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A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras

Dezembro/2018

A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras

Jéssica Candeia de Andrade - jessicacandeia17@hotmail.com


MBA Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Resumo
Ao longo dos anos, a gestão de obras tem sido cada vez mais complexa diante do mercado
competitivo que este setor está inserido. Dessa forma, a aplicação de ferramentas que podem
ser utilizadas para facilitar o controle é indispensável. Assim o princípio da Curva ABC é
empregado em busca de um melhor gerenciamento de uma obra. Tem-se por objetivo
exemplificar a empregabilidade deste método e quais as suas vantagens em um estudo de caso
de um orçamento analítico. Utilizaram-se as pesquisas exploratórias e bibliográficas e o
estudo de caso, para atingir a finalidade. O orçamento é de uma obra localizada no centro da
cidade de Manaus e se resume a uma pequena reforma para melhoria do empreendimento. O
estudo demonstrou os serviços que correspondem a 50% da receita gasta e os itens que
deverão ter prioridade na sua aquisição, mostrando que o Princípio da Curva ABC é
realmente válido, que o critério de avaliação criado por Vilfredo Pareto é consistente e
coerente. Portanto, com uma maior organização das informações e um maior controle das
mesmas o engenheiro e o arquiteto dispõem de instrumentos que cada vez mais os capacitam
para solucionar o desafio que é a gestão de obras.

Palavras-chave: Curva ABC. Gestão de obras. Controle. Prioridade.

1. Introdução
O gerenciamento de obras no Brasil é uma função realizada pelos engenheiros e
arquitetos, conforme regulamentação da Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. O ato de
gerenciar é basicamente administrar e definir metas, onde se possa obter um resultado final,
compreendendo as ações de organização, planejamento e execução de atividades. Em relação
à construção civil, a gestão é iniciada desde a concepção da obra, atingindo todos os setores
como o de orçamento, de planejamento, de suprimentos, de recursos humanos, do financeiro,
entre outros. Para que se obtenha êxito nessa função é necessário que os gestores consigam
conduzir todos os recursos com restrições, como, por exemplo, ao cronograma, ao custo, entre
outros.
Em um mundo competitivo das empresas deste setor, onde uma obra é uma atividade
econômica ativa, percebe-se que a gestão se tornou uma atividade bastante complexa, sempre
em busca de resultados cada vez mais eficientes. Segundo Aldo Dórea Mattos (2010),
planejar é garantir de certa maneira a perpetuidade da empresa pela capacidade que seus
gestores têm de obter respostas de maneira rápida e correta por meio da supervisão dos
projetos e suas possíveis mudanças estratégicas, com intuito de minimizar os erros e riscos.

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Isto posto, é indispensável o uso de ferramentas capazes de facilitar a identificação de um


melhor caminho para atender todos os requisitos de controle e gerenciamento.
Diante desse contexto um dos métodos utilizados é o Princípio da Curva ABC, no qual
permite a identificação dos pontos críticos, para que estes possuam tratamento singular,
interferindo diretamente nas ações a serem tomadas. A ABC consiste em demonstrar uma
relação de itens de forma decrescente, onde os do topo possuem uma maior significância aos
abaixo da lista. Para o engenheiro ou arquiteto é de grande importância saber quais são os
principais insumos da obra, o total de cada item e seu custo em relação ao todo, isso auxilia a
privilegiar as atitudes a serem tomadas e canalizar os esforços nos mesmos.
Baseado nisso, o artigo tem por objetivo identificar as vantagens que a aplicação do
método da curva ABC resulta dentro do processo de uma gestão de obras, com a análise de
um orçamento analítico de uma obra.

2. Procedimentos metodológicos
Segundo Antônio Carlos Gil (2008), uma pesquisa pode ser definida como o
procedimento que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. Vários
são os tipos existentes e podem ser divididas quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos
técnicos. Aos objetivos são elas: as pesquisas exploratória, descritiva e explicativa. Já quanto
aos procedimentos técnicos são: as pesquisas bibliográfica, documental, experimental e ex-
post facto, estudo de coorte, levantamento, estudo de campo, estudo de caso, pesquisa-ação e
pesquisa participante.
A pesquisa caracterizou-se em exploratória, em relação ao objetivo, e em pesquisa
bibliográfica e estudo de campo, em relação aos procedimentos técnicos. Desenvolvida a
exploratória para proporcionar uma visão geral do fato, pois sua finalidade é esclarecer e
modificar os conceitos. A bibliográfica é realizada com base em material já elaborado (livros,
artigos científicos, anais de congresso, entre outros). Já o estudo de campo é efetivado por
meio de instrumentos, procedimentos, coleta e análise de dados. Assim, utiliza-se a pesquisa
exploratória e bibliográfica para contextualizar a situação e o estudo de caso para retratar o
uso do instrumento na prática. Dessa forma, a abordagem metodológica adotada foi com base
nos conceitos apresentados por Gil (2008).

3. Fases de uma obra


Para compreender a gestão de uma obra e como a curva ABC pode ser utilizada e quais
são os seus benefícios é preciso entender quais são as fases de uma obra. Assim, de maneira
geral toda obra é um projeto e possui um ciclo de vida, contendo fases conforme a Figura 1.

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Concepção

Orçamentação e Planejamento
Projeto

Execução

Entrega Final

Figura 1-Fases de um projeto


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
A concepção é propriamente o desenvolvimento do anteprojeto, onde podemos definir o
escopo básico, identificação do tipo da fonte orçamentária e viabilidade técnica desse
empreendimento verificando se é possível atender os objetivos técnicos, financeiros e
econômicos que foram estabelecidos pelo seu proprietário.
Na fase de planejamento e orçamentação é a etapa onde são executados os projetos
básicos que ao decorrer do tempo possui o seu detalhamento para assim ter os projetos
executivos, o orçamento analítico onde é realizada a composição de custos dos serviços,
insumos e mão de obra, o controle e planejamento de gastos e materiais, os cronogramas
físicos e financeiros e termos e condições contratuais.
A execução é onde propriamente ocorre a obra civil, tendo em base o orçamento
realizado com os serviços, materiais, mão de obra e equipamentos para atender a sua
finalização. É nessa fase que acontece toda a parte de administração contratual, onde as áreas
de suprimentos, financeiro, planejamento e engenharia atuam de maneira mais ativa,
controlando as compras, as medições, o orçamento, os aditivos (que podem ser de prazo ou
serviços), fiscalização, pagamentos, entre outros.
A entrega final é a fase onde ocorre a finalização da obra, é nela onde se coloca em teste
e funcionamento o empreendimento, onde se faz um checklist final para recebimento pelo
cliente. A parte contratual também é atuante, é nela que ocorre a transferência das
responsabilidades do empreendimento e o recebimento provisório e definitivo da obra. Em
alguns casos, acontece ainda a fase da pós-obra onde ocorre a manutenção e/ou recuperação
de itens que não estavam de acordo com o esperado.
Assim, como se podem analisar as fases de uma obra são de grande relevância para o
controle e a gestão da mesma. Pode-se visualizar na Figura 2 uma linha de como é o

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funcionamento em relação ao tempo e nível de custos e pessoal que o projeto de uma obra
demanda, tendo uma visão da sua complexidade.

Figura 2-Organização de um Projeto


Fonte: Roberto Gil Espinha (2017)

Por isso, com um planejamento detalhado é possível definir prioridades, onde as fases da
obra possam levar menos tempo para serem realizadas, fazer planos de ataque com o objetivo
de diminuir os custos, estabelecer os prazos para atingir as metas, controlar a compra de
materiais, entre outros benefícios, e com o uso da curva ABC essa missão é realizada com
mais facilidade.
4. O Princípio da Curva ABC
De acordo com Moacyr Pereira (1999) o princípio da Curva ABC, também conhecido por
princípio 80/20, Lei de Pareto ou regra 80/20 foi atribuído ao economista italiano Vilfredo
Pareto, que teve por motivação para criação da ferramenta a análise de renda e riqueza na
Inglaterra do século XIX. Percebeu-se que a distribuição de renda não se manifestava de
forma igualitária, ocorrendo a concentração de riqueza (80%) na pequena parcela da
população (20%). A teoria veio realmente voltar a ser estudada por um professor de filosofia
de Harvard, George K. Zipf, após a Segunda Guerra Mundial, com o nome de Princípio do
Menor Esforço de Zipf, que era uma releitura do de Pareto, onde segundo Richard Koch
(2015) 80% daquilo que se realiza é resultado de 20% do tempo gasto.
Dessa forma, percebe-se que há uma desarmonia entre o que deve ser feito para se obter
um maior percentual dos objetivos alcançados. O método é capaz de mostrar os elementos dos
quais se devem ser despendidos tempo, energia e negociações para se obter o menor custo
possível para sua obra. Vale ressaltar que se pode realizar o ABC para os insumos, os
serviços, as mãos de obra, os equipamentos, assim quanto mais detalhadas forem, um maior
controle de gestão será executado.

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De acordo com Aldo Dória Mattos (2006) a classificação desses itens para a construção
civil pode ser dado por:

a) Classe A: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo alto representam 50%
do custo total;
b) Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário
representam 30% do custo total;
c) Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo representam os
20% do custo total.

Os itens e seu grau de importância podem ser demonstrados por meio de gráficos ou
por meio de listagem. Quando apresentado em gráfico (Figura 3), o eixo das abscissas
específica os itens a serem analisados, nas obras ficam reservados os itens como insumos,
serviços, equipamentos e mão de obra, por exemplo, já o eixo das ordenadas mostra o
percentual dos valores em relação ao total (porcentagem cumulativa).

Figura 3-Demonstrativo Curva ABC


Fonte: Bruno Nardi (2017)
Quando mostrado em lista, é realizada uma enumeração de itens onde o grau de
relevância é colocado de maneira decrescente. As linhas são preenchidas pelos artigos que
desejam ser estudados e as colunas são definidas por item, unidade, quantidade, preço
unitário, preço total, porcentagem que representa este item em relação ao todo e o percentual
acumulado, como podemos ver na Tabela 1.

Preço Preço Porcentagem Porcentagem


Item Unidade Quantidade
Unitário Total Relativa Acumulada
Tabela 1-Demonstrativo de Lista de ABC
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

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5. Benefícios da curva ABC


A utilização da Curva ABC permite que o administrador/gerente da obra consiga
identificar os pontos críticos e direcionar os esforços para uma melhor negociação. De acordo
com Aldo Dória Mattos (2006) várias vantagens são abordadas, tais como:

a) Controle do orçamento: com a priorização dos itens a serem comprados, ocorre um


maior controle para as negociações e cotações de preços;
b) Hierarquia dos insumos: existe uma ordem de preferência de quais itens tem uma
maior importância econômica, onde os insumos da Classe A, por exemplo, são os que
devem possuir um cuidado superior para sua aquisição;
c) Priorização para redução de custos: com o estoque planejado é possível fiscalizar e
controlar melhor os custos, evitando os desperdícios;
d) Atribuição de responsabilidades: o processo da compra dos insumos passa por uma
reestruturação onde os itens dos quais possuem maior relevância ficam sobre a
responsabilidade do administrador da obra, já os que não possuem um grande impacto
ficam a cargo dos compradores com grau de hierarquia menor;
e) Avaliação de impactos: sempre ocorre variação de preços dos insumos, a utilização da
ferramenta ajuda a mensuração do impacto de oscilação;
f) Organização de estoque: há maior facilidade em saber quais são os itens que devem
ser comprados e quais estão disponíveis no estoque, por conta do maior controle;
g) Investimentos: o administrador pode utilizar o caixa da empresa de uma maneira mais
eficiente, pois detêm das informações sobre todos os gastos de maneira organizada;
h) Lucratividade: menor desperdício e uma organização no planejamento geram uma
maior lucratividade à empresa.

6. Estudo de Caso
Logo com todas as informações, verifica-se a aplicabilidade dessa ferramenta em um
orçamento de uma reforma em um prédio comercial na cidade de Manaus. A planilha
orçamentária analítica (Tabela 2) foi desenvolvida com base nos preços da Pini na TCPOweb
e nela é possível encontrar os serviços, seus devidos quantitativos e preços.

Preço
Cód. Descrição Unid. Qtde. Preço total
unitário
1 PESSOAL PERMANENTE R$ 3.929,57
1.1 Mestre de obras mês 1,00 R$ 2.933,77 R$ 2.933,77
1.2 Servente mês 1,00 R$ 995,80 R$ 995,80
2 ALVENARIA E VEDAÇÕES R$ 11.773,30
2.1 Alvenaria de 14x19x39 cm m² 272,53 R$ 43,20 R$ 11.773,30
3 IMPERMEABILIZAÇÕES R$ 314,52
Impermeabilização de áreas
3.1 molhadas com argamassa m² 16,08 R$ 19,56 R$ 314,52
polimérica

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4 ACABAMENTO ALVENARIA R$ 19.463,12


4.1 Chapisco m² 545,06 R$ 3,62 R$ 1.973,12
4.2 Emboço m² 545,06 R$ 22,19 R$ 12.094,88
4.3 Reboco m² 410,90 R$ 13,13 R$ 5.395,12
5 REVESTIMENTO INTERNO R$ 37.270,89
5.1 Revestimento cerâmico (30x30 cm) m² 134,16 R$ 41,22 R$ 5.530,08
5.2 Piso porcelanato (40 x 40 cm) m² 314,63 R$ 84,96 R$ 26.730,96
5.3 Rodapé em porcelanato (h=10 cm) m 309,25 R$ 16,20 R$ 5.009,85
6 PINTURA R$ 21.928,55
6.1 Pintura na cor branco neve m² 1.926,41 R$ 7,30 R$ 14.062,79
6.2 Emassamento de parede m² 1.808,22 R$ 4,35 R$ 7.865,76

TOTAL R$ 94.679.95
Tabela 2-Planilha Orçamentária Prédio Comercial
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Somente após a formulação da planilha orçamentária analítica é possível à realização


da curva ABC dos serviços, deste modo à curva do empreendimento do prédio comercial se
encontra na Tabela 3.

Preço
Descrição Unid. Qtde. Preço total % % Acumulada
unitário
Piso porcelanato (40 x 40
m² 314,63 R$ 84,96 R$ 26.730,96 28,23% 28,23%
cm)

Pintura na cor branco neve m² 1.926,41 R$ 7,30 R$ 14.062,79 14,85% 43,09%

Emboço m² 545,06 R$ 22,19 R$ 12.094,88 12,77% 55,86%


Alvenaria de 14x19x39 cm m² 272,53 R$ 43,20 R$ 11.773,30 12,43% 68,30%
Emassamento de parede m² 1.808,22 R$ 4,35 R$ 7.865,76 8,31% 76,60%
Revestimento cerâmico
m² 134,16 R$ 41,22 R$ 5.530,08 5,84% 82,44%
(30x30 cm)
Reboco m² 410,90 R$ 13,13 R$ 5.395,12 5,70% 88,14%

Rodapé em porcelanato
m 309,25 R$ 16,20 R$ 5.009,85 5,29% 93,43%
(h=10 cm)

Mestre de obras mês 1,00 R$ 2.933,77 R$ 2.933,77 3,10% 96,53%

Chapisco m² 545,06 R$ 3,62 R$ 1.973,12 2,08% 98,62%


Servente mês 1,00 R$ 995,80 R$ 995,80 1,05% 99,67%

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Impermeabilização de áreas
molhadas com argamassa m² 16,08 R$ 19,56 R$ 314,52 0,33% 100,00%
polimérica
Tabela 3- Planilha curva ABC dos serviços
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
Os itens em azul correspondem aos serviços na Classe A, onde coincide a
aproximadamente 50% do custo total da reforma, os de verde a de Classe B a 30% do custo e
os de laranja os de Classe C. No Gráfico 1 é visível a curva dos serviços em relação ao total
do empreendimento.

100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%

Itens

Gráfico 1-Curva ABC dos Serviços


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Porém o que é mais importante para o administrador/gerente da obra é saber quais os


itens dos serviços que possuem um maior valor econômico.
Para a execução da curva dos insumos e mão de obra é necessário ter as composições
unitárias de cada serviço (ANEXO A - disponibilizadas pela Pini na TCPOweb) para que se
possa obter o cálculo de consumo de cada item.
Diante disto, utiliza-se para exemplificar o método de contabilização de cada insumo o
item cimento. Este item se repete em cinco composições unitárias mostradas no ANEXO A.

a) Alvenaria de 14x19x39 cm

Quantidade: 3,5126 kg/m² x 272,53 m² = 957,28 kg

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Preço Total: 272,53 m² x R$ 2,49/m² = R$ 678,60

Quant. Planilha Quant.


Quant. Unit. Preço Preço Total
Item Unid. Orçamentária Total
(m²) Unit. (R$) (R$)
(m²) (m²)
Cimento kg 272,53 3,5126 957,28 2,49 678,60
Tabela 4 - Consumo cimento Alvenaria
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

b) Rodapé em porcelanato (h=10 cm)

Quantidade: 0,1456 kg/m x 309,25 m = 45,02 kg


Preço Total: 309,25 m x R$ 0,10/m = R$ 30,93

Quant. Planilha Quant.


Quant. Unit. Preço Preço Total
Item Unid. Orçamentária Total
(m) Unit. (R$) (R$)
(m) (m)
Cimento kg 309,25 0,1456 45,02 0,10 30,93
Tabela 5 - Consumo cimento Rodapé
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
c) Chapisco

Quantidade: 2,43 kg/m² x 545,06 m² = 1.324,49 kg


Preço Total: 545,06 m² x R$ 1,73/m² = R$ 942,95

Quant. Planilha Quant.


Quant. Unit. Preço Preço Total
Item Unid. Orçamentária Total
(m²) Unit. (R$) (R$)
(m²) (m²)
Cimento kg 545,06 2,43 1.324,49 1,73 942,95
Tabela 6 - Consumo cimento Chapisco
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
d) Emboço

Quantidade: 7,29 kg/m² x 545,06 m² = 3.973,48 kg


Preço Total: 545,06 m² x R$ 5,18/m² = R$ 2.823,41

Quant. Planilha Quant.


Quant. Unit. Preço Preço Total
Item Unid. Orçamentária Total
(m²) Unit. (R$) (R$)
(m²) (m²)
Cimento kg 545,06 7,29 3.973,48 5,18 2.823,41
Tabela 7- Consumo cimento Emboço
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
e) Reboco

Quantidade: 3,765 kg/m² x 410,90 m² = 1.547,03 kg


Preço Total: 410,90 m² x R$ 2,67/m² = R$ 1.097,10

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Quant. Planilha Quant.


Quant. Unit. Preço Preço Total
Item Unid. Orçamentária Total
(m²) Unit. (R$) (R$)
(m²) (m²)
Cimento kg 410,90 3,765 1.547,03 2,67 1.097,10
Tabela 8- Consumo cimento Reboco
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Logo, tem-se a Tabela 9 com todos os dados da quantidade de consumo de cimento e


seu preço final.

Item Unid. Consumo Total (kg) Preço Total (R$)


Cimento kg 7.847,30 5.572,99
Tabela 9 - Consumo cimento total da planilha orçamentária
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Deste modo, para se descobrir todos os consumos é preciso repetir esse processo para
cada item é assim obter a curva final dos insumos e da mão de obra (Tabela 10):

Preço Consum
Descrição Unid. Preço total % % Acumulada
Unitário o Total
Porcelanato polido 40
m² R$ 60,00 374,40 R$ 22.464,58 23,73% 23,73%
x 40 cm
Pintor h R$ 6,13 1.313,02 R$ 8.046,82 8,50% 32,23%
Bloco cerâmico furado
para alvenaria 14 x 19 un R$ 2,16 3.576,95 R$ 7.726,23 8,16% 40,39%
x 39 cm
Pedreiro h R$ 6,13 1.024,63 R$ 6.277,03 6,63% 47,02%
Cimento CP-32 kg R$ 0,71 7.847,30 R$ 5.572,99 5,89% 52,90%
Servente h R$ 4,53 11.91,81 R$ 5.400,07 5,70% 58,61%
Placa cerâmica
esmaltada 30 x 30 cm
m² R$ 32,02 147,57 R$ 4.725,12 4,99% 63,60%
x 8 mm resistência a
abrasão 3
Ajudante de pintor h R$ 4,53 1.035,88 R$ 4.708,47 4,97% 68,57%

Tinta látex PVA fosca l R$ 12,20 327,48 R$ 3.987,67 4,21% 72,78%


Rodapé cerâmico 40 x
m R$ 11,56 340,17 R$ 3.933,66 4,15% 76,94%
8 x 0,8 cm
Cal hidratada CH III kg R$ 0,70 4.975,78 R$ 3.481,16 3,68% 80,61%
Areia média lavada m³ R$ 97,86 31,75 R$ 3.112,78 3,29% 83,90%
Mestre de obras mês R$ 2.933,77 1,00 R$ 2.933,77 3,10% 87,00%
Argamassa pré-
fabricada de cimento kg R$ 1,03 2.831,67 R$ 2.916,62 3,08% 90,08%
colante para

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assentamento de
porcelanato
Massa corrida base
kg R$ 1,63 1.265,75 R$ 2.061,38 2,18% 92,26%
PVA
Selador base PVA para
l R$ 7,52 231,16 R$ 1.733,77 1,83% 94,09%
pintura látex
Ladrilhista h R$ 7,47 231,20 R$ 1.727,85 1,82% 95,91%
Lixa grana 100 para
superfície un R$ 1,16 1.204,88 R$ 1.390,44 1,47% 97,38%
madeira/massa
Servente mensalista mês R$ 995,80 1,00 R$ 995,80 1,05% 98,43%
Aditivo
impermeabilizante e
kg R$ 12,41 41,09 R$ 509,52 0,54% 98,97%
plastificante em pó
para argamassas
Azulejista h R$ 7,47 53,66 R$ 401,14 0,42% 99,39%
Argamassa pré-
fabricada de cimento
colante para kg R$ 0,53 590,30 R$ 312,59 0,33% 99,72%
assentamento de peças
cerâmicas
Argamassa polimérica
kg R$ 5,40 48,24 R$ 260,49 0,28% 100,00%
impermeabilizante
Tabela 10- Planilha Curva ABC dos insumos e mão de obra
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Como na Tabela 3, os itens da Tabela 10 em azul correspondem aos serviços na Classe


A, onde coincide a aproximadamente 50% do custo total da reforma, os de verde a de Classe
B, 30% do custo, e o de laranja os de Classe C.

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A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras

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100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
Placa cerâmica esmaltada 30 x …

Argamassa pré-fabricada de …

Argamassa pré-fabricada de …
Argamassa polimérica…
Bloco cerâmico furado para …

Rodapé cerâmico 40 x 8 x 0,8 …

Selador base PVA para pintura …

Lixa grana 100 para superfície…

Aditivo impermeabilizante e …
0,0%
Servente
Pintor

Ladrilhista

Azulejista
Ajudante de pintor
Pedreiro

Servente mensalista
Cimento CP-32

Mestre de obras
Tinta látex PVA fosca

Areia média lavada

Massa corrida base PVA


Porcelanato polido 40 x 40 cm

Cal hidratada CH III

Itens

Gráfico 2 - Curva ABC dos insumos e mão de obra


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Para um controle ainda mais apurado as empresas separam os itens nas curvas de
insumos e de mão de obra, para deste jeito se obter um melhor planejamento nos setores
responsáveis. Nas Tabelas 11 e 12, podem-se ver esses elementos separados.

Preço Consumo %
Descrição Unid. Preço total %
Unitário Total Acumulada
Porcelanato polido 40
m² R$ 60,00 374,40 R$ 22.464,58 35,00% 35,00%
x 40 cm
Bloco cerâmico furado
para alvenaria 14 x 19 un R$ 2,16 3.576,95 R$ 7.726,23 12,04% 47,03%
x 39 cm
Cimento CP-32 kg R$ 0,71 7.847,30 R$ 5.572,99 8,68% 55,72%
Placa cerâmica
esmaltada 30 x 30 cm
m² R$ 32,02 147,57 R$ 4.725,12 7,36% 63,08%
x 8 mm resistência a
abrasão 3
Tinta látex PVA fosca l R$ 12,20 327,48 R$ 3.987,67 6,21% 69,29%

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Rodapé cerâmico 40 x
m R$ 11,56 340,17 R$ 3.933,66 6,13% 75,42%
8 x 0,8 cm
Cal hidratada CH III kg R$ 0,70 4.975,78 R$ 3.481,16 5,42% 80,84%
Areia média lavada m³ R$ 97,86 31,75 R$ 3.112,78 4,85% 85,69%
Argamassa pré-
fabricada de cimento
colante para kg R$ 1,03 2.831,67 R$ 2.916,62 4,54% 90,23%
assentamento de
porcelanato
Massa corrida base
kg R$ 1,63 1.265,75 R$ 2.061,38 3,21% 93,45%
PVA
Selador base PVA para
l R$ 7,52 231,16 R$ 1.733,77 2,70% 96,15%
pintura látex
Lixa grana 100 para
superfície un R$ 1,16 1.204,88 R$ 1.390,44 2,17% 98,31%
madeira/massa
Aditivo
impermeabilizante e
kg R$ 12,41 41,09 R$ 509,52 0,79% 99,11%
plastificante em pó
para argamassas
Argamassa pré-
fabricada de cimento
colante para kg R$ 0,53 590,30 R$ 312,59 0,49% 99,59%
assentamento de peças
cerâmicas
Argamassa polimérica
kg R$ 5,40 48,24 R$ 260,49 0,41% 100,00%
impermeabilizante
Tabela 11 - Planilha curva ABC dos insumos
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Uni Preço Consumo


Descrição Preço total % % Acumulada
d. Unitário Total
Pintor h R$ 6,13 1.313,02 R$ 8.046,82 26,39% 26,39%

Pedreiro h R$ 6,13 1.024,63 R$ 6.277,03 20,59% 46,98%

Servente h R$ 4,53 1.191,81 R$ 5.400,07 17,71% 64,69%

Ajudante de pintor h R$ 4,53 1.035,88 R$ 4.708,47 15,44% 80,13%

Mestre de obras mês R$ 2.933,77 1,00 R$ 2.933,77 9,62% 89,75%

Ladrilhista h R$ 7,47 231,20 R$ 1.727,85 5,67% 95,42%

Servente mensalista mês R$ 995,80 1,00 R$ 995,80 3,27% 98,68%

Azulejista h R$ 7,47 53,66 R$ 401,14 1,32% 100,00%


Tabela 12 - Planilha curva ABC da mão de obra
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

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7. Resultados e Discussões
Após o estudo, é visto que é de suma importância saber os itens que são mais relevantes
para a reforma do empreendimento, como Aldo Dória Mattos (2006) exemplificou os insumos
das Classes A, B e C foram separados para a definição de prioridades, nesse caso os serviços
que devem possuir uma atenção especial são os de piso porcelanato (40 x 40 cm), pintura na
cor branco neve e o emboço, já os itens com maior valor econômico são os porcelanato polido
40 x 40 cm, pintor e o bloco cerâmico furado para alvenaria 14 x 19 x 39 cm. Para cada etapa
da obra a informação gerada pela curva ABC tem uma função específica.
Na fase de orçamentação os serviços de piso porcelanato (40 x 40 cm), pintura na cor
branco neve e o emboço são os que possuem um maior impacto financeiro, desta maneira,
deve-se obter uma cotação bem precisa com a realidade local, pois se estiverem cotados com
valores inexequíveis a obra pode resultar em um desequilíbrio financeiro.
Na fase do planejamento o princípio é necessário para dar prioridade em quais itens
deverão ser comprados e quais são as contratações de mão de obra para atender tanto os
valores de orçamento almejado quanto ao cronograma da obra. Assim se for mais vantajoso
comprar o item fora da cidade onde está sendo realizado o empreendimento é preciso verificar
a disponibilidade de quantitativo, o tempo de entrega, o frete para a localidade, e diante disso
averiguar se é possível atender ao cronograma.
No setor de suprimentos o método da curva auxilia a quais itens deverão ter uma
negociação para atingir uma maior lucratividade. No estudo de caso, os insumos porcelanato
40 x 40 cm, o bloco cerâmico 14 x 19 x 39 cm e o cimento seriam os que teriam um cuidado
especial, desta forma tendo impacto significativo no orçamento.
Para o setor de recursos humanos é vantajoso à escolha do método, pois o pintor e o
pedreiro, também encontrados na Classe A da mão de obra, são responsáveis por um
percentual significante na curva, sendo a contratação desses profissionais função desse setor,
desta maneira quanto melhor for o funcionário, melhor irá atender aos padrões.
No financeiro, intervém para a escolha de pagamento das parcelas dos fornecedores,
tendo uma maior abertura de comercialização entre as partes.
No setor de produção/executivo da obra, essas informações ajudam a equipe a priorizar
os serviços e assim atender a demanda que é necessária para o tempo estabelecido. No prédio
comercial, os serviços do piso de porcelanato e de pintura são os precisam que ter agilidade
para que se possa atingir o prazo e também para alertar a equipe de suprimentos da
necessidade dos materiais em estoque, para que toda a produtividade seja alcançada.
Na entrega da obra, pode-se também utilizar o método para a análise de custos, se aquilo
que foi previsto no orçamento analítico é compatível com a realidade.
Portanto, isso orienta o administrador da obra para os pontos essenciais de mediação
tanto para a contratação dos melhores profissionais para assim atender ao cronograma da obra
quanto para a negociação dos insumos.

8. Conclusão
Tendo em vista os aspectos observados, analisou-se que a aplicabilidade do método da
curva ABC ou Lei de Pareto abrange todas as etapas das obras, e além de ser executada de

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maneira simples possui inúmeros benefícios, que mantém o gerenciamento de custos cada vez
mais de maneira consistente e coerente com o mercado da engenharia.
Sua construção é realizada por meio de planilhas eletrônicas que facilitam a organização
das informações, porém há softwares de gestão que são feitos específicos para auxiliar o
desenvolvimento do método.
A avaliação da aplicabilidade do estudo de caso tem por ponto principal a obtenção da
curva ABC para a análise de informação sobre o quantitativo de cada item e o investimento
que neles são empregados. A partir dessas informações coletadas o seu uso busca a melhoria
contínua, a redução de custos, o gerenciamento dos materiais a serem comprados e em
estoque, o controle mais aplicável do fluxo de caixa, melhoria do nível de serviço,
instrumento de aumento de produtividade, podendo com ela determinar com mais precisão os
itens que deverão ter uma maior prioridade na obra.
Outro resultado da sua utilização é que por conta do seu maior controle existe a
possibilidade do redirecionamento do valor economizado para investimentos ou outras áreas
da obra.
Logo, com uma maior organização das informações e obtenção de prioridades os
engenheiros e os arquitetos dispõem de instrumentos que os capacitam para enfrentar o
desafio que é o gerenciamento de obras.

Referências
BRASIL. Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, dez, 1966. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5194.htm>. Acesso em 03 de janeiro de 2018.

ESPINHA. R. G. Ciclo de Vida de Projetos. Disponível em: < http://artia.com/blog/ciclo-de-


vida-de-projetos/>. Acesso em 04 de janeiro de 2018.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 220 p.

KOCH, R. O Princípio 80/20: Os segredos para conseguir mais com menos nos negócios
da vida. Tradução Cristina Sant’Anna. 1. ed. Belo Horizonte: Editora Gutenberg, 2015. 256
p.

MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Editora Pini, 2010. 426 p.

MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos


de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006. 286 p.

NARDI, B. Curva ABC no controle de estoque: Identifique produtos mais rentáveis.


Disponível em: <http://excelsolucao.com.br/blog-empresarial/curva-abc-no-controle-de-
estoque-identifique-os-seus-produtos-mais-rentaveis-e-otimize-gestao/>. Acesso em 05 de
janeiro de 2018.

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PEREIRA, M. O uso da curva ABC nas empresas. 1 dez. 1999. Disponível em


<https://archive.is/m3wkM#selection-901.16-904.0>. Acesso em 05 de janeiro de 2018.

TCPOweb. TCPOweb padrão - Bases PINI. Disponível em


<http://tcpoweb.pini.com.br/home/home.aspx>. Acesso em 06 de janeiro de 2018.

ANEXO A – Composições Unitárias dos Serviços (TCPOweb)

Mestre de obras mês


Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Mestre de obras MOD mês 1,00 2.933,77 2.933,77
Total de M.O 2.933,77
Total de MAT 0,00
Total 2.933,77

Servente mês
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Servente mensalista MOD mês 1,00 995,80 995,80
Total de M.O 995,80
Total de MAT 0,00
Total 995,80

Alvenaria de vedação com blocos cerâmicos furados 14 x 19 x 39 cm furos verticais,


espessura da parede 14 cm, juntas de 10 mm, assentado com argamassa mista de m²
cimento, cal e areia traço 1:2:8
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)

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Pedreiro MOD h 0,75 6,13 4,60


Servente MOD h 0,663 4,53 3,00
Areia média lavada MAT m³ 0,023546 97,86 2,30
Cimento CP-32 MAT kg 3,5126 0,71 2,49
Cal hidratada CH III MAT kg 3,5126 0,70 2,46
Bloco cerâmico furado para
alvenaria 14 x 19 x 39 cm MAT un 13,125 2,16 28,35

Total de M.O 7,60


Total de MAT 35,60
Total 43,20

Impermeabilização com argamassa polimérica impermeabilizante m²


Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pedreiro MOD h 0,40 6,13 2,45
Servente MOD h 0,20 4,53 0,91
Argamassa polimérica
impermeabilizante MAT kg 3,00 5,40 16,20

Total de M.O 3,36


Total de MAT 16,20
Total 19,56

Piso cerâmico esmaltado 30 x 30 cm assentado com argamassa pré-fabricada de



cimento colante
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Azulejista MOD h 0,40 7,47 2,99
Servente MOD h 0,15 4,53 0,68
Argamassa pré-fabricada de
cimento colante para MAT kg 4,40 0,53 2,33
assentamento de peças cerâmicas
Placa cerâmica esmaltada 30 x 30
cm x 8 mm resistência a abrasão MAT m² 1,10 32,02 35,22
3
Total de M.O 3,67
Total de MAT 37,55
Total 41,22

Porcelanato polido 40 x 40 cm assentado com argamassa pré-fabricada de cimento



colante
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Ladrilhista MOD h 0,44 7,47 3,29
Servente MOD h 0,22 4,53 1,00

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Argamassa pré-fabricada de
cimento colante para MAT kg 9,00 1,03 9,27
assentamento de porcelanato

Porcelanato polido 40 x 40 cm MAT m² 1,19 60,00 71,4

Total de M.O 4,29


Total de MAT 80,67
Total 84,96

Rodapé cerâmico assentado com argamassa mista de cimento, cal e areia altura 8
m
cm
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Ladrilhista MOD h 0,30 7,47 2,24
Servente MOD h 0,208 4,53 0,94
Areia média lavada MAT m³ 0,000976 97,86 0,10
Cimento CP-32 MAT kg 0,1456 0,71 0,10
Cal hidratada CH III MAT kg 0,1456 0,70 0,10
Rodapé cerâmico 40 x 8 x 0,8
MAT m 1,10 11,56 12,72
cm
Total de M.O 3,18
Total de MAT 13,02
Total 16,20

Chapisco para parede com argamassa de cimento e areia traço 1:3 m²


Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pedreiro MOD h 0,10 6,13 0,61
Servente MOD h 0,15 4,53 0,68
Areia média lavada MAT m³ 0,0061 97,86 0,60
Cimento CP-32 MAT kg 2,43 0,71 1,73
Total de M.O 1,29
Total de MAT 2,33
Total 3,62

Emboço para parede # 3 cm com argamassa mista de cimento, cal e areia traço

1:2:6
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pedreiro MOD h 0,79 6,13 4,84
Servente MOD h 0,77 4,53 3,49
Areia média lavada MAT m³ 0,0366 97,86 3,58
Cimento CP-32 MAT kg 7,29 0,71 5,18

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Cal hidratada CH III MAT kg 7,29 0,70 5,10


Total de M.O 8,33
Total de MAT 13,86
Total 22,19

Reboco para parede interna # 0,5 cm com argamassa de cimento e areia peneirada

traço 1:1,5, com aditivo impermeabilizante, acabamento liso
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pedreiro MOD h 0,80 6,13 4,90
Servente MOD h 0,8587 4,53 3,89
Areia média lavada MAT m³ 0,00435 97,86 0,43
Cimento CP-32 MAT kg 3,765 0,71 2,67
Aditivo impermeabilizante e
plastificante em pó para MAT kg 0,10 12,41 1,24
argamassas
Total de M.O 8,79
Total de MAT 4,34
Total 13,13

Pintura com tinta látex PVA em parede interna, com duas demãos m²
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pintor MOD h 0,40 6,13 2,45
Ajudante de pintor MOD h 0,35 4,53 1,59
Lixa grana 100 para superfície
MAT un 0,25 1,16 0,29
madeira/massa
Selador base PVA para pintura
MAT l 0,12 7,52 0,90
látex
Tinta látex PVA fosca MAT l 0,17 12,20 2,07
Total de M.O 4,04
Total de MAT 3,26
Total 7,30

Emassamento de parede interna com massa corrida à base de PVA com duas

demãos, para pintura látex
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pintor MOD h 0,30 6,13 1,84
Ajudante de pintor MOD h 0,20 4,53 0,91
Lixa grana 100 para superfície
MAT un 0,40 1,16 0,46
madeira/massa
Massa corrida base PVA MAT kg 0,70 1,63 1,14
Total de M.O 2,75
Total de MAT 1,60
Total 4,35

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