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Noções Gerais
“Jus Puniendi”:
Quando ocorre uma infração penal, surge o “jus puniendi”, ou seja, o direito de punir
exercido pelo Estado.
Processo:
O processo é o meio que possibilita o exercício do direito de punir do Estado. Funciona
ele como um complexo de atos coordenados visando ao julgamento da pretensão
punitiva.
“Jus Puniende” abstrato: Significa a norma em si, ou seja, para o Estado ter o direito de
punir tal ato, o mesmo terá que ter definição em Lei constando que é crime.
Abstrato está no plano intelectual, ( normativo ) o art 121 CP – “matar alguém”
Pena = reclusão
De 6 a 20 anos
É o direito de punir do Estado de forma abstrata, só sai do plano abstrato quando o
agente prática a conduta ilícita, o meio pelo qual o Estado se utiliza que damos o nome de
Direito Processual ou surge o direito de punir concreto.
“Jus Puniendi” concreto: É o próprio crime, ou seja, o fato típico e antijurídico.
Litígio: quando existe o conflito de interesses entre as partes, a do Estado de punir e do
agente de se defender, ou seja, conflito de interesses qualificado por uma pretensão
resistida.
São três as formas compositivas de resolver a lide, a saber:
A Autodefesa ou Autotutela: Significa fazer justiça com as próprias mãos, utilizado pela
força, historicamente na civilização mais antiga, hoje é terminantemente proibido, não se
confunde com a legítima defesa que é amparada pelo direito e é uma excludente da
ilicitude, uma vez que essa é permitida para se defender com moderação e não para
aplicar sanções.
A autodefesa também nos dias de hoje ampara pelo direito usada em Estado de
necessidade, cumprimento do dever legal.
Autocomposição: É quando as partes entram em um acordo amigável para resolver o
litígio; a Justiça do Trabalho é a justiça que mais utiliza a autocomposição, porém na
maioria das vezes é feito um acordo entre empregado e empregador, e esse acordo não é
justo.
No Direito Penal temos a Lei 9.099/95 – Transação Penal, ou seja, o Estado tem o direito
de punir e faz uma troca com o agente (acordo).
O Processo: É o meio mais racional e eficaz de composição da lide. Acordo sob um
prisma imparcial – juiz aplica a lei ao caso concreto, quando isso ocorre temos a tutela
jurisdicional.
• Narra-me os fatos que lhe direi o direito...
Relação Processual
a )Autor
b )Réu
c )Juiz
O juiz é sujeito imparcial, ele só julga está em posição de superioridade, as partes são
autor e réu e todos estão dentro de uma relação jurídica.
Procedimento Ordinário – Art 157
Procedimento – são seqüências de atos do processo, linear, progressiva, continua.
Conceitos de Processo Penal: É o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal objetivo, a sistematização dos órgãos de jurisdição
e respectivos auxiliares, bem como, da persecução (investigação) criminal, ou seja, é o
meio que conduz a aplicação da pena.
Direito Processual Penal: Direito Processual Penal é o ramo do direito público que
regula a atividade tutelar do Direito Penal. (aplicação da pena).
Instrumentalidade
O Direito Processual Penal tem um caráter instrumental: constitui o meio para fazer atuar
o direito penal material, tornando efetiva a função de prevenção e repressão das
infrações penais.
Autonomia:
É a ciência autônoma no campo da dogmática jurídica, uma vez que tem objeto e
princípios que lhe são próprios.
Instrumentalidade:
O Processo Penal tem como característica ser ele um instrumento para a realização do
Direito Material.
Finalidade:
α ) Ordenações Filipinas;
β ) Código de Processo Criminal (1832);
χ ) Códigos Processuais dos Estados (Constituição de 1891);
δ ) Retorno à unidade processual nacional (Constituição de 1934);
ε ) Código de Processo Penal (1941) - atualmente em vigor.
φ ) Lei de Execução Penal (1984) - passou a regular a matéria.
Nos crimes particulares, era a autotutela que prevalecia (não existia interesse nenhum do
Estado).
Nos crimes públicos, o Estado só intervinha se prejudicasse o próprio.
Nessa época era dente por dente, olho por olho, era usado a autotutela, o Estado só
intervia quando ele era atingido, era denunciado para uma Assembléia (membros da
monarquia), que providenciavam o julgamento, era nomeado um acusador entre reis,
príncipes, condes e encaminhado ao juiz para proceder ao julgamento. Buscava-se a todo
custo uma confissão do réu, ele deveria jurar inocência em praça pública em nome de
Deus que era inocente. Se ele fosse culpado, ficava a cargo de Deus. Com este tipo de
punição, os crimes foram aumentando, então surgiram os meios de prova de inocência, o
réu deveria provar a inocência (ônus da prova).
Meio de prova = tudo o que você faz para demonstrar as provas.
Meios de provas era de duas formas:
Era também de acordo com a gravidade do delito.
1º Juramento – a pessoa em praça pública jurava em nome de Deus que era inocente e
ficava a cargo de Deus.
2º Ordalhas - (juízos de Deus – providência divina), os juízes usavam dos seguintes
meios de provas:
- Duelos Judiciais (crimes menos graves)
2. Inquisitório:
No processo inquisitório, todas as funções (acusação, defesa e julgamento) passaram a
ser exercidas por uma só pessoa. Muito comum na Idade Média, a Igreja praticou
inúmeras atrocidades usando-se deste sistema.
4. Sistema Misto:
Adota tanto a fase inquisitória, para a apuração dos fatos, como posteriormente a
acusatória, que garante maiores garantias ao acusado.
2. Garantia de Contraditório:
Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
culpado.
6. Juiz Natural:
A ação penal deve ser proposta perante o órgão competente, indicado pela Constituição
(art. 5º, LIII, da CF).
8. Impulso Oficial:
Uma vez iniciada, porém, a ação penal, compete ao juiz do crime manter a ordem dos
atos e o seguimento do processo (art. 251 do CPP).
9. Verdade Real:
A função punitiva do Estado só pode fazer-se valer em frente àquele que, realmente,
tenha cometido uma infração; portanto o Processo Penal deve tender à averiguação e
descobrimento da verdade real ou verdade material, como fundamento da sentença.
Interpretar a lei é conseguir depreender do seu texto a sua real vocação, ou seja, saber
exatamente qual a vontade nela contida.
Há várias formas de se interpretar a lei processual penal:
a) interpretação doutrinal e judicial;
b) interpretação gramatical;
c) interpretação teleológica;
d) interpretação extensiva;
e) interpretação analógica.
Observação importante: não limite seus estudos ao material de apoio, consulte sempre a
bibliografia indicada.