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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS
ETU038 - PROJETOS DE ESTRUTURAS COM AUXÍLIO COMPUTACIONAL

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Prof. Rodolfo Palhares, MSc.


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Materiais

 Resistência  Deformabilidade
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Materiais
• Com base na norma NBR6118:2014, pode-se admitir as seguintes propriedades
para o concreto:

• Utilização dos aços estruturais normatizados:


- CA50 (fyk = 500 MPa);
- CA60 (fyk = 600 MPa).

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Durabilidade
VIDA ÚTIL: Período em que a estrutura atende os seus objetivos estéticos e de
segurança, sem exigir elevados custos de manutenção ou reparos.

A durabilidade está ligada aos seguintes fatores:

• Classe de agressividade ambiental: análise do quão agressivo é o ambiente, de modo a


causar danos na estrutura;
• Condições de concretagem: projeto tal que possibilita que o concreto preencha todos os
espaços, evitando a formação de nichos e segregações (“bicheira” ou “buracos”) .
• Qualidade do concreto e cobrimento: qual a qualidade do concreto (a/c) considerando a
agressividade do ambiente e qual a camada de concreto que envolve as barras.

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Classe de agressividade ambiental:

ABNT NBR 6118:2014

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Condições de concretagem:

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Qualidade do concreto:

NBR 6118:2014

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Cobrimento:
𝒄𝒏𝒐𝒎 = 𝒄𝒎𝒊𝒏 + Δc

• Nas obras correntes, Δc ≥ 10mm.

• Quando houver um controle


rigoroso da qualidade da
execução, pode ser adotado
Δc = 5mm.

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Antes x Atualmente
Antes:
− Ábacos, tabelas,
calculadoras eletrônicas
programáveis, cálculo
manual.

Atualmente:
− Sofisticados programas
de computador.

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Vantagens

 Produtividade,
 Redução de prazos e custos,
 Cálculo e detalhamento automatizados,
 Mais tempo para a concepção estrutural.

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Software: Ferramenta de auxílio


Projeto estrutural ⇒ Grande responsabilidade
“Se sistemas computacionais fizessem projetos estruturais, não precisaríamos de engenheiros.
Os softwares não tomam decisões de engenharia”

“O software é uma ferramenta de auxílio ao projeto”

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Software: Ferramenta de auxílio


• O software é como se fosse
uma calculadora de mão com
um grau de sofisticação maior.

• Não consegue distinguir a


estrutura boa da ruim - serve A má utilização de um software pode
apenas para automatizar os trazer consequências gravíssimas.
cálculos e refinar as análises. Não podemos esquecer que, por trás
de um projeto estrutural, sempre
haverá vidas humanas envolvidas.

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Softwares de Projeto
ANÁLISE PROJETO DE
DESENHO/MODELAGEM
ESTRUTURAL ESTRUTURAS

SAP2000 TQS
ANSYS AUTOCAD CYPECAD
ADINA REVIT EBERICK
ABAQUS

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O Projeto Estrutural

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Etapas de um Projeto Estrutural


• De forma simplificada, a elaboração de um projeto estrutural pode ser subdividida em
quatro etapas principais:

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Concepção Estrutural
• Definição dos materiais a serem
empregados;

• Pré-dimensionar os elementos;

• Definir as ações que atuarão Quem deve definir uma estrutura


é sempre o Engenheiro.
sobre a estrutura. Não existe software que faça isso!

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Análise Estrutural
• Trata-se, com toda a certeza, da
etapa mais importante de todo o
processo de elaboração de um
projeto estrutural, pois são com
seus resultados que o
dimensionamento e detalhamento
dos elementos são realizados,
bem como o comportamento em
serviço do edifício avaliado. Pode-se até dizer que, calcular a
estrutura de um edifício, na sua essência,
é fazer a sua análise estrutural.

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Análise Estrutural
• Calcular os deslocamentos e os esforços solicitantes por meio de um modelo que
simulará a estrutura real.

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Dimensionamento e Detalhamento
• Embora haja uma
automatização animadora
para esta etapa, a verificação
e edição é indispensável, pois
existem diversas condições
especiais que podem não ser
consideradas de forma
automática pelos softwares.

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Emissão de Plantas
• O produto final de um projeto
estrutural é composto,
principalmente, por desenhos com
representações suficientes para
permitir a execução da obra.

• Atualmente os programas de
projetos estruturais permitem
automatizar essa etapa.

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Verificação de Resultados: Etapa obrigatória

• Nunca confie nos


resultados emitidos de
forma automática pelos
sistemas computacionais.

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Verificação de Resultados: Etapa obrigatória

Na prática, durante
a elaboração de um
projeto estrutural é
necessário avaliar a
ordem de grandeza
dos resultados.

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Objetivos do Projeto
• Os objetivos de um projeto estrutural são:

 Garantia de segurança estrutural evitando-se


o colapso da estrutura;
 Garantia de bom desempenho da estrutura
evitando-se a ocorrência de deslocamentos e
vibrações excessivas.

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Objetivos do Projeto
• Nesse contexto, as normas técnicas costumam realizar uma
abordagem baseada no Método dos Estados Limites.

• Um Estado Limite ocorre sempre que a estrutura deixa de


satisfazer um de seus objetivos.

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Filosofias de Cálculo e Dimensionamento


MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES

• Preocupação mais voltada à capacidade • Maior preocupação em termos de capacidade


resistente do material. resistente e desempenho ao longo da vida
útil das estruturas.
• Majoração das cargas e minoração da • Majoração da carga e minoração da
resistência considerada intrinsicamente resistência de forma Explicita.
dentro da Tensão admissível.

• Compara-se esforços solicitantes x esforços


• Comparação entre tensões atuantes x resistentes (Maior sensibilidade no final de
tensão admissíveis. procedimento de calculo).

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Estados Limites
Estados Limites Últimos (E.L.U) Estados Limites de Serviço (E.L.S)

• Relacionados à ocorrência de • Relacionados ao uso e ocupação da


cargas excessivas e consequente edificação.
colapso da estrutura • Situações inadequadas quanto ao ELS não
implicam na ruptura do elementos, mas
• Ruptura por flexão, por força podem afetar a sensibilidade sensorial
cortante, por punção, etc. (sensação de insegurança).

• Fissuração, deformação, vibração, etc.

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Critérios de Segurança
• No método do Estados Limites:

• Ações características Fk são


majoradas por um coeficiente de
ponderação γf;

• Resistências características Rk dos


materiais é minorada por um
coeficiente de ponderação γm.

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ETU038 - Concreto Armado II

Critérios de Segurança

Resistência

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Ações e Combinações de Ações


As ações são as causas que provocam o aparecimento de esforços ou
deformações nas estruturas. Considera-se, usualmente, que os esforços ou
as deformações impostas pelas ações como se fossem as próprias ações.

Esforços Ações Diretas


NBR 8681:2014
Deformações
Ações Indiretas
Impostas

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Classificação das Ações


Em função das sua variabilidade no tempo, as ações podem ser classificadas em:

Permanentes Variáveis Excepcionais


Ocorrem com valores Ocorrem com valores que Tem uma duração muito
constantes ou de pequena sofrem variações significativas curta e uma probabilidade
variabilidade, durante durante a vida útil da de ocorrência muito
praticamente toda a vida construção. pequena durante a vida útil
útil da construção. da construção.
Cargas Cargas Exemplos?
Permanentes (g) Acidentais (q)

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Ações Permanentes
• O peso próprio
de materiais de
construção podem ser
avaliados através da
NBR 6120.

NBR 6120

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Ações Variáveis
• Valores de sobrecarga (cargas
acidentais) em função do tipo e
utilização da edificação são dadas
pela norma NBR 6120.

• No caso de consideração dos


efeitos de vento, deve-se consultar
os requisitos estabelecidos pela
NBR 6123:1988.

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Ações Variáveis

NBR 6120

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Ações de Cálculo
Em uma situação de projeto, o valor característico de uma ação (𝐹𝑘 ), seja ela permanente
ou variável, deve ser transformado para o seu respectivo valor de cálculo (𝐹𝑑 ) por meio do
coeficiente ponderador γf comumente chamado de coeficiente de segurança.

Ações MAJORADAS

Para γf = γf1 ∙ γf2 ∙ γf3 Resistências MINORADAS

γf1 - leva em conta a variabilidade das ações.


γf2 - leva em conta a pequena probabilidade de ações variáveis de diferentes natureza ocorrerem simultaneamente
com seu valor característico.
γf3 - leva em conta o efeito dos desvios construtivos e das aproximações do método de calculo.
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Carregamentos e combinação das Ações


Um carregamento é constituído de um conjunto de ações com
probabilidade de atuarem simultaneamente na estrutura. As ações devem ser
combinadas de várias maneiras.

Valores integrais das ações


permanentes
Combinações
Considerar a Últimas
situação mais
desfavorável
Valores reduzidos das ações
Combinações de
variáveis e excepcionais Serviço / Utilização

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Combinação das Ações

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Combinações Últimas
Ações decorrentes do uso
Normais previsto para a construção

Combinações Especiais ou de Inclui ações variáveis de


Últimas natureza especial ou de
Construção
construção

Inclui ações com efeitos


Excepcionais catastróficos

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Combinações Últimas Normais

Onde:

FGi,k é o valor característico das ações permanentes;


FQ1,k é o valor característico da ação variável considerada como ação principal para a combinação;
Ψ0jFQj,k é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis.

Sempre uma das ações variáveis será considerada como principal e as


demais como secundárias atuando com seus valores reduzidos ψ0 Fk

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Combinações Últimas Especiais ou de Construção

Em geral Ψ0,ef = Ψ0
P/ FQ1 de curta duração Ψ0,ef = Ψ2
Onde:

FGi,k é o valor característico das ações permanentes;


FQ1,k é o valor característico da ação variável admitida como principal;
Ψ0j,ef é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis.

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Combinações Últimas Excepcionais

Em geral Ψ0,ef = Ψ0
P/ FQ,exc de curta duração Ψ0,ef = Ψ2

Onde:

FQ,exc é o valor da ação transitória excepcional;


Os demais termos são os que já foram definidos.
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Combinações de Serviço

Quase Permanentes Grande parte da vida útil

Combinações de
Frequentes Repetem-se várias vezes
Serviço

Raras Ocorre algumas vezes

Obs.: γg =1 e γq =1 : Todas as combinações de serviço.

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Combinações Quase Permanentes de Serviço


• Sua consideração pode ser necessária na verificação do Estado-Limite de
Deformações Excessivas (Flechas);

• Todas as ações variáveis são consideradas com seus valores quase permanentes ψ2 FQk:

Onde:

FGi,k é o valor característico das ações permanentes;


FQj,k é o valor característico da ações variáveis;
Ψ2jFQj,k é o valor reduzido de combinação de cada uma das ações variáveis (valores quase-permanentes)

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Combinações Frequentes de Serviço


• A ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor frequente ψ1FQ1,k e
todas as demais ações variáveis são tomadas com seus valores
quase-permanentes ψ2 FQk:

Onde:

FGi,k é o valor característico das ações permanentes;


Ψ1FQ1,k é o valor reduzido da ação variável principal;
Ψ2jFQj,k é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis.

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Combinações Raras de Serviço


• A ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor característico FQ1,k e
todas as demais ações são tomadas com seus valores frequentes ψ1 FQk:

FGi,k é o valor característico das ações permanentes;


FQ1,k é o valor característico da ação variável principal;
Ψ1jFQj,k é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis.

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Tabelas da NBR 8681/04


• Tabela 1 – Valores de γg para as ações permanentes diretas consideradas separadamente;
• Tabela 2 – Valores de γg para as ações permanentes diretas consideradas agrupadas;
• Tabela 3 – Valores de γԐ para as ações permanentes indiretas;
• Tabela 4 – Valores de γq para as ações variáveis consideradas separadamente;
• Tabela 5 – Valores de γq para as ações variáveis consideradas agrupadas;
• Tabela 6 – Valores de Ψ0 , Ψ1 e Ψ2 para as ações variáveis;

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Modelo Estrutural

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Modelo Estrutural
O que é um
modelo estrutural?

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Da Viga Contínua ao Pórtico Espacial...

• TUDO COMEÇOU ASSIM...

⎻ MÉTODOS APROXIMADOS

⎻ VIGAS CONTÍNUAS

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Da Viga Contínua ao Pórtico Espacial...

• EVOLUIU
ASSIM...

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Modelo Atual
• Na prática atual, a análise estrutural de edifícios usuais de concreto armado é
baseada principalmente na combinação de dois modelos: grelhas e pórtico espacial;

─ Modelo de grelha → Pavimentos que compõem a edificação

─ Pórtico espacial → Análise global da estrutura, ou seja, do edifício como um todo.

Cabe salientar, no entanto, que estes modelos (grelha e pórtico espacial) possuem inúmeras adaptações para que a
estrutura de concreto armado seja simulada de forma mais realista.
Alguns exemplos são: apoios elásticos, alteração das rigidezes das barras, ligação flexibilizada, transferência de
cargas das grelhas para o pórtico espacial, etc.

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Modelo Atual
São inúmeras as particularidades
de uma estrutura de concreto
armado que tornam sua análise
diferenciada.

Alguns exemplos:

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Concepção Estrutural
• A concepção estrutural corresponde
a “idealização” da estrutura

• O projeto arquitetônico serve como


base para a idealização da estrutura.

• Esta não deve apresentar


interferências com os demais
sistemas, como: instalações elétricas,
hidro sanitárias, de drenagem e etc.

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Roteiro para Concepção Estrutural


1. Lançamento dos pilares;
2. Lançamento das vigas e delimitação dos panos de laje;
3. Pré-dimensionamento dos elementos;
4. Determinação dos carregamentos;
5. Determinação dos esforços solicitantes;
6. Dimensionamento dos elementos;
7. Otimização/Refinamento da Estrutura.

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Concepção Estrutural

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Concepção Estrutural

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Pilares
• Comumente locados nos cantos, caixas de escada e elevador, no encontro de alvenarias;

• Sugere-se que os pilares estejam alinhados, formando pórticos com as vigas que os unem;

• Usualmente, adota-se distâncias entre pilares de 4 a 6 metros;

• Recomendações gerais:
 Larguras compatíveis com a alvenaria (preferencialmente);
 Posicionados os pilares de um pavimento, verificar se há interferências com outros
pavimentos;
 Na impossibilidade de compatibilização, vigas de transição (estruturas mais complexas)

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Pilares (Pré-Dimensionamento)
• Como um pré-dimensionamento dos pilares,
pode-se considerar uma carga total
estimada de 1tf/m² por pavimento e uma
tensão resistente estimada do pilar de
0,1tf/cm² (10MPa).

• Essa carga estimada é fictícia e inclui peso


próprio e sobrecargas.

• A tensão resistente do pilar é estimada em


10MPa, pois para esse caso se considera
apenas a força normal, sem o momento fletor.
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Pilares
• DIMENSÕES MÍNIMAS: Qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar
dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de
dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as
ações por um coeficiente adicional γn, (NBR 6118:2014 ).

Obs.: Em qualquer caso, não


se permite pilar com seção
transversal de área inferior a
360 cm². Exemplos de seções
mínimas: 14cm x ??cm,
15cm x ??cm, 18cm x ??cm.

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Vigas
• As vigas dividem o “pano” de laje e recebem as cargas verticais provenientes das lajes
além de alvenarias.

• Deve-se formar pórticos de contraventamento com os pilares.

• Recomendações Gerais:
 Largura das vigas compatíveis com a alvenaria (preferencialmente);
 Comumente são colocadas vigas para suportar cargas provenientes a alvenaria;
 Dimensões mais econômicas são para vãos de laje entre: 4 a 6 metros.
 Procura-se padronizar a altura das vigas para, no máximo, duas dimensões
(cimbramento).

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Vigas (Pré-Dimensionamento)

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Vigas

• Para vigas usuais, costuma-se


trabalhar com bitolas de:

 8mm ≤  ≤ 16mm (armadura


longitudinal – Flexão) ;

 5mm ≤  ≤ 8mm (armadura


transversal – Força cortante) ;

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Lajes Maciças
• As lajes recebem predominantemente as cargas,

• Para o pré-dimensionamento de lajes maciças deve-se dividir o menor dos vãos por 40.

• Pra lajes em balanço, divide-se o menor vão por 15.

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Lajes Maciças
• Porém, nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a
espessura (Item 13.2.4 da NBR 6118:2014):

 7 cm para cobertura não em balanço,


 8 cm para lajes de piso não em balanço,
 10 cm para lajes em balanço,
 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN,
 12 cm para peso total maior que 30 kN,
 16 cm para lajes lisas
 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.

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Lajes Treliçadas
• O sistema de lajes treliçadas, apesar de
ter grande volume moldado no local,
tem vantagem pela redução de
quantidade de formas e escoramentos se
comparado com o método convencional;

• Além da possibilidade de maior rapidez


de execução, economia de mão de obra
no local e diminuição da carga
permanente da estrutura.

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Lajes Treliçadas
• Durante a montagem, as vigotas são colocadas espaçadas, colocando entre elas blocos
vazados de concreto, material cerâmico ou ainda blocos de poliestireno expandido (EPS).

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Lajes Treliçadas
Ex.: LT16 (12,0 + 4,0) - (Enchimento + Capa)
• As vigotas treliçadas são
compostas por uma base de
concreto, a armação treliçada e se
necessário, uma armação adicional.

• A capa de concreto normalmente


varia de 3 a 5 centímetros, a altura
Sendo:
total de 10 a 20 centímetros e os hc: altura da capa = 4,0 cm;
intereixos normalmente são he: altura do elemento de enchimento = 12,0cm;
próximos de 40 centímetros. h:altura total = 12,0 + 4,0 = 16,0cm
hp: altura da pré-laje; (não informado)
Intereixo=42,0cm
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Lajes Treliçadas
• Lajes treliçadas biapoiadas são utilizadas
em geral para vãos da ordem de 4,0m.

• A altura varia de acordo com as


dimensões disponíveis em catálogos de
fabricantes.

• Para o pré-dimensionamento de lajes


treliçadas pode ser adotado uma altura
entre L/20 e L/30, sendo L o vão em que a
laje trabalha.

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Lajes Treliçadas (Métodos Executivos)


• Soluções Possíveis:

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Projeto

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81

Projeto

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ETU038 - Concreto Armado II

TQS

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89

TQS

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"O CAD/TQS® funciona


apenas como uma
ferramenta de trabalho a
serviço do engenheiro, e o
ajudará na produção de
projetos, que serão tão
bem elaborados quanto
for o trabalho de
concepção e análise
desenvolvido por ele.”

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