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Dezembro/2018
Resumo
Ao longo dos anos, a gestão de obras tem sido cada vez mais complexa diante do mercado
competitivo que este setor está inserido. Dessa forma, a aplicação de ferramentas que podem
ser utilizadas para facilitar o controle é indispensável. Assim o princípio da Curva ABC é
empregado em busca de um melhor gerenciamento de uma obra. Tem-se por objetivo
exemplificar a empregabilidade deste método e quais as suas vantagens em um estudo de caso
de um orçamento analítico. Utilizaram-se as pesquisas exploratórias e bibliográficas e o
estudo de caso, para atingir a finalidade. O orçamento é de uma obra localizada no centro da
cidade de Manaus e se resume a uma pequena reforma para melhoria do empreendimento. O
estudo demonstrou os serviços que correspondem a 50% da receita gasta e os itens que
deverão ter prioridade na sua aquisição, mostrando que o Princípio da Curva ABC é
realmente válido, que o critério de avaliação criado por Vilfredo Pareto é consistente e
coerente. Portanto, com uma maior organização das informações e um maior controle das
mesmas o engenheiro e o arquiteto dispõem de instrumentos que cada vez mais os capacitam
para solucionar o desafio que é a gestão de obras.
1. Introdução
O gerenciamento de obras no Brasil é uma função realizada pelos engenheiros e
arquitetos, conforme regulamentação da Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. O ato de
gerenciar é basicamente administrar e definir metas, onde se possa obter um resultado final,
compreendendo as ações de organização, planejamento e execução de atividades. Em relação
à construção civil, a gestão é iniciada desde a concepção da obra, atingindo todos os setores
como o de orçamento, de planejamento, de suprimentos, de recursos humanos, do financeiro,
entre outros. Para que se obtenha êxito nessa função é necessário que os gestores consigam
conduzir todos os recursos com restrições, como, por exemplo, ao cronograma, ao custo, entre
outros.
Em um mundo competitivo das empresas deste setor, onde uma obra é uma atividade
econômica ativa, percebe-se que a gestão se tornou uma atividade bastante complexa, sempre
em busca de resultados cada vez mais eficientes. Segundo Aldo Dórea Mattos (2010),
planejar é garantir de certa maneira a perpetuidade da empresa pela capacidade que seus
gestores têm de obter respostas de maneira rápida e correta por meio da supervisão dos
projetos e suas possíveis mudanças estratégicas, com intuito de minimizar os erros e riscos.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras
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2. Procedimentos metodológicos
Segundo Antônio Carlos Gil (2008), uma pesquisa pode ser definida como o
procedimento que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. Vários
são os tipos existentes e podem ser divididas quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos
técnicos. Aos objetivos são elas: as pesquisas exploratória, descritiva e explicativa. Já quanto
aos procedimentos técnicos são: as pesquisas bibliográfica, documental, experimental e ex-
post facto, estudo de coorte, levantamento, estudo de campo, estudo de caso, pesquisa-ação e
pesquisa participante.
A pesquisa caracterizou-se em exploratória, em relação ao objetivo, e em pesquisa
bibliográfica e estudo de campo, em relação aos procedimentos técnicos. Desenvolvida a
exploratória para proporcionar uma visão geral do fato, pois sua finalidade é esclarecer e
modificar os conceitos. A bibliográfica é realizada com base em material já elaborado (livros,
artigos científicos, anais de congresso, entre outros). Já o estudo de campo é efetivado por
meio de instrumentos, procedimentos, coleta e análise de dados. Assim, utiliza-se a pesquisa
exploratória e bibliográfica para contextualizar a situação e o estudo de caso para retratar o
uso do instrumento na prática. Dessa forma, a abordagem metodológica adotada foi com base
nos conceitos apresentados por Gil (2008).
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Concepção
Orçamentação e Planejamento
Projeto
Execução
Entrega Final
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funcionamento em relação ao tempo e nível de custos e pessoal que o projeto de uma obra
demanda, tendo uma visão da sua complexidade.
Por isso, com um planejamento detalhado é possível definir prioridades, onde as fases da
obra possam levar menos tempo para serem realizadas, fazer planos de ataque com o objetivo
de diminuir os custos, estabelecer os prazos para atingir as metas, controlar a compra de
materiais, entre outros benefícios, e com o uso da curva ABC essa missão é realizada com
mais facilidade.
4. O Princípio da Curva ABC
De acordo com Moacyr Pereira (1999) o princípio da Curva ABC, também conhecido por
princípio 80/20, Lei de Pareto ou regra 80/20 foi atribuído ao economista italiano Vilfredo
Pareto, que teve por motivação para criação da ferramenta a análise de renda e riqueza na
Inglaterra do século XIX. Percebeu-se que a distribuição de renda não se manifestava de
forma igualitária, ocorrendo a concentração de riqueza (80%) na pequena parcela da
população (20%). A teoria veio realmente voltar a ser estudada por um professor de filosofia
de Harvard, George K. Zipf, após a Segunda Guerra Mundial, com o nome de Princípio do
Menor Esforço de Zipf, que era uma releitura do de Pareto, onde segundo Richard Koch
(2015) 80% daquilo que se realiza é resultado de 20% do tempo gasto.
Dessa forma, percebe-se que há uma desarmonia entre o que deve ser feito para se obter
um maior percentual dos objetivos alcançados. O método é capaz de mostrar os elementos dos
quais se devem ser despendidos tempo, energia e negociações para se obter o menor custo
possível para sua obra. Vale ressaltar que se pode realizar o ABC para os insumos, os
serviços, as mãos de obra, os equipamentos, assim quanto mais detalhadas forem, um maior
controle de gestão será executado.
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De acordo com Aldo Dória Mattos (2006) a classificação desses itens para a construção
civil pode ser dado por:
a) Classe A: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo alto representam 50%
do custo total;
b) Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário
representam 30% do custo total;
c) Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo representam os
20% do custo total.
Os itens e seu grau de importância podem ser demonstrados por meio de gráficos ou
por meio de listagem. Quando apresentado em gráfico (Figura 3), o eixo das abscissas
específica os itens a serem analisados, nas obras ficam reservados os itens como insumos,
serviços, equipamentos e mão de obra, por exemplo, já o eixo das ordenadas mostra o
percentual dos valores em relação ao total (porcentagem cumulativa).
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6. Estudo de Caso
Logo com todas as informações, verifica-se a aplicabilidade dessa ferramenta em um
orçamento de uma reforma em um prédio comercial na cidade de Manaus. A planilha
orçamentária analítica (Tabela 2) foi desenvolvida com base nos preços da Pini na TCPOweb
e nela é possível encontrar os serviços, seus devidos quantitativos e preços.
Preço
Cód. Descrição Unid. Qtde. Preço total
unitário
1 PESSOAL PERMANENTE R$ 3.929,57
1.1 Mestre de obras mês 1,00 R$ 2.933,77 R$ 2.933,77
1.2 Servente mês 1,00 R$ 995,80 R$ 995,80
2 ALVENARIA E VEDAÇÕES R$ 11.773,30
2.1 Alvenaria de 14x19x39 cm m² 272,53 R$ 43,20 R$ 11.773,30
3 IMPERMEABILIZAÇÕES R$ 314,52
Impermeabilização de áreas
3.1 molhadas com argamassa m² 16,08 R$ 19,56 R$ 314,52
polimérica
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TOTAL R$ 94.679.95
Tabela 2-Planilha Orçamentária Prédio Comercial
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
Preço
Descrição Unid. Qtde. Preço total % % Acumulada
unitário
Piso porcelanato (40 x 40
m² 314,63 R$ 84,96 R$ 26.730,96 28,23% 28,23%
cm)
Rodapé em porcelanato
m 309,25 R$ 16,20 R$ 5.009,85 5,29% 93,43%
(h=10 cm)
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Impermeabilização de áreas
molhadas com argamassa m² 16,08 R$ 19,56 R$ 314,52 0,33% 100,00%
polimérica
Tabela 3- Planilha curva ABC dos serviços
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
Os itens em azul correspondem aos serviços na Classe A, onde coincide a
aproximadamente 50% do custo total da reforma, os de verde a de Classe B a 30% do custo e
os de laranja os de Classe C. No Gráfico 1 é visível a curva dos serviços em relação ao total
do empreendimento.
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Itens
a) Alvenaria de 14x19x39 cm
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Deste modo, para se descobrir todos os consumos é preciso repetir esse processo para
cada item é assim obter a curva final dos insumos e da mão de obra (Tabela 10):
Preço Consum
Descrição Unid. Preço total % % Acumulada
Unitário o Total
Porcelanato polido 40
m² R$ 60,00 374,40 R$ 22.464,58 23,73% 23,73%
x 40 cm
Pintor h R$ 6,13 1.313,02 R$ 8.046,82 8,50% 32,23%
Bloco cerâmico furado
para alvenaria 14 x 19 un R$ 2,16 3.576,95 R$ 7.726,23 8,16% 40,39%
x 39 cm
Pedreiro h R$ 6,13 1.024,63 R$ 6.277,03 6,63% 47,02%
Cimento CP-32 kg R$ 0,71 7.847,30 R$ 5.572,99 5,89% 52,90%
Servente h R$ 4,53 11.91,81 R$ 5.400,07 5,70% 58,61%
Placa cerâmica
esmaltada 30 x 30 cm
m² R$ 32,02 147,57 R$ 4.725,12 4,99% 63,60%
x 8 mm resistência a
abrasão 3
Ajudante de pintor h R$ 4,53 1.035,88 R$ 4.708,47 4,97% 68,57%
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assentamento de
porcelanato
Massa corrida base
kg R$ 1,63 1.265,75 R$ 2.061,38 2,18% 92,26%
PVA
Selador base PVA para
l R$ 7,52 231,16 R$ 1.733,77 1,83% 94,09%
pintura látex
Ladrilhista h R$ 7,47 231,20 R$ 1.727,85 1,82% 95,91%
Lixa grana 100 para
superfície un R$ 1,16 1.204,88 R$ 1.390,44 1,47% 97,38%
madeira/massa
Servente mensalista mês R$ 995,80 1,00 R$ 995,80 1,05% 98,43%
Aditivo
impermeabilizante e
kg R$ 12,41 41,09 R$ 509,52 0,54% 98,97%
plastificante em pó
para argamassas
Azulejista h R$ 7,47 53,66 R$ 401,14 0,42% 99,39%
Argamassa pré-
fabricada de cimento
colante para kg R$ 0,53 590,30 R$ 312,59 0,33% 99,72%
assentamento de peças
cerâmicas
Argamassa polimérica
kg R$ 5,40 48,24 R$ 260,49 0,28% 100,00%
impermeabilizante
Tabela 10- Planilha Curva ABC dos insumos e mão de obra
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
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100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
Placa cerâmica esmaltada 30 x …
Argamassa pré-fabricada de …
Argamassa pré-fabricada de …
Argamassa polimérica…
Bloco cerâmico furado para …
Aditivo impermeabilizante e …
0,0%
Servente
Pintor
Ladrilhista
Azulejista
Ajudante de pintor
Pedreiro
Servente mensalista
Cimento CP-32
Mestre de obras
Tinta látex PVA fosca
Itens
Para um controle ainda mais apurado as empresas separam os itens nas curvas de
insumos e de mão de obra, para deste jeito se obter um melhor planejamento nos setores
responsáveis. Nas Tabelas 11 e 12, podem-se ver esses elementos separados.
Preço Consumo %
Descrição Unid. Preço total %
Unitário Total Acumulada
Porcelanato polido 40
m² R$ 60,00 374,40 R$ 22.464,58 35,00% 35,00%
x 40 cm
Bloco cerâmico furado
para alvenaria 14 x 19 un R$ 2,16 3.576,95 R$ 7.726,23 12,04% 47,03%
x 39 cm
Cimento CP-32 kg R$ 0,71 7.847,30 R$ 5.572,99 8,68% 55,72%
Placa cerâmica
esmaltada 30 x 30 cm
m² R$ 32,02 147,57 R$ 4.725,12 7,36% 63,08%
x 8 mm resistência a
abrasão 3
Tinta látex PVA fosca l R$ 12,20 327,48 R$ 3.987,67 6,21% 69,29%
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Rodapé cerâmico 40 x
m R$ 11,56 340,17 R$ 3.933,66 6,13% 75,42%
8 x 0,8 cm
Cal hidratada CH III kg R$ 0,70 4.975,78 R$ 3.481,16 5,42% 80,84%
Areia média lavada m³ R$ 97,86 31,75 R$ 3.112,78 4,85% 85,69%
Argamassa pré-
fabricada de cimento
colante para kg R$ 1,03 2.831,67 R$ 2.916,62 4,54% 90,23%
assentamento de
porcelanato
Massa corrida base
kg R$ 1,63 1.265,75 R$ 2.061,38 3,21% 93,45%
PVA
Selador base PVA para
l R$ 7,52 231,16 R$ 1.733,77 2,70% 96,15%
pintura látex
Lixa grana 100 para
superfície un R$ 1,16 1.204,88 R$ 1.390,44 2,17% 98,31%
madeira/massa
Aditivo
impermeabilizante e
kg R$ 12,41 41,09 R$ 509,52 0,79% 99,11%
plastificante em pó
para argamassas
Argamassa pré-
fabricada de cimento
colante para kg R$ 0,53 590,30 R$ 312,59 0,49% 99,59%
assentamento de peças
cerâmicas
Argamassa polimérica
kg R$ 5,40 48,24 R$ 260,49 0,41% 100,00%
impermeabilizante
Tabela 11 - Planilha curva ABC dos insumos
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
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7. Resultados e Discussões
Após o estudo, é visto que é de suma importância saber os itens que são mais relevantes
para a reforma do empreendimento, como Aldo Dória Mattos (2006) exemplificou os insumos
das Classes A, B e C foram separados para a definição de prioridades, nesse caso os serviços
que devem possuir uma atenção especial são os de piso porcelanato (40 x 40 cm), pintura na
cor branco neve e o emboço, já os itens com maior valor econômico são os porcelanato polido
40 x 40 cm, pintor e o bloco cerâmico furado para alvenaria 14 x 19 x 39 cm. Para cada etapa
da obra a informação gerada pela curva ABC tem uma função específica.
Na fase de orçamentação os serviços de piso porcelanato (40 x 40 cm), pintura na cor
branco neve e o emboço são os que possuem um maior impacto financeiro, desta maneira,
deve-se obter uma cotação bem precisa com a realidade local, pois se estiverem cotados com
valores inexequíveis a obra pode resultar em um desequilíbrio financeiro.
Na fase do planejamento o princípio é necessário para dar prioridade em quais itens
deverão ser comprados e quais são as contratações de mão de obra para atender tanto os
valores de orçamento almejado quanto ao cronograma da obra. Assim se for mais vantajoso
comprar o item fora da cidade onde está sendo realizado o empreendimento é preciso verificar
a disponibilidade de quantitativo, o tempo de entrega, o frete para a localidade, e diante disso
averiguar se é possível atender ao cronograma.
No setor de suprimentos o método da curva auxilia a quais itens deverão ter uma
negociação para atingir uma maior lucratividade. No estudo de caso, os insumos porcelanato
40 x 40 cm, o bloco cerâmico 14 x 19 x 39 cm e o cimento seriam os que teriam um cuidado
especial, desta forma tendo impacto significativo no orçamento.
Para o setor de recursos humanos é vantajoso à escolha do método, pois o pintor e o
pedreiro, também encontrados na Classe A da mão de obra, são responsáveis por um
percentual significante na curva, sendo a contratação desses profissionais função desse setor,
desta maneira quanto melhor for o funcionário, melhor irá atender aos padrões.
No financeiro, intervém para a escolha de pagamento das parcelas dos fornecedores,
tendo uma maior abertura de comercialização entre as partes.
No setor de produção/executivo da obra, essas informações ajudam a equipe a priorizar
os serviços e assim atender a demanda que é necessária para o tempo estabelecido. No prédio
comercial, os serviços do piso de porcelanato e de pintura são os precisam que ter agilidade
para que se possa atingir o prazo e também para alertar a equipe de suprimentos da
necessidade dos materiais em estoque, para que toda a produtividade seja alcançada.
Na entrega da obra, pode-se também utilizar o método para a análise de custos, se aquilo
que foi previsto no orçamento analítico é compatível com a realidade.
Portanto, isso orienta o administrador da obra para os pontos essenciais de mediação
tanto para a contratação dos melhores profissionais para assim atender ao cronograma da obra
quanto para a negociação dos insumos.
8. Conclusão
Tendo em vista os aspectos observados, analisou-se que a aplicabilidade do método da
curva ABC ou Lei de Pareto abrange todas as etapas das obras, e além de ser executada de
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maneira simples possui inúmeros benefícios, que mantém o gerenciamento de custos cada vez
mais de maneira consistente e coerente com o mercado da engenharia.
Sua construção é realizada por meio de planilhas eletrônicas que facilitam a organização
das informações, porém há softwares de gestão que são feitos específicos para auxiliar o
desenvolvimento do método.
A avaliação da aplicabilidade do estudo de caso tem por ponto principal a obtenção da
curva ABC para a análise de informação sobre o quantitativo de cada item e o investimento
que neles são empregados. A partir dessas informações coletadas o seu uso busca a melhoria
contínua, a redução de custos, o gerenciamento dos materiais a serem comprados e em
estoque, o controle mais aplicável do fluxo de caixa, melhoria do nível de serviço,
instrumento de aumento de produtividade, podendo com ela determinar com mais precisão os
itens que deverão ter uma maior prioridade na obra.
Outro resultado da sua utilização é que por conta do seu maior controle existe a
possibilidade do redirecionamento do valor economizado para investimentos ou outras áreas
da obra.
Logo, com uma maior organização das informações e obtenção de prioridades os
engenheiros e os arquitetos dispõem de instrumentos que os capacitam para enfrentar o
desafio que é o gerenciamento de obras.
Referências
BRASIL. Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, dez, 1966. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5194.htm>. Acesso em 03 de janeiro de 2018.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 220 p.
KOCH, R. O Princípio 80/20: Os segredos para conseguir mais com menos nos negócios
da vida. Tradução Cristina Sant’Anna. 1. ed. Belo Horizonte: Editora Gutenberg, 2015. 256
p.
MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Editora Pini, 2010. 426 p.
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Servente mês
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Servente mensalista MOD mês 1,00 995,80 995,80
Total de M.O 995,80
Total de MAT 0,00
Total 995,80
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Argamassa pré-fabricada de
cimento colante para MAT kg 9,00 1,03 9,27
assentamento de porcelanato
Rodapé cerâmico assentado com argamassa mista de cimento, cal e areia altura 8
m
cm
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Ladrilhista MOD h 0,30 7,47 2,24
Servente MOD h 0,208 4,53 0,94
Areia média lavada MAT m³ 0,000976 97,86 0,10
Cimento CP-32 MAT kg 0,1456 0,71 0,10
Cal hidratada CH III MAT kg 0,1456 0,70 0,10
Rodapé cerâmico 40 x 8 x 0,8
MAT m 1,10 11,56 12,72
cm
Total de M.O 3,18
Total de MAT 13,02
Total 16,20
Emboço para parede # 3 cm com argamassa mista de cimento, cal e areia traço
m²
1:2:6
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pedreiro MOD h 0,79 6,13 4,84
Servente MOD h 0,77 4,53 3,49
Areia média lavada MAT m³ 0,0366 97,86 3,58
Cimento CP-32 MAT kg 7,29 0,71 5,18
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Reboco para parede interna # 0,5 cm com argamassa de cimento e areia peneirada
m²
traço 1:1,5, com aditivo impermeabilizante, acabamento liso
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pedreiro MOD h 0,80 6,13 4,90
Servente MOD h 0,8587 4,53 3,89
Areia média lavada MAT m³ 0,00435 97,86 0,43
Cimento CP-32 MAT kg 3,765 0,71 2,67
Aditivo impermeabilizante e
plastificante em pó para MAT kg 0,10 12,41 1,24
argamassas
Total de M.O 8,79
Total de MAT 4,34
Total 13,13
Pintura com tinta látex PVA em parede interna, com duas demãos m²
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pintor MOD h 0,40 6,13 2,45
Ajudante de pintor MOD h 0,35 4,53 1,59
Lixa grana 100 para superfície
MAT un 0,25 1,16 0,29
madeira/massa
Selador base PVA para pintura
MAT l 0,12 7,52 0,90
látex
Tinta látex PVA fosca MAT l 0,17 12,20 2,07
Total de M.O 4,04
Total de MAT 3,26
Total 7,30
Emassamento de parede interna com massa corrida à base de PVA com duas
m²
demãos, para pintura látex
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$)
Pintor MOD h 0,30 6,13 1,84
Ajudante de pintor MOD h 0,20 4,53 0,91
Lixa grana 100 para superfície
MAT un 0,40 1,16 0,46
madeira/massa
Massa corrida base PVA MAT kg 0,70 1,63 1,14
Total de M.O 2,75
Total de MAT 1,60
Total 4,35
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018