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Expediente presente:
- Apresentação de MEMORIAL.
E. R. Deferimento
JUSTIÇA!
Egrégia Turma:
DO DANO MORAL
Data de
15/11/2003 DJMG Página: 16
Publicação
RELATÓRIO.
O MM. Juízo da Vara do Trabalho de Caxambu/MG, pela r. sentença de
fs. 91-94, cujo relatório adoto e a este incorporo, julgou procedentes, em parte, os
pedidos formulados por WELINGTON RODRIGUES em face de SUPERMERCADO
CARROSSEL LTDA., condenando-o ao pagamento das de diferenças de horas extras
acrescidas de adicional convencional e reflexos; diferenças de feriado em dobro; multa
do 8, do artigo 477, da CLT; indenização por dano moral e reflexos das gorjetas
sobre férias com 1/3, FGTS com 40% e 13 salário.
Recorrem as partes.
O reclamante, às fs. 95-98, pretendendo a majoração do valor da
indenização por danos morais, bem como a condenação do reclamado ao pagamento
da indenização por danos estéticos.
O réu, às fs. 103-106, pretendendo a reforma do julgado, julgando-se
improcedentes os pedidos exordiais.
Contra-razões recíprocas às fs. 100-102 e 110-113.
Custas processuais efetuadas à f. 107.
Dispensado o Parecer da d. Procuradoria Regional do Trabalho.
É, em síntese, o relatório.
VOTO.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
Conheço de ambos os recursos interpostos, por presentes os
pressupostos objetivos subjetivos de admissibilidade.
Inverto a ordem de conhecimento dos recursos, porquanto a questão
relativa à indenização por danos morais argüida pelo reclamado deve ser examinada
antes do pedido de majoração de seu valor, questão afeta ao recurso obreiro.
RECURSO DO RECLAMADO.
JUÍZO DE MÉRITO.
ACIDENTE DE TRABALHO.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
O recorrente não se conforma com o deferimento da indenização por
danos morais, ao argumento de que não restou provado o nexo de causalidade entre a
doença e as atividades desempenhadas pelo autor, bem como sua culpa ou dolo por
este ter sido acometido pela doença que já existia.
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Segundo o reclamante relata na inicial, apesar de ter sido admitido
como "empacotador", realizava, de fato, outras atividades paralelas, repondo
mercadorias, fazendo sondagens de preços, serviços bancários, cobranças e entregas
de mercadorias; no desempenho destas funções, foi acometido por doença denominada
"varicocele e varizes", originada pelas más condições de trabalho, tendo trabalhado em
pé durante toda a jornada, além de carregar peso, submetido a um esforço físico
excessivo; realizou uma cirurgia em 16.dez.2002, tendo sido dispensado alguns dias
antes da data marcada para a intervenção cirúrgica.
O reclamado nega o desvio de função, alegando que o único esforço
que o reclamante estava sujeito era o de empacotar e carregar as sacolas de compras
realizadas por consumidores.
Por solicitação do réu, a empresa MEDLABOR apresentou
esclarecimentos, fs. 50-51 e documentos, fs. 52-57, nos quais afirma que o reclamante
fez exame admissional em 05 de outubro de 2001, já sendo portador de varicocele
esquerda, conforme anotações em seu prontuário; fez exame demissional em
09.dez.2002, sem se queixar de qualquer espécie ou antecedente de doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
Realizada perícia médica, o perito conclui que:
RECURSO DO RECLAMANTE.
JUÍZO DE MÉRITO.
CONCLUSÃO.
Pelo exposto, conheço de ambos os recursos e, no mérito, dou
provimento ao recurso do reclamado para excluir da condenação as parcelas de
indenização por danos morais, bem como a multa do 8, do artigo 477, da CLT; ao
recurso do reclamante, nego-lhe provimento.
Reabitro o valor da condenação em R$500,00 e custas processuais em
R$10,00.
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MARIA CRISTINA DINIZ CAIXETA
PRESIDENTE AD HOC E RELATORA.
00317-2003-053-03-00-6-RO
DO DANO MATERIAL
DO PEDIDO:
Termos em que, E. R. D.