORDENADAS RETANGULARES 25

(a) Pl(4, -3), Ps (1,4), r-y (d) P1(O,3), Ps (7,4), r- -


7
J
(&) Pi (5, 3), P2 (-3, -3), t - y (e) Ps (-5, 2) P2 (1,4), r- •

3
(c) Pi(-2,3), P2 (3, —2), r-y (/) Pi(2,- 5), Pz (6, 3), r -
4
/ 3> 32 \) ’
( / “ 47 ’ 11
C’ ( 7 )\
Resp.: a. ^2,yJ, b. f

J í 14 13 \ , 7 26
( 7 ' “ 11
7 )•
(10,7);

14. Achar as coordenadas do centro de gravidade de cada um doe triângulos,


cujos vértices são:

(а) (5,7), (1, -3), (-5,1); (c) (3,6), (-5,2), (7, -6);
(б) (2, -1), (6,7), (-4, -3); (d) (7,4), (3, -6), (-5,2);
(e) (-3,1) (2,4), (6,-2).

— • (l.f). * (4-. ■)■ '■ (f l)


- (+■»)- - (M
15. O ponto (9, 2) divide o segmento Pi (6, 8), Pz (x2,3/2) na razão r - 3/7.
Calcular as coordenadas de P2.
Resp.: (16, -12).
16. Determinar as coordenadas dos vértices de um triângulo sabendo que
os pontos médios de seus lados são (—2, 1), (5,2), e (2, —3).
Resp.: (1, 6), (9, -2), (-5, -4).
17. Determinar as coordenadas dos vértices de um triângulo, sabendo que
os pontos médios de seus lados são (3, 2), (— 1, — 2) e (5, — 4).
Resp.: (-3,4), (9,0), (1,-8).
18. Provar anallticamente que os segmentos que ligam os pontos médios dos
jados adjacentes do quadrilátero A (-3,2), B (5, 4), C(7, —6), D(—fí, —4)
formam um segundo quadrilátero, cujo perímetro é igual ã soma das diagonais do
primeiro.
19. Provar que o segmento que liga os pontos médios de dois lados de cada
triângulo do problema 14 é paralelo ao terceiro lado e igual à sua metade.
20. Dado o quadrilátero A (-2,6), B (4, 4), C (6, -6), D (2, -8),
(а) Provar que o segmento que une os pontos médios de AD e BC corta o
segmento que une os pontos médios de AB e CD.
(б) Provar que os segmentos que unem os pontos médios de lados adja­
centes do quadrilátero formam um paralelogramo.
21. O segmento que une A (-2, -1) e B (3,3) é prolongado até C, sendo
BC =* 3 AB, Determinar as coordenadas de C.
Pesp.: (18,15).
26 GEOMETRIA ANALÍTICA

22. Provar que o ponto médio da hipotenusa de um triângulo retângulo é


eqüidistante dos vértices.
Sugestão: Tomar o vértice do ângulo reto em (0,0) e os outros em (a, 0) e (0, b).
23. Em cada um dos triângulos isósceles do problema 6, provar que duas
das medianas são iguais.
24. Calcular as declividades das retas que passam pelos pontos:
(а) (3,4), (1,-2); (c) (6,0), (6, V 3); («) (2,4), (-2,4);
(б) (-5,3), (2,-3); (d) (1,3), (7,1); (/) (3,-2), (3,5).
6 1
Resp.: a. 3, b. - y, c. d. - y, e. 0, /. ®

25. Calcular as inclinações das retas que passam pelos pontos:


(a) (4,6) e (1,3); (c) (2,3) e (1,4); (e) (^3,2) e (0,1);
(ò) (2, y/S) e (1,0); (d) (3, -2) e (3,5); (/) (2,4) e (-2,4).
Resp.: a. 6 — arctg 1 — 45°. d. 6 — arctg 00 = 90°.
b. S = arctg a/"3 — 60°. e. 0 = arctg 1/a/3 = 30».
c. 6 = arctg ( — 1) = 135® /. 0 = arctg 0-0».
26. Dos conjuntos de pontos abaixo, quais estão em linha reta ? Em-
pregar coeficientes angulares.
(O) (2,3), (-4,7) e (5,8). (d) (0,5), (5,0) e (6, -1).
(6) (4,1), (5,-2) e (6,-5). (e) (a, 0), (2a, -b) e (-a, 2b).
(C) (-1, -4), (2,5) e (7,-2). U) (-2,1), (3,2) e (6,3).
Resp:.: a. Não, b. Sim, c. Não, d. Sim, e. Sim, ]. Não.
27. Demonstrar que (1, —2) pertence à reta que une os pontos (—5,1) e
(7, — 5) e é eqüidistante dêles.
28. Pelo emprêgo dos coeficientes angulares, provar que os seguintes con­
juntos de pontos são vértices de um triângulo retângulo:
(a) (6,5), (1,3) e (5, -7); (c) (2,4), (4,8) e (6,2);
(b) (3,2), (5, -4) e (1, -2); (d) (3,4), (-2, -1) e (4,1).
29. Calcular os ângulos internos do triângulo, cujos vértices são:
(a) (3,2), (5, -4) e (1, -2). flesp.: 45°, 45°, 90°.
(b) (4,2), (0,1) e (6, -1). Resp.: 109° 39,2', 32° 28,3', 37° 52,5'.
(c) (—3, -1), (4,4) e (—2, 3).fíesp.: 113° 29,9', 40° 25,6', 26° 4,5'.

30. Pela determinação dos ângulos internos, provar que os seguintes tri­
ângulos são isósceles. Verificar pela determinação dos comprimentos dos lados*.
(a) (2,4), (5,1) e (6,5) Resp.: 59*2,2', 61" 55,6', 59*2,2'.
(5) (8,2), (3,8) e (-2,2) Resp.: 50*11,7', 79*36,6', 50*11,7'.
(c) (3,2), (5,-4) e (1,-2) Resp.: 45», 45», 90».
(d) (1,5), (5,-1) e (9,6). Resp.: 63» 26', 63» 26', 53» 8'.

31. A declividade de uma reta que passa por A (3,2) é 3/4. Localizar dois
pontos dessa reta, situados a 5 unidades de A.
Resp.: (7,5), (-1,-1).
COORDENADAS RETANGULARES 27

32. O ângulo formado pela reta que passa por (—4, 5) e (3, y) com a que
passa por (—2,4) e (9,1) mede 135°. Calcular o valor de y. Resp.: y — 9.
33. A reta L2 faz um ângulo de 60° com a reta Li, cujo coeficiente angular
é 1. Calcular o coeficiente angular de L2*
Resp.: —(2 4- V^ã).
34. Calcular a declividade de uma reta que faz um ângulo de 45° com a que
paBsa por (2, — 1) e (5,3).
Resp.: mi « — 7.

35. Achar a equação da reta que passa pelo ponto (2, 5), formando um ân­
gulo de 45° com a reta x — 3y + 6 — 0.
Resp.: 2x — y 4 1 ■» 0.

36. Calcular as áreas dos triângulos, cujos vértices são:


(a) (2, -3), (4,.2) e (-5, -2). Resp.: 18,5 unidades de área.
(ò) (-3,4), (6,2) e (4,-3). Resp.: 24,5
(c) (—8,—2), (—4, —6)e(—1, 5). Resp.: 28
(d) (0,4), (-8,0) e (-1, -4). Resp.: 30
(e) (V2, 2), (-4, 6) e (4, -2<2). Resp.: 7^2-2 = 7,899
W (-7,5), (1,1) e (-3,3). Resp.: 0. Justificar a resposta.
(a) (a, & + c), (6, c 4- a) e (c, a + ô). Resp.: 0.

37. Calcular as áreas dos polígonos, cujos vértices são:


(a) (2,5), (7,1), (3, — 4) e (—2,3). Resp.: 39,5 unidades de área
(b) (0,4), (1, -6), (-2, -3) e (-4,2). Resp.: 25,5
(c) (1,5), (—2,4), (-3, -1), (2, -3) e (5,1).
Resp.: 40
38. Provar que os segmentos que unem os pontos médios dos lados de cada
um dos triângulos do problema 36 dividem-nos em quatro outroB de áreas iguais.
Capítulo 2

EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO

Os dois problemas fundamentais da geometria analítica


são:
1. Dada uma equação, determinar o lugar geométrico corres­
pondente.
2. Dado um lugar geométrico, definido por uma condição geo­
métrica, determinar a equação correspondente.

Lugar geométrico ou gráfico de uma equação com duas


variáveis é a curva ou a reta que contém todos os pontos, e sòmente
êsses pontos, cujas coordenadas satisfazem à equação.

Muitas vêzes, antes da representação gráfica de uma equação,


convém deduzir de sua forma algumas propriedades da curva, tais
como as coordenadas à origem, a simetria e a extensão do lugar.

Coordenadas* à origem. As coordenadas à origem de uma


curva são os segmentos orientados (positivos ou negativos), medidos
da origem aos pontos de interseção da curva com os eixos coordenados.
Para determinar a abscissa à origem, fazemos y = 0 na equação
considerada e resolvemo-la em relação a x. Anàlogamente, para de­
terminar a ordenada à origem, fazemos x = 0 na equação e resolve­
mo-la em relação a y.
Assim, na equação y2 + 2x = 16, para y = 0, temos x =• 8;
para x = 0, temos y = ± 4. Portanto, a abscissa-à-origem é 8 e as
ordenadas à origem são 4 e — 4.
Simetria. Dois pontos são simétricos em relação a uma reta,
quando esta é a mediatriz do segmento que os une. Dois pontos são
EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO 29

simétricos em relação a um terceiro, quando êste é o ponto médio


do segmento que une os dois primeiros. Segue-se que:
1. Quando uma equação não se altera pela substituição de x por
— x, o gráfico é simétrico em relação ao eixo dos y. A cada valor de
y, nessa equação, correspondem dois valores de x de mesmo módulo
e sinais contrários.
Exemplo: x2 — + 12 - 0 ou x = ± 6y — 12.
2. Quando uma equação não se altera pela substituição de y por
— y, o gráfico é simétrico em relação ao eixo dos x.
A cada valor de x, nessa equação, correspondem dois valores y de
mesmo módulo e sinais contrários.
Exemplo: y2 — 4z — 7 = 0 ou y = \/±x + 7.
3. Quando uma equação não se altera pela substituição simultânea
de x por — x e de y por — y, o gráfico é simétrico em relação à origem.
Exemplo: x* + x + yz = 0.
Extensão. Os valores de uma das variáveis, que correspondem
a valores imaginários da outra, devem ser excluídos.
Consideremos a equação y2 = 2x — 3 ou y = ± \/ 2x — 3. Para
x < 1,5 verificamos que 2x — 3 é negativo e y, imaginário. Por
isso, nenhum valor de x menor que 1,5 pode ser utilizado e a curva
se situa inteiramente à direita da reta x = 1,5.
Resolvendo-a em relação a x, obtemos x = 2~ * Como
qualquer vajor de y produz um valor real de x, nenhum valor de y
deve ser excluído e o lugar geométrico se estende ao infinito; o valor
absoluto de y cresce, enquanto o de x também cresce, a partir de
x = 1,5.
PROBLEMAS RESOLVIDOS

Lugar geométrico de uma equação dada.


1. Discutir e representar gràficamente o lugar geométrico da elipse
+ 162/* - 144.
Solução. Coordenadas à origem. Para y — 0, temos x — ± 4. Para
x — 0, temos y — ± 3. Portanto, as abscissas à origem são + 4 e — 4; as orde­
nadas à origem são + 3 e - 3 (Fig. 23)
Simetria. Como a equação contém sòmente potências pares de x e y, a curva
é simétrica em relação aos eixos e, por conseqüência, em relação à origem. Por­
30 GEOMETRIA ANALÍTICA

tanto, basta representar gràficamente a parte da curva situada no primeiro qua-


drante e traçar o resto por simetria.
Extensão. Resolvendo a equação proposta, obtemos
y - ±V16 - x2, x - V9 - y*.

Quando x tem valor absoluto superior a 4,16 — x2 é negativo e y é imaginário.


Portanto, x não pode receber nenhum valor maior do que 4 nem menor do que
— 4, ou seja, 4 > x > — 4. Anàlogamente, y não pode receber valores maiores
do que 3 nem menores do que — 3, isto è, 3 > y > — 3.

Fig. 23 Fig. 24

2. Discutir e construir o gráfico da parábola y2 — 2y — 4x + 9 • 0.


Solução. Resolveremos a equação dada por intermédio da fórmula
— b ± \Zb2 — 4ac
V--------------- ----------------
Fazendo a — 1, b - — 2, c — — 4x + 9, resulta
y - 1 ±2 Vx - 2. d)
Tirando o valor de x, vem
V2 - 2y + 9
x ■■ • (2)

Coordenadas à origem. Para y — 0, temos x — 9/4. Para x — 0, y é imagi­


nário (1 ± 2 V- 2). Portanto, a abscissa à origem é 9/4 e não existe ordenada
à origem.
Simetria. A curva não é simétrica em relação a nenhum dos eixos nem à
origem (Fig. 24).
Há simetria em relação à reta y — 1, pôsto que cada valor de x fornece
dois valores de yt um dos quais é muito maior do que 1, enquanto o outro é
menor do que 1.
EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO 31

Extensão. De (1) concluímos: Para x < 2, x — 2 é negativo e y é imaginário.


Logo, x não admite valores inferiores a 2.
De (2): Como qualquer valor de y produz um valor real de x, nenhum valor
de y deve ser excluído.

X 2 9/4 3 4 5 6

y 1 0,2 3, - 1 3,8; - 1,8 4,5; -2,5 5,-3

3. Discutir e construir o gráfico da hipérbole xy — 2y — x ■■ 0.


Solução. Coordenadas à origem. Para x — 0; y — 0; e para y ■■ 0, x — 0.
Simetria. A curva não é simétrica
em relação aos dois eixos coordenados
nem à origem (fig. 25).
Extensão. Resolvendo a equação da-
x
da em relação a yt obtemos y “------ —•
x —Â
Para x — 2, o denominador x — 2 se
anula e y se toma infinito.
Resolvendo-a em relação a x, obte-
2v
mos x — V “ 1, o-deno­

minador y — 1 se anula e x se toma


infinito.
Nenhum valor de qualquer das va­
riáveis tomará o da outra imaginário.

X 0 1 li li 2 2i 2i 3 4 5 -1 -2 -3 -4

y 0 -1 -3 -7 00 9 5 3 2 1,7 0,3 0,5 0,6 0,7

Quando x tende para o valor 2 pela esquerda, y tende para o infinito negativo.
Quando x tende para o valor 2 pela direita, y cresce indefinidamente. Os dois
ramos da curva se aproximam indefinidamente da reta x —2, tangenciando a reta
em ± 00. A reta x — 2 — 0 é uma assíntota vertical da curva.

E que acontece quando x tende para infinito ? Consideremos y — ------ r* —


x—2
1 2
“------ 2 • Quando x cresce ou decresce indefinidamente, — tende para zero
1 x
e y tende para 1. A reta y — 1 — 0 é uma assíntota horizontal.
4. Discutir e representar gràficamente x*y — 4y + x — 0.
Solução. Coordenadas à origem.
Para x = 0, temos y — 0.
Para y = 0, temos x =» 0.
32 GEOMETRIA ANALÍTICA

Simetria. A substituição de x por - x e y por — y conduz a - z?y + 4y -


— x — 0, equação que multiplicada por — 1 volta à forma original. Por conse­
guinte, a curva é simétrica em relação à origem; maB não é simétrica em relação
aos eixos (Fig. 26).
Extensão. Resolvendo a equa­
ção em relação a yt obtemos
x ______ x_______
V~ 4 - x2 “ (2 — x) (2 + x)

As assíntotas verticais são


i-2 = 0ei + 2=0.

Resolvendo-a em relação a x
pela fórmula da equação do segun­
do grau, obtemos

- 1 ± V 1 + 16y2
2y
A assíntota horizontal é y =■ 0.

Nenhum valor de qualquer das duas variáveis tomará o da outra imaginário.

X -4 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 0 1 1,5 2 2,5 3 4

y 0,3 0,6 1,1 00 -0,9 -0,3 0 0,3 0,9 00


-1,1 -0,6 -0,3

5. Representar gràficamente o lugar geométrico de x2—x+xy+y —


— 2y2 — 0 .
Solução. As vêzes uma equa­
ção pode ser fatorada e, nesse
caso, seu lugar geométrico será
constituído pelos lugares geomé­
tricos dos diferentes fatôres.
Visto que a equação propos­
ta pode ser assim fatorada:
(x - y) (x + 2y - 1) = 0,
seu lugar geométrico (Fig. 27) são
as duas retas concorrentes
x —y =0 e s 4- 2y — 1 = 0.

6. Determinar os pontos reais, se houver, nos gráficos das seguintes equações:


a. (x + 4)2 + (y - 2)2 = - 5. d. x2 + 2y2 - 6® + 11 = 0.
b. x2 + y2 = 0. e. (x2 - 4y2)2 + (x + 3í/ - 10)2 = 0.
c. x2 + j/2 - 8x + 2j/ + 17 - 0. ]. x* + (2» - l)x - (6* + 5)y - 1 - 0.
EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO 33

Soluções, a. Como o quadrado de qualquer número real é positivo, tanto


(x 4- 4)2 como (y — 2)2 são positivos e a equação não pode ser satisfeita por quais­
quer valores reais de x e de y.
b. Ê evidente que o único ponto real que satisfaz a esta equação é (0, 0).
c. Dispondo os têrmos de modo diferente, obtemos (x2 — 8x 4- 16) 4-
+ (y2 + 2y -f- 1) = 0ou(x - 4)2 4- (j/ 4- l)2 = 0. Então,z - 4 = Qey 4-1 = 0,
donde x = 4 e y = —1 . Portanto, o único ponto real do gráfico é (4, — 1).
d. Dispondo de modo diferente, vem x2 — 6x 4- 9 4- 2y2 4- 2 = 0 ou
(x — 3)2 4- 2j/2 4- 2 — 0. Como (x — 3)2, 2y2 e 2 são positivos para quaisquer
valores reais de x e de y, a equação proposta não se verifica para valores reais
ôexey.
e. A equação é satisfeita por valores de x e de y que anulam x2 — 4j/2 e x 4-
4- 3y — 10, simultâneamente. Resolvendo as equações x2 — 4y2 — 0 e x 4- 3y —
— 10 = 0, em relação a x e y, obtemos (4, 2) e (— 20,10), coordenadas de pontos
reais do lugar.
j. Grupando os têrmos reais e os imaginários, vem (x2 — x — 5y — 1) 4-
4- 2i(x — 3y) = 0. Esta equação é satisfeita pelos valores de x e de y que anu­
lam x2 — x — 5y — 1 e x — 3yt simultâneamente. Resolvendo x2 — x — 5y —
— l=0ez — 3?/ = 0em relação a x e y, obtemos (3,1) e (— 1/3, — 1/9), coor­
denadas dos únicos pontos reais do lugar.

7. Resolver o seguinte par de equações simultâneas gràficamente e, em se­


guida, verificar os resultados, resolvendo-as algèbricamente.
xy = 8 (1)
x - y 4- 2 = 0 (2)
8
Solução. Resolvendo (1) em relação a y, obtemos y = —• Para x = 0,
x
y é infinito.
g
Resolvendo (1) em relação a xf obtemos x — —. Para y « 0, x é infinito.

Então, y — 0 é uma assíntota horizontal e x — 0 é uma assíntota vertical.

X 0 1 2 3 4 -1 -2 -3 -4

y CO 8 4 8/3 2 -8 -4 -8/3 -2

A equação (2) representa uma linha reta, cujas interseções com os eixos são
(—2,0) e (0,2).
Do gráfico (fig. 28) deduzimos as soluções (— 4, — 2) e (2, 4).
Solução Algébrica. De (2) tiramos y = x 4- 2.
Substituindo em (1), vem x(x 4- 2) = 8 ou x2 4- 2x — 8 — 0.
Fatorando, (x 4-4) (x — 2) = 0. Donde x — — 4 e z ■ 2.
Como y =« x 4* 2, temos y = — 2 para x = — 4 e y — 4 para x — 2.
34 GEOMETRIA ANALÍTICA

8. Resolver o seguinte par de equações simultâneas gràficamente e, em se­


guida, verificar os resultados analiticamente.

4a;2 + y2 = 100 (1)

9x2 - y2 = 108 (2)

Fig. 29

Solução. Cada uma das curvas é simétrica em relação aos dois eixos e à
origem.
Resolvendo (1) em relação a y, obtém-se y — ± v 100 — 4x2. Portanto,
x não pode admitir valor algum maior que 5 nem menor que — 5.

Resolvendo (1) em relação a x, obtém-se x — ■ y- • Portanto y


2
não pode receber valor algum maior que 10 ou menor que — 10.

X 0 ±i ±2 ±3 ±4 ±5

y ±10 ±9,8 ±9,2 ±8 ±6 0

Resolvendo (2) em relação a y, obtém-se y — ± 3 y/ x? — 12. Portanto,


x não pode receber nenhum valor entre y/ 12 e — y/ 12.

Resolvendo (2) em relação a x, obtém-se x — • Portanto,


o
y admite qualquer valor.

X ±V12 ±4 ±5 ±6

y 0 ±6 ±10,8 ±14,7

Consultando o gráfico (Fig. 29), encontramos as soluções (4, ±6), (— 4, ± 6).


EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO 35

Solução Algébrica 4x2 4- y2 — 100


9x2 -y2 = 108
13^ = 208’ x2 = 16 e x = =fc 4.
y2 = 9x2 - 108 = 144 - 108 = 36 e y = ± 6.

Equação de um lugar geométrico dado.


9. Achar a equação das retas que
(а) dista 5 unidades à esquerda do eixo dos y.
(б) dista 7 unidades acima do eixo dos x.
(c) dista 10 unidades à direita da reta x 4- 4 = 0.
(d) dista 5 unidades abaixo da reta y = 2.
(e) são paralelas à reta y 4- 8 — 0 e distam 6 unidades de (2, 1).
(/) são perpendiculares à reta y — 2 = 0 e distam 4 unidades de (— 1, 7).
Soluções.
a. x = — 5 ou x 4- 5 = 0. É a equação da reta paralela ao eixo
dos yt que dista 5 unidades à sua esquerda.
b. y ^7 ouy - 7 = 0. É a equação da reta paralela ao eixo dos x,
situada 7 unidades acima dêle.
c. x = — 4 4-10 ou x - 6. É a equação da reta situada 10 unidades à
direita de x 4- 4 = 0. Trata-se de uma paralela ao eixo dos y, situada 6 unidades
ã sua direita.
d. y « 2 — 5 ou y = — 3. Esta é a equação da reta situada 5 uni­
dades abaixo da reta y — 2 = 0. Trata-se de uma paralela ao eixo dos x, a 3
unidades abaixo dêle.
e. Como a reta y 4- 8 = 0 é paralela ao eixo dos x, cada uma das
retas procuradas é também paralela ao eixo dos x e encontra-se 6 unidades aci­
ma ou abaixo da reta y = 1. Temos então ?/=l±6oui/ = 7ei/ = — 5.
/. Como a reta y — 2 = 0 é paralela ao eixo dos x, cada uma das
retas pedidas é paralela ao eixo dos y e encontra-se 4 unidades à direita ou à es­
querda da reta x = — 1. Temos então x — — 1 ± 4 ou x = 3 e x — — 5.
10. Determinar a equação da reta
(a) paralela ao eixo dos x e distante 5 unidades do ponto (3, — 4).
(ò) eqüidistante das retas x4-5 = 0ex - 2 = 0.
(c) cuja distância à reta y—9=0 é o triplo da distância à reta y 4-2 = 0.
Soluções. Seja (x, y) um ponto qualquer da reta procurada.
(o) y “ — 4 d= 5, ou y = 1 e y = — 9.
(&) - 1, ou x - ~ 5 +2 - - ou 2z + 3 - 0.
2 — x 2 2

(c) ± — • Simplificando, temos 4y — 3 = 0 e 2y 4- 15 = 0.


9 -y 3
36 GEOMETRIA ANALÍTlCÀ

Para a reta 4?/ — 3 «■ 0, que está situada entre as retas dadas, a razão é .
3
Para a reta 2y 4- 15 ■» 0, que se encontra abaixo das retas dadas, a razão é ——.
3
11. Deduzir a equação do lugar geométrico de um ponto móvel P(x,y),
que se mantém.eqüidistante dos pontos A(— 2, 3) e B(3, —1).
Solução.
PA - PB, ou V(x + 2)2 + (V -3)» - V(x-3)2 + (y + l)2.
Elevando ao quadrado e simplificando, obtemos lOx — 8y 4- 3 — 0. Esta é
a equação da mediatriz do segmento que liga os dois pontos.

12. Achar a equação da reta.


(а) de coeficiente angular 2/3, que passa pelo ponto 4, 5).
(б) que passa pelos pontos (3, — 1) e (0, 6).
Solução.
Seja (xt y) um ponto qualquer da reta considerada.

A declividade da reta que passa pelos pontos (xi, yi) e (xz, yi) é igual a ——— •
®2 —
а. O coeficiente angular da reta determinada por (— 4,5) e (xt y) é 2/3.
Então, í ----- ■■ —. Simplificando^ vem 2x — 3y + 23 — 0.
X 4-4------3
5. A declividade ou coeficiente angular da reta determinada por (3, — 1)
e (0, 6) é igual ao coeficiente angular da reta que passa por (0,6) e (x, y).
Então, -5-Í-L » V . Simplificando, vem 7x + 3y — 18 — 0.
0-3 x-0

13. Achar a equação da reta que


(а) passa por (2, — 1) e é perpendicular à reta determinada por (4, 3)
e (-2,5);
(б) passa por (—4, l)eé paralela à reta determinada por (2,3) e (—5,0).
Soluções, a. Os coeficientes angulares de duas retas perpendiculares são
recíprocos e de sinais contrários. Temos, pois,
5—3 1
Coeficiente angular da reta que passa por (4,3) e (— 2,5) — —-------- -------- .
—2 — 4 3

Coeficiente angular da reta procurada — inverso de —— com o sinal tro-


3
cado — 3.
Seja (x, y) um ponto qualquer da reta, cuja equação se pede. Então o coe­
ficiente angular dessa reta, que passa por (x, y) e (2, — 1) vale v +-- • 3.
x-2
Simplificando, vem 3x — y — 7 — 0.
б. Os coeficientes angulares de duas paralelas são iguais.
Seja (x, y) um ponto qualquer da reta procurada.
ÈQUAÇAO E LUGAR GEOMÉTRICO 37

Coeficiente angular da reta que passa por (2, 3) e (— 5,0) — coeficiente an­
gular da reta que passa por (xt y) e ( — 4,1).
Então, 3 ~~-9. — y 1- . Simplificando, vem 3x — 7y 4- 19 —0.
2 4~ 5 x 4" 4

14. Um ponto P(xt y) se desloca de tal modo que sua distância a C(2, — 1) é
sempre igual a 5. Determinar a equação do lugar geométrico descrito.
Solução. A distância PC - 5 ou V (x — 2)2 + (y 4- l)2 - 5.
Elevando ao quadrado e simplificando, resulta x2 4- y2 — 4x4- 2y 20,
que é a equação procurada.
O lugar geométrico é uma circunferência com centro em (2, — 1) e raio igual a 5.
15. Um ponto P (x, y) se move de modo que a soma dos quadrados de suas
distâncias a A(0,0) e B(2, — 4) é sempre igual a 20. Deduzir a equação do lugar
geométrico descrito.
Solução.
(PÃj2 + (PB)2 - 20 ou z2 + y1 + [(z - 2)2 + (y + 4)2] = 20.
Simplificando, vem 3? + y* — 2z + 4y ■» 0. Ê esta a equação de uma cir-
cunferência com o diâmetro AB.
16. Um ponto P(x, y) se move de modo que a soma de suas distâncias aos
eixos coordenados é igual ao quadrado de sua distância à origem. Determinar a
equação do lugar gerado pelo ponto.
Solução. Distância de P (x, y) ao eixo dos y 4- distância ao eixo dos x —
quadrado da distância a (0,0).
Temos, pois, x 4- y ■■ ®2 4- y2 ou x2 4- y1 — x — y - 0. Esta é a equação
de uma circunferência de centro ( —, — e raio •
\ 2 2 / 2
17. O ponto P (x, y) se mòve de modo que a razão de sua distância à reta
y — 4 _ 0 para sua distância ao ponto (3,2) é igual a 1. Determinar a equação
do lugar geométrico.
Solução.
Distância de P(x, y) a y - 4 « 0 _ ~ ________ 4 — y________ __
Distância de P(x, y) a (3,2) ou (x - 3)2 4- (y - 2)2 "

Elevando ao quadrado e simplificando, obtemos (4— j/)2 « (x — 3)2 4-


4- (y — 2)2 ou x2 — 6x + 4y — 3 - 0.
Esta é a equação de uma parábola.
18. Dados dois pontos Pi (2,4) e Pj (5, — 3), determinar a equação do lu­
gar dos pontos P(x, y), sabendo que o coeficiente angular de PPi tem uma uni­
dade mais que o coeficiente angular de PPz.
Solução. Declividade de PPi — declividade de PPz 4-1 ou
y - 4 _ y 4-3 , x
x —2 x —5
Simplificando, resulta x2 4- 3y — 16 “ 0, que é a equação de uma parábola.
38 GEOMETRIA ANALÍTICA

19. Deduzir a equação do lugar geométrico de um ponto móvel P (xf y), cuja
distância ao ponto F (3, 2) é sempre igual a sua distância ao eixo dos y.
Solução.
PF - x, ou y/(x - 3)2 + (y — 2)2 - x, ou x2 — 6x + 9 + t/2 — 4y + 4 = x2.
Simplificando, resulta y2 — 4y — §x + 13 = 0, que é a equação de uma
parábola.
20. Um ponto P (x, y) se desloca de tal modo que a diferença de suas dis­
tâncias a Fi (1, 4) e F2 (1, — 4) é sempre igual a 6. Instituir a equação de seu lugar
geométrico.
Solução.
PFi - PF2 - 6, ou V(x - l)2 + (y -4)2 - V/(x-l)2 + (» + 4)2 = 6.
Transpondo um dos radicais para o segundo membro, vem
V(x- l)2 + (y- 4)2 = 6 + v/(z — l)2 + (y + 4)2.
Elevando ao quadrado,
x2 - 2x + 1 + y2 - 8y + 16 = 36 + 12 V (z - l)2 + (y + 4)2 +
+ x2 - 2x + 1 + y2 + 8y + 16.
Simplificando, vem
4!/ + 9 = - 3 V (z - l)2 + (2/ + 4)2.
Elevando ao quadrado,
16//2 + 72y + 81 = 9z2 - 18x + 9 + 9i/2 + 72t/ + 144.
Simplificando: 9x2 — 7y2 — 18s + 72 = 0, equação de uma hipérbole.

PROBLEMAS PROPOSTOS

Lugar geométrico de uma equação dada.


Discutir e representar gràficamente cada uma das seguintes equações:
1. x2 + 2x — y + 3 = 0
2. 4x2 - 9t/2 + 36 = 0
3. x2 + y2 - 8z +Ay - 29 = 0
4. 2x2 + 3?/2 - 18 = 0
5. 3z2 + 5y2 = 0
6. 4?/2 — x3 — 0
7. (xy - 6)2 + (z2 4- 3xy + y2 + 5) = 0
8. Sy - x3 = 0
9. y2 = x (x — 2) (x + 3)
10. y = x(x + 2) (x — 3)
11. (x2 + 2xy - 24)2 + <2x2 + y2 - 33)2 = ü
12. x2y + 4y — 8 = 0
13. x2y2 + 4x2 - 9z/2 = 0
EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO 39

14. x2 + y2 + 4x - fry + 17 = 0
15. 2x2 + y2 - 2y2i + x2i - 54 - 17i = 0
16. y(x + 2) (x - 4) - 8 = 0
17. x2 + xy - 2y2 — 3x 4- 3t/ = 0
18. (x2 - y) - yi = (5 - 2x) + 3 (1 - x)i.
Fazer a representação gráfica dos seguintes pares de equações simultâneas e
determinar as respectivas soluções. Verificar os resultados, pela resolução al-
gébrica.
19. y = x2, x — y + 2 = 0. Resp.: (2,4), (- 1,1).
20. iy - x2 = 0,
x2y + 4y — 8 = 0. Resp.: (2, 1), (— 2, 1); as outras são ima­
ginárias.
21. x2 + y2 - 20 = 0,
y2 - 2x - 12 = 0. Resp.: (2, ±4), (— 4, ± 2).
22. y2 - 2x - 5 = 0,
3i2 - 2y2 - 1 = 0. Resp.: (2,7, ± 3,2), (- 1,4, ± 1,5).
23. y2 - 4x - 9 = 0,
x2 + 2y - 6 = 0. Resp.: (-2,1), (-2,1) (4, -5), (0,3).
24. 2x2 + y2 - 6 = 0,
x2 — y2 — 4 = 0. Resp.: Imaginárias.
25. 2x2 - 5xy + 2y2 = 0,
x2 + y2 - 5 = 0. Resp.-. (2, 1) (- 2, - 1), (1,2), (-1,-2)
26. x2 - y2 + x - y = 0,
x2 - 2xy - 3x + Qy = 0. Resp.: (3, - 4), (-2/3, - 1/3), (3,3), (0,0).

Equação de um lugar geométrico dado.


27. Determinaras equações das linhas retas
(a) situada a 3 unidades à direita do eixo dos y.
Resp.: x — 3 = 0.
(b) situada a 5 unidades abaixo do eixo dos x.
Resp.: y 4- 5 = 0.
(c) paralela ao eixo dos y e a 7 unidades de (— 2,2).
Resp.: x — 5 = 0, z + 9 = 0.
(d) situada 8 unidades à esquerda da reta x = - 2.
Resp.: x 4- 10 = 0.
(e) paralela ao eixo dos x e a meia distância entre os pontos
(2, 3) e (2,-7).
Resp.: y 4-2 =0.
(J) cuja distância à reta x=3 é o quádruplo da distância à reta x = — 2.
Resp.: 3x 4" 11 — 0, x 4" 1 = 0.
(g) que passa pelo ponto (— 2, — 3) e é perpendicular à reta x — 3 = Q.
Resp.: y 4- 3 = 0.
(h) eqüidistante dos eixos coordenados.
Resp.: y — x ** 0, y 4- 3 ® 0.
40 GEOMETRIA ANALÍTICA

(i) que passa pelo ponto (3, — 1) e é paralela à reta y 4- 3 = 0.


Resp.: y + 1 — 0.
Ü) eqüidistante das retas y-7 = 0ej/ + 2"0.
Resp.: 2y — 5 — 0.
28. Um ponto P(xy) se move de tal modo que sua distância a (— 2, 3) é
igual a 4. Achar a equação de seu lugar geométrico.
Resp.: x2 + y2 + 4x — Qy — 3 = 0.
29. Deduzir a equação do lugar geométrico de um ponto P(x,y) que se move
de tal modo que se mantém sempre eqüidistante dos pontos (— 3, 1) e (7, 5).
Resp.: 5x + 2t/ — 16 = 0.
30. Um ponto P(x,y) se move de tal modo que sua distância a (3,2) é sem­
pre a metade do sua distância a (— 1,3). Achar a equação de seu lugar geométrico.
Resp.: 3®2 4- 3y2 - 26® - l(ty 4- 42 = 0.
31. Deduzir a equação do lugar geométrico dos pontos P(xf y) que se move
de modo que sua distância a (2, 3) é sempre igual a sua distância à reta x + 2 = 0.
Resp.: y2 — 8® — Qy 4- 9 = 0.
32. Deduzir a equação da circunferência com seu centro em (3, 5) e tangente
à reta y — 1 = 0.
Resp.: x2 + y2 — 6® — 10y + 30 = 0.
33. Deduzir a equação do lugar geométrico de um ponto a soma de cujas
distâncias de (c, 0) e (— c, 0) é sempre igual a 2a, (2a > 2c).
Resp.: (a2 — c2) x2 4- a2y2 = a4 — aV.
34. Deduzir a equação do lugar geométrico dos pontos P(x, y), sabendo que
a soma de suas distâncias a (2, 3) e (2, — 3) é sempre 8.
Resp.: 16®2 4- 7y2 - 64® - 48 = 0.
35. Deduzir a equação do lugar geométrico descrito por um ponto, sabendo
que a diferença de suas distâncias a (3,2) e (— 5, 2) é 6.
Resp.: 7®2 — 9t/2 + 14® + 36y — 92 = 0.
36. Um ponto se desloca de modo que sua distância à reta y 4- 4 = 0 equi­
vale a dois terços de sua distância ao ponto (3, 2). Achar a equação do lugar
assim gerado.
Resp.: 4®2 - 5y2 - 24® - 88y - 92 = 0.
37. Deduzir a equação do lugar geométrico descrito por um ponto, cuja
distância a (— 2,2) é sempre o triplo de sua distância à reta ® — 4 ■» 0.
Resp.: 8®* - i/2 - 76® + 42/ 4- 136 = 0.
38. Deduzir a equação do lugar geométrico descrito por um ponto, consi­
derando que a soma dos quadrados de suas distâncias aos eixos coordenados é 9.
Resp.: ®2 4" l/2 “ 9.
39. Instituir a equação da mediatriz do segmento definido pelos pontos
(-3,2) e (5,-4).
Resp.: 4® - 3y - 7.
EQUAÇÃO E LUGAR GEOMÉTRICO 41

40. Deduzir a equação do lugar geométrico de um ponto móvel que se man­


tém sempre a 3 unidades da origem dos eixos coordenados.
Resp.: x2 4- y2 - 9.
41. Deduzir a equação da circunferência de centro em (2,3), que passa pelo
ponto (5, — 1).
Resp.: x2 + y2 — 4® — Qy — 12 = 0.
42. Dão-se os pontos -4(0, — 2), B(0, 4) e C(0, 0). Achar a equação do
lugar geométrico gerado pelo ponto P(®, y)f sabendo que o produto dos coefici­
entes angulares de PA e PB é igual ao coeficiente angular de PC.
Resp.: y2 — xy — 2y — 8 = 0.
43. Um segmento retilíneo de 12 unidades de comprimento se desloca de
modo que seus extremos se encontram sempre sôbre os eixos coordenados. Achar
a equação do lugar geométrico descrito por seu ponto médio.
Resp.: x2 4- y2 — 36.
44. Dão-se os pontos A(—2, 3) e B (3,1). Determinar a equação do lugar
geométrico descrito por P(®, y)t sabendo que o coeficiente angular de PA é o in­
verso do coeficiente angular de PB, com o sinal contrário,
Resp.: x2 4- y2 — x — 4y — 3 — 0,
Capítulo 3

LINHA RETA

Uma linha reta é representada por uma equação do primeiro


grau com duas variáveis. Reciprocamente, o lugar geométrico de
uma equação do primeiro grau com duas variáveis é uma linha reta.
Uma linha reta fica completamente determinada quando se co­
nhecem sua direção e um de seus pontos.
Equação das retas que passam por um ponto dado. A
equação das retas que passam pelo ponto Pi (xl9 yr) é
y - yi = m(x - ,
onde m designa o coeficiente angular.

Equação reduzida da linha reta. A equação da reta de


coeficiente angular m e ordenada à origem b é
y = mx + b.
Equação da reta que passa por dois pontos dados. A
equação da reta que passa pelos pontos Pi (xn y^ e P2 (x2,2/2) é

—---- = . (Forma dos dois pontos)


X x2

Equação da reta, dadas as coordenadas à origem. A


equação da linha reta, cujas interseções com os eixos dos x e dos y são
respectivamente (a,0) e (0, b) é
X V
-----1- — “ 1- (Forma segmentária)
a----- b
Forma geral. Tôda equação do primeiro grau em x e y pode
ser reduzida à forma Ax + By + C = 0, onde A, B e C são constan­
LINHA RETA 43

tes arbitrárias. De uma equação nessa forma, deduzimos: coefici­


ente angular m = —jr e ordenada à origem b = —

Equação normal de uma linha reta. Uma linha reta fica


completamente determinada quando se conhecem o comprimento da
perpendicular a ela, tirada da origem
(0, 0), e o ângulo dessa perpendicular
com o eixo dos x (inclinação).
Seja AB a reta dada (Fig. 30).
Tracemos ON, normal a AB.
A distância p, de O até AB, é
considerada positiva para todas as
posições de AB e w é o ângulo, de 0o
a 360°, que ON faz com OX (semi-
-eixo positivo).

Sejam (x^, yj as coordenadas do ponto C., Temos, então,


Xi = p cos w, yi = p sen co e
coeficiente angular de AB =---- —í— = — cotgü)t COS w
=-----------
tgu sen w
Considerando agora um outro ponto (x, y) de AB, teremos, de
acôrdo com a forma da equação das retas que passam por um ponto,
y — 2/i = — cotg w (x — Xi), ou y — p sen w = —C0S (x — p cos w).
sen cu
Simplificando, vem x cos w + y sen w — p = 0, que é a forma
normal da equação de uma linha reta.

Redução à forma normal. Dadas a forma geral Ax +


+ By + C = 0 e a forma normal x cos w + y sen o> — p = 0, referi­
das à mesma reta, os coeficientes dos têrmos semelhantes nas duas
equações são iguais ou proporcionais.

Temos, portanto, —— = ——— = —= k, onde k é o va­


lor da razão constante.

Então, cos co = kA, sen w = kB, —p = kC. Elevando ao qua­


drado e somando membro a membro as duas primeiras igualdades
obtemos
44 GEOMETRIA ANALÍTICA

cos2w + sen2w = fc2(A2 + B2), ou 1 = fc2(.42 + B2), donde


fg — 1
_______
± \/A2 + B2
Substituindo k por seu valor, teremos
A B
cosw = sen w =-------? ,
± VA2 + B2 ’ ±\/A2 + B2
C
“ P ~ ± a/A2 + B2 ’
Portanto, a forma normal de Ax + By + C = 0 é
A
,---------- - X + ------ B y +------ C = 0,
±\/A2 + B2 ±a/^2 + B2 ±y/A2 + B2
onde o sinal a adotar antes do radical deve ser contrário ao de C.
Quando C = 0, o sinal do radical deverá concordar com o de B.
Distância de uma reta a um ponto. Para determinar a
distância d da reta L ao ponto Pi y±) tira-se por êste ponto uma
paralela a L. Seja Li essa paralela (Fig. 31).
A equação de L é x cos w +
+ ?/sen ü) — p = 0 e a de Li é x cos a> +
+ y sen w — (p+d) — 0, visto que as
retas são paralelas.
Como as coordenadas de Pi verifi­
cam a equação de Lx, podemos escrever:
Xi cos w + 2/1 sen w — (p + d) = 0.
Donde
d = Xi cos w + y\ sen w — p.
Se Pi e a origem estiverem em lados opostos da reta L, a distân­
cia d será positiva; se estiverem do mesmo lado da reta L, d será nega­
tiva.
PROBLEMAS RESOLVIDOS
1. Deduzir a equação da reta que passa pelo ponto P\ (®i, yi), cujo coefi­
ciente angular é m (ver Fig. 32).
Solução. Seja P(x, y) outro ponto qualquer da reta. O coeficiente an­
gular m da reta que passa por (x, y) e (x\> yi) é
m = yi f donde y — yi = — ®i).
x — Xl
LINHA RETA 45

2. Formar a equação da reta de coeficien­


te angular mt cuja interseção com o eixo dos
y é (0, ò).
Solução. «Seja P (z, y) outro ponto qual­
quer da reta. O coeficiente angular m da reta
que passa por (z, y) e (0, b) é m = ——
z —0
Donde, y — mx + b.
3. Escrever a equação da reta (a) que
passa por (—4, 3), com coeficiente angular-i;
2
(&) que passa por (0, 5), com coeficiente an-
Q
guiar — 2; (c) que passa por (2, 0), com uma declividade de—•
4
Soluções. Seja P(z, y) um outro ponto de cada uma das retas. Sirvamo-
-nos da forma y — yi — m (z — zi).

a. y — 3 »- — (z 4- 4), donde 2y — 6 « z + 4 ou z —2y 4-10-0.


2
b. y-3*■ — 2 (z — 0), donde y — 6 — — 2z ou 2z 4- y — 5 — 0.
Esta equação pode ser obtida diretamente, operando-se a substituição em
y — mx 4- ò. Assim, y — — 2z 4- 5 ou 2z + y — 5 — 0.

c. y — 0 >- — (z — 2), donde 4y - 3z — 6 ou 3z — 4y — 6 - 0.


4
4. Instituir a equação da reta que passa pelos pontos (zi, yi) e (z2, y2).
Solução. Seja (z, y) um ponto qualquer da reta. Temos coeficiente
angular da reta que passa por (z, y) e (zi, yi) = coeficiente angular da rela que passa
por (zi, yi) e (z2, yi).
Portanto,
v-yi _ yi-ys
Z — Z1 Z1 — Z2

5. Determinar a equação da reta que passa pelos pontos (—2, — 3) e (4, 2).

Solução. O emprêgo da forma ——— — ———, dá


X — Z1 Zi — Z2

y 4-3 _ -3-2
z4-2 " -2 -4 ou 5z — 6y — 8 — 0.

6. Achar a equação da reta, cujas interseções com os eixos coordenados são


(a, 0)e(0, ò).
Solução. Substituindo em - yi ~~ , vem ~ ou
x — zi zi — Z2 x—a a —0
bx 4- ay áb.
Dividindo os membros de bx 4- ay — ab pelo produto aò, resulta

— 4- — “ !• (Forma segmentária).
a b
46 GEOMETRIA ANALÍTICA

7. Escrever a equação da reta, cujas interseções com os eixos dos x e dos y


são, respectivamente, 5 e — 3.
Solução. Empregando a forma simétrica — 4- — - 1, a equação pedida
a b
será ——|- y = 1 ou 3® — by — 15 = 0.
5 -3

8. Determinar o coeficiente angular mea ordenada à origem b da reta, cuja


equação é Ax.4- By 4- C =* 0, onde A, B e C são constantes arbitrárias.
A C
Solução. Tirando o valor de yf obtemos y -------- — x ——- • Compa-
B B
yf
rando esta expressão com y — mx + bt podemos concluir que m - ---------e

Para B — 0, teremos Ax 4- C — 0, donde x = —, equação de uma reta


A
paralela ao eixo dos y.

Para A — 0, teremos By 4- C = 0, donde y =*------- , equação de uma reta


B
paralela ao eixo dos x.

9. Determinar o coeficiente angular mea ordenada à origem b da


reta 2y 4- 3® — 7.
Solução. Reduzindo a equação proposta à forma y — mx 4- b, resulta
3 7
y ** — — x 4- — • Portanto, o coeficiente angular è — 3/2 e a ordenada à ori-
À A
gem é 7/2.
Ou, passando para a forma Ax 4- By 4- C - 0, 3® 4- 2y - 7 - 0. Logo,
A Q (J
o coeficiente angular é m —------- —-------- ea ordenada à origem b — —— —
B 2 B
-7 7_
2 “ 2 *

10. Provar que, se as retas Ax 4- By 4- C — 0 e A'x 4- B'y + C' — 0 fo­


rem paralelas, A/A' — BJB'; se forem perpendiculares, A A’ 4- BB1 — 0.
Desenvolvimento. Se forem paralelas, podemos escrever

m — m' ou

A Bf
Se forem perpendiculares, teremos: m —------ - ou B~ A’
m
ou AA’ 4- BBf « 0.
11. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto Pi (2, — 3) e é para­
lela à reta que passa pelos pontos A (4, 1) e B ( — 2, 2).
solução. Retas paralelas têm declividades iguais. Seja P (te, y) um outro
ponto da reta que passa por (2, — 3). Da condição de paralelismo concluímos:
Declividade da reta PPi — declividade da reta AB.
LINHA RETA 47

Portanto, JLÍÃ 1—2


4+2 ’ Simplificando, resulta x + 6y + 16 = 0.
’ x- 2

12. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (— 2, 3) e é per­


pendicular à reta 2x + 3y + 6 = 0.
Solução. Duas retas perpendiculares têm coeficientes angulares inversos e
de sinais contrários (condição de perpendicularismo). O coeficiente angular de
A 2
2x — 3y + 6 = 0, que está na forma geral, é — — = —• Logo, o coeficiente
B 3
3
angular da reta pedida é —— •

Designemos por P (xr y) outro ponto qualquer da reta pedida, que passa por
3^
(— 2, 3) e tem coeficiente angular Podemos, pois, escrever:
2
y _ 3 „ _ JL (x + 2). Simplificando, obtemos 3x + 2y - 0.

13. Determinar a equação da mediatriz do segmento que liga os pontos


(7, 4) e (—1, — 2).
Solução. O ponto médio do segmento tem por coordenadas:

*i+*2_7-1_q _ 2/1 + 3/2 _ 4 - 2 _ ,


-------- --------------- — = 3, y0--------- —

4+2 3
Declividade do segmento = ■——— = —• Temos portanto: coeficiente an-
7 + 1 4
4
guiar da mediatriz ---------- •
3
Seja (x, y) Um ponto qualquer da mediatriz, agora definida pelo ponto (3, 1)

e pelo coeficiente angular — 4/3. A equação pedida é y — 1 — — — (x — 3),


3
que, simplificada, dá 4x + 3y — 15 = 0.

14. Escrever a equação da reta que passa pelo ponto (2, — 3) com incli­
nação de 60°.
Solução. Seja (xt y) um ponto qualquer da reta, cujo coeficiente angular
é tg 60° = Vã. Então a equação pedida é y + 3 — s/ 3 (x — 2). Simplifican­
do, teremos Vã x — y — 3 — 2 Vã = 0.

15. Determinar o valor particular do parâmetro kt de modo que:


(a) 3kx + 5y + fc — 2=0 passe pelo ponto (— 1, 4);
(5) 4a; — ky — 7 = 0 tenha declividade igual a 3;
(c) kp — y = 3k — 6 tenha abscissa à origem igual a 5.
Soluções, a. 'Fuçamos x = 1 e y = 4; 3k (— 1) + 5 x 4 + k — 2 — 0.
Donde 2k = 18 ou k = 9.
48 GEOMETRIA ANALÍTICA

b. Comparando com a forma Ax + By + C — 0, podemos escrever: coefi­


A 4
ciente angular = 3, donde k — 4_
B - k 3
-1
Ou então, reduzindo 4x — ky — 7 = 0 à forma y = mx + bt y = —
k

Então, coeficiente angular — = 3, donde 3fc = 4oufc= —


k 3
3fc — 6
c. Para y = 0, temos x =---- - — = 5. Então, 3k — 6 = 5k> donde
k
k -3.

16. Estabelecer as equações das retas de coeficiente angular — 3/*, que


formam com os eixos coordenados um triângulo de 24 unidades de área.
Q
Solução. A equação da reta de coeficiente angular------ e abscissa à ori-
4
q
gem b éy = —— x + ò.
4
4
Para x - 0, y - b; para y - 0, x = —- ò.
o

Área do triângulo = “ (produto das coordenadas à origem) =

1 . 4 . 2b2 nÂ

Então, 262 = 3 x 24 ou b2 — 36, donde b — ±6. As equações pedidas são:


3
y — — — x ± 6, ou 3x + 4y — 24 — 0 e 3x + 4y + 24 = 0.

17. Determinar o lugar geométrico de cada uma das seguintes equações:


(a) x2 + 3xy — 9y2 = 0;
(b) x3-4x2-x + 4 = 0.
Solução.
a. Como a equação pode ser transformada, por fatoração, em (x — y)
(x + 9y) — 0, seu lugar geométrico são as duas retas x — y = Qex + &y = Q.
b. Fatorando, obtemos (x — 1) (x2 — 3x — 4) = (x — 1) (x + 1) (x — 4) = 0.
Portanto, o lugar procurado são as três retas x — 1=0, x 4- 1 — 0 e
x — 4 — 0.

18. Um ponto móvel (x, y) mantém-se a uma distância da reta x = 5 igual,


em valor absoluto, ao dôbro da distância à reta y = 8. Determinar a equação
de seu lugar geométrico.
Solução. Distância de (x, y) à reta x = 5 = ± 2 [distância de (x, y) à
reta y - 8], ou x — 5 =■ ± 2 (y — 8).
LINHA RETA 49

Portanto, o lugar geométrico do ponto são as duas retas x — 2y + 11 •


■■ 0 e x 4- 2y — 21 = 0 ou (x — 2y 4- 11) (x 4- 2y — 21) - 0.

Equação normal de uma linha reta.


19. Traçar uma reta AB com os valores dados de p e w e escrever sua equação.
(a) p - 5, <a - t/6 = 30°. (c) p - 4, w = 4 r/3 - 240°.
(ò) p — 6, w ■■ 2 ir/3 => 120°. (d) p ■ 5, w ■ 7 t/4 - 315°.

Soluções.

a. x cos 30° 4- y sen 30° — 5 = 0, ou y V3x 4- ■y V — 5 “ 0,

ou V 3x 4- y " 10 - 0.

b. x cos 120° 4- y sen 120° — 6 = 0, ou —^-x 4" y/~3y — 6 = 0,

ou x — V3y 4- 12 - 0.

c. x cos 240° 4- y sen 240° — 4 = 0, ou — -^-x — V 3y — 4 = 0,

ou x 4- >/~3y 4-8 = 0.

d. x cos 315° 4- V sen 315° — 5=0, ou —x----- y — 5 — 0,


V2 V2
oux — y — 5 V2 - 0.

20. Reduzir cada uma das equações dadas à forma normal e determinar
p e w.
(a) y/bx 4- y— 9 = 0. (c) x 4- y 4- 8 = 0. (e) Ay — 7 — 0.
(b) 3x - 4y -6 -0. (d) 12x - by - 0. (/) x 4- 5 - 0.

Soluções. A forma normal de Ax 4- By 4- C — 0 é


C
A
± Va2 4- b2
«+ ------ 7==T y +
± VA2 4- B2 ± Va2 4- b2
-0.
50 GEOMETRIA ANALÍTICA

a. ~YA ° Vã, B - 1, Va2 + B* - V3 + 1 - 2. Como C(- - 9) é ne­


gativo, y/A2 + B2 recebe sinal positivo. A equação na forma normal é
^2^"* + y V - y - 0, e cos w - .senw-y, p - , a - 30».

Como sen e cos w são ambos positivos, (a é ângulo do primeiro quadrante.


b. A-3.B- -4, Va2 + B2 - V9 + 16 =■ 5. A equação na forma nor­
mal é
3 4 6 3 4 6
— x - —y - -r = o, e COSO) = 7, sen w = - V , p = T, W = 306°52'
õ õ O 5 0 0
Sendo cos w positivo e sen w negativo, w é ângulo do quarto quadrante.
c. A = 1, B = 1, y/A2 4- B2 = y/ 2. Como C (=4-8) é positivo, o ra-
dical recebe sinal negativo. A equação na forma normal é
1
— 4 y/~2 = 0, e cos w = sen o? =------ 7^- ,
y/~2 y
V2
p = 4 y/ 2, <a — 225°.

Como cos w e sen o? são ambos negativos, o? é ângulo do terceiro quadrante.


d. \/A2 4- B2 =■ V 144 4-25 = 13. Como C = 0, o radical recebe o sinal
de B (= — 5); isso tornará o sen (a positivo, donde w < 180°. A equação na forma
normal é

p = 0, cü = 157°23

Sendo cos w negativo e sen w positivo, é ângulo do segundo quadrante.


e. A = 0, B — 4, \/A2 4- B2 = 4. A equação na forma normal é

4 7 7 n ,7^
-— y —- = 0, ou y — =• 0, e cos o? - 0, sen o? = 1, p = —, o? = 90°
4 4 4 4

/. A = 1, B = 0, y/A2 4- B2 = 1. A equação na forma normal é

1 5
—j x 4- “ 0, ou — x — 5 = 0, e cos w = — 1, sen = 0, p — 5,w — 180°

21. Achar a equação das retas que passam por (4, - 2)ea uma distância (p)
da origem igual a 2 unidades.
Solução. A equação da Jamilia de retas que passam pelo ponto (4, — 2)
com declividade m é
y 4- 2 = m (x — 4), ou mx — y — (4m 4- 2) — 0.
A forma normal de mx — y — (4m4- 2) ■■ 0, é
znx — y — (4m 4- 2)
± Vã?+i
LINHA RETA 51

4m 4~ 2
Então p — — 2 ou (4m + 2)2 — 4(m2 + 1). Resolvendo, obte-
± V»l2+ 1

mos: m — 0, ——•
o
4
As equações pedidas são y 4- 2 — 0 e y + 2 = —— (x — 4) ou 4x 4- 3y —
o
- 10 - 0.
22. Calcular a distância d da (a) reta 8x 4- 151/ — 24 = 0 ao ponto (— 2, — 3),
(ò) reta 6x — 8y 4- 5 “ 0 ao ponto (— 1, 7).
Soluções.
а. A forma normal da equação é
&c 4- 15y - 24 _ Q nn 8x + 15y - 24 _ Q
+ V 82 + 152 " 17

, 8(— 2) + 15 (— 3) — 24 - 85 , „
d —-------- -------—------ --------- — —yj— — 5. Como d e negativo, o pon­

to (— 2, — 3) e a origem estão do mesmo lado da reta.


б. A forma normal da equação é

- 6* ~ 8y + 5— - 0 ou 6* ~ 8y + 5 - 0.
- V62 + (-8)2 - 10

, 6 ( — 1) - 8x7 + 5 -57 ,„ „
d ■■ —1------ _ iQ------------ « io~ " 5,7. Como d é positivo, o ponto

(— 1,7) e a origem estão em lados opostos da reta.


23. Determinar as equações das bissetrizes dos ângulos formados pelas retas.

(Li) 3x - 4y 4- 8 - 0
e (La) 5x - 12y - 15 = 0.

Solução. Seja Pf (x'f y') um


ponto qualquer da bissetriz Li (Fig.
34). Temos, então,

J 3/ -4/4-8
*----------- ^5-------- ’

5x’ 4-12/ - 15
* " 13

Em valor absoluto, di e da são


iguais para todos os pontos de Lz.

Pf e a origem estão do mesmo la­


do de Li, mas em lados opostos de Lz.
Ixigo, di é negativo e dz é positivo
e di — — dz. Fig. 34
52 GEOMETRIA ANALÍTICA

Então, o lugar geométrico dos pontos tais como P' é


3a/ - 4/ 4- 8 _ 5a/ + 12/ - 15
-5 13
Simplificando e suprimindo os acentos, a equação de Lz se toma 14x — 1121/ 4-
4-179 - 0.
Anàlogamente, seja P" (a/', tf') um ponto qualquer da bissetriz L«. Como P"
e a origem estão em lados opostos de Li e Lj, dz e di são ambos positivos e da — dz.
Então, o lugar geométrico de pontos tais como P" é

3x" - 4y" 4- 8 õx" 4- 12y" - 15


-5 " 13

Simplificando e eliminando os acentos, a equação de Lz se toma 64x 4-81/4-


4-29-0.
Nòte-se que Lz e são perpendiculares, pôsto que seus coeficientes angulares
são inversos e de sinais contrários.

24. Estabelecer as equações das paralelas à reta 12x — 5y — 15 — 0, sepa­


radas dela por uma distância de valor absoluto igual a 4.
Solução. Seja P' (x'f tf) um ponto qualquer da reta pedida.
12a/ - 5tf - 15
Então,
13

Simplificando e eliminando os acentos resultam as equações:


12x - 5y - 67 - 0 e 12x -51/4-37-0.

25. Determinar o valor de fc, de modo que a distância d da reta 8x 4-161/ +


4- k — 0 ao ponto (2,3) tenha o valor absoluto de 5 unidades.
, 8X24-15 X34-^
Solução, d--------------------------------- ±5.
± 17
Resolvendo, fci — — 146, kz — 24.

26. Determinar o ponto de interseção das bissetrizes dos ângulos internos


do triângulo, cujos lados são segmentos de
(Li) 7X-1/4-11-
(Li) X 4- y 4. 15 - (
d») 7x 4- 171/ + 65
Solução. O ponto de interseção (ã, k) é o incenlro do triângulo (centro do
círculo inscrito) (v. Fig. 35).
Então, a distância
fc 4- 11
de (h, k) a Li édi "
Vsõ

h + k - 15
de (ã, k) a Lz é dz " <2
LINHA RETA 53

7ft + 17fc + 65 .
de (h, k) a La é di “
- V338

As três distâncias são negativas, pôsto que o ponto e a origem estão do mesmo
lado de cada reta. Então, di — dz — dz.

~ j j 7ã — fc 4-11 h 4- k — 15 o. .... ,
Como di — c?2, ------------7=— —--------- 7=----- • Simplificando, 3h 4- k -16.
-5V2 V2

„ . , 7h - k 4- 11 7h 4- 17 k 4- 65 o. .
Como di — da, ----------- 7=— —--------------- 7=------ Simplificando,
-5 Vã -13V2
4h - 7k - 13.

Resolvendo 3h 4- k — 16 e 4À — 7k — 13, simultâneamente, obtemos


h - 5, k - 1.

Fig. 36

27. Dado o triângulo A(— 2, 1), B(5, 4), C(2, — 3), determinar o compri­
mento da altura traçada do vértice A e a área do triângulo.
Solução. (V. Fig. 36).

Equação de BC: ou 7x - 3y - 23 - 0.
x —í o —z

vx. XA . J ™ xz A 7(— 2) — 3 X 1 — 23 - 40
Distância de BC até A —-------- .----- =-------- — —7=-
V49 4-9 V58

Comprimento de BC — V (5 — 2)2 4- (4 4- 3)2 —

Area do triângulo — ( V‘58 • — 20 unidades de área.


2 \ V58 /
54 GEOMETRIA ANALÍTICA

Famílias de retas
28. Determinar a equação da família de retas
(a) cuja declividade é — 4.
(ò) que passam por (4, 1),
(c) cuja ordenada à origem é 7,
(d) cuja abscissa à origem é 5,
(e) que apresentam soma de coordenadas & origem igual a 8,
(/) cuja ordenada & origem é o dôbro da abscissa à origem,
(g) que têm uma das coordenadas à origem igual ao dôbro da outra,
em valor absoluto.
Soluções. Em cada caso, consideremos k uma constante arbitrária ou parâ­
metro da família de retas.
a. Seja k a ordenada à origem da família de retas de coeficiente an­
gular igual a — 4.
De y — mx 4- b, tiramos a equação pedida: y = —4j?4-fcou4x + ?/—Zc=»O.
b. Seja k a declividade do sistema de retas que passam pelo ponto (4, 1)
Operando a devida substituição em y — yi — m(x — a?i), obteremos a equa­
ção pedida:
y — 1 = k(x — 4) ou kx — y 4* 1 — 4fc = 0.
c. Seja k o coeficiente angular da família de retas, cuja ordenada à origem
é 7. De y=mx -\-b, tiramos a equação pedida: y=kx 4- 7 ou kx- y 4-7 = 0.
d. Seja k o coeficiente angular do sistema de retas com abscissa à origem 5.
De y — y\ = m (x — xi), deduzimos a equação pedida:
y — 0 = k(x — 5) ou kx — y — 5fc = 0.
e. Seja k a abscissa à origem da família de retas. Logo, a ordenada à
origem é 8 — k.
x y
= 1, tiramos a equação procurada: 4" Q » = 1 ou
K 0 — rC
(8 - k)x + ky - 8fc 4- fc2 = 0.
t k
/. Seja k & ordenada à origem. Logo, y = abscissa à origem.

Dey 4* y ■ 1» obtemos a equação pedida: 4- y — l ou 2x + y —

- k - 0.

g. Declividade de uma reta — or^na^a.^.ungem Quan(j0 a abscissa à


abscissa a origem
origem vale, em valor absoluto (=L), o dôbro da ordenada à origem, o coeficiente

angular da reta é ± quando a ordenada à origem é igual, em valor absoluto,


LINHA RETA 55

ao dôbro da abscissa à origem, o coeficiente angular da reta é =F 2. Seja k a or­


denada à origem. Então, de y = mx + b, deduzimos as equações pedidas dos

sistemas de retas que são y-±~xikey = ±2xik.

29. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (— 2, — 4) e tem


a soma das coordenadas à origem igual a 3.
Solução. A equação do sistema de retas que passam pelo ponto (— 2, — 4) é
y 4- 4 = m(x 4- 2).
4 — 2m
Para x = 0, y = 2m — 4; para y = 0, x = ----------- -
m

A soma das coordenadas à origem é 3; logo, 2m — 4 4------------ — 3.


m
Simplificando, vem 2m2 — 9m 4-4 = 0. Fatorando, resulta (2m — 1) (m — 4) = 0;

donde — ~r t 7712 = 4.
2

Substituindo êstes. valores de m em y 4- 4 = m(x 4- 2), obteremos as equa­

ções y 4- 4 = (x 4-2) e y 4- 4 = 4 (x4- 2) ou x — 2y — 6 = 0 e 4x — y 4-


£
4-4 = 0.

30. Achar a equação da reta que passa pela interseção de 3x — 2y 4- 10 = 0


com 4x -b 3y — 7 = 0 e pelo ponto (2, 1).
Solução. 3x — 2y 4- 10 4- k (4& 4- 3y — 7) = 0 é a equação do feixe de
retas que passam pela interseção de duas retas dadas.

Como a reta procurada passa por (2,1), temos


3X2-2X14-10 + k (4X24-3X1- 7) = 0.
Resolvendo, obtemos k = — 7/2. A reta pedida é, pois,

3x - 2y + 10 - y (4z + 3y - 7) = 0, ou 22x + 25j/ - 69 = 0.

31. Achar a equação da reta perpendicular a 4x 4- y — 1 = 0, que passa


pela interseção de 2x — 5y 4- 3 — 0 com x — 3y — 7 = 0.

Solução. A declividade de 4x + y — l = — 4. Então, o coeficiente


angular da reta pedida é 1/4.

A equação do feixe de retas que passam pelo ponto de interseção de 2x — 5y +


4\3 = 0 e s — 3y — 7 = 0é

2x - by 4- 3 4- k(x - 3y - 7) = 0 ou (2 +k)x - (5 4- 3fc) y 4- (3 - 7fc) - 0. (1)

2 4- fc
A declividade de tôdà reta dêsse sistema é e a declividade da reta
5 4-3/c
pedida é l/4<
GEOMETRIA ANALÍTICA

Então 2 =» -7-• Resolvendo, obtemos k ■■ — 3.


5 + 3fc 4
Substituindo k por — 3 em (1), teremos a equação pedida x — 4y — 24 — 0.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Escrever as equações das retas que satisfazem às seguintes condições:


(a) passam por (0,2), tendo m = 3. Resp.: y — 3® — 2 — 0
(ò) passam por (0, — 3), tendo m — — 2. Resp.: y + 2x 4- 3 = 0
(c) passam por (0,4), tendo m — 1/3. Resp.: x — 3y 4-12 — 0
(d) passam por (0,-1), tendo m = 0» Resp.: y 4-1 — 0
(e) passam por (0,3), tendo m — — 4/3. Resp.: 4x 4- 3y — 9 = 0

2. Escrever a equação da reta que passa por:


(a) (2, — 3) e (4,2). Resp.: 5x — 2y — 16 = 0
(õ) (—4,l)e(3, -5), Resp.: 6x 4- 7j/ 4- 17 - 0
(c) (7,0) e (0,4). Resp.: 4x 4- 7y - 28 - 0
(d) (0,0) e (5, - 3). Resp.: 3x 4- 5y = 0
(e) (5, -3) e (5,2). Resp.: x — 5=0
(/) (—5,2) e (3,2). Resp.: y — 2 = 0

3. Dado o triângulo de vértices A(— 5,6), B(— 1, — 4) e C(3,2),


a. deduzir as equações das medianas.
Resp.: 7x 4- ôy — 1 = 0, x 4- 1 - 0, x - 6y 4- 9 - 0.

b. determinar analiticamente as coordenadas do ponto de interseção


das medianas (baricentro).
Resp.: (- 1,4/3).

4. a. Deduzir as equações das alturas do triângulo do problema 3.


Resp.: 2x 4- 3y — 8 - 0, 2x — y — 2 - 0, 2x — 5y 4- 4 « 0.

b. Deduzir dessas equações as coordenadas do ponto de interseção das


alturas (ortocentro).

5. a. Determinar as equações das mediatrizes dos lados do triângulo do


problema 3.
Resp.: 2x — 5y 4- 11 ■ 0, 2x — y 4- 6 - 0, 2x 4- 3y 4-1 “ 0.

b. Resolver as equações obtidas para determinar as coordenadas da


interseção das mediatrizes (circuncentro).
Resp.: (— 19/8, 5/4). Ê o centro da circunferência circunscrita ao
triângulo.
LINHA BETA 57

6. Demonstrar que os pontos de interseção das medianas, das alturas e~das


mediatrizes dos lados do triângulo do problema 3 estão em linha reta.
ftesp.: 2® — 33y 4- 46 = 0.

7. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (2, 3), de modo que
a abscissa à origem seja o dôbro da ordenada à origem.
Resp.: x + 2y — 8 — 0.

8. Determinar o valor de K na equação 2x + 3y + K — 0, de modo que


esta reta forme com os eixos coordenados um triângulo de 27 unidades de área.
Resp.: K — =t 18.

9. Determinar o valor de Kf de modo que a reta 2x + 3Ky' —13 ■■ 0, passe


pelo ponto (— 2, 4).
Resp.: K = 17/12.

10. Determinar o valor de Kt de modo que a reta 3x — Ky — 8 — 0, faça


um ângulo de 45° com a reta 2x 4- 5y — 17 =» 0.

Resp.: Ki-7; Kt ~ - y •

11. Determinar o ponto da reta 3® 4- y 4- 4 — 0, eqüidistante de (—5, 6)


e (3,2).
Resp.: (— 2,2).

12. Achar as equações das retas que passam por (1, — 6), sabendo que o
produto das coordenadas à origem de cada reta é 1.
Resp.: 9x 4- y — 3 — 0, 4x 4- y 4- 2 — 0.

13. Determinar a equação da reta com abscissa à origem — 3/7 e perpen­


dicular a 3x 4- 4y — 10 — 0.
Resp.: 28® — 21?/ 4- 12 = 0.

14. Achar a equação da perpendicular à reta 2s 4- 7j/ - 3 ■ 0 em sua in­


terseção com a reta 3® — 2y 4- 8 ■■ 0.
Resp.: 7® — 2y 4- 16 — 0.

15. Traçar as retas definidas pelos valores dados de p e w e escrever suas


equações.
(a) p — 6, w - 30°. Resp.: V3®4-l/“12-0
(ò) p — V 2, w — t/4. Resp.: x 4- y — 2 — 0
(c) p — 3, w — 2 r/3. Resp.: ® — ^3^4-6 — 0
(d) p - 4, w - 7 r/4. Resp.: x — y — 4 V 2 — 0
(e) p — 3, a? - 0o. Resp.: ® — 3 — 0
(/) P - 4, « - 3 r/2. Resp.: y 4- 4 — 0

16. Reduzir cada uma das equações das retas dadas à forma normal. De­
terminar p e w.
58 GEOMETRIA ANALÍTICA

(a), x — 3y + 6 — 0.
Resp.-.------~ y------ 0, p - 3 V 1°. w -108°26'
V10 V10 V10 5

(&). 2z + 3y - 10 = 0.

Resp.: —x + —y------ =0, p- 10 13, w-56»19'


V13 V13 V13 13

(c) . 3x + 4y - 5 - 0.
3 4
Resp.: — s + v y — 1=0, p = 1, a? = 53°8'
5 5

(d) . 5x + 12y - 0.
Resp.: x + -j|- y = 0, p - 0, cü = 67°23'

(e) . x+j/-V2=0.

Resp.: -X— + —y=— 1 = 0, p = 1, w = ir/4.


V 2 V 2

17. Determinar as equações e as coordenadas de interseção das bissetrizes dos


ângulos internos do triângulo formado pelas retas 4x — 3y — 65 = 0, 7x — 24y +
4- 55 — 0 e 3x 4- 4p — 5 = 0.
Resp.: 9® — 13y — 90 = 0, 2x 4- lly — 20 — 0, 7x 4- y — 70 — 0.
Ponto (10, 0).
18. Determinar as equações e o ponto de interseção das bissetrizes dos ân­
gulos internos do triângulo formado pelas retas 7® 4- 62/ — 11 = 0, 9® — 2y 4"
+ 7 = 0 e 6® - 7y - 16 - 0.
Resp.: x 4- 13j/ 4-5=0, 5x — 3y — 3 — 0, 4® 4- y — 1 “ 0.
Ponto (6/17, - 7/17).
19. Determinar as equações e o ponto de interseção das bissetrizes dos ân­
gulos internos do triângulo formado pelas retas y — 0, 3x — 4y = 0 e 4® 4- 3y —
-50-0.
Resp.: x — 3y = 0, 2® 4- 4y — 25 = 0, 7® — y — 50 — 0.
Ponto (15/2, 5/2).
20. Determinar a interseção das bissetrizes dos ângulos internos do triân­
gulo, cujos vértices são (— 1, 3), (3, 6) e (31/5,0).
Resp.: (17/7, 24/7).
21. Achar as coordenadas do centro e o raio do círculo inscrito no triângulo
formado pelas retas 15® — 8y 4- 25 = 0, 3? — 4y — 10 = 0 e 5® 4- 12j/ — 30 — 0.
Resp.: (4/7, 1/4). Raio — 13/7.
22. Calcular o valor de K, de modo quê a reta y 4- 5 — K(x — 3) fique à
distância de 3 unidades da origem, em valor absoluto.
Resp,: Ki - — 8/15; K2 — ®.
LINHA RETA 59

23. A trajetória de um ponto é tal que sua distância à reta 5x + 12j/ — 20 — 0


é sempre igual ao triplo de sua distância à reta 4® — 3y 4-12 — 0. Determinar
a equação da trajetória (lugar geométrico).
Resp.: 181a? - 57y 4- 368 - 0, 131a; - 177y 4- 568 - 0.

24. Um ponto se desloca de modo que o quadrado de sua distância a (3, — 2)


é igual, em valor absoluto; à sua distância à reta 5x — 12y — 13 — 0. Determinar
a equação de seu lugar geométrico.
Resp.: 13x2 4- 13t/2 - 73x 4- 40y 4- 156 = 0,
13a;2 4- 13y2 - 83a; 4- 641/ 4- 182 - 0.

25. Determinar dois pontos da reta 5x — 12t/ 4- 15 — 0, situados a 3 uni­


dades de distância da reta 3x 4- 4?/ — 12 = 0 (valor absoluto).

26. Determinar duas paralelas a 8a; — 15j/ 4-34 — 0, que fiquem a uma
distância de (— 2, 3) igual a 3 (valor absoluto).
Resp.: 8x - 15y 4-112 = 0, 8x - 15t/ 4-10-0.

27. Um ponto se move de modo que sua distância a 3a; — 4y — 2 — 0 é


sempre igual à distância ao ponto (— 1, 2). Deduzir a equação de seu lugar geo­
métrico.
Resp.: 16a;2 4- 24a# 4- 9t/2 4-62a; - 116y 4- 121 - 0.

28. Determinar o comprimento da altura de A ao lado BC e determinar a


área do triângulo, cujos vértices são:
(a) A(— 3, 3), B(5, 5), 0(2, - 4).

ii Vlõ
Resp.: h “----- &----- ; S = 33 unid. área.

(5) 4(5,6), B(l, -4), O(-4, 0).


66 x/41
Resp.: h “-----; S — 33 unid. área.

(c) 4(—1, 4), B(l,-4), C(5,4).


12 Võ
Resp.: h —----- &----- ; S — 24 unid. área.

4(0,4), B(5,l), C(l, - 3).


Resp.: h — 4 y/ 2; S — 16 unid. área.

29. Para cada uma das seguintes equações de reta, calcular o valor de Kt
de modo que a condição correspondente seja satisfeita.
(a) (2 4- K)x — (3 — K)y 4- 4K 4-14 — 0; passa pelo ponto (2, 3).
Resp.: K — — 1.
60 GEOMETRIA ANALÍTICA

(6) Kx 4 (3 — K)y 4-7 — 0; valor do coeficiente angular, 7.


fiesp.: K — 7/2.
(c) 5® — 12j/ 4- 3 4- K — 0; a reta dista 4 unidades do ponto (—3,2),
em valor absoluto.
Resp.: K - - 16, K - 88.

50. Achar a equação da reta que passa pelo ponto de interseção de 3® — 5y 4


49 — 0e4®4 7p — 28 — 0, satisfazendo à condição:
(а) passa por (— 3, — 5).
Resp.*. 13® — Sy — 1 — 0
(б) passa por (4, 2).
Resp.: 38® 4 87y — 326 — 0
(c) é paralela a 2x 4 3y — 5 — 0
Resp.: 82® 4 123y - 514 - 0
(d) é perpendicular a 4x 4 5y — 20 - 0
Resp.: 205® — 164y 4 95 — 0
(e) as coordenadas à origem são iguais.
Resp.: 41® 4 41y - 197 - 0, 120® - 77y - 0.

31. Determinar a equação da reta que passa pela interseção de ® — 3y 4


41"0e2®4 5y — 9 — 0, distando da origem: (a) 2, (b) y/~5 unidades de
comprimento.
Resp.: a. x — 2 - 0,3® 4 4y — 10 - 0; b. 2® 4 y — 5 “ 0.
Capítulo 4

CIRCUNFERÊNCIA

Uma circunferência é representada por uma equação do se­


gundo grau com duas variáveis. A recíproca é verdadeira sòmente
para certas formas de equações do segundo grau.
Uma circunferência está completamente determinada quando o
centro e o raio são conhecidos.

A equação da circunferência de centro (h, k) e raio r é:


(x - A)2 + (y - fc)2 = r2.

Quando o centro é a origem, a equação se transforma em:


X2 + y2 = r2.
Tôda equação da circunferência pode ser reduzida à forma
x2 + y2 + Dx + Ey + F = 0.

Se escrevermos esta equação na forma


x2 + Dx + y2 + Ey + F = 0,
e completarmos os quadrados, teremos

2 _ D2 + g2 - 4F
ou

ponto ( - T' - 4 )
O centro está situado no e o raio

r - y + -4F.
62 GEOMETRIA ANALÍTICA

Para D2 + E2 — 4F > 0 a circunferência é real.


Para D2 + E2 — 4F < 0 a circunferência é imaginária.
Para D2 + E2 — 4F = 0 o raio é nulo e a equação representa

o ponto

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Escrever a equação da circunferência de centro no ponto ( — 2, 3) e raio 4.


Solução.
(x + 2)2 + (y - 3)2 = 16 ou x2 + y2 + 4x - 6y = 3.
2. Dada uma circunferência por sua equação x24- y2 — 3x4" 5y— 14 ■■ 0,
determinar as coordenadas do centro e o raio (a) completando o quadrado, (5) pela
fórmula.
Solução.
a,
2 o i 9 . 2 i tr i 25 1 . 9 25
x2 — 3x 4- -j- 4- y 4- 51/ 4- = 14 4- -j- 4-
ou
/ ~t)
, /
3 \2 + , 5 \2 = V
90

o centro é o ponto ( — —• ) e o raio, r 3 V10


Portanto,
2
b.

-y, e r = y V D2 + Ê2 - 4f -

3 V10
V 9 4- 25 4- 56 =
2

3. Determinar o valor de kf de modo que x2 4- y2 — 8x 4* 10j/ 4- k ■» 0


seja a equação de uma circunferência de raio 7.
Solução.
Como r - 4- V D2 + Ê2 - 4F, temos 7 = 4 V64 + 100-4*.

Elevando ao quadrado e resolvendo, obtemos k = — 8.


4. Deduzir a equação da circunferência, cujo centro é (5, — 2) e que passa
pelo ponto (—1, 5).
Solução. O raio da circunferência é r = V (5 4- l)2 4 (- 2 - 5): -
- V 36 4-49 - V 85.
Então, temos a equação (x — 5)2 4- (y 4- 2)2 = 85 ou x2 4- y2 — 10x +
4- 4y - 56.
CIRCUNFERÊNCIA 63

5. Achar a equação da circunferência que tem por diâmetro o segmento


que une os pontos (5, — 1) e (— 3, 7).
g _ g J | y
Solução. As coordenadas do centro são h = —-— ■■ 1, k ■■------ ----- = 3.

O raio é r = V (5 - l)2 + (- 1 - 3)2 = V 16 F 16 «= 4 a/2.


Então, a equação pedida é (x — l)2 + (y — 3)2 = 32 ou x2 + y2 — 2z —
- Qy = 22.
6. Instituir a equação da circunferência que passa por (0, 0), sabendo que
r = 13 e que a abscissa do centro vale — 12.
Solução. Como a circunferência passa pela origem, temos
h2 + k2 = t2 ou 144 + k2 = 169.
Resolvendo, vem k2 = 169 — 144 = 25,
donde k — ± 5.
Há, pois, a considerar duas equa­
ções (Fig. 37):
(x + 12)2 + (y - 5)2 = 169

(x + 12)2 + (y + õ)2 = 169.

Desenvolvendo e reduzindo, obte­


mos
x2 4- y2 = 24x - l(ty = 0
e
x2 + y2 + 24x 4- 10?/ = 0.

7. Determinar a equação da circunferência que passa pelos pontos (5, 3),


(6, 2) e (3, - 1).
Solução. Cada uma das formas típicas
(x - h)2 4- (y - k)2 = r2 ou x2 4- / 4- Dx 4- Ey 4- F - 0,
contém três parâmetros independentes. São, pois, necessárias três condições
para determinar êsses coeficientes. Como a circunferência deve passar pelos pon­
tos dados, podemos formar um sistema
de três equações lineares em D, E e F.
Cada equação resulta da substituição de
x e y pelas coordenadas dos pontos. Te­
mos, então
25 4- 9 4- 5D 4- 3E 4- F = 0,
36 4- 4 4- 6D 4- 2^7 4- F = 0,
9 4- 1 4- 3 D - E 4- F = 0.
Resolvendo o sistema, obtemos,
D=-8, E=-2eF = 12.
A equação da circunferência (Fig. 38) é, por conseguinte,
x2 4- y2 - 8s - 2y 4-12 = 0.
64 GEOMETRIA ANALÍTICA

A 8. Achar a equação da circunferência que passa pelos pontos (2, 3) e (— 1, 1)


e tem centro na reta x — 3y — 11 = 0.
Solução. Sejam (h, k) as coordenadas do centro da circunferência (Fig. 39).
Como (h, fc) deve ser eqüidistante de (2, 3) e de (— 1, 1), podemos escrever:

y/ (h — 2)2 + (fc - 3)* = V(.h + l)2 + (fc - l)2.

Elevando ao quadrado e simplificando: 6A + 4fc = 11.


Como o centro deve pertencer à reta x — 3y — 11 = 0, temos h — 3fc « 11.
7_
Resolvendo o sistema formado com as duas equações, obtemos h
2 ’

Então,

A equação pedida é

x2 + í/2 - 7x + 5y - 14 - 0.

9. Achar a equação da circunferência


inscrita no triângulo formado pelas retas

Li : 2x - 3y + 21 <0,
Z/2 : 3x “ 2y = 0,
Lj : 2x 4- 3y + 9 = 0.

Solução. O centro da circunferência é o ponto de interseção das bissetrizes


dos ângulos internos do triângulo. Precisamos, pois, conhecer as equações dessas
bissetrizes. Sejam (fc, fc) as coordenadas do centro. Para a bissetriz (1), temos
(Fig. 40):
CIRCUNFERÊNCIA 65

2h - 3fc + 21 3h -2k - 6
3 ,— > ou h — k + 3 = 0.
- V"Í3 V 13
Para a bissetriz (2):
2h + 3fc + 9 2h - 3k + 21
■ ,— > ou 6Zc — 12 = 0.
- V~L3 - V 13

r. i 2(-l)+3X2+9 13
Então, k = 2, /i - - 1 e r = --------- -—-=----------- = —-= — v 13.
V 13 V 13
Substituindo em (x — h)2 + (y — k)2 = r2, obtemos
(x + l)2 + (y — 2)2 = 13 ou x2 4- y2 + 2x - 4y - 8.

10. Deduzir a equação da circunferência


pelas retas
x + y = 8,
2x + y = 14,
3x 4- y = 22.
Solução. Resolvendo as equações
aos pares, verificamos que os vértices
do triângulo são (6, 2), (7, 1) e (8, — 2).
(Ver Fig. 41).
Substituindo as coordenadas dêsses
três pontos na equação geral a;2 + y2 +
4- Dx 4- Ey 4- F = 0, obtém-se:
6Z> 4- 2E + F = - 40,
7 D 4- E 4- F = - 50,
8D - 2E 4- F = - 68. Fig. 41
A resolução do sistema acima dá D = — 6, E = 4 e F = — 12.
Levando-se êstes valores à equação geral, resulta z? 4- y2 — 6x 4- 4y — 12 — 0.

11. Deduzir a equação da circunferência com centro em ( — 4, 2) e tangente


à reta 3x + 4y — 16 = 0.
Solução. O raio pode ser determinado pelo cálculo da distância de (— 4, 2)
à reta.

3( — 4) + 4X2 - 16 20 — 4
5 5

A equação pedida é (x 4- 4)2 + (y — 2)2 = 16 ou x2 4- y2 4- 8» — 4y +


+ 4 = 0.
12. Deduzir a equação da circunferência que passa pelo ponto (-2, 1) e é
tangente à reta 3x — 2y — 6 = 0 no ponto (4, 3).
Solução. Como a circunferência deve passar pelos dois pontos (— 2, 1) e
4, 3), seu centro está situado, ao mesmo tempo, na mediatriz do segmento que
66 GEOMETRIA ANALÍTICA

liga êsses pontos e na perpendicular levantada no ponto (4,3) da reta 3x — 2y —


- 6 - 0 (Ver Fig. 42).
A equação da mediatriz do segmento é 3x 4- y — 5 “ 0.
A equação da perpendicular a 3x — 2y — 6 « 0, no ponto (4, 3), é 2x + 3y—
- 17 = 0.
Resolvendo simultâneamente as equações 2® 4- 3y — 17 ■■ 0 e 3® 4- y —
2 41
- 5 « 0, obtemos x = —y = — • Logo,

1300
A equação
49
ou

13. Deduzir a equação do lugar geométrico dos vértices dos ângulos retos de
todos os triângulos retângulos, cuja hipotenusa comum é o segmento que liga oe
pontos (0, b) e (a, ò).
Solução. Seja (x, y) o vértice de qualquer um dos ângulos retos. Como
os dois catetos são perpendiculares, a declividade de um dêles deve ser o inverso
da declividade do outro, com o sinal tiocado. Temos, pois,
y— b 1 _ x —a *
x — 0 y — b y —b
x —a
Simplificando, obtemos (y — ò)2 -■ — x(x — a) ou x2 4- y2 — — 2by 4“
4- b2 — 0 (uma circunferência).
14. Calcular o comprimento da tangente tirada pelo ponto Pi (®i, yi) à
circunferência (x — h)2 + (y — fc)2 — r2.
Solução. Da Fig. 43 tiramos
I2 - "Pie2 - r2,
CIRCUNFERÊNCIA 67

ou i2 = (a;i — ÂL)2 4- (2/i — fc)2 — r2,


e l = V (xi - h)2 + (yi — k)2 — r2 •

Donde se conclui que o comprimento da tangente tirada de um ponto exterior


a uma circunferência é igual à raiz quadrada do valor assumido pelo primeiro
membro da equação dessa circunferência (na forma proposta), quando se substi­
tuem as variáveis pelas coordenadas do ponto.

15. Dejinição. O lugar geométrico dos pontos, pelos quais se podem traçar
tangentes iguais a duas circunferências, é uma linha rcia chamada eixo radical (*).
Deduzir a equação do eixo radical das circunferências.
x2 4- y2 4- dix .4- e\y 4- Ji = ü
ou x2 4- y2 4- d2x 4- e2y 4- fa = 0.
Solução. Seja P' ($', y') um ponto qualquer do eixo radical.
Temos, então,
h - V x'2 4- y'2 4- dxx' 4- eiy' 4- h

e ^2 = V x'2 4- y'2 4- d2x' 4- &>y' 4- h •

Como Zi - Z2, V x'2 4- y'2 4- dxx' 4- e\y’ 4- Ji =•

= V x''2 4- y'2 4- d2x' 4- e2y' 4- /2-


Elevando ao quadrado, simplificando e suprimindo os acentos, vem
(di - d2) x 4- (ei - e2) y 4- /i - h = 0,
que é a equação de uma linha reta.

16. Escrever a equação da família de circunferências que passam pelas inter­


seções de duas circunferências dadas.
Solução. Sejam as duas circunferências secantes

x2 4- y2 4- diX 4- exy 4- A = 0 e x2 4- y2 4- d2x 4- e2y 4- A = 0.


É claro que x2 4- y2 4- d\x 4- exy 4- h. 4- K (x2 4- y2 4- d2x 4- e2y 4- J2) =0,

representa o sistema considerado, porquanto as coordenadas do pontos de inter­


seção devem anular o primeiro membro de cada uma das circunferências dadas.
Para todo valor de K, exceto — 1, teremos uma circunferência. Para/C — — 1,
o lugar se reduz a uma reta, que é a corda comum às duas circunferências.

17. Achar as equações das circunferências que passam pelos pontos A(l, 2) e
B(3, 4) e são tangentes à reta 3x 4- y — 3 = 0.

(♦) Demonstra-se em geometria que, se várias secantes forem traçadas de um ponto P a uma
circunferência C, o produto dos dois segmentos determinados em cada secante pelo ponto P e pelos
pontos de interseção com a circunferência é constante. Dá-se ao produto constante o nome de
potência do ponto P em relação à circunferência C. Daí:
Outra definição — Eixo radical é o lugar geométrico dos pontos de igual potência em re­
ação a duas circunferências dadas. (N. do T.).
68 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução. Determinemos as coordenadas do centro, C(hf k). Sabemos que


CA = CB e CA = CN;
logo,
(h - l)2 + (fc - 2)2 = (h - 3)2 + (fc - 4)2.

e (fc — l)2 + (fc - 2)2 =

Desenvolvendo e simplificando, temos o sistema


fc + fc = 5
e fc2 + 9fc2 - 6fcfc - 2fc - 34fc +41=0.
Resolvendo estas equações simultâneas, vem fci = 4, fci = 1 e h2 - 3/2,
fc2 = 7/2. (V. Fig. 44;.
3fc + fc - 3 12 + 1-3 z—
De r = ------- —, tiramos ri = 7= = V 10
V io V io
9/2 +7/2-3 ,
e r2 = - = V10/2.

Tendo em vista agora a forma (z — h)} + (y — fc)2 = r2, podemos escrever:


2 2
(x - 4)2 + (y - l)2 = 10 e (z----- |-) + (y----- p) - -p,

equações que se reduzem a ®2 + y2 — 8z — 2y + 7 = 0 e x2 + y2 — 3x — 7y +

18. Deduzir a equação da circunferência de raio 5, tangente a


3x + 4y - 16 = 0 em (4, 1).
Solução. Tomemos (fc, fc) para coordenadas do centro. Temos, então
3fc + 4fc - 16
± 5 ou 3fc + 4fc - 16 - ± 25.
5
CIRCUNFERÊNCIA 69

Temos também (h — 4)2 + (Jc — l)2 = 25 ou h2 + k2 — 8h — 2k =8.


Resolvendo simultâneamente, encontramos duas soluções: (7, 5) e (1, — 3).
As equações das circunferências correspondentes são (x — 7)2 + (y — 5)2 =» 25
e (x — l)2 + (y + 3)2 = 25.
19. Instituir as equações das circunferências tangentes às retas 3x — 4y +
+ l= 0e4x + 3t/ — 7=0, que passam pelo ponto (2, 3).
Solução. Tomemos (à, k) para coordenadas do centro. Temos, então,
3ã - 4Zc + 1 4h + 3fc - 7
------- --------- ou éh — k — (a)
- 5 5
3h - 4k + 1
Considerando que r
-5 ’
2
temos ainda (h — 2)2 + (Jc — 3)2 ■»
- 5
ou
16A2 + 9fc2 - 106À - 142fc 4- 2lhk + 324 - 0. (6)
Resolvendo (a) e (6), simultâneamente, determinamos dois pares de coorde­
nadas dos centros: (2, 8) e (6/5, 12/5), (V. Fig. 45).
Utilizando (2,8) como centro, temos
n = 3h - 4k + 1 6-32 + 1
--------- ^5--------------------- —~5-------- 5;

a equação da circunferência é (x — 2)2 + (y — 8)2 = 25.


6 12 \
(—, -y-J como centro, temos r* — 1; a circunferência é:

20. Escrever a equação da circunferência tangente às retas x + ?/+4 = 0e


7x — ?/ + 4 = 0, com centro na reta 4x + 3y — 2 = 0.
Solução. Sejam (ã, k) as coordenadas do centro.

Temos então
ã +fc +4 = 7à - fc + 4
V2 5 VT
ou
h — 3k — 8 = 0 e 3h + k + 6 — 0,
que são as equações das bissetrizes dos
ângulos das duas retas. Como o centro
deve pertencer a 4x + 3y — 2 = 0, temos
4h + 3k — 2 = 0. Resolvendo simul­
tâneamente esta equação e h — 3k — 8 =
— 0, obtemos h = 2, k = —2. (V. Fig. 46).
2-2 + 4
Portanto, = 2vz2,
2
Fig. 46
70 GEOMETRIA ANALÍTICA

e a equação de uma das circunferências é:


(x - 2)2 4- (y + 2)2 - 8.
Resolvendo o sistema 4h 4* 3fc — 2 = 0 e 3/i + fc + 6 = 0, obtemos
h = — 4, k = 6 e, em seguida, t2 = 3 y/ 2. Então a equação da outra circun­
ferência é (x + 4)2 + (y — 6)2 = 18.
21. Determinar o lugar geométrico descrito pelo ponto (x', y'), que se move
de modo que a soma dos quadrados de suas distâncias às retas 5x 4- 12y — 4 = 0
e 12x — 51/ 10 = 0 é igual a 5.
5x’ + 12/ - 4
Solução. A distância de (x'} y') a 5x 4- 12j/ — 4 = 0 é
13
12o;*—5/ + 10
e a 12x - 51/ + 10 = 0 é
- 13 '■
( 5x' + 12</' - 4 \2 , ( 12x' - 5y' 4- 10 V
Então V--------- 13--------- ) + (---------------------- ) =5

Simplificando e eliminando os acentos, vem 169 x2 + 169/ 4- 200x — 196?/ —


= 729, equação de uma circunferência.
22. Determinar o lugar geométrico dos pontos (x, y), sabendo que a soma
dos quadrados de suas distâncias a (2, 3) e (— 1, — 2) é 34.
Solução, (x — 2)2 + (y — 3)2 + (x + l)2 4- (y 4- 2)2 = 34. Simplificando,
obtemos x2 4- y2 — x — y = 8. É uma circunferência.
23. Estabelecer a equação do lugar geométrico dos pontos (x, y)t cuja razão
das distâncias a (— 1,3) e a (3, — 2) é cr/ò.
V/(x4-t)24-(y-3)2' a
Solução. K = = —— Elevando ao quadrado e
V (X - 3)2 4- (y 4- 2)2 h
simplificando, temos a equação pedida (ò2 — a2) x2+(b2—a2) /4-2(62 4- 3a2) x —
— 2(3b2 4- 2a2)?/ = 13a2 — 10ò2, que é de uma circunferência.
24. Deduzir a equação do lugar geométrico dos pontos (x, y), sabendo que
o quadrado de sua distância a (— 5, 2) é igual à sua distância a 5x 4- 12?/ — 26 = 0.

Solução, (x 4- 5)2 4- (y — 2)2 = ± ---- —. Desenvolvendo e sim-



plificando, temos 13o;2 4- 13/ 4- 125x - 64?/ 4- 403 = 0 e 13x2 4- 13/ 4-
4- 135o; — 40?/ 4- 351 = 0, ambas de circunferências.
25. Escrever a equação de uma circunferência concêntrica com x2 + / —
- 4x 4- 6?/ — 17 = 0 e tangente à reta 3x — 4y 4- 7 = 0.
Solução. O centro da circunferência dada é (2, — 3). O raio da circun-
ferência pedida é igual à distância (2, — 3) à reta 3x — 4y 4- 7 = 0, isto é,
6 4- 12 4- 7 c
r = ----------------- = 5.

Portanto, a circunferência pedida é (x — 2)2 4- (y 4- 3)2 — 25.


26. Escrever as equações das circunferências de raio 15, tangentes à circun­
ferência x2 4- / • 100 no ponto (6, — 8).
Solução. Os centros das circunferências pertencem à reta determinada.
_4
por (0.0) e (6, - 8). A equação dessa reta é y • — x.
3
CIRCUNFERÊNCIA 71

Consideremos (h, k} como centro. Então, k — --yfc e (fc-6)2 +


+ (fc + 8)2 = 225.
Resolvendo estas equações teremos os valores de h e fc; e daí as coordenadas
doB dois centros (— 3, 4) e (15, — 20).
As equações das duas circunferências são
(x 4- 3)2 + (y - 4)2 - 225 e (x - 15)2 + (y + 20)2 - 225.

PROBLEMAS PROPOSTOS
1. Achar a equação da circunferência
(а) cujo centro é (3, — 1) e o raio, 5.
Resp.: x2 4- 2/2 — 6x 4- 2y — 15 = 0.
(б) cujo centro é (0, 5) e o raio, 5.
Resp.: x2 4- y2 — lOy = 0.
(c) cujo centro é ( — 4, 2) e o diâmetro, 8.
Resp.: x2 4- y2 4- 8x — 4y 4- 4 — 0.
(d) cujo centro é (4, — 1) e passa pelo ponto (— 1, 3
Resp.: x2 4- y2 — 8x 4- 2y — 24 - 0.
(e) que tem como diâmetro o segmento que liga os pontos ( — 3, 5)
e (7,—3).
Resp.: x2 4- y2 — 4x — 2y — 36 - 0.
(/) cujo centro é (-4 3) e tangente ao eixo dos y.
Resp.: x2 4- 2/2 4- 8x — 6y 4- 9 0.
(g) cujo centro é (3, — 4) e passa pela origem.
Resp.: x2 4- y2 — 6x 4- - 0.
(h) cujo centro é a origem e corta o eixo dos x em 6.
Resp.: x2 4- 2/2 — 36 — 0.
(í) tangente aos eixos, de centro no primeiro quadrante e r = 8.
Resp.: x2 + y2 — 16x — 16y 4-64 — 0.
(j) que passa pela origem, tendo raio — 10 e abscissa do centro — 6.
Resp.: x2 + y2 + 12x — 16g — 0.
x2 4- y2 4- 12x 4- 16g = 0.
2. Determinar o centro e o raio de cada uma das circunferências dadas por
suas equações. Declarar se a circunferência é real, um ponto ou imaginária.
Empregar a fórmula e verificar, completando o quadrado.
(а) x2 4- y2 - 8x 4- 10y -12 = 0.
Resp.: (4, — 5), r = \/53, real.

(б) 3x2 4- 3y2 - 4x 4- 2y 4- 6 = 0.


fleíp.: 0-,- -~) , r = imaginária.

(c) X2 4- y2 — 8x — 7y - 0.
72 GEOMETRIA ANALÍTICA

Resp.: ( 4, -y) , r = ~\/113> real-

(d) x2 + y2 - 0.
Resp.: (0, 0\ r = 0, um ponto.

(e) 2x2 4- 2i/2 - x = 0.

Resp.: 0 r = -j-, real.

3. Deduzir a equação da circunferência que passa pelos pontos


(a) (4, 5), (3, - 2) e (1, - 4).
Resp.: x2 4- y2 4- 7x — 5y — 44 — 0.
kò) (8, -2), (6,2) e (3, -7).
Resp.: x2 + y2 — 6x + 4y — 12 = 0.
(c) (1, 1), (1, 3) e (9, 2).
Resp.: 8x2 + 8i/2 - 79x - 321/ +. 95 = 0.
(d) (-4,-3), (-1,-7), e (0,0).
Resp.: x2 + y2 + x + 7y = 0.
(e) (1,2), (3,1), e (-3, - 1).
Resp.: x2 + y2 — x 4- 3i/ — 10 = 0.
4. Deduzir a equação da circunferência circunscrita ao triângulo formado
pelas retas.
(а) x — y + 2 = 0, 2x + 31/ — 1 = 0, e 4x + y — 17 = 0.
Resp.: 5x2 + 5i/2 - 32x - 81/ - 34 = 0.
(б) x + 2y — 5 = 0, 2x + y — 7 = 0, e x — y + 1 = 0.
Resp.: 3x2 + 3i/2 - 13x - lly + 20 = 0.
(c) 3x 4- 21/ — 13 = 0, x + 2i/ — 3 = 0, e x 4- y — 5 = 0.
Resp.: ar 4-1/2 - 17x - 7y 4- 52 = 0.
(d) 2x 4- y - 8 = 0, x - y - 1 = 0, e x - 7y - 19 = 0.
Resp.: 3x2 4- 3j/2 — 8x 4- 81/ — 31 - 0.
(e) 2x - y 4- 7 = 0, 3x + 5y - 9 - 0, e x - 7y - 13 = 0.
Resp.: 169x2 4- 169j/2 - 8z 4- 4981/ - 3 707 = 0.
5. Formar a equação da circunferência inscrita no triângulo formado pelas
retas
(а) 4x — 3y — 65 — 0, 7x — 24y 4- 55 = 0, e 3x 4- 4y — 5 = 0.
Resp.: x2 + y2 - 20z 4- 75 = 0.
(б) 7x 4- 61/ — 11 = 0, 9z — 2y 4- 7 = 0, e 6x — 7y — 16 — 0.
Resp.: 85z2 4- 85i/2 - 60x 4- 70j/ - 96 = 0.
(c) y = 0, 3x — 4y = 0, e 4x 4- 3y — 50 “ 0.
CIRCUNFERÊNCIA 73

Resp.: 4x2 4- 4y2 — 60x — 20?/ + 225 = 0.


(d) 15x - 3y + 25 = 0, 3x - 4y - 10 = 0, e 5x + 121/ - 30 = 0.
Resp.: 784a;2 + 784i/2 - 896x - 392?/ - 2 399 - 0.
(e) inscrita no triângulo cujos vértices são (— 1, 3), (3, 6) e (315, 0).
6. Estabelecer a equação da circunferência de centro em (—2, 3) e que é tan­
gente à reta 20x — 21?/ — 42 = 0.
Resp.: x2 4- y2 4- 4x — Qy — 12 « 0.
7. Instituir a equação da circunferência com centro na origem e que é tan­
gente à reta 8s — 15?/ — 12 = 0.
Resp.: 289x2 4- 289//2 = 144.
8. Escrever a equação da circunferência de centro em (— 1, —3) e tangente
ã reta que passa pelos pontos ( — 2, 4) e (2, 1).
Resp.: z2 + ?/2 + 2z + 6?/ — 15 = 0.
9. Achar a equação da circunferência de centro no eixo dos x} que passa
pelos pontos (— 2, 3) e (4, 5).
Resp.: 3x2 4- 3&2 - 14z -67-0.
10. Deduzir a equação da circunferência que passa pelos pontos (1, — 4),
(5, 2) e tem centro na reta x— 2y 4- 9 = 0.
Resp.: x2 4- y2 4- 6z — Qy ~ 47 = 0.
11. Achar a equação da circunferência que passa pelos pontos (— 3,2) e
(4, 1) e é tangente ao eixo dos x.
Resp.: x2 + y2 — 2x — 10?/ 4- 1 = 0 e x2 4- 2/2 — 42o;—290?/ 4- 441=0.
12. Escrever a equação da circunferência que passa pelos pontos (2, 3),
(3, 6) e tangente à reta 2x 4- y — 2 = 0.
Resp.: x2 4- y2 - 26® - 2y +45 = 0 e x2 4- 2/2 - 2x - 10j/ +21=0.
13. Deduzir a equação da circunferência que passa pelo ponto (11, 2) e tan­
gente à reta 2x + 3y — 18 = 0 no ponto (3, 4).
Resp.: 5x2 + 5y2 - 98a; - 1421/ + 737 = 0.
14. Deduzir a equação da circunferência tangente à reta 3. — 4y — 13 = 0
no ponto (7,2) e com raio 10.
Resp. x2 + y2 — 26z + 12?/ + 105 = 0 e z2 + y2 - 2x — 2f)y + 1=0.
15. Instituir a equação da circunferência tangente às retas x — 2y + 4 = 0
e 2z - y — 8 = 0 e que passe pelo ponto (4, — 1).
Resp.: x2 + y2 - 30x + Qy + 109 = 0, x2 + y2-7Qx + 46j/ + 309 = 0.
16. Deduzir a equação da circunferência tangente às retas x — 3y + 9 = 0
e 3x + y — 3 = 0, com centro na reta 7x + 12?/ — 32 = 0.
Resp.: x2 + ?/2 + 8z - 10?/ + 31 = 0, 96 lo;2+96 V+248® - 5 27Qy+
+ 7 201 = 0.
17. Estabelecer a equação da circunferência que é o lugar geométrico dos
vértices dos ângulos retos de todos os triângulos retângulos cuja hipotenusa co­
mum liga os pontos ( — 4, 1) e (3, 2).
Resp.: x2 + y2 + x — 3y — 10 = 0.
74 GEOMETRIA ANALÍTICA

18. Formar a equação de uma circunferência tangente às retas 4x 4- 8y —


— 50 = 0 e 3x — 4y — 25 = 0, cujo raio mede 5.

Resp.: x2 + y2 - 20x +lOy 4- 100 = 0,


x2 + y2 - 36x - 2y 4- 300 - 0,
x2 4- y2 - 24x -18y 4- 200 = 0,
x2 4- y2 — 8x — 6y = 0.
19. Escrever a equação de um lugar geométrico, sabendo que a soma dos
quadrados das distâncias de seus pontos às retas perpendiculares 2x 4- 3y — 6 =■ 0
e 3x — 2y + 8 = 0 e 10. Se fôr uma circunferência, determinar o centro e o raio.
Resp'' 13x2 + 13y2 + 24z—68y—30=0. Centro ( - T = V10-

20. Provar que o lugar geométrico gerado por um ponto tal que a soma dos
quadrados de suas distâncias a duas perpendiculares a\x 4- òiy 4- ci “ 0 e “
— «iy 4- C2 — 0 é igual a uma constante K2 é uma circunferência.

21. Escrever a equação do lugar descrito por um ponto tal que a soma dos
quadrados de suas distâncias a ( — 2, — 5) e (3, 4) é igual a 70. Se fôr uma cir
cunferência, determinar o centro e o raio.
34
2
22. Escrever a equação do lugar geométrico descrito por um ponto, cuja
distância a (2, — 1) está para sua distância a (— 3, 4) na razão de 2/3. Se fôr
uma circunferência, determinar o centro e o raio.
Resp.: x2 4- y2 - 12x 4- 10y - 11 - 0. Centro (6, - 5) r - 6^/^”

23. Provar que é uma circunferência o lugar geométrico descrito por um


ponto, cuja distância a (a, 5) está para a distância a (c, d) numa razão igual a K
(constante).
24. Escrever a equação do lugar geométrico que um ponto descreve, saben­
do que, o quadrado de sua distância a ( — 2, — 5) é igual ao triplo de sua distân­
cia à reta 8x 4- 15y — 34 = 0.
Resp.: 17x2 4- 17y2 4- 44x 4- 125y 4- 595 - 0,
17x2 4- 17y2 4- 92x 4- 215y 4- 391 = 0.
25. Escrever a equação de uma circunferência tangente à reta 3x-4y4-
4- 17 = 0 e concêntrica com a circunferência x2 4- y2 — 4x 4- 6y — 11 — 0.
Resp.: x2 4- y2 — 4x 4- 6y — 36 ■■ 0.

26. Escrever a equação de uma circunferência tangente à circunferência


x2 4- y2 “ 25 no ponto (3, 4) e de raio 10.
Resp.: x2 4- y2- 18x - 24y 4- 125 - 0, x2 + y2 4- 6x 4- 8y - 75 - 0.

27. Uma haste de 30 centímetros move-se com seus extremos apoiados em


dois fios perpendiculares. Determinar o lugar geométrico de seu ponto médio*
Resp.: A circunferência x2 4- y1 " 225.
CIRCUNFERÊNCIA 75

28. Determinar a maior e a menor distâncias de (10, 7) à circunferência


$2 + y2 - 4$ - 2y - 20 = 0.
Resp.*. 15 e 5.
29. Determinar o comprimento da tangente tirada pelo ponto (7, 8) à cir­
cunferência $2 + y2 = 9.
Resp.: 2 y/26.
30. Determinar o comprimento da tangente tirada pelo ponto (6, 4) à cir­
cunferência x2 + y2 + 4$ + 6y — 19 — 0.
Resp.: 9.
31. Determinar o valor de K para o qual o comprimento da tangente tirada
pelo ponto (5, 4) à circunferência x2 4- y2 + 2Ky = 0 é igual a (a) 1, (6). 0.
Resp.: (a) K = - 5; (6) K = - 5,125.
32. Achar as equações dos três eixos radicais das circunferências dadas, to­
madas aos pares, e provar que êles têm um ponto comum.
x2 4- y2 4- 3x — 2y — 4 = 0, x2 4- y2 — 2$ — y ~ 6 = 0 e x2 4- y2 — 1 = 0.
Resp.: 5$ — y 4- 2 = 0, 3$ — 2y — 3 = 0, 2x 4- y 4- 5 = 0.
Ponto de interseção: (—1, —3). Êste ponto é chamado centro radical
das circunferências.
33. Achar as equações dos eixos radicais das três circunferências dadas, to­
madas aos pares. Determinar o centro radical.
$2 4- y2 4- * = o, $2 4- y2 4- 4y 4- 7 = 0, e 2$2+2y24-5$ 4- 3y 4- 9 = 0.

Resp.: $ — 4y — 7 = 0, $4-J/4-3 = 0, x—y —1=0. Centro (— 1,-2).

34. Achar as equações dos eixos radicais das três circunferências dadas,
tomadas aos pares. Determinar também o centro radical.
$2 4- y2 4- 12$ 4- 11 = 0, x2 4- y2 - 4x - 21 = 0, e x2 4- y2 - 4x 4- lôy 4-
4- 43 = 0.
Resp.: $4-2 = 0, x — y — 2 = 0, y 4-4 = 0. Centro (— 2, — 4).
35. Determinar as equações da circunferência que passa pelo ponto (— 2, 2)
e pelos pontos de interseção das circunferências
x2 4- y2 4- 3$ — 2y - 4 = 0 e x2 4- y2 — 2$ — y - 6 = 0.
Resp.: 5$2 4- 5j/2 — 7y — 26 = 0.
36. Achar a equação da circunferência que passa pelo ponto (3, 1) e passa
pelas interseções das circunferências.
x2 4- y2 — x ~ y — 2 = 0 e x2 4- y2 4- 4x — 4y — 8 = 0.
Resp.: 3$2 4- 3y2 - 13$ 4- 3y 4- 6 = 0.
37. Determinar a equação da circunferência que passa pelos pontos de in­
terseção das circunferências $2 4- y2 — 6$ + 2j/ 4- 4 = 0, x2 + y2 + 2x — 4y —
— 6 = 0 e tem centro na reta y = $.
Resp.: 7$2 4- 7y2 - 10$ - 10y - 12 - 0.
Capítulo 5

SEÇÕES CÔNICAS — PARÁBOLA

Definição. A curva plana descrita por um ponto, cujas dis­


tâncias a um ponto fixo e a uma reta fixa estão entre si numa razão
constante, denomina-se seção cônica ou, simplesmente, cônica (*).
0 ponto fixo é o foco da cônica; a reta fixa, a diretriz e a razão
constante, a excentricidade, usualmente representada por e.
As seções cônicas pertencem a três classes, que variam pela for­
ma e por certas propriedades. Tais classes se distinguem pelo valor
da excentricidade e.
Para e < 1, a cônica é uma elipse (**).
Para e = 1, a cônica é uma parábola.
Para e > 1, a cônica é uma hipérbole.
A parábola. Sejam L' L a reta fixa e F o ponto fixo (Fig. 47).
Por F tracemos o eixo dos x,
perpendicular à reta fixa. Fa­
çamos a distância de F a L'L
igual a 2.a. Então, de acordo
com a definição de parábola, a
curva deve cortar o eixo dos x
no ponto 0, ameia distância en­
tre F e LfL. Tracemos por 0
o eixo dos y.
As coordenadas de F são
(a, 0) e a equação da diretriz é
x = — a ou x + a = 0.
(♦) Assim chamada porque a elipse, a parábola e a hipérbole foram primeiramente estudadas
como interseções de um plano e um cone de revolução. Também têm a designação de curvas do
2.° grau. (N. do T.).
(♦♦) A circunferência é uma elipse de excentricidade nula. (N. do T.).
SEÇÕES CÔNICAS — PARÁBOLA 77

PF
Consideremos um ponto qualquer P(x, y), tal que PM ~e ~ L

Temos, pois, \/(x — a)2 + (y — O)2 = x + a.


Elevando ao quadrado, vem
x2 — 2ax + a2 + y2 = x2 + 2ax -f- a2,
ou y2 = 4 ax.
Pela forma da equação, verifica-se que a curva é simétrica em
relação ao eixo dos x. O ponto em que a curva corta o eixo de si­
metria, chama-se vértice. A corda C" C, que passa pelo foco e é per­
pendicular ao eixo, chama-se corda focal mínima ou latus rectum; seu
comprimento é igual a 4.a, coeficiente do termo do primeiro grau.
Se o foco estivesse à esquerda da diretriz, a equação teria a forma
y2 = — 4ax.
Se o foco estivesse sobre o eixo dos y, a forma da equação seria
x2 = ± 4ay,
dependendo o sinal da posição do foco acima ou abaixo da diretriz.
Consideremos agora uma parábola com vértice em (ã, Zc), eixo
paralelo ao eixo dosx efoco à distância a à direita do vértice (Fig. 48).
A diretriz, paralela ao eixo dos y e à distância 2.a à esquerda do foco,
tem por equação x = h — a ou x - h + a = 0.
Seja P(x, y) um ponto qualquer dessa parábola.
Como PF = PM. temos
y/(x — h — a)2 + (y — k)2 =
ou
y2 — 2ky + k2 = 4ax — 4ah,
ou
(y — k)2 = 4a(x — h).
Outras formas típicas são:
(y - k)2 = - 4a (x - h);
(x - h)2 = 4a (y - k);
(x — k)2 = — 4a (y — k).
Desenvolvidas, as equações
tomam a forma
x = ay2 + by + c,
y = ax2 + bx + c.
78 GEOMETRIA ANALÍTICA

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Localizar o foco, achar a equação da diretriz e determinar o compii-

mento da corda focal mínima da parábola 3z/2 = 8x ou y2 = — x.


3
8 2 / 2 \
Solução. Neste caso, 4a = — oua = O fcco é, pois, o ponto í —,0 J

2_
e a equação da diretriz, x
3 *
Para conhecer o comprimento da corda focal mínima devemos determinar
2 4 4 8
y para x — — • Obtemos y = -r-. O comprimento pedido é igual a 2 X -r- =
3 3 3 3

2. Achar a equação da parábola com foco em^O, —V —= 0.

Achar o comprimento da corda focal mínima.


Solução. Seja P(x, y) um ponto qualquer da parábola (Fig. 49).
Temos, então (x — O)2 + ^3/ + “) 4

16
Elevando ao quadrado e simplificando, resulta x2 4—— y 0.
3

3. Deduzir a equação da parábola com vértice em (3, 2) e foco em (5, 2).


Solução. Como o vértice está em (3, 2) e o foco em (5, 2), temos a = 2
(V. Fig. 50). A equação é da forma (y — Zc)2 = 4a (x — h) ou (y — 2)2 = 8 (x — 3).
Simplificando, resulta y2 — 4y — 8x + 28 = 0.
4. Determinar a equação da parábola com vértice na origem, eixo sôbre o
eixo dos y e que passa pelo ponto (6, — 3).
Solução. A forma típica a empregar é x2 = — 4ay.
Como o ponto (6, — 3) pertence à curva, o valor de A deve ser tal que as coor­
denadas do ponto satisfaçam à equação.
Substituindo, vem 36 = — 4a ( — 3); donde a = 3. A equação procurada
é x2 = - 127/.
5. Escrever a equaçãó da parábola com foco no ponto (6, — 2) e cuja dire­
triz é a reta x — 2 = 0.
SEÇÕES CÔNICAS — PARÁBOLA 79

Solução. De acôrdo com a definição, y/(x — 6)2 + (y + 2)2 — x— 2. Ele­


vando ao quadrado, x2 — 12x + 36 + y2 4- 4y 4- 4 ■■ x2 — 4x+ 4. Simplifi­
cando, resulta y2 4- 4y — 8x + 36 = 0.
6. Escrever a equação da parábola de vértice (2, 3), com eixo paralelo ao
eixo dos y e que passa pelo ponto (4, 5).
Solução. A forma típica a ser empregada neste problema é:
(x - h)2 = 4a (y - Jc),
ou (x — 2)2 = 4a (y — 3).
Como o ponto (4, 5) pertence à curva, temos (4 — 2)2 = 4a (5 — 3). Donde
1
a = 2 ‘
A equação pedida é (x — 2)2 — 2 (y — 3) ou x2 — 4x — 2y 4- 10 - 0.
7. Deduzir a equação da parábola de eixo paralelo ao eixo dos x, que passa
pelos pontos (— 2, 1), (1, 2) e ( — 1, 3).
Solução. Empregaremos a forma típica y2 + Dx + Ey + F = O. Substi­
tuindo x e y pelas coordenadas dos pontos, temos
1 - 2D 4- E 4- F - 0,
4 + D + 2tf 4- F - 0,
9-D4-3E4-F-Q.
J2_
Resolvendo estas equações simultâneas, obteremos D —
5 ’

E - - 4.

Portanto, a equação pedida é y2 4- -r- x----- — y 4- 4 — 0> ou 5y2 4- 2x —


o o
- 21j/ 4- 20 = 0.
8. Quanto mede a ordenada de um arco parabólico com 24m de vão e fle­
cha de 18m, situada à distância de 8m do centro do vão ?
Solução. Façamos do eixo dos x o suporte do vão com a origem no centro
dêste (Fig. 51). Então a equação da parábola será da forma
(x — h)2 =» 4a (y — K)
Ou (x — O)2 ■« 4a (y — 18).
A curva passa pelo ponto (12,0). Por sub­
stituição destas coordenadas na equação, ob­
temos a = — 2. Então,
(x - 0)2 - - 8(2/ - 18).
Para determinar a altura do arco a 8m do
centro, façamos x — 8 e tiremos o valor de y.
Teremos 82 — — 8(y — 18), donde y — lOm. O
arco simples mais resistente é o de forma pa­
rabólica.
9. Dada a parábola de equação y2 4- 8y—
— 6x 4- 4 = 0, determinar as coordenadas do
80 GEOMETRIA ANALÍTICA

vértice e do foco, e a equação da diretriz.


Solução. Completanto o quadrado, vem y2 + 8y 4- 16 =« 6x — 4 4- 16 —
- 6z + 12 ou (y + 4)2 = 6 (x + 2).
O vértice está situado em (— 2, — 4). Como 4a = 6, temos a = 3/2.

Portanto, o foco está no ponto (— — 4) e a equação da diretriz é x — -7/2.


í

10. Deduzir a equação da parábola, cujo latus rectum liga os pontos (3, 5) e
(3, - 3).
Solução. Utilizemos a equação (y — k)2 = ± 4a (z — h).
Como o comprimento do latus rectum é 8, temos 4a = 8; logo, (y — k)2 —
- ± 8 (x - h).
Para determinar (h, k), podemos escrever: (5 — k)2 — ± 8 (3 — h) e
(— 3 — k)2 — ± 8 (3 — /i), pôsto que os pontos (3, 5) e (3, — 3) pertencem à
curva (v. Fig. 52). Resolvendo êste par de equações, vemos que a (h, k) corres­
pondem os pontos (1, 1) e (5, 1).
As equações pedidas são
(1) (y - l)2 = 8 (x - 1) ou y2 - 2y - 8x + 9 = 0.
e (2) (y - l)2 = - 8 (x - 5) ou y2 - 2y + 8x - 39 = 0.

11. Deduzir a equação da parábola de eixo horizontal, que tem vértice na


reta 7x 4- 3y — 4 = 0, e passa pelos pontos (3, — 5) e (3/2,1).
Solução. Empreguemos (y — Zc)2 = 4a (x — h). Substituindo h e k pelas
coordenadas dos pontos, obtemos
(- 5 - k)2 = 4a (3 - k) e (1 - k)2 = 4a (-|----- h ).

Como (h, k) pertence a 7x 4- 3y — 4 = 0, temos 7h 4- 3Zc — 4 = 0. Da


resolução simultânea das três equações obtemos h — 1, k — — 1, 4a = 8; e h =*
= 359/119, k = - 97/17, 4a = - 504/17. (V. Fig. 53).
/ 97 \2
Portanto, as equações pedidas são (y 4- l)2 = 8 (x — 1) e ( y 4- yy I =

504 / 359\
17 \ 1 119/'
SEÇÕES CÔNICAS — PARABOLA 81

12. A trajetória de um projétil lançado horizontalmente com a velocidade


de v m/s, da altura de y metros, é uma parábola. A equação dessa curva é:

onde x é a distância horizontal abscissa) do centro de gravidade do projétil à boca


da arma (origem) e g tem o valor aproximado de 9, 8 m/s2.
Uma pedra foi lançada horizontalmente de um ponto situado a 3 metros aci­
ma do solo. Sabendo-se que a velocidade foi de 49 m/s, qual o alcance da pedra
ao encontrar o solo ?
2 X 492
Solução. (-3) e x 1470 38, 35m.
9,8

PROBLEMAS PROPOSTOS
1. Determinar as coordenadas do foco, o comprimento da corda focal mí­
nima e a equação da diretriz das parábolas dadas por suas equações. Fazer os
gráficos.
(a) y2 = 6x.
Resp.: (3/2, 0), 6, x + 3/2 = 0.
(b) x2 8y
Resp.: (0,2), 8, y + 2 - 0.
(c) 3y2 =■ - 4x
Resp.: (-1/3,0), 4/3, x - 1/3 = 0.
2. Deduzir a equação de cada uma das seguintes parábolas:
(a) Foco em (3, 0) e diretriz x 4- 3 = 0.
Resp.: y2 — 12x = 0.
(ò) Foco em (0, 6); a diretriz é o eixo dos x.
Resp.: x2 — \2y 4- 36 = 0.
(c) Vértice na origem, eixo sôbre o eixo dos x e passa pelo ponto (— 3, 6).
Resp.: y2 =■ — 12a;.
3. Achar a equação do lugar geométrico de um ponto que se desloca de mo­
do que sua distância ao ponto (— 2, 3) é igual à sua distância à reta x 4- 6 — 0.
Resp.: y2 — Qy — 8® — 23 = 0.
4. Instituir a equação da parábola de foco em (— 2, — 1), cujo latus rectum
une os pontos (— 2,2) e (—2, 4).
Resp.: y2 — 2y — 6x — 20 = 0, y2 4- 2y 4- 6a; 4- 4 - 0.
5. Formar a equação da parábola de vértice V( — 2, 3) e foco F (1, 3).
Resp.: y2 — 6y — 12a; — 15 — 0.
6. Reduzir cada uma das seguintes equações de parábola à forma típica e
determinar: (a) as coordenadas do vértice, (ò) as coordenadas do foco, (c) o
comprimento da corda focal mínima e (d) a equação da diretriz.
(1) y2 - 4y 4- 6a; - 8 - 0.
Resp.: a. (2,2), b. (1/2,2), c. 6, d. x - 7/2 - 0.
(2) 3a;2 - 9a; - 5y - 2 ~ 0
82 GEOMETRIA ANALÍTICA

Resp.: (a) (3/2, - 7/4), (b) (3/2, - 4/3), (c) 5/3.


(3) ?/2 - 4y - 6x + 13 = 0.
Resp.: (a) (3/2,2), (6) (3,2), (c) 6, (d) x = 0.
7. Achar a equação de uma parábola de eixo paralelo ao eixo dos x e que
passa pelos pontos (3, 3), (6, 5) e (6, — 3).
Resp.: y2 — 2y — 4x + 9 = 0.
8. Determinar a equação de uma parábola de eixo vertical, que passa pelos
pontos (4, 5), (— 2, 11) e ( — 4, 21).
Resp.: x2 — 4x — 2y 4- 10 = 0.
9. Achar a equação de uma parábola com vértice na reta 2y — 3x = 0,
eixo paralelo ao eixo dos x e que passa pelos dois pontos (3,5) e (6, — 1).
Resp.: y2 - Qy - 4x + 17 = 0, llt/2 - 98?/ - 108z 4- 539 = 0.
10. Com a carga uniformemente distribuída, os cabos de uma ponte pênsil
tomam a forma de arcos de parábola. As tôrres de suporte têm a altura de 60
pés e há um intervalo entre elas de 500 pés; o ponto mais baixo de cada cabo fica
a 10 pés do leito da estrada. Considerando o tabuleiro da ponte como eixo dos x
e o eixo de simetria da parábola como eixo dos y, achar a equação da parábola
cuja forma o cabo assimila. Calcular o comprimento de um fio de sustentação
situado a 80 pés do centro da ponte.
Resp.: x2 - 1 250?/ 4- 12 500 = 0; 15,12 pés.
11. Uma bola é lançada horizontalmente do alto do Monumento de Washin­
gton, de 169 metros de altura, com uma velocidade inicial de 12,2 m/s. A que
distância do pé do monumento ela se chocará com o solo, suposto nivelado ?
(g = 9,8 m/s2)
Resp.: 71,65 m.
12. Um avião, voando a 200 km/h para o sul solta uma bomba a 1 200 m
de altura. Que distância para o sul atingirá a bomba ao tocar o solo ?
Resp.: 869,4 in.
13. A flecha de um arco parabólico mede 25 metros e o vão, 40 metros. Qual
a ordenada do arco a 8 metros de cada lado do centro ?
Resp.: 21 metros.
Capítulo 6

ELIPSE

Definição. Elipse é a curva plana descrita por um ponto


que se desloca de modo que a soma de suas distâncias a dois pontos
fixos de seu plano permanece constante. Os dois pontos fixos deno­
minam-se focos da elipse.

Sejam F(c, 0) eF'(- c, 0) D V


to h)
0

os pontos fixos (Fig. 54) e 2a


a soma constante, supondo-se (-a.oX
\ \a.o)

a > c. Seja P{xi y) um pon­ \F'(-c,o) o F(c,o) \ í

to qualquer do lugar geo­


métrico. De acôrdo com a 0'
(o,-W 0
definição, temos Fig . 54

F' P + PF = 2a,

ou v (x + c)2 4- (y - O)2 + y/ (x - c)2 + (y - O)2 = 2a,

ou V (^ + c)2 + (y - O)2 = 2a - V (x - c)2 + (y - O)2.

Elevando ao quadrado e grupando os têrmos, vem

cx — a2 = — a y/ (x — c)2 + (y — O)2.

Elevando ao quadrado e simplificando,


(a2 — c2) x2 + a2 y2 = a2 (a2 — c2).

Dividindo ambos os membros por a2 (a2 — c2), a equação se trans-


x2 y2
forma em — + —------- = 1.
a2 a1 — c2
84 gèométria analítica

Sendo a > c, temos a2 — c2 positivo. Façamos a2 — c2 = b2.


Temos então a forma típica da equação da elipse.

ou
b2 x2 + a2y2 = a2b2.

Como esta equação só contém potências pares de x e y, a curva


é simétrica em relação aos eixos coordenados e à origem. O ponto 0
é o centro da elipse; a maior corda que passa por 0 chama-se eixo maior
e a mais curta, eixo menor.

Se os focos fossem (0, c) e (0, — c), o eixo maior estaria situado


sobre o eixo dos y; donde a forma típica correspondente:

b2 a2
c _ y/a2 — b2
A excentricidade é o valor da razão:
a a 9
donde c = ae.

Como a elipse tem dois focos, há duas diretrizes, As equações


das diretrizes D'Df e DD são respectivamente.

a
e x----------- 0.
e

Se os focos estivessem situados no eixo dos y, as equações das


diretrizes seriam

. o a
y+ — =0 e y------ = 0.
e e

Uma corda que passe por um dos focos e seja perpendicular ao


eixo maior chama-se corda focal mínima ou tatus rectum da elipse.

2b2
Seu comprimento é dado por ------- .
a

Os pontos em que a elipse corta o eixo maior recebem a deno­


minação de vértices.
ELIPSE 85

Quando o centro da elipse é um ponto (A, fc) e o eixo maior é


paralelo ao eixo dos x, verifica-se que a forma tipica da equação da
curva é:

(s ~ A)2 (y — fc)2 =
a2 ò2
ou
- A)2 (y - fc)2 _
ò2 a2
se o eixo maior fôr parale­
lo ao eixo dos y. Em qual­
quer dos dois casos, a forma
geral da equação da elipse é:
Ax* + By2 + Dx + Ey + F=0,
desde que A e B concordem
em sinal.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Tendo em vista a elipse 9x2 4- 16j/2 = 576, calcular o semi-eixo maior,


o semi-eixo menor, a excentricidade, as coordenadas dos focos, as equações das
diretrizes e o comprimento da menor corda focal.
2 2
Solução. Dividindo por 576, obtemos — 4- — 1. Logo o = 8 eò «= 6.

e = . C - Va2 - b2 - 2a/7.
a 4

Coordenadas dos focos: (2 a/7, 0) e (-2\/7,0). Veja-se a Fig. 55.


As equações das diretrizes são

, a
x - ±— ou
e
O comprimento da corda focal pedida é 2ò2/a — 72/8 = 9.
2. Deduzir a equação da elipse que tem centro na origem, um dos focos em
(0, 3) e medida do semi-eixo maior igual a 5.
Solução. Dados: c — 3 e a — 5. Por conseguinte,

6 - Va* - c* - <25-9 - 4.

x* y* x‘ y
Utilizando a forma típica 4—ã- - 1, obtém-se a equação — 4-
o lo 2o
86 GEOMETRIA ANALÍTICA

3. Achar a equação da elipse que tem centro na origem, eixo maior sôbre
o eixo dos x e passa pelos pontos (4, 3) e (6, 2).

x2 y2
Solução. Tomemos a forma típica 4* = 1. Substituindo x e y

pelas coordenadas dos pontos, resultam 4- -p- = 1 e + -p- =1. Da

resolução simultânea vem a2 = 52, b2 — 13. Portanto, a equação pedida é:

T3 =1 ou x' +4^ = 52-

4. Um ponto se desloca de modo que sua distância ao ponto (4, 0) se mantém


gual à metade da distância à reta x — 16 = 0. Determinar a equação do lugar
geométrico.
Solução. Do enunciado deduzimos

V (x-4)2 + (?/ — O)2 = -y- (x — 16), ou x2 — 8x 4- 16 + y2 - ------ .

Simplificando, chegamos à equação pedida 3x2 4- 4i/2 = 192, correspondente


a uma elipse.
5. Um segmento AB, de 12 unidades de comprimento, desloca-se de modo
que A percorre o eixo dos x e B percorre o eixo dos y. P (x, y) é um ponto interior
do segmento e fica situado a 8 unidades de A. Estabelecer a equação do lugar
geométrico descrito pelo ponto P.
Solução. Dos triângulos semelhantes (Fig. 56) tiramos
MA y V 64 - x* _ y
AP ~ PB °U 8 4 ’

Temos, pois, 64 — x2 - 4y2 ou x2 4- 4i/2 = 64. O lugar geométrico é uma


elipse de centro na origem e eixo maior sôbre o eixo dos x.

6. Um ponto P (x, y) move-se de modo que a soma de suas distâncias aos


pontos (4, 2) e (— 2, 2) dá sempre 8. Deduzir a equação do lugar geométrico de P.
Solução. (V. Fig. 57).
ELIPSE 87

F'P + PF = 8 ou x/(x + 2)2 + (y - 2)2 + V (x - 4)2 + (y - 2)2 = 8.


Transpondo o segundo radical, vem

V(x + 2)2 + (y - 2)2 = 8 - V(.x- 4)2 + (y - 2)2.


Elevando ao quadrado e grupando convenientemente os têrmos,
3x - 19 = - 4V(x - 4)2 + (y - 2)2:

Elevando, outra vez, ao quadrado e grupando os têrmos, obtemos a equação


pedida 7x2 + 16y2 — 14x — 64?/ — 41 = 0, pertencente a uma elipse.

7. Dada a elipse de equação de 4z2 + 9t/2 — 48x + 72y + 144 = 0, deter­


minar o centro, semi-eixos, vértices e focos.
tjz _ h')2 (y fc)2
Solução. A equação pode ser posta na forma típica -—------ r—p— = h

completando-se o quadrado.

4 (x2 - 12x + 36) + 9 (y2 + Sy + 16) = 144,


4 (x - 6)2 + 9 (y + 4)2 = 144,

. (V + V = i
36 16

O centro da elipse é o ponto (6, — 4); temos a = 6eò = 4; os vértices são


(0, — 4), (12, — 4) e os focos são (6 + 2 V 5, — 4) e (6—2 x/^ — 4). Veja-se
a Fig. 68.

8. Um arco semi-elítico tem vão de 160 metros e flecha de 45 metros. Há


dois suportes verticais çfue guardam entre si a mesma distância que existe entre
cada um dêles e o extremo do arco mais próximo. Determinar a altura dos su­
portes.

Solução. Façamos o eixo dos x passar pela base do arco, com a origem no
®2 y2
meio (Fig. 69). A forma típica da equação será então ■—g" + = Assim,

a - 75, b = 46.
88 GEOMETRIA ANALÍTICA

Para determinar a altura do suporte da direita, façamos x = 25 na equação


625 v*
e resolvamo-la em relação a y. Temos então - —F = 1, donde

y* - 8 X 225 e y — 30 V 2 metros.

9. A órbita da terra é uma elipse, com o sol em um dos focos.


Sabendo-se que o semi-eixo maior da elipse mede 93 000 000 milhas e que
a excentricidade vale 1/62, aproximadamente, determinar a maior e a menor
distância da terra em relação ao sol.

Solução. Excentricidade: c — Por conseqüência, — ■ C

donde c = 1 500 000.

A maior distância é a -F c = 94 500 000 milhas.


A menor distância é a — c = 91 500 000 milhas.

10. Achar a equação da elipse de centro (1,2) e foco (6,2), sendo (4,6) um
de seus pontos.
Solução. Empreguemos a equação

Como (4,6) pertence à curva, temos

Mas, c = 5; então b2 = a2 — c2 = a2 — 25 e H—s~—“ !•


a* — 25

Resolvendo, obtemos a2 = 45 e b2 = 20. Por substituição, resulta

11. Determinar a equação da elipse de centro (— 1, — 1), vértice (5, — 1)


e excentricidade 2/3.
Solução. Como o centro é (— 1, — 1) e o vértice (5, — 1), temos a — 6,

c c 2
« = — = — -y-; logo c = 4. Temos também b2 = a2 — c2 = 36 — 16 =20.

A equação pedida é:

(£+1/ + (xLD2- i
9C
36 * on
20 *•
ELIPSE

12. Estabelecer a equação da elipse com foco (4, — 3), diretriz x — — 1 e


excentricidade 2/3.

Solução. Tendo-se em vista a defi-


PF
nição geral de seção cônica, « e.

(Fig. 60). Para e < 1, a curva é uma


elipse.
Por conseguinte,
(y/(x-4)2+(y+3)* a _2_.
x+1 3

Elevando ao quadrado ambos os


membros desta equação e simplificando,
temos
5x* + V - 80z 4- 54?/ =
Completando o quadrado,
5 («* - 16x + 64) + 9 tf + 6y 9) = — 221 +320 + 81

OU 5 (x - 8)2 + 9 (y + 3)2 - 180


-8/ j_ (y + 3)2 „ i
OU
36 ' 20

13. Determinar o lugar geométrico dos pontos P (x, y)t tais que o produto
dos coeficientes angulares das retas que os ligam a (3, — 2) e a (— 2, 1) é — 6.
Solução.

*-^4- X *-7-^ - - 6 ou 6x2 + y1 + y - 6x = 38;


X —ó X “T 2

é uma elipse.
14. Determinar a equação da elipse de focos (0,±4), que passa por 3^.

Solução.

144
25b2 + a2 = 1.

Como os focos são (0, ± 4), temos c = 4 e a2 — b2 — 42 — 16. Resolvendo

simultâneamente as duas equações em a2 e b2, achamos a2 ■» 25 e b2 " 9.


Portanto, + -g. - 1.

15. Determinar o lugar geométrico dos pontos que dividem as ordenadas


dos pontos da circunferência x2 + y2 — 25 na r&zão de 3/5.
90 GEOMETRIA ANALÍTICA

3 5
Solução. Façamos y' = y-!/ ou y = — y' e x = x' (Fig. 61). Teremos

Suprimindo os acentos e simplificando, obteremos a equação de uma elipse:

16. Achar a equação da elipse que passa por (—6, 4), (-8, 1), (2, — 4) e
(8, — 3) e tem eixos paralelos aos eixos coordenados.
Solução. Consideremos a Fig. 62. Em x2 4- By2 + Cx + Dy + E = 0,
substituamos x e y pelas coordenadas dos quatro pontos:
16B - 6C +4D + E = - 36,
B - 8C + D + E = - 64,
16B 4- 2C - 4D 4- E = - 4,.
9B 4- 8C - 3D 4- E = - 64.
A resolução déste sistema fornece B = 4, C = — 4, D = - 8 e £ = — 92.
A equação pedida é, pois,
x2 4- 4?/2 — 4x — Sy — 92 = 0 ou
C* ~2)2 . (y - j)2
= 1.
100 25
17. Determinar a equação do
lugar geométrico dos centros das
circunferências tangentes às cir­
cunferências x2 4- y2 « 1 e x24-
4- y2 - 4z - 21 = 0.
Solução. Sejam (x0 y0) as
coordenadas do centro (Fig. 63).
As circunferências dadas têm raios
1 e 5, respectivamente.

(a) 5- V(x<>-2)2+ (3,0-0)^


= V®»2 + V* ~ 1. Fig. 63
È LI P S È 91

Elevando ao quadrado, simplificando e eliminando os índices, obtemos a


equação 8x2 4- 9i/2 — 16x — 64 — 0; é uma elipse. Passando esta equação para
a forma
(* - H2 . (y - o)2 „ i
9 8

vemos que o centro da elipse é (1, 0).

(6) V x02 + y? + 1 = 5— V (xo - 2)* + y<?.

Elevando ao quadrado, simplificando e eliminando os índices, a equação se trans­


forma em

3x2 + 4y2 — Qx — 9 = 0 ou . *) + ) = 1.
4 3
O centro desta elipse é (1, 0).

18. Os segmentoB que ligam um ponto qualquer de uma elipse aos focos
denominam-se raios vetôres. Determinar as equações dos suportes dos raios
vetôres da elipse 3z2 + 4t/2 — 48 no ponto (2, 3).

X2
Solução. Escrevamos a equação assim: — + — 1. Então, temos
lo 12
c = ± \/16 - 12 = ± 2.

Os focos são (± 2, 0). A equação do suporte do raio vetor que une (2, 0)
a (2, 3) é x — 2 = 0; a do suporte do raio vetor que liga (— 2, 0) a (2, 3) é

y - 0 - 4+Y + 2) ou 3x - 4y + 6 - 0.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Para cada uma das elipses dadas determinar: (a) o comprimento do semi-
-eixo maior, (ò) o comprimento do semi-eixo menor, (c) as coordenadas dos focos,
(d) a excentricidade.

X2
=1. Resp.-. (o) 13, (ft) 12, (c) (± 5,0) (d)
(1) 169 4-1 - 144

x^ 2/2 = 1. Resp.-. (a) 2 vT, (b)2 VMc)(0,±2),(d)^’


(2) 4- ■
8 12

(3) 225z* + 289j/‘ - 65 025 Resp.-. (a) 17, (6) 15, (c) (± 8,0), (d) -yy.

2. Cada uma das elipses consideradas abaixo está numa posição caracterís­
tica e tem centro na origem. Determinar a equação da curva, para as condições
de cada caso.
92 GEOMETRIA ANALÍTICA

(1) Focos (± 4, 0); vértices (± 5, 0). Resp.: 4- - 1.


2o y
-2 ví
(2) Focos (0, ± 8); vértices (0, ± 17). Resp.: 225 + ^9 “ L

(3) Comprimento do latus reclum — 5; vértices (± 10, 0).

Reip ' ÍÕÕ + 25 ” L

(4) Focos (0, 6); semi-eixo menor — 8.

5 x2 2
(5) Focos (± 5, 0); excentricidade - —. Resp.: - 1.
8 o4 ov

3. Escrever a equação da elipse de centro na origem e focos no eixo dos x


qtie passa pelos pontos ( — 3, 2 y/ 3) e (4, 4\/5/3).

Resp.: 4a;2 + 9y2 — 144.


4. Escrever a equação da elipse de centro na origem, semi-eixo maior com
4 unidades de comprimento situado sôbre o eixo dos y e corda focal mínima
igual a 9/2.
Resp.: 16a;2 4- 9j/2 - 144.
5. Um ponto P (a;, y) se desloca de modo que a soma de suas distâncias aos
dois pontos (3, 1) e (— 5, 1) é 10; Deduzir a equação do lugar geométrico des­
crito e dizer a natureza da curva.
Resp.: 9a;2 4- 25J/2 4- 18a; — 50y — 191 — 0; elipse.
6. Um ponto P (xt y) se move de modo que a soma de suas distâncias a
(2, — 3) e (2, 7) é 12. Deduzir a equação do lugar geométrico gerado por P.
Resp.: 36a;2 4- Hy2 - 144a; - 44y - 208 = 0.
7. Um ponto se desloca de modo que sua distância ao ponto (3,2) fica sempre
igual à metade de sua distância à reta x 4- 2 = 0. Deduzir a equação de seu
lugar geométrico. Qual a natureza da curva?
Resp.: 3a^ 4- 4y2 — 28a; — 16j/ 4- 48 — 0; elipse.
8. Dâ-se â elipse de equação 9x2 4- 16y2 — 36a; 4- 96y 4- 36 ■= 0. Deter­
minar: (a) as coordenadas do centro, (b) o semi-eixo maior, (c) o semi-eixo menor,
(d) os focos e (e) o comprimento do latus reclum.
Resp.: (o) (2, - 3), (5) 4, (c) 3, (d) (2 ± %/T, - 3), (e) 4,5.
9. Achar a equação da elipse com centro em (4, — 1), foco em (1, — 1) e
que passa por (8, 0).
2 2
Re»p.: (~~4) + = 1, pu «’ + 2y* - 8x + 4» = 0.
E L I P sn 93

10. Achar a equação da elipse com centro em (3, 1), vértice (3, — 2) e
e = 1/3.
2 2
Resp.: ~3)- + fy-~ 1 ■ = 1 ou 9x* + 8y* - Mx-l(iy + 17=0.
o y

11. Achar a equação da elipse que tem um dos focos em (—1, — 1), dire-
*v^2*
triz x = 0 e e = •
2

fíesp.: x2 4- 2y2 4- 4x 4- 4y + 4 = 0.

12. Um ponto P (xt y) se move de modo que o produto dos coeficientes


angulares das duas retas que ligam P aos pontos (—2, 1) e (6, 5) dá sempre — 4.
Provar que o lugar geométrico descrito por P é uma elipse e localizar o centro.

Resp.: 4x2 + y2 — 16® — 61/ — 43= 0. Centro: (2,3).

13. Um segmento ABf de 18 unidades de comprimento, desloca-se de modo


que A fica sempre no eixo dos y e B no eixo dos x. Achar a equação do lugar
geométrico gerado por um ponto P(®, y), sabendo que pertence ao segmento e
fica situado a 6 unidades de B.

Resp.: x2 4- 4j/2 = 144; é uma elipse.

14. Um arco tem forma de semi-elipse, tendo como vão o eixo maior. Se
ó vão medir 80 metros e a altura 30 metros, qual a altura do arco em um ponto
a 15 metros do eixo menor?

Resp.: -^7- V 55 metros.


4
15. A órbita da terra é uma elipse e o sol ocupa um dos focos. Sabendo
que o semi-eixo maior tem 92,9 milhões de milhas e que a excentricidade é de
0,017, determinar com três algarismos significativos a maior e a menor distância
da terra ao sol.

Resp.: (94,5; 91,3) milhões de milhas.

16. Achar a equação da elipse de focos (± 8, 0), que passa por (8, 18/5).

. y2
Resp.:
100 36

17. Determinar o lugar geométrico dos pontos que dividem as ordenadas

da circunferência x2 4-1/2 “ 16 na razão

Resp.: x2 4- 4tf = 16.

18. Achar as equações dos raios vetores traçados ao ponto (1, — 1) da elipse
®2 4- 5j/2 - 2® 4- 20j/ 4- 16 - 0.
Resp.: x — 2y — 3 «■ 0, ® 4" 2y 4" 1 — 0.
94 GEOMETRIA ANALÍTICA

19. Estabelecer a equação da elipse que passa pelos pontos (0, 1), (1, — 1),
(2, 2), (4, 0) e cujos eixos são paralelos aos eixos coordenados.
flesp.: 13a?2 + 23?/2 - 51x - 191/ - 4 = 0.

20. Determinar a equação do lugar geométrico descrito pelo centro de uma


circunferência tangente às curvas x2 + y2 = 4 e x2 4- y2 — 6rr — 27 = 0.
Resp.'. 220x2 + 256t/2 - 660z - 3025 = 0 e
28x2 4- 64z/2 - 84x - 49 = 0.
Capítulo 7

HIPÉRBOLE

Hipérbole. Um ponto descreve uma curva plana de tal modo


que a diferença de suas distâncias a dois pontos F (c, 0) e Fz ( — c, 0)
de seu plano permanece igual a 2a, sendo a uma constante que sa­
tisfaz à condição a < c. Determinar a equação do lugar. Ver a
Figura 64. Os dois pontos fixos F e F' denominam-se focos da hi­
pérbole.

Seja P (x, y) um ponto qualquer do lugar.


Temos, então,
F' P - PF = 2a
ou
Ví* + c)2 + {y - O)2 - \/(x - c)2 + (y - O)2 = 2a.
Transpondo um dos radicais, vem
V(* + c)2 + (y - O)2 = 2a+ V(* ~ c)2 + (y— O)2.
Elevando ao quadrado e grupando convenientemente os termos,
cx — a2 = a \/(x — c\- + y2.
96 GEOMETRIA ANALÍTICA

Elevando novamente ao quadrado e simplificando,


(c2 — a2) x2 — a2 y2 = a2 (c2 — a2).
Dividindo ambos os membros por a2 (c2 — a2), a equação se trans­
forma em:

Como c > a, c2 — a2 é positivo. Podemos fazer c2 — a2 = b2.


Temos, pois, a forma típica da equação da hipérbole de centro
na origem e focos no eixo dos x:
£1 _ = 1
a2 b2
Quando os focos estão em (0, c) e (0, — c), a forma típica corres­
pondente é:
y2 _ = !
a2 b2
A forma geral da equação de centro na origem e focos nos eixos
coordenados é Ax2 — By2 = =fc 1, adotando-se o sinal positivo quando
os focos estiverem no eixo dos x.
Como a equação só contém potências pares de x e y, a curva é
simétrica em relação aos eixos coordenados e à origem.
O eixo transverso (*) é A'A, de comprimento igual a 2a. O eixo
não transverso (**) é B'B, de comprimento igual a 2b. Ver Figura
65. ____
. . ,_ _ . c \/a2+b2
A excentricidade é o valor da razão e = — =---------- .
a a
Verifica-se que e > 1, de acôrdo com a definição geral de cônica.

As equações das diretrizes DD e D'D' são x = ± —, quando os focos


e

estão situados no eixo dos x e y = ± —, se os focos estiverem no


e
eixo dos y.
Os vértices da hipérbole são os pontos em que a curva corta o
eixo transverso.

(♦) Também chamado eixo real (N. do T.).


(♦•) Eixo conjugado ou imaginário (N. do T.).
HIPÉRBOLE 97

O comprimento da corda focal mínima (latus rectum) é dado por


—As equações das assíntotas são y = ± — x, quando o eixo
a a
dos x suporta o eixo transverso, y = ± -y x, quando o suporte do
eixo transverso é o eixo dos y.
Se o centro da hipérbole estiver em (h, k) e o eixo transverso
fôr paralelo ao eixo dos x, a forma típica da hipérbole será
(X - h)2 _ (y - k}2 =
a2 &2
Se o eixo transverso fôr paralelo ao eixo dos ?/, a equação será
(y - fc)2 _ (* - h}2 =
a2 b2
As equações das assíntotas são y — k = ± — (x — h), quando o

eixo transverso é paralelo ao eixo dos x, e y — k = ± ~ (x - h^'

quando o eixo transverso é paralelo ao eixo dos y.


A forma geral da equação da hipérbole de eixos paralelos aos
eixos coordenados é:
Ax2 — By2 + Dx + Ey + F = 0,
onde A e B têm o mesmo sinal.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Determinar a equação da hipérbole de centro na origem e eixo trans­


verso no eixo dos y, que passa pelos pontos (4, 6) e (1, — 3).
y2 X2
Solução. Na equação ------- ~ L substituamos x e y pelas coor­

denadas dos pontos dados. Temos então


36 _ 16 _ _9_____ L _ i
a2 b2 ~ a2 b2 ~ ’
Resolvendo simultaneamente êste par de equações, obteremos a2 « 36/5 e
b2 = 4.
by2
Substituindo e simplificando, vem -y- = 1 ou 5y2 - 9z2 = 36.
36
2. Achar as coordenadas dos vértices e dos focos, as equações das diretrizes
e as equações das assíntotas, calcular a corda focal mínima e a excentricidade e
traçar o gráfico da hipérbole 9z2 — 16t/2 = 144.
98 GEOMETRIA ANALÍTICA

x2 y2
Solução. Escrevamos a equação dada sob a forma —------ — = 1.
ío y
Vemos que a = 4, b = 3 e c = \/16 4- 9 = 5.
As coordenadas à origem são (± 4, 0) e os focos são (± 5, 0). (Ver Fig. 66).
c
Para valor da excentricidade temos e = -j- e as equações das dire­
a

trizes são x = ± —
e
2b_2 18 9_
O latus reclum (corda focal mínima) mede
a 4 2

As equações das assíntotas são y

3. Determinar a equação da
hipérbole de eixos paralelos aos
eixos coordenados e centro na
origem, cuja corda focal mínima
mede 18 e a distância entre os
focos é igual a 12.
Solução. Latus rectum =
2b2
= — = 18 e 2c = 12. Portanto,
a
b2 = 9a e c — 6. Como b2 = c2 — Fig. 66
— a2 = 36 — a2, resulta 9a = 36 — a2 ou a2 + 9a — 36 = 0.
Resolvendo, temos (a — 3) (a 4- 12) — 0; donde a\ = 3 e a^ = — 12. Rejei­
tamos a2 = — 12.

Sendo a2 = 9, temos b2 «= 36 — 9 — 27; logo as duas equações pedidas são

(a) í ~ è ~1 ou 3x2 - yt ■27 e (6) 4 ~ = 1


ou
3y2 - x2 - 27. (Ver Fig. 68).
HIPÉRBOLE 99

4. Determinar a equação da hipérbole que tem os focos em (0, ± 3) e eixo


não transverso igual a 5.

Solução. Dados: c = 3 e b — —

Temos, então
a2 = c2 _ ò2 = 9 _ 11
4 4

11/4 25/4
ou
100 y2 - 44x2 = 275.

5. Determinar a equação da hipérbole de centro na origem, eixo transverso

Solução. Dados: e = a + ? ee Zatus


— tatus rectum = — =
rectum = = 66 ou
ou
a 2 a
b2 = 3a.
Resolvendo simultâneamente

a2 4- b2 — — e ò2 = 3a, obtemos a2 = 16, b2 = 12.

16 12
ou
3a;2 - 4J/2 = 48.

6. Um ponto se desloca de tal modo que o produto de suas distâncias orien­


tadas às retas 4a; — 3y + 11 = 0e4a;+32/+5=0é igual a 144/25. Achar a
equação do lugar geométrico descrito.
Solução. Seja P (x, y) um ponto qualquer do lugar (Fig. 69).

Temos então
4x- 3y + 11\ / 4x + 3y + 5 \ 144
( - 55
- ; \ -
- 55 ) ~ 25

Simplificando, vem
16a;2 - 9j/2 + 64o; + 18y - 89 - 0
ou
(i±A)2 _ (y - *)* „ x
9 16
que é a equação de uma hipérbole, cujas assíntotas são as retas dadas.
100 ÔÉOMÈTRÍA ANALÍTICA

7. Um ponto (x, y) se desloca de tal modo que sua distância ao ponto (0, 4)
Sé conserva igual a 4/3 de sua distância à reta 4y — 9 » 0. Determinar a equa­
ção do lugat.

Solução. (V. Fig. 70).

V(X -0 )’ + (!/ -4)í =

Elevando ambos os membros ao quadrado e simplificando, temos


9x2 - 7y2 + 63 = 0
ou

que é a equação de uma hipérbole.

8. Achar a equação da hipérbole que tem centro na origem e um dos vértices


no ponto (6, 0), sabendo-se que a equação de uma das assíntotas é 4x — 3y ■= 0.
4
Solução. Escrevamos a equação da assíntota dada sob a forma y — ~^~x‘

x2 y2 b b 4
As assíntotas de -5- — — 1 são y = ± — x. Temos, pois, — = -r-.
a2 b2 a a ò

Como um dos vértices se encontra em (6, 0), a =» 6 e

A equação é por conseguinte


’ 36

9. Determinar a equação da hipérbole de centro em (— 4, 1), vértice em


(2, 1) e semi-eixo não transverso igual a 4.

Solução. A distância entre o centro e o vértice é 6; logo a = 6.


O semi-eixo não transverso é 4; logo b = 4.
HIPÉRBOLE 101

2 (y-k}2
Substituindo em (. .) _ " 1, obtemos
b2
(£±±)2 _ O — i)2 = i
36 16

10. Determinar (a) o centro, (ò) os vértices, (c) os focos, (d) as equações
das assíntotas e (e) fazer um esbôço da hipérbole cuja equação c 9x2 — 16,v2 —
- l&c - 64?/ - 199 = 0.

Solução. (V. Fig. 71). Com­


pletemos o quadrado e escreva­
mos a equação na forma típica
(* ~ft)2 _ (!/ - fe )2i
a2 b2
9 (z2 - 2z + 1) - 16 (y2 + 4y +
+ 4) = 199 - 64 + 9,
9 (x - l)2 - 16 (j/ + 2)2 - 144,
(* -1 )2 _ (y + 2)2 = i
16 9
Resp. a. (1, — 2);
b. ( - 3, - 2), (5, - 2);

c. (-4, -2), (6, -2); d. y + 2

11. Escrever a equação da hipérbole que passa pelo ponto (4, 6) e cujas
assíntotas são y — =b V 3 x.

x2 v2
Solução. As assíntotas da hipérbole — ” 1 são dadas por

b
y =± — x.
a

y % -^ + 4-
Alternando, —r~ = ± — ou -i- - 4- = 0 e 0.
b a a b a b

Tendo-se em conta -------- 0 -0 segue-

X2 y2
-se que as equações das assíntotas de ---- = 1 podem ser determinadas

anulando-se o primeiro membro da equação da curva e fatorando. Assim, no


presente problema a equação da hipérbole tem a forma

(y - 3x) (y 4- y/ 3x) = C (constante).


102 GEOMETRIA ANALÍTICA

Substituindo x e y pelas coordenadas do ponto (4, 6), vem


(6-4 V 3) (6 + 4 V 3) = C = - 12.

Portanto, a equação procurada é

(y-V3x) (V +V<3x)- -12


OU
3z2 - y2 = 12.

Dejinição. Duas hipérboles chamam-se conjugadas quando o eixo transverso


e o não transverso de uma são, respectivamente, o eixo não transverso e o trans­
verso da outra. Se a equação de uma hipérbole estiver escrita na forma típica,
determina-se a equação da hipérbole conjugada, trocando os sinais dos coeficientes
de x2 e y2 na equação dada.
x2 y2
12. Escrever a equação da hipérbole conjugada de —----- — = 1.
9 16

Escrever as equações das assíntotas e determinar as coordenadas dos focos


de cada curva.
x2 y2
Solução. A equação da hipérbole conjugada é------ —|- vz- = 1.
9 16

Para cada hipérbole, c = \/9 4- 16. = 5. As coordenadas dos focos são,


pois, (±5, 0), para a hipérbole dada, e (0, ± 5) para a hipérbole conjugada.

As equações das assíntotas, y = ± — X, são as mesmas para ambas as hi­

pérboles.

13. Deduzir a equação do lugar geométrico gerado por um ponto P (x, y)


que se desloca de modo que o produto dos coeficientes angulares das retas que,
o unem a ( — 2, 1) e (4, 5) é sempre 3.

Solução. y ~ X V ~ = 3.
x +2 x — 4

Simplificando, obtemos
3a;2 - y2 4- &y - Qx - 29 - 0,
que é a equação de uma hipérbole.

14. Provar que a diferença das distâncias do ponto da hipér­

bole 64o;2 — 36z/2 — 2 304 aos focos é igual à medida do eixo transverso. Tais
distâncias são os raios vetores do ponto.
x2

Solução. Escrevamos a equação sob a forma —-


36
Teremos, então c = ± V 36 + 64 = ± 10.
HIPÉRBOLE 103

O comprimento do eixo transverso é 2a « 12.

A diferença das distâncias de (s'aos focos ( ± 10, 0) é

^/(8 + 10)2 + - O)’ - (8 - 10)2 +

58
3

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Determinar (a) os vértices, (b) os focos, (c) a excentricidade, (d) a corda


focal mínima e (e) as equações das assíntotas de cada uma das seguintes hipér-
boles:

(1) 4z2 - 45t/2 = 180; (2) 49 y2 - 16x2 - 784


(3) x2 — y2 =* 25

Resp.: (1) a. (±3 a/5,0); 6. (±7,0); c. Z-/*L


15
s vt . . 2 vt „
d. e. y ± w x.

(2) a. (0, ±4) 6. (0, ± <65); c.


4
, 49 4
d- ~2~ > V - ± —x.

(3) a. (±5,0); 6. (±5 <2,0); c. V?; d. 10; e. y - ±x.

2. Escrever as equações das hipérboles, em relação às quais se dão as se­


guintes condições:

(a) Eixo transverso, 8; focos em (± 5,0). Resp.: 9x2 — 16i/2 — 144»


(b) Eixo conjugado, 24; focos em (0, ± 13). Resp.: 144y2 — 25z2 « 3600
(c) Centro em (0,0), um foco em (8,0) e um vértice em (6,0).
Resp.: 7x2 - 9t/2 = 252

5. Um ponto se desloca de modo que a diferença de suas distâncias a (0,3.


e (0, — 3) é 5. Deduzir a equação de seu lugar geométrico.

Resp.: 44x2 - 100j/2 - 275.

4. Determinar a equação do .lugar geométrico gerado por um ponto que


se desloca de modo que sua distância a (0,6) é 3/2 de sua distância à reta y — 8/3 «0.

Resp.: õj/2 — 4x2 « 80.


104 GEOMETRIA ANALÍTICA

5. Escrever a equação da hipérbole de centro na origem, eixo transverso


no eixo dos y, comprimento da corda focal mínima igual a 36 e distância entre os
focos 24.
Resp.: 3y2 - x2 = 108.

6. Escrever a equação da hipérbole de centro na origem, eixo transverso


sôbre o eixo dos y, excentricidade 2 y/ 3, comprimento do lalus rectum 18.

Resp.: 121y2 - llz2 = 81.

7. Escrever a equação da hipérbole com centro na origem, eixos sôbre os


eixos coordenados e que passa pelos pontos (3, 1) e (9, 5).
Resp.: x2 — 3y2 — 6.

8. Deduzir a equação da hipérbole de vértices em (±6, 0) e assíntotas


Gy = =E 7x.
Resp.: 49x2 - 36?/2 = 1 764.

9. Determinar a equação do lugar geométrico descrito por um ponto que


se desloca de modo que k diferença de suas distâncias a (— 6, —4) e (2,-4) é 6.

Resp., _ (^±1 )2 = !.

10. Achar as coordenadas (a) do centro, (ò) dos focos, (c) dos vértices e esta"
belecer (d) as equações das assíntotas da hipérbole 9x2 — 16z/2 — 36z — 32?/ —
- 124» = 0.
Resp.: a. (2, - 1); b. (7, - 1), (- 3, - 1); c. (6,-1), (- 2, - 1);

d. y + 1 = ± (x - 2).

11. Um ponto se desloca de modo que o produto dos coeficientes angulares


das retas que o unem aos pontos (—2, 1) e (3, 2) é 4.

Provar que o lugar é uma hipérbole.

Resp.: 4x2 — y2 — 4x + 3?/ — 26 = 0.

12. Um ponto se desloca de modo que o produto de suas distâncias orien­


tadas às retas 3x — 4y + 1=0 e 3x + 4?/ — 7=0 é 144/25. Determinar a
equação do lugar. Que curva é essa ?

Resp.: 9z2 — 16i/2 — 18z + 32?/ — 151 = 0. É uma hipérbole.

13. Achar a equação de uma hipérbole, sabendo que o centro é (0, 0), um
dos vértices é (3, 0) e a equação de uma das assíntotas é 2x — 3?/ = 0.

Resp.: 4x2 — 9?/2 = 36.

14. Escrever a equação da hipérbole conjugada da hipérbole do problema 13.

Resp.: 9y2 — 4x2 = 36.


HIPÉRBOLE 105

15. Determinar os pontos de interseção das hipérboles dadas por suas equa­
ções e traçar as curvas:

x2 - 2y2 4- x + Sy - 8 - 0,
3x2 - 4y2 + 3x 4- 16y -18-0.
Resp.: (1,1), (1,3), (-2,1), (-2,3).

16. Provar que a diferença das distâncias do ponto da hipérbole

9x2 — 16t/2 = 144 aos focos é igual ao comprimento do eixo transverso. Essas
distâncias são os raios vetores do ponto.
Capítulo 8

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

Introdução. Sucede algumas vêzes que a escolha dos eixos


feita no início da resolução de um problema não conduz à forma mais
simples da equação. Uma equação pode ser simplificada por uma
transformação adequada dos eixos. Isso pode ser efetuado em dois
estágios: um, chamado translação de eixos; outro, chamado rotação
de eixos.

Translação de eixos. Seja OX e OY os eixos primitivos e


0'X' e 0’Y' os novos eixos, respectivamente paralelos aos primeiros
(Fig. 72). Admitamos também
que a nova origem referida,
aos primitivos eixos, seja o
ponto (à, k).
Seja P um ponto qualquer
do plano; admitamos que suas
coordenadas referidas aos primi­
tivos eixos sejam (x, y) e referi­
das aos novos sejam (x' , y').
Vamos determinar x e y em
função de x',

x = MP = MM’ + M'P = A + x'


e
y = NP = NN' + N'P = k + y'.
As fórmulas de translação são, pois, as seguintes:
x = x’ + h, y = y' + fc.
TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS 107

Rotação de eixos. Sejam OX e 07 os eixos primitivos e OX'


OY', os novos eixos (Fig. 73). 0 é a origem comum dos dois sistemas.

Consideremos o ângulo
X'0X, segundo o qual os
eixos giraram, e designemo-lo
por 0. Seja ainda P um
ponto qualquer do plano, de
coordenadas (x, y), quando
referidas aos primitivos eixos,
e (x', y'), referidas aos novos
eixos. Determinemos x e y
em função de x', y' e 0:
x = OM = ON - MN
= x' cos 0 — y' sen 0
e
y = MP = MM' + M’P = NNr + M'P
= xf sen 0 + y’ cos 0.

Portanto, as fórmulas de rotação dos eixos, segundo um ângulo


0, são:
x = x' cos 0 — y' sen 0
y = x' sen 0 + y' cos 0.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Determinar a equação da curva 2x2 + 3y2 — 8x + 61/ = 7, depois que


a origem foi transferida para o ponto (2, — 1).

Solução. Fazendo na equação pro­


posta x = x' 4- 2 e y = y' — 1, obtemos

2 (xf 4- 2)2 4- 3 (y' - l)2 - 8 (xf 4- 2) 4-


4-6(2/'- 1) = 7.

Desenvolvendo e simplificando,
surge a equação da curva referida aos
novos eixos:
2x'2 4- 3J/'2 = 18.

Esta é a equação típica da elipse com


centro na nova origem e eixo maior sôbre
o eixo dos x'f tendo por semi-eixos
a - 3 e b = (V. Fig. 74).
108 GEOMETRIA ANALÍTICA

. 2. Determinar a translação de eixos que transforme a equação 3x2 — 4y2 +


4- 4- 24y = 135, numa outra, cujos coeficientes dos têrmos de primeiro grau
sejam nulos.

Solução. Substituamos x e y por seus valores xf 4- h e y' 4- k, respectiva­


mente, e grupemos os coeficientes das diferentes potências de x' e y'.
3 (xf 4- h)2 - 4 (yf + fc)2 4- 6 (x' 4- fc) 4- 24 (/ 4- fc) = 135
ou
3z'2 - 4t/'2 4- (6fc + 6) x' - (8fc - 24) y' 4- 3fc2 - 4fc2 + 6fc 4- 24fc = 135
Das condições 6fc 4- 6 = 0 e 8fc — 24 = 0, tiramos fc = — 1, fc = 3. A
equação se transforma, pois, em
3x'2 - 4?/'2 = 102.

É esta a forma típica da equação da hipérbole de centro na origem, eixo trans­


verso sôbre o eixo dos xf tendo o semi-eixo transverso por medida y/ 34.

Outro método. O método seguinte é freqüentemente utilizado na eliminação


dos têrmos de primeiro grau.

Completando o quadrado,
3x2 - 4z/2 4- 4- 24?/ = 135
transforma-se em
3 (x2 4- 2x 4- 1) - 4 (y2 - Gy 4- 9) = 102
ou
3 (x 4- l)2 - 4 (y - 3)2 = 102.

Façamos agora x + 1 = x' e y — 3 = y'. A equação se transforma em


3x'2 - 4?/'2 = 102.
3. Achar a equação da parábola x2 — 2xy 4- y2 4- 2x — 4y 4- 3 =» 0 após
uma rotação de 45° nos eixos.

Solução.
3/ y
x — x' cos 45° — y' sen 45° = —j=-
V 2
e
íc' 4— u'
y = x' sen 45° 4- y' cos 45° = —•

Substituindo êstes valores na equação proposta, vem


TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS 109

Desenvolvendo e simplificando, a equação se reduz a 2y'2 — y/ 2 x' — 3 y/2 y' +

+ 3 = 0, ou seja, uma parábola de vértice em e eixo para­

lelo ao novo eixo dos x'.

4. Determinar o ângulo, segundo o qual os eixos devem girar para eliminar


o têrmo em xy (*) na equação 7x2 — 6 V 3 xy 4- 13 y2 = 16.

Solução. Na equação dada substituamos x por x’ cos 0 — y' sen B e y por


x’ sen B 4- y' cos 6.

Temos, pois,
7(x' cos B — y' sen B)2 — 6 y/ 3 (x’ cos B — yf sen B)
(x' sen B + y' cos B) 4- 13 (x' sen B + y' cos B)2 = 16.

Desenvolvendo e grupando os coeficientes dos diferentes têrmos,


(7 cos2 B — 6 y/~3 sen B cos B 4- 13 sen2 B) x'2 4-
4- [ 12 sen B cos B — Qy/ 3 (cos2 B — sen2 9)]x'y' +
+ (7 sen2 9 + 6\/ 3 sen 6 cos 9 + 13 cos2 9) y’2 — 16.

Para eliminar o têrmo em x'yf, façamos seu coeficiente igual a zero e resol­
vamos a equação obtida em relação a B.

12 sen B cos B — 6 y/ 3 (cos2 B — sen2 B) = 0,


ou
6 sen 2 0 — 6 y/ 3 (cos 2 B) = 0.
Então
tg 2 B = V 3^ 2 0 = 60°, e B = 30°.

Substituindo B por êste valor, a equação se reduz a x'2 4- 4y'2 = 4. Esta


é a equação de uma elipse de centro na origem e eixos situados sôbre os novos
eixos coordenados. Os semi-eixos são a = 2 e b — 1.

A forma majs geral da equação do segundo grau é:


Ax2 4- Bxy 4- Cy2 + Dx + Ey + F = 0.

Demonstra-se, na discussão geral desta equação, que o ângulo B, de que é


necessário girar os eixos para eliminar o têrmo retângulo, pode ser calculado por
intermédio da fórmula
tg2(?= Ã^c-

(♦) Têrmo retângulo (N. do T.)


110 GEOMETRIA ANALÍTICA

5. Por meio de translação e rotação dos eixos coordenados reduzir a equação


5z2 + Gxy + 5y2 - 4x + 4y - 4 = 0
a sua forma mais simples. Traçar a curva, apresentando os três sistemas de
eixos coordenados.
Solução. Para eliminar os termos do primeiro grau, façamos
x = x' 4- h e y = y’ + k.
5 (x' + h)2 4- 6 (xf 4- h) (y' + k) + 5 (yf + k)2 - 4 (x' + à) 4-
+ 4(y' + fc) - 4 = 0.
Desenvolvendo e grupando convenientemente os têrmos, vem
5x'2 + 6x'y' 4- 5y'2 4- (10A 4- 6fc - 4) x' 4- (10fc 4- 6 h+ 4) y' 4-
4- 5/i2 4- Qhk 4- 5k2 - 4h 4- 4k - 4 = 0.
Façamos 10/t 4- 6A — 4 = 0 e 10/c + 6à 4- 4 = 0. Resolvendo o sistema
formado, obtemos à = lefc=— 1. A equação reduz-se então a
5x'2 4- 4- 5t/'2 = 8.

Para determinar 6 utilizaremos a expressão


6
OO .
5-5
Logo, 2 6 = 90°, donde 6 - 45°.
As fórmulas de rotação são
x" + y"

Substituindo,

Df ,envolvendo e simplifican­
do, a equação reduz-se a
4z"2 + y"2 = 4,
correspondente a uma elipse com
os eixos sôbre os eixos dos x" e
dos y", com o centro na nova ori­
gem, cujo semi-eixo maior mede 2
e o semi-eixo menor mede 1. (V.
Fig. 75).
A EQUAÇÃO GERAL Ax2 + Bxy +
+ Cy2 + Dx 4- Ey + F = 0, ex­ Fig. 75
ceto em casos particulares, representa uma cônica.
Pode-se demonstrar que para
B2 - 4AC < 0, a curva é uma elipse,
B2 - 4AC = 0, a curva é uma parábola,
B2 - 4AC > 0, a curva é uma hipérbole,
TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS 111

Nos casos particulares a que nos referimos, o lugar geométrico pode apre­
sentar-se como duas retas, como um ponto ou ser imaginário.

6. Determinar a natureza do lugar geométrico da seguinte equação:


4z2 — 4xy + y2 — 6x + 3y + 2 = 0.
Solução. Como B2 — 4AC = 16 — 16 = 0, o lugar pode ser uma pará­
bola.

Se gruparmos os têrmos convenientemente, a equação poderá ser fatorada*


(4x2 — 4xy + y2) — 3 (2x — y) + 2 ® 0,
(2x - y)2 - 3 (2x - y) + 2 = 0,
(2x - y - 1) (2x - y - 2) = 0.
O lugar geométrico é constituído por duas retas paralelas,
2x — y — 1=0 e 2x — y — 2=0.

7. Determinar a natureza do lugar geométrico da equação


9z2 - 12xi/ + 7y2 + 4 = 0.

Solução. Neste caso B2 — 4AC = (144 — 252) < 0, condição necessária


para uma elipse.
Todavia, se escrevermos esta equação sob a forma
(3x - 2i/)2 + 3i/2 + 4 = 0,
veremos que nenhum valor real de x e y verifica a equação. O lugar é, pois, ima­
ginário.

Outro método consiste em resolvermos a equação em relação a y, por meio


da fórmula da equação do segundo grau.

_ + 12x =b V(12x)2 - 4 (7) (9x2 + 4) _ + 6x =fc y/ - (27x2 + 28)


V 2 (7) “ 7
O lugar geométrico é imaginário para todos os valores reais de x.

8. Eliminar os têrmos do primeiro grau de


3x2 + 4i/2 - 12x + 4y + 13 = 0.

Solução. Completando o quadrado, vem

3 (x4 - 4x + 4) + 4 (y1 + y + -L) - 0,

OU

3 (x - 2)4 + 4 (y + - 0-

Fazendo x — 2 = x' e y + —= y', obtemos 3x'2 + 4y'2 = 0.

Esta equação só é verificada por xf — 0 e y' = 0, isto é, pelas coordenadas


da nova origem, que é o lugar geométrico.
112 GEOMETRIA ANALÍTICA

O lugar geométrico da equação original é o ponto (2,---- — ).


£

9. Simplificar a equação 4z2 — 4xy +y2 — & — 16\/5 ?/= 0.

Solução. Como B2 — 4AC = 0, o lugar geométrico pode ser uma parábola.


No caso da parábola, giremos os eixos antes de fazer uma translação.

3_
logo, cos 2 0 =
5 '
3_ 2
Como cos 20 = 2 cos2 0 — 1 = cos2 0 = , cos 0 = —7= e sen 0 =
5 ’ 5 V 5 VZ5‘

As fórmulas de rotação são

2x' + y
V =
Substituindo, vem

xf - 2y’ 2x' + y'


VT )
Desenvolvendo e simplificando, obtemos y'2 — 8x' = 0, isto é, a equação
de uma parábola (Fig. 76).

10. Simplificar a equação xy — 2y — 4x — 0. Esboçar a curva, apresen­


tando os três sistemas de eixos.
TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS 113

Solução. Como B2 — 4 AC — 1 > 0, a curva, se é que existe, é uma hipér­


bole. Substituindo x por x' 4- h e y por y' 4- k, a equação se transformárá em
(x' 4- h) (yf +k)-2(y' + k) - 4 (x' + ã) = 0,
ou
x'y' + (k — 4) x’ 4- (h — 2)yr 4- hk — 2k — 4h — 0.

Para k = 4 e h = 2, a equação resultante será x'y' = 8.


Para determinar o ângulo de rotação:

tg 2 0 = -y- = « , 2 0 - 90», 0 = 45».

Então,
x" 4- y"
X/^2

Simplificando, a equação final será x”2 — y"2 — 16, isto é, uma hipérbole
eqüilátera ou retangular. (Fig. 77).

11. Determinar a equação da cônica que passa pelos cinco pontos seguin­
tes: (1, 1), (2,3), (3, - 1), (- 3, 2), (- 2, - 1).

Solução. Dividamos a equação geral do segundo grau pelo coeficiente A:


x2 4- B'xy 4- C'y2 + D'x + E’y 4- F' = 0.
Substituamos agora x e y pelas coordenadas dos pontos dados

B' 4- C' 4- Df 4- E' 4- F' = - 1


6B' + 9C" 4-2D' + 3B' 4- F' = -4
- 3B' 4- C' 4-3D' - E' 4- Ff = - 9
- 6B' 4- 4C" -3D' + 2Ef 4- F' = - 9
2B' 4- C' - 2D' - E' 4- F' = - 4

O sistema formado tem a seguinte solução:


8_ 22
B' = F' =
9 ’ 9

Substituindo êstes valores na equação proposta e simplificando, chegaremos


à equação
9z2 4- Sxy - 13y2 - x 4- 19j/ - 22 - 0.

Como B2 — 4AC — (64 4- 468) > 0, a cônica é uma hipérbole.


Um segundo método de resolução dêste problema é o seguinte (v. Fig. 78):
A equação da reta AB é x — 5y 4- 13 = 0 da reta CD é y 4- 1 = 0. A
equação dêsse par de retas é:
(y + 1) (x - 5y 4- 13) = xy - 5y2 4- x + 8y 4- 13 = 0.
114 GEOMETRIA ANALÍTICA

Anàlogamente, a equação do par de retas AD e BC é


12z23+ 7xy + y2 - 5x - 4y - 77 = 0.:

A família das curvas que passam pe­


los pontos de interseção dessas retas é re­
presentada pela equação

xy - 5y2 4- x + Sy 4- 13 + k (12x2 +
4- 7xy + y2 -5x-4y - 77) = 0.

Para determinar a curva desta família,


que passa pelo quinto ponto (1,1), subs­
tituamos x e y por suas coordenadas e
resolvamos a equação em relação a k. Obte­
remos k — 3/11.
Quando êste valor é substituído em k, a equação se reduz a
9z2 + 8xy ~ 13y2 — x 4- 191/ — 22 = 0.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Por intermédio de uma translação de eixos, empregando x = x* 4- h e


y = y' + k, reduzir cada uma das equações dadas à forma típica mais simples e
especificar a natureza do lugar geométrico.
(a) 3/2 - 6j/ - 4x + 5 - 0.
Resp.: y2 — 4x. Parábola.
(6) x2 + y2 + 2x — 4y — 20 — 0.
Resp.: x2 + y2 — 25. Circunferência.

w 3x2 - 4j/2 + 12x + Sy - 4 = 0.


Resp.: 3x2 — 4y2 — 12. Hipérbole.
(d) 2x2 + 3y2 - 4x + 121/ - 20-0.
Resp.: 2x2 + 3j/2 - 34. Elipse.

(e) x2 + 5y2 + 2x - 20?+ 25 - 0.


Resp.: x2 4- 5y2 4- 4 = 0. Elipse imaginária.

2. Eliminar os têrmos do primeiro grau em cada uma das seguintes equações,


completando o quadrado.

(a) x2 4- 2y2 - 4x + 6t/ - 8 - 0. Resp.: 2x2 4- 4y2 = 33.


(ò) 3x2 - 4j/2 - 6z - 8j/ - 10 = 0. Resp.: 3x2 — 41/2 = 9.
(c) 2x2 4- 5i/2 - 12x 4- 10t/ -17=0. Resp.-. 2x2 4- 5y2 - 40.
(d) 3x2 + 3j/2 - 12x 4- 12?/ - 1 = 0. Resp.-. 3x2 4- 3j/2 = 25.

3. Por uma translação de eixos, eliminar os têrmos do primeiro grau em


2xy — z—i/4-4 = 0. Resp.-. 4xy 4-7 = 0.
TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS 115

4. Por uma translação de eixos, eliminar os têrmos do primeiro grau em


x2 4- 2xy + 3y2 + 2x — 4y — 1 - 0.
Resp.: 2x2 4- 4xy + 6t/2 — 13 = 0.

5. Seguem-se as equações de diversas cônicas. Determinar a natureza df


cada uma, servindo-se da expressão B2 — 44C.

(a) 3x2 - lOxy + 3y2 + x - 32 = 0. Resp.: Hipérbole.


(b 41x2 - 84xy + 76y2 - 168. Resp.: Elipse.

(c) 16x2 + 24xy + 9t/2 - 30x + 40j/ - 0. Resp.: Parábola.


(d) xy + x — 2y + 3 — 0. Resp.: Hipérbole.

(«) x2 — 4xy + 4y2 — 4. Resp.: Duas retas paralelas.

6. Mediante uma rotação dos eixos coordenados, simplificar a equação


^x2 4- 24xy 4- 16j/2 4- 90x — 1301/ — 0 e identificar o lugar geométrico.

Resp.: x2 — 2x — 6y ** 0. Parábola.
4
7. Fazer com os eixos coordenados uma rotação correspondente ao arctg —
e simplificar a equação

9x2 4- 24xj/ 4-162/2 4- 80x — 602/ “ 0.

Representar gràficamente, apresentando os dois sistemas de eixos.

Resp.: x2 — 4y = 0.

8. Simplificar cada uma das seguintes equações pela transformação ade­


quada dos eixos e fazer a representação gráfica, apresentando o lugar e todos os
sistemas de eixos.

(а) 9x2 4- 4x2/ 4- §y2 + 12x 4- 362/ 4- 44 - 0.


Resp.: 2x2 4- y2 « 2.
(б) x2 — 10x2/ 4-y24-x4-y4-l = 0.
Resp.: 32x2 - 48i/2 = 9.
(c) 17x2 - 12x2/ 4- 82/2 - 68x 4- 24y - 12 - 0.
Resp.: x2 4- 4t/2 - 16.
(d) 2x2 4- 3x2/ 4- 4y2 4- 2x - 3y 4- 5 - 0.

Resp.: Não existe lugar (é imaginário).

9. Achar a equação da cônica que passa pelos pontos (5, 2), (1,-2) (—1 1)
(2,5) e (-1, -2).

Resp.: 49x2 - 55xy 4- 362/2 - HOx - 192/ - 231 - 0. Elipse

10. Achar a equação da cônica que passa pelos pontos (1, 1), (-1 2)
(0, -2), (-2, - 1), (3, -3).
116 GEOMETRIA ANALÍTICA

Resp.: 16a;2 4- 46xj/ + 49y2 4- 16a? 4- 23j/ — 150 =■ 0. Elipse.

11. Determinar a equação da cônica que passa pelos pontos (4, 1), (2, 2),
(3, - 2), (4, - 1), (1, - 3).

Resp.: 17a?2 - 16xy 4- 54^ 4- 1 lx 4- 64a/ - 370 - 0. Elipse.

12. Determinar a equação da cônica que passa pelos pontos (1,6), (— 3, — 2),
(-5,0), (3,4), (0, 10).

Resp.: a?y — 2a? 4- 2/ — 10 « 0. Hipérbole.


Capítulo 9

COORDENADAS POLARES

Coordenadas polares. Em vez de determinar-se a posição de


um ponto em um plano por suas distâncias a dois eixos ortogonais,
algumas vezes é preferível exprimir sua localização em função da dis­
tância que o separa de um ponto fixo 0 e do ângulo que a direção OP
forma com uma reta fixa que passa por 0. As coordenadas dos
pontos nesse sistema denominam-se coordenadas polares.
Temos, assim, um ponto fixo 0, cha­
mado pólo, e uma reta orientada OA,
chamada eixo polar.
As coordenadas polares do ponto P
são representadas por (r, 0), Fig. 79, sen­
do r o raio vetor OP e í, o ângulo veto-
rial ou ângulo polar AOP. A distância
r, medida de 0 até o ponto P sôbre o lado terminal do ângulo
AOP, é positiva. Como em trigonometria, o ângulo vetorial 0 é
positivo, quando medido no sentido contrário aos dos ponteiros de
um relógio, e negativo, quando concorda com aquêle sentido; r é
positivo, quando medido do pólo ao ponto, sôbre o lado terminal do
ângulo, e negativo, quando medido no sentido oposto, isto é, sô­
bre o prolongamento do lado terminal, além de 0.
Se a relação entre r e 0 fôr expressa por uma equação de qualquer
forma, poderemos atribuir valores a 0 e determinar os correspondentes
de r. Os pontos assim determinados pertencem a uma curva definida.
Simetria. Ao fazermos uma representação gráfica em coorde­
nadas polares, exploramos com freqüência a simetria. Em coorde­
nadas polares também há critérios a adotar.
118 GEOMETRIA ANALÍTICA

Quando a equação não se altera pela substituição de B por — 0,


a curva é simétrica em relação ao eixo polar.
A curva é simétrica em relação à reta 0 = — quando a equação
~2’
não se altera pela substituição de B por ir — B.
Uma curva é simétrica em relação ao pólo, quando sua equação
não se altera pela substituição de r por — r ou pela substituição de
B por 7r + B.
Relação entre coordenadas ortogonais e polares. Consi­
deremos o ponto P (r, 0), e suponhamos (Fig. 80) que o eixo polar
OX e o pólo O sejam, respectivamente, o semi-eixo dos x positivo e a
origem de um sistema de coordenadas
ortogonais. Sejam (z, y) as coordenadas
cartesianas do ponto P. Temos então
x = rcos0,
y = r sen Bf
r = y/x* + y2
e
B = arctg —.
x

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Calcular a distância entre os pontos Pi (ri, 0i) e P2 (r2, Oz)-

Solução. Como foram dados


dois lados de um triângulo e o ângulo
compreendido por êles, (Fig. 81), o
terceiro lado poderá ser calculado por
meio da lei dos co-senos.

Pi P2 = Vn2+r22-2ri r2 cos (02-0i).

2. Calcular a distância entre os


pontos (6, 15c) e (8, 75°).

Solução. Utilizando a fórmula do problema 1, acima, temos

d = V62 + 82 - 2 (6) (8) cos (75° - 15°) -

36 + 64 - 96 - 2 y/13.
COORDENADAS POLARES 119

3. Achar a equação polar da circunferência de centro em (rb 0i) e raio a.


Solução. Seja (r, 6) um ponto qualquer da circunferência (Fig. 82).

Empregando a lei dos co-senos, obtemos a equação


a2 = r2 4- ri2 — 2rri cos (0 — 0i)
ou
r2 — 2r\r cos (0 — 0i) + H2 = a2.

4. Escrever a equação da circunferência de centro em (a, 0o) e raio a.


Solução. Neste caso, 0i « 0o (Fig. 83). Segundo a lei dos co-senos,
a2 = r2 + a2 — 2ra cos 0.
Então, a equação procurada é:
r2 = 2ar cos 0 ou r - 2a cos 0.
5. Calcular a área do triân­
gulo, cujos vértices são (0, 0),
(n, 01) e (t2, 02).
Solução. (Fig. 84). Ãrea =

(OPi) (h) = y rir2 sen(02 - 0i).

6. Calcular a área do triân­


gulo, cujos vértices são (0, 0),
(6,20o) e (9,50°).

Solução. Ãrea = y rir2 sen (02 - 0i) = y X 6 X 9 sen (50° - 20°) =

= 13,5 unid. de área.


7. Achar a equação da reta que passa pelo ponto (2, 30°) e é perpendicular
a OX.
Solução. Seja (r, 0) um ponto qualquer da reta (Fig. 85). Então,

= V3,
<»u
r cos 0 = >/ 3.
120 GEOMETRIA ANALÍTICA

8. Achar a equação polar de uma reta paralela ao eixo polar OX e situada


a 4 unidades abaixo dêle.

Solução. Seja (r, — 0) um ponto qualquer da reta L (Fig. 86). Temos


imediatamente
r sen (— S) = 4 ou r sen 0 + 4 = 0.
Nota: cos (— 0) = cos 0; sen (— 0) = — sen 0.

9. Uma reta passa pelo ponto (4, 30°) e faz um ângulo de 150° com eixo
polar. Determinar sua equação.

Solução. Seja (r, 0) um ponto qualquer da reta (Fig. 87). Temos então
O A = r cos (0 — 60°) = 4 sen 60° ou r cos (0 — 60°) = 2 a/ 3.

10. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (4,120°) e é normal
ao segmento que une (4, 120°) ao pólo (0, 0).

Solução. Seja (r, 0) um ponto qualquer da reta (Fig. 88). A reta L é per-
pendicular ao segmento d. Ora, d = r cos (0 — 120°) — 4; logo, a equação de L
é r cos (0 — 120°) = 4. A equação r cos (0 — 120°) = 4 é a forma polar corres-
pondente à forma normal da equação da reta em coordenadas cartesianas orto-
gonais, sendo p = 4 e w = 120°.

II. Determinar o lugar geométrico


0
OP
de P (r, 0), tal que = e (constante). M
/l
Solução. (V. Fig. 89).
— p—: y*
MP = NO + OQ = p + r cos 0
X* 1
Como OP — e. MP, podemos es­
NI 0 Q X
crever: r = e (p + r cos 0) ou
ep 0'
r
1 — e cos S.
Fig. 89
COORDENADAS POLARES 121

Se D'D estivesse à direita do pólo O, a equação teria a forma


ep
r = -------- ----------
1 4- e cos 0
Como o ponto (r, 0) se desloca de modo que a razão de sua distância ao ponto
fixo O (pólo) para a da reta fixa D'D é constante e igual a e, a curva descrita é
uma cônica; a natureza desta depende do valor de e.

Se a reta fixa D'D fôsse paralela ao eixo polar, a equação tomaria a forma
ep
r ~ 1 ± sen 0.

12. Determinar a natureza da cônica definida pela equação


12
r ” 4 4- 3 cos 0.

Solução. Dividindo ambos os têrmos por 4, a equação se transforma em


3
1 . 3 zj
r - 1 + -r cos 0.
4
3
Conclusão', e ■ 3/4eo lugar geométrico é uma elipse. De ep = 3 ou —p = 3

tiramos p = 4. A diretriz D'D é perpendicular ao eixo polar e situada a 4 uni­


dades à direita do pólo.

13. Achar a equação polar da elipse 9x2 4- 4t/2 = 36.

Solução. Substituindo x e y pelos valores dados pelas relações x = r cos 0


e y — r sen 0t passaremos à equação pedida:

9r2 cos2 0 4- 4r2 sen2 0 — 36, ou r2 (4 4* 5 cos2 0) — 36.


14. Escrever a seguinte equação em forma cartesiana: r2 — 2r (cos 0 —
— sen 0) — 7 = 0.

Solução. Fazendo r — Vz2 + y2, 0 = arctg —, obteremos a equação


x
procurada:
^ + ^-2 (■ ■. * , ~ -/-/ , ) -7 = 0 ou
X V X2 4- y2 V X2 + y2 /
x2 4- 3Z2 - 2x 4- 2j/ - 7 = 0.

Trata-se de uma circunferência de centro em (1, — 1) e raio = 3.

15. Escrever a seguinte equação em forma cartesiana:


4
r = ----------- « OU r (1 — cos 0) - 4.
1 - cos 0
_______ x
Solução, t = y/ x2 4- y2 e cos# = -j - t ■; obteremos
V x2 4- 3/2
122 GEOMETRIA ANALÍTICA

+ »■ (* - ?r+v) -
Simplificando, vem
x2 4- y2 - x® 4 ou x2 4- y2 = x 4- 4.

Elevando ao quadrado, obteremos x2 4- y2 ■= x2 4- 8x + 16


ou y2 — 8x — 16 — 0, equação de uma parábola com vértice em (—2, 0), simé­
trica em relação ao eixo dos x.

16. Passar a equação seguinte para a forma cartesiana e identificar a curva:


= 1
r 1—2 sen 0

Solução. Substituindo, podemos escrever


<** + yf “ -------- 1 2y ’

y/ x* + y*
Simplificando, vem

y/ x* 4- y2 - ~7 y= ou y/ x2 4- y2 (V x2 4- y2 - 2y - 1) = 0.
vx24-y2—2y

Mas, x/ x2 4- y2 — 0 sômente para x = y — 0.

Elevando ao quadrado x/ x2 4- y2 — 2y — 1 — 0 e simplificando, obtemos


x2 — 3y2 — 4y — 1 — 0, que é a equação de uma hipérbole.

17. Determinar as coordenadas dos pontos de interseção do seguinte par


de curvas:
(1) r — 1 — cos 0
(2) r - sen j 0.
o
Solução. Segundo a trigonometria, 1 — cos 0 = 2 sen2 — •
2

Então, 2 sen2 — 0
0 =“ sen — ou / sen 0 — 1 \) ” 0.
0 12
sen —

Resolvendo, obtemos sen 0 — 0 e sen 0 — •

0 0 10 0
Para sen — 0, temos 0 - 0o; para sen — — temos — — 30° e — 150°,

donde 0 — 60® e 0 = 300®.

), (i
Portanto, as coordenadas dos pontoB de interseção são (0, 0®

(}■ ”"•)
COORDENADAS POLARES 123

18. Achar o centro e o raio da circunferência


r2 + 4 r cos 0 — 4 y/^3 r sen 0 — 20 — 0.

Solução. Vamos empregar a equação do Problema 3. Desenvolvida, ela


se transforma em
r- — 2 r (ri cos 0i cos 0 + n sen 0i sen 0) 4- i2 — a2 — 0
ou
r2 — 2 ri cos 0i r cos 0 — 2n sen 0i r sen 0 + n2 - o2 ■ 0.

Comparando a equação dada com a forma desenvolvida, concluímos:

(1) — 2ri cos 0i — 4, (2) 2risen 0i = 4 V 3 e


(3) ri2 - a2 = - 20.

Dividindo (2) por (1), obtemos tg 0i — — V 3, donde 0i — 120°. Substi­


tuindo em (1), vem — 2ri ( — y) ■ 4 ou n - 4. Então, tendo em vista (3), po­

demos escrever 16 — a 2 — — 20, donde a =» 6.

Por conseguinte, a circunferência tem centro em (4, 120°) e raio 6.

19. Achar a equação do lugar geométrico de um ponto que se desloca de


modo tal que o produto de suas distâncias a (-o, 0o) e a (a, 0o) dá sempre a2.
Solução. No triângulo A0Pf Fig. 90, de acôrdo com a lei dos co-senos, temos

AP - \/a2 + r2 - 2ar cos (180° -0) -


— y/ a2 + r2 + 2ar cos 0.
No triângulo BOP, temos
PB — y/ a2 + r2 — 2ar cos 0.
AP. PB - y/ (a24-r2)1—4a2r2cobM - d2.

Elevando ao quadrado,
a4 4- 2a2r2 + r4 — 4a2r2 cos20 — a4.

Simplificando,

r4 + 2a2r2 — 4a2r2 cos2 0 — 0


ou
r2 (r2 4- 2a2 - 4a2 cos2 0) - 9
Portanto, a equação pedida é
r2 4- 2a2 — 4a2 cos2 0 — 0,
ou
r2 - 2a2 (2 cos2 0 - 1) - 2a2 cos 20.

(Lemniscata. Ver Problema 25, abaixo).

20. Um segmento de comprimento igual a 2a tem seus extremos em duas


retas perpendiculares fixas.
124 GEOMETRIA ANALÍTICA

Determinar o lugar descrito pelo pé da normal ao segmento, tirada pela


interseção das duas retas fixas (Fig. 91).

Solução. Tomemos uma das retas fixas para


eixo polar e situemos o pólo na interseção das duas
retas dadas. Temos então

OA — OP sec 0 — AB cos (90° — 0)


ou
r sec 0 — 2a cos (90° — 0)
ou ainda

= 2a sen 0.
COS 0

Portanto, r — 2a sen 0 cos 0 ou r =■ a sen 2 0. (Rosácea de 4 jôlhas).


21. Discutir e representar gràficamente o lugar geométrico da equação
T — 10 COS 0,

Solução. Como cos (— 0) — cos 0, o lugar é simétrico em relação ao eixo


polar.

0 pode receber um valor qualquer, mas r varia de 0 a ± 10; portanto, a curva


é fechada.

Para determinar os pontos do gráfico, atribuímos valores a 0 e determinamos


os correspondentes de r. Sabemos, pelo Problema 4, que o lugar é uma circun­
ferência de raio o ■ 5 e centro no eixo polar, (Fig* 92).

0 0*» 30° 45° GO® 90° 120o 135° 150° Í80O

r 10 8,7 7,1 5 0 -5 -7,1 -8,7 -10

22. Fazer a representação gráfica da equação


2
r “ ------------- .
1 — cos 0
COORDENADAS POLARES 125

Solução. Como cos (— B) = cos B, a curva é simétrica em relação ao eixo polar.


Para 0 — 0o, r é infinitamente grande; e para B =* 180°, r = 1. A curva é
aberta.
O lugar geométrico é uma parábola (Fig. 93). Veja-se o Problema 11, acima.

0° 30° 60° 90° 120° 150° 180° 210° 240° 270° 300° 330° 360°
1 e
1 r 00 14,9 4 2 1,3 1,1 1 1,1 1,3 2 4 14,9 00

23. Representar gràficamente a rosácea de três jôlhas r = 10 sen 3 B.

Solução. Como o seno é positivo no l.°e 2.° quadrantes e negativo no 3.°


e 4.°, esta curva será simétrica em relação à normal ao eixo polar tirada no pólo.

r será nulo quando 3 B tomar os valores 0o, 180° ou qualquer múltiplo de


180°, isto é, para B = 0o, 60°, 120°, ...

r assumirá seu maior valor absoluto quando tivermos 3 B — 90°, 270° ou


qualquer múltiplo ímpar de 90°, isto é, quando B — 30°, 90°, 150°, ...
Veja-se a Fig. 94.

B 0° 30“ 60° 90° 120° 150° 180° 210° 240° 270° 300o 330o

r 0 10 0 -10 0 10 0 -10 0 10 0 -10

24. Representar gràficamente a cardióide r = 5(1 + cos B).

Solução. A curva é simétrica em relação ao eixo polar.


Como cos B varia de 1 a — 1, r não pode ser negativo.
O valor de r varia de 10 a 0, enquanto B varia de 0o a 180°. Veja-se a Fig. 95.

B 0o 30° 45° 60° 90° 120° 135° 150° 180»

r 10 9,3 8,5 7,5 5 2,5 1,5 0,67 0

2 Discutir e representar gràficamente a lemniscata


r2 = 9 cos 2 B.
126 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução. Se fizermos r igual a — r e 6 igual a — 0, a equação retoma a


forma primitiva, pôsto que cos (— 2 0) — cos 20 e (— r)2 = r2. O lugar é, pois,
simétrico em relação ao pólo e
também em relação ao eixo polar.

r admite seu maior valor


absoluto para 0 « 0o, quando te­
remos cos 0o ■ 1 e r«3.

Para 45° < 0 < 135° e 225° <


< 0 < 315°, r é imaginário.

Para 0 = ± 45°, temos


cos 2 0 =“ 0; em conseqüência,
r ■ 0 e as retas 0 — =b t/4 são tangentes à curva na origem (vide Fig. 96).

0 20 cos 2 0. r

0 0 1 ±3

15° 30° 0,866 ±2,8

30° 60° 0,5 ±2,1

45° 90° 0 0

26. Determinar o lugar geométrico dos pontos, cujos raios vetores sejam
propõrcionais aos respectivos ângulos vetoriais.

Solução. A equação é r - a0. A curva é a Espiral de Arquimedes (Fig. 97).

0 0 x/6 r/3 t/2 T 3t/2 2t

■ r 0 0,52a 1,0a 1,6a 3,1a 4,7a 6,3a

Fig. 97 Fig. 98

27. Consideremos um ponto qualquer P (r, 0). Provar que, se girarmos o


eixo polar de um ângulo a, de modo que, no novo sistema, as coordenadas de
P sejam (r', 0*), existem as relações r'»re0'«0-a.
COORDENADAS POLARES 127

Solução. As fórmulas de rotação em coordenadas polares são 0 — 0* 4- a


e r -= r' (ver Fig. 98).

28. Provar que, efetuando-se a rotação do eixo polar, de um ângulo de 90°,


no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio, a equação da cardióide do
Problema 24 se transforma em r = 5 (1 — sen 0).

Solução. Façamos a substituição de 0 por 90° 4- 0'.

Teremos então r' — 5 [1 + cos (90° + 0')] ■■ 5 (1 — sen 0'), uma vez que
cos (90° + 0') - — sen 0'.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Utilizando papel de coordenadas polares, locar os seguintes pontos:

(2,30o), (-3,30o), (5,750), (3, 210°), (2, t/2), (- 2, 270”), (- 4, 300°), (-3,-
-ôt/6), (4,0o), (0,300), (o,60o).

2. Determinar, com êrro menor que um décimo, as distâncias compreen-


didas pelos pares de pontos seguintes:

(o) (5,45°) e (8,90°). Resp.: 5,7


(b) (- 5, - 120°) e (4, 150°). Resp.: 6,4
(c) (50, 30°) e (60, - 90°). Resp.: 86,6.
(d) (3,150°) e (- 2, 60°). Resp.: 3,6.

3. Calcular a área de cada um dos triângulos, cujos vértices são os pares


de pontos do Problema 2 e o pólo.

Resp.: a. 14,14; b. 10; c. 1082,5; d. 3.

4. Escrever a equação polar da reta que passa pelo ponto (4, 120®) e é per­
pendicular a OX.

Resp.: r cos 0 4-2 = 0.

5. Escrever a equação polar da reta que passa pelo ponto (3, — 30°) e é
paralela a OX.
Resp.: 2r sen 0 4-3 = 0.

6. Escrever a equação polar da reta que passa por (2, 120°) e pelo pólo.

Resp.: 0 =

7. Determinar a equação polar da reta que passa por (4, 2t/3) e é perpen­
dicular ao segmento que liga a origem a êsse ponto.

Resp.: r cos (0 — 2w/3) » 4.


128 GEOMETRIA ANALÍTICA

8. Achar a equação polar da reta que passa pelo ponto (3, 0o) e forma um
ângulo de 3t/4 com a reta inicial. Determinar r para 0 = — rr/4 e justificar a
resposta.

Resp. V 2 r cos (0 — 7r/4) = 3.

9. Achar a equação da reta que passa por (4, 20°) e forma um ângulo de
140° com o eixo polar.

Resp.: r cos (0 — 50°) = 2^3.

10. Determinar a equação polar da circunferência do centro no pólo e raio


igual a 5.

Resp.: r — 5.

11. Achar a equação da circunferência de centro em (4, 30°) e raio 5.

Resp.: r2 — 8r cos (0 - 7r/6) —9 = 0.

12. Achar a equação de cada uma das seguintes circunferências:

(a) Centro em (3, 0o); passa no pólo. Resp.: r = 6 cos 0.


(í>) Centro em (4,45°); passa no pólo. Resp.: r — 8 cos (0 — 45°).
(c) Centro em (5,90°); passa no pólo. Resp.: r — 10 sen 0 = 0.
(d) Passa no pólo, em (3, 90°)eem (4, 0o). Resp : r = 4 cos 04-3 sen 0-

13. Achar a equação da circunferência de centro cm (8, 120°), que passa


por (4, 60°).

Resp.: r2 — 16r cos (0 — 120°) 4- 16 = 0.

14. Por comparação com a equação do Problema Resolvido número 3,


determinar o centro e o raio da circunferência

r2 - 4r cos (tf - ~ 12 = °-

Resp.: (2, -j-); raio, 4.

15. Dada circunferência r2 — 4*-%/ 3 r cos 0 — 4r sen 0 4" 15 = 0, determinar


as coordenadas do centro e o raio.

Resp.: Centro, ^4, ; raio, 1.

16. Achar a equação da circunferência de centro em (8, tt/4), tangente ao


eixo polar.

Resp.: r2 — 16 r cos (0 — tt/4) + 32 = 0.


COORDENADAS POLARES 129

17. Determinar a equação da circunferência de centro em (4, 30°), tangente


a OX.

Resp.: r2 — 8r cos (6 — ir/6) + 12 — 0.

18. Provar que a equação da circunferência que passa pelo pólo e pelos
pontos (a, 0o) e (b, 90°) é:

r — a cos 6 + b sen ü.

19. Determinar o centro e o raio da circunferência r — 5 cos d — 5 \/3 sen 0.


Resp.: (5, - 60°), 5.

20. No Problema resolvido número 11 ficou provado que


ep
1 — e cos 0

é a equação de uma cônica com foco no pólo e diretriz perpendicular ao eixo polar,
situada a p unidades à esquerda do pólo. Se a diretriz estivesse situada a p uni­
dades à direita do pólo, a equação Beria
____ ep___
r
1 + e cos 0

Provar que a equação polar da cônica com foco no pólo e diretriz paralela
ao eixo polar, situada a p unidades dêle, é

1 ± e sen 0

sendo o sinal positivo, quando a diretiiz se situa acima do eixo polar, e negativo,
quando se situa abaixo.

21. Determinar a natureza de cada uma das seguintes cônicas, que têm um
dos focos no pólo, Calcular e e dizer a posição da diretriz em relação ao eixo
polar, e bem como sua distância ao pólo.

4 Hipérbole, e - 3/2; uma diretriz per­


(a) r ~ 2 — 3 cos 0 Resp.
pendicular ao eixo polar a 4/3 unid.
do foco.

2 Parábola; e - 1; diretriz perpendi­


(b) r = 1 — cos 0 Resp.
cular ao eixo polar, 2 unid. à esquerda
do foco.
6 Elipse; e —diretriz paralela ao
(c) r“ 2 — sen 0 Resp.
&
eixo polar, 6 unid. abaixo do pólo.
130 GEOMETRIA ANALÍTICA

22. Identificar e esboçar o lugar geométrico de cada uma das cônicas:

r 2 4- cos 0 ’ r 1 — cos 0 ’ r 2 4-3 sen 0

23. Achar a equação polar de elipse 9x2 4- 16t/2 = 144.

Resp.: r2 (9 cos20 4- 16sen2 0) = 144.

24. Passar para coordenadas polares: 2x2 — 3y2 — x 4- y — 0.

D cos 0 — sen 0
Resp': r = 2 cos2 0-3 sen2 0

Problemas 25-30: passar para coordenadas polares as equações dadas.

25. (x2 4- y2}2 - 2a2xy. Resp.: r2 = a2 sen 2 0.

26. 2 Resp.: r — 2a sen 0 tg 0 .


V = 2a — x '
27. (x2 4- y2)3 - 4z2j/2. Resp.: r2 = sen2 2 0.

28. x — 3y = 0. Resp.: 0 — arc tg 1/3

29. x4 4- x2 y2 — (x 4- y)2 - 0. Resp.: r = ± (1 -|- tg 0),

30. (x2 4- y2)3 = lôx2?/2 (x2 — y2)2. Resp.: r «■ rfc cossec 4 0.

31. Passando para o sistema polar a equação cartesiana de uma reta, dada
em função das coordenadas de dois pontos, provar que a equação da reta que
passa por (rb 0 i) e fa, 0 2) é:

rri sen (0 — 0$ 4- sen (0i — #2) 4- r2r sen (02 — 0) - 0.

32. Passar para coordenadas polares e simplificar, eliminando os radicais:

(X - 4)* y2 _ 9
Resp.: r
25 9 5 — 4 cos 0 cos

Porque estas equações são idênticas?

Problemas 33-39: passar as equações dadas para coordenadas cartesianas.

33. r = 3 cos 0. Resp.: x2 4- y2 — 3x — 0.

34. r = 1 — cos 0. Resp.: (x2 4- y2 4- x)2 = x‘

35. r — 2 cos 0 4- 3 sen 0. Resp.: x2 + y2 — 2x — 3y

36. 0 = 45°. Resp.: x — y = 0.


COORDENADAS POLARES 131

3
37. Resp. 4x2 — 5y2 4- 18y — 9 = 0.
2 4~ 3 sen 0

38. r = a0. Resp.-. y/ x2 + j/2 = a arc tç —

39. r2 = 9 cos 2 0. Resp.-. (x2 + i/2)2 = 9 (x2 - j/2).

40. Determinar os pontos de interseção do par de curvas:


r — 4 (1 4- cos 0) = 0, r (1 — cos 0) = 3.
Resp.*. (6, 60°), (2, 120°), (2, 240), (6, 300°).

41. Determinar os pontos de interseção das curvas:


r = a/ 2 cos 0, r — sen 2 0.
Resp.*. (1, 45°), (0, 90°), (- 1, 135°).

42. Determinar os pontos de interseção das curvas:

r — l + costf,

Re.p.: (1 + ± 45»), (1 - ± 135»).

43. Determinar os pontos de interseção das curvas:


r — V 6 cos 0, r2 — 9 cos 2 0.

44. Discutir e representar gràficamente a curva r = 4 sen 2 0.


9
45. Discutir e representar gràficamente a curva r - - ----- -------
4 — 5 cos 0
46. Fazer um esbôço da curva r — 2 (1 + sen 0).

47. Esboçar a curva r2 — 4 sen 2 0.

48. Traçar um esbôço da curva r ■» 1 + 2 sen 0.

49. Fazer um esbôço da espiral r 9 — 4.

50. Deduzir a equação polar da elipse, sendo o pólo o centro.

Sugestão*. Empregar a lei dOfl co-senos e considerar a soma dos raios vetôres
Igual a 2a.
Resp.*. r2 (1 — e 2 cos19) — ò2.
132 GEOMETRIA ANALÍTICA

51. Um segmento de 20 unidades mantém seus extremos apoiados em duas


perpendiculares fixas. Determinar e lugar geométrico dos pés perpendiculares
baixadas do ponto de interseção das retas fixas ao segmento em suas diferentes
posições. Tomar uma das retas fixas para eixo polar.
Resp.: r = 10 sen 2 0.

52. Determinar o lugar geométrico ocupado pelo vértice de um triângulo,


cuja base é uma reta fixa de comprimento igual a 2b, sendo o produto dos outros
dois lados igual a b2. Tomar o eixo polar passando pela base do triângulo e o pólo
como ponto médio da base.
Resp.: r2 — 2b2 cos 2 0. Lemniscata.
Capítulo 10

TANGENTES E NORMAIS

Tangentes e normais. Vamos primeiramente definir tan­


gente a uma curva em um de seus pontos. Sejam P e Q dois pontos
da curva, como se vê na figura
99. Tracemos a secante PQ. y,
Suponhamos agora que o ponto
Q se desloca sôbre a curva, apro­
ximando-se de P. A secante PQ
gira em tômo do ponto P e,
como Q tende e coincidir com P,
a secante PQ tende para a posi­
ção limite PT. A reta limite
PT recebe a denominação de
tangente à curva no ponto P.
A normal PN à curva é a
reta perpendicular à tangente no
ponto de contato P.

Para determinar a equação da tangente em um ponto Pi (xi,yi)


de uma curva, cuja equação se conhece, deve-se preliminarmente
determinar a declividade ou coeficiente angular.

Exemplo. Determinar o coeficiente angular da tangente à cir­


cunferência x2 + y2 = r2 no ponto Px (xx, yi) da curva.

Solução. Escolhamos um outro ponto Q (xx+à, yi+k). Tra­


cemos a secante PXQ (Fig. 100), cuja declividade é k/h. Quando a
134 GEOMETRIA ANALÍTICA

secante gira em torno de o ponto Q aproxima-se de Pi,k eh tendem


para zero. O limite da razão k/h, enquanto k eh tendem para zero,
é o coeficiente angular m da tangente à curva no ponto Pv

Como (xb 2/1) e (xi + h,


yi + k) pertencem à circunfe­
rência, suas coordenadas de­
vem verificar a equação da
circunferência. Substituindo,
temos

(1) *i24-t/i2 = r2
e
(2) (x1+A)24-(3/i4-fc)2=r2
ou
xL2 + 2hxt + A2 + 3/i2 + + fc2 = r2.
Subtraindo (1) e (2), obtemos
2ãxi 4~ A2 4“ 2fc?/i 4" A2 = 0
ou
k (2yi + k) = - h (2xj 4- A).

2x | h
Donde = -- t—0 limite deqta expressão, quando A e fc
h 2yi 4" fc
tendem para zero, é: — -“-1 ou m = ■íi.
2yi 3/1’

Como a tangente passa por Pi (xb y^ sua equação é:

y - vi - - (x - xi)-
Vi
Eliminando o denominador,
ViV - y? - - xix + x,’
ou
xix + ya = *? + Vi* - r*.

A equação da normal é:
V ~ Vi = (x - x,)

ou
xiy - yix - XiVi - XiUi = 0.
TANGENTES E NORMAIS 135

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Achar as equações da tangente e da normal à elipse


r2 ?/2
= 1 no ponto Pi (zb yi).

Solução. Sejam (zi + h, yi + k)


as coordenadas do ponto Q (fig. 101)
Substituindo na equação x e y pelas
coordenadas de Pj e Q, temos

<» £+$-■•

m
W
+ +
. toi +b2 fe)2 _!
" 1

Desenvolvendo (2) e subtraindo (1)


de (2), escrevemos
2Ò2 hxi + b2h2 + 2a2 kyi + fc2a2 = 0.
Resolvendo, obtemos

k b2 (2xi + h) k 20X1 + b*h____ b*xi


h a2 (2t/i + fc)’ 6 llm * im 2a2yi 4- a2k a2yi

Tendo em vista que y — yi = m(x — Zi) vem


b2xi

ou
a2yiy - a2y\ - — b2 xix + b2 x\.

Como b2 x2i + a2 yi2 ■■ a2b2 podemos escrever


b2xix + a2yiy — a2b2
ou
xix , yiy
a2 + b2 “ b
que é a equação da tangente.

a2yi
O coeficiente angular da normal é e sua equação é:
b2xi
a2yix - b2xiy — (a2 — b2)xiyi.

2. Achar as equações da tangente e da normal à parábola y2 — 4ax no pon


to Pi (xit l/i).
136 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução. Substituindo na equação dada as variáveis pelas coordenadas


de Pi (xi, 2/1) e Q (xi 4- h, yi + fc), temos (Fig. 102).

t/2i * 4axi e (2/1 + fc)2 = 4a (xi+A).

Desenvolvendo e resolvendo em re­


lação a k/h, obtemos
k 4a .. k
~h~ 2yi + fc ’ ® *m h ”

.. 4a 2a
“ ,m 2yi + k ~ yi

A equação da tangente é então


2a
y - 3/1 = — (x - xi)
2/1
ou
yiy - y\ “ 2ax - 2axb

Como y\ — 4axi, etta equação pode ser escrita assim yiy = 2a (x 4- xi).

O coeficiente angular da ncrmal é — e sua equação é


2a
2/i x+ 2ay - X12/1 4- 2ayv

3. Determinar a equação da tangente à curva xy — a2 no ponto Pi (xi, yi)


da curva.

Solução. Substituindo as
variáveis pelas coordenadas dos
pontos Pi (xi, 2/1) e Q (xi +h, yi+k)
e resolvendo em relação a k/hf te­
mos (Fig. 103):

fc _ _ 2/1 + k
e lim A.
h xi h

_ _ lim _ _ 2L.
*1 X1

A equação da tangente é, em
conseqüência,

y - vi - - zr (® - ®i) Fig. 103


ou
xiy — «iyi « — 2/1X + X12/1
ou ainda
yix 4- Xiy - 2xi2/i - 2a2.
TANGENTES E NORMAIS 137

Esta última pode ser assim escrita J (yix + xiy) = a2.

Donde a seguinte

REGRA. Para escrever a equação da tangente no ponto de contato


Pi (zi, 2/1) do lugar, geométrico de uma equação do segundo grau, deve-se subs­
tituir x2 por xixt y2 por yw, xy por j (t/io? + xit/), x por j (x 4- «9 e y por
i (2/ + 2/1).

4. (Subtangente e Subnormal). Sejam P^T e PiN, respectivamente, o com­


primento da tangente e da normal à curva no ponto P\ (Fig. 104). As projeções
ST e SN são chamadas, respectiva mente, de subtangente e subnormal no ponto P\.

Se m fôr a declividade ou coe­


ficiente angular da tangente em
Pi («i,2/i)» teremos
— — “ comprimento da subtangente
m
e yim — comprimento da subnormal.

Isto se verifica porque

ST
— = — cotg 0 = —
2/1

Anàlogamente, — = — cotg = — cotg (0 — 90°) — tg 0 = m, donde


2/1
SN — myi.

A subtangente e a subnormal são medidas em sentidos opostos; por isso seus


sinais são contrários.

Para determinar os comprimentos da tangente e da normal, devemos aplicar


o teorema do triângulo retângulo.

5. Determinar as declividades da tangente e da normal à circunfêrencia


x2 4- y2 = 5 no ponto (2, 1).

Solução. Consideremos a fórmula m — — — • Então, o coeficiente


2/i
2 1
angular ou declividade da tangente é — — e o da normal é -5-*
1 À
138 GEOMETRIA ANALÍTICA

6. Determinar os coeficientes angulares da tangente e da normal à elipse


no ponto ^2, ‘
~ + — = 1
9 16

(l^X
Solução. Empreguemos a fórmula m = — r9 do coeficiente an-
ò2i/i
guiar da tangente. Substituindo pelas coordenadas do ponto dado, obtemos
16X2 8 VT
m " 9 (4 V 5/3) " 15 ’

3 a/ 5
O coeficiente angular da normal é .—-—•
8

7. Provar que a declividade da tangente à curva 4x2 4- 4xy 4- y2 — 9 = 0.


em um ponto qualquer da curva é m = — 2.

Solução. Utilizemos os dois pontos


Pi (zi, 2/1) e Q (*i + h, yi + k)
e determinemos lim
h,

Substituindo, vem
(1) 4 (X! + h)2 + 4 (xi 4- h) (yi + k) + (yi 4- k)2 - 9 - 0
e
(2) 4xx2 4- 4xi2/i 4- 3/i2 — 9 = 0.

Desenvolvendo (1) e subtraindo (2) do desenvolvimento, temos


8xi 4-4j/i
4xi 4- 2yi

Outro Método, A equação original pode ser escrita assim: (2x 4- y)2 — 9=0.
Fatorando, obtemos (2x 4- y 4- 3) (2x 4- y — 3) = 0, que corresponde a duas
retas paralelas de coeficiente angular igual a — 2.

8. Determinar a declividade da tangente à hipérbole 9x2 — 4y2 — 36 no

Solução. Sirvamo-nos dos pontos Pi (xx, 2/1) e Q (*i + ht 2/1 4- k) e deter-


r k
minemos lim -7- •

Substituindo, obtemos

(1) 9 (X! 4- A)2 — 4 (2/1 4- fc)2 - 36

(2) 9x? - 4j/i2 - 36.


TANGENTES E NORMAIS 139

k
Desenvolvendo e resolvendo em relação a -r-f obtemos
n
4k 2xi -f- h k 9*i
e lim — - -— m.
9h 2yi 4- k A 4j/i

(3. 3v/5>l1 a 27 9W
A declividade em 1 é m — ,—
10

9. Determinar os coeficientes angulares da tangente e da normal à curva


y2 — 2x8 no ponto (2, 4).

Solução. Consideremos os pontos da curva Pi (xi, yi) e Q (xi+ã, yi+fc).

Substituindo,
d) (1/1 + k)’ - 2 (*i + A)»
ou
yi* + 2kyi + k2 - 2*i» + 6*i2 h + 6*iA2 + 2h»
e
(2) l/i2 - 2*i’.

Subtraindo (2) de (1), desenvolvida, resulta


2kyi + k2 - 6*i«A + 6*iA* + 2A’.
Então,
k _ 6*1* + 6*ik + 2A* k_ 6*i* _ 3*i*
A " 2yi + fc * ,m A “ 2yi “ i/i

fc 12 1
No ponto (2, 4), m - lim t " - 3. A declividade da normal é —x-
n 4 ó

10. Achar as equações da tangente e da normal à curva y2 — 2x8 no ponto


(2, 4).

Solução. No problema (9), a declividade desta curva no ponto (2, 4) teve


o valor 3 determinado.

Portanto, a equação da tangente é y — 4 — 3 (x — 2) ou y — 3x — 2.


A equação da normal é:

y - 4 - - -y- (x - 2) ou x + 3y - 14.

11. Escrever as equações da tangente e da normal à curva x2 + 3xy —


— 4y2 + 2x — y -j- 1 — 0 ao ponto (2, — 1).

Solução. Empregando a regra que acompanha o Problema 3, obtemos


140 GEOMETRIA ANALÍTICA

„ + _4m + 2 -(’-?') + !-«■

Fazendo xi = 2 e yi — — 1, vem 3x + 13?/ + 7 = 0, que é a equação da


tangente de coeficiente angular — 3/13.

A equação da normal é:

y + 1 - (x - 2) ou 13® - 3y - 29 = 0.
O

12. Achar as equações das retas de coeficiente angular mt tangentes à elipse


(1) ò2®2 + a2y2 = a2b2.

Solução. As equações terão a forma (2) y = mx + k. A resolução simul­


tânea de (1) e (2), fornece b2x2 + a2 (mx + k)2 = a2b2.

Desenvolvendo e grupando convenientemente os têrmos, resulta


(3) (b2 + a2m2) x2 + 2a2mkx + a2k2 — a2b2 = 0.

Quando as retas são tangentes à curva, as raízes de (3) deverão ser iguais,
isto é, o discriminante deve ser nulo. Portanto,
4a4 m2k2 — 4 (b2 + a2m2) (a2k2 — a2b2) = 0 ou fc2 = a2m2 + ò2,
e ________
k = ± y/a2m2 + b2.

As equações das retas de declividade m e tangentes à elipse são

y = mx ± \/a2m2 + b2.

13. Escrever as equações das tangentes à elipse x2 + 4i/2 = 100 e para­


lelas à reta 3x + 8y = 7.

Solução. O coeficiente angular da reta dada é — 3/8. Por isso as equa-


3
ções pedidas são da forma y = — — x + k, onde k deve ser determinado.
o

Resolvendo simultâneamente esta equação e a da elipse, sob a condição das


raízes serem iguais, poderemos determinar k. Assim,

x2 + 4 ---- 1- x + k — 100 = 0 ou 25x2 — 48fcx + (64Zc2 — 1 600) = 0.

Para raízes iguais, o discriminante deve ser igual a zero; logo,


(_ 48Á:)2 - 4 X 25 (64 k2 - 1 600 ) = 0.
TANGENTES E NORMAIS 141

25
Re3ol vendo, vem 16fc2 = 625, k = ± —• Portanto, as equações pedidas

3x + 8t/ ± 50 = 0.

14. Determinar as equações das retas que passam pelo ponto (—2, — 1)
e são tangentes à elipse 5a;2 + y2 — 5.

Solução. Seja Pi (xi, yi) um ponto de contato. A equação pedida é


da forma 5xix + y\y — 5, e o ponto (—2, — 1) pertence à tangente (Fig. 106);
por isso, temos — 10xi — y\ — 5. O ponto (xi, y\) também pertence à elipse;
daí, 5x2i + y\ - 5.

Resolvendo estas equações simultaneamente para determinar (xi, 2/1), temos

dois pontos de contato,

Substituindo êstes valores em 5xix + y\y = 5, obtemos 2x — y -f- 3 = 0


e 2x + 3y + 7 = 0.

15. Calcular os comprimen­


tos da subtangente, subnormal,
tangente e normal para o ponto
(— 1, 3) da elipse 9x2 + y2 = 18.

Solução. Para a tangente,


usemos a forma

9xix + yiy - 18.

Substituindo as variáveis pelas


coordenadas do ponto, temos
— 9x + 3?/= 18 ou 3x — y+6 = 0.
Logo, m = 3.
142 GEOMETRIA ANALÍTICA

Vejamos a Fig. 107.


Subtangente ST - — yi/m — — 3/3 = — 1.
Subnormal SN = myi «3X3—9.
Comprimento da tangente, PT — 32 +12 — \/10.
Comprimento da normal, PN — \/92 + 32 - 3 \/10.

Definição. Diâmetro de uma


cônica é o lugar geométrico dos
pontos médios de uma família de
cordas paralelas (♦). (Fig. 108).

Se o coeficiente angular das


cordas paralelas fôr m, a equação
do suporte do diâmetro determi­
nado pelos pontos médios dessas
cordas será:

b2x
a 2m

Para a parábola y2 - 4a®, y - —


m.
y2 b2x
Para a hipérbole ------ “ 1, V “
a2 m
Para a hipérbole xy — o2 y — — mx

Para o caso geral da cônica o®2 4- 2hxy + by2 + 2gx + 2Jy + c — 0, a


equação do suporte do diâmetro é da forma (ax+hy+g) + m (hx+&!/+/) — 0.

y*
16. Achar a equação do suporte do diâmetro da elipse, — + — — 1 que

divide ao meio tôdas as cordas de coeficiente angular -|—

b2x
Solução, y =»------ x—, temos para equação do suporte do diâmetro da
am
cônica:

y = — t- ou 4® + 3y — 0.
9 X 3-

(*) A exemplo da circunferência, cada diâmetro podería ser definido pelo segmento que A curva
intercepta no lugar geométrico dos pontos médios de uma família de cordas paralelas. Cada fa-
)mília fica definida pela inclinaç&o (ou coeficiente angular) comum a todos os membros (N. de T.
TANGENTES E NORMAIS 143

17. Achar a equação do suporte do diâmetro da cônica 3x2 — xy — y2 —


— x — y — 5, que divide ao meio as cordas de coeficiente angular 4.

Solução. Utilizando (ax + hy + g) + m (hx + by + j) - 0, onde a - 3,


h = — b = — 1, g = — -y, J -- ^-e c = — 5, obtemos

3x - y - 4"+4(-T-í/-t) = 0 ou 2z “ 9y ~ 5 “

18. Determinar a equação do suporte do diâmetro da parábola y2 = 16x,


que divide ao meio as cordas paralelas à reta 2x — 3y — 5.

Solução. O coeficiente an­

gular da reta2x — 3y — 5

Para a parábola y2 — 4ax a


equação do suporte do diâmetro
2a
é y =
m

Donde, a equação pedida,


y~ i ou y-12“°-

Veja-se a Fig. 109.


19. Determinar a equação do suporte do diâmetro da hipérbole xy « 16,
que divide ao meio as cordas de coeficiente angular igual a 2.
Solução. A equação do suporte de um diâmetro da hipérbole xy — a2,
que divide ao meio as cordas de coeficiente angular igual a m, é y — — mx.
Donde a equação pedida, y — — 2x.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Escrever as equações da tangente e da normal a cada uma das seguintes


circunferências nos pontos dados.

(a) x2 + y2 = 25, (3, 4),


Resp.: 3x + 4y — 25; 4x — 3y — 0.
(b) 2x2 + 2y2 - 3z + 5;/ - 2 = 0, (2, 0).
Resp.: x 4- y - 2 = 0; x — y — 2 = 0.

W x2 + y2-6x + 8y -25 = 0, (- 2,1)


Resp.: x — y + 3®0;x + y + l®0.
2. Achar as equações da tangente e da normal à elipse 2x2 + 3t/2 — 30 = 0
ponto (— 3, 2).
Resp.: x — i/4-5ss0;x + i/4-1!“0.
144 GEOMETRIA ANALÍTICA

3. Achar as equações da tangente e da normal à elipse 3x2 + 4y2 — 6x -f-


4- 8y — 45 — 0 no ponto (—3, — 2).
Resp.: 3x + y 4- 11 = 0; x — 3y — 3 = 0.

4. Determinar as equações da tangente e da normal à parábola x2 — 4y = 0


no ponto (2, 1).

Resp.'. x — y — 1=0; x + y — 3=0.

5. Achar as equações da tangente e da normal a cada uma das seguintes


hipérboles nos pontos dados:

(a) 6z2 - 9j/2 - 8s + 3y + 16 = 0 (- 1, 2).


Resp.'. 2Qx + 33y - 46 = 0; 33z - 20j/ + 73 = 0.

(b) x2 - 2xy - y2 - 2x + 4y + 4 = 0, (2, - 2).


Resp.'. 3x + 2y — 2 = 0; 2x — 3y — 10= 0.

(c) xy - 4 = 0, (2, 2).


Resp.'. 2?4-2/ — 4 = 0;j — y = 0.

6. Determinar as equações das tangentes à hipérbole 5x2 -- 4y2 = 4 nos


pontos em que ela é cortada pela reta 5x — 2y — 4 = 0.
Resp.*. 5x — 2y — 4 = 0.

7. Achar as equações das tangentes à hipérbole x2 — 4y2 — 12 = 0, que


passam pelo ponto (1,4).
Resp.'. x — y 4- 3 = 0; 19x 4- Hy — 63 = 0.

8. Determinar os pontos da hipérbole x2 — 2y2 — 8 = 0 em que as tan­


gentes são perpendiculares à reta 4x 4- 5y — 2 = 0.

(10 v7 34 4 -^34 \ ( 10 V 34 - 4 V34\


Resp.:
\ 17 ’ 17 y \ 17 ' 17 /

9. Determinar a declividade da curva y2 = x3 4- 2x2 no ponto (xi, j/i).

k = 3t2i 4- 4x}
Resp.: lim
h 2yi

10. Determinar as equações da tangente e da normal à curva do problema


precedente no ponto (2, — 4).
Resp.: 5x 4- 2y — 2 = 0; 2x — 5y — 24 = 0.

11. (a) Calcular os comprimentos da subtangente e subnormal no ponto


(2, — 4) da curva y2 = x3 4- 2x2.
Resp.: —8/5,. 10.
TANGENTES E NORMAIS 145

(b) Calcular os comprimentos da tangente e da normal.


Resp.-. 4 Y29’ 2V/29.
5

12. Achar a equação das tangentes à hipérbole 2xy 4- y2 — 8 ■■ 0, que


apresentam declividade m = — 2/3.
Resp.: 2x 4- 3y — 8 - 0; 2x 4- 3y 4- 8 = 0.

13. Achar as equações da tangente e da normal e os comprimentos da sub­


tangente e subnormal à curva y2 — 6y — 8x — 31 = 0 no ponto (—3, — 1)«
Resp.: x + y 4- 4 — 0; x — y 4- 2 = 0; — 1, 1.

14. Calcular o coeficiente angular da tangente à curva 4x2 — 12xy4-9y2 —


— 2x+3y — 6 = 0 em um ponto qualquer (xi, y\) da curva.
Resp.: m = 2/3. Interpretar a resposta.

15. Estabelecer as equações das tangentes à curva 4x2 — 2y2 — 3xy 4-


4- 2x — 3y — 10 = 0 que são paralelas à reta x — y 4- 5 — 0.
Resp.: x — y — 1 — 0; 41x — 41t/ 4- 39 = 0.

16. Achar as equações das tangentes à hipérbole xy — 2, perpendiculares


à reta x — 2y = 7.

Resp.: 2x 4- y — 4 = 0; 2x 4- y 4- 4 = 0.

17. Em que pontos da elipse x2 4- xy 4- y2 — 3 = 0 as tangentes são para­


lelas ao eixo dos x? paralelas ao eixo dos y?
Resp.: (1, — 2), (- 1, 2); (2, - 1) (-2, 1).

18. Em que pontos da curva x2 — 2xy 4- y 4- 1 — 0 as tangentes são pa­


ralelas à reta 2x 4- y = 5 ?
Resp.: (1, 2) e (0, - 1).

19. Achar as equações das retas que passam pelo ponto (5, 6) e são tan­
gentes à parábola y2 = 4x.
Resp.: x — y 4- 1 = 0; x — 5y 4- 25 = 0.

20. Provar que as tangentes à parábola y2 = 4ax nos extremos do latus


rectum são perpendiculares, isto é, provar que os coeficientes angulares são 1.

21. Achar as equações da tangente e da normal à parábola x2 = 5y no


ponto de abscissa igual a 3.
Resp.: 6x — 5y — 9 = 0; 25x 4- 30?/ — 129 = 0.

22. Provar que as equações das retas de coeficiente angular m, tangentes


à parábola y2 = 4ax, são
a
y = mx 4- ---- , (m#0).
m
146 GEOMETRIA ANALÍTICA

23. Provar que as equações das retas de coeficiente angular m, tangentes


à circunferência x2 + y2 = a2, são
y = mx ± a Vm2+1.

24. Provar que as equações das retas de coeficiente angular m} tangentes


à hipérbole b2x2 — a2y2 = a2b2, são y — mx ± v a2m2 — b2, e que as das tan­
gentes b2x2 — a2y2 = — a2b2 são y ■■ mx ± \/b2 — a2m2.

25. Achar as equações das tangentes à elipse 5x2 + 7y2 — 35, perpendi­
culares à reta 3x + 4y — 12 = 0.

26. Achar as equações das tangentes à hipérbole 16x2 — 9y2 — 144, para­
lelas à reta 4x — y — 14 — 0.

Resp.: y — 4x ±8 V 2.

27. A parábola y2 — 4ax passa pelo ponto (— 8, 4). Achar a equação da


tangente a essa parábola, paralela à reta 3x + 2y — 6 = 0 .

Resp.: 9x + 6y = 2.

28. Determinar a equação da tangente à curva x* 4- y8 — 3axy no ponto


Pi (®i, yi).
Resp.: (y2i - axi) y + (z2i — ayi) x - axiyi.

29. Calcular o valor de b, quando a reta y«— mx + b é tangente à pará­


bola x2 = 4ay.

Resp.: b = — am2.

30. Empregando o resultado do Problema 29, estabelecer a equação da


tangente à parábola x2 ~ — 2y, paralela à reta x — 2y — 4 — 0.
Resp.: 4x — 8y + 1 = 0.

31. Achar a equação do suporte do diâmetro da hipérbole x2 — 4y2 9,


que divide ao meio as cordas:

(a) de declividade 4. Resp.: x —16y -0.


(b) paralelas a 3x — 5y — 2 — 0. Resp.: 5x—12y—0.
(c) paralelas à tangente em (5, 2) Resp.: 2x — 5y=0.
(d) paralelas à assíntota de declividade positiva: Resp.: x — 2y 0.

32. Estabelecer a equação do suporte do diâmetro conjugado com o que


é definido pela reta x — 16y = 0 no Problema 31 (a).
Resp.: 4x — y = 0.
TANGENTES E NORMAIS 147

35. Instituir a equação do suporte do diâmetro da elipse 9x2 + 25y2 - 225,


que divide ao meio as cordas de coeficiente angular igual a 3.

Besp.: 3x + 25y ■« 0.

54. Achar a equação do suporte do diâmetro da parábola y2 - 8z que di­


vide ao meio as cordas de declividade igual a 2/3.

Besp.: y ■■ 6.

35. Achar a equação do suporte do diâmetro da elipse x2 + 4y2 = 4, con­


jugado com o definido por y ■■ 3x.

Resp.: x 4- 12y — 0.

56. Determinar a equação do suporte do diâmetro da cônica xy + ?y2 —


— 4x — 2y 4- 6 = 0, que divide ao meio as cordas de coeficiente angular igual
a 2/3.

Besp.: 2z + lly — 16»

37. Determinar a secante da cônica x2 —3xy — 2y2 — x — 2y — 1 =0, que


divide ao meio as cordas de coeficiente angular igual a 3.

Besp.: 7x + 15j/ + 7 - 0.

38. Estabelecer a equação do suporte do diâmetro da elipse 4z24-5y2 = 20,


o qual divide ao meio as cordas

(а) de declividade — 2/3 Resp.: 6x — 5y 0.


(б) paralelas à reta 3x — 5y — 6. Resp,: 4x 4- 3y “ 0.

39. Instituir a equação da secante da hipérbole xy — 16, que divide ao


meio as cordas paralelas à reta x 4- y “ 1»

Resp,: y — x.
Capítulo 11

CURVAS PLANAS DE GRAU SUPERIOR AO SEGUNDO E


TRANSCENDENTES

Curvas planas superiores. Curva algébrica é a que pode ser


representada por um polinômio em x e y igual a zero. As curvas
cujas equações não podem ser assim representadas, por exemplo,
y = senx, y=éx, y = logx, recebem a denominação de curvas trans­
cendentes.
As curvas algébricas de grau superior ao segundo e as curvas
transcendentes são chamadas curvas planas superiores.
Consulte-se o Capítulo 2 para a discussão das coordenadas à
origem, simetria e extensão de uma curva.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Representar gràficamente a curva y2 = (x — 1) (x — 3) (x — 4).


Solução. A curva é simétrica em relação ao eixo dos x, visto que a equação
não se altera pela troca de y por — y.

As abscissas à origem são 1, 3 e 4. Para x — 0, temos y2 = — 12; portanto, a


curva não corta o eixo dos y.

Para x < 1, cada fator do segundo membro é negativo e y é imaginário.

Para 1 x £ 3, y é real. Para 3 < x < 4, y2 é negativo e, em conBeqüên-


cia, y é imaginário.
Para x 4, y2 é positivo; y é real e cresce indefinidamente em valor absoluto,
enquanto x cresce indefinidamente.
Organizemos um quadro de valores para determinar pontos da curva (Fig. 110).
CURVAS PLANAS 149

1 2 6
X 1,5 2,5
314 4,5 | 5 1 5,5 |

0 ±1,37 ±1,41 ±1,06 0 | 0 ±1,62 | ±2,83 1 ±4,11 1 ±5,48


y

2. Representar gràficamente
a curva x2y — 2x2 — 16y = 0.

Solução. Coordenadas à ori­


gem. Para y — 0, x = 0; e para
x = 0, y = 0.

Simetria. A curva é simétri­


ca em relação ao eixo dos yt por­
que a equação não se altera pela
substituição de x por — x; não é
simétrica em relação ao eixo dos
x nem à origem.
Resolvendo a equação propos­
ta em relação a y e a x, obtemos

2x2 e (2) z - ± 4 </—!!—.


(x - 4) (x + 4) ’
T y - 2

Tendo em vista (1), concluí­


mos que y tende para infinito
quando x tende para os valores 4
e — 4 por valores maiores e meno­
res que êstes limites (*). Nenhum
valor de x deve ser excluído.
Tendo em vista (2), concluí­
mos que os valores compreendidos
no intervalo 0 < y < 2 devem ser
excluídos. Enquanto y tende para
2 por valores superiores, x tende
para infinito. As retas x = ± 4
e y = 2 são assíntotas.

X 0 ±i ±2 ±3 | ±4 ±5 ±6 ±7 ±8 ±°°
0 -0,13 -0,67 -2,6 | ±°° 5,6 3,6 3,0 2,7 1
y 2

(♦) Diz-se, neste caso, que a funçfio representada pela curva é descontínua para x - ± 4‘
mas é contínua para todos os demais valores de x. A funçfio é definida nos «intervalos abertos:
- « < x < - 4, — 4 < x < + 4 e + 4 < x < + ®. (N. do T.).
150 GEOMETRIA ANALÍTICA

3. Fazer um esbôço da cur­


va x3 — x2y + y 0.
Solução. Resolvendo em re­
lação a yf vem
z8

Para x = ± 1, y se toma infi­


nito; portanto, x = 1 e x = — 1
são assíntotas verticais.
0 valor de y pode ser escrito,
x
portanto: y = x + -z—7- •
x —1
Quando x cresce indefinida-
mente, y tende para » e a fra­

ção -- -- tende para zero.


x£ — 1

Portanto, a curva aproxima-se da reta y « xt que é uma assíntota. Para


x > 1 um dos ramos da curva se situa acima da reta y = x; para x < — 1, outro
ramo se situa abaixo de y — x.

A curva passa pela origem e é simétrica em relação à origem (Fig. 112). Alguns
valores de x e y figuram no quadro abaixo.

X ±1/2 0 ±1 ±1,5 ±2 ±2,5 ±3 ±4

y =Fl/6 0 CO ±2,7 ±2,67 ±3,0 ±3,4 ±4,3

Esta curva pode também ser traçada pelo método da adição de ordenadas.

Para isso, tomemos yi — x e yz-*X , • Tracemos os gráficos dessas duas


x — 1
equações no mesmo sistema de eixos e somemos as ordenadas yi e y2 correspon­
dentes às mesmas abscissas.

4. Construir o gráfico da elipse 2x* 4- 2xy + y2 — 1 ■■ 0 pela adição de


ordenadas.

Solução. Resolvendo em relação a y, temos

- 2x ± V%r2 - 8x2 4- 4
y “ 2

- — Z±\/l —
CURVAS PLANAS 151

Tracemos a reta y\ = — x e a cir­


cunferência yz = ± a/1 — x2 ou
x24-i/22 = 1.
A elipse resultante é simétrica em
relação à origem.

5. Função Trigonométrico. Repre­


sentar gràficamente.

y — sen x.

Solução. Exprimiremos em radia-


nos o ângulo x (tt radianos = 180°).

0
51-

X 7T « laív
H-

± T ± 2 ir

-H
-H
-H

-H

-H

±T
1

sen x 0 ±0,5 ±0,87 ± 1 ±0,87 ±0,5 0 T0,5 T0,87 T 1 =F 0,87 T0,5 0

Os valores de sen® se repetem; a função é periódica, sendo o período igual


a 2t ; por isso, o gráfico de y — sen x reproduz-se exatamente a cada intervalo
de radianos. Como sen (— x) — — sen x, há simetria da curva em relação
à origem. Nenhum valor de x deve ser excluído, mas a curva se situa entre
2/ = le?/= — 1.

O gráfico de y — cos x pode ser obtido à semelhança de y = sen x, por mar­


cação de pontos. Observemos a linha interrompida da Fig. 114.
— ül

£ l«

5 lw

7T ■JT
“lí
1
H-

±2 T
H-

0
-H

-H

X ±6" ±7T
*7

COB X 1 0,87* 0,5 0 —0,5 — 0,87 — 1 — 0,87 — 0,5 0 0,5 1


152 GEOMETRIA ANALÍTICA

Como cos x =» sen (x + -=■), um ponto qualquer da co-senóide tem a mesma


A
ordenada que o ponto da senóide situado tf/2 unidades à direita. Como cos ( —x) =
= cos x o gráfico é simétrico em relação ao eixo vertical.

6. Representar gràficamente
a função y « sen 3x.

Solução. Como sen x assu­


me todos os valores de seu do­
mínio enquanto x varia de 0 a 2irt
a função sen nx assumirá todos
os valores de seu domínio en­
quanto nx variar de 0 a 2r ou en­
quanto x variar de 0 a 2ir/n.

No presente caso, n =3; logo,


o período de sen 3x é 2t/3.

A curva é simétrica em relação à origem (Fig. 115).

O campo de variação de y é o intervalo fechado — 1 y £ 1, e nenhum


valor de x deverá ser excluído.

X 0 T 7T T 2tt 5r ir
6 3 2 3 6

sen 0 1 0 -1 0 1 0
3z

7. Traçar o gráfico de y = tg x.

Solução. Comotg(—x) = — tgx, a curva é simétrica em relação à,


origem.

O período da função é t.

A função tem limite infinito quando x é múltiplo ímpar de t/2 e a curva


passa por todos os valores de y entre x = — 7r/2 e x = r/2 (Fig. 116) Nenhum
valor de x ou de y deverá ser excluído.

X 7T T T T ir T T
2 4 6 0 4 3 2
6

tgx CO -1 -0,58 0 0,58 1 1,73 00


CURVAS PLANAS 153

8. Fazer o gráfico de y — sec x.

Solução. Como sec (— x) — sec x, a curva é simétrica em relação ao eixo


dos y. O período da função é 2t.

Como sec x — 1/ cos x, os valores de sec x podem ser fàcilmente encontrados


numa tábua de co-senos.

Como o campo de variação de cos x é o intervalo fechado [—1, 4-1], o cajnpo


de variação de sec x abrange todos os valores dos intervalos infinitos (— 00, — 1]
e[+ 1, 4- 00). Veja-se a Fig. 117.

X 0 ±T
H-

±1 ±1
3 2

sec x 1 2 CO -2 -1

9. Traçar o gráfico de y =
= sen x 4- sen 3x. Empregar o
método da adição de ordenadas.

Solução. Ver os quadros


de valores seguintes e a Fig. 118.
154 GEOMETRIA ANALÍTICA

ir 7T ir 2ir 57T
X 0 7T
6 3 2 3 6

sen x 0 0,5 0,87 1 0,87 0,5 0

sen 3x 0 1 0 -1 0 1 0

7t 4ir 3tt 5tt 1 Itt


X 2ir
6 3 2 3 6

sen x -0,5 -0,87 -1 -0,87 -0,5 0

sen 3x -1 0 1 0 -1 0

10. Função Expononcial. Representar gràficamente a função y — axf onde


a é uma constante qualquer positiva maior que a unidade.

Solução. Para estudarmos o campo de definição da função, a ■■ 5. Então


a equação se transforma em y = 5X.

Para x = 0, temos y — 5o = 1. Quando o valor de x cresce, o de y também


cresce. Para os valores negativos e decrescentes de x, os de 5X são positivos, mas
decrescentes. Portanto, a curva se situa inteiramente acima do eixo dos x.

A curva não é simétrica em relação a qualquer dos eixos nem à origem (Fig.
119). Para valores negativos de xf quando x cresce em valor absoluto, a curva
aproxima-se do semi-eixo dos x negativo sem o atingir. O eixo dos x é, pois,
uma assíntota.

0 1 2 -1 —2 -3
x 1 1 ”4 1
1! i 0,04 1 0,008
y I 5 25 0,2 • 0,0016 |
CURVAS PLANAS 1Õ5

11. Representar gràficamente y = cx.

Solução. A quantidade e = 2,718 é a base dos logaritmos naturais ou


neperianos.

X -3 | —2 -1 -0,5 0 0,5 1 | 2 1

ex 0,050 | 0,135 0,368 0,606 1 1,65 2,72 1 7,39

O gráfico de y = e“x, apresentado na Fig. 120, pode ser considerado como


reflexão da curva y = ex no eixo dos y.

12. Discutir a equação y ® e~x2 e esboçar o gráfico correspondente (curva


da probabilidade).

Solução. A ordenada à origem é a unidade. A curva não corta o eixo


dos x*.
A curva é simétrica em relação ao
eixo dos y.

O eixo dos x é uma assíntota;


quando x —> ± 00, y —> 0.

A curva se situa inteiramente aci­


ma do eixo dos x, pôsto que > 0
para todos os valores de x. Veja-se a
Fig. 121.

X 0 ±0,5 ±1 ±1,5 ±2

y í 0,78 0,37 0,11 0,02

13. Função Logaritmica.


O lugar geométrico da equação y Ioga denominado curva logaritmica,
difere do lugar de y « ax sômente em sua posição relativa aos eixos. Efetiva­
mente, ambas as equações podem
ser escritas sob a forma exponen-
cial ou logaritmica. Fazer a = 10
e traçar o gráfico de

y « logxo x (ou x — IO*).


X
Solução. Como x não pode
receber valores negativos, a curva
ficará inteiramente à direita do
eixo dos y. Para valores positi-
(*) Há duM abscissas à origem de limite infinito. A funçfio é definida e contínua no in-
tervalo (— ®,+ •). (N. do T.).
156 GEOMETRIA ANALÍTICA

vos de x menores que 1, y será negativo. Para x — 1, y — 0. Quando x cres­


ce y também cresce. Não existe simetria. A curva aproxima-6e do semi-eixo.
dos y negativo sem o atingir; o eixo dos y é, pois, assíntota. Veja-se a Fig. 122*

X 0,1 0,5 1 2 3 4 5 10

y -1 -0,30 0 0,30 0,48 0,60 0,70 1

14. Discutir e representar gràficamente a função y — loge (z2 — 9).

Solução. Para y — 0,
loge (z2 —9) = 0 ou z2—9 = 1, don­
de x = ± V10. A curva não cor­
ta o eixo dos y.
Para | x | < 3, y é imagi­
nário. Para | x | > y/10, y é
positivo. Para 3 < | x | < V10,
y é negativo. As retas x — ± 3
são assíntotas.
A curva é simétrica em
relação ao eixo dos y. Veja-se
a Fig. 123.

X ±3,1 ±3,2 ±3,5 ±4 ±5 ±6

y -0,49 0,22 1,18 1,95 2,77 3,29

15. Equações Paramétricas. Algumas vêzes convém exprimir x e y em


função de uma terceira variável. A terceira variável se chama parâmetro. As
duas equações que exprimem x e y em função do parâmetro são denominadas
equações paramétricas.

Atribuindo-se sucessivos valores ao parâmetro, determinam-se pares suces­


sivos de valores de x e y. No gráfico, os pontos P (z, y) são ligados por uma
curva suave, que representa o lugar geométrico das equações paramétricas.
CURVAS PLANAS 157

Construir o gráfico da curva x — 2t, y ■■ y •

Solução.

t ±1/4 ±1/2 ±1 ±2 ±3 ±4

x ±1/2 ±1 ±2 ±4 ±6 ±8

y ±8 ±4 ±2 ±1 ±2/3 ±1/2

A curva é simétrica em rela­


ção à origem. Os eixos dos x — e
dos y — são assíntotas. Veja-se a
Fig. 124:

Se eliminarmos o parâmetro
t, obteremos a equação cartesiana
da curva: xy — 4. Esta é a equa­
ção de uma hipérbole eqüilátera ou
retangular, cujas assíntotas são os
eixos coordenados.

Para eliminar o parâmetro t,


x 2
substituamo-lo por i = em y = — • Resulta y = ou xy = 4.

í2
16. Traçar a curva, cujas equações paramétricas são x « ~2> y~
4 *

Solução.

t -3 -2 -1 0 1 2 3

X 4,5 2 0,5 0 0,5 2 4,5

y —6,75 -2 -0,25 0 0,25 2 6,75


158 GEOMETRIA ANALÍTICA

Eliminando tt obtemos a equação


cartesiana da curva: 2y2 ■■ x8. Trata-se
de uma parábola semicúbica. O lugar é
simétrico em relação ao eixo dos x.
Veja-se a Fig. 125.

Para eliminar o parâmetro i:


l*
De x — — ou 2x — r, obtemos

(2®)8 - a2)8.
ti
De y — — ou 4y = t8, obtemos

(4y)2 - (í8)2.

Então, (2x)8«ífl“(4j/)2 ou x8 — 2y*.

17. Traçar a curva de equações paramétricas x — t 4- 1, y — t (t 4- 4).


Solução.

t -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2

X -4 -3 -2 -1 0 1 2 3

y 5 0 -3 -4 -3 0 5 12

Eliminando o parâmetro t, surge a equação cartesiana y — s2 4- 2x — 3, ou


seja, a de uma parábola. Veja-se a Fig. 126.

18. Traçar a curva, cujas equações paramétricas são x — 2 cos 0,

y — 4 sen 0.
CURVAS PLANAS 159

Solução.

0 & 30° 60® 90o 120o 150 180o 210® 240® 270o 300o 330» 360o

X 2 1,7 1 0 -1 -1,7 -2 -1,7 -1 0 1 1,7 2

y 0 2 3,5 4 3,5 2 0 -2 -3,5 -4 -3,5 -2 0

Se o parâmetro 0 fôr eliminado, teremos a equação cartesiana — “1,


ou seja, a da elipse ilustrada na Fig. 127.

Para eliminar o parâmetro 0:

cos 0 — e sen 0 ™ Segue-se cos2 0 + sen2 0 — 1 — + -—•


2 4 4 lo

19. Quando se lança um projétil com ângulo de projeção 0 e velocidade


inicial Vo, sua posição num instante qualquer t pode ser calculada pelas fórmulas

x - Vo t cos 0, y - Vo t sen 0 — y gt2.

Considera-se usualmente g
igual a 32 pés/seg2; x e y são ex­
pressos em pés; t, em segundos.

Admitindo 0 — arc cos 3/5 e


Vo — 120 pés/seg, traçar a trajetó­
ria do projétil.

Solução. Pôsto que

x - 72 í,
y = 96 t - 16t2.

t 0 í 2 3 4 5 6

X 0 72 144 216 288 360 432

y 0 80 128 144 128 80 0

Eliminando t obtemos y =■ —----- que corresponde a uma parábola


o o24
com eixo vertical de simetria. A flecha mede 144 pés e o alcance é x - 432 pés.
Veja-se a Fig. 128.
160 GEOMETRIA ANALÍTICA

20. Discutir e traçar a curva, cujas equações paramétricas são

2 at2 2 aí3
•-ê+v y~ê+r

Solução. Para t — 0, temos x — 0 e


y ■■ 0. Para todos os valores de t, positivos ou
negativos, x é positivo ou nulo; mas, y é positivo
para t > 0 e negativo para t < 0. A curva é
simétrica em relação ao eixo dos x. Veja-se a
Fig. 129.

2at2 2a
Se escrevermos x — -2a -
t2 + 1 t2+l ’
verificaremos que, quando o valor absoluto de t
cresce indefinidamente, x tende para o valor 2a,
mas o valor absoluto de y também cresce inde­
finidamente. Por conseguinte, x — 2a é uma as­
síntota vertical.

t 0 ±i ±2 ±3 ±4

X 0 a 1,6a 1,8a 1,9a

y 0 ±a ±3,2a ±5,4a ±7,5a

Eliminando í, surge a forma cartesiana y2 (2a — x)—x3 da Cissóide de Diocles.

21. Discutir e traçar o gráfico da


curva x — a cos3 0, y — a sen3 0.

Solução. Como cos ( —0) — cos0,


ao passo que sen (— 0) — — sen 0 , a
curva é simétrica em relação ao eixo dos
x. Como sen (180° — 0 ) = sen 0 , mas
cos (180° — 0) = — cos 0, a curva é simé­
trica em relação ao eixo dos y. Como
os valores absolutos de seno e co-seno
nunca são maiores que a unidade,

— a z a e —a^j/^a. Fig. 130


CURVAS PLANAS 161

e 0» 30° 60° 90° 120° 150° 180°

X a 0,65a 0,13a 0 -0,13a —0,65a —a

y 0 0,13a 0,65a a 0,65a 0,13a 0

Quando se elimina 0f obtém-se a equação cartesiana da curva x2/3 + j/2/3 _


— a2/3, ou seja, a hipociclóide de quatro cúspides. Veja-se Fig. 130.

Para eliminar o parâmetro 0:

(x/á)2/3 + (yla)2& — (cos3 0)2/3 4- (sen8 B) 2/3 — cos2 0 4- sen2 0—1,


ou
x2/3 -|- y2/3 s fl2/3.

22. Discutir e traçar o gráfico da curva

Solução.

Para 0 — 0, temos x = 0 e y

Para 0 = 180°, temos x

Para 0 = 360°, temos x = 2-jra e y

e 0° 30° 60° 90® 120o 150° 180® 210o 240o 270o 300o 330» 360o

X 0 0,02a 0,18a 0,57a 1,2a 2,1a ra 4,2a 5,1a 5,7a 6,1a 6,3a 2ira

V 0 0,13a 0,5a a 1,5a 1,9a 2a 1,9a 1,5a a 0,5a 0,13a 0

Quando se elimina 0, obtém-se a equação da curva x — a arc ccs —--------

— >/ 2ay — y2t que é uma ciclóide. Veja-se a Fig. 131.

Para eliminar o parâmetro 0:

De y — a (1 — cos 0) tiramos cos 0— a- • Donde 0 — arc cos

y/ 2ay — y2 ,
esen0
a
162 GEOMETRIA ANALÍTICA

Substituindo em x = a 6 — a sen 0, resulta:

x — a arc cos - ---- - — V2ay — y2.


a

23. Transformar a equação dada em equações paramétricas:

x2 + 3xy + 3í/2 — ax « 0.

Solução. Façamos y — tx. Então, temos x2 + 3x2í 4- 3x2t2 — ax — 0.

Dividindo por x, vem x + 3xt 4- 3xt2 — a = 0.

Resolvendo em relação a x, obtemos


a at
1 ~ 3í2 + 31 + 1 ’ y ~ tX ~ 3í2 + 3í + 1 ‘

PROBLEMAS PROPOSTOS

Em cada um dos Problemas 1 —14, discutir a equação proposta e traçar


a curva.

x2 — 4
1. (y2 — 4) x - 91/ - 0. 9. V “ ®2 - 3x - 4
2. y = (x + 1) (x + 2) (x - 2).
2 X -r 4
3. y2 = (x 4- 1) (x 4- 2) (x - 2). 10. V ~ z2 + 2z - 8 ‘

4. y2 (4 — x) =» x3. Cissóide. 11. 4x2 — 12x — 4xy 4- y2 4- 6u —


-7 = 0.

5. x3 — x2y 4- 4y — 0. 12. x3 4- 4x2 4- xy2 — 4|/2 — 0.


Estrojóide.

6. x2y - 3x2 - 91/ = 0. 13. xy2 — xy — 2x — 4 =

7. x2y 4- 41/ — 8 = 0. Cúbica de 14. x2/3 4-1/2/3 — a2!3. Hipociclóide de


Agnesi. quatro cúspides.

8. x2 + 2xy - 4 4- y2 = 0.

Em cada um dos Problemas 15-22, traçar o gráfico da equação proposta

15. y = 2 sen 3x. 18. y = cos (x — r/4)

16. y = 2 sen xJ3. 19. y = 2 sec x/2

17. y - tg 2x 20. y - cotg (x 4- r/3)


CURVAS PLANAS 163

21. y = 3 cos - (x — 1) 22. y = -i- cosec 3a?.


2 o

Em cada um dos Problemas 23-28, traçar o gráfico da equação dada.

23. y = arc sen x 26. y = arc sec x

24. y = 2 arc tg 2x. 27. y — arc cosec 2x

25. y = 3 arc cos o?/3 28. y = arc cotg o?/2.

Em cada um dos Problemas 29-35, traçar o gráfico da equação proposta.

29. y - 2e 33. y = logio a/ x2 - 16

30. y - 4~x 34. y = loge a/ 27 - x3


ex e-X
31. y = 10 */’ 35. y = ---- - ----- Catenária.

32. y - log. (3 + «)

Em cada um dos Problemas 36-49, traçar o gráfico da equação proposta pelo


método das ordenadas compostas. Nos Problemas 46, 47 e 48 apresentar as
curvas limites.

36. 4x2 — 4xy + y2 — x = 0. 43. y — x/2 4- cos 2o?.

37. o?2 — 2xy + y2 4- x — 1 - 0. 44. y = e~x 4- 2^

38. 3x2-2xy+y2-5x+4y+3=0. 45. y = sen 2x 4- 2 cos x.

39. x2+2xy+y2 — 4x—2y = 0. 46. y = x sen x.

40. 2o?2 + y2 — 2xy — 4 = 0. 47. y = e~xf2 cos

41. y = 2 cos x 4- sen 2o;. 48. y = xe~*2.


TTX
42. y - e*/2 4- x2. 49. y = o; — sen —•

Em cada um dos Problemas 50-55, determinar as equações paramétricae.


Empregar o valor dado para x ou y.

50. x — xy = 2, y-1 — t. Resp.: x


=4’ y-1-1

51. x2 — 4y2 «= K2, x = K sec 6. Resp.: x

52. x3 + y3 = 6xyt y = tx. Resp.: x


164 GEOMETRIA ANALÍTICA

55. x2 —2xy 4-2y2=2a2,x-2a cos t. Resp.: x - 2a cos tty**a (cos l±sen t).

t tá2
54. x2y+b2y-a2x = 0>x=bcot%—- Resp.: x = b cotg—, y = —sen t.

55. x2^3 4- y2/3 — a2/3, y — a sen3 B. Resp.: x - a cos3 B, y — a sen3 0.

Em cada um dos Problemas 56-59, eliminar o parâmetro e deduzir a equação


cartesiana.

x* y*
56. x =- a sec 0, y — b tg 0. Re»p.-. >•

Re»p.-. (- + ^+^ + 2)3^


57. x=2 cos 0—1, y=3 sen 0 — 2.

58. x = “—cos i, y — coa 2 t. Resp.: y - 8X2 — 1.


2

3am 3am2
59. X 1 + m3 ’ 1 4- m3 Resp.: x3 4- y3 — 3 axy.

60. Um projétil é atirado de um ponto A com velocidade inicial de 900 mfa


e ângulo de projeção de 35°, sôbre terreno horizontal. Calcular, com três alga­
rismos significativos, o alcance e a duração de trajeto, admitindo g — 9,8 m/s2.

Resp.: 77,7 km; 105 segundos.

61. Que inclinação deve ser dada ao_tubo de um canhão para atingir um
alvo sôbre o solo à distância de 7 500 y/ 3 jardas, se a velocidade na bôcada
arma é de 1 200 pés/seg? Qual a duração de trajeto? (Notas: 1 jarda — 3 pés;
g — 32 pés/seg2).
Resp.: 30°; 37,5 seg.

62. Um projétil é atirado com ângulo de projeção de 60° e velocidade inicial,


de 760 m/s. Calcular o alcance e a altura máxima atingida pelo projétil (flecha)
supondo g = 9,8 m/s2.
Resp.: 51,0 km; 22 100 m.

Traçar a curva de cada uma das equações paramétricas dos Problemas 63-70.

63. x — 4 cos it y = 4 sen t. 65. x — t2 + 2, y — t3 — 1.

64. .z-t + y, yt- y. 66. x - 4 tg 0, y - 4 sen 0.


CURVAS PLANAS 165

67, x “ " 1 + p y “ j ^2 ‘ 69. x “ sen t + cos t, y = cos 2t.

68. x “ 1 + t2f y = 4í — í3. 70. x B — sen 0. y = 1 — cos &

71. Construir a curva, cujas equações paramétricas sâo


x — 8 cos3 B> y “ 8 sen3 B.

72, Traçar a curva de equações paramétricas x = V ~ ’

75. Representar gràficamente a curva, cujas equações paramétricas são


x - 4 tg B, y - 4 cos2 B.

74. Construir a curva, cujas equações paramétricas são


x - 4 sen B, y - 4 tg B (1 + sen B).
Capítulo XII

INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO

Coordenadas cartesianas. Em geometria analítica plana a


posição de um ponto qualquer fica determinada quando se conhecem
suas distâncias a duas retas concorrentes, em geral perpendiculares
entre si. Em geometria analítica no espaço, um dos métodos de
fixar um ponto consiste em dar suas distâncias a três planos mútua­
mente perpendiculares. Tais planos denominam-se planos coorde­
nados e as três distâncias perpendiculares chamam-se coordenadas
do ponto.
As interseções entre os planos coordenados, dois a dois, são as
retas OX, OY e OZ (Fig. 132), que recebem a designação de eixos
coordenados, com seus sentidos
positivos assinalados por setas.
Os planos coordenados dividem
todo o espaço em oito regiões
denominadas octantes, assim de­
signadas : número I, para o
octante cujas arestas são os três
semi-eixos positivos; o II, o III
e o IV se encontram acima do
plano XY, em ordem contrária
à dos ponteiros de um relógio,
em tôrno de OZ. Os de nú­
meros V, VI, VII e VIII si­
tuam-se abaixo do plano XY, ficando o V em baixo de I.
Na figura 132, as distâncias SP, QP e NP são, respectivamente,
as coordenadas x, y e. z do ponto P, cuja designação se faz por
(x, y, z) ou P (x, y, z).
GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 167

A distância OP da origem O ao ponto P é calculada por


OP = JõN3 + NP2 = iÕM2 + MN2 + NP2 = Vx2 + y2 + z2.

Para OP = p, temos p2 = x2 + y2 + z2.

Ângulos diretores e co-senos diretores.

Sejam a, 0 e y os ângulos que OP forma com OX, OY e OZ,


respectivamente. Temos imediatamente:

x = p cos a, y = p cos /?, z = p cos y.

Elevando ao quadrado estas relações e somando-as, vem

x2 + y2 + z2 = p2 = p2 cos2 a + p2 cos2 /? + p2 cos2 y,


ou
1 = cos2 a + cos2 + cos2 y.

Temos ainda as relações

x ,
cos a = — y ,
cos p„ = — 2 >
cos y = —
P P P
ou
x n y
cos a = ■ ..........= cos p = , =,
\/x2 + y2 + z2 y/x2 + y2 + z2
z
cosy =
Vx2 + y2 + z2

Os ângulos a, 0 e y da reta OP recebem a denominação de ân­


gulos diretores de OP; os co-senos dêsses ângulos chama-se co-senos
diretores de OP.
Quando uma reta não passa pela origem O, os ângulos diretores
a, e y são os formados pelos eixos com a paralela à reta conside­
rada, tirada por O e de mesmo sentido.
Parâmetros diretores. Três números quaisquer a, b e c,
proporcionais aos co-senos diretores de uma reta, recebem a deno­
minação de parâmetros diretores dessa reta. Para determinar os
co-senos diretores de uma reta cujos parâmetros diretores a, b e c
sejam conhecidos, dividimos esses parâmetros por =E a/g2 + b2 + c2.
Adota-se diante do radical o sinal que convém ao co-seno diretor.
168 GEOMETRIA ANALÍTICA

Distância entre dois pontos. A distância entre dois pontos


quaisquer Pi (xb yÍ9 Zi) e P2 (^2,2/2, «2) é dada pela fórmula:
d = \/Kx2 - xO2 + (2/2 - 2/i)2 + (Z2 - zi)2.

Direção de uma reta. Os co-senos diretores de PXP2 são


(Fig. 133):
X2 — Xi
cosa =
V(^2 - £1)2 + 0/2 “ 2/1)2 + (z2 - Zl)2

j/2 - 1/1
cos/3 =
y/(x2 - X1)2 + (y2 - yi)2 + (z2 - zi)2
z2 — Zl
cos 7 —
y/(x2 — X1)2 + (y2 — 1/1)2 + (z2 — Z1)2

Divisão de um segmento numa razão dada. Ponto de


divisão. Quando o ponto P (x, y, z) divide o segmento Pi (xb yb Zi),
PP T
Pt (xt, y2, z2) na razão -pp- = y , temos

Xi + rx2 y2 + ry2 z2 + rz2


X~ 1+r ’ 1+r ’ 2 1+r

Ângulos de duas retas. 0 ângulo formado por duas retas


quaisquer do espaço se define pelo ângulo de duas retas concorrentes,
paralelas, respectivamente, às duas primeiras.
GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 169

Sejam OPi e OP2 duas paralelas às retas dadas tiradas pela


origem (Fig. 134); seja 6 o ângulo formado pelas duas retas. De

Fig. 134

acôrdo com a lei dos co-senos, temos

P2i + P22 ~ d2
cos 6 =
2 Pi P2
Ora,
P21 = ÍC21 + 2/2l + Z21, P22 = X22 + y22 + Z22
e
d2 = (x2 — Xi)2 + (y2 — yò2 + (z2 — zi)2.

Substituindo e simplificando, vem

z, Xix2 + yiy2 + zi32


cos u =-------------------------
P1P2

®1 *^2 .
Mas, — = cosai, — = cos a2, etc.
Pi P2
Portanto,
cos 6 = cos «i cos a2 + cos /8i cos 02 + cos 71 cos 72.

Se as duas retas forem paralelas, cos# = 1; logo,

0-1 = «2, 0i = £2, 7i = 72-


Se as duas retas forem perpendiculares, cos 0 = 0, por conse­
guinte,
C03 «i cos a2 + cos 01 cos 02 + cos 71 cos 72 = 0.
170 GEOMETRIA ANALÍTICA

PROBLEMAS RESOLVIDOS
1. Marcar em um gráfico os pontos A (6, 2, 3) e B (8, — 2, 4); calcular as
distâncias de cada um dêles à origem e aos eixos.
Solução.
Zi

Fig. 135 Fig. 136

De acôrdo com a Fig. 135: De acôrdo cóm a Fig. 136:

O A = a/62 + 22 + 32 = 7 OB = \/82 + (—2)2 -I- 42 = 2 \/21


Aa = a/32 + 22 = VÍ3 Ba = >/42 4- (-2)2 - 2 V5
Ab = 32 = 3a/5 Bb = a/82 4- 42 = 4a/5
Ac = >/62 4- 22 = 2A/1Õ Bc = a/82 4- (-2)2 = 2 V17.

2. Calcular a distância entre os pontos Pi (5, —2, 3) e P% (—4, 3, 7).


Solução:

d “ V(X4-Xi)2+(!/2-!/i)2+(Z2-Z1)2- v/(-4-5)2+(3+2)2+(7-3)2 - V122.

3. Determinar os co-senos diretores e os ângulos diretores da reta defi­


nida pela origem e pelo ponto (—6, 2, 3).

Solução. (V. Fig. 137).

V(^2 - Sl)2 4- (2/2 - 3/1)2 4- (*2 - *1)2

____________ -6-0____________ -6
V(- 6 - 0)2 4- (2 - 0)2 4- (3 - 0)2 7
GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 171

donde a — 149°.

cos Jíl = f donde 0 = 73° 24'.

cos y = Zl = 3 — = donde y =■ €4° 37'.


' 7 7 7 '

4. Demonstrar que o centro geométrico, centro de gravidade ou centro de


área, situado na interseção das medianas de um triângulo qualquer A fo, yi, «i),
B (X2, y2f3?), C (a?3,2/3, Z3), é o ponto de coordenadas.

/ zi + 3^2 + 3^3 2/1 ~t~ 3/2 ~b~ yz + ^2 4~ ^3


\ 3 3'3.

Solução. As medianas do triângulo ABC (Fig. 138) concorrem em um ponto

D 1 . AP BP CP 2
tal que PD^PF PE 1 “ r*

As coordenadas do ponto D são

Z2 + 3:3 y2 4~ 2/3 32 + ^3 \
( 2 2 2 /
AP 2
Então, as coordenadas do ponto P, que divide AD na razão r = -pg- — —,

são
( 3?2 + 3?3 \
X1 r\ 2 ) xi +12 4* 33 ,
x =“ ---------1—- ----------- ------------ x-------- - E, analogamente,
1 Tr 0

3/1 + 2/2 + 2/3 ___ 31 + 32 + «3


y----------- 3 ’ 3

5. Determinar os co-senos diretores e os ângulos diretores de uma reta ori­


entada para cima, sabendo que seus parâmetros diretores são 2, — 3, 6.
172 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução.

cos

6
cos 7 - y , 7 - 31°.

6. Dados os pontos A (5, 2, - 3), B (6, 1, 4), C (- 3, - 2, - 1) e


D (— 1, — 4, 13) provar que AB e CD são paralelas.
Solução. Os parâmetros diretores de AB são 6 — 5, 1 - 2, 4 + 3 ou
1, - 1, 7.
Os parâmetros diretores de CD são — 1 4- 3, — 4 4- 2, 13 4- 1 ou 2, —2, 14.
Para que duas retas de parâmetros diretores a, bt c e a'f b’t c* sejam para­

lelas, devemos ter — tt = •


a b 'd
2 —2 14
Como y - —- concluímos que duas retas são paralelas.
7 ’
7. Provar que as retas AB e BC são perpendiculares entre si.

A (- 11, 8, 4) B (- 1, - 7, - 1), C (9, - 2, 4).

Solução. Os parâmetros diretores de AB são —14-11, —7 — 8, —1 —4


ou 10, — 15, — 5 ou 2, — 3, — 1.
Os parâmetros diretores de BC são 9 4- 1, — 2 4- 7, 4 4- 1 ou 10, 5, 5 ou
2, 1, 1.
Para que duas retas de parâmetros diretores a, b, c e a', ò', cf sejam perpen­
diculares devemos ter aa' 4- bb’ 4- cc' = 0. Substituindo, obtemos 2X24
4(-3)X 1 4(- 1) X 1 - 0. Logo as retas AB e BC são perpendiculares.
8. Determinar o ângulo 0 formado pelas retas A (— 3, 2, 4), B (2, 5, — 2)
eC(l, -2,2), D (4, 2, 3).
Solução. Os parâmetros diretores de AB são 24-3, 5 — 2, —2 —4
ou 5, 3, — 6.
Os parâmetros diretores de CD são 4 — 1, 2 4- 2, 3 — 2 ou 3, 4, 1.
Os co-senos diretores de A B são

5 5 Q 3 - 6
cos «j - ——- --------- —zzz, cos p - ■ ■ -z:, cos 7 - —= •
<25 4- 9 4-36 <70 <70 <70

Os co-senos diretores de CD são

3 3.4 1
COS «1 “ - — — , CO8 Pi — — , COS 71 — —— •
V9 + 16 + 1 a/26 a/26 V26

Temos, pois,

cos 6 — cos a cos aq 4- cos P cos 4- cos 7 cos 71


GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 173

- -L- . -5— 4- -5— . —------ • -4= =• 0,49225 donde


<70 <26 <70 <26 <70 <26
e = 6C’3O, 7'.

9. Determinar os ângulos internos do triângulo, cujos vértices são

A (3, - 1, 4), B (1, 2,-4) e C (-3, 2, 1).

Solução. Co-senos diretores de

3
\/77 ’

Co-senos diretores de BC —

<6* xA)'
Co-senos diretores de AC =

Nota. Os co-senos diretores de uma reta AB são os de BA com os sinais


contrários.

-2 + 3 1 - 8 - 1 _ 15 .
cos A — —zzz A - 45’44,7'.
<77 <T <77 <6 <77 <6 <462'

cobB--4=----- Á + —Ã 0 + -^=--4=-_B-55’16,9'.
<77 <41 <77 <77 <41 <3157
2
COB C " --- — + 0 + —4 C - 78°58,4'.
<41 <6* a/41
A+ B + C - 180°.

10. Calcular a área do triângulo do Problema 9.


174 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução. Segundo a trigonometria, dados dois lados de um triângulo e o


ângulo por êles compreendido, digamos, os lados bt c e o ângulo At calcula-se a

área pela fórmula S = sen A.

O comprimento do lado AB é c = y/77} o de AC é b = 3\/6. Portanto,

3 VQ V77
S = ------ - —-— sen 45°44,7' = 23,1 unid. de área.

11. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos que distam r unidades
do ponto (zo, 3/o, «o).
Solução.
V(x - Xo)2 + (y - yo)2 + (z - zo)2 - r
ou
(x - Xo)2 4- (y - yo)2 4- (z - «o)2 - r2.

Trata-se de uma esjera de ceDtro (xot yot zo) e raio r.


A forma geral da equação de uma esfera é

x2 + y2 4- z2 + dx + ey + jz + g = 0.

12. Determinar a equação da esfera de centro em (2, — 2, 3), tangente ao


plano XY.
Como a esfera é tangente ao plano XYt o raio mede 3. Portanto,

y/(x - 2)2 + (y + 2)2 + (« - 3)2 = 3.

Elevando ao quadrado e simplificando, resulta

x2 4- y2 4- z2 — 4x 4- 4j/ — 6z 4- 8 — 0.

13. Determinar as coordenadas do centro e o raio da esfera

x2 4- y2 4- z2 - 6z 4- 4y — 8z = 7.

Solução. Completando o quadrado, temos

x2 - 6x 4- 9 4- y2 4- 4y 4- 4 4- z2 - 8z 4- 16 = 36
ou
(x - 3)2 4- (3/ 4- 2)2 4- (Z - 4)2 = 36.

Comparando com

(x - xo)2 4- (y - 3/o)2 4- (z - «o)2 - r2.

verificamos que o centro é o ponto (3, — 2, 4) e o raio é 6.


14. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos, cujas distân­
cias a (2, — 3, 4) são duas vêzes maiores que as distâncias a (— 1, 2, — 2).
Solução. Seja P (xf y, z) um ponto qualquer do lugar.
GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 175

Temos então,

- 2)2 + (y + 3)2 + (z - 4)“2 = 2 + l)2 + (y - 2)2 + (z + 2)2.

Elevando ao quadrado e simplificando, vem:

3z2 '+ 3t/2 4- 3z2 4- 12x — 22y 4- 24z + 7 = 0, equação de uma esfera de centro em
. „ 11 2V7Õ
(-2, y, - 4) eraio r = —- -----

15. Achar a equação da mediatriz do segmento que une os pontos


(2, - 1, 3) e (- 4, 2, 2).

Solução. Seja P (x, y, z) um ponto qualquer do lugar.


Temos então,

VC* + 4)2 + (y - 2)2 + (z- 2)2 - V(.X - 2)2 + (j/ + l)2 + (z - 3)2.

Elevando ao quadrado e simplificando, vem 6x — 3y + z + 5 — 0. Esta


é a equação de um plano, cujos pontos são eqüidistantes dos pontos dados. O
plano corta os eixos nos pontos (— 5/6, 0, 0), (0, 5/3, 0) e (0, 0, — 5) e corta a reta
em (— 1, 1/2, 5/2), como ilustra a Fig. 140.

16. Achar a equação de um lugar geométrico, sabendo-se que as somas


das distâncias de seus pontos a (0, 3, 0) e (0, — 3, 0) são iguais a 10.

Solução. Seja um ponto qualquer do lugar P (x, y, z). Temos


FP + PF' - 10 ou

V(X - O)2 + (y - 3)2 + (z - O)2 + - 0)2 + (y + 3)2 + (z - O)2 - 10.


176 GEOMETRIA ANALÍTICA

Façamos a transposição de um dos radicais, elevemos ao quadrado ambos


os membros e grupemos convenientemente os têrmos resultantes; encontraremos

3y + 25 = 5 a/z2 4- 1/2 4- 61/ 4- 9 4- Ã

Elevando agora ao quadrado e simplificando, obteremos


25$2 4- 16y2 4- 25z2 = 400, equação de um elipsóide com centro na origem.
17. Determinar a equação do lugar geométrico descrito por um ponto, sa­
bendo-se que a soma de suas distâncias a (4, 0, 0) e (— 4, 0, 0) é 6.
Solução. Seja (xf yt z) um ponto qualquer do lugar. Temos

- 4)2 + (y - 0)2 + (z - 0? - V(x + 4)2 + (y — 0)2 + (z - 0)2 - 6,

OU
V(X2 - 8x + 16 + y2 + z2 - 6 + Vx2 + 8x + 16 + y2 + z1.

Elevando ao quadrado e simplificando, vem

4x 4- 9 - — 3 y/x2 4- 8x 4- 16 4- y2 + z2.

Elevando novamente ao quadrado e simplificando, obtemos 7x2 — 9y2 —


— 9z2 ■» 63, equação de um hiperbolóide de revolução em tômo do eixo dos x.
18. Achar a equação do lugar geométrico de um ponto móvel, sabendo que
sua distância ao eixo dos z é igual a três vêzes sua distância ao ponto (— 1, 2, —3).
Solução. Distância ao eixo dos z = distância ao ponto (—1, 2, — 3).
Portanto,

Vx2 + yi - 3 V(x + l)2 + (!/ - 2)2 + (z + 3)2.

Elevando ao quadrado e simplificando, obtemos 8x2 + 8y2 + 9z2 + 18x —


— 36y 4- 54z 4- 126 — 0, que é a equação de um elipsóide.
19. Provar que os pontos A (— 2, 0, 3), B (3, 10, — 7), C (1, 6, — 3) per­
tencem a uma linha reta.
Desenvolvimento. Os parâmetros diretores de AB são 5, 10, — 10 ou
1, 2, — 2; os de BC são — 2, — 4, 4 ou — 1, — 2, 2.
Como os parâmetros diretores são proporcionais, as retas são paralelas ou
coincidentes. Mas, B é comum a ambas. Logo, AB e BC são coincidentes e
os três pontos estão em linha reta.
20. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de
d, 3, 8), (- 6, - 4, 2), (3, 2, 1).
Desenvolvimento. Seja (x, y, z) um ponto qualquer que satisfaça às con­
dições do problema.
Temos então

(1) (x - l)2 + (y — 3)2 + (z - 8)2 - (x + 6)2 + (y + 4)2 + (z - 2)2


e
(2) (x - l)2 + (y - 3)2 + (» - 8)2 - (x - 3)2 + (y - 2)2 + (z - l)2.
geometria analítica no espaço 177

Desenvolvendo e simplificando, obtemos

(1) 7x + 72/ + 6z - 9 = 0
e
(2) 2x - y - 7z + 30 = 0.

Resp.: 7x + 7y + 6» — 9 = 0 e 2a — y — 7z + 30 = 0.
21. Provar que o triângulo A (3, 5, —4), B ( — 1, 1, 2), C (—5, —5, —2)
é isósceles.
Desenvolvimento.
Comprimento de AB= <(3 + l)2 + (5 - l)2 + (-4 - 2)2 = 2<Í7?
Comprimento de BC= V(~5 + l)2 + (-5 - l)2 + (-2 -2)2 = 2<17.
Comprimento de AC= <(-õ - 3)2 + (-5 -5)2 + (-2 + 4? = 2<42.

Como AB = BC = 2<17, o triângulo é isósceles.


22. Provar, por dois métodos distintos, que os pontos A (5, 1, 5),
B (4, 3, 2) e C ( —3, — 2, l) são vértices de um triângulo retângulo.
1. Empregar o teorema de Pitágoras.

AB = <(5 - 4)2 + (1 - 3)2 + (5 - 2)2 = <14.


BC = <(4 + 3)2 + (3 + 2)2 + (2 - l)2 = <75.
CA = <(—3 -õ)2 + (-2 -l)2 + (1 —5)2 = <89.
ÃB2 + BC2 = CÃ2 ou 14 + 75 = 89.

2. Provar que AB e BC são perpendiculares.


Desenvolvimento.
1 — 2 3
Co-senos diretores de AB: —— , —— , —— •
<14 <14 <14
7 5 1
Co-senos diretores de BC: ----- — , ------— , ----- = •
5 <3 5 <3 5 <3
cos B____ 1 . 7_______ 2______ 5 3 1 = 7-10 + 3 = Q
<14 5 <3 <14’ 5<3 y/Í4 5^3 5 <42

Por outro lado: a soma dos produtos dos parâmetros diretores das duas
retas é igual a zero. 7X1+5 (—2) + 1X3=0.

PROBLEMAS PROPOSTOS
1. Marcar em um gráfico os pontos (2, 2, 3), (4, — 1, 2), (— 3, 2, 4),
(3, 4, - 5), (- 4, - 3, - 2), (0, 4, - 4), (4, 0, - 2), (0, 0, - 3), (- 4, 0, -2),
(3, 4, 0).
2. Calcular a distância da origem a cada um dos pontos do problema 1,
acima.
Resp.: <17, <21, <29, 5<2, <29, 4<2^ 2<5^ 3, 2<5^ 5.
178 GEOMETRIA ANALÍTICA

3. Calcular a distância entre os pontos de cada um dos pares seguintes:

(a) (2, 5, 3) e (-3, 2, 1). Resp.’. x/3%.


(b) (0, 3, 0) e (6, 0, 2). Resp.’ 7.
(c) (-4, — 2, 3) e (3, 3, 5). Resp.: a/78.

4. Calcular o perímetro de cada um dos triângulos:

(a) (4, 6, 1), (6, 4, 0), (- 2, 3, 3). Resp.: 10 + V74.


(b) (- 3, 1, - 2), (5, 5, - 3), (- 4, - 1, - 1). Resp.: 20 + a/6._
(c) (8, 4, 1), (6, 3, 3), (- 3, 9, 5). Resp.: 14 + 9 V2.

5. Marcar em um gráfico os pontos dados e, para cada um dêles calcular


o raio vetor de centro na origem e respectivos co-senos diretores..

(a) (- 6, 2, 3).
Resp.: 7, cos a = — 6/7, cos p - 2/7, cos y - 3/7.
(b) (6, - 2, 9).
Resp.: 11, cos a = 6/11, cos = — 2/11, cos y = 9/11.
(c) (- 8, 4, 8).
Resp.: 12, cos a = — 2/3, cos - 1/3, cos y = 2/3.
(d) (3, 4, 0).
Resp.: 5, cos á — 3/5, cos = 4/5, cos y = 0.
W (4, 4, 4).
Resp.: 4\/3, cosa = 1/V3, cos P = 1/V3, cos y = l/\/3.

6. Determinar os ângulos diretores relativos aos pontos do problema 5 (a),


(d) e (e).
Resp.: a. a = 148°59,8', 0 = 73°23,9', y = 64°37,4 .
d. a = 53°7,8', = 36°52,2', y = 90*
e. a = = y = 54°-14,l'.

7. Calcular as medianas dos seguintes triângulos. Nas respostas, as me­


dianas são consideradas na ordem A, B, C.

(а) .4 (2, - 3, 1), B (- 6, 5, 3), C (8, 7, -7). _ _


Resp.: a/91, V166, a/217.
(б) A (7, 5, - 4), B (3, - 9, - 2), C (- 5, 3J3). _ _
Resp.: 2\/41, V182, a/206.

(c) A (—7, 4, 6), B(3, 6, -2), C (1, -8j_8). _ _


Resp.: V115, vz181, V214.

8. Em cada um dos exemplos seguintes, determinar os co-senos diretores do


segménto traçado do primeiro ponto ao segundo.
(а) (- 4, 1, 7), (2, - 3, 2). (c) (- 6, 5, - 4), (- 5, - 2, - 4).
(б) (7, 1, - 4),. (5, - 2, - 3). (d) (5, - 2, 3), (- 2, 3, 7).
(e) (3, - 5, 4), (- 6, 1, 2).
GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 179

Resp..
6 a/77 4 V77 5 V77 7 V10 V10 2 V10
77 ’ 77 ’ 77 d’ 30 ’ 6 ’ 15

3 V14 VÍ4 9 6 2
b - e' 11 ’ 11 ’ 11 ’
“ 14 ' 14
V2 _ 7 a/2

9. Determinar um conjunto de parâmetros diretores para a reta que passa


pelos dois pontos dados.
(«) (4, 7, 3), (-5, -2, 6). Resp.’. 3, 3, — 1.
(ò) (- 2, 3, - 4), (1, 3, 2). Resp.’. — 3, 0, — 6.
(c) (11, 2, - 3), (4, - 5, 4). Resp.’. 1, 1, — 1.

10. Calcular o ângulo menor que 90° formado pelas retas que ligam os se­
guintes pares de pontos.
(a) (8, 2, 0), (4, 6, - - 7); (- 3, 1, 2), (-9, - 2, 4).
Resp.’. 88° 10,8'
(ò) (4, - 2, 3), (6, 1, 7); (4, - 2, 3), (5, 4, - 2).
Resp.’. 90°
(c) De (6, - 2, 0) a (5, 4, 2 Vãj e de (5, 3, 1) a (7, - 1, 5).
Resp.-. 73° 11,6'.
11. Calcular os ângulos internos do triângulo, cujos vértices são
(- 1, - 3, - 4), (4, - 2, - 7) e (2, 3, - 8).
Resp.: 86°27,7', 44°25,4', 49°6,9'.

12. Calcular a área do triângulo do problema 11.


Resp.: 16,17 unidades de área.

13. Determinar a interseção das medianas em cada um dos seguintes tri­


ângulos.
(a) (- 1, - 3, - 4), (4, - 2, - 7), (2, 3, - 8).
Resp.-. (5/3, - 2/3, - 19/3)/
(6) (2, 1, 4), (3, - 1, 2), (5, 0, 6).
Resp.-. (10/3, 0, 4).
(c) (4, 3, - 2), (7, - 1, 4), (- 2. 1, - 4).
Resp.: (3, 1, - 2/3).
14. Provar que o triângulo com vértices (6, 10, 10), (1, 0, — 5), (6. — 10, 0)
é retângulo e calcular sua área.
Resp.: 25 *\/21 unid. de área.
15. Provar que o triângulo de vértices (4, 2, 6), (10, — 2, 4), (—2, 0, 2)
é isósceles e calcular sua área.
Resp.: 6 \/19 unid. de área.
180 GEOMETRIA ANALÍTICA

16. Demonstrar, por dois métodos, que os pontos ( —11,8,4), ( — 1, — 7, — 1),


(9, — 2, 4) são vértices de um triângulo retângulo.
17. Demonstrar que os pontos (2, — 1, 0), (0, — 1, — 1), (1, 1, — 3),
(3, 1, — 2) são vértices de um retângulo.
18. Provar que (4, 2, 4), (10, 2, — 2) e (2, 0, — 4) são vértices de um tri­
ângulo eqüilátero.
19. Provar, por dois métodos distintos, que os pontos (1, —1, 3), (2, —4, 5)
e (5, — 13, 11) pertencem a uma reta.
20. Deduzir a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de
(1, - 2, 3) e (- 3, 4, 2). Resp.: Sx - 12y + 2z + 15 = 0.
21. Deduzir a equação do lugar geométrico dos pontos, cujas distâncias
ao ponto (— 2, 3, 4), são duas vêzes maiores que as distâncias ao ponto (3, — 1, —2).
Resp.: 3x2 -I- 3y2 + 3z2 - 28$ + 141/ + ?4z + 27 = 0.
22. Achar a equação da esfera de raio 5 e centro (—2, 3, 5).
Resp.: x2 4- y2 4- z2 + 4$ — 6y — lOz + 13 = 0.
23. Os parâmetros diretores de duas retas são 2, — 1, 4 e — 3, 2, 2. Provar
que são perpendiculares.
24. Determinar k de modo que as retas que ligam os pontos Pi (fc, 1, — 1)
e Pz (2kt 0, 2) sejam perpendiculares à reta tirada de P2 a P3 (*2 + 2fc, kt 1).
Resp.: fc = 3.
25. Os parâmetros diretores de uma perpendicular a duas retas de parâ­
metros diretores ai, bi, ci e a^, 62, C2 são dados pelos determinantes

bi ci ci U] ai bi
62 C2f C2 Cl2f Ü2 Ò2»

Determinar os parâmetros diretores de uma perpendicular a duas retas,


cujos parâmetros diretores são:

(a) 1, 3, - 2 e - 2, 2, 4. Resp.: 16, 0, 8 ou 2, 0, 1


(b) - 3, 4, 1 e 2, - 6, 5. Resp.: 26, 17, 10.
(c) 0, - 2, 1 e 4, 0, - 3. Resp.: 3, 2, 4.
(d) 5, 3, - 3 e - 1, 1, - 2. Resp.: — 3, 13, 8.

26. Calcular os parâmetros diretores de uma perpendicular às retas deter­


minadas pelos pares de pontos (2, 3, — 4), (— 3, 3, — 2) e (— 1, 4, 2), (3, 5, 1).
Resp.: — 2, 3, — 5.
27. Determinar os co-senos diretores de uma reta perpendicular a cada
uma das retas de parâmetros diretores 3, 4, 1 e 6, 2, — 1.
Resp.: 2/7, - 3/7, 6/7.
28. O ângulo formado pelas retas Li, com parâmetros diretores x, 3, 5>
e Lit com parâmetros diretores 2, — 1, 2, mede 45°. Determinar x.
Resp.: 4,52.
geometria analítica no espaço 181

29. Para que valor de x a reta que passa por (4, 1, 2) e (5, x, 0) será para­
lela à reta definida pelos pontos (2, 1, 1) e (3, 3, — 1)?
Resp.: z = 3.
30. Para que valor de x as retas do problema 29 serão perpendiculares?
Resp.: x = — 3/2.

31. Provar que os pontos (3, 3, 3), (1, 2, — 1), (4, l, 1) e (6, 2, 5) são vér­
tices de um paralelogramo.

32. Provar que os pontos (4, 2, — 6), (5, — 3, 1), (12, 4, 5) e (11, 9, — 2)
são vértices de um retângulo.

33. Provar que a reta que passa pelos pontos (5, 1, — 2) e (— 4, — 5, 13)
é mediatriz do segmento que liga os pontos (— 5, 2, 0) e (9, — 4, 6).

34. Calcular o ângulo entre as retas que ligam (3, 1, — 2) (4, 0,-4) e
(4, - 3, 3), (6, - 2, 2).
Resp.: tt/3 radianos.
35. Os parâmetros diretores de duas retas são 3, — 2, k e — 2, kt 4. De­
terminar k para que elas sejam perpendiculares.
Resp. k = 3.
36. Instituir a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes do
eixo dos y e do ponto (2, 1, — 1).
Resp.: y2 — 2y — 4x + 2z + 6 = 0.
37. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes do plano
xy e do ponto (— 1, 2, — 3).
Resp.: x2 + y2 + 2x — 4y 4- 6z 4- 14 = 0.
38. Um ponto se desloca de modo que a diferença dos quadrados de suas
distâncias aos eixos dos x e dos y permanece constante. Achar a equação do
lugar geométrico descrito.
Resp.: y2 — x2 = a.

39. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos, cujas distâncias


ao eixo dos z são iguais às distâncias ao plano xy.
Resp.: x2 4- y2 — z2 = 0, um cone.
40. Achar a equação de uma esfera de centro em (3, — 1, 2), tangente ao
plano yz.
Resp.: x2 4- 3/2 + z2 - 6z 4- 2y - 4z + 5 = 0.
41. Achar a equação da esfera de raio a, tangente aos três planos coorde­
nados, achando-se o centro no primeiro octante.
Resp.: x2 4- 2/2 4- «2 — 2ax — 2ay — 2az 4- 2a2 = 0.
42. Instituir a equação da esfera de centro em (2, — 2, 3), que passa por
(7, - 3, 5).
Resp.: x2 4- y2 4- z2 — 4x 4- 4y — 6z — 13 = 0.
43. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de
(- 2, 1, - 2) e (2, - 2, 3).
Resp.: 4x — 3y 4- 5z — 4 = 0.
182 GEOMETRIA ANALÍTICA

44. Formar a equação do plano mediador do segmento retilíneo que une


os pontos (—2, 3, 2) e (6, 5, — 6).
jRe«p.: 4x 4- y — 4z — 20 = 0.
45. Dados os pontos A (3, 2, 0) e B (2, 1, — 5), determinar o lugar geomé­
trico gerado por um ponto P (x} yf z), que se desloca de modo que PA permanece
perpendicular a PB.
Resp.: x2 4- y2 + z2 — 5x — 3y + 5z 4- 8 — 0.
46. A que equação devem satisfazer as coordenadas de P (xt y, z) para que
a distância dêste ponto a (2, — 1, 3) seja igual a 4.
Resp.: x2 4- y2 4- z2 — 4x 4- 2y — 6z — 2 = 0.
47. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos (x, yt z)cujas dis­
tâncias a (1, 3, 2) são três vêzes maiores que as distâncias ao plano xz.
Resp.: x2 — Sy2 + z'2 — 2x — 6y — 4z + 14 =* 0.
48. Determinar o centro e o raio da esfera x2 + y2 + z2 — 2x+ 6y +
+ 2z - 14 = 0.
Resp.: Centro em (1, — 3, — 1), raio 5.

49. Determinar as coordenadas do centro e o raio da esfera:

(a) 16z2 4- lGy2 4- 16z2 - 24x + 48y - 5 = 0.


3 3 5 a/2
Resp.: Centro ( — , — — , 0); r = — 7— •
4 Z 4
(ò) X2 + y2 4- Z2 - 2x - 4- 4z 4- 14 = 0.
Resp.: Centro (1, 3, — 2); r = 0.
(c) x2 4- y2 4- z2 4- 4x — 2y — 6z = 0.
Resp.: Centro (—2, 1, 3); r = a/14.

50. Formar a equação da esfera de centro em (4, — 3, 2) e tangente ao


plano x 4- 2 = 0.
Resp.: x2 4- 2/2 4- 22 — 8x 4- 67/ — 4z — 7 =0.

51. Escrever a equação do lugar geométrico de todos os pontos que se mantêm


(a) a 4unidades à frente do plano xz. Resp.: y - 4.
w a 6unidades atrás do plano yz. Resp.: x = - 6.
(c) a 3unidades atrás do plano y —1=0. Resp.: y + 2 = 0.
(d) a 3unidades do eixo dos z. Resp.: x2 4- y2 = 9.

52. Achar a equação do lugar geométrico do ponto móvel, cuja soma das
distâncias a (3, 0, 0) e (— 3, 0, 0) permanece igual a 8.
Resp.: 7z2 4- I61/2 4- 16z2 = 112, um elipsóide.
55. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes
de (— 1, 2, — 2) e do eixo dos z.
Resp.: z2 4- 4z 4- 2? — 4y 4- 9 = 0, um parabolóide.
54. Formar a equação do lugar geométrico dos pontos que permanecem a
uma distância de (3, — 2, 1) igual ao triplo da distancia ao plano xy.
Resp.: x2 4- y2 — 8z2 — Qx 4- 4y — 2z 4- 14 = 0, um hiperbolóide.
GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO 183

55. Achar a equação do lugar geométrico de um ponto móvel, cuja diferença


das distâncias a (0, 0, — 4) e (0, 0, 4) sejam sempre 6.
Resp,', 9x2 4- 9y2 — 7z2 + 63 = 0, um hiperbolóide.
56. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos, cujas distâncias ao
plano yz sejam 0 dôbro das distâncias a (4, — 2, 1).
Resp.: 3x2 4- 4t/2 + 4z2 — 32a; + 16t/ — 8z + 84 = 0; um elipsóide.
57. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos cujas distâncias
a (0, 0, — 2) sejam a têrça parte de suas distâncias ao plano z + 18 = 0.
Resp.: 9x2 + 9j/2 + 8z2 — 288 = 0, um elipsóide.
58. Achar a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes do plano
z — 5 e do ponto (0, 0, 3).
Resp,: x2 4- y2 4- 4z‘ — 16 = 0, um parabolóide.
Capítulo 13

PLANO

Todo plano é representado por uma equação do primeiro grau


com três variáveis x, y, z. A proposição recíproca também é verda­
deira. Tôda equação do primeiro grau com três variáveis x, y, z
representa um plano.
A equação geral de um plano é Ax + By + Cz + D = 0, desde
que A, B e C não sejam nulos simultâneamente.
A equação de uma família de planos que passam pelo ponto
(*o, 2/o, *o) é:
A (x - Xq) + B(y - yQ) + C (z - zQ) = 0.

Reta perpendicular a um plano. Uma reta será perpendi­


cular a um plano Ax + By + Cz + D = 0 se os parâmetros diretores
a, b, c da reta forem proporcionais aos coeficientes de x, y, z da equa­
ção do plano, e sòmente neste caso. Se a, b, c, A, B, C forem todos

nesse caso, a reta e o plano serão perpendiculares entre si.

Planos paralelos e perpendiculares.

Dois planos AiX + B& + C& + Di = 0 e A2x + B2y + C2z +


+ D2 = 0 serão paralelos se os coeficientes de x, y, z em suas equa-

fôr satisfeita e sòmente neste caso.


Dois planos A^x + B^y + C^z + Di = 0 e A2x + B2y + CÀz +
+ D2 = 0 serão perpendiculares se a condição A\A2+ByB2+CxC2 = 0
fôr satisfeita e sòmente neste caso.
PLANO 185

Forma normal. A forma normal da equação de um plano é

x cos a + y cos + z cos 7 — p = 0,

onde a, 0 e 7 são os ângulos diretores da normal tirada pela origem


e p é a distância da origem ao plano.
A forma normal da equação do plano Ax+By+Cz+D = 0 é

Ax + By + Cz + B _ q
± y/A1 + B2 4- C2

adotando-se diante do radical o sinal contrário ao de Z>, de modo


que a distância p seja positiva.
Forma segmentaria. A forma segmentária da equação de
X 1/ Z
um plano é----- t H------- = 1, onde a, ò, c são as coordenadas à
abc
origem, isto é, os segmentos interceptados, a partir da origem, nos
eixos dos x, dos y e dos z, respectivamente.
Distância de um plano a um ponto. A fórmula da dis­
tância entre um ponto (xb ylf z^) e um plano Ax-\-By+Cz+D = 0 é

Axj + Byi + Czi + D


X^A2 + B2 + C2

Angulo de dois planos. O ângulo 0 de dois planos


AiX + Biy + + Di = 0 e A2X + B22/ + C& H- D2 = 0 é de­
terminado por
______ AiA2 + B1B2 + (7i(72_______
cos0 = , (ângulo agudo).
\ó4.i2 + B12 + Ci2 y/A22 + B22 + C22

Planos particulares. As equações

Ax + By +D = 0,
By + Cz + D = 0
Ax + Cz + D = 0

representam planos perpendiculares, respectivamente, aos planos


xy, yz e xz.
As equações Ax + D = 0, By + D = 0, Cz + D = 0 repre­
sentam planos perpendiculares, respectivamente, aos eixos dos xr
dos y e dos z.
186 GEOMETRIA ANALÍTICA

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Achar a equação do plano que passa pelo ponto (4, — 2, 1) e é perpen­


dicular à reta de parâmetros diretores 7, 2, — 3.
Solução. Empreguemos a equação A (x—xo) 4- B (y—yo) + C (z—zo) = 0
e consideremos a condição de que os coeficientes devem ser proporcionais aos pa­
râmetros diretores. Temos, pois,

7 (x - 4) 4- 2 (y 4- 2) - 3 (z - 1) = 0 ou 7x 4- 2y - 3z - 21 = 0.

2. Determinar a equação do plano mediador do segmento definido por


(- 3, 2, 1) e (9, 4, 3).
Solução. Os parâmetros diretores do segmento são 12, 2, 2 ou 6, 1, 1. O
ponto médio do segmento é (3, 3, 2). Portanto, a equação do plano é

C (x - 3) 4- (y - 3) 4- (z - 2) = 0 ou 6x 4- y 4- z - 23 = 0.

3. Achar a equação do plano que passa pelo ponto (1, — 2, 3) e é paralelo


ao plano x — 3y 4- 2z = 0.
Solução. O plano procurado deve ter equação da forma x — 3y4- 2z = k.
Para determinar k, substituamos as variáveis pelas coordenadas (1, — 2, 3), uma
vez que êste ponto pertence ao plano em questão.
Temos, pois, 1— 3 ( — 2) + 2 X 3 = Zc ou Zc = 13. A equação pedida é
x - 3y 4- 2z = 13.
4. Determinar a equação do plano que passa por (1, 0, — 2) e é perpen­
dicular a cada um dos planos

2x 4- y — z = 2
e
x — y — z — 3.

Solução. A família de planos que passam pelo ponto (1, 0, — 2) é repre­


sentada por A (x — 1) 4- B (y — 0) 4- C (z 4- 2) = 0. Para que o plano consi­
derado seja perpendicular aos dois planos dados, devemos ter

2A + B - C = 0
e
A - B - C = 0.

Resolvendo êste sistema, obtemos A=-2BeC= - 3B.


A çquação procurada é — 2B (x — 1) 4- B (y — 0) — 3B (z 4- 2) - 0 ou
2x - y 4- 3z 4- 4 = 0.
5. Determinar a equação do plano que passa pelos pontos (1, 1, — l),
(—2, -2, 2) e (1, - 1, 2).
Solução. Utilizemos a forma geral Ax 4- By 4- Çz 4- D — 0. Substi­
tuindo sucessivamente pelas coordenadas as variáveis de cada um dos pontos,
obtemos o sistema
A+B-C + Z)=0,
- 2A - 2B 4- 2C 4- D = 0,
A-B4-2C4-D = 0.
PLANO 187

Resolvendo-o, vem: A — — C/2, B = 3C/2, C = C e D — 0.


Substituindo estes valores na forma geral e dividindo ambos os membros
por C, a eqüação se transforma em

x — 3y — 2z = 0.

Outro Método. A equação de um plano que passa pelos pontos (xi, yi, zi),
ÍX2, *2) e (X3, 3/3, Z3) é dada pelo determinante

X y z 1
Z1 yi Zi 1
X2 2/2 Z2 1
X3 2/3 23 1

6. Discutir o lugar geométrico da equação 2x 4- 3y 4- 6z « 12.

Solução. Sendo do primeiro grau,


a equação representa um plano.
Os parâmetros diretores da normal
ao plano são 2, 3, 6. Os co-senos dire­
tores da normal são

2 Q 3 6
•cos a - y , cos 0 , cos 7 = —•

As coordenadas à origem são


(6, 0, 0), (0, 4, 0) e (0, 0, 2).
As interseções do plano dado com
os planos coordenados denominam-se
traços do plano. Determinação das equações dos traços:
No plano xy, z = 0; logo, a equação dêsse traço é 2x + 3y — 12. Anàlo-
gamente, para determinar o traço sôbre xz, fazemos y = 0; portanto, êsse traço
«é 2x + 6z = 12 ou x + 3z = 6; a equação do traço no yz é 3y 4- 6z = 12 ou
y 4- 2z = 4. As coordenadas à origem e os traços acham-se representados na
Fig. 142.
Determinação do comprimento da normal, isto é, a distância da origem ao
plano:
d Axi 4- Byi 4- Cz\ 4- D
± Va2 + b2 + c2
2X04-3X04-6X0 - 12 12
\d\ =
7 7

7. Calcular a distância do ponto (— 2, 2, 3) ao plano 8r — Ay — z — 8 = 0.


Solução. A equação na forma normal é

8x — 4y — z — 8 _ 8x — 4y — z — 8
V 64+ 16 + 1 97 *
188 GEOMETRIA ANALÍTICA

Substituindo as variáveis pelas coordenadas do ponto, obtemos,

, 8 (-2)-4X2-lX3-8 35
4----------------------- 9--------------------------- T ‘

O sinal negativo significa que o ponto e a origem se encontram do mesmo


lado do plano.

8. Determinar o menor dos ângulos, formados pelos planos


(1) 3x + 2y - 5z - 4 = 0,
e
(2) 2x - 3y + 5z - 8 = 0.

Solução. Os co-senos diretores das normais aos dois planos são:

cos «i = —= , cos pi = —= > cos Vi - -------- —,


V38 a/38 a/38

2 —3 5
COS a2 = --- = , cos , COS 72 = ---- ---- '
a/38 V38 a/38

Seja 0 o ângulo formado pelas duas normais.


Temos então

2
a/38 a/38 a/38 a/38 a/38
donde
0 = 48’51,6'.

9. Determinar a interseção dos planos:


x + 2y - z = 6,
2x — y + 3z = — 13,
3x — 2y 3z = — 16.

Solução. Estamos em presença de três equações lineares. A solução dêste


sistema determina as coordenadas do ponto de interseção dos três planos.
O ponto procurado é (— 1, 2, — 3).
10. Achar a equação do plano que passa pela interseção dos planos
3x + y — 5z 4- 7 = 0 e x — 2y 4- 4z — 3 = 0 e pelo ponto ( — 3, 2, — 4).
Solução. A equação de um plano qualquer que passe pela interseção dos
dois planos dados é da forma
3x 4- y — 5z + 7 + k (x — 2y 4- 4z — 3) = 0.
Para distinguir no feixe de planos aquêle que passa pelo ponto (—3,2, — 4),
substituímos x, y, z por — 3, 2, — 4, respectivamente, e obtemos
- 9 4-2 4-20 4-7 4-& (-3-4-16-3) =0, ou fc = 10/13.
Substituindo fc na equação e simplificando-a, resulta
49x - 7y - 25z 4- 61 = 0.
PLANO 189

11. Achar as equações dos planos bisselores dos diedros formados por

6x - Gy + 7z + 21 = 0
e
2z + 3?/ - 6z - 12 = 0.

Solução. Sejam (xi, yi, zi) as coordenadas de um ponto qualquer do plano


bissetor. As distâncias dêsse ponto aos dois planos devem ser iguais, em valor
absoluto. Portanto,

6a?i — 61/1 4- 7zi + 21 2xi 4" 3t/i — 621 — 12


=^1 “ 7

Eliminando os denominadores e simplificando, obtemos

64x - 9i/ - 17z 4- 15 = 0


e
20x - 75y 4- 115« 4- 279 - 0.

12. Estabelecer a equação do plano que passa pelos pontos (1, — 2, 2),
(— 3, 1, — 2) e é perpendicular ao plano 2x 4- y — 2 4-6=0.

Solução. Seja Ax 4- By 4- Cz 4- D = 0 o plano procurado.


Como os dois pontos devem pertencer ao plano pedido, por substituição temos

A — 2B + 2C 4- D = 0
e
- 3A 4- B - 2C 4- D = 0.

Como o plano procurado deve ser perpendicular a 2x + y — 24-6 = 0,


temos
2A 4- B - C = 0.
Resolvendo o sistema,
5C
D 10 *

Substituindo êstes valores na equação geral e dividindo seus membros por


<7, achamos
x — 12y — 102 — 5 = 0.

13. Determinar o lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de (2, — 1, 3)


e 2x — 2y 4- 2 — 6 = 0.
Solução. Consideremos o ponto P (x, y, z) do lugar. Então podemos
•escrever
V(x - 2)2 + (y + 1)« +(«- 3)2 - —2y3+ * ~ *

Elevando ao quadrado e simplificando, temos finalmente

5x2 4- 5y2 4- Ô22 4- 8xy — 4xz 4- 4yz — 12x — Gy — 42z 4- 90 — 0.


190 GEOMETRIA ANALÍTICA

14. Achar as equações dos planos paralelos a 2x — 3y — Qz — 14 = 0,


que distam da origem 5 unidades.
Solução: 2x — 3y — 6z — k — Q representa a família de planos paralelos
ao plano dado.
A distância de um ponto qualquer (xb yi, zi) a 2x — 3y — 6z — k = 0

_ 2xi ~~ 3yi — 6zi — Zc

. . x , e 2X0—3X0—6X0 - k
Como d == ± 5, a partir de (0, 0, 0), temos ± 5 = -------------- - ---------------

donde k = ±35.
Portanto, a equação pedida é 2x — 3y — 6z ± 35 — 0.
Na figura 143: O plano I é dado; os planos II e III são os pedidos.

15. Escrever a equação do plano 5x — 3y 4- 6z = 60 na forma segmen-


tária.
Solução: Dividindo-se os membros por 60, a equação assume a forma

segmentária = 1.

As coordenadas à origem são 12, — 20 e 10. Ver Fig. 144.


16. Provar que os planos

7x+ 4y - 4z + 30 = 0,
36x - 517/ + 12z + 17 = 0,
e 14x 4- 3y — 8z — 12 = 0
12z -17y + 4z - 3 = 0

formam quatro faces de um paralelepípedo retângulo.


Solução. O primeiro e o terceiro planos são paralelos, pôsto que

7 4 -4
14 = 8 = -8
PLANO 191

O segundo e o quarto planos são paralelos, pôsto que — — =— •

Ademais, o primeiro e o segundo planos são perpendiculares, visto que

7 X 36 + 4 (- 51) - 4 X 12 = 252 - 204 - 48 = 0.

17. Identificar o lugar geométrico da equação x2 4- y2 — 2xy — 4z2 = 0.


Solução. Escrevemos a equação dada sob a forma
x2 — 2xy + y2 — 4z2 = (x — y — 2z) (x - y + 2z) = 0.

O lugar geométrico é constituído por dois planos que passam pela origem,.

x — y — 2z = 0
e
x — y + 2z = 0.

PROBLEMAS PROPOSTOS
1. Escrever a equação do plano:
(a) Paralelo ao plano xy, 3 unidades abaixo dêle.
Resp.: z = — 3.
(5) Paralelo ao plano yz, de abscissa à origem 4.
Resp.: x — 4.
(c) Perpendicular ao eixo dos z no ponto (0, 0, 6).
Resp.: z = 6.
(d) Paralelo ao plano xz, 6 unidades atrás dêle.
Resp.: y — — 6 ou i/4-6 = 0.
2. Escrever a equação do plano horizontal que passa pelo ponto (3, —2, —4).
Resp.: z = — 4 ou z 4- 4 = 0.
3. Escrever a equação do plano paralelo ao eixo dos z, com abscissa à ori­
gem igual a 2 e ordenada à origem igual a — 3.
Resp.: 3x — 2y — 6 = 0.
4. Escrever a equação do plano paralelo ao eixo dos z, que tem como traço
sôbre o plano xy a reta 2 4- y — 2 = 0.
Resp.: x 4- y — 2 = 0.
5. Escrever as equações do plano
(a) que passa pelo ponto (3 — 2, 4) e é perpendicular à reta de parâ­
metros diretores 2, 2, — 3.
Resp. 2x 4- 2y — 3z 4- 10 = 0.
(6) que passa pelo ponto (-- 1, 2, — 3) e é perpendicular ao segmento
que une (— 3, 2, 4) a (5, 4, 1).
Resp.: Sx 4- 2y — 3z — 5 = 0.
(c) que passa pelo ponto (2, — 3, 4) e é perpendicular ao segmento que
liga êste ponto a (4, 4, — 1).
Resp.: 2x 4- 7y — 5z 4- 37 = 0.
192 GEOMETRIA ANALÍTICA

(d) perpendicular ao segmento ( — 2, 2, — 3), (6, 4, 5) no ponto médio.


Resp.’. 4x 4- y 4- 4z — 15 — 0.
6. Achar a equação do plano
(а) que passa pelo ponto (- 1, 2, 4) e é paralelo ao plano
2z — 3y — 5z 4" 6 =0.
Resp.'. 2x — 3y — Gz 4- 28 = 0.
(б) que passa pelo ponto (2, — 3, 6) e é paralelo ao plano 2z —Gy+7 = 0.
Resp.: 2x — Gy — 19 = 0.
(c) que passa pela origem e é paralela ao plano 3x 4- 7y — 6z 4- 3 = 0.
Resp.: 3x 4- 7y — Gz = 0.
(d) Paralelo ao plano Gx 4- 3y — 2z — 14 = 0 e mediador da distância
entre êste e a origem.
Resp.: 6z 4- 3?/ — 2z ± 7 = 0.
(e) Paralelo ao plano 3x — Gy — 2z — 4 = 0 e distante da origem 3
unidades.
Resp.: 3x — Gy — 2z ± 21 = 0.
7. Determinar a equação do plano:
(а) Paralelo ao plano Gx — Gy 4- 7z — 44 = 0 e 2 unidades mais afas­
tado do que êle em relação à origem.
Resp.: Gx — Gy 4- 7z ± 66 = 0.
(б) Paralelo ao plano 4x — 4y 4- 7z — 3 = 0 e distante 4 unidades
do ponto (4, 1, — 2).
Resp.: 4x — 4y 4- 7z 4- 38 = 0, 4x — 4y 4- 7z — 34 = 0.
(c) Paralelo ao plano 2x — 3y — 5z 4- 1 = 0 e distante 3 unidades
do ponto (—1, 3, 1). __
Resp.: 2x — 3y — Gz 4- 16 ± 3x/38 = 0.
8. Achar a equação do plano que passa pelo ponto (3, — 2, 4) e é perpen­
dicular a cada um dos planos 7z — 3y 4- z — 5 = 0 e 4z — y — z 4- 9 = 0.
Resp.: 4x 4- Hj/ 4- 5z — 10 = 0.
9. Achar a equação do plano que passa pelo ponto (4, — 3, 2) e é perpen­
dicular à interseção dos planos x — 4- 2z — 3 = 0 e 2z — y — 3z = 0.
Resp.: Gx 4- 7y + z — 1 = 0.
10. Determinar a equação do plano que passa pelo ponto (1, — 4, 2) e é
perpendicular a cada um dos planos 2z 4- % — z — 12 = 0 e
4x - 7y 4- 3z 4- 8 = 0.
Resp.: 4x — Gy — 17z + 10 = 0.
11. Achar a equação do plano que passa por (7, 0, 3) e é perpendicular a
cada um dos planos 2x — 4y 4- 3z = 0 e 7x 4- 2y 4- z — 14 = 0.
Resp.: lOz — 19y — 32z 4- 26 = 0.
12. Escrever a equação do plano que passa por (4, 1, 0) e é perpendicular a
cada um dos planos 2x — y — 4z — 6 = 0 e x + y + 2z — 3 = 0.
Resp:. 2x — 8y 4- 3z = 0.
PLANO 193

13. Determinar a equação do plano que passa por (1, 1, 2) e é perpendicular


a cada um dos danos 2x — 2y — 4z — 6 = 0 e 3x 4- y 4- 6z — 4 = 0.
Resp.' z4-3z/—z — 2 = 0.

14. Formar a equação do plano perpendicular a cada um dos planos


3x — y4-z = 0ea;4-52/4-3z = 0e situado à distância \/"6 da origem.
Resp.: a?4-y — 2z±6 = 0.

15. Achar a equação do plano perpendicular a cada um dos planos


® — 4y4-zs=0e3ír4-4t/4-z*-2 = 0e situado à distância 1 da origem.
Resp.: 4x — y — 8z ± 9 = 0.

16. Determinar a equação do plano que passa pelos pontos (2,2,2) e


(0, - 2, 0) e é perpendicular ao plano x — 2y 4- 3z — 7 = 0.
Resp.: 4x — y — 2z — 2 — 0.

17. Estabelecer a equação do plano que passa pelos pontos (2, 1, 1) e


(3, 2, 2) e é perpendicular ao plano x 4- 2y — 5z — 3 = 0.
Resp.: 7x — Qy — z — 7 = 0.

18. Determinar a equação que passa pelos pontos (2, — 1, 6) e (1, — 2, 4)


e é perpendicular ao plano x — 2y — 2z 4- 9 “ 0.
Resp.: 2x 4- 4?/ — 3z 4- 18 = 0.
19. Achar a equação do plano que passa pelos pontos (1, 2, — 2) e
(2, 0, — 2) e é perpendicular a 3x 4- y 4- 2z = 0.
Resp.: 4x 4- 2y — 7z — 22 = 0.
20. Determinar a equação do plano que passa pelos pontos (1, 3, — 2) e
(3, 4, 3), sendo perpendicular ao plano 7x — 3y 4- 5z — 4 = 0.
Resp.: 20x 4- 25?/ — 13z — 121 = 0.
21. Determinar a equação do plano que passa pelos pontos:
(a) (3, 4, 1), ( —1, -2, 5), (1,7, 1). Resp.: 3x 4- 2y 4- 6z — 23 = 0.
(ò) (3, 1, 4), (2, 1, (5), (3, 2, 4). Resp.: 2 x 4- z — 10 = 0.
(c) (2, 1, 3), (-1,-2, 4), (4,2, 1). Resp.: 5x — 4y 4- 3z — 15 = 0.
(d) (3,2, 1), (1,3,2), (1, -2,3). Resp.: 3z 4~ 2/ 4- 5z — 16 = Õ.
(c) (4, 2, 1), (-1, -2, 2), (0,4, -5). Resp.: llz - 17i/ - 13z 4- 3 = 0.
22. Discutir os lugares geométricos dos seguintes planos e representá-los,
assinalando as coordenadas à origem e os traços.
(a) 2x 4- 41/ 4- 3z - 12 = 0. (d) 2y - 3z = 6.
(b) 3x — 5y 4- 2z — 30 = 0. (e) 2x — z = 0.
(c) x 4- y = 6. (J) x - 6 = 0.

23. Partindo da forma normal, escrever a equação de um plano com os


seguintes dados:
(a) a = 120°, 0 = 45°, y = 120°, p = 5. _
Resp.: x — x/2y+z + 10 = 0.
(b) a = 90o, 3 = 135o, y = 450, p = 4.
Resp.: y — z 4- 4 — 0.
194 GEOMETRIA ANALÍTICA

(c) O pé da normal ao plano tirada pela origem é o ponto (2, 3, 1).


Resp.: 2x 4- 3y 4- z — 14 — 0.
(d) a = 120o, 0 = 60°, y = 135°, p = 2.
Resp.: x — y4-V2«4-4 = 0.
z x cos a cos B cos y
(e) p-2,
Resp.: x — 4y — 8z ± 18 = 0.
24. Reduzir à forma normal cada uma das equações dadas e, em seguida,
determinar os co-senos diretores e o comprimento da normal.
(а) 2a; — 2y 4- z — 12 = 0.
Resp.: cos a = 2/3, cos = — 2/3, cos y = 1/3, p = 4.
(б) 9a; + 61/ - 2z 4- 7 = 0.
Resp.: cosa = — 9/11, cos = — 6/11, cos y = 2/11, p = 7/11.
(c) x — 4y 4- 8z — 27 = 0.
Resp.: cos a = 1/9, cos /? = — 4/9, cos y — 8/9, p — 3.
25. Determinar a distância do ponto ao plano, em cada caso:
(a) Ponto (— 2,2, 3), plano 2x 4- y — 2z — 12 = 0.
Resp.: — 20/3. Interpretar o sinal.
(ò) Ponto (7, 3, 4), plano 6a; — 3y 4- 2z — 13 = 0.
Resp.: 4
(c) Ponto (0, 2, 3), plano 6z — 71/ — 6z 4- 22 = 0.
Resp.: 10/11.
(d) Ponto (1, — 2, 3), plano 2x — 3y 4- 2z — 14 = 0.
Resp.: 0.

26. Calcular o ângulo agudo formado pelos planos


(a) 2x — y + z — 7t x + y 4- 2z — 11 = 0. Resp.: 60*
(*>) x 4- 2y — z = 12, x — 2y — 2z — 7 = 0. Resp.: 82°10,7'
w 2x — 5y 4- 14z = 60, 2x 4- y — 2z — 18 = 0. Resp.: 49° 52,6'
(d) 2x 4- y — 2z = 18, 4x — 3y — 100 - 0. Resp.: 70° 31,7'
27. Determinar o ponto de interseção dos planos 2x — y — 2z = 5,
4x 4- y 4- 3z = 1, 8a; — y 4- z = 5.
Resp.: (3/2, 4, - 3).
28. Determinar o ponto de interseção dos planos:
(a) 2x 4- y — z — 1 = 0, 3x — y — z 4- 2 - 0, 4x — 2y 4- z — 3 = 0.
Resp.: (1, 2, 3).
(ò) 2x 4- 3y 4- 3 = 0, 3x 4- 2y - 5z 4- 2 = 0, 3y - 4z 4- 8 = 0.
Resp.: (3/2, - 2, 1/2).
(c) x 4- 2y 4- 4z = 2, 2x + 3y — 2z 4- 3 = 0, 2x — y + 4z 4- 8 = 0.
Resp.: (- 4, 2, 1/2).
29. Determinar a equação do plano que passa pela interseção dos planos
2s — 7y4-4z — 3 = 0, 3a; — 5?/ 4- 4z 4- H = 0 e pelo ponto (—2, 1, 3).
Resp.: 15a; — 47y 4- 28z — 7 = 0.
PLANO 195

50. Achar a equação do plano que passa pela interseção dos planos
3x — 4y + 2z — 6 = 0, 2x 4- 4y — 2z + 7 = 0 e pelo ponto (1, 2, 3).
Resp.: 43a; — 24?/ + 12z — 31 = 0.

31. Formar a equação do plano que passa pela interseção dos planos
2x — y + 2z — 6 = 0, 3a; — Gy + 2z — 12 = 0 e corta o eixo dos x em (6, 0, 0).
Resp.: x — Gy — 6 = 0.

32. Determinar as equações dos bissetores dos ângulos formados pelos planos
2x — y — 2z — 6 = 0 e 3x + 2?/ — Gz = 12.
Resp.: Gx — 13y 4- 4z — 6 = 0, 23a; — y — 32z — 78 = 0.

33. Achar as equações dos bissetores dos ângulos entre os planos


Gx — Qy 4- 2z 4- 18 = 0 e x — Sy 4- 4z = 20.
Resp.: GGx — 169?/ 4- 62z — 58 = 0, 43a; 4- 7?/ — 2Gz 4- 382 = 0.

34. Determinar as equações dos bissetores dos ângulos entre os planos


3x 4- 4y — 6 = 0 e Gx — Gy 4- 7z 4- 16 = 0.
Resp.: 9z 4- 2?/ + 5z 4- 2 = 0, 3x 4- 74?/ - 35z - 146 - 0.

35. Passar para a forma segmentária a equação de cada plano:


(a) 2a; - 3y + 4z = 12. (6) 3x + 2y - Gz = 15.
(c) x 4- 4- 4z = 12.

Resp.: a. _y_ . ± = 1.
6 4'3

c. 1.

36. Escrever as equações dos planos, cujas coordenadas à origem são:

(а) (- 2, 0, 0), (0, 3, 0), (0, 0, 5), Besp.: + | + | _ 1.

(б) (3,0,0), (0, —2, 0). Resp.: ------ =1. (Paralelo ao eixo dos z).

(c) (4, 0, 0). Resp.: x = 4. (Paralelo ao plano dos yz).

37. Provar que êstes planos são faces de um paralelepípedo:


3x - y 4- 4z - 7 = 0, x 4- 2y - z 4- 5 = 0, Gx - 2y + 8z 4- 10 = 0,
3x 4- Gy - 3z - 7 = 0.

38. Escrever as equações do lugar geométrico dos pontos cujas distâncias


ao plano 3x — 2y — Gz — 12 são sempre o dôbro das distâncias
x — 2y 4- 2z 4- 4 « 0.
Resp.: 23a; — 34?/ 4- 10z 4- 20 = 0, Gx — 22y 4- 46z 4-92—0.

39. Calcular a distância entre os planos paralelos

2x — 3y — Gz — 14 = 0 e 2x — 3y — Gz 4- 7 = 0.
196 GEOMETRIA ANALÍTICA

Fazer uma figura.


Resp.: 3.

40. Determinar a distância entre os planos 3x 4- 63/ 4- 2z = 22 e


3x + Qy + 2z = 27. Ilustrar com uma figura.
Resp.: 5/7.

41. Especificar o lugar geométrico da equação x2 + 4y2 — z2 4- 4xy =• 0.


Resp.: Os planos concorrentes: x 4- 2y 4- 2 — 0, x 4- 2y — z — 0.

42. Especificar o lugar geométrico da equação


x2 4- y2 4- z2 4- %zy — 2xz — 2yz —4 = 0.
Resp.: Os planos paralelos:
z + y - z + 2 = 0, x 4- y ~ z - 2 = 0.

43. Escrever as equações do lugar geométrico dos pontos, cujas distâncias


ao plano 6x — 2y 4- 3z 4- 4 = 0 sejam iguais às distâncias ao ponto (—1, 1, 2).
Resp.: 13x2 4- 45i/2 4- 40z2 4- 24xi/ - 36xz 4- 12yz 4- 50x - 82y -
- 220z 4- 278 = 0.
Capítulo 14

LINHA RETA NO ESPAÇO

Linha reta no espaço. O lugar geométrico de duas equações


simultâneas do primeiro grau.

+ Biy + Ci? + Di = 0
A2% 4" Bty+Czz -|- D2 = 0

é uma linha reta, interseção de dois planos, exceto quando êstes são
paralelos.
L/
Forma paramétrica. Sejam a, /3 e 7 /P(x,y,z)
os ângulos diretores da reta L e seja
Pi{x^yij zi) um ponto dessa reta. Então L é lu­
gar geométrico de pontos tais como P (x, y, z\
R(x„y„z,)
que se move de modo que x — Xi = t cosa,
y ~ 2/1 = t COS /?, Z — Zi = t cos 7 ou Fig. 145
x = Xi 4- t cos a, 2/ — 2/i + t cos /?, z = zi 4- t
cos 7, onde o parâmetro t representa o comprimento variável Pi P-
Se a, ò, c, forem os parâmetros diretores de L, estas equações
poderão ser escritas assim:
x = Xi 4- ai, y = yx + bt, z = ?i 4- ct.
Forma simétrica. As equações da reta que passa por
Pifci, 2/n *j) e ângulos diretores a, j8, 7 admitem a forma

x ~ Xi = 2/ ~ 2/i = z- Zi .
cos a cos /3 cos 7

Se a, ò, c forem parâmetros diretores da reta, as equações simé­


tricas tomam a forma

x — Xi = 2/ ~ 2/i = z — z\ .
abc
198 GEOMETRIA ANALÍTICA

Se L fôr perpendicular a um dos eixos coordenados, as equações


assumirão uma das seguintes formas:

z — Zl
x = xlf y - yi (perpendicular ao eixo dos x).
b c
X — X! z - zL
y = yi> (perpendicular ao eixo dos y).
a c
X — Xj y - yi
z = Zlf (perpendicular ao eixo dos z).
a b

Se L fôr perpendicular a dois eixos, duas equações são sufici­


entes para determinar a reta:
x = xx, y = 2/1 (perpendicular aos eixos dos x e dos y).
x = xi, z = zi (perpendicular aos eixos dos x e dos z).
y = yi, z = zi (perpendicular aos eixos dos y e dos 2).
Equações da reta que passa por dois pontos» As equações
da linha reta que passa por Px (xx, ylf zj e por P2 (x2,2/2, z2) são

x - xx = y - yi = z - zr
(Forma dos dois pontos)
x2 — X\ y2 — yi z2 — zi

Planos projetantes. As equações


x - xx = y - yi x - xx = z - Zi y - yi = z - Zi
a b ac b c

representam planos que passam pela mesma reta do espaço.


Cada um desses planos é perpendicular a um dos planos coorde­
nados. Podemos, pois, imaginar que êles projetam a reta nos planos
coordenados e, por essa razão, recebem o nome de planos projetardes.
Posições relativas de reta e plano. Uma reta de parâ­
metros diretores a, b, c e o plano Ax + By + Cz + D = 0 são:
(1) paralelos, quando Aa+Bb+Cc = 0 e sòmente neste caso; e
(2) perpendiculares, quando — = = — e sòmente neste caso.
abc
Família de planos que passam por uma reta. Dadas as
equações de dois planos
A\X + Biy + Ciz + Z>i = 0
e
A2x + B2y + C2z + D2 = 0,
reta no espaço 199

a equação

Aia; + B\y + C^z + + K (A2X + B%y + C^z + D%) = 0,

onde K é um parâmetro, representa um plano que passa pela inter­


seção dos planos dados; e, mais que isso, esta equação representa
todos os planos que passam pela referida interseção.
PROBLEMAS RESOLVIDOS
1. Dadas as equações 2x — y + z = 6, x + 4y — 2z — 8, determinar

(a) o ponto da reta de interseção, que apresenta cota z — 1,


(ò) os pontos que a reta fura os planos coordenados (/roços),
(c) os parâmetros diretores e
(d) os co-senos diretores da reta.

Solução.
(o) Fazendo-se z — 1 nas duas equações, resulta

2x — y = 5, x 4- 4y = 10.
5
Resolvendo-se estas equações, obtêm-se x —

Portanto, o ponto pedido é (— , — , 1).

(6) No plano xy tem-se z — 0. Procede-se, pois, como em (a) e de-

Anàlogamente, determinam-se os outros pontos:

(4, 0, -2) e (0, 10, 16).


10 5
(c) Os pontos (— , —, 1), (4, 0, —2) pertencem à reta,
o o

Portanto, um conjunto de parâmetros diretores é

2, -5, -9.

(d) Os co-senos diretores são

-9
cos a =---- -----=------ — , cos = ——= , cos
\/4 + 25 + 81 x/U0 V110

Outro método. O cohjunto de parâmetro do item c pode também ser dedu­


zido da consideração de que a reta é perpendicular às normais aos planos dados
por suas equações.
200 GEOMETRIA ANALÍTICA

Empregando os determinantes que resultam do quadro


1 4-21 4
2—1 12—1 constituído pelos coeficientes de xt yt z.
obtém-se

4-2 - 2 1 1 4
= 4-2=2, - -4 - 1 = - 5,
- 1 1 1 2 2 - 1
ou 2, — 5, — 9.

2. Determinar o ângulo formado pelas retas


(1) 2x - y + 3z - 4 = 0, 3x + 2y - z + 7 = 0
(2) x 4- y - 2z + 3 = 0, 4x - y + 3z + 7 = 0.
Solução. Os parâmetros diretores da primeira reta são — 5, 11, 7 e os da
segunda reta, — 1, 11, 5, conforme foi explicado no problema 1 (d) acima.
Seja 6 o ângulo formado pelas duas retas. Então, temos

- 5 - 1 11^ 11 7 5 23
V195 V147 VÍ95 V147 V195 VÍ47 3 a/65

donde ô = 18° 1, 4'.


3. Provar que as retas
(1) x - y 4- z - 5 0, x — 3y 4- 6 = 0

0, 4x — 2y 4- 5z — 4 = 0

são paralelas.
Solução. Os parâmetros diretores da
primeira reta são:

Os parâmetros diretores da segunda


reta são:

As duas retas têm os mesmos parâmetros diretores; logo, são paralelas


(Fig. 146).

4. Provar que as retas

g 4- 1 y - 5 = z - 7 r 4- 4 y - 1 z -3
2 ” 3 -1 ® 5 “ - 3 ” 1

são perpendiculares.
RETA NO ESPAÇO 201

Solução. Os co-senos diretores da primeira reta são

cos a = —— , cos B — —= . cos y = —— •


V14 V14 V14
Os co-senos diretores da segunda reta são

cos a — —5— 9 cos pa = —-—3 , 1 •


cos y = ——
V35 a/35 V35
cog9 = 2 . 5 + 3 t -3 - 1 1 _ 10-9-1
-s/14 VãT Vil Vãs" Vii VãT ViT V35
donde 6 — 90°.

Ou, pelo emprêgo dos parâmetros diretores (2, 3. — 1 e 5, — 3, 1) das retas:


2 X 5 + 3(- 3) + (— 1)X 1 =0. Logo, as retas são perpendiculares.

5. Representar gràficamente a reta 3x — 2y 4- 3z — 4 ■ 0,


x — 2y — z + 4 = 0.
Solução. Determinemos dois traços da reta; em seguida, liguemos êsses
pontos.
Para determinar onde a reta fura o plano
xy, façamos z = 0. Temos

3x — 2y = 4
x — 2y — — 4.

Resolvendo, obtemos x — 4, y — 4. Por­


tanto, (4, 4, 0) é o traço em xy.
Procedendo anàlogamente, encontraremos
o traço sôbre yz: (0, 1, 2). Vejamos agora a
figura 147.

6. Determinar o ponto em que a reta x 4- 2y — z — 6 — 0,1


2x — y 4- 3z + 13 = 0 fura o plano 3x — 2y 4- 3z + 16 = 0.
Solução. Como as coordenadas do traço pedido deve satisfazer às três
equações, o problema consiste na resolução simultânea de três equações lineares.
Eliminando-se z entre as equações, obteremos o par 3x 4- 2y — 1 = 0 e
x - y 4- 3 = 0.
Resolvendo estas duas equações, encontramos as raízes x• — — 1, y ■= 2.
Substituindo êstes valores em x 4- 2t/ — z — 6 = 0, obtemos z « — 3. A reta
fura o plano no ponto (— 1, 2, — 3).

7. Provar que as retas representadas pelos seguintes pares de planos são


concorrentes.

x — j/—z — 7«0, 3x — 4y — 11 — 0, e s 4- 2y — z — 1— 0,
x 4- y 4- 1 = 0.
Solução. Seja (xj, 2/1,21) o ponto de interseção das duas retas.
202 GEOMETRIA ANALÍTICA

As coordenadas dêste ponto devem satisfazer à equação de cada plano. Po­


demos, pois, escrever:
(1) «1 - 2/1 ~ *1 = 7

(2) 3xj - 41/! = 11


(3) xi + 2y\ — zi — 1
(4) xi + yi = - 1.

Subtraindo (3) de (1), achamos y\ = — 2. Substituindo êste valor em (4),


obtemos xi = 1. Substituindo êstes valores em (1), encontramos z\ — — 4.
O ponto de interseção é (1, — 2, — 4).

8. Determinar o ângulo formado pela reta x + 2y — z 4- 3 — 0,


2® — i/-|-3z+ 5 = 0 com o plano 3z — 4i/ 4- 2z — 5 = 0.
Solução. Para obtermos os parâmetros diretores da reta:

ou 6 - 1, - 2 - 3, - 1 - 4,

ou 5, — 5, — 5, ou 1, — 1, — 1.

O ângulo entre a reta e o plano é complementar do ângulo B da reta com a


normal ao plano. Os parâmetros diretores da normal são 3, — 4, 2.

3Xl-4(-l) + 2(-l) 5
cos tf = -------------- zr------ =---------- = —zzz
V 3 V29 V87

Portanto, 6 = 57° 35'. O ângulo entre a reta e o plano é de 32° 25'.


9. Achar as equações simétricas da interseção dos planos

2x — 3i/ 4- 3z — 4 = 0
x 4- 2y — z 4- 3 = 0.

Solução. Eliminando z e y, sucessivamente, nas equações propostas, obte­


remos
5x 4" 3i/ 4" 5 = 0 e 7x 4- 3z 4- 1 =0.

Igualando os valores de x fornecidos pelas duas equações, obtemos

31/4-5
- 5

ou

Esta é a representação analítica de uma reta que passa por (0,

e tem parâmetros diretores 3, — 5, — 7.


RETA NO ESPAÇO 203

10. Escrever, na forma paramétrica, as equações da interseção dos planos


3x + 3y — 4ís —f— 7 = 0 e x 4- 6y 4- 2z — 6 = 0.

Solução. Eliminando y e z, sucessivamente, entre as equações dadas,


obtemos
x — 2z 4-4 = 0 e a; 4- 3y — 1=0.

Igualando os valores de x nas duas equações, vem


x = y - 1/3 = z -2
6~ -2 3

Se agora igualarmos essas razões a um parâmetro í, obteremos a forma para­


métrica das equações da reta dada:

x = 6t, y = y — 2t, z = 2 4- 3L

11. Achar as equações dos planos projetantes da interseção dos planos

2x 4“ 3y — 5z 4“ 6 =0,
3x — 2y 4- z — 8 = 0.

Solução. Para determinar os planos projetantes, eliminamos z, y e x, suces-


sivamente, entre as duas equações. Obtemos 17a; — 7y — 34 = 0, 13a: — 7z —
— 12 = 0 e 13y — 17z 4- 34 = 0, planos projetantes da reta sôbre xy, xz e yz,
respectivamente.

12. Escrever as equações da reta que passa por (1, — 2, 2), com ângulos
diretores de 60°, 120° e 45°.
Solução. Utilizemos a forma simétrica

x - x\ = y -yi = z — zi
cos a cos cos 7
para obter

g — 1 _ y 4- 2 = z — 2 a; - 1 = y 4- 2 = z - 2
cos 60° cos 120° cos 45° 1 ~__ 1_ y/2
2 2 ~2~
x - 1 y 4- 2 z —2
1 -1 = V2 ’

13. Escrever as equações da reta que passa por (— 2, 1, 3) e (4, 2, — 2).


Solução. Utilizemos a “forma dos dois pontos”

x - x\ = y - yi = z — z\
X2 — X1 y2 — yi 22 — 21
para obter

a; 4- 2 = y — 1 _ z — 3 a; 4- 2 y - 1 = z —3
44-2 = 2-1 ”-2-3 ou 6 “ 1 -5
204 GEOMETRIA ANALÍTICA

14. Achar as equações da reta que passa por (1, — 3, 4) e é perpendicular ao


plano x — 3y + 2z = 4.
Solução. Os parâmetros diretores da reta são, 1, — 3, 2, o que nos autoriza
a escrever as equaçõeB pedidas

~ ~ ’ 0X1 3x + y = °> 2íí + 3í-6 = 0.

15. Achar a equação do plano que contém as retas

g — 1 y + l z —2 x — 1 y+ 1 z -2
4 2 = 3 e 5 ~ 4 “ 3

Note-se que as retas se cortam no ponto (1, — 1, 2).

Solução. Utilizemos a equação Ax + By + Cz + D = 0. Se cada reta


pertence ao plano, é perpendicular à normal ao plano. Podemos, pois, escrever

4A 4- 2B + 3C = 0,
5A + 4B + 3C = 0.

Também o ponto (1, — 1, 2) pertence ao plano. Por isso,

A-B + 2C + D=0.

Como temos quatro incógnitas e sòmente três equações, determinaremos


três delas em função da quarta.

Determinemos A, C, D em função de B: A = — 2B, C = 2B, D= - B.


Substituindo êstes valores na equação geral e dividindo ambos os membros
por B, obtemos 2g — y — 2z + 1 — 0.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Determinar as coordenadas do ponto da reta

(a) 2x — y + « — 5 = 0, x 4- 2y — 2z — 5 — 0, para z = 1.
Besp.: (3, 2,1).

(ò) 4g - 3y 4- 2z — 7 = 0, x + 4y — z — 5 = 0, para y = 2.
Resp.-. (7/6, 2, 25/6).

Resp.-. (3, - 14/3, 5/3).

(d) 2x — 3y — 1, 3z » 4 — 2y, para x — 4.


Resp.-. (4, 3, — 2/3).
RETA NO ESPAÇO 205

(e) x = 4 — 3/, y — — 1 + 4í, z = 2t — 3, para t = 3.


Resp.: (—5, 11, 3).
2. Determinar os pontos em que cada uma das seguintes retas fura os planos
coordenados. Representar gràficamente, as retas unindo dois de seus traços.

(а) x — 2y + z = 0, 3x 4- y + 2z = 7.
Resp.: (2, 1, 0), (7, 0, - 7), (0, 7/5, 14/5).
(б) 2x — y 4- 3z + 1 = 0, 5x 4- 4y — z — 6 = 0.
2 17 17 2
Resp.: 13 ’ 0)' (1’ °’ ~ (0’ Ü’ lí*’
(C) y + 3 = g-e t
2 1-1
Resp.: (13, 3, 0), (7, 0, 3), (0, - 7/2, 13/2).
(d) 2x + 3y — 2 = 0, y — 3z 4- 4 = 0.
Resp.: (7, - 4, 0), (1, 0, 4/3), (0, 2/3, 14/9).
(e) x 4- 2y — 6 = 0, z — 4.
Resp.: (6, 0, 4), (0, 3, 4).

3. Determinar os parâmetros diretores e os co-senos diretores das retas:

(a) 3x + y — z — 8 = 0, 4z — ly — 3z 4- 1 — 0.
Resp.: 2, -1,5;-?=, -y=-
V30 V30 V30
(b) 2x — 3y 4-9 = 0, 2x — y 4- 8^ 4- 11 = 0.
6 4 — 1
Resp.: 6, 4,-1;-—, •
V53 a/53 V53
(c) 3x — 4y 4- 2z — 7 = 0, 2x 4- y 4- 3z — 11 = 0.
n . 1, e 14 5 - 11
Resp.: 14,5,-11; ----- — , ------ —, ------ — •
3 a/38 3 -\/38 3 a/38
(d) x — y 4- 2z — 1 = 0, 2x — 3y — 5z — 7 = 0.

Resp.: 11, 9, - 1; , -y=, •


a/203 V203 a/203

(e) 3x — 2y 4- z 4- 4 = 0, 2x + 2y — z — 3 = 0.

Resp.: 0, 1, 2; 0, —,
a/5 V5
4. Determinar o ângulo agudo formado pelas retas

x -2y + z — 2=0, 2y - z - 1 = 0 e

x — 22/4-* — 2 = 0, x — 21/4- 2z — 4 = 0.
Resp.: 78° 27,8'.
206 GEOMETRIA ANALÍTICA

5. Determinar o ângulo agudo entre as retas


s - 1 = y +2 = z -4 x +2 = y - 3 z +4
6 = -3 6 ee 3 “ 6 - 2
Eesp.: 79° 1'.

6. Determinar o ângulo agudo formado pelas retas

2x + 2j/+ z — 4 = 0, z — 3y + 2z «• 0 e

Resp.: 49° 26,5'.


y-i com o
7. Determinar o ângulo agudo da reta
6
plano 2x — 2y + z — 3 - 0.
Resp.: 26° 23,3'.

8. Determinar o ângulo agudo formado pela reta que liga os pontos


(3, 4,2), (2, 3, — 1) com a reta que liga os pontos (1, — 2, 3), ( — 2, — 3, 1).
Resp.: 36° 19'.

9. Provar que a reta X y é paralela ao plano

6x + 7y — 5z — 8 =* 0.

10. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (2, 1, — 2) e é per­
pendicular ao plano 3x — 5y + 2z 4- 4 = 0.

11. Escrever as equações da reta que passa por

(a) (2, - 1, 3) e é paralela ao eixo dos x.


Resp.: y 4- 1 = 0, z — 3=0.

(ò) (2, - 1, 3) e é paralela ao eixo dos y.


Resp.: x — 2 = 0, z — 3=0.

(c) (2, - 1, 3) e é paralela ao eixo dos z.


Resp.: x — 2=0, y 4 1 = 0.

(d) (2, - 1, 3), cos a = y , cos = y •

12. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (—6, 4, 1) e é


perpendicular ao plano 3x — 2y 4- 5z 4- 8 = 0.
Resp.: 2x 4- 3y = 0, 5y 4- 2z — 22 = 0.

13. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (2, 0, — 3) e é per­
pendicular ao plano 2x — 3y 4- 6 = 0.
Resp.: 3x 4- 2y — 6 = 0, z 4- 3 = 0.
reta no espaço 207

14. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (1, — 2, — 3) e é


perpendicular ao plano x — 3y 4- 2z 4- 4 = 0.
z — 1 y 4- 2 z 4-3
Resp.:
1 - 3 2

15. Escrever as equações da reta que passa pelos pontos (2, — 3, 4) e


(5, 2, - 1).
x — 2 _ y 4- 3 z — 4
: 3 " 5 “ -5

16. Escrever as equações da reta que passa pelos pontos

(a) d, 2, 3) e (—2, 3, 3). Resp.: x +3y —1 = 0, z = 3


(&) (- 2, 2, - 3) e (2, — 2, 3). Resp.: x 4- y = 0, 3y + 2z = 0
(c) (2, 3, 4) e (2, — 3, — 4). Resp.: x — 2 = 0, 4y - 3z = 0
(d) d, 0, 3) e (2, 0, 3). Resp.: y = 0, z = 3.
(e) (2, - 1, 3) e (6, 7, 4) na forma paramétrica.

Resp.-. x = 2 + y U = - 1 4- i - 3+

17. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (1, — 2, 3) e é para­
lela a cada um dos planos 2x — 4y 4- z — 3 = 0 e x 4- 2y — 6z 4-4=0.
x — 1 y 4“ 2 _ z — 3
Resp.'. 22 = 13 = 8 ’

18. Escrever as equações da reta que passa por (1, 4, — 2) e é paralela


cada um dos planos 6x 4- 2t/ 4- 2z 4- 3 = 0 e 3x — 5y — 2z — 1 =0.
x — 1 y —4 z4-2
Resp.:
1 3 -6

19. Escrever as equações da reta que passa por (-2, 4, 3) e é paralela à


reta que passa por (1, 3, 4) e ( — 2, 2, 3).
Resp.: x — 3y 4- 14 = 0, y — z — 1 = 0.

20. Escrever as equações da reta que passa por (3, — 1, 4) e é perpen­


dicular às retas de parâmetros diretores 3, 2, — 4 e 2, — 3, 2.
x —3 t/4-1 z —4
Resp.:
[8 14 “ 13
21. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (2, 2, - 3) e é per­
pendicular às retas de parâmetros diretores 2, — 1, 3 e — 1, 2, 0.
Resp.: x — 2y 4-2=0, y 4- z 4- 1 = 0.

22. Escrever as equações da reta que passa por (2, — 2, 4), com ângulos
diretores 120°, 60° e 45°.

Resp.:
1
208 GEOMETRIA ANALÍTICA

23. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto (— 2, 1, 3), com ân­
gulos diretores de 135°, 60° e 120°.
*4-2 y-1 z -3

24. Escrever as equações da reta que passa pelo ponto

(a) (0, 2, — 1), com parâmetros diretores, 1, — 3, 4.


„ x y -2 z + 1
T = —---------- — •

(&) (— 1, 1, — 3), com parâmetros diretores a/2, 3, - 4.


r> * + 1 y - 1 = z +3
fiesp.: —- 3 -4 '
Vt
(c) (0, 0, 0), com parâmetros diretores 1, 1, 1.
Resp.: x = y = z.
(d) (—2, 3, 2), com parâmetros diretores 0, 2, 1.
Re8p.\ «4-2=0, y — 2z 4-1=0.
(e) (1, — 1, 6) com parâmetros diretores 2, — 1, 1.
Resp.'. « = 2z — 11, y = — z 4- 5.

2 15
25. Provar que a reta x — —z + —, y = - -y é perpendicular

à reta x — y—z—7 = 0, 3x — 4y — 11 = 0.
. . 7a; - 15
26. Provar que as retas « 4- 2y — z — 1=0, x + y + 1 = 0 e —- -----

7y + 34 _ z perpendicuiares entre si:


— 5 1

27. Provar que as retas 3x — 2y 4- 13 = 0, y +- 3z — 26 — 0 e


i+4 y — 1 z —3 _ j-i
—-— = -----— = —-— sao perpendiculares.
O o 1

28. Provar que as retas X 4+fp e 3x + 5y + 7 = 0,

y 4- 3z — 10 = 0 são perpendiculares.

29. Provar que as retas x — 2y 4- 2 = 0, 2y +«4-4=0 e


7x + 4y — 15 = 0, y 4- 14z 4- 40 = 0 são perpendiculares.

30. Provar que a reta X — ——y—■ Per^ence ao pl®110

3« — 8y 4- 2z — 8 = 0. (Nota — Basta provar que dois pontos da reta per­


tencem ao plano; ou que um de seus pontos pertence ao plano e que ela é perpen­
dicular a uma normal do plano).
RETA NO ESPAÇO 209

31. Provar que a reta ?/ — 2x 4-5=0, z — 3x—4 = 0 pertence ao plano


9o: + 3t/ — 5z 4~ 35 = 0.
32. Provar que a reta x — z — 4=0, y — 2z — 3=0 pertence ao plano
2x 4- 31/ - 8z - 17 = 0.
1/4-2 z -3
33. Provar que a reta pertence ao plano
2 4
2x 4- 3y — 2z + 10 = 0.
34. Determinar as coordenadas do ponto em que a reta 2x — y — 2z —
— 5 = 0, 4x 4- y 4- 3z — 1 = 0 fura o plano 8x — yiz- 5 = 0.
Resp.: (3/2, 4, — 3).
35. Determinar o ponto em que a reta x = z 4- 2, y = — 3z 4- 1 fura
o plano x — 2y — 7 =0.
Resp.: (3, — 2. 1).

36. Determinar o traço da reta ~ , no plano


11 5
4x — 2y 4- z — 3 = 0.
Resp.: (1, 2, 3).
37. Determinar o traço da reta x 4- 2y 4- 4z — 2 = 0, 2x 4- 3y — 2z 4-
4- 3 = 0 no plano 2x — y 4- 4z 4- 8 = 0.
Resp.: (-4, 2, 1/2).
38. Achar as equações da reta pertencente ao plano x 4- 3y — «4-4 = 0
e perpendicular à reta x — 2z — 3 = 0, y — 2z = 0 no ponto em que esta en­
contra o plano.
Resp.: 3x 4- 5y 4- 7 = 0, 4x 4- 5z 4- 1 = 0.
39. Provar que os pontos (2, — 3, 1), (õ, 4, - 4) e (8, 11, — 9) pertencem
a uma linha reta.
40. Determinar o ponto de interseção das retas 2x 4- y — 5 = 0,
3x 4- 2 — 14 = 0 e x — 4y — 7 = 0, 5x 4- 4z — 35 = 0.
Resp.: (3, — 1, 5).
41. Determinar o ponto de interseção das retas x — y — z 4- 8 = 0,
5x4-2/-!-z4-10=0 er + y + z- 2 = 0, 2x 4- 2/ - 3z 4-9=0.
Resp.: (— 3, 3, 2).
42. Determinar o ponto de interseção das retas x 4- 5y — 7z 4- 1 " 0,
10® — 23y 4- 40z — 27 = 0 com s - y 4- z 4- 1 = 0, 2x 4- 2/ — 2z 4-2=0.
Resp.: (- 1/38, 148/38, 111/38).
43. Determinar, na forma simétrica, a equação do lugar geométrico dos
pontos eqüidistantes de (3, — 1, 2), (4, — 6, — 5) e (0, 0, — 3).
D x y 4- 175/32 z 4- 19/32
Regp" 16----------- 13----------------- —~7------

44. Achar, na forma simétrica, a equação do lugar geométrico dos pontos


eqüidistantes de (3, — 2, 4), (5, 3, — 2) e (0, 4, 2).
x - 18/11 = x = z + 9/44 .
Resp.:
26 22 27
Capítulo 15

SUPERFÍCIES

Superfícies quádricas. A superfície definida pof uma equa­


ção do segundo grau com três variáveis chama-se superfície quádrica
ou conicóide. Uma seção plana qualquer de uma quádrica é uma
cônica ou uma forma limite de uma cônica.
A equação mais geral do segundo grau com três variáveis é da
forma
Ax* + By* + Cz* + Dxy + Exz + Fyz + Gx + Hy + Iz + K = 0.
Mediante uma rotação ou translação de eixos ou pelos dois movi­
mentos simultâneamente, a equação geral pode ser convertida em
um dos dois tipos:

(1) Ax2 + By* + Cz* = D


(2) Ax* + By* + Iz = 0.

Se nenhuma das constantes de (1) ou (2) for nula, a equação poderá


ser escrita sob uma das duas formas:

(3)

(4)

Agora (3) só pode representar três superfícies fundamentalmente


distintas, cujas equações são das formas
SUPERFÍCIES 211

Como todas as superfícies de (5) são simétricas em relação à


origem, foi-lhes dado o nome de quádricas centradas.
As duas superfícies representadas por (4) não são centradas.
y2 z2
Esfera. Quando em — + — -|—r = l, fazemos a — b = c.
a£ b£ c£
a equação toma a forma x2 -4- y2 + z2 = a2, que representa uma
esfera com centro em (0, 0, 0) e raio a.
Se o centro da esfera estiver situado em (fc, k, j) a equação
tomará a forma

(x - h)2 + (y - k)2 + {z - j)2 = a2.

Elipsóide. Quando a, ò, c são desiguais, a equação


x2 y2 z2
“aT£ + TT
b* + Tc2 = 1 representa o
caso geral. Quando a b, mas
b = cf temos um elipsóide de re­
volução. (Fig. 148).
Se o centro do elipsóide esti­
ver em (hf kf j), e seus eixos forem
paralelos aos eixos coordenados, a
equação assumirá a forma Fig. 148

& -hy (y - ky (z - jy
a2 b2 c2

Se o centro fôr a origem, esta equação se transformará em

, y8 , Z2 = 1
a2 b2 c2

Hiperbolóide de uma folha. Quando apenas uma das variá-


x2 y2 z2
veis da equação tem sinal negativo, como em — + —----- r = 1,
a2 o2 c2
a superfície recebe o nome de hiperbolóide de uma fôlha. (Fig. 149).
Para a = 6, a superfície é o hiperbolóide de revolução de uma
fôlha.
As seções paralelas aos planos xz e yz são hipérboles. As
seções paralelas ao plano xy são elipses, exceto no hiperbolóide de
revolução, onde as seções são circunferências.
212 GEOMETRIA ANALÍTICA

Hiperbolóide de duas folhas. À equação


x2 _ y2_______
a2 ~ b2 ~ c2

representa um hiperbolóide de duas fôlhas (Fig. 150). A equação tem


analogia com a do elipsóide, mas duas variáveis são precedidas do

Fig. 149 — Hiperbolóide de uma Fig. 150 — Hiperbolóide de duas


fôlha fôlhas.

sinal menos. Para b = c, o lugar é uma superfície de revolução.

As seções paralelas aos planos xy e xz são hipérboles.

As seções paralelas aos planos yz são elipses, exceto no hiperbo­


lóide de revolução, onde as seções são circunferências.
Paraboloide elítico. É o lugar geométrico de uma equação
x2 u2
da forma — + — = 2cz. A seção
a2 b2
por um plano z = k é uma elip­
se, cujos eixos crescem à proporção
que o plano secante se afasta do
plano xy (Fig. 151). Para c > 0,
a superfície se situa inteiramente
acima do plano xy.
Para c < 0, a superfície se si-
tua inteiramente abaixo do ► xy.
As seções por planos paralelos aos planos xz ou yz são pa­
rábolas.
Para a = ò, o lugar é uma superfície de revolução.
SUPERFÍCIES 213

Parabolóide hiperbólico. Ê o lugar geométrico de uma


equação da forma
__ y2 _ 9_
- 2 CZ> (c > 0).
a2
A seção por um plano z = kf para k > 0, é uma hipérbole, cujos
eixos transverso e conjugado são paralelos aos eixos dos x e dos y,
respecfivamente, e crescem com k. (Ver Fig. 152). Para k< 0, os
eixos transverso e conjugado são paralelos aos eixos dos y e dos x}
respectivamente. Para k = 0, o traço é o par de retas.

a2 ò2
A seção por um plano y = k é uma parábola de concavidade
voltada para cima e a seção por um plano x = k é uma parábola de
concavidade voltada para baixo.

Fig. 152 — Parabolóide hiperbólico.


reto.

Cone circular reto, x2 + y2 — c2 z2 = 0.


Êste lugar geométrico pode ser considerado como superfície de
revolução gerada por uma reta y = kx, que gira em torno do eixo
dos z.
Uma seção horizontal qualquer por um plano paralelo a xy
é uma circunferência. Uma seção qualquer por um plano paralelo
a yz ou a xz é uma hipérbole.
Superfície cilíndrica. Uma superfície cilíndrica é gerada
por uma reta que se desloca em contacto com uma curva fixa e per­
manece paralela a uma reta fixa. A curva denomina-se diretriz da
superfície e a reta móvel é a geratriz da superfície.
214 GEOMETRIA ANALÍTICA

Uma superfície cilíndrica, cuja geratriz seja paralela a um dos


eixos coordenados e cuja diretriz seja uma
curva no plano coordenado perpendicular
à geratriz, tem a mesma equação que a di­
retriz.
Se a diretriz fôr a elipse

a equação do cilindro também será

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Achar a equação da esfera de centro em ( — 2, 1, — 3) e raio 4.


Solução. Substituindo as coordenadas em

(x-A)2 + (3/-fc)2 + («-J)2=a2,


obtemos
(? + 2)2 + (y - l)2 + (z + 3)2 - 42.

Desenvolvendo e grupando convenientemente os têrmos,

x2 + y2 + z2 4- 4x - 2y + 6z - 2 = 0.

2. Determinar a equação da esfera de centro em (3, 6, — 4), tangente ao


plano 2x — 2y — z — 10 = 0.
Solução. Calculemos o raio:

|2X3-2X6-1 (-4)-10 |
° “ |---------------------- 3---------------------- 1 = 4-

Portanto, a equação pedida é


(x - 3)2 4- (y - 6)2 + (z + 4)2 - 16 ou x2 + y2 4- z2 - 6x - 12y 4- 8z 4- 45-0.

3. Achar a equação da esfera que passa pelos pontos (7, 9, 1) (— 2, — 3, 2),


(1, 5, 5) e ( - 6, 2, 5).

Solução. Utilizemos a equação x2 4- y2 4- z2 4- Gx 4- Hy 4- Iz 4- K — 0.


e substituamos nela, sucessivamente, as variáveis pelas coordenadas dos quatro
pontos.
7G + 4- I 4- K - - 131
- 2G - 3H4- 2Z 4- K - - 17
G 4- &H4- 5Z 4- K - - 51
- 6G + 2H4- 5Z + K - - 65.
SUPERFÍCIES 215

Resolvendo estas quatro equações simultâneamente, obtemos


G - 8fH = - 14,Z = 18 e K = - 79.

A substituição dêsses valores na equação geral fornecerá a equação pedida


x2 4- y2 + z2 + 8x - 142/ + 18z - 79 = 0.

4. Determinar as coordenadas do centro e o raio da esfera


x2 4- y2 4- z2 — §x 4- 4y — 3z — 15.

Solução. Completemos os quadrados dos têrmos em x, y e z separada­


mente e comparemos com
(x - h)2 4- (2/ “ k)2 4- (z - j)2 = a2.

q 121
x2 - 6x 4- 9 4- 2/2 4- 4?/ 4- 4 4- z2 - 3z 4- -^ = ,

ou
(x - 3)2 + (!/ + 2)2 + (z - |)2 - ()2.

A esfera tem centro em (3, -2, raio

5. Achar o lugar geométrico descrito por um ponto, cujas distâncias a


(— 2, 2, — 2) e (3, — 3, 3) verificam a razão de 2 : 3, em valores absolutos.
Solução.

V(x + 2)2 + (y - 2)2 + (z + 2)2 _ 2..


V(x - 3)2 + (y + 3)2 + (z- 3)2 3

Elevando ao quadrado, multiplicando entre si os extremos e os meios, para


então grupar os têrmos, obtemos

x2 4- y2 4- *2 4- 12x - 12i/ 4- 12z = 0.


que representa uma esfera com centro em ( — 6, 6, — 6) e raio 8x^8.

6. Discutir e representar por um esbôço a superfície

Solução. A superfície é simétrica em relação a cada plano coordenado e


à origem.
As coordenadas à origem são ± 5, sôbre o eixo dos x; ± 4, sôbre o eixo dos
;y e ±3, sôbre o eixo dos z. Vejamos a Fig. 155.

x2 v2
O traço no plano xy é a elipse — 4- “tr = 1, com semi-eixos, 5 e 4. De
25 lb
maneira análoga, verificamos que os traços nos planos xz e yz são elipses também.
O lugar geométrico é um elipsóide.
216 GEOMETRIA ANALÍTICA

7. Completando os quadrados em relação a x, y e z, provar que a seguinte


equação representa um elipsóide. Localizar o centro e determinar os compri­
mentos dos semi-eixos.

2x2 + 3?/2 + z2 - 8z + 67/ - 4z - 3 = 0.


Solução.

2 (z2 - 4s + 4) + 3 (t/2 + 2t/ + 1) + (z2 - 4z + 4) = 3 + 8 + 3 + 4 = 18,

ou 2 (x - 2)2 + 3 (y + l)2 + (z - 2)2 = 18.

Dividindo os membros por 18, obtemos

(x - 2)2 , (y + l)2 , (* ~ 2)2 _


9 "" 6 ' 18
que representa um elipsóide de centro em (2, — 1, 2) e semi-eixos 3 Vô e 3\/2.

8. Provar que o lugar geométrico gerado por um ponto, que se desloca de


modo tal que a soma de suas distâncias a (2, 3, 4) e (2, — 3, 4) permanece igual
a 8, é um elipsóide.

Determinar o centro e os comprimentos dos semi-eixos.


Solução.-

V(x - 2)2 + (» - 3)2 + (z - 4)2 + - 2)2 + (y+ 3)2 + (z - 4)2 = 8


OU

V(x - 2)2 + (y - 3)2 + (z - 4)2 = 8 - V(x - 2)2 + (j/ + 3)2 + (z - 4)2.

Elevando ao quadrado e grupando convenientemente os têrmos, vem

3y + 16 - 4 V(x - 2)2 + (y + 3)2 + (z - 4)2.

Elevando novamente ao quadrado e grupando convenientemente os têrmos,


16x2 + 7j/2 +1 6z2 - 64® - 128z + 208 = 0.
SUPERFÍCIES 217

Completados os quadrados dos têrmos em x, y e z, a última equação se trans-


forma em
(x - 2)2 , (y - O)2 (z - 4)2
7 1 16 1 7

que representa um elipsóide de revolução com centro em (2, 0, 4) e semi-eixos


,4, As seções da superfície, paralelas ao plano xz são circunferências

9. Determinar a equação do elipsóide que passa pelos pontos (2, 2, 4),


(0, 0, 6), (2, 4, 2) e tem como planos de simetria os planos coordenados.
y2 z2
Solução. Tomemos a equação —r + 77 H—7- = 1 e substituamos x,
as o2
y e z pelas coordenadas dos pontos dados.
Segue-se então

02 + b2 + C2 lj a2 + b2 T c2 e a2 bí + ~ '

Resolvendo em relação a a2, b2 e c2, obtemos a2 = 9, b2 = 36 e c2 = 36.


Substituindo, vem
T+36+á- = 1’ °U ^2 + t/2+í2 = 36.

X2 y2 z2
10. Discutir e esboçar o lugar geométrico de — + —-----— = 1.
9 4 lo
Solução. A superfície é simétrica
em relação a cada um dos planos coorde­
nados e à origem.
As abscissas e ordenadas à origem
são ± 3 e ±2, respectivamente. Não
há cotas à origem.
As seções por planos z = k são eli­
pses com centros sôbre o eixo dos z. Os
eixos dessas elipses crescem a proporção
que o valor absoluto de k também cresce.

As seções da superfície por planos


paralelos aos planos xz e yz são hipér-
boles.

O lugar geométrico discutido é um


hiperbolóide de uma fôlha. Veja-se a Fig. 156.

11. Completando os quadrados dos têrmos em x, y e z, determinar a natu­


reza da superfície representada pela equação

3z2 + 4?/ — 2z2 4- 6a; — 16y 4- 8z - 13.


218 GEOMETRIA ANALÍTICA

Solução.

3 (x2 + 2x + 1) + 4 (y2 - 4y + 4) - 2 (z2 - 4z + 4) = 13 + U = 24,

ou
(x + l)2 , (y - 2)2 _ (z - 2)2 =
8 6 12

Trata-se de um hiperbolóide de uma fôlha com centro em (— 1, 2, 2) e eixo


paralelo ao eixo dos z. As seções por planos paralelos ao xy são elipses. As
seções por planos paralelos aos planos
Zn
xz e yz são hipérboles.
12. Discutir e esboçar o lugar geo­
métrico de

9 4 16

Solução. A superfície é simétrica


em relação a cada um dos planos coorde­
nados e à origem.
Suas abscissas à origem são ± 3. Fig. 157
Não há ordenadas nem cotas à origem.
As seções da superfície por planos paralelos a xy e xz são hipérboles. As
seções por planos paralelos ao yz são elipses.
Trata-se de um hiperbolóide de duas fôlhas, representado na Fig. 157.

13. Completando os quadrados dos têrmos em x, y e z, determinar a natu­


reza do lugar, representado pela equação

2x2 - 3y2 - 2z2 - 8x + Qy - 12z -21=0.


Solução.

2 (x2 — 4x + 4) — 3 (y2 - 2y + 1) - 2 (z2 + 6z + 9) = 8

ou
(x - 2)2 _ (y - l)2 _ (z + 3)2 =
4 8/3 4’

representação analítica de um hiperbolóide de duas fôlhas com centro em (2, 1, —3)


e eixo transverso paralelo ao eixo dos x.
14. Achar a equação de um lugar geométrico tal, que a diferença das dis­
tâncias de cada um de seus pontos a ( — 4, 3, 1) e (4, 3, 1) seja igual a 6.
Solução.

V(x + 4)2 + (y - 3)2 + (z - l)2-V(X - 4)2 + (y - 3)2 + (z - l)2 = 6,


OU

V(X + 4)2 + (y - 3)2 + (z - l)2 = 6 + V(X - 4)2 + (y - 3)2 + (z - l)2.


SUPERFÍCIES 219

Elevando ao quadrado e grupando os têrmos convenientemente, vem

4x - 9 = 3 V(x - 4)’ + (í/ - 3)2 + (« - l)2.

Elevando, outra vez, ao quadrado e grupando convenientemente os têrmos,

7x2 - 9y2 - 9z2 4- 54y + 18z = 153.

Completando os quadrados dos têrmos em x, y e z, obtemos

(x - O)2 _ (y - 3)2 _ (z - l)2


9 7 7

que representa um hiperbolóide de duas fôlhas com centro em (0, 3, 1) e eixo trans­
verso paralelo ao eixo dos x. Como as seções paralelas ao plano yz são circun­
ferências, a superfície é um hiperbolóide de revolução de duas fôlhas.
15. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos cujas distâncias a
(2, — 1, 3) valem o dôbro de suas distâncias ao eixo dos x.

Solução. V(x - 2)2 + (» + l)2 + (z - 3)2 = Zy/y* + z2-

Elevando ao quadrado e grupando os têrmos convenientemente,


s2 _ 3^ _ 3Z2 _ 4a. 2y - 6z = - 14.

Novamente completando os quadrados, obtemos

(x - 2)2 - 3 (y - 1/3)2 - 3 (z + l)2 = - 40/3,


ou
(y - 1/3)2 , (Z + l)2 _ (X - 2)2
40 40 40
9 9 3

que representa um hiperbolóide de revolução de uma fôlha, em tômo do eixo


dos xf com centro em (2, 1/3, — 1).
16. Discutir e esboçar o lugar geométrico de y2 + z2 — 4x.

Solução. A superfície é simétrica em relação aos planos xz e xy e em


relação ao eixo dos x.
220 GEOMETRIA ANALÍTICA

As coordenadas à origem são nulas.


Os traços são, respectivamente, o ponto caracterizado por y2 4- z2 = 0
(circunferência de raio nulo) e as parábolas z2 = 4x e y2 = 4x.
Como x não pode receber valores negativos a superfície se situa inteiramente
à direita do plano yz. As seções por planos paralelos ao yz são circunferências.
As seções por planos paralelos aos planos xy e xz são parábolas. Essa
superfície é o parabolóide de revolução representado na Fig. 158.

17. Achar a equação do parabolóide de vértice, na origem com eixo OZ>


e que passa pelos pontos (3, 0, 1) e
(3, 2, 2).
Solução. Utilizemos a equação

Ax2 + By2 = Cz.

Substituindo as variáveis pelas co­


ordenadas dos pontos dados, obtemos

(1) 9A 4- OB = C, ou 9A = C
(2) 9A + 4B = 2C.

Resolvendo êste sistema, encontramos


Fig. 159
A = C/9, B = C/4.

Da substituição dêstes valores em Ax2 4- By2 — Cz resulta a equação pro-


/ç2
curada 4z2 4- 9?/2 = 36z ou — 4- = ~p que representa um parabolóide elí-.

tico. A Fig. 159 é o esbôço pedido.

18. Achar a equação do lugar geométrico gerado por um ponto, cujo qua­
drado da distância ao eixo dos x é sempre o triplo de sua distância ao plano yz.
Solução. Representemos o ponto por (x, y, z). Temos y2 4- «2 — 3z.
Esta superfície é um parabolóide de revolução, simétrico em relação ao eixo
dos x.

19. Completando os quadrados dos têrmos em x e y, localizar o vértice do


parabolóide elítico. 3x2 4- 2y2 — 12z — 6o; 4- &/ — 13 = 0.

Solução.

3 (z2 - 2z 4- 1) + 2 (y2 4- 4y + 4) = 12z 4- 13 4- H = 12z + 24.

ou
3 (x - l)2 4- 2 (y 4- 2)2 = 12 (z 4- 2),
ou
Cz - l)2 (y + 2)2 = z + 2
4'6 1

O vértice está situado em (1, — 2, — 2).


SUPERFÍCIES 221

20. Discutir e identificar a superfície: 9x2 — 4y2 — 36z.


Solução. A superfície é simétrica em relação aos planos xz e yz e ao
eixo dos z.

As coordenadas à origem são nulas.


Para z = 0, o traço sôbre o plano xy é o par de retas concorrentes
9a?2 — 4j/2 = 0 ou 3x + 2y — 0 e 3x — 2y — 0.

Para y = 0, o traço sôbre xz éa parábola 9x2 = 36z ou x2 — 4z. Esta


parábola tem vértice na origem e suaconcavidade é voltada para cima.
Para x = 0, o traço sôbre yz éa parábola — 4y2 = 36a ou y2 — — 9z.
Esta parábola tem o vértice na origem, mas sua concavidade é voltada para baixo.

As seções da superfície por um plano z — k são hipérboles. Para valores


positivos de k, o eixo transverso da hipérbole é paralelo ao eixo dos x. Para k
negativo, o eixo transverso da hipérbole é paralelo ao eixo dos y. As seções para­
lelas ao plano xz e as paralelas ao plano yz são parábolas.

O lugar considerado é um parabolóide hiperbólico.

21. Achar a equação de um parabolóide de vértice em (0, 0, 0) e eixo OYt


que passa pelos pontos (1, — 2, 1) e ( — 3, — 3, 2).
Solução. Sirvamo-nos da equação Ax2 4- Cz2 = By. Substituindo as va­
riáveis pelas coordenadas dos dois pontos, resulta

A 4-0 - — 2B
9A + 4C - - 3B.

Resolvendo êste sistema, obtemos A=BeC=-3B.


Substituamos êstes valores em A e O e dividamos a equação resultando por B.

Teremos então x2 — 3z2 = y, que representa um parabolóide hiperbólico.

22. Discutir e representar gràficamente a superfície cônica

2y2 4- 3? - x2 « 0.

Solução. A superfície é simé­


trica em relação a cada um dos planos
coordenados e à origem.
As coordenadas à origem são
nulas.
Para x - 0, o traço no plano yz
é um ponto (Fig. 160).
Para y = 0, o traço sôbre xs é
o par de retas concorrentes 3s2—x2—0
ouzVó 4-x—O, z y/3 — x—0.
Para z ■■ 0, o traço_sôbre xy 6 par de reta concorrentes 2y2 — x2 — 0
ou y \/~2 4- x = 0, y x? 2 — x — 0.
222 GEOMETRIA ANALÍTICA

As seções da superfície por planos tais como x — k serão elipses, para todos
os valores de k diferentes de zero.
As seções da superfície por planos paralelos aos planos xy e xz serão hipér-
boles.

25. Um ponto se desloca de modo que sua distância ao eixo dos y é sempre
o triplo de sua distância ao eixo dos z. Achar a equação do lugar geométrico
gerado pelo ponto. Identificar a superfície.
Solução.

\/a2 + s2 « 3 \/x2 4- y2 ou x2 + z2 - 9z2 4- 9i/2

ou 8z2 4- 9t/2 — z2 = 0.

A superfície é um cone com vértice na origem. O eixo do cone é o eixo dos z.

24. Esboçar o lugar geométrico de 4x2 4- 9j/2 = 36.


Solução. A superfície é um cilindro de geratrizes paralelas ao eixo dos zt
tendo por diretriz a elipse 4x2 4- 9y2 = 36. Veja-se a Fig. 161.

25. Determinar a equação da superfície de revolução gerada pela elipse


x2 4- 4z2 — 16 = 0 em tômo do eixo dos x.
Solução. Seja P (x, y, z) um ponto qualquer da superfície.
Tiremos por P uma perpendicular ao plano xy.
No triângulo retângulo ABP, temos AB = y, BP — z.
Façamos AP = ?/'; então y2 4- z2 = J/'2. Mas, segundo a equação da elipse,
x2 = 16 — 42/z2. Substituindo, temos s2 = 16 — 4 (y24-z2) ou x2 4- 4t/2 4- 4z2 =
= 16, que representa um elipsóide de revolução, em tômo do eixo dos x (vide
Fig. 162).

26. Achar a equação da superfície de revolução gerada pela hipérbole


x2 — 2z2 = 1 em tômo do eixo dos z.
Solução. Seja Pi (zi, 0, zi) um ponto qualquer da hipérbole e P' (0, 0, zi)
sua projeção sôbre o eixo dos z. Quando a hipérbole gira em tômo do eixo dos
SUPERFÍCIES 223

z, o ponto Pi gera uma circunferência de centro em P' e raio igual a P'Pi (Fig.
163). Seja P (xt y> z) um ponto qualquer desta circunferência e, por conseguinte
com ponto qualquer da superfície pedida.
Como zi = z e P'Pi - P'P, temos

Z1 - V(x - O)2 + (2/ - 0/ 4- (z - 21)2 = Vx2 + y2-

Na equação da hipérbole xi2 — 2zi2 — 1, façamos xi = y/x2 + y2 e Z\ — «;


obteremos x2 4- y2 — 2z2 — 1, que representa um hiperbolóide de uma fôlha.

27. Achar a equação da superfície de revolução gerada pela reta


2x 4- 3y — 6 em tôrno do eixo dos y.
Solução. Seja P\ («i, yi, 0) um ponto qualquer da reta e Pf (0, yi, 0) sua
projeção no eixo dos y. Quando a reta gira em tôrno do eixo dos y, o ponto Pi
gera uma circunferência de centro em P' e raio P'Pi> Seja P (x, y, z) um ponto
qualquer dessa circunferência e, por conseguinte um ponto qualquer da superfície
pedida. (V. Fig. 164).
Como yi = y e P' Pi = P'P, temos xi = x^x2 + z2.
Na equação da reta 2xi 4- 3^/1 — 6, façamos xi = x/x2 + z2 e yi = y; obte­
remos 2 y/x2 4- z2 4- 3y =6. Simplificando-se esta equação se reduz a 4x2 —
— 9 (y — 2)2 4- 4z2 = 0, que representa um cone de vértice em (0, 2, 0).

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Achar as equações das esferas definidas pelas seguintes condições:

(o) Centro (2, — 1, 3), raio 4.


Resp.: x2 4- y2 + z2 — 4- 2y - Qz - 2 = 0.
(6) Centro (—1, 2, 4), raio -\/13.
Resp.: x2 4- y2 4- z2 4- 2x — 4y — 8z 4- 8 = 0.
(c) O segmento que une (6, 2, — 5) e (— 4, 0, 7) é um diâmetqo.
Resp.: x2 4- y2 4- z2 — 2x — 2y — 2z — 59 = 0.
224 GEOMETRIA ANALÍTICA

(d) Centro (—2, 2, 3); passa pelo ponto (3, 4, — 1).


Resp.: ? + y2 + z2 + 4x — 4y — 6z — 28 = 0.
(e) Centro (6, 3, — 4); tangente ao eixo dos x.
Resp.: x2 + y2 + z2 — 12x — 61/ 4- 8z + 36 = 0.

2. Achar as equações das esferas definidas pelas seguintes condições:

(a) Centro (— 4, 2, 3) e tangente ao plano 2x — y — 2z 4- 7 =0.


Resp.: ? + y2 + z2 4- 8x — 4y — Gz + 20 = 0.
(b) Centro (2, — 3, 2) e tangente ao plano Gx — 3y 4- 2z — 8 = 0.
Resp.: 49? 4- 49? 4- 49z2 — 196a; 4- 2941/ — 196z 4- 544 = 0.
(c) Centro (1 ,2, 4) e tangente ao plano 3x — 2y 4- 4z — 7 =0.
Resp.: 29? 4- 29? + 29? - 58a; - 1161/ - 232z 4- 545 = 0.
(d) Centro (— 4, — 2, 3) e tangente ao plaiío yz.
Resp.: ? + y2 + z2 4- 8a; 4- 4y — Gz 4* 13 = 0.
(e) Centro (0, 0, 0) e tangente ao plano 9a; — 2y 4- Gz 4- 11 = 0.
Resp.: ? 4- ? 4- ? “ 1-

3. Determinar a equação da esfera definida pelas seguintes condições:

(a) Passa pelos pontos (1, 1, 1), (1, 2, 1), (1, 1, 2) e (2, 1, 1).
Resp.: x2 4- y2 4- ? — 3a; — 3y — 3z 4- 6 = 0.
(b) Passa pelos pontos (2, 1, 3), (3, — 2, 1), (— 4, 1, 1) e (1, 1, — 3).
Rerp.: 51? 4- 51? + 51? + 45a; 4- 371/ - 33z - 742 = 0.
(c) Passa pelos pontos (1, 3, 2), (3, 2, — 5), (0, 1, 0) e (0, 0, 0).
Resp.: 11? + 11? 4- H? - 127a; - lly + 3z = 0.

4. Determinar as coordenadas do centro e o raio da esfera

(à) ? 4- y2 4- ? — 2a; 4- 4y — Gz + 8 = 0.
Resp.: (1, — 2, 3), r = y/G.
(b) 3? 4- 3? 4- 3? - 8a; 4- 12j/ - lOz 4- 10 = 0.
Resp.: (4/3, - 2, 5/3), r = a/47/3.
(c) ? 4- y2 4- ? 4- 4x — Gy 4- 8z 4- 29 ® 0.
Resp.: (— 2, 3, — 4), r = 0.
(d) ? + ? 4- ? - Gx + 2y - 2z + 18 = 0.
Resp.: Não existe lugar geométrico.

5. Achar a equação da esfera tangente aos planos x — 2z — 8 = 0 e


2x — z 4- 5 =“= 0 e que tem o centro na reta x — — 2, y = 0.
Resp.: ? 4- ? 4- ? 4- 4a: 4- 6z 4- 49/5 =» 0,
? 4- ? 4- ? 4- 4x 4- 22z 4- 481/5 = 0.

6. Achar a equação da esfera que passa pelos pontos (1, — 3, 4), (1, — 5, 2)
e (1, — 3, 0) e tem o centro no plano x 4- y 4- z - 0.
Resp.: ?4- ? 4- ? — 2a: 4- 61/ — 4z 4- 10 = 0.

7. Um ponto se desloca de modo que a soma dos quadrados de suas distân­


cias aos planos x 4- 4y 4- 2z = 0, 2x — y 4" z = 0 e 2x 4- y — 3z = 0 se mantém
SUPERFÍCIES 225

igual a 10. Achar a equação do lugar geométrico.


Resp.: x2 4- y2 + z2 — 10.

8. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos, cujas distâncias


a (1, 1, — 2) e ( — 2, 3, 2) estão na razão de 3 : 4, em valor absoluto.
Resp.: 7x2 4- 7y2 4- 7z2 - 68® 4- 22y 4- 100z -57-0.

9. Discutir e esboçar cada um dos elipsóides:

(а) 25a;2 4- 16j/2 4- 4z2 - 100. (d) x2 4- 4t/2 + 4z2 - 12x -10.
(б) 4a;2 4- y2 4- 9z2 = 144. (e) x2 4- 4?/2 4- 9z2 = 36.

(c) to» + 2y2 + 9? - 144. (J) (y ~ 1)2 + - 1.

10. De cada uma das seguintesequações deduzir as coordenadas do centro


e os comprimentos dos semi-eixos.

(a) x2 4- 16y2 4- z2 — 4a; 4- 32y — 5.


Resp.: (2, - 1, 0), 5, 5/4, 5.
(5) 3a;2 4- y2 + 2z2 + 3a; + 3j/ 4- 4z = 0.
Resp.: (- 1/2, - 3/2, - 1), VÍ5/3, V&, VÍÕ/2.
(c) x2 4- 4y2 + z2 — 4® — 8y + 8z + 15 — 0.
Resp.: (2, 1, - 4), 3, 3/2, 3.
(d) 3®2 4- 4í/2 4- z2 - 12® - 16j/ + 4z - 4.
Resp.: (2, 2, - 2), 2 3, 6.
(e) 4®2 4- 5j/2 4- 3z2 4- 12® - 20t/ 4- 24z + 77-0.
Resp.: (— 3/2, 2, — 4). Ponto.

11. Deduzir a equação do elipsôide típico (centro na origem, eixos paralelos


aos eixos coordenados), que passa pelos pontos dados. Utilizar a forma
î2 4- By2 4- Cz2 - D.

(а) (2, - 1, 1), (- 3, 0, 0), (1, - 1, - 2).


Resp.: x2 4- 4y2 4- z2 - 9.
(б) (V% 1, 1,), d, Vi, - 1), (- 1, - 1, \/5j.
Resp.: 2x2 4- 2y2 4- z2 - 9.
(c) (2, 2, 2), (3, 1, V3), (- 2, 0, 4).
Resp.: 2x2 4- 3y2 4- z2 — 24.
(d) (1, 3, 4), (3, 1,-2 y/2), revolução em tômo do eixo dos x.
Resp.: 2®2 4- y2 4- z2 - 27.

12. Um ponto se desloca de modo que a soma de suas distâncias a (0, 3, 0)


e (0, — 3, 0) permanece igual a 8. Achar a equação do lugar.
Resp.: 16®2 4- 1y2 4- 16z2 - 112.

13. Um ponto se desloca de modo que a soma de suas distâncias (3, 2, — 4)


e (3, 2, 4) é sempre 10. Achar a equação do lugar geométrico.

Resp.: 1.
9
226 GEOMETRIA ANALÍTICA

14. Um ponto se desloca de modo que a soma de suas distâncias a (— 5, 0, 2)


e (5, 0, 2) é sempre igual a 12. Achar a-equação do lugar.
? . y2 . (* - 2)2
Eesp.:
36 11 11
15. Determinar o lugar geométrico dos pontos cujas distâncias ao plano
yz são sempre iguais ao dôbro das distâncias ao ponto (1, — 2, 2).
Resp.-. 3? + 4y2 4- 4? - 8x 4- 16y - 16z + 36 = 0.

16. Determinar o lugar geométrico dos pontos cujas distâncias a (2, — 3, 1)


são sempre iguais a 1/4 de suas distâncias ao plano y 4- 4 = 0.
Resp.-. 16? + 15y2 + 16? - 64x + 88y - 32z + 208 = 0.
17. Determinar o lugar geométrico dos pontos cujas distâncias ao eixo dos
x são iguais ao triplo de suas distâncias a (2, 3, — 3).
Resp.-. 9? + 8y2 4- 8? - 36x - 54y 4- 54z + 198 w 0.
18. Discutir e esboçar o lugar geométrico do hiperbolóide de uma fôlha

(d) 16y2 - 36? 4- 9z2 = 144

_ (* - l)2 ,
(*>) (e) 16 ' 4 25
(c) 4? - 25y2 + 16? = 100 (/) 9í/2 - z2 + 4? = 36.

19. Discutir e esboçar o lugar geométricó'do hiperbolóide de duas fôlhas

(X - l)2 y2 z2
(d) 1.
16 4 25
(fe) 36z2 - 4y2 - 9z2 = 144. (e) 36y2 - 9? - 16z2 = 144.
(c) 25Z2 - lôj/2 - 4? =. 100 (/) 4? - ? - 9y2 - 36.
20. Determinar as coordenadas do centro e discutir a natureza de cada
uma das seguintes quádricas.
(a) 2? - 3y2 + 4? - 8x - 6y 4- 12z - 10 « 0.
3
Resp.: çS, — 1, — -Hiperbolóide de uma fôlha. Eixo para­
2
lelo a y'y.
(ò) ? 4- 2y2 — 3z2 + 4x — 4y — 6z — 9 = 0.
Resp.: (—2, 1, — 1). Hiperbolóide de uma fôlha. Eixo para-
leio a z,z.
(c) 2? - 3y2 - 4? - 12x - 6y - 21 - 0.
Resp.: (3, — 1, 0). Hiperbolóidé de duas fôlhas. Eixo parale­
lo a x'x.
(d) 4y2 - 3? - 6? - 16y - 6® 4- 36z - 77 - 0.
Resp.: (— 1, 2, 3). Hiperbolóide de duas fôlhas. Eixo paralelo
a
(e) lôy2 - &? + 4z2 - 36z - 64j/ - 24z - 80.
Resp.: (—2, 2, 3). Hiperbolóide de uma fôlha. Eixo paralelo
a x'x.
SUPERFÍCIES 227

(/) 5z2 - 9x2 - 15j/2 + 54s + 60y + 20z = 166.


Resp.'. (3, 2, — 2). Hiperbolóide de duas fôlhas. Eixo paralelo
a z'z.
to) 232 - y2 - 3za -83 — 6y + 24z - 49 - 0.
Resp.: O ponto (2, — 3, 4).

21. Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos cujas diferenças


entre as distâncias a (0, 0, 3) e (0, 0, — 3) dão sempre 4.
Resp.: 5z2 — 4x2 — 4y2 = 20. Hiperbolóide de duas fôlhas. Cen­
tro na origem.

22. Formar a equação do lugar geométrico dos pontos, cujas diferenças


entre as distâncias a (2, — 3, 4) e (2, 3, 4) dão sempre 5.

44j/2 - 100x2 - 100? + 400x + 800z - 2275.

Hiperbolóide de duas fôlhas. Centro (2, 0, 4).


23. Achar a equação do hiperbolóide de uma fôlha que passa pelos pontos
(4, 2 \/3, 0) e (— 1, 3, 3 a/6/2), tem o centro em (0, 0, 0) e eixo de revolução
sôbre y'y.
Resp.: 2x2 — y2 4- 2z2 = 20. Hiperbolóide de revolução de uma
fôlha.

24. Determinar a equação do hiperbolóide de duas fôlhas de centro na


origem e eixos sôbre os eixos coordenados, que passa pelos pontos (3, 1, 2),
(2, VÜ, 3) e (6, 2, a/Ü).
Resp.: 3z2 — x2 — 2y2 — 1. Hiperbolóide de duas fôlhas, eixo
transverso ao longo do eixo dos z.

25. Discutir e esboÇar cada uma das superfícies.

(а) 3? + z2 - 4y -= 0. (e) 43a + 3j/2 - 12z = 0.


(б) Xa + 2y2 - 6z - 0. (/) 43a — y2 — 4z = 0.
(c) y2 — 4z2 + 43 — 0. to) 4a2 4- y2 4- z - 0.
(d) 3a 4- 4z2 - 162/ “ 0. (ã) 32 + 2y2 -8-4z.

26. Achar a equação do parabolóide de vértice em (0, 0, 0) e eixo sôbre z'z


que passa pelos pontos (2, 0, 3) e (1, 2, 3).
Resp.: 12x2 4- 9j/2 — 16z = 0. Parabolóide elítico.

27. Achar a equação do parabolóide com vértice na origem e eixo sôbre o


eixo dos z, que passa pelos pontos (1, 0, 1) e (0, 2, 1).
Resp.: 43a 4“ V2 — 4z — 0. Parabolóide elítico.

28. Formar a equação do parabolóide com vértice em (0, 0, 0) e eixo supor­


tado pelo eixo dos z, que passa pelos pontos (1, 2, 1) e (2, 1, 1).
Resp.: x2 4- y2 — 5z — 0. Parabolóide de revolução.
29. Determinar a equação do parabolóide com vértice em (0, 0, 0) e eixo
em y'yt que passa por (1, 1, 1) e (3/2, 7/12, 1/2).
Resp.: 3a 4- 5za — 6y — 0. Parabolóide elítico.
228 GEOMETRIA ANALÍTICA

30. Determinar a equação do parabolóide que contém a origem, é simétrico


em relação ao eixo dos x e passa pelos pontos (1, 2, 2) e (2, 6, 8).
Resp.: z2 — 2y2 + 4x = 0, parabolóide hiperbólico; 2x2 = z, cilin­
dro parabólico.

31. Achar a equação do lugar geométrico gerado por um ponto, sabendo


que o quadrado de sua distância ao eixo dos z é sempre igual ao dôbro de sua dis­
tância ao plano xy.
Resp.: x2 4- y2 — 2z — 0. Parabolóide de revolução em tômo do
eixo dos z.

32. Completando os quadrados, localizar o vértice do parabolóide.

(a) 2a:2 + 3y2 — 8x 4~ 12?/ 4“ 3z 4~ 23 = 0. Resp.: (2, - 2, - 1).


(b) 2a:2 + 4z2 — 4x — 24z — y 4- 36 = 0. Resp.: d, - 2, 3).
(c) 3z2 + 5y2 - 2x + lOy - 12z + 21 = 0. Resp.: (2, - 1, 2).
(d) y2 - 4a:2 + 2z - &y - 12a: + 6 - 0. Resp.: (- 3/2, 3, -3).
W 4x2 + 3z2 - 4y + 12z 4- 12 = 0. Resp.: (0, 0, -2).
33. Discutir e esboçar cada uma das superfícies cônicas.

(a) a2 + 2y2 ~ 4z2 (e) 2x2 + 3y2 - 6 (z - 4)2 = 0.


(&) 3a:2 + 2y2 = 6z2. (/) z2 + 2y2 - 4 (a + 3)2 = 0.
W z2 + y2 = 2X2. (0) 3a;2 + 4z2 - 12 (y -’4)2 = 0.
(d) 3x2 + 4z2 = 12y2.

Ditjcutir e representar gràficamente cad a um dos cilindros

(a) x2 + y2 = 9. (e) x2 - 9j/2 - 36.


(b) 4a:2 + 9j/2 = 36. (/) z = 4 — x2.
(e) y2 = 4x. (?) X2/S -|- y2/3 „ a2/3.
(d) I6y2 + 9z2 = 144. (1.» quadrante).

35. Achar a equação de cada uma das superfícies resultantes da revolução


das seguintes curvas em tômo do eixo indicado. Designar o lugar geométrico.

(a) x2 — 2z2 = 1, em tômo do eixo dos x.


Resp.: x2 — 2y2 — 2z2 = 1. Hiperbolóide de duas fôlhas.
(b) x2 — 2z2 = 1, em tômo do eixo dos z.
Resp.: x2 + y2 — 2z2 = 1. Hiperbolóide de uma fôlha.
(c) x = 4 — y2, em tôrno do eixo dos x.
Resp.: x — 4 — y2 — z2. Parabolóide.
(d) 2x — y = 10, em tômo do eixo dos x.
Resp.: 4{x — 5)2 = y2 4- z2 . Cone.
(e) x2 4- z2 = a2, em tômo do eixo dos z.
Resp.: x2 4- y2 4- z2 = a2. Esfera.
(/) x2 4- 4z2 = 16, em tômo do eixo dos z.
Resp.: x2 4" y2 4“ 4z2 = 16. Elipsóide.
(p) 1. 2x 4- 3y = 6, em tôrno do eixo dos y.
Resp.: 4x2 — 9 (y — 2)2 4- 4z2 — 0. Cone.
SUPERFÍCIES 229

2. Quais são as coordenadas do vértice do cone?


Resp.: (0, 2, 0).

3. Qual é a curva comum ao cone e ao plano y — 0 ?


Resp.: x2 + z2 = 9. Uma circunferência de raio 3.

4. Qual é a interseção do cone com o plano y = 2 ?


Resp.: x2 + z2 — 0, uma circunferência reduzida a um ponto
(raio nulo), que é o vértice do cone.

5. Qual o traço do cone no plano x «= 0?


Resp.: 3 (?/ — 2) = ± 2z, duas linhas retas no plano yz, que
se cortam no ponto (0, 2, 0), vértice do cone.
Capítulo 16

OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS

Coordenadas polares, cilíndricas e esféricas. No espaço,


além das coordenadas cartesianas retangulares, três outros sistemas
são freqüentemente empregados: os de coordenadas polares, cilín­
dricas e esféricas.

Coordenadas polares. As coor­ 21


denadas polares do ponto P no espaço,
Fig. 165, são (p, a, /?, 7), onde p, raio
vetor, designa a distância OP e a, (3 ey
são ângulos diretores de OP. As relações
entre coordenadas polares e retangu­
lares do ponto P são
x = p cos a, y = p cos /3, e z = p cos 7. Fig. 165

p = ± y/x2 + y2 + z2,
x X a y y
P =L y/x2+ y2 + z2 P ± y/x2 + y2 + z2
z z
cos 7 = — = ------ 7==.
p ± y/x2 + y2 + z2

Pôsto que cos2 a + cos2 + cos27 = 1, as quatro coordena­


das não são independentes. Por exemplo, para a = 60° e 0 = 45°,
temos cos27= 1 — cos2a — cos2/3 =1 — 1 — I = }• Da condição
7 < 180° deduz-se: 7 = 60° ou 120°.
OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS 231

Coordenadas cilíndricas. No sistema de coordenadas cilín­


dricas, um ponto P (x, y, z), Fig. 166, é localizado pelas coordenadas
p, 0, z, devendo-se notar que p e 0 são as coordenadas polares da pro­
jeção Q do ponto P no plano xy. Para designar essas coordenadas,
escrevemos: (p, 0, z)*. As relações entre coordenadas cilíndricas e
retangulares são

x = p cos y = p sen, 0 z = z.

p= ± x2 + y2, 0 = arc tg — •
x

O ângulo 0 não sofre restrição de va­


lor, podendo p receber valores negativos,
como em coordenadas polares.

Coordenadas esféricas. Seja


P (x, y,z) um ponto qualquer do espaço
e Q, sua projeção no plano xy. Chamemos de p a distância OP,
como em coordenadas polares. Designemos o ângulo ZOP por </>.

Consideremos o ângulo 0 como positivo e capaz de variar no


0° < 0 < 180°. Designemos o ângulo
XOQ por 0. Os símbolos p, 0 e </> to­
mam o nome de coordenadas esféricas
do ponto P e representam-se por
P (p, 0, 0); p é o raio vetor, 0 é a longi­
tude e 0 é a co-latitude de P. O ân­
gulo 0 pode receber qualquer valor.

Do triângulo retângulo OPQ, de­


duzimos

GQ = p sen 0, QP — p cos 0.

Do triângulo retângulo OMQ tiramos OM = OQ cos 0,


MQ = OQ sen 0.

(♦) A coordenada a recebe o nome de cota do ponto (N. do T.).


232 GEOMETRIA ANALÍTICA

Portanto,

x = OM = p sen </> cos 0, y = MQ = p sen </> sen 0,

z =QP = p cos </>.

p = ± Vxl + y2 + z2, e = arc tg </> = arc

Nos problemas que envolvem a determinação de áreas e volumes


pelo cálculo, o trabalho muito se simplifica com o emprêgo de Coor­
denadas Cilíndricas ou Esféricas. As coordenadas cilíndricas mos­
tram-se particularmente úteis quando a superfície limite é de revo­
lução.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1. Determinar as coordenadas polares, cilíndricas e eufóricas do ponto de


coordenadas retangulares (1, — 2, 2).

Fig. 170
Coordenadas Cilíndricas Coordenadas Esféricas

Solução — Coordenadas Polares (Fig. 168)

p =- x/x2 + y2 + z2, = v/1* + (-2)’+ 22 - V» - 3.

X -arc cos = 70° 32', f} — arc cos ~ —arc cos ( —|~) —131°49',
a « arc cos — =
P
z 2
7 = arc cos — *= arc cos -7— = 48° 11'.
P 3
Resp.: (3, 70° 32', 131° 49', 48° 11').
OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS 233

Coordenadas Cilíndricas (Fig. 169).

p - Vx2 + y* - v/l2 + (-2)2 = y/~S.

9 = arc tg — = arc tg (— 2) = 296" 34', 2 = 2.


X
Resp.: (V~5, 296«34',2).

Coordenadas Esjtricas (Fig. 170).

p - Vx2 + i/2 + z2 - V l2 +( - 2)2 + (2? = 3.

í/ 2? 2
0 =* arc tg — = arc tg (- 2) = 296° 34', 0 = arc cos — = arc cos — = 48° 11'.
x pó
Resp.: (3, 296° 34', 48° 11').

2. Determinar as coordenadas cartesianas ortogonais do ponto, cujas coor­


denadas cilíndricas são (6, 120°, — 2).

Solução, x = p cos d = 6 cos 120° = — 3, y = p sen & = 6 sen 120° —


= 3 Vã z - - 2.

Resp.: (- 3, 3 Vã “ 2).

3. Determinar as coordenadas retangulares do ponto de coordenadas esfé­


ricas (4, — 45°, 30°).

Solução.

x — p sen 0 cos 6 = 4 sen 30° cos (—45°) = V 2,

y — p sen 0 sen 6 = 4 sen 30° sen (— 45°) = — a/ 2,

z = p cos 0 = 4 cos 30° = 2 a/ 3.

Resp.: (a/2^ - V~2, 2 y/ 3~

4. Determinar as coordenadas retangulares do ponto, cujas coordenadas


polares são (3, 120°, 120°. 135°).

Solução.

x = p cos a = 3 cos 120° = — 3/2,


y = p cos = 3 cos 120° = — 3/2,
z — p cos 7 — 3 cos 135°= —3a/ 2/2.

Resp.:
234 GEOMETRIA ANALÍTICA

5. Determinar as coordenadas cartesianas polares e esféricas de um ponto,


cujas coordenadas cilíndricas são (6, 120°, 4).

Solução.
Retangulares.

z = p cos 0 = 6 cos 120° =» — 3.

y — p sen 0 — 6 sen 120° = 3 V 3, z — 4,

Resp.*. (—3, 3 V 3, 4).

Polares.

p - Vx2 + 1/2 + ? - V (- 3)» + (3a/3)2 + 42 - 2 \Z13?

x -3
a — arc cos — — arc cos -—y=- — 114° 35'.
p 2 vl3

M 3 ‘x/_3*
3 = arc cos — « arc cos —« 46° T.
P 2 \/13

z 4
y — arc cos — — arc cos "—■» 56° 19'.
' p 2 V13

Resp.*. (2 VÍ3? 114° 35', 46° 7Z, 56° 19').

Esféricas.

p - v^ + ll2 +22 - V(-3)2 + (3v'3)2 + 42 - 2 vü;

6 = arc tg — = arc tg P = 120°,


x —3

z 4
ó « arc cos — = arc cos-----= 56° 19'.
p 2 V13
Resp.*. (2 V KÍ, 120°, 56° 19').

6. Passar a equação x2 + y2 4- 2z2 — 2x — 3y — z 4- 2 —0 para coorde­


nadas cilíndricas.

Solução. Empreguemos as fórmulas x — p cos 0, y — p sen 0, z — z.

Substituindo, na equação dada, xt y e z pelos valores acima, vem


p2 cos2 0 4- p2 sen2 0 4- 2 z2 — 2 p cos 0 — 3 p sen 0 — z 4- 2 — 0.
OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS 235

Simplificando, resulta
p2 - p (2 cos 0 + 3 sen 0) 4- 2z2 - z 4- 2 = 0.

7. Passar a equação 2x2 4- 3?/2 — 6z = 0 para coordenadas esféricas..

Solução. Empreguemos as fórmulas x — p sen 0 cos 0, y — p sen 0 sen 0,


z = p cos

Substituindo, temos
2 p2, sen2 0 cos2 0 + 3 p2 sen2 $ sen2 0 — 6 p cos 0 = 0.
ou
2 p sen2 0 cos2 0 4- 3 p sen2 (f> sen2 0 — 6 cos 0=0.

8. Exprimir a equação p + 6 sen 0 cos 0 4- 4 sen 0 sen 0 — 8 cos 0=0.

em coordenadas retangulares.

Solução. A equação dada está expressa em coordenadas esféricas.

Multipliquemo-la por p. Empregando os valores de x, y, z, dados no pro­


blema 7, obtemos
p2 4- 6 p sen 0 cos 0 4- 4 p sen 0 sen 0 — 8 p cos 0 = 0,
ou
x2 4- y2 4- z2 4- 6x + 4j/ - 8z = 0.

Esta é a equação de uma esfera com centro em (— 3, — 2, 4) e raio r = \/29.

9. Reduzir a equação z = p2 cos 2 0, expressa em coordenadas cilíndricas,


a coordenadas cartesianas ortogonais.

Solução. Façamos cos 2 0 = cos2 0 — sen2 0. Teremos então

z = p2 (cos2 0 — sen2 0) = p2 cos2 0 — p2 sen2 0.

Como p cos 0 = x e p sen 0 = y, a equação pedida é z = x1 — y1.

10. Transformar x2 4- y2 — z2 - 25 em uma equação do sistema polar.


Solução. Em coordenadas polares, temos
x = p cos a, y = p cos 0, z = p cos y.

Portanto, a equação se transforma em p2 cos2 a 4- p2 cos2 /? — p2 cos2 y =


= 25 ou p2 cos2 a 4- cos2 0 - cos2 y = 25.

Como coe2a + coe2 0 4- cos2 7 - 1, a equação pedida é p2 (1 - 2 cos2 7) =


236 GEOMETRIA ANALÍTICA

11. Passar a equação cos y = p cosa cos (3, expressa em coordenadas po­
lares, para o sistema cartesiano ortogonal.

Solução. Multipliquemos ambos os membros da equação dada por p.

Teremos p cos 7 = p2 cos a cos fi. Como p cos 7 = z, p cos 7 =» x e


p cos yf a equação pedida é z = xy.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Determinar as coordenadas polares dos seguintes pontos:

(a) (0, 1, 1); (ò) (0, -2,-2); (c) (1, - 2, 2); (d) (6, 3, 2);
(e) (8, - 4, 1).
Resp.:
(a) (-^'2, 90°, 45», 45»); (b) (2 90», 135», 135»);
(c) (3, arc cos 1/3, arc cos (— 2/3), arc cos 2/3);
(d) (7, arc cos 6/7, arc cos 3/7, arc cos 2/7);
(e) (9, arc cos 8/9, arc cos (— 4/9), arc cos 1/9).

2. Determinar as coordenadas cilíndricas dos pontos do problema 1.


Resp.:

(«) (1, 90», 1); (b) (2, 270», -2); (c) 2r-arctg y, 2);

(d) (3 s/ 5, arc tg y , 2); (e) (4 V 5, 2 r — arc tg 2, 1).

3. Determinar as coordenadas esféricas dos pontos do problema 1.


Resp.:

(a) (V90», 45«); (b) (2-/2, 270», 135»);


(c) (3, 2tt — arc tg 2, arc cos 2/3); (d) (7, arc tg 1/2, arc cos 2/7);

(e) (9, 2t — arc tg , arc cos 1/9).


&

4. Determinar as coordenadas retangulares dos pontos, cujas coordenadas


polares são:

(a) (2, 90°, 30°, 60°); (6) (3, 60°, - 45°, 120°);
(c) (4, 120°, 120°, 135°); (d) (3, 150°, 60°, 90°);
<e) (2, 45°, 120°, - 60°).
Resp.-. (a) (0, V~3, 1); (b) (3/2, 3 V2/2, - 3/2);

(c) (-2, — 2, -2 V2)-;


(d) i- 3 <3/2, 3/2, 0); (e) (VT - 1, 1).
OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS 237

5. Determinar aa coordenadas ortogonais dos pontos, cujas coordenadas


cilíndricas sío:

(a) (6, 120», - 2); (b) (1, 330», - 2); (c) (4, 45», 2);
(d) (8, 120», 3); (e) (6, 30°, - 3).

Resp.: (a) (- 3, 3V~3, - 2); (&) (a/3/2, - 1/2, - 2);

(c) (2 V~2, 2 V2, 2); (d) (-4, 4 Vl 3);

(e) (3 Vi; 3, - 3).

6. Determinar as coordenadas retangulares dos pontos, cujas coordenadas^


esféricas são

(a) (4, 210o, 30°); (6) (3, 120°, 240°); (c) (6, 330», 60°);
(d) (5, 150o, 210o); (e) (2, 180®, 270o).

Re»p.-. (a) (- V3Í - 1, 2 <3); (6) ~ -{-> - -y);

z.x / 9 3VT A ZõVT 5 5V3A.


(c) (V " ~2~’ 3)’ W ’ - V------ 2“)’

(f) (2, 0, 0).

7. Determinar as coordenadas esféricas dos pontos, cujas coordenadas cilín­


dricas sfio:

(a) (8, 120o, 6); (6) (4, 30o, _ 3); (c) (6> 1350, 2);
(d) (3, 150o, 4); (e) (12, - 90o, 5).
Resp.: (a) 10,120°, arc cos -|- ); (b) [5, 30°, arc cos —1”)^

(c) 135°, (<0(5. .180», arc cos

(e) 13, — 90», aro cos .

8. Transformar as seguintes equações nas correspondentes do sistema esfé­


rico.

(a) 3z* - 3y2 - 8s; (6) ®2 - y* - ? - a2; (c) 3x + by - 2s - 6.


Resp.: (a) 3p sen2 <j> cos 2 0 -> 8 cos 0;
(6) p2 (sen2 0 cos 2 0 — cos2 0) »■ a2;
(c) p (3 sen 0 cos 0 + 5 sen 0 sen 0—2 cos 0) — 6
238 GEOMETRIA ANALÍTICA

9. Transformar as coordenadas retangulares das equações dadas em coor­


denadas cilíndricas:

(a) 5x + 4y = 0; (b) 5x2 — 4y2 4- 2x 4- 3y = 0;


(c) x2 + y2 — 8z = 0; (d) x2 - y2 + 2y - 6 = 0;
(e) x2 4- y2 ~ z2 = a2.
Resp.: (a) 0 = arc tg (— 5/4); (b) 5p cos2 0 — 4 p sen2 6 4-
4- 2 cos 0 4-3 sen 0 = 0; (c) p — 8 cos 0 = 0;
(d) p2 cos 2 0 + 2 p sen 0 — 6=0; (e) p2 — z2 = a2.

10. As superfícies dadas por suas equações estão expressas em coordenadas


cilíndricas. Referí-las ao sistema cartesiano ortogonal e identificá-las.

(a) p2 + 3z2 - 36; (6) p — a sen 0; (c) p2 4- z2 = 16;


(á) 6 - 45»; («) p2 - t2 <- 1.
Reip.: (a) x2 + y2 + 3z2 — 36. Elipsóide de revolução.
(b) x2 + j/2 = ay. Cilindro circular reto.
(c) x2 + y2 + z2 = 16. Esfera.
(d) y - x. Plano.
(e) x2 + t/2 - z2 - 1. Hiperbolóide de uma fôlha.

11. Referir ao sistema polar os lugares das seguintes equações cartesianas

(a) x2 4- y2 + 4z = 0; (b) x2 4- y2 — z2 - a2;


(c) 2x2 4- 3y2 4- 2z2 — 6x 4- 2y = 0; (d) z = 2xy.
Resp.*. (a) p (cos2 a 4- cos2 f3)+4 cos y = 0 ou p (1 — cos2 y) 4-
4- 4 cos y =0;
(b) p2 (1 — 2 cos2 y) = a2; (c) p (2 4-cos2 0) — 6 cos a 4-
4- 2 cos P = 0;
(d) cos y = 2p cos çt cos

12. Transformar as seguintes equações, dadas em coordenadas esféricas,


em equações de coordenadas retangulares:

(a) p = 5a cos (b) 0 = 60°; (c) p sen <f> — a; (d) p = 4.


Resp.: (a) x2 4- y2 4- «2 - 5az; (b) y — y/ 3x;

(c) x2 4-y2 - a2; (d) x2 4- y2' 4- z2 - 16.


OUTROS SISTEMAS DE COORDENADAS 239

13. Transformar as seguintes equações polares em equações cartesianas


retangulares:

(a) p (cos a 4- cos fi 4- cos y) - 5; (b) p2 (2 cos2 a — 1) = 25;


(c) cos y — p (cos2 a — cos2 f3); (d) p2—p2 cos2 y — 4p cos y — 2 - 0.
Resp.: (a) x + y 4- z - 5; (b) x2 — y2 — z2 = 25;
(c) z - x2 - y2; (d) x2 4- y2 - 4z - 2 = 0.

14. Instituir uma fórmula para o cálculo da distância entre dois pontos
Pi (Pb #b 01), P2 (pi, 02, 02) no sistema de coordenadas esféricas.

Sugestão: Utilizar a fórmula da distância entre dois pontos expressa em


coordenadas retangulares e transformá-la para coordenadas esféricas.

Resp,: y/pi2 + p# — 2pips [cos (02~ 0i) sen fa sen ^4-cos fa cos 02] “ d.
ÍNDICE ALFABÉTICO

Abscissa,........................................... 11 Coordenadas (cont.)


Adição de ordenadas, ............. 150, 153 relação entre ortogonais e po­
Ângulo lares ....................................... 118
de dois planos,......................... 185 retangulares,..................... 11, 166
de duas retas,.............. 13, 21 168 sistemas de, ............... 11, 117, 230
polar,......................................... 117 transformação de,........ 106, 230
vetorial, ................................... 117 Corda focal mínima,
Ângulos diretores,........................... 167
Ârea, triângulos e polígonos, 14, 22 da elipse, ................................. 84
da hipérbole, ........................... 97
Assíntotas da parábola, ........................... 77
da hipérbole, ........................... 97 Co-senóide, ....................................... 151
vertical e horizontal de uma Co-senos diretores, ......................... 167
curva, ................................... 31 Cúbica de Agnesi,........................... 162
Barieentro (V. centro de gravida­ Curva
de.) da probabilidade, ................... 155
Bissetriz, ......................................... 52 da tangente (V. tangentóide).
Bissetor, ............ 188 do 2’ grau,............................ 77
do seno (V. senóidc).
Cardióide, .................. 125
do co-seno (V. co-senóide).
Catenária, ................. 163
exponencial, ............................. 154
Centro de gravidade de triângulos, 19 logarítmica, ............................. 155
Ciclóide, ........ ........................ .... 161
Cilindro, .................. •................ 213 Curvas
Circunferência, ......................... 61 algébricas, ............................... 148
equação polar da,........... 119 planas de grau superior ao 2*, 148
Cissóide de Diocles, ....................... 160 planas superiores, ................ 148
transcendentes, ......................... 148
Coeficiente angular (V. ãeclivida- trigonométricas, ................ • • 151
de).
Co-latitude, ........ 231 Declividade
Condição de uma curva,......................... 133
de paralelismo, .......... 46 de uma reià, .................. 13, 20
de perpendicularismo, ........... 46 Diâmetro de uma cônica,............ 142
Cone, ....................................... 213, 221 Diretrizes das cônicas, ... 76, 84, 96
Cônicas (V. seções cônicas). Distância
de uma reta a um ponto, 44, 50
Conicóide, ....................................... 210 de um plano a um ponto, .... 185
Coordenadas entre dois pontos, 12, 15, 118, 168
à origem,..................... 28, 42, 185 Divisão de um segmento numa ra­
cartesianas, ....................... 11, 166 zão dada,......................... 12, 17
cilíndricas, ................... 231 ponto de, .......... 12
esféricas, ................................. 231
ortogonais, ....................... 11, 166 Eixo
polares, ............................ 117, 230 conjugado da hipérbole, .... 96
242 GEOMETRIA ANALÍTICA

Eixo (cont.) Focos,


imaginário (V. eixo conju­ da elipse, ................................. 83
gado). da hipérbole, ........................... 95
maior, menor da elipse, .... 84 da parábola, ........................... 76
não-transverso da hipérbole de uma cônica,....................... 76
(V. eixo conjugado). Forma geral da equação do 2*
polar,......................................... 117 grau, ..................................... 109
radical, ..................................... 67 Forma
real da hipérbole (V. eixo dos dois pontos, .................... 42
conjugado).
geral da equação da reta, .. 42
transverso da hipérbole, .... 96 geral da equação do 2’ grau, 109
Eixos coordenados,..................... 11, 166 normal da equação de um
rotação de, ............................. 107 plano, ................................... 185
translação de, »......................... 106 normal da equação de uma
Elipse,............................................... 83 reta,........................................... 43
centro da, ............................... 84 segmentária da equação
corda focal mínima,.............. 84 da reta, ........................... 42
definição, .. •.......................... 83 do plano, .......................... 185
diretrizes, ................................ 84 Função
eixos, ......................................... 84
equação, forma geral, .......... 85 exponencial, .............................. 154
equação, forma típica,.......... 84 logarítmica, .................. 155, 156
excentricidade,........................ 84 trigonométrica,.............. 151, 153
focos, ...................................... 83 Gráfico de uma equação, ............ 28
latus rectum (V. corda focal Hipérbole, ....................................... 95
mínima). centro,....................................... 97
vértices,.................................... 84 corda focal mínima, .......... 97
Elipsóide, ..................................... . 211 definição, ................................. 95
diretrizes, ................................. 96
Equação eixo conjugado, imaginário ou
de um lugar geométrico, .... 35 não-transverso, .................. 96
de uma cônica, ....................... 76 eixo transverso,....................... 96
de uma reta, forma geral, .. 42 equação, forma geral, .......... 96
do 2’ grau, forma geral, .. 109 equação, forma típica,.......... 96
normal de uma reta, .......... 43 equações das assíntotas, .... 97
normal de um plano,............ 185 eqüilátera ou retangular, .... 157
polar de uma circunferência, 119 excentricidade,........................ 96
polar de uma cônica, .. 121, 129 focos,......................................... 95
polar de uma reta, .............. 120 latus rectum (V. corda focal
Equações mínima).
paramétricas,........ 156, 157, 160 vértices, ............ •.................... 96
simultâneas, ..................... 33, 34 Hipérboles conjugadas, ................ 102
transformação de, .. 106-107, 230 Hiperbolóide
Esfera,.............................................. 211 de duas fôlhas,...................... 212
Espiral de Arquimedes,................ 126 de uma fôlha, ........................ 212
Estrofóide, ....................................... 162 Hipociclóide, .................................. 161
Excentricidade
da elipse, ................................. 84 Incentro,........................................... 52
Inclinação,................................... 13, 20
da hipérbole, ........................... 96
de uma cônica, ...................... 76 Latus rectwn (V. corda focal mí-
Exponencial, função, ..................... 154 nvma).
Extensão de um lugar geométrico, 28 Lemniscata, .....................>............ 125
Famílias Linha reta, (V. reta).
de planos, ..................................184 Logarítmica, curva,................. 155, 156
de retas, ................................... 54 Longitude, ....................................... 231
ÍNDICE ALFABÉTICO 243

Lugar geométrico de uma equa­ Quádricas, ........ •............................ 210


ção, ..................................... 28, 29 centradas, ................................. 211
Medianas de um triângulo,.......... 19 Quadrantes, ..................................... 11
Mediatriz,......................................... 47 Baios vetores, ........ •...................... 91
Normal a uma curva, Bedução à forma normal, .... 43, 49
comprimento, ......................... 141 Bepresentação gráfica de uma
definição, ................................. 133 função, ..................................... 28
equação, ................................... 134 Beta, ................................................. 42
Ordenada,......................................... 11 coeficiente angular ou decli-
Ordenadas, adição de,.......... lõO, 153 vidade,..................... 13, 20, 42
Origem, ..................................... 11, 167 equação, dadas as coordena­
Octantes, ......................................... 166 das à. origem, ................... 43
equação, forma geral, .......... 42
Parábola, ......................................... 76 equação, forma normal,.. 43, 49
corda focalmínima, ............... 77 equação, forma reduzida, ... 42
definição, ................................. 76 equação, forma segmentária,. 43
diretriz, ................................... 76 inclinação, ................. 13, 20, 42
equação, forma típica,.......... 77 no espaço, .... 166-169, 197, 198
foco, ......................................... 76 paralela a um plano, ........... 198
latus rectum (V. corda focal perpendicular a um plano,
mínima), 184, 198
que passa por dois pontos,
semicúbica,............................... 158
vértice, ..................................... 77
Betas,
Parabolóide famílias ou sistemas de, .... 54
elítico,....................................... 2112 paralelas,....................... 13, 46, 47
hiperbólico, ............................. 213 perpendiculares........ 13, 46, 47
Paralelismo, condição de,............ 46 que passam por um ponto,
Paramétricas, equações, 156, 157, 160 equação, ............................... 42
Parâmetro, ....................................... 156 Botação de eixos,..................... 107, 127
Parâmetros diretores,..................... 167
Perpendicularismo, condição de, . 46 Bosácea
Plano, ............................................... 184 de quatro fôlhas, ................... 124
bissetor, ................................... 188 de três fôlhas, .................. 125
equação, forma normal, .... 185 Secantóide,....................................... 153
equação, forma segmentária, 185
Seção cônica,
Planos definição, ................................. 76
paralelos e perpendiculares,.. 184 determinação da natureza, 76, 121
particulares,............................. 185 equação polar,......................... 121
projetantes, ............................. 198 Seções cônicas,................................ 76
que passam por uma reta, .. 198
Senóide, .................................... 151
Pólo, ................................................. 117
Ponto Simetria,
de divisão,...................12, 17, 168 coordenadas polares, .................. 117
de trisseção,............................. 18 coordenadas retangulares, ... 28
que divide um segmento numa Sistema
razão dada, ......................... 17 cartesiano, ............................... 11
médio, coordenadas, .............. 12 polar, ....................................... 117
Pontos reais, ................................... 32 Sistemas de coordenadas, 11, 117, 230
Posições relativas de reta e plano, 198 relação entre coordenadas or-
Potência de um ponto em relação togonais e polares,............ 118
a uma circunferência, .... 67
Problemas fundamentais da geo­ Subnormal,
metria analítica, ............... 28 definição, ................................. 137
Projétil, ...................... 159 comprimento, ........................... 141
244 GEOMETRIA ANALÍTICA

Subtangente, ................................... 137 Traços de um plano,....................... 187


comprimento, ........................... 141 Transformação de coordenadas,
Superfície cilíndrica, .................... 214 106, 230
de revolução,.......... 211-214, 222 Transcendentes, curvas, .............. 148
Translação de eixos,....................... 106
Superfícies quádricas (V. quádri-
cas'). Triângulo,
Tangente centro de gravidade, ............ 19
a uma curva,............................ 133 Vértice da parábola,...................... 77
comprimento da,...................... 141 Vértices
tirada por um ponto exterior, 66 da elipse, ................................... 84
Tangentóide...................................... 152 da hipérbole, .......................... 96

Você também pode gostar