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IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA E SUA UTILIZAÇÃO PARA

A GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS

RESUMO

A alta competitividade do mercado exige das organizações empresariais maior


eficiência no controle dos seus recursos, para tanto elas necessitam cada vez mais de um
elevado entendimento da sua saúde financeira. Para sua permanência no mundo dos
negócios, é necessária uma visão objetiva e detalhada dos seus recursos financeiros. Em
virtude dessas necessidades, buscou-se com essa pesquisa manifestar a importância do
planejamento financeiro, como instrumento capaz de determinar com antecedência as
decisões a serem tomadas e estimar os recursos a serem utilizados, para que as metas
estabelecidas na organização sejam alcançadas satisfatoriamente, através do fluxo de caixa
projetado. O objetivo principal deste trabalho é evidenciar a importância do Fluxo de Caixa
como ferramenta do planejamento financeiro, para facilitar uma visão antecipada dos
excessos ou escassez de caixa, grau de endividamento, demonstrando a importância do
planejamento financeiro como instrumento indispensável, financeiramente falando, para o
controle de qualquer organização empresarial.

INTRODUÇÃO

Com a nova conjuntura econômica mundial, exige-se muito do administrador


financeiro, já que ele deve estar preparado para os novos desafios. Hoje é necessário ter
uma gerência competente e segura dos recursos financeiros disponíveis na organização.
Porém isso só será possível, se for realizado com a participação e integração de todos os
responsáveis envolvidos na administração.
O objetivo deste estudo não é apresentar algo novo, mas sim, evidenciar a
existência de ferramentas eficientes na gestão dos recursos financeiros nas empresas.
Exemplificando, temos o planejamento, o controle financeiro e o fluxo de caixa, que
quando implantados numa organização com seriedade contribuem para o acompanhamento
das diretrizes e alcance das metas estabelecidas.
Na elaboração do planejamento financeiro atrelado ao fluxo de caixa de uma
organização empresarial devem-se utilizar técnicas gerenciais para a projeção das entradas
e saídas dos recursos financeiros, de forma que não existam desperdícios para os caixas da
empresa.
Em resumo, fluxo de caixa é a ferramenta que permite ao gestor financeiro planejar,
coordenar, organizar e controlar os recursos financeiros da organização empresarial para
um determinado período.

METODOLOGIA

Justifica-se a realização da pesquisa com base no pressuposto de que o fluxo de


caixa se faz uma ferramenta essencial para que a organização tenha segurança e agilidade
em suas atividades financeiras. Portanto, o fluxo de caixa deverá refletir uma fiel fotografia
da situação da organização, em termos financeiros.
A metodologia da pesquisa teve como base pesquisas bibliográficas e exploratórias
em teorias de autores que tratam sobre planejamento e controle financeiro, e fluxo de caixa
como base de apoio decisório dos gestores.
A realização deste tema como pesquisa originou-se na identificação da falta de
importância dada, por uma parcela considerável dos empreendedores nacionais, no
processo de planejamento e controle financeiro, fator determinante ao surgimento de
grandes dificuldades na saúde financeira do negócio.

O objetivo central desta investigação se concentra em poder analisar as operações


realizadas pela empresa que afetam o sistema financeiro, gerenciando a distribuição dos
recursos gerados pela instituição.
• Postulando-se os seguintes objetivos específicos:
• Apresentar o contexto da Administração Financeira;
• Revisar a literatura que conceitua o fluxo de caixa;
• Identificar os objetivos do fluxo de caixa nas empresas;
Deste modo, segundo o critério de classificação de pesquisa, quanto aos fins e
quanto aos meios, proposto por Vergara (2000), este estudo é definido quanto aos fins
como uma pesquisa exploratória e explicativa, que visa analisar o processo do fluxo de
caixa nas empresas.
A pesquisa exploratória é a forma mais ajustada quando se busca obter informações
sobre o objeto de pesquisa. Para Mattar (1993), a pesquisa exploratória é aquela que
sustenta o pesquisador com uma gama maior de conhecimento a respeito do tema ou
problema.

1. A GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA

1.1. PRINCIPAIS CONCEITOS

Assaf Neto e Silva (1997, p.35) descrevem o Fluxo de Caixa em:

[...] um instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de


recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de
tempo. A partir da elaboração do fluxo de caixa é possível prognosticar
eventuais excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras
a serem tomadas.

Allemão (2009, p.2) resume o Fluxo de Caixa em uma “[...] movimentação entre a
origem de todo o dinheiro que entra na empresa, ou seja, no caixa; e a aplicação de todo o
dinheiro que sai em um período de tempo”.
Em uma percepção também sintetizada esta Tófoli (2008), que relata o Fluxo de
Caixa como uma planilha pelo qual o gestor exerce o planejamento dos recursos
monetários da empresa, através das entradas e saídas de dinheiro do caixa.
Dolabela (1999, p.237) visualiza o Fluxo de Caixa como “a ferramenta adequada
para um bom controle financeiro de curto prazo [...], ou seja, um acompanhamento das
entradas e saídas de recursos financeiros no caixa da empresa”.
Zdanowicz (1998, p.35) conceitua o Fluxo de Caixa como “[...] é o instrumento de
programação financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em
certo período de tempo projetado”. Para o autor o mesmo é uma representação ativa da
situação financeira da empresa, visto que, considera todas as fontes de recursos e todas as
aplicações.
Buscando uma apresentação visual de seu conceito o Zdanowicz (1998)
esquematiza o sistema de Fluxo de Caixa da seguinte forma (Figura 1):
Figura 1 – Sistema de Fluxo de Caixa

Investimentos
(ativo permanente ou
Vendas à vista mercado financeiro)
Cobrança de vendas a
prazo Amortizações
CAIXA (empréstimos ou
Capital próprio
Capital de terceiros financiamentos)

Operacional
(custos ou despesas)

Fonte: Zdanowicz (1998)

Para Oliveira et.al. (2007) dissertar sobre o Fluxo de Caixa remete a pensar em um
instrumento que permite a empresa interpretar sobre a parte financeira de seu negócio.
Neste cenário se definem os valores dos investimentos, a parte operacional e as
disponibilidades. É ainda através do Fluxo de Caixa que a empresa pode tomar decisões de
sobre como empreender no mercado. Destacando-se também que esta ferramenta
proporciona a projeção dos resultados de modo que se podem evitar perdas futuras de
capital.
Rosa e Silva (2002) apontam o Fluxo de Caixa como uma ferramenta de aferição e
interpretação das variações dos recursos financeiros disponíveis na empresa. Reafirmam os
autores que esta interpretação é do produto final das “Contas a Receber” com as “Contas a
Pagar”, de tal modo que possa permitir uma comparação e projetar as medidas financeiras
da empresa.
Em uma visão de responsável pelo dimensionamento das necessidades futuras de
recursos é que Assaf (2003, p.1) expõe seu conceito de Fluxo de Caixa, onde é através dele
que a empresa poderá saber qual é sua capacidade de pagamento dos compromissos
assumidos, bem como da disponibilidade para investimentos.
Dentro deste marco de análise, observa-se a relevância deste instrumento no cenário
empresarial. Sem dúvida alguma é indispensável para o conhecimento dos rumos
financeiros dos negócios. Destaca Santos (2001, p.57) que o Fluxo de Caixa é “[...] capaz
de traduzir em valores e datas os diversos dados [...]”. Ou seja, demonstra a realidade
financeira da empresa.
Neste sentido, Salotti e Yamamoto (2004, p.7) abordam sobre a DFC
(Demonstração dos Fluxos de Caixa) “é uma valiosa ferramenta para analisar os efeitos das
atividades operacionais, de investimento e de financiamento no fluxo de caixa de um
determinado período”.
Para Matarazzo (1998) essa demonstração somente é possível se existe um
movimento, neste caso, de caixa. Tal averbação coloca em destaque o próprio sentido da
palavra “Fluxo” que é de direcionar, caminhar, e para tanto, é imperativo um movimento
em relação a algo que aqui se pode dizer um direcionamento que movimenta os recursos
disponíveis de uma empresa.
Em uma visão bem concisa, Beuren et.al. (2003, p.132) relatam que

A demonstração do fluxo de caixa reúne em um só relatório as entradas e saídas


de recursos para um dado período de tempo, refletindo a situação financeira da
empresa. Através do fluxo de caixa é possível verificar as movimentações de
numerários, isto é, se geram excessos ou insuficiências, objetivando o
pagamento das obrigações da empresa, averiguar as necessidades de capital de
giro ou aplica o excedente.

Aclara Dalbello (1999, p.37) que no cenário empresarial a Demonstração de Fluxo


de Caixa, é mais imperativa que em relação às outras demonstrações financeiras
convencionais, porque não se limita a informação fragmentária sobre os fluxos monetários
da empresa (recebimento e pagamento de caixa). Como exemplo, “[...] os balanços
comparativos mostram o aumento em propriedades e equipamentos durante o ano, mas eles
não mostram como as adições foram financiadas ou foram pagas”.
Deste modo, ao adentrar-se aos objetivos, características e elaboração do Fluxo de
Caixa, seria o que cita Sá (2004, p.12) “[...] procurar compreender o processo de formação
de liquidez na empresa. É identificar que atividades estão gerando um fluxo de caixa
positivo ou negativo e que atividades estão eventualmente impedindo o caixa gerado de
tornar-se disponível”.
Ressalta-se que a Demonstração do Fluxo de Caixa ainda não é um documento
empresarial exigido pela legislação brasileira, no então, insurge na administração
financeira como um expressivo instrumento de gestão.

Fluxo Fluxo Fluxo Fluxo


operacional Mensuração econômico financeiro patrimonial
(físico)

Recursos Custos/ Desembolsos Recebimentos


Estoques
Contas a
receber
Produção Receitas
Recebimentos
Estoques
Produtos e Resultado
serviços operacional
Saldo de caixa Ativos fixos

Resultado Contas a pagar


financeiro
Patrimônio
líquido final
Resultado
final

Figura 2 - Fluxo operacional, econômico, financeiro e patrimonial das atividades.


Fonte: Padoveze e Beneditcto (2004)

1.2. OBJETIVOS DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Conforme Íudicibus, Martins e Gelbecke (2006) o objetivo principal do Fluxo de


Caixa é de gerar informações sobre os pagamentos e recebimentos monetários de uma
empresa em um dado período de tempo.
Allemão (2009) ilustra que o objetivo do Fluxo de Caixa é demonstrar o
movimento financeiro em um período em termos de saída e entrada de dinheiro, bem como
o resultado desta movimentação. Este instrumento visa ainda prover ao gestor a
possibilidade de elaborar um melhor planejamento financeiro, de modo que possa manter o
necessário para honrar com os compromissos e ainda decidir por novos investimentos.
Ilustra Queji (2002, p.34) que o escopo principal Fluxo de Caixa:

[...] reside no saldo resultante entre as entradas e saídas operacionais de caixa.


Ocorridas às movimentações entre as contas, a apuração é realizada através de
vários ajustes entre os valores que entraram e saíram no período, excluindo os
valores que não representam efetivamente entrada ou saída de caixa.

Ross, Westerfield e Jaffe (1995) abordam que a intenção do Fluxo de Caixa é a


administração de caixa, de modo que o investimento financeiro não prejudique a eficiência
e eficácia das atividades empresariais.
Lustosa (apud DALBELLO, 1999) considera que o objetivo do Fluxo de Caixa é de
apresentar as atividades operacionais através da demonstração dos movimentos de caixa,
visando assim, permitir aos usuários obter a capacidade para avaliar a situação financeira
da empresa.
Aborda Gitman (2001) que a Demonstração de Fluxo de Caixa em realidade tem
com desígnio resumir as origens e as aplicações de caixa em certo período de tempo.
Seguindo em sua análise o autor constrói o Quadro 1 de modo a permitir um melhor
entendimento sobre este assunto.

Origem Aplicação
Diminuição em qualquer ativo Aumento em qualquer ativo
Aumento em qualquer passivo Diminuição em qualquer passivo
Lucro líquido após o imposto de Prejuízo líquido
renda
Depreciação e outros encargos Dividendos pagos
não- financeiros
Venda de ações Recompra ou resgate de ações
Quadro 1 – as origens e aplicações de caixa.
Fonte: Gitman (2001).

Para Zambon (2001) o objetivo primaz do Fluxo de Caixa é de oferecer meios para
a análise dos excedentes de caixa, ainda para projetar movimento futuros, verificar a
capacidade da empresa em quitar seus objetivos (pagamento de fornecedores, dividendos e
outros).
Corrobora Zdanowicz (1998), que o Fluxo de Caixa tem por objetivo basilar reunir
todas as necessidades da empresa, para que possa cumprir com todas as obrigações nos
prazos certos, buscando com isso, alcançar resultados positivos de acordo com saídas de
dinheiro necessárias para o bom funcionamento organizacional.
Ainda como objetivos específicos do Fluxo de Caixa, Zdanowicz (1998), aborda:
• Proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessários para a
execução do planejamento das operações e das transações econômico-
financeiras da empresa;
• Empregar eficazmente os recursos financeiros disponíveis, evitando a
ociosidade;
• Antecipar a aplicação em um tempo seguro;
• Planejar e controlar os recursos financeiros, em relação às entradas e saídas
de caixa, através das projeções de vendas, produção e despesas
operacionais;
• Saldar as obrigações nas datas de vencimento;
• Buscar o equilíbrio entre ingressos e desembolsos;
• Analisar as fontes de crédito que oferecem empréstimos menos onerosos;
• Evitar desembolsos de grandes quantias em época de baixo encaixe;
• Desenvolver o controle dos saldos de caixa e dos créditos a receber;
• Permitir a coordenação entre os recursos financeiros que serão alocados em
ativo circulante vendas, investimentos e débitos.

Matarazzo (1998) descreve que os principais objetivos da demonstração do Fluxo


de Caixa são:
• Avaliar alternativas de investimento;
• Analisar e controlar ao longo do tempo as decisões relevantes que são
tomadas na empresa, e seus reflexos financeiros;
• Verificar as situações presentes e futuras, posicionando a empresa
estrategicamente para que não chegue a situações de liquidez;
• Garantir que os excessos monetários momentâneos de caixa sejam aplicados
corretamente.
Padoveze e Benedicto (2004) esclarecem que a análise financeira encontra em sua
essência própria a necessidade de mecanismos que lhe permitam a geração, classificação e
acumulação das informações.
É desta maneira, que insurge o propósito do Fluxo de Caixa, em modelos de análise
sobre as demonstrações financeiras.

1.3. ELABORAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

Segundo Zambon (2001) existem vários tipos de fluxos de caixas para várias
finalidades, dentro de uma empresa, que compõem o chamado Fluxo de Caixa Gerencial.
Neste caso se apresenta segundo a literatura acadêmica três componentes da
Demonstração de Fluxo de Caixa: o fluxo operacional; fluxo de investimento; fluxo
financeiro.
Silva, Santos e Ogawa (1993) começam dissertando sobre este tema por meio de
uma classificação do Fluxo de Caixa que se pode conceber segundo o Quadro 2 a seguir.

Atividades de Investimento
(-) aquisição de imobilizado, inclusive juros e despesas capitalizadas
(-) aquisição de novos negócios e empresas
(-) aquisição de debêntures e investimentos financeiros a longo prazo, exclusive aplicações de caixa.
(-) aquisição de ações de outras empresas, incluindo os investimentos regulados pela equivalência
patrimonial.
(-) empréstimos feitos a outras entidades
(-) compra por transferência de debêntures de outras entidades
(+) venda de imobilizado
(+) venda de negócios
(+) cobrança do principal relativo a empréstimo feito a outras entidades
(+) venda, por transferência, de debêntures de outras entidades
(+) venda de debêntures ou ações de outras entidades, exclusive aplicações de caixa

Atividades de Financiamento
(-) remuneração aos proprietários (dividendos e outros)
(-) pagamento de valores tomados por empréstimos, inclusive Ieasing, resgate de debêntures e
empréstimos de curto e longo prazo
(-) requisição de ações próprias e outros títulos relacionados com o patrimônio líquido
(+) emissão de ações
(+) subscrição de debêntures, hipotecas e empréstimos de curto e longo prazo

Atividades Operacionais
(-) aquisição de materiais para produção ou revenda
(-) salários e encargos sociais dos empregados
(-) juros sobre empréstimos
(-) impostos, multas e outras despesas legais
(-) materiais e serviços gerais
(+1-) outras transações não definidas nos outros grupos, inclusive pagamentos de causas judiciais,
donativos e devolução de pagamentos a clientes
(+) venda de mercadorias e serviços
(+) rendas de empréstimos feitos a terceiros (ouros) e sobre investimentos em ações (dividendos)
(-) aquisição de materiais para produção ou revenda
Quadro 2- Classificação do Fluxo de Caixa
Fonte: Silva, Santos e Ogawo (1993)

Sendo assim, considera-se relevante abordar mais sobre esses tipos de fluxos de
caixa.

1.3.1. Fluxo de caixa operacional

Segundo Salotti e Yamamoto (2004) o fluxo de caixa operacional, ou o fluxo das


atividades operacionais se destina a vários objetivos, tais como, para a tomada de decisões
gerenciais, avaliação de empresas e análise de desempenho.
Assevera Frezatti (1997) que o fluxo de caixa operacional relaciona às entradas e
saídas referentes às atividades operacionais da empresa.
Conforme Gitman (2001) o fluxo operacional se relaciona diretamente a produção e
a venda dos produtos e serviços da empresa.
Descrevem Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000, p.352-353), se refere às seguintes
atividades operacionais:
Entradas:
a) recebimentos pela venda de produtos e serviços a vista, ou das duplicatas
correspondentes no caso de vendas a prazo. Incluem também os recebimentos decorrentes
dos descontos das duplicatas emitidas contra as vendas a prazo efetuadas, de curto ou
longo prazo, em bancos;
b) recebimento de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações
financeiras em outras atividades;
c) recebimento de dividendos pela participação no patrimônio de outras empresas;
d) qualquer outro recebimento que não se origine de transações definidas como
atividades de investimento ou financiamento, como: recebimentos decorrentes de sentenças
judiciais;
e) indenizações por sinistros, exceto aquelas diretamente relacionadas a atividades
de investimento ou financiamento, como o sinistro em uma edificação, por exemplo; e
reembolso de fornecedores.
Saídas:
a) pagamentos a fornecedores referentes ao suprimento da matéria-prima para a
produção ou de bens para revenda. Se compra a prazo, pagamento do principal dos títulos
de curto e longo prazos a que se refere a compra;
b) pagamentos aos fornecedores de outros insumos de produção, incluídos os
serviços prestados por terceiros;
c) pagamentos aos governos federal, estadual e municipal, referentes a impostos,
multas, alfândega e outros tributos e taxas;
d) pagamento dos juros (despesas financeiras) dos financiamentos (comerciais e
bancários) obtidos.

Confirma Pinho (1996) que o fluxo operacional pode ser classificado como uma
categoria de atividades normalmente decorrente da operação da empresa, ou seja, referem-
se às atividades cotidianas tais como o recebimento de venda de produtos e serviços, ainda
o pagamento de fornecedores; despesas operacionais; salários; encargos sociais e entre
outros.
Aclara Marques (2001, p.10) que,

As atividades operacionais incluem todas as transações e outros eventos que não


estão definidos como atividades de financiamento ou investimento [..]. Os fluxos
de caixa das atividades operacionais são geralmente os efeitos no caixa de
transações e outros eventos que entram na determinação do resultado líquido.

Neste sentido, uma das formas de se obter o fluxo de caixa operacional é através da
verificação da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Esta ferramenta oferece à empresa
com uma maior probabilidade a informação desejada de como se encontra, e esta preparada
para atuar no mercado (SALOTTI e YAMAMOTO, 2004).
1.3.2. Fluxo de caixa de investimentos

Define Pinho (1996, p.9) que o fluxo de caixa de investimento compreende as


transações financeiras, a saber: concessão e recebimento de empréstimos, a compra e
resgate de títulos financeiros, aquisição e venda de participações em outras sociedades, a
compra e venda de ativos utilizados na produção de bens, bem como os serviços ligados ao
objetivo social da entidade.
No entanto, aclara o autor que esta ferramenta não abrange as aquisições de ativos
com o objetivo de revenda (PINHO, 1996).
Frezatti (1997) aborda o fluxo de caixa de investimento como um fluxo
permanente, visto que se relacionam aos investimentos estáveis da empresa, tais como o
fluxo dos acionistas.
Disserta Gitman (2001, p.114) que o fluxo de investimento se refere “[...] a compra
e venda tanto dos ativos permanentes quanto de participações societárias”.
Aborda ainda Marques (2001, p.10) que “as atividades de investimento se
encontram vinculadas às mudanças da estrutura de investimento da entidade que afetam o
caixa, seus ativos, independente do prazo de realização, exceto aquelas de natureza
operacional”.
Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000) dissertam sobre o fluxo de investimento
dividindo-o também em entradas e saídas, onde nas entradas estão os recebimentos dos
empréstimos concedidos ou vendas, das vendas de títulos de investimentos; da participação
em outras empresas, do resgate de participação em entidades investidas; venda do
imobilizado e outros ativos fixos. Como saída os autores apresentam: desembolso dos
empréstimos concedidos e pagamento de títulos de investimentos adquiridos; de títulos
patrimoniais de outras empresas e da compra de terreno, edificações, equipamentos entre
outros.

1.3.3 Fluxo de caixa de financiamentos

Conforme Frezatti (1997) o fluxo de caixa de financiamentos, são atividades de


financiamentos que incluem: a captação de recursos dos proprietários ou acionistas; a
devolução dos recursos e os rendimentos desses recursos em forma de dividendos ou não; a
captação de empréstimos de terceiros, sua amortização e remuneração e a obtenção e
amortização de outros recursos descritos a longo prazo.
Para Pinho (1996, p.9) o fluxo financeiro faz referência,

[...] ao somatório dos demais fluxos, onde, no caso de sobra de recursos, ocorre à
saída para aplicação deste valor no mercado e, no caso de insuficiência de
recursos, ocorre à entrada por meio de resgate de investimentos, ou por meio de
captação de recursos com terceiros.

Aborda Gitman (2001, p.114) que fluxo de financiamento é resultado de “[...]


transações de financiamento por dívida e capital próprio, incluem a contratação e a
quitação da dívida, a entrada de caída por venda de ações, assim como o fluxo de saída de
caixa para pagar dividendos em dinheiro ou incorporações”.
Padoveze e Benedicto (2004, p.5) apresentam graficamente uma visão geral dos
componentes de análise do Demonstrativo de Fluxo de Caixa, conforme Figura 2.

Fluxo Fluxo Fluxo Fluxo


operacional Mensuração econômico financeiro patrimonial
(físico)

Recursos Custos/ Desembolsos Recebimentos


Estoques
Contas a
receber
Produção Receitas
Recebimentos
Estoques
Produtos e Resultado
serviços operacional
Saldo de caixa Ativos fixos

Resultado Contas a pagar


financeiro
Patrimônio
líquido final
Resultado
final

Figura 2 - Fluxo operacional, econômico, financeiro e patrimonial das atividades.


Fonte: Padoveze e Beneditcto (2004)
2. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Considera Frezatti (1997) que em geral não existe um formato único de Fluxo de
Caixa para todas as empresas. O que se percebe é que na maioria das vezes esse
instrumento se adapta as necessidades organizacionais. Contudo, para atender as
obrigações normais da empresa, o Fluxo de Caixa se baseia em dois métodos: método
direto e método indireto.

2.1 MÉTODO DIRETO

Neste sentido, Campos Filho (1999, p.41) buscando uma definição para o
método direto o apresenta como um instrumento que busca “[...] relatar os fluxos de
caixa das atividades operacionais diretamente, mostrando as principais classes de
recebimentos e pagamentos operacionais [...]".
Para Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000), o método direto, aponta as entradas e
saídas de dinheiro dos principais elementos das atividades operacionais, como por
exemplo, o recebimento pelas vendas de produtos e serviços e os pagamentos a
fornecedores e empregados, que apresenta no final o volume líquido de caixa provido
ou consumido pelas operações da empresa.
Rosa e Silva (2002) verificam que o método direto é um tipo de demonstração
que facilita ao gestor a análise da solvência da empresa, uma vez que evidencia toda a
movimentação de seus recursos financeiros, indo desde as origens dos recursos de caixa
e até onde foram aplicados.
Azzolin (2005, p.2) aborda que a Demonstração de Fluxo de Caixa quando
apresentada pelo método direto descrevendo:

[...] primeiro o valor referente à receita pela venda de mercadorias e serviços,


para, em seguida, subtrair deste os valores equivalentes ao pagamento de
fornecedores, salários e encargos sociais dos empregados, bem como os
impostos e outras despesas legais. Além disso, adicionam-se os eventuais
dividendos recebidos, bem como os recebimentos de seguros.

Desta maneira, Barbieri (1996) disserta que o esta metodologia se caracteriza


pela demonstração dos recebimentos e pagamentos derivados das atividades
operacionais da empresa.
Corrobora Rosa e Silva (2002, p.7) que o método direto tem o propósito de
refletir o montante bruto dos componentes principais dos recebimentos e dos
pagamentos tais como:
• Recebimento de clientes, aluguéis e outros recebimentos similares;
• Recebimento de juros e dividendos;
• Quaisquer outros recebimentos por caixa;
• Pagamento a empregados, fornecedores incluindo os de serviços como
seguros, propaganda e outros; pagamento de juros, impostos e outros
pagamentos similares;
• Quaisquer outros pagamentos por caixa.

Segundo Padoveze e Benedicto (2004)

o método direto se define como o conjunto de informações do movimento de


caixa relativo às contas representativas de caixa, bancos e aplicações
financeiras. Para melhor entendimento os autores descrevem uma série de
eventos que caracterizam a efetivação financeira do fluxo de caixa pelo
método direto.

O Modelo da Tabela 1 desenvolvido por Padoveze e Benedicto (2004, p.51)


permite uma melhor abordagem sobre o método direto.

Tabela 1
Fluxo de caixa de período – método direto
I - OPERACIONAL $
RECEBIMENTOS 21.900
Clientes
PAGAMENTOS
Fornecedores (14.500)
Salários e Encargos Sociais (2.790)
Despesas Gerais (1.440)
Impostos sobre Mercadorias (640)
Impostos sobre o Lucro (700)
Soma (20.070)
TOTAL 1.830

II – FINANCIAMENTOS
Novos Empréstimos e Financiamento 500
Amortizações de Empréstimos e Financiamento (1.200)
Aumento de Capital em Dinheiro 1.000
Distribuição de dividendos (800)
TOTAL 500
III - INVESTIMENTOS
Aquisição de Imobilizados (720)
Aumento do Realizável a Longo Prazo 0
Aumento de Investimentos e Diferido 0
TOTAL (720)

AUMENTO DE CAIXA DO PERÍODO (I+II +III) 610


(+) Receitas Financeiras 30
Saldo Inicial de Caixas/Bancos/Aplicações 800
Financeiras
Saldo Final de Caixas/Bancos/Aplicações Financeiras 1.440

2.2. MÉTODO INDIRETO

Conforme Campos Filho (1999, p.41):

As empresas que decidirem não mostrar os recebimentos e pagamentos


operacionais deverão relatar a mesma importância de fluxo de caixa líquido
das atividades operacionais indiretamente, ajustando o lucro líquido para
reconciliá-lo ao fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (método
indireto ou de reconciliação).

Padoveze e Benedicto (2004, p. 49) abordam que o método indireto “[...]


evidencia a movimentação do saldo de caixa no período, partindo da geração de caixa
por meio da demonstração de resultados e das variações dos elementos patrimoniais do
balanço que geram ou necessitam de caixa”.
Ilustra Barbieri (1996, p.3) que “o Método Indireto consiste na demonstração
dos recursos provenientes das atividades operacionais a partir do lucro líquido, ajustado
pelos itens que afetam o resultado, mas que não modificam o caixa da empresa”.
Frente a tal conceito, Azzolin (2005, p.2) explana mais sobre este método
dizendo que o mesmo se apresenta:

[...] no grupo das atividades operacionais primeiro o lucro líquido,


proveniente da Demonstração do Resultado do Exercício, para em seguida
adicionar os valores que não representam desembolso de caixa que tenham
sido deduzidos do lucro na DRE, ou seja, depreciação e amortização;
provisão para devedores duvidosos; aumento ou diminuição referente a
fornecedores, no caso de compras a prazo, ou contas a pagar, também em
longo prazo; aumento ou diminuição de valores em contas a receber, para o
caso de vendas a prazo ou nos estoques.
Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000, p. 355) o objetivo do método
indireto é de conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações, de
modo a possibilitar ao gestor a avaliação da transformação do lucro em caixa a cada
período.
Para melhor entendimento do método indireto descreve-se o exemplo de
Padoveze e Benedicto (2004, p. 50) (TABELA 2)

Tabela 2 - Fluxo de caixa de período – método indireto


I – DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS $
Lucro Líquido do Exercício 1.140
(+/-) Receitas e Despesas Não Efetivadas
Financeiramente
Depreciações 900
Equivalência Patrimonial (300)
Baixa de Bens do Permanente 0
Variação de Ajuste a Valor Presente 0
- Lucro Gerado pelas Operações 10
1.750

(+/-) Ajustes por Mudança no Capital de Giro


(-) Aumento de Duplicatas a Receber (1.900)
(+) Diminuição dos Estoques 1.000
(+) Aumento de Fornecedores 500
(+) Aumento de Salários e encargos a Pagar 10
(-) Redução de Contas a Pagar (40)
(+) Aumento de Impostos a Recolher 240
Subtotal (190)

II – DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO


Aumento dos Financiamentos de Longo Prazo 800
(-) Redução de Empréstimos de Curto Prazo (1.200)
Aumento de Capital em Dinheiro 1.000
Distribuição de Dividendos (800)
TOTAL (200)

III – DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Aquisição de Imobilizados (720)
Aumento do Realizável a Longo Prazo 0
Aumento de Investimentos e Diferido 0
TOTAL (720)
AUMENTO DE CAIXA DO PERÍODO (I+II +III) 640
Saldo Inicial de Caixas/Bancos/Aplicações 800
Financeiras
Saldo Final de Caixas/Bancos/Aplicações Financeiras 1.440
Esclarecem Padoveze e Benedicto (2004, p. 49) “o método indireto é muito
similar a demonstração de origens e aplicações, e o método direto tem o formato
tradicional utilizado pela área de tesouraria das empresas”.
Sendo válido comentar ainda, que os esses modelos de Demonstração de Fluxo
de Caixa são:

[...] ferramentas de apoio ao processo decisório, construídas com base nas


informações do fluxo de caixa realizado, destinadas a atender aos usuários
externos, informando-lhes a situação e a capacidade que a empresa teve de
geração de caixa num determinado período (ROSA E SILVA, 2002. p.10)

3. CONTEXTUALIZANDO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Observa-se que as empresas em uma busca por um melhor desempenho,


recorrem à gestão financeira de modo a encontrar melhores opções para atuar em um
mercado cada vez mais competitivo.
Conforme Groppelli e Nikbakht (2002), a gestão de finanças é atividade que
implica em uma série de princípios econômicos que visam maximizar a riqueza ou valor
total de um empreendimento. Consideram os autores, que retratar as finanças no cenário
empresarial é visualizar uma possível obtenção de lucro o mais elevado possível, sem
que implique um maior risco.
Para tanto, Chen e Mendes (1989, p.4) ilustram o conceito de gestão financeiro
como:

[...] a gestão dos fluxos Monetários derivados da atividade operacional da


empresa, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo. Ela objetiva
encontrar o equilíbrio entre a “rentabilidade” (maximização dos retornos dos
proprietários da empresa) e a “liquidez”(que se refere à capacidade de a
empresa honrar seus compromissos nos prazos contratados). Isto é, está
implícita na necessidade da Gestão financeira a busca do equilíbrio entre
gerar lucros e manter caixa.

Versa Assaf Neto (2003, p.25) que a administração financeira está diretamente
relacionada ao ato de decidir, visto que, “o processo de tomada de decisões reflete a
essência do conceito de Administração”.
Nesse sentido, Gitman (2001) observa que é a administração financeira que
provê meios para a tomada de decisões sobre como investir os recursos da empresa
tanto para obter recursos como para expansão. Agrega o autor que é através das
finanças que se pode medir o desempenho empresarial, através do planejamento e
gerenciamento financeiro.
Tais argumentos é que permitem a Gitman (2001, p.12) o conceito de Finanças
como “a arte e a ciência de administrar fundos”.
Souza (1997, p.174) busca na The Encyclopaedia of Management o conceito de
Finanças que significa “[...] a ciência e a profissão do manejo do dinheiro”.
Observa-se que os autores citados nesta parte do trabalho utilizam dos termos
gestão, administração ou finanças para descrever uma área da empresa que visa o
planejamento, produção, controle e direcionamento dos capitais de uma empresa.
Desta feita, a administração financeira segundo Helfert (2000) foi criada para
orientar à empresa a encontrar respostas para as questões importantes, sejam os
resultados totalmente quantificáveis ou não.
Considera Oliveira et.al. (2007, p.2) que a administração financeira:

Serve para o gestor controlar os acontecimentos das finanças, pois é preciso


obter uma cultura financeira vasta e definida com objetivos de curto e longo
prazo, sempre adequada à gestão financeira e aos acontecimentos inesperados
da economia mundial.

Para Assaf Neto e Silva (1997) a forma mais sábia de administrar uma empresa
na atualidade é através de um gerenciamento eficaz de suas finanças. Descrevem os
autores que o cenário econômico contemporâneo marcado por uma intensa concorrência
de mercado exige cada vez mais uma maior eficiência na gestão financeira dos recursos
de da empresa.
Dissertam os autores:

Em verdade, a atividade financeira de uma empresa requer acompanhamento


permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem
como proceder aos ajustes e correções necessários. O objetivo básico da
função financeira é prover a empresa de recursos de caixa suficientes de
modo a respeitar os vários compromissos assumidos e promover a
maximização de seus lucros (ASSAF NETO e SILVA, 1997, p.35)

Conforme Menon e Ianesko (2006) o gerenciamento das finanças é um


instrumento fundamental na vida das organizações, é dele que depende o sucesso ou o
fracasso do negócio. Observam assim, que o administrador financeiro, neste contexto,
exerce função primaz de buscar meios para o alcance do objetivo que é de gerar riqueza
para empresa. “Utiliza-se do estudo de finanças para se tomar uma decisão que traz
resultados compensadores.
Para Chaves (2009, p.13) a relevância da administração financeira está no
controle “[...] de forma mais eficaz possível, dos meios que não oferece obstáculos na
conquista de recursos financeiros, evitando gastos desnecessários, desperdícios, com
isso traçando um rumo certo nas finanças da empresa”.
Para Helfert (2000) a administração financeira tem o escopo de analisar três
tipos de decisões: decisões de investimento; decisões operacionais; decisões de
financiamento.
Ampliando a análise sobre o desígnio das finanças na empresa, Souza (1997,
p.175) relata que suas funções se baseiam basicamente em:

[...] 1) registro,monitoramento e controle das transações financeiras do


passado e das operações atuais e 2) busca de recursos para fazer frente às
necessidades atuais e futuras de fundos. O controle da função finanças é
representado pela contabilidade gerencial, através da preparação de
estimativas financeiras, desenvolvimento e monitoramento de orçamentos de
desempenho e custos de produtos.

Desta maneira, Ross, Westerfield e Jafe (2002), demarcam também que o


propósito principal da gestão de finanças é de oferecer meios para que a empresa possa
maximizar o seu valor de mercado de capital. Para isso é necessário um planejamento
eficiente dos recursos organizacionais.
Descreve Brigham (apud MENON e IANESKO, 2006) que a administração
financeira nas empresas esta ligada a aquisição e uso eficiente dos fundos. Para tanto,
retrata-se como principais funções: a aquisição dos fundos de que a empresa precisa
para operar; a distribuição eficiente desses fundos entre os vários usos dentro da
empresa; e verificação se existe suficientes fundos disponíveis para serem empregados
em projetos que ofereçam lucros.
Contudo, asseveram Cheng e Mendes (1989, p.1) que a administração dos fluxos
monetários provenientes da atividade operacional, não é uma função exclusiva do gestor
da área financeira, suas informações são relevantes para toda a empresa. Portanto, sua
responsabilidade é de todos os gestores envolvidos no processo empresarial.
Considera-se a luz desses argumentos teóricos que a administração financeira é
primordial para as empresas, sendo na realidade um componente inerente ao negócio,
pois somente através de um eficaz gerenciamento de finanças que a empresa pode
controlar e aplicar seus recursos permanentemente de modo a sobreviver no mercado
em que atua.

3.1 A INFORMAÇÃO FINANCEIRA PARA TOMADA DE DECISÃO

Nota-se que as mudanças no cenário das organizações fazem com que a


informação seja percebida como um elemento imperativo para a gestão e
aproveitamento dos recursos. Sendo considerada como um expressivo fator de
estruturação empresarial.
Neste sentido, é que Mello (2008, p.2) descreve que “a informação é um recurso
estratégico que tem custo, preço e, sobretudo, valor”.
Para Lastres e Albagli (1999) a informação é também um meio de se alcançar
ações estratégicas nas organizações, visto que compartilhadas pelas pessoas, geram
conhecimentos.
Borges e Campillo (1997) abordam que as tendências da sociedade moderna,
com a globalização da economia, aumento da competitividade, exigência de novos
produtos, melhoria da qualidade entre outros; fazem com que as organizações
necessitem direcionar sua informação de forma estratégica, com constante
monitoramento do ambiente em que atuam.
Conforme Miranda (1999) a informação é a base fundamental de qualquer
desenvolvimento empresarial.
Neste sentido, Moresi (2000) um intenso estudioso da informação nas empresas,
disserta que a mesma possui dois objetivos primazes: primeiro a informação tem o
propósito de prover conhecimento tanto do ambiente interno como externo de uma
organização, Segundo, busca oferecer um conhecimento crítico e potencial para o
desempenho das atividades empresariais.
Pode-se se dizer a luz destes referenciais teóricos que a administração financeira
deve estar atenta as mudanças que ocorrem rapidamente, para que na prática possa
colocar a empresa em um posicionamento estratégico, através o gerenciamento da
informação.
É dentro deste marco de análise que se chega à informação financeira, que pode
ser representada pelos dados dos balanços, notícias financeiras e econômicas, estudos
sobre ações; movimentos de caixa, e outros.
De acordo com Helfert (2000), a informação financeira condiz com uma série de
elementos no processo contábil e financeiro que possibilita orientar a tomada de
decisões. Portanto, a mesma passa a ser visto como um atributo cuja presença melhora a
qualidade da decisão a ser tomada, na exata medida em que ela contribui para reduzir
incertezas e estas, representado riscos, vai para os preços, encarecendo o capital.
Agrega Souza (1997) que a informação financeira fornecer dados sobre a
posição econômica de uma organização. Ainda é a através de informações financeiras
que se estabelecem contratos e solicitações com os credores, parceiros e acionistas.
Asseveram Amaral e Santiago (2003) que em um cenário competitivo e
globalizado em que as empresas operam a informação cada vez mais vem sendo
percebida como uma das maiores fontes de riqueza e de suporte essencial para a
continuidades das atividades organizacionais. Logo, é primordial a obtenção de
informações financeiras que ofereça aos usuários das empresas tomadas de decisões
eficazes.
É desta maneira que Santos (2001) observa que o principal objetivo das
informações financeiras é de fornecer dados sobre as entradas e saídas de recursos
monetários em determinado período de modo que gere uma previsão para tomada de
decisões. Seguramente através dessas informações que se podem prognosticar as
necessidades de captação de recursos ou ainda prever o futuro organizacional.
Ressaltam Ross, Westerfield e Jafe (2002), que no cenário financeiro a tomada
de decisões não se resulta somente nos aspectos monetários, em grande parte esta
relacionada à distribuição dos recursos no tempo e ao risco dos investimentos.
Rematam Rosa e Silva (2002) que a eficácia da administração financeira
depende em grande parte do sustento e orientação do tipo de planejamento que utiliza.
Desta feita, o gestor necessita de instrumentos confiáveis que o auxiliem a otimizar os
rendimentos dos excessos de caixa, bem como o permita estimas as necessidades futuras
de financiamento.
Corrobora os autores que a base primaz para sobrevivência da empresa está no
modelo de planejamento financeiro que possibilite abarcar o

[...] volume de vendas com margens de lucros que remunerem de forma


satisfatória o capital investido e um plano de recebimentos e pagamentos
intercalados com boa margem de segurança do primeiro para o segundo,
garantindo assim a viabilidade e a permanência da empresa no mercado
(ROSA e SILVA, 2002, p.2).
Sendo assim, insurge neste contexto o fluxo de caixa como um instrumento de
fornecimento de informações financeiras que possibilita a empresa a visualizar suas
receitas e despesas distribuídas ao longo do tempo.
Confirmam Oliveira et.al (2007, p.5) que o fluxo de caixa é um tipo de
informação financeira que permite “[...] a rápida análise das decisões que devem ser
tomadas ao longo de um período, pois fornece uma visão geral dos acontecimentos
financeiros presentes e futuro”.
Logo, o fluxo de caixa é uma importante ferramenta financeira para projetar
informações financeiras em curto e longo prazo, ajudando o gestor financeiro em
tomadas de decisões (OLIVEIRA et.al., 2007, p.6). Assim sendo, é importante conhecer
os principais elementos que objetivam a administração financeira a informação útil para
uma gama de gestores que necessitam de dados complementares na evidenciação da
situação econômica, financeira, patrimonial e social da empresa.
Portanto, considera-se importante conhecer os principais elementos que
configuram o fluxo de caixa no cenário organizacional, de modo a entender o papel que
exerce o mesmo para a eficácia das operações financeiras.
Neste sentido, no próximo capítulo busca-se a uma análise teórica dos principais
conceitos e objetivos que norteiam o fluxo de caixa na empresa.

3.1.1. Planejamento Financeiro

Uma das tarefas mais importantes do administrador é planejar. Através do


planejamento se determina uma gestão eficaz e consistente. Administrar uma empresa
sem planejamento de suas atividades é como pilotar uma aeronave sem fazer plano de
vôo. Fica-se sujeito a um pouso forçado a qualquer momento, podendo sofrer um
grande susto ou até mesmo sua destruição total. Se não planejar suas atividades, o
administrador (gestor) corre o risco de ser surpreendido por imprevistos, colocando a
organização em dificuldades, como também a falência. O planejamento se faz
necessário em todas as atividades da empresa, mas principalmente nas atividades da
área financeira. Ross et. al. (1995:522) assevera:

“O planejamento financeiro determina as diretrizes de mudança numa


empresa. É necessário porque (1) faz com que sejam estabelecidas as
metas da empresa para motivar a organização e gerar marcos de
referência para a avaliação de desempenho, (2) as decisões de
investimento e financiamento da empresa não são independentes,
sendo necessário identificar sua interação, e (3) num mundo incerto a
empresa deve esperar mudanças de condições, bem como surpresas.”

Neste contexto, planejamento financeiro é o processo formal que conduz a


administração da empresa a acompanhar as diretrizes de mudanças e a rever, quando
necessário, as metas já estabelecidas. Assim, poderão os gestores ter uma percepção
antecipada do grau de endividamento, as possibilidades de investimento e o montante de
dinheiro que considere necessário manter em caixa, visando seu crescimento e sua
rentabilidade.

O sistema de planejamento financeiro será uma das ferramentas necessárias para


alcançar-se o sucesso empresarial, pois os tempos mudaram.

O processo de planejamento financeiro surge de acordo com necessidade da


empresa no seu crescimento. O sistema orçamentário global consiste em: planejar as
atividades a serem desenvolvidas para que possam ser cumpridas; projetar a obtenção de
recursos necessários para se fazer o planejamento acontecer na empresa; controlar as
etapas à medida que são executadas; e avaliar periodicamente, os valores realizados
com os valores projetados, verificando as variações existentes, para que se possam fazer
adequações vislumbrando a fidelização da meta estipulada no plano orçamentário.

O planejamento financeiro tem por característica utilizar as projeções para


orientar os administradores no processo de tomada de decisão. É através dele que se
poderá visualizar as ações que deverão ser executadas, bem como as expectativas a
respeito do futuro da empresa. As grandes decisões tendem a ser eficazes, quando
embasadas no planejamento financeiro.

“Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os


objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma
estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam
como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de
desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.” Gitman
(1987: pág. 250)
Atente-se que o planejamento financeiro, além de indicar caminhos que levam
alcançar os objetivos da organização, tanto curto como em longo prazo, gera
mecanismos de controle que envolve todas as suas atividades operacionais e não-
operacionais. O planejamento e o controle orçamentário, quando realizados em conjunto
com o controle financeiro, possibilitam mudanças táticas rápidas para tratar de eventos
que fogem do processo administrativo, os quais colocam em risco o alcance das metas
estipuladas. Com um controle financeiro eficiente, a empresa poderá sempre adotar uma
postura pro ativa em relação a esses eventos.

Na visão de Welsch (1996:255-256), o planejamento e o controle de


disponibilidades normalmente devem estar relacionados a três dimensões temporais
diferentes:

1. Planejamento a longo prazo quando a ocorrência de fluxos corresponde


às dimensões dos projetos de investimento e à dimensão temporal do plano de
resultados a longo prazo (geralmente de cinco anos).

2. Planejamento a curto prazo quando a ocorrência de fluxos está


enquadrada no plano anual de resultados.

3. Planejamento operacional, em que as entradas e saídas de caixa são


projetadas para o mês, a semana ou o dia seguinte.

O planejamento a longo prazo, identifica com antecedência o impacto da implementação de ações projetadas sobre a
situação financeira da organização, ficando fácil ao administrador financeiro visualizar se haverá excesso ou escassez de
recursos financeiros. A curto prazo, o planejamento financeiro demonstra a preocupação de avaliar, no detalhe, as entradas e
saídas de dinheiro geradas pela própria atividade da organização. E o planejamento operacional atenta-se ao controle preciso
das disponibilidades, a fim de reduzir os encargos financeiros oriundos dos empréstimos e aumentar os rendimentos das
aplicações frente aos excessos de caixa.

Gropelli e Nikbakht (1998) afirmam:

“O sucesso e a solvência de uma empresa não podem ser garantidos


meramente por projetos rentáveis e pelo aumento das vendas. “A crise de
liquidez”, isto é, a falta de caixa para pagar as obrigações financeiras sempre
põe em perigo uma companhia.”.

Para ser eficaz, a gestão financeira precisa estar baseada e orientada por um

planejamento de suas disponibilidades. Para tanto, o administrador precisa de

ferramentas confiáveis que o auxiliem a melhor adequar os rendimentos dos excessos


de caixa ou a avaliar as necessidades futuras de financiamentos, para que possa ter

tomadas de decisão acertadas. A sobrevivência e o crescimento da empresa estão

atrelados a um planejamento bem desenvolvido, englobando um volume de vendas

com margens de lucros que remunerem de forma satisfatória o capital investido, e

um plano de recebimentos e pagamentos intercalados com uma boa margem de

segurança do primeiro para o segundo, garantindo assim a viabilidade e a

permanência da empresa no mercado. Para tanto o fluxo de caixa apresenta-se como

uma das ferramentas mais eficazes na gestão financeira das empresas. Haja vista, que

o controle orçamentário está atrelado ao planejamento financeiro para o sucesso das

organizações.

CONCLUSÃO

O atual cenário corporativo está altamente competitivo, exigindo respostas


rápidas, porém eficazes das empresas. A identificação antecipada das necessidades ou
eventuais sobras de caixa faz com que o fluxo de caixa torne-se uma ferramenta
importantíssima ao administrador financeiro. Através dessa ferramenta de planejamento
e controle. Pode-se visualizar como as tomadas de decisão irão refletir nos resultados da
organização e como o seu caixa será impactado.

O modelo apresentado permite ao administrador financeiro simular eventuais


situações de ingressos ou desembolsos de caixa, identificando sua necessidade de
capital de giro, facilitando assim, uma tomada de decisão coerente.

Os cálculos utilizados no modelo apresentado mostram a real situação financeira


da organização, suas condições de geração de caixa e a quitação de suas obrigações,
bem como, o montante de suas necessidades de caixa e onde irá buscar os recursos para
supri-las.

Qualquer empresa pode elaborar seu plano orçamentário e fazer um


planejamento futurista a partir destes dados. Projetando seus fluxos de caixa e
promovendo os ajustes necessários, as variações conforme elas forem surgindo.

Não se afirma que, o planejamento orçamentário e financeiro, bem como a


implantação da ferramenta fluxo de caixa numa empresa, elimine totalmente suas
dificuldades financeiras. Entretanto, a identificação antecipada dos ingressos e
desembolso de caixa permitirá uma tomada de decisão acertada frente a essas
dificuldades. As organizações empresariais que adotam o fluxo de caixa tendem a ter
uma melhor organização das informações em relação a recebimentos e pagamentos,
facilitando na antecipação das previsões de captação ou aplicação dos recursos.

O objetivo geral do estudo, a elaboração de um modelo de fluxo de caixa como


ferramenta de controle com a capacidade de identificar antecipadamente os excessos
e/ou escassez de recursos financeiros no curto prazo, como garantia de liquidez, foi
alcançado.

Neste estudo, não houve uma preocupação maior com a gestão de longo prazo.
Somente com os pagamentos e recebimentos, com foco em potência de geração de caixa
da organização, visando sua liquidez no curto prazo.

O Fluxo de Caixa apresentado tem seu planejamento bem ordenado, alinhado


seu orçamento ao fluxo de caixa, haja vista que seu saldo final é praticamente idêntico
ao seu saldo inicial, quitando todas as suas obrigações e mantendo a sua disponibilidade
final para saque superior ao inicio do período.

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