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Vivemos em uma sociedade onde os valores, a ética e a moral são levados muito em

conta, principalmente em relação a educação, religião e questões políticas, entretanto é


pouco entendido sobre tais crenças. Terezinha Rios, mestre em filosofia da educação e
consultora de ética e valores, diz que é importantíssimo saber a distinção entre moral e
ética, mas não é para diferenciar, pois se complementam.

Ela também explica que cada comunidade possui costumes diferentes, como por
exemplo, tem locais que, mesmo sendo por causa de fé, usa-se hijabe (conjunto de
vestimentas preconizado pela doutrina islâmica; vestuário que permite a privacidade, a
modéstia e a moralidade, ou ainda “o véu que separa o homem de Deus”, já em outros é
usado o quipá (adereço usado por judeus tanto como símbolo da religião como de temor
a Deus). Ainda assim, são movidos por valores que irão determinar “o que é bom”, “o
que é certo”, “se irá para o céu”. Hábito irá gerar preceitos, que gerará regras, normas e
leis.

É nessa particularidade que nasce a moral: diferenciação de intenções, decisões e ações


entre aquelas que são distinguidas como próprias e as que são impróprias. A moral
indica o que é bom e o que é ruim para os seus membros e mostra como eles devem ser
comportar.

Tendo como exemplo de como se portar, dia 01/06/2021 uma escola particular católica
da minha cidade (Itaúna) postou no instagram a seguinte frase do livro “Guia Mariano
da Modéstia”: “Quando a mulher decide expor partes do corpo que deveriam estar
cobertas se torna uma sedutora, partilhando assim a culpa do homem. De fato, os
Teólogos, ensinam que o pecado da sedutora é muito maior do que da pessoa seduzida”.
Efetivamente eles não pensaram se seria bom ou ruim antes de publicar, mas somente
após a repercussão negativa na cidade divulgaram outra imagem: “Olá, paz e alegria!
Foi feita uma postagem indevida (...). Apesar de concordarmos com a modéstia no
vestir, o texto em questão deixou margem para interpretações que não são as do colégio
(...).” Mesmo após a nota de “desculpas”, a situação teve repercussão grande, tendo
grandes veículos de comunicação noticiando, tais como: G1, O Globo, Correio
Braziliense, Estado de Minas; e também famoso, como: Debora Diniz (colunista do El
País) e Paola Carosella (ex jurada do MasterChef Brasil).

A ética se da em eventualidades que transpassam em termos azar ou sorte ou pelo


momento que estamos vivendo. Todavia, é certo que a pandemia reorienta
comportamentos, identifica certas virtude e vícios, algumas atitudes e pensamentos que
tínhamos antes do coronavírus foram modificados, evoluímos, amadurecemos. Mas
certamente, é possível resistir a discursos irresponsáveis e apocalípticos, como
discussão sobre tratamento precoce, que já foi provado com estudos laboratoriais que
não possui eficácia e possivelmente causará riscos à saúde.

Em virtude dos fatos mencionados, não venceremos o surto do COVID-19 sem a


virtude da coragem e da prudência, os valores e a ética. O momento atual deverá ser
vivido com um somatório de esforços e resistência, e aprimorarmos o que já temos de
aprendizado que seguramente nos ajudará a sermos éticos nas próximas adversidades.

FONTES:

https://site.ucdb.br/

https://s2consultoria.com.br/

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