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Espanhol

Adjectivos de la personalidad:

Una persona puede ser o estar:


Uma pessoa pode ser ou estar:
Español Português
Buena/o Boa / Bom
Mala/o Maldosa/o
Inteligente Inteligente
Tonto Burro
Feliz Feliz
Triste Triste
Guapo/a Bonito/a
Feo/a Feio/a
Joven Jovem
Viejo/a Velho/a
Tranquilo/a Calmo/a
Nervioso/a Nervoso/a
Elegante Elegante
Simpático/a Simpático/a
Antipático/a Antipático/a
Sencillo/a Simples
Lujoso/a Luxuoso/a
Tacaño/a Egoísta, mão de vaca, pão duro
Listo/a Experto/a
Borracho/a-Ebrio Bêbado /a
ñoño/a Bobô/a
Contento/a Contente / Feliz
Mentiroso/a Mentiroso/a

Lista de adjetivos (lista de adjectivos)


Confira abaixo uma tabela com uma lista dos principais adjetivos em espanhol e suas
respectivas traduções para o português.

Adjetivo em espanhol Tradução em português


aburrido chato
ancho amplo
bajo baixo
caliente quente
contento contente
delgado magro
dulce doce
enfermo doente
exquisito excelente; delicioso
feo feio
guapo bonito
guay legal
helado gelado
largo longo
lleno cheio
malo mau
nuevo novo
oscuro escuro
Peor pior
Peligroso perigoso
Pequeno pequeno
Pesado pesado; chato
Raro raro; excepcional
Simple simples
Viejo velho

Saudações em Espanhol

Formas de tratamento - Formal e informal

Tratamento informal;

Tú (você)--Usar esse tratamento com as pessoas que você já tenha intimidade, por
exemplo: amigos,
família, conhecidos etc.

Tratamento formal;
USTED (Senhor,senhora, você) Usa-se com pessoas desconhecidas, que tenha mais
idade que você,
no trabalho, negócios, reuniões etc.
Cumprimentos em Espanhol
Tú-informal
¡Hola! ¿Qué tal? - Cumprimento informal mais utilizado.
¡Hola! - (oi)
¿Cómo estás? (Como está você?)
USTED - Formal
Buenos días- até as 12 horas. (Bom dia)
Buen día - menos usual, geralmente usado na Argentina. (Bom dia)
Buenas tardes - até o escurecer .(Boa tarde)
Buenas noches- depois do escurecer.(Boa noite)
¡Hola! ¿Qué tal está?- (Oi! tudo bem?)
¿Cómo está usted? (Cómo está o senhor(a) / você?)
Para responder:
-Estupendo (ótimo)
-Muy bien (muito bem)
-Bien (bem)
-Regular (regular)
-Mal
-Fatal (horrível)
Veja alguns diálogos de exemplo:
Informal;
Hola Juan ¿Qué tal?
Estoy bien. ¿Y tú? ¿Cómo estás?
Formal;
Buenos días, señor Gonzáles.
Buenos días, señora Goméz.

Despedidas:
Hasta luego- (Até logo)
Hasta pronto
Hasta más tarde - (Até mais tarde)
Hasta mañana-(Até manhã)
Hasta la vista
Adiós, Chau- (tchau)

GEOGRAFIA
Regionalização do mundo

O processo de regionalização do mundo é um conceito muito amplo e discutido na


ciência geográfica. Regionalizar significa dividir o espaço geográfico, a fim de um
melhor entendimento dos fenômenos físicos, sociais, políticos e naturais.

Compreende-se a ideia de diferenciação de áreas no contexto geral e de


aproximação dessas áreas por meio de suas características comuns. Uma
região configura-se como uma área delimitada, definida por suas características comuns,
por exemplo: um bioma, o Cerrado, que é uma região do planeta Terra com semelhanças
nos seus aspectos naturais. Nesse caso, considera-se o elemento natural (fitofisionomia
do Cerrado) como critério para a criação de uma região.

As regionalizações mundiais são:

 os continentes

 os biomas

 os climas mundiais

 as bacias hidrográficas

 os idiomas

Todas essas regionalizações são exemplos de formas e maneiras que podemos delimitar
o espaço por meio das características elegidas.

Leia também: Diferença entre Reino Unido, Grã-Bretanha e Inglaterra

O que é regionalização do mundo?

Regionalizar o mundo é criar áreas ou lugares semelhantes no planeta Terra. As


regionalizações mundiais existem para uma melhor análise das particularidades de cada
lugar. Sendo assim, cria-se uma área ou uma região considerando-se alguma característica
específica, como:

 a localização espacial

 o clima

 o relevo

 a vegetação

 os aspectos sociais, políticos e econômicos


Dessa forma é possível analisar, comparar, observar e determinar todas as propriedades
daquela região e, assim, entendê-la melhor, numa escala local, regional ou global.

As regionalizações mundiais são variadas, como os continentes:

 Antártida

 América

 Ásia

 África

 Europa

 Oceania

Os continentes são regionalizações que abarcam as áreas de países mais


próximos levando em consideração suas localizações geográficas.

Regionalização mundial: continentes.


Outra maneira de regionalizar o mundo, utilizada a partir da década de 1960, no contexto
da Guerra Fria, foi a regionalização dos países em primeiro, segundo e terceiro
mundos. Esse critério levava em consideração:

 Primeiro mundo: países capitalistas desenvolvidos ou ricos

 Segundo mundo: países socialistas

 Terceiro mundo: países capitalistas subdesenvolvidos ou pobres

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Após o final da Guerra Fria, essa regionalização passou a ser ultrapassada, não mais usada
a nível global, sendo outro critério considerado, pelo qual os países foram categorizados
em um novo regionalismo: desenvolvidos ou subdesenvolvidos. Dessa forma,
considera-se o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Produto Interno Bruto
(PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. Essa regionalização é
considerada até os dias atuais em todo o mundo.

Critérios de regionalização

Pode-se dizer que são vários os critérios utilizados para fazer-se uma regionalização, de
maneira a reduzir-se o espaço geográfico e dividi-lo. Destacam-se os seguintes critérios:

 Critérios físicos: criação de regiões unificando áreas com algum elemento


físico comum, como:

- clima

- relevo

- vegetação

- hidrografia

 Critérios

socioeconômicos: baseiam-se na divisão que considera aspectos sociais,


como:

- idioma

- distribuição da riqueza

- concentração de renda

- industrialização

- áreas de maior ou menor desenvolvimento

- violência

- geração de emprego

Mapa político com destaque para os 22 países de língua árabe – Norte da África e
Oriente Médio.
 Critérios religiosos: referem-se à criação de regiões considerando as
religiões pelo mundo:
- católicos

- muçulmanos

- judeus

- protestantes

 Critérios políticos: tipo de regionalização bastante utilizado na Guerra Fria,


com a divisão do mundo, por meio de aspectos políticos ligados à ideologia e
aos modos de vida capitalista e socialista, marcada pela existência do Muro
de Berlim.

 Critério
geográfico: considera-se a
localização espacial ou algum
aspecto da geografia do lugar, como
a divisão do continente americano
em Américas do Norte, Central e do
Sul.

Veja também: Qual a diferença


entre árabes e muçulmanos?

Regionalização do Brasil: divisão


administrativa e territorial.

Tipos de regionalização do mundo

Existem várias formas de regionalizarmos o espaço geográfico mundial. Entender a


criação de regiões é exatamente isso, eleger uma particularidade daquele território, e
assim uni-lo a outros que apresentem a mesma característica.

No mundo vários exemplos de regionalizações foram criados, recriados e extintos ao


longo da história, e apesar das grandes diferenças regionais, econômicas, culturais, sociais
e da paisagem que existem, foi possível classificá-lo em regiões. As regionalizações
mundiais mais comuns e conhecidas são:

 Continentes: regionalização geográfica do mundo em seis continentes.

 Paisagens naturais: considera-se os elementos naturais como vegetação,


clima, relevo e demais paisagens da natureza.

 Cultura: cria-se regiões de acordo com a cultura da população, como idioma,


hábitos, religião etc.

 Aspectos econômicos: classificação de ricos ou pobres; desenvolvidos ou


subdesenvolvidos; blocos econômicos, como os BRICs, os Tigres Asiáticos,
a União Européia; países ricos ou pobres etc.
Nesse sentido, pode-se citar a separação entre Ásia e Europa. Enquanto continentes,
estão próximas geograficamente, porém apresentam formas de colonização, culturas e
etnias que as diferenciam entre si e fizeram-nas ser separadas por um elemento natural,
os Montes Urais (relevo montanhoso).

O início da colonização na África

Os problemas sociais dos países africanos é resultado da forma de colonização que


ocorreu no continente
O continente africano e o asiático foram os últimos a serem colonizados pelos europeus.
Nas Américas, o processo de colonização teve início ainda no século XVI. Três séculos
mais tarde o continente americano já havia sido descolonizado e a Primeira Revolução
Industrial se encontrava em plena expansão. Diante disso, os europeus buscaram novas
fontes de recursos para abastecer as suas indústrias.

No século XIX, as nações europeias, como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e


Alemanha, começaram a explorar de maneira efetiva o continente africano e o asiático.
A Revolução Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas, especialmente
minérios, dentre os quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo, além de produtos de
origem agrícola, como algodão e borracha; todos fundamentais para a produção
industrial.

As nações americanas que foram descolonizadas se tornaram um mercado promissor para


os produtos industrializados europeus, tendo em vista que a procura na Europa por tais
mercadorias estava em queda.

As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios contidos no


continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente entre os principais
países europeus da época, dando direito de explorar a parte que coube a cada nação.

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A divisão do continente africano foi consolidada através de um acordo realizado em 1885.
Esse evento contou com a participação da Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália,
Portugal e Espanha. Esse acordo foi executado na Conferência de Berlim.

Porém, o processo de exploração da África aconteceu antes mesmo de haver a partilha do


território, isso porque diversos países enviaram delegações de cientistas para o continente.
Segundo eles, os cientistas tinham o
propósito de realizar pesquisas de
caráter científico, mas na verdade esses
coletavam dados acerca do potencial
mineral, ou seja, as riquezas do
subsolo.

Anos depois, grande parte do território


africano estava colonizada. Os
europeus introduziram culturas que não
faziam parte da dieta do povo nativo.
Os colonizadores rapidamente
promoveram as plantations, com destaque para a produção de café, chá, cana-de-açúcar e
cacau.

Outra atividade desenvolvida foi o extrativismo mineral, com destaque para a extração de
ouro, ferro, chumbo, diamante, entre outros. Assim, os europeus conseguiram garantir
por um bom tempo o fornecimento de matéria-prima para abastecer as indústrias
existentes nos países europeus industrializados.

África

África é o continente localizado ao sul da Europa e sudoeste da Ásia, banhado pelo


Oceano Atlântico.

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África é um dos seis continentes do mundo, sendo o terceiro maior em extensão


territorial. O território estende-se por mais de 30 milhões de km², ocupando,
aproximadamente, 20% da área continental da Terra. No continente vive mais de um
bilhão de habitantes, fazendo dele o segundo mais populoso entre os demais.
A África é conhecida pela sua pluralidade étnica e cultural, e, por meio de uma história
milenar, é capaz de contar a história de toda a humanidade. Apesar da enorme riqueza do
continente, muitos países africanos apresentam baixos índices de desenvolvimento, com
diversos problemas sociais, como a miséria, baixa qualidade de vida, subnutrição e o
analfabetismo.
Os países africanos dividem-se em duas principais regiões — o Norte da África e a África
Subsaariana — e também se distribuem em:

 África Central

 África Meridional

 África Setentrional

 África Ocidental

 África Oriental

Mapa da África
Países da África e suas capitais  Chade (N'djamena)
A África é composta por 54 países,
 Costa do Marfim (Abidjan)
sendo 48 continentais e 6 insulares.
 África do Sul (Cidade do Cabo)  Djibouti (Djibouti)
 Angola (Luanda)
 Egito (Cairo)
 Argélia (Argel)  Eritreia (Asmara)

 Benin (Porto Novo)  Etiópia (Addis Abeba)

 Botsuana (Gaborone)  Gabão (Libreville)

 Burquina Faso (Ouagadougou)  Gâmbia (Banjul)

 Burundi (Gitega)  Gana (Acra)


 Camarões (Yaoundé)
 Guiné (Conacri)
 Guiné-Bissau (Bissau)  República Centro-
 Guiné Equatorial (Malabo) Africana (Bangui)
 Ilhas de  República Democrática do
Madagascar (Antananarivo) Congo (Kinshasa)
 Ilhas de Cabo Verde (Cidade de
 República do
Praia)
Congo (Brazzaville)
 Ilha de Comores (Moroni)  República de Maurício (Port
 Ilhas São Tomé e Príncipe (São Louis)
Tomé)
 Ruanda (Kigali)
 Ilhas Seychelles (Victoria)
 Senegal (Dacar)
 Lesoto (Maseru)
 Serra Leoa (Freetown)
 Libéria (Monróvia)
 Somália (Mogadíscio)
 Líbia (Trípoli)
 Eswatini (Lobamba)
 Malaui (Lilongwe)
 Sudão (Cartum)
 Mali (Bamako)
 Sudão do Sul (Juba)
 Marrocos (Rabat)
 Tanzânia (Dodoma)
 Mauritânia (Nouakchott)
 Togo (Lomé)
 Moçambique (Maputo)
 Tunísia (Tunes)
 Namíbia (Windhoek)
 Uganda (Kampala)
 Níger (Niamey)
 Zâmbia (Lusaka)
 Nigéria (Abuja)
 Zimbábue (Harare)
 Quênia (Nairobi)

Leia também: Países da América


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A África é um país?
Não, a África não é um país, e sim um continente. Essa pergunta, apesar de parecer óbvia,
implica uma questão bastante comum entre a maioria das pessoas: referir-se ao território
africano como homogêneo. E não, ele não é. A África é uma das regiões mais diversas do
mundo, em termos culturais, religiosos, étnicos, políticos e geográficos.

Na África existe um país chamado África do Sul. Este é responsável por cerca de um
quinto da economia do continente.
Regiões da África

A África divide-se em cinco grandes regiões.


Sabemos que o continente africano apresenta grande biodiversidade, assim como uma
extensa diversidade cultural, étnica, religiosa e política. Assim, para facilitar a análise e
observação de algumas áreas, o continente foi dividido em cinco regiões:
1) África Central
Abrange os territórios dos seguintes países: República Centro-Africana, República
Democrática do Congo, Angola, Chade, Camarões e República do Congo. Essa região
limita-se com o Oceano Atlântico, a oeste, e regiões montanhosas, a leste. É atravessada
por diversos rios, apresenta altas temperaturas, umidade do ar elevada, predominância
de clima tropical e presença das savanas.
2) África Meridional
Abrange os territórios dos seguintes países: África do Sul, Botsuana, Comores, Lesoto,
Malawi, Moçambique, Namíbia, Eswatini, Zâmbia e Zimbábue. Essa região caracteriza-
se pela presença de planaltos; clima tropical, desértico e mediterrâneo; e vegetação de
savanas, estepes e florestas. Parte dela é rica em minérios como ouro, cobre e crômio. Em
outras partes, é praticada a agricultura, como as plantações de cana-de-açúcar, café e
fumo.
3) África Setentrional
Abrange os territórios dos seguintes países: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Sudão e
Tunísia, sendo a maior região do continente em termos de área. A população distribui-se
de forma heterogênea pela área, concentrando-se nas porções de maior umidade.

Nessa região, também chamada Norte da África, há uma grande concentração de minérios
voltados para o mercado de exportação, ao passo que a agropecuária é pouco
desenvolvida, devido às suas condições naturais. Apenas no Vale do Rio Nilo é que a
agricultura desenvolve-se, devido à grande fertilidade do solo, graças às cheias do rio.
4) África Ocidental
Abrange os territórios dos seguintes países: Benin, Burkina, Faso, Cabo Verde, Costa do
Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali,
Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, São Tomé e Príncipe, e Togo. Localiza-
se entre o deserto do Saara e o golfo da Guiné.
A África Ocidental caracteriza-se pela predominância de clima equatorial, vegetação
representada pelas savanas e florestas. A população concentra-se especialmente nas
regiões ao sul, pois no Saara as condições geográficas não são atrativos populacionais.
Nessa área a agricultura é uma das atividades econômicas praticadas, com destaque para
o cultivo de cana-de-açúcar, cacau e banana.
5) África Oriental
Abrange os territórios dos seguintes países: Burundi, Djinouti, Eritreia, Etiópia, Quênia,
Ruanda, Ilhas de Madagascar, Seychelles, Somália, Tanzânia e Uganda. Localiza-se entre
a região da bacia hidrográfica do Congo e o Oceano Índico.
A África Oriental caracteriza-se pela presença de formações montanhosas, vulcões e
lagos. O clima predominante é o tropical, e a vegetação é dos tipos equatorial, savana e
estepes, com áreas desérticas.

A economia da região baseia-se na agricultura com o cultivo de café e algodão, voltado


ao mercado de exportação. Essa região apresenta baixos índices de desenvolvimento
humano e diversos problemas sociais.
História da África
A África é o berço da humanidade, pois há indícios de que o continente foi o primeiro
a ser habitado por humanos. Nele foram encontrados diversos fósseis que comprovam
essa teoria e também possibilitaram o estudo da evolução humana. Estima-se que a
porção norte do continente seja a mais antiga do mundo, na qual se estabeleceu os povos
egípcios.
O continente foi colonizado por povos europeus, como os espanhóis, portugueses e
franceses. Muitos africanos foram arrancados e levados de seus países para outras partes
do mundo pelos europeus, a fim de realizarem o trabalho escravo.
Assim a África foi dividida ao longo da sua colonização, segundo os interesses dos
colonizadores, que ignoraram a realidade e identidade dos povos, agrupando-os em tribos
com disparidades culturais. Foi após a Segunda Guerra Mundial que as colônias africanas
iniciaram o seu processo de independência. Contudo, o continente ainda vive diversos
conflitos territoriais e religiosos.
Leia também: Escravidão na África
População e idiomas
Vivem no continente mais de um bilhão de habitantes. No entanto e apesar do alto
contingente, a África apresenta distribuição desigual da população, devido às condições
geográficas que desfavorecem a ocupação das áreas.

O continente africano convive com grandes problemas de ordem social. Muitos países
apresentam baixos Índices de Desenvolvimento Humano. Grande parte da população de
alguns países convive com baixa qualidade de vida, fome e miséria. As taxas de
natalidade e mortalidade são muito altas, enquanto a expectativa de vida é baixa.
Há uma grande diversidade cultural no continente, o qual possui várias etnias, tradições,
religiões e línguas. Além das milhares de línguas africanas, falam-se as línguas trazidas
pelos colonizadores, como o Francês, Inglês e Português. Essa última é falada por cinco
países: Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola.
Recentemente Guiné Equatorial também adotou o idioma. Caso tenha curiosidade sobre
esse tema, leia nosso texto: População africana.
Relevo
O continente africano apresenta, em quase todo o seu território, planaltos com,
aproximadamente, 750 metros de altitude limitados por escarpas.

Na região do deserto do Saara (região setentrional), encontra-se o planalto setentrional


por onde percorre o Rio Nilo. Na região leste, encontra-se grandes montanhas como o
Kilimanjaro e o Monte Quênia. Já na parte meridional, encontra-se a cadeia do Cabo, com
altitude que ultrapassa 3400 metros.

Clima
O território africano é bastante diverso em termos climáticos. Podemos encontrar áreas
com predomínio do clima equatorial, outras de clima tropical, assim como há também
regiões de clima desértico e mediterrâneo. O clima equatorial é registrado na região
ocidental; o tropical, na região central e sul; o desértico, na região setentrional, assim
como o clima mediterrâneo.
Vegetação

A savana é a vegetação predominante no continente africano.


No continente africano, podem ser encontradas faixas de floresta
equatorial; savanas que predominam na maior parte do continente; vegetação
mediterrânea; e estepes. Caso tenha maior interesse sobre o clima e a vegetação africanos,
leia nosso texto: Aspectos naturais da África.
Economia
Índices econômicos e de desenvolvimento humano apontam que o continente africano é o
mais pobre entre os continentes. Muitos países são considerados subdesenvolvidos.
A economia africana é baseada, principalmente, no setor primário, com
o extrativismo e a agropecuária. O continente é rico em minerais como ouro e diamante.
Em alguns países também são encontrados petróleo e gás natural. A exploração de
recursos naturais é feita pelos europeus e também pelos norte-americanos, o que impede
o desenvolvimento do país com base em suas próprias riquezas.
O extrativismo animal e vegetal também destaca-se. Já no que tange à agropecuária, a
agricultura realizada em alguns lugares é para subsistência e, em outros, para fim
comercial.

Os principais cultivos para subsistência são: mandioca, milho, inhame e sorgo. Já dos
cultivos voltados para o mercado destacam-se algodão, cacau, café e amendoim. Em
relação à pecuária, a criação de gado ganha destaque em diversas áreas. A criação de
ovelha também é comum no sul do continente.

Saiba mais: O que é subdesenvolvimento?


Curiosidades
 Muitos turistas procuram a África para fazerem safári. O encontro com animais
selvagens nas grandes savanas africanas está no roteiro de muitos aventureiros.

 O Rio Nilo é considerado o maior rio do mundo.


 Dos 30 países mais pobres do mundo, 21 são africanos.

 Angola e África do Sul são os países com maior Produto Interno Bruto da África.
 O Saara, maior deserto do mundo, localiza-se na África.

Europa.

A Europa é o segundo menor continente do mundo e possui 50 países.


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Europa é um dos seis continentes do mundo, sendo em extensão territorial o segundo


menor. O continente é banhado, ao norte, pelo Mar Ártico; ao sul, pelo Mar
Mediterrâneo e o Mar Negro; a oeste, pelo Oceano Atlântico; e, a leste, pelo Mar Cáspio.
A Europa é também conhecida como o “Velho Mundo” e considerada o berço da cultura
ocidental.
A Europa limita-se territorialmente com a Ásia, a leste, sendo considerada então um
prolongamento da massa continental do continente asiático, formando, assim,
a Eurásia (massa continental formada pela Europa e pela Ásia).
Os dois continentes são separados pela cordilheira chamada Montes Urais. Devido ao
seu contorno bastante irregular, o continente europeu apresenta, além de
várias penínsulas e ilhas, muitos países com costa litorânea.

Países europeus e suas capitais 15) Estônia (Capital: Tallinn)


A Europa é composta por 50 16) Finlândia (Capital: Helsinki)
países (Reino Unido é formado por 17) França (Capital: Paris)
quatro nações constituintes) e oito 18) Grécia (Capital: Atenas)
dependências. São estes: 19) Hungria (Capital: Budapeste)
1) Albânia (Capital: Tirana) 20) Irlanda (Capital: Dublin)
2) Alemanha (Capital: Berlim) 21) Islândia (Capital: Reykjavik)
3) Andorra (Capital: Andorra, a Velha) 22) Itália (Capital: Roma)
4) Áustria (Capital: Viena) 23) Letônia (Capital: Riga)
5) Bélgica (Capital: Bruxelas) 24) Liechtenstein (Capital: Vaduz)
6) Bielorrússia (Capital: Minsk) 25) Lituânia (Capital: Vilnius)
7) Bósnia e Herzegovina (Capital: 26) Luxemburgo (Capital: Luxemburgo)
Sarajevo) 27) Malta (Capital: Valeta)
8) Bulgária (Capital: Sofia) 28) Moldávia (Capital: Chisinau)
9) Cazaquistão (Capital: Astana) 29) Mônaco (Capital: Mônaco)
10) Chipre (Capital: Nicósia) 30) Montenegro (Capital: Podgorica)
11) Croácia (Capital: Zagreb) 31) Noruega (Capital: Oslo)
11) Dinamarca (Capital: Copenhague) 32) Países Baixos (Capital: Amsterdã)
12) Eslováquia (Capital: Bratislava) 33) Polônia (Capital: Varsóvia)
13) Eslovênia (Capital: Liubliana) 34) Portugal (Capital: Lisboa)
14) Espanha (Capital: Madri) 35) Tchéquia (Capital: Praga)
36) Macedônia do Norte (Capital: 39) Rússia — país que pertence à Europa
Skopje) e à Ásia (Capital: Moscou)
37) Reino Unido — é um Estado 40) San Marino (Capital: San Marino)
Soberano formado por 4 países: 41) Sérvia (Capital: Belgrado)
 Inglaterra (Capital: Londres) 42) Suécia (Capital: Estocolmo)
43) Suíça (Capital: Berna)
 Irlanda do Norte (Capital:
44) Turquia — país pertencente à
Belfast)
Europa e à Ásia (Capital: Ancara)
 Escócia (Capital: Edimburgo) 45) Ucrânia (Capital: Kiev)
46) Vaticano (Capital: Cidade do
 País de Gales (Capital: Cardiff)
Vaticano)

38) Romênia (Capital: Bucareste) Leia também: Diferença entre Reino


Unido, Inglaterra e Grã-Bretanha
Mapa da Europa

Mapa do continente europeu (Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)


Regiões da Europa
O continente europeu possui características bastante heterogêneas quando analisado
todo o seu território. Para facilitar o estudo das áreas que o constituem, algumas
classificações dividem-no em quatro regiões. Essas regiões foram estabelecidas
segundo critérios de ordem espacial e econômica. São estas:
 Europa Ocidental: é composta pelas nações banhadas pelo Oceano Atlântico,
como Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido, e também por países que
possuem relação com o Ocidente.
 Europa Meridional: é composta por nações banhadas pelo Mar Mediterrâneo
situadas na Península Ibérica, como Espanha, Andorra, Grécia e Itália.
 Europa Centro-Oriental: é composta pelos países que formam a ex-União
Soviética e tornaram-se independentes, como Bósnia, Herzegovina, Kosovo,
Moldávia, Macedônia do Norte, entre outros.
 Europa Setentrional: é composta por países que se situam no extremo norte do
continente, como os Países Nórdicos (Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e
Islândia).

Economia da Europa
Ao longo de um grande período, a Europa foi considerada o centro econômico do
mundo, principalmente devido a sua localização geográfica, estando no “centro do
mundo”, ou seja, entre os demais continentes. Apesar de outras supereconomias, como
os Estados Unidos (na América) e a China (na Ásia), na Europa ainda há grandes
economias mundiais, como a Alemanha, que é a quarta do mundo; o Reino Unido, a
quinta; a França, a sexta; e a Itália, a oitava.
Em relação às importações, o continente europeu importa matérias-primas, minerais e
manufaturados de alta tecnologia. Já as exportações feitas por ele contam com
automóveis, produtos químicos, manufaturados, entre outros.
A economia é impulsionada principalmente pela agropecuária, mineração e turismo.
A indústria está relacionada à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologia nos setores
de telecomunicações, eletrônicos, produtos farmacêuticos, siderurgia, aviões, entre
outros.
No continente europeu existe o maior bloco econômico do mundo, a União Europeia.
Constituído por 28 países, esse bloco representa a livre circulação de bens e mercadorias
entre seus países membros, que adotaram uma única moeda, o euro. A União Europeia é
atualmente o maior mercado de exportação de bens, serviços e produtos.

Aspectos geográficos
→ Clima
O clima predominante na Europa é o temperado (devido a sua localização geográfica),
no qual pode ser observado variações continentais e oceânicas.
As áreas situadas na porção setentrional do continente apresentam temperaturas mais
rigorosas no período do inverno, ao passo que as áreas situadas ao sul apresentam
temperaturas mais amenas ao longo do ano e amplitudes térmicas menores quando
comparadas aos países ao norte. Há regiões de clima semiárido, mediterrâneo e polar.
→ Hidrografia

O Rio Volga é o maior rio do continente europeu em extensão, com 3688 km.
Devido ao grande recorte do continente, a Europa é banhada por diversos mares. No
continente também pode ser encontrado diversos rios, como o Danúbio (nasce na
Alemanha e deságua no Mar Negro), o Volga (Rússia) e o Rio Reno (Alemanha, França
e deságua na Holanda). O rio Volga é o maior da Europa.
Saiba mais: Principais rios do mundo
→ Vegetação
Por ser um território bastante heterogêneo, vários tipos de vegetação podem ser
encontrados na Europa, como a Tundra, nas áreas de baixas temperaturas; a Floresta de
Coníferas ou Taiga; a Floresta temperada, que é a vegetação predominante no continente,
entre outros.
→ Penínsulas
O continente europeu possui cinco importantes penínsulas:

 Escandinava
 Jutlândia

 Ibérica

 Itálica

 Balcânica

População
Entre os seis continentes do mundo, a Europa é quarto no ranking de população, com
mais de 740 milhões de habitantes.
O continente é considerado o mais atrativo para migrantes vindos de todas as regiões do
mundo, e, segundo relatório da Organização Internacional para Migrações, cerca de 70
milhões de pessoas na Europa vieram de outros locais.
O país mais populoso da Europa é a Rússia, com um pouco mais de 144 milhões de
habitantes, e o menos populoso é o Vaticano, com cerca de 800 habitantes.

Ciências:

Níveis de organização em biologia

Níveis de organização em biologia constituem uma hierarquia que facilita a forma de


estudar a vida. À medida que analisamos os níveis hierárquicos, observamos um aumento
na complexidade de cada nível. Neste texto conheceremos melhor cada um desses níveis
estudados nas ciências biológicas, iniciando com o átomo e seguindo até a biosfera.
Quais são os níveis de organização em biologia?
Quando estudamos essa área, fazemos o estudo da vida analisando desde a constituição
dos seres vivos até a relação entre eles e com o meio ambiente. Classificando os objetos
de estudo em níveis hierárquicos, esse estudo torna-se mais fácil e organizado. A
seguir, conheceremos os níveis de organização em biologia, iniciando do nível mais
restrito para o mais amplo:
Observe os níveis de organização estudados em biologia.

 Átomo: são as unidades básicas da matéria. Um átomo é formado pelo núcleo,


que é constituído pelos prótons e nêutrons, e pela eletrosfera, região na qual
os elétrons estão localizados
 Molécula: estrutura química formada por dois ou mais átomos. Ela pode ser
formada por átomos iguais ou elementos diferentes.
 Organela: estrutura presente nas células que atua como pequenos
órgãos. Mitocôndria, cloroplasto, retículo endoplasmático e complexo
golgiense são exemplos de organelas.
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 Célula: unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. Com exceção dos vírus,
todos os organismos vivos apresentam células em sua composição. Elas podem
ser divididas em dois grupos básicos: eucariontes e procariontes. As células
procariontes não apresentam núcleo definido, estando o material genético disperso
no citoplasma. As células eucariontes, por sua vez, apresentam núcleo definido,
além disso, possuem organelas membranosas em seu citoplasma.
 Tecido: conjunto de células que desempenha uma função específica. Diante dessa
definição, fica claro que apenas organismos multicelulares podem apresentar
tecidos. Nos seres humanos, os quatro tipos de tecidos básicos encontrados
são: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. Vale destacar que, diferentemente
do que alguns pensam, plantas também possuem tecidos,
como: epiderme, parênquima, colênquima, esclerênquima, xilema e floema.
 Órgão: formação composta pelo conjunto de dois ou mais tecidos. Coração,
baço, fígado e pâncreas são exemplos de órgãos encontrados no nosso
corpo. Folhas, caules e raízes são exemplos de órgãos presentes nas plantas.
 Sistema: conjunto de órgãos que interagem e desempenham uma determinada
função. Exemplos: sistema cardiovascular, sistema digestório, sistema
urinário e sistema endócrino.
 Organismo: forma individual de um ser vivo. Um ser humano é um organismo.
 População: conjunto de organismos da mesma espécie que vive em uma
determinada região e em um determinado período. Um conjunto de girafas,
vivendo em uma área da savana africana, representa uma população.
Nessa fotografia podemos observar um exemplo de população.

 Comunidade: diz respeito ao conjunto de várias populações que vivem em uma


determina área e período. Populações de girafas, leões e zebras, vivendo em uma
região da savana africana, formam uma comunidade.
 Ecossistema: conjunto de todos os seres vivos encontrados em uma região, junto
a todos os componentes abióticos com os quais eles interagem. Por componentes
abióticos entendemos os elementos sem vida de um ambiente, como água,
solo, atmosfera e luminosidade.
 Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas encontrados no nosso planeta.
Fontes de energia

Fontes de energia são recursos naturais ou artificiais que possibilitam a produção de


energia.

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As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade para
produção de algum tipo de energia. A energia, por sua vez, é utilizada para propiciar o
deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade para os mais diversos fins.
As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois,
dependendo das formas de utilização dos recursos energéticos, graves impactos sobre a
natureza podem ser ocasionados.

Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia podem ser


classificadas em renováveis e não renováveis.
Fontes renováveis de energia
As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que possuem
a capacidade de serem repostas naturalmente, o que não significa que todas elas sejam
inesgotáveis. Algumas delas, como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras,
como a água, podem acabar, dependendo da forma como são usadas pelo ser humano.
Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da
emissão de poluentes ou de impactos ambientais em larga escala.

→ Energia eólica
O vento é um recurso energético renovável e, portanto, inesgotável. Em algumas regiões
do planeta, sua frequência e intensidade são suficientes para geração de eletricidade por
meio de equipamentos específicos para essa função. Basicamente, os ventos ativam as
turbinas dos aerogeradores, fazendo com que os geradores convertam a energia
mecânica produzida em energia elétrica.
Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto custo de seus
equipamentos. Todavia, alguns países, como Estados Unidos, China e Alemanha, já vêm
adotando esse recurso substancialmente. As principais vantagens dessa fonte de energia
são a não emissão de poluentes na atmosfera e os baixos impactos ambientais.
Mapa Mental: Fontes Alternativas de Energia

*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!


→ Energia solar
A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para gerar eletricidade e aquecer a água
para uso. É também uma fonte inesgotável de energia, haja vista que o Sol – ao menos na
sua configuração atual – existirá por bilhões de anos.
Há duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a térmica. Na
primeira forma, são utilizadas células específicas que empregam o “efeito fotoelétrico”
para produzir eletricidade. A segunda forma, por sua vez, utiliza o aquecimento da água
tanto para uso direto quanto para geração de vapor, que atuará em processos de ativação
de geradores de energia. É importante lembrar que podem ser utilizados também outros
tipos de líquidos.

Em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito utilizada. Todavia, seu
aproveitamento vem crescendo gradativamente, tanto com a instalação de placas em
residências, indústrias e grandes empreendimentos quanto com a construção de usinas
solares especificamente voltadas para a geração de energia elétrica.

Leia mais: Aquecimento da água por meio da energia solar


→ Energia hidrelétrica
A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para
movimentação das turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte de energia
elétrica, ao lado das termoelétricas, haja vista o grande potencial que o país possui em
termos de disponibilidade de rios propícios para a geração de hidreletricidade.
Nas usinas hidrelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para represamento da
água que será utilizada no processo de geração de eletricidade. Nesse caso, o mais
aconselhável é que as barragens sejam construídas em rios que apresentem desníveis em
seus terrenos a fim de diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais recomendável a
instalação dessas usinas em rios de planalto, embora também seja possível instalá-las em
rios de planícies, porém com impactos ambientais maiores.

→ Biomassa
A utilização da biomassa consiste na queima de substâncias de origem orgânica para
produção de energia. Ocorre por meio da combustão de materiais como lenha, bagaço de
cana e outros resíduos agrícolas, restos florestais e até excrementos de animais. É
considerada uma fonte de energia renovável, porque o dióxido de carbono produzido
durante a queima é utilizado pela própria vegetação na realização da fotossíntese. Isso
significa que, desde que seja controlado, seu uso é sustentável por não alterar a
macrocomposição da atmosfera terrestre.
Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados um tipo de biomassa, pois também
são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para geração de combustíveis. O
exemplo mais conhecido é o etanol produzido da cana-de-açúcar, mas podem existir
outros compostos advindos de vegetais distintos, como a mamona, o milho e muitos
outros.
→ Energia das marés (maremotriz)
A energia das marés – ou maremotriz – é o aproveitamento da subida e da descida das
marés para produção de energia elétrica. Funciona de forma relativamente semelhante a
de uma barragem comum. Além das barragens, são construídas eclusas e diques que
permitem a entrada e a saída de água durante as cheias e as baixas das marés, propiciando
a movimentação das turbinas.

As fontes renováveis de energia são recursos energéticos que se regeneram a curto


prazo.
Fontes não renováveis de energia
As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em um futuro
relativamente próximo. Alguns recursos energéticos, como o petróleo, possuem seu
esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico
desses elementos.

→ Combustíveis fósseis
A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o deslocamento de
veículos quanto para a produção de eletricidade em estações termoelétricas. Os três tipos
principais são petróleo, carvão mineral e gás natural, mas existem muitos outros, como
a nafta e o xisto betuminoso.
Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e disputadas pela
humanidade no momento. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63%
de toda a matriz energética global advém dos três principais combustíveis fósseis citados
acima. Essas fontes representam 56,8% da matriz energética brasileira. Assim, muitos
países dependem da exportação desses produtos, enquanto outros tomam medidas
geopolíticas para consegui-los.

Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-se aos altos
índices de poluição gerados por sua queima. Muitos estudiosos apontam que eles são os
principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos
problemas vinculados ao aquecimento global.

→ Energia nuclear (atômica)


Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de eletricidade
ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os
geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em reatores a partir da fissão nuclear do
urânio-235, um material altamente radioativo.
Embora as usinas nucleares sejam menos poluentes do que outras estações semelhantes,
como as termoelétricas, são alvo de muitas polêmicas, pois o vazamento do lixo nuclear
produzido e a ocorrência de acidentes podem gerar graves impactos e muitas mortes. No
entanto, com a emergência da questão sobre o aquecimento global, seu uso vem sendo
reconsiderado por muitos países.

Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens. No momento, não há


nenhuma fonte que se apresente absolutamente mais viável que as demais. Algumas são
baratas e abundantes, mas geram graves impactos ambientais; outras são limpas e
sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O mais aconselhável é que exista, nos
diferentes territórios, uma diversidade nas matrizes energéticas para que se atenuem os
problemas. No entanto, isso não acontece no Brasil e em boa parte dos demais países.

Energias renováveis

Energias renováveis são aquelas que se regeneram espontaneamente ou através da


intervenção humana. São consideradas energias limpas, pois os resíduos deixados na
natureza são nulos.
Alguns exemplos de energias renováveis são:

 Hidrelétrica - oriunda pela força da água dos rios;


 Solar - obtida pelo calor e luz do sol;
 Eólica - derivada da força dos ventos,
 Geotérmica - provém do calor do interior da terra;
 Biomassa - procedente de matérias orgânicas;
 Mares e Oceanos - natural da força das ondas;
 Hidrogênio - provém da reação entre hidrogênio e oxigênio que libera energia.
Veja também: Energia Renovável
Energias não renováveis
Energias não renováveis são aquelas que uma vez esgotadas, não podem mais ser
regeneradas,pois é necessário muito tempo para sua formação na natureza.

Apesar de serem encontradas na natureza em grandes quantidades, têm reservas finitas.


São consideradas energias poluentes, porque sua utilização causa danos para o meio-
ambiente.

Exemplos de energia não renováveis:

 Combustíveis fósseis: como o petróleo, o carvão mineral, o xisto e o gás natural;


 Energia Nuclear: que necessita urânio e tório para ser produzida.

1. Combustíveis fósseis: emissão de gases poluentes

Matérias-primas como o carvão, petróleo e o gás natural são encontradas na natureza,


mas não são renováveis, considerando que elas demoram milhares de anos para se
renovarem. O impacto ambiental causado por esses tipos de combustíveis fósseis vem
da utilização em usinas termelétricas.

Os combustíveis são queimados para aquecer a água, provocando o vapor que


movimenta as turbinas e gera energia. No processo de queima, gases tóxicos são
despejados na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global, problemas
respiratórios, poluição etc.

2. Nuclear: risco de graves acidentes nucleares

As usinas nucleares funcionam como as termelétricas, mas com combustíveis muito


mais perigosos: urânio e plutônio. Na fissão para gerar o calor, eles produzem material
radioativo. Embora os acidentes sejam raros, a gravidade de um possível dano é algo a
ser considerado.

Uma explosão pode atingir não apenas a usina, mas toda a região em volta, além de
contaminar o solo e a atmosfera por muitos anos. Ou seja, um grande impacto ambiental
pode ser provocado com o uso da energia nuclear.

3. Biomassa: mau cheiro, queimadas e desmatamento


A biomassa é obtida a partir de matéria orgânica, sendo a mais comum o bagaço da
cana. Ela também é um tipo de combustível para usinas, semelhante às termelétricas. A
diferença é que, neste caso, os gases emitidos não são poluentes, por serem de origem
orgânica. De qualquer forma, eles podem, sim, causar problemas respiratórios.

O impacto ambiental da biomassa está no mau cheiro que as usinas causam e na forma
usada para obter energia por meio desse componente. Muitas vezes, a geração de
energia por biomassa envolve queimadas em canaviais e desmatamento.

4. Hidrelétricas: inundação de ecossistemas

A energia hidráulica é gerada a partir da força das águas que fazem turbinas girarem e
criar eletricidade. Ela é considerada uma fonte renovável e limpa, pois não provoca
emissão de gases e a poluição das águas em seu processo. O impacto ambiental está no
fato de ser necessário represar o rio e o grande lago que se forma.

As águas inundam tudo o que há em volta para a construção das hidroelétricas, matando
ecossistemas e obrigando populações a se deslocarem. O clima da região também é
alterado, tornando-se mais quente e úmido, devido ao grande acúmulo de água.

5. Energia eólica: poluição sonora e visual

Uma fonte limpa de energia que tem crescido no Brasil e no mundo é a eólica. Ela
praticamente não causa danos ao meio ambiente e tem sido muito utilizada no nordeste
do país. Trata-se de uma fonte com alta dependência do clima, pois a sua geração de
energia acontece em regiões ventiladas.

O problema é que a produtividade da energia eólica é baixa. Ela precisa de grandes


instalações que poluem visualmente determinada região, é bastante barulhenta e causa a
morte de aves por colisão com as turbinas.

6. Energia solar: reciclagem das placas fotovoltaicas

Outra geração de energia que vem se desenvolvendo bastante no Brasil nos últimos
anos é a energia solar. Os raios solares representam a matéria-prima mais abundante
em nosso país, além de ser sustentável e limpa.

Para gerar a eletricidade pela energia solar, são necessários muitos painéis fotovoltaicos,
e o único impacto ambiental está relacionado à fabricação e reciclagem desses
materiais. De todo modo, trata-se de uma ótima alternativa para empresas, indústrias
e residências.

Os danos causados pelas fontes de energia mais usadas atualmente mostram que a
prioridade deve está na procura por fontes renováveis e em incentivos para aproveitá-las
cada vez mais.

Energia Elétrica
A energia elétrica é a principal fonte de energia do mundo, produzida a partir do
potencial elétrico de dois pontos de um condutor.
Foi o filósofo grego Tales de Mileto quem descobriu por meio de uma experiência as
cargas elétricas e, a partir disso, a palavra "eletricidade" começou a ser utilizada.
Onde ela é produzida?
Em grande parte, a energia elétrica é produzida nas usinas hidrelétricas, porém sua
produção é também feita nas usinas eólicas, solares, termoelétricas, nucleares, etc.

No Brasil, quase 90% da energia é produzida nas Usinas Hidrelétricas sendo que a
maior Usina Hidrelétrica do Brasil é a Usina de Itaipu, localizada no Rio Paraná, na
fronteira entre o Brasil e Paraguai.
Nas Usinas Hidrelétricas, utiliza-se a força das águas, dos rios, para gerar energia
mecânica que, por sua vez, chega para a população em forma de energia elétrica, tão
indispensável nos dias atuais: computadores, baterias, eletrodomésticos, iluminação,
televisores, dentre outros.
Diante dessa crescente demanda, o governo brasileiro pretende investir na construção de
mais hidrelétricas, uma vez que o Brasil possui o terceiro maior potencial hidráulico do
planeta (grandes rios), depois da China e da Rússia.

No Sistema Internacional (SI), a energia elétrica é representada em joule (J). Contudo,


a unidade de medida mais utilizada é o quilowatt-hora (kWh), como podemos notar na
medição do consumo de energia elétrica feita pelas companhias energéticas.

Ademais, a agência que fiscaliza e regulariza a geração, comercialização e transmissão


da energia elétrica no Brasil é a Aneel - "Agência Nacional de Energia Elétrica".

Hereditariedade

A hereditariedade é a transmissão de características de pais para filhos. Essas


informações genéticas e fenotípicas transmitidas são chamadas de hereditárias.
A fecundação garante a transmissão de características aos descendentes
Denominamos de hereditariedade o fenômeno em que os genes e as características
dos pais são transmitidas aos seus descendentes. As características genéticas e
fenotípicas transmitidas dessa forma, por sua vez, são chamadas de hereditárias.

Nos seres humanos, a transmissão de características hereditárias é conseguida


graças à fusão dos gametas. O gameta masculino, o espermatozoide, e o gameta
feminino, o ovócito secundário, contêm 23 cromossomos cada. Quando ocorre a fusão,
os 23 cromossomos do pai juntam-se aos 23
cromossomos da mãe e passam a compor o
conjunto cromossômico daquela nova célula.

→ Conhecimento sobre hereditariedade

Apesar de hoje ser bem estabelecido como


o material genético é herdado, a
hereditariedade não foi sempre
compreendida de forma adequada. Por
muito tempo, não se entendia, por exemplo, por que algumas pessoas eram tão parecidas
com os pais e outras apresentavam diferenças tão acentuadas. Não se sabia nem mesmo
que existia material genético e que esse era transmitido.

Hipócrates, por volta de 410 a.C., propôs a ideia da pangênese, a qual afirmava que o
organismo produzia partículas de todas as partes do organismo e que essas partículas eram
transmitidas no momento da reprodução. Essa ideia permaneceu bem aceita até o final do
século XIX.

Aristóteles (384-322 a.C.) também possuía uma ideia sobre hereditariedade. De acordo
com ele, existia algum material no sêmen produzido pelos pais que garantiam a
transmissão de características. O termo sêmen, nesse caso, era usado no sentido de
gametas e não como a secreção eliminada no momento da ejaculação.

Após Aristóteles, houve um grande período sem que essas questões fossem levantas.
Apenas depois do Renascimento, os estudos voltaram a ser realizados com o objetivo de
desvendar a hereditariedade, entretanto, pouco progresso foi observado. Sendo assim,
existem poucos trabalhos verdadeiramente inovadores no período compreendido entre as
ideias de Aristóteles e Gregor Mendel (1822-1884).

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→ Gregor Mendel

Gregor Mendel é considerado o pai da Genética por causa dos resultados de seus
estudos envolvendo ervilhas. Sua teoria foi proposta antes mesmo de a estrutura e o
funcionamento dos cromossomos serem conhecidas, entretanto, Mendel compreendeu de
maneira acertada os princípios básicos da hereditariedade.

Mendel propôs duas leis:

 Lei da segregação ou a primeira lei de Mendel: Mendel admitiu que


existem fatores para cada característica e que eles segregam-se na formação
dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples. Os fatores que Mendel
descreve em seus resultados seriam, na realidade, os genes, dos quais se têm
conhecimento atualmente.

 Lei da segregação independente ou segunda lei de Mendel: Mendel


admitiu ainda que os fatores para duas ou mais características distribuem-se
de forma independente para os gametas e combinam-se ao acaso.

As duas leis de Mendel explicam, utilizando regras simples de probabilidade, as variações


existentes na transmissão de algumas características. Além disso, elas serviram como
base para a ampliação do conhecimento genético e propuseram a ideia de herança
particulada, a qual demonstra que os pais passam adiante unidades herdáveis separadas
(atualmente chamadas de genes). Assim sendo, as leis de Mendel foram o ponto de
partida para a Genética moderna e a compreensão correta da hereditariedade.
Genética

A Genética é a área da Biologia responsável pelo estudo da hereditariedade: a


transmissão de características de pais para filhos, ao longo das gerações. Muito se
especulava acerca desse fato, como a hipótese da pangênese, de Hipócrates; a teoria da
pré-formação, defendida por Spallanzani, Leeuwenhoek e diversos outros
pesquisadores; e a teoria da epigênese, de Caspar Friedrich Wolff.

Entretanto, a figura mais notável no que se diz respeito ao advento dessa ciência, tal
como vemos hoje, foi o monge Gregor Mendel que, durante muito tempo, pesquisou o
processo de transmissão de caracteres entre diversas gerações de ervilhas (Pisum
sativum), e concluiu que este se dava por meio de partículas, ou fatores, encontrados nos
gametas. Atualmente reconhecidas como genes, essas “partículas” se encontram nos
cromossomos, mais precisamente no DNA.

As ideias de Mendel não receberam a devida importância na época, sendo redescobertas


mais de quinze anos após a sua morte por três pesquisadores que chegaram às mesmas
conclusões que ele, e descobriram que estas não eram inéditas. São eles o holandês
Hugo de Vries, o alemão Carl Erich Correns e o austríaco Erich von Tschermark-
Seysenegg.

Apesar de não reconhecer todos os tipos de herança genética, Mendel representou um


marco para essa ciência, uma vez que concluiu determinadas leis da natureza sem ao
menos saber da existência dos cromossomos e desconhecer os processos de divisão
celular. Além disso, seus estudos foram pontos de partida para se compreender os
métodos de se estudar a Genética.

Abaixo, alguns conceitos essenciais para o estudo dessa matéria:

- Caráter: característica de um indivíduo ou grupo que se deseja analisar, como cor dos
pelos, grupo sanguíneo, determinada doença genética, etc.

- Genótipo: conjunto de genes do indivíduo.

- Fenótipo: manifestação morfológica e/ou funcional do genótipo, associada ao fator


ambiental (alimentação, exposição ao sol, etc.).

- Geração parental (P): primeira geração de um cruzamento. A primeira geração


resultante desse cruzamento é a F1, a segunda, F2, e assim sucessivamente.

- Lócus gênico: posição de um gene no cromossomo.

- Alelos: dois genes situados no mesmo lócus.

- Homozigose: alelos iguais.

- Heterozigose: alelos diferentes.


- Heredograma: esquema gráfico que, por meio de símbolos, representa os indivíduos e
relações de parentesco da família que se deseja estudar.

Sistema Solar

GEOGRAFIA
O Sistema Solar é composto por oito planetas, conforme se considera hoje em dia, além
de planetas anões e corpos celestes, como asteroides, meteoros, cometas e satélites.

O Sistema Solar é composto por oito planetas e localiza-se na Via Láctea.

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O Sistema Solar, localizado na galáxia Via Láctea, consiste


no conjunto de planetas, planetas anões e diversos outros astros do Universo, como
asteroides, meteoros, cometas, satélites, entre outros. O Sol é a estrela central desse
sistema, exercendo intenso domínio gravitacional sobre os demais corpos celestes.
Leia também: Maiores estrelas do Universo
Origem
O Sistema Solar formou-se há cerca de 4,7 bilhões de anos. Contudo, sua origem ainda
é questionada, visto que não há uma teoria que satisfaça inteiramente todas as questões
que perpassam a formação do Sol e dos planetas. Entretanto, atualmente, há uma teoria
mais aceita entre a comunidade científica e astronômica: a teoria da nebulosa solar.
Essa teoria foi formulada inicialmente por René Descartes no ano de 1644, sendo
reformulada por Immanuel Kant em 1775 e, depois, por Pierre-Simon de Laplace em
1796. A teoria formulada por Laplace supunha hipoteticamente que o Sol formou-se a
partir da rotação de uma nuvem que ao
se contrair com influência da
gravidade, aumentou sua velocidade
entrando, então, em colapso. Assim, o
sol formou-se devido à concentração
central da nebulosa e os planetas
formaram-se a partir dos
remanescentes da nuvem molecular em colapso.
Acredita-se que o Sistema Solar tenha surgido a partir do colapso de uma nebulosa.
Essa teoria foi aperfeiçoada, continuando baseada no fato de o Sol e os planetas terem
sido formados quase simultaneamente. Para a teoria, o Sol teve sua formação no centro
da nebulosa. Os planetas que se formaram nas regiões mais externas, onde a temperatura
é menor e as substâncias voláteis, condensaram-se.
Já os planetas formados em regiões mais internas, onde a temperatura é maior e as
substâncias mais voláteis, perderam-se. Essa circunstância explica a classificação dos
planetas em gasosos e rochosos.

Quantos planetas existem no Sistema Solar?


Atualmente, o Sistema Solar é
oficialmente constituído por oito
planetas e cinco planetas anões.

O Sistema Solar é composto por oito


planetas e cinco planetas anões.

→ Plutão, um planeta anão


Plutão era considerado um planeta do Sistema Solar. Porém, as novas descobertas
astronômicas constataram a existência de corpos com características semelhantes às de
Plutão. Isso gerou intensas discussões acerca da classificação desse astro. Portanto, seria
necessário ou aumentar o número
de planetas do Sistema Solar ou
criar uma nova classificação para
os corpos celestes semelhantes a
Plutão.

Plutão não é mais considerado


um planeta, mas um planeta anão.
Assim, em 2006, a União Astronômica
Internacional (UAI), responsável pela regulamentação das nomenclaturas, definições e
classificações na Astronomia, apresentou um novo conceito para a palavra
planeta, “rebaixando” Plutão, então, à categoria de planeta anão.
Definição de planeta, segundo a UAI:
“é um corpo celestial que está em órbita ao redor do Sol, tem massa suficiente para
que sua autogravidade relacionada com as forças de corpo rígido permitam que ele
assuma uma forma em equilíbrio hidrostático (forma arredondada) e, tem limpa a
sua vizinhança ao longo de sua órbita.”
Definição de planeta anão segundo a UAI:
é um corpo celestial que está em órbita ao redor do Sol, tem massa suficiente para
sua autogravidade relacionada com as forças de corpo rígido de modo que ele
assuma uma forma em equilíbrio hidrostático (aproximadamente arredondada.),
não tem limpa a sua vizinhança ao longo de sua órbita.”“

Astros do Sistema Solar


Além dos planetas, há no Sistema Solar outros astros. Segundo a União Astronômica
Internacional, com exceção dos satélites que orbitam o Sol, deverão ser designados como:
pequenos corpos do Sistema Solar esses corpos que apresentam dimensões inferiores aos
planetas e aos planetas anões.
São eles, segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas:

 Asteroides: corpos que apresentam movimento próprio, a maioria já catalogada


apresenta órbitas elípticas e encontra-se no cinturão de asteroides entre Marte e
Júpiter. O seu tamanho pode ser calculado por meio da medida da quantidade de
luz que ele reflete. Apenas 16 asteroides, dos mais de 3000 catalogados,
apresentam dimensões superiores a 240 km. Seu brilho não é constante devido à
reflexão solar.
 Cometas: corpos constituídos por uma parte sólida chamada de núcleo que é
formado por gelo e impurezas. Sua forma é irregular, e são bastante extensos. São
compostos especialmente por água, e, conforme se aproxima do Sol, o gelo
existente no núcleo sofre evaporação, ejetando grãos de poeira que acabam por
refletir a luz solar, dando, então, o aspecto brilhoso ao cometa. Eles possuem
caudas, que são prolongamentos da nuvem de gás e poeira.
 Meteoros, meteoroides e meteoritos: o meteoro corresponde ao fenômeno
luminoso observado durante a passagem de um meteoroide na atmosfera. Os
meteoroides correspondem a restos de cometas ou fragmentos oriundos de
asteroides. Os meteoritos são meteoroides que sobrevivem ao adentrarem a
atmosfera e atinge o chão.
Mapa mental: Sistema solar

*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!


Planetas
Os oito planetas existentes no Sistema Solar são classificados segundo as suas posições
em relação ao Sol. A ordem dos planetas é:

Sol → Mercúrio → Vênus → Terra → Marte → Júpiter → Saturno → Urano → Netuno

Eles podem ser classificados em:

→ Planetas telúricos, terrestres ou rochosos: são os quatro planetas mais próximos do


Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. São caracterizados por serem constituídos de
rochas, ferro e metais pesados e por possuírem maior densidade, visto que os materiais
densos possuem tendência a estarem mais próximos ao Sol.
→ Planetas jovianos, gigantes ou gasosos: são os quatro planetas mais distantes do Sol:
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. São maiores que os planetas telúricos em termos de
dimensão. São caracterizados por serem formados por gases como hélio e hidrogênio. São
menos densos, por isso mais afastados do Sol. Há evidências de que esses planetas
possuem um núcleo rochoso, contudo, não apresentam uma superfície definida. Todos
apresentam vários satélites naturais e sistemas de anéis.
HISTÓRIA

Segunda Revolução Industrial

HISTÓRIA GERAL
A Segunda Revolução Industrial foi a continuação do processo de revolução na
indústria, por meio da melhoria de técnicas, da criação de máquinas e de novos meios
de produção.

A Segunda Revolução Industrial representou o aumento de indústrias e a inserção de


novos meios de produção.

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A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século XIX, entre


1850 e 1870, e finalizou-se no fim do Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Essa
fase da Revolução Industrial representa o início de um novo período da
industrialização, vivida inicialmente na Inglaterra, mas que se expandiu para outros
países.
As fases da Revolução Industrial simbolizam um novo patamar alcançado no
desenvolvimento da civilização humana, no que diz respeito aos avanços tecnológicos,
ao surgimento de novas
indústrias, bem como
à capacidade produtiva de
cada uma delas. Sendo assim,
não se pode considerar que
houve rupturas ao longo da
Revolução Industrial, mas
sim o alcance de novos níveis
de industrialização. Esse
movimento foi dividido em fases apenas em termos didáticos.
O que foi?
A Segunda Revolução Industrial corresponde à continuidade do processo
de revolução na indústria. O aprimoramento de técnicas, o surgimento de máquinas e
a introdução de novos meios de produção deram início a um novo momento.
A industrialização que, antes, limitava-se à Inglaterra, expandiu-se para outros
países, como Estados Unidos, França, Rússia, Japão e Alemanha.
O ferro, o carvão e a energia a vapor, característicos da primeira fase da Revolução
Industrial, agora dão lugar aos representantes da segunda fase: o aço, a eletricidade e
o petróleo.
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As tecnologias introduzidas nesse período possibilitaram a produção em massa,


a automatização do trabalho e o surgimento de diversas indústrias, em especial
as indústrias elétrica e química. Houve também um aumento considerável de empresas
e o aprimoramento das indústrias siderúrgicas.
As ferrovias expandiram-se, possibilitando o escoamento dos bens produzidos e o
aumento do mercado consumidor. Surgiram, durante a Segunda Revolução
Industrial, diversos inventos que modificaram toda a organização social e criaram novas
relações, sejam essas sociais, de trabalho e até mesmo entre o ser humano e o meio.
Os novos meios de produção desencadearam, nesse período, a introdução de modos de
organização da produção industrial que se preocupavam com a produção a menor custo
e menor tempo, ou seja, a racionalização do trabalho. Esses modos de organização
ficaram conhecidos como taylorismo e fordismo. Para saber mais sobre esse assunto,
leia nosso texto: Fordismo e taylorismo.
Causas
A Segunda Revolução Industrial teve como principais causas fatores relacionados
às Revoluções Burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, ocorridas
entre os anos de 1640 e 1850.
Essas revoluções estavam pautadas no pensamento liberal e foram influenciadas
também pelo iluminismo, sendo responsáveis pelo desenvolvimento das relações
capitalistas de produção e também pela dominação social nesse período. A burguesia
era a classe dominante em diversos países, apesar de subordinada à Igreja e à monarquia.
As Revoluções Burguesas foram responsáveis pelo fim do Antigo Regime e também
pelo fortalecimento do capitalismo, o que acabou possibilitando o desenvolvimento
industrial. Houve, nesse momento, um grande avanço tecnológico, a instalação de novas
indústrias e a ampliação da produção.
O capitalismo financeiro surge durante a Segunda Revolução Industrial, devido à
instalação de grandes empresas que passaram a monopolizar os setores industriais e de
mercado. O capitalismo passa então
a uma nova fase, assim como passa
a representar esse período da
Revolução Industrial.
Saiba também: Como se deu o
surgimento da burguesia?
Relação com o imperialismo

A introdução de processos automatizados e as correias transportadoras nas indústrias


aumentaram significativamente a produção industrial.
A inserção de novas técnicas, o aprimoramento de novos meios de produção e o aumento
das fábricas, apesar de terem impulsionado o desenvolvimento industrial e aumentado a
produtividade e os lucros, acabaram gerando bastante desemprego naquele período,
empobrecendo a classe trabalhadora. A mão de
obra foi substituída por máquinas, processos automatizados e correias
transportadoras. Ou seja, a manufatura deu lugar à maquinofatura.
Essa nova realidade fez com que a classe trabalhadora não fosse capaz de consumir tudo
que era produzido, o que acabou gerando um grande excedente na produção, diminuindo
os lucros e causando diversos prejuízos.
Os países capitalistas, como Alemanha e Estados Unidos, necessitavam então ampliar
seu mercado consumidor, expandindo-o geograficamente para além dos territórios
europeus. Além disso, precisavam também buscar matéria-prima suficiente para suprir a
produção. Surge, nesse momento, o que ficou conhecido como: imperialismo.
O imperialismo corresponde às ações e medidas tomadas por países que pretendiam
expandir seus territórios por meio da dominação de outros territórios. Essa dominação
pode ser de ordem cultural, política ou econômica.
Consequências

Uma das principais consequências da Segunda Revolução Industrial foi o aumento


significativo da produtividade nas indústrias.
As consequências da Segunda Revolução
Industrial podem ser vistas tanto
na economia quanto na sociedade. O
desenvolvimento tecnológico propiciou a
produção em massa e uma nova forma de organização do trabalho, dando origem a
novas relações entre os empregadores e empregados. Com o monopólio das grandes
empresas, que, sozinhas, dominavam o mercado, houve concentração do
capital e desvalorização da mão de obra.
Houve a substituição do ferro pelo aço, que passou então a ter um papel fundamental
nas indústrias. O aço passou a ser utilizado nas ferrovias, na indústria naval e na
fabricação de armamentos, por exemplo.
Leia mais: Relação entre a industrialização e a urbanização
Até a primeira fase da Revolução Industrial, a indústria química ainda não tinha ganhado
destaque, o que mudou com o início da segunda fase. Nessa foram desenvolvidos
remédios, fertilizantes, adubos, papel e uma diversidade de produtos que modificaram
a vida das pessoas.
A eletricidade que, antes, limitava-se apenas ao desenvolvimento de pesquisas
laboratoriais, agora faz parte não só das indústrias mas também do dia a dia de toda a
população. A substituição da energia a vapor pela energia elétrica possibilitou o
melhor desenvolvimento das indústrias, bem como permitiu criar diversos instrumentos
que facilitariam a produção. A eletricidade passou a ser utilizada também
para iluminação e transporte, com o trem elétrico, e possibilitou diversos avanços no
campo da comunicação.
O uso do petróleo como fonte de energia também foi responsável por diversas
alterações na sociedade e na indústria. Surgiram, nesse período, os motores de combustão,
a gasolina e a gás. A substituição gradativa do carvão pelo petróleo gerou um novo
significado à indústria, pois o uso do segundo possibilitou produção maior quando
comparada à que utiliza o primeiro como fonte de energia.
A introdução desses elementos na indústria durante a Segunda Revolução Industrial
permitiu o aumento da produção de alimentos com as técnicas inseridas na produção
agrícola. Essa, que antes era de subsistência, em sua maior parte passa a atender o
mercado consumidor.
Apesar desses inúmeros avanços alcançados, a Segunda Revolução Industrial provocou
algumas alterações negativas. Um exemplo foi o intenso êxodo rural motivado pela
substituição da mão de obra por máquinas, fazendo com que muitos trabalhadores
deixassem o meio rural e dirigissem às cidades. Iniciou-se, nesse momento, o processo
de urbanização, e, com ele, começaram alguns problemas, como o inchaço urbano e
a favelização. O desemprego, que significou muita mão de obra disponível, desencadeou
o aumento da pobreza, da violência e da desvalorização do trabalho.
Leia também: Os efeitos da industrialização
→ Invenções do período
 Bateria química
 Indução eletromagnética
 Lâmpada de filamento

 Tração elétrica

 Motores elétricos
 Cabo submarino de comunicações

 Telefone
 Telégrafo sem fio

 Ondas de rádio
Revolução Industrial
A Revolução Industrial tratou-se de um momento iniciado em meados do século XVIII
e vivido, primeiramente, na Inglaterra, mas que, posteriormente, ultrapassou os países
do continente europeu. Esse período representou um intenso avanço tecnológico que
modificou a produção industrial, provocando mudanças no setor econômico, financeiro e
social.
A fim de facilitar o entendimento sobre o que significou a Revolução Industrial e seus
desdobramentos, diz-se que houve fases, as quais corresponderam aos avanços e
aprimoramentos tecnológicos que resultaram em inovações e maior desenvolvimento
industrial nos países. Para conferir um panorama completo da Revolução Industrial,
sugerimos a leitura deste texto: Revolução Industrial.
→ Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial teve início no século XVIII e durou até meados do
século XIX. Essa fase limitou-se à Inglaterra e foi marcada especialmente pela acelerada
transformação vivida no setor produtivo. Os marcos da primeira Revolução Industrial
foram: o uso do carvão como fonte de energia e surgimento da máquina a vapor e
da locomotiva. Para saber mais sobre o assunto, clique aqui: Primeira Revolução
Industrial
→ Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução
Industrial iniciou-se a partir
de 1945, após o fim da Segunda
Guerra Mundial. Essa fase
também é chamada de Revolução
Técnico-científica. Nesse
período, houve um avanço
tecnológico até então nunca vivenciado. O aprimoramento de técnicas abrangeu não só o
processo produtivo mas também alcançou o campo científico. Destacaram-se a robótica,
a genética, as telecomunicações, dentre outros elementos representativos do período.

Imperialismo
O Imperialismo do século XIX constituiu um processo complexo de expansão territorial
e disputa entre as nações europeias.rnou-se famoso

Por Me. Cláudio Fernandes

Quando o assunto é Imperialismo, alguns aspectos devem sempre ser analisados em


conjunto. Os principais são: Nacionalismo, Neocolonialismo e junção entre o
Capitalismo financeiro e o Capitalismo industrial. Esses aspectos resumem o panorama
político, econômico e cultural de um período que vai desde a década de 1870 até o ano
de 1914, ano em que teve início a Primeira Guerra Mundial.
O termo “Imperialismo” sugere, obviamente, uma “Era de Impérios”; em grande parte
trata-se disso mesmo. Mas, conceitualmente falando, o Imperialismo do século XIX
consistiu num tipo de política expansionista das principais nações europeias, que tinha
por objetivo a busca de mercado consumidor, de mão de obra barata e de matérias-primas
para o desenvolvimento das indústrias.

Esse fenômeno de expansão dos países europeus teve início a partir do momento em que,
após as Revoluções Burguesas dos séculos XVII e XVIII e da formação das nações
modernas na Europa (como Alemanha, Itália e França), houve um intenso processo de
industrialização desses países. A industrialização gerou, por conseguinte, uma forte
concorrência entre as nações, que passaram a disputar territórios e estabelecer as suas
fronteiras com exércitos modernizados e uma sofisticada diplomacia. Esse processo
acentuou gradualmente o caráter nacionalista dos países europeus.

Ao mesmo tempo, a industrialização também exigia uma integração econômica nunca


antes vista. O capital gerado pela indústria, isto é, toda a riqueza do processo de produção
– desde maquinários até produtos para consumo –, precisava de crédito e de sustentação
financeira. Os setores do capital financeiro (bancos e bolsas de valores) passaram a se
integrar com o setor das indústrias, criando assim maneiras de estruturar a complexidade
da economia mundial integrada.
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E, assim como nos séculos XV, XVI e XVII, nos quais nações europeias como Portugal
e Espanha promoveram a colonização do continente americano (e dessas colônias
extraíram matérias-primas e nelas desenvolveram sistemas de organização política e
administrativa), as nações imperialistas industrializadas do século XIX promoveram a
colonização de regiões da África, da Ásia e da Oceania.

O processo de expansão para essas regiões foi marcado por várias tensões e guerras. A
África, por exemplo, teve seu território divido nesta época entre as nações europeias, num
evento denominado Conferência de Berlim, ocorrido em novembro de 1884. Essa divisão
caracterizou-se pela completa arbitrariedade, tribos africanas inteiras foram desagregadas
com a divisão, enquanto que algumas se mesclaram com outras que eram suas rivais
históricas. A Inglaterra, nessa época, ficou conhecida como o grande Império “onde o Sol
não se põe”, exatamente por conta de sua vasta expansão, que integrava grandes países,
como a Índia e a Austrália.

O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do século XX, quando as


tensões nacionalistas se tornaram mais veementes. A Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) é fruto direto dessa saturação.

Darwinismo social e imperialismo no século XIX

O imperialismo (XIX) é a principal causa da miséria econômica de países africanos e


asiáticos atualmente
O imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento
de domínio, conquista e exploração política e econômica das nações industrializadas
europeias (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes
africano e asiático.

A “partilha” da África e da Ásia se deu fundamentalmente no século XIX (pelos


europeus), mas continuou durante o século XX. No decorrer deste, os Estados Unidos e
o Japão ascenderam industrialmente e exerceram sua influência imperialista na América
e na Ásia, respectivamente.

A “corrida” com fins de “partilha” da África e da Ásia, realizada pelas potências


imperialistas, aconteceu por dois principais objetivos: 1º) a busca por mercados
consumidores (para os produtos industrializados); 2º) a exploração de matéria-prima
(para produção de mercadorias nas indústrias). A industrialização europeia se acentuou
principalmente após as inovações técnicas provenientes da 2ª fase da Revolução
Industrial.

O domínio da África e da Ásia, exercido pelos países industrializados, teve duas


principais formas: 1ª) a dominação política e econômica direta (os próprios europeus
governavam); 2ª) a dominação política e econômica indireta (as elites nativas
governavam). Mas como as potências imperialistas legitimaram o domínio, a conquista,
a submissão e a exploração de dois continentes inteiros?

A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e


a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século
XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.

Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração


dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria
classificava as sociedades em três etapas evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª)
civilizada. Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e
classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto,
restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e
africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura
europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de
civilizados.

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O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e
moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades
evoluírem.

O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso


ideológico europeu para dominar outros continentes. O darwinismo social compactuava
com a ideia de que a teoria da evolução das espécies (Darwin) poderia ser aplicada à
sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as
raças mais fortes e capazes sobreviveriam.

A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou


neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que
levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã, ciência) para outros
lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias raciais, o europeu era o modelo
ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras sociedades deveriam se espelhar. Para a
África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria
imprescindível ter o contato com a civilização europeia.

Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem nenhum
embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do século XIX foram
ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja, a submissão, o domínio e a
exploração de continentes inteiros.

Movimentos de resistência ao neocolonialismo na África

HISTÓRIA GERAL
O processo de neocolonialismo iniciou uma violenta ocupação do continente africano, o
que foi respondido por movimentos de resistência surgidos em toda a África.

Com a chegada dos europeus, movimentos de resistência surgiram em diversas partes


do continente africano

A partir da segunda metade do século XIX, iniciou-se o neocolonialismo, no qual as


nações industrializadas da Europa passaram a ocupar e dominar o continente africano,
implantando um grande processo de exploração da África. Esse processo – que está
relacionado com o desenvolvimento do capitalismo – encontrou grande resistência em
todo o continente africano.
Contexto
Na segunda metade do século XIX, a Europa sofreu intensas transformações que
resultaram em grandes avanços tecnológicos. A indústria europeia passou por um
crescimento agudo em decorrência da utilização de novas fontes de energia. Houve
avanços também na química, na tecnologia de comunicação, nos meios de transporte etc.
Esse desenvolvimento tecnológico ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial.
O desenvolvimento industrial desse período contribuiu para o crescimento e
fortalecimento do capitalismo. Uma consequência direta desse processo foi o
neocolonialismo, no qual as nações europeias, para dar suporte ao seu crescimento
industrial, partiram para a ocupação dos continentes africano e asiático para obter fontes
de matérias-primas e novos mercados consumidores.

Assim, foi iniciada uma verdadeira corrida pela ocupação do território africano. Essa
ocupação foi justificada pelas nações europeias como uma missão civilizatória, no
entanto, esse discurso tinha como objetivo mascarar o real objetivo, que era impor
uma intensa exploração econômica na África.
Uma das consequências desse interesse pelo território africano foi a realização
da Conferência de Berlim, reunião que impôs as regras de ocupação e determinou
algumas questões relativas ao domínio belga sobre o Congo e sobre a navegação dos rios
Congo e Níger. Após a Conferência de Berlim, quase todo o continente africano havia
sido ocupado (com exceção de Libéria e Etiópia).
Movimentos de resistência
A ocupação do continente africano pelas nações europeias não aconteceu
pacificamente. Em todo o continente, explodiram movimentos de resistência que
enfrentaram a dominação europeia. A vitória dos europeus sobre esses movimentos
africanos ocorreu, principalmente, em decorrência de sua tecnologia superior, que lhe
permitiram facilidades de comunicação e armamentos mais modernos.
A seguir, destacamos algumas informações sobre os movimentos de resistência em
diferentes partes do continente africano.

 Egito
Na década de 1880, o Egito possuía um governo alinhado com os
interesses otomanos (turcos) e britânicos. O governo liderado pelo quediva (governante
instituído pelos otomanos) Tawfik enfrentou, a partir de 1881, uma revolução
encabeçada pelo exército que visava libertar o Egito da crescente influência britânica. A
chamada Revolução Urabista foi liderada pelo coronel Ahmad Urabi.
Esse movimento conseguiu destituir o quediva Tawfik. No entanto, Urabi não sabia que
Tawfik havia solicitado ajuda aos britânicos. Pouco tempo depois, os britânicos
invadiram o Egito (a invasão aconteceu em 1882), atacaram a cidade de Alexandria e
derrotaram o movimento liderado por Urabi. A partir dessa derrota, a resistência egípcia
foi enfraquecida e o Egito foi ocupado pelos britânicos até a década de 1950.
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 Somália
A Somália passou a ser disputada por Reino Unido, França e, posteriormente, Itália na
segunda metade do século XIX. O interesse pelo país era, principalmente, pela sua
proximidade com a Índia e outras regiões importantes da Ásia. Os chefes somalis
realizaram uma série de acordos com os europeus com o objetivo de reduzir a influência
europeia, no entanto, essa estratégia fracassou e os países europeus estenderam seu
domínio sobre o interior da Somália.
Tempos depois, um movimento de resistência relacionado com o conceito
de Jihad (guerra santa do Islã) surgiu sob a liderança de Sayyid Muhammad Abdullah
Hassan. A luta de Hassan pela libertação da Somália do domínio europeu permaneceu
até sua morte, em 1920, e serviu de inspiração patriótica para movimentos de
independência que ocorreram mais tarde.
 Líbia
Segundo Valter Roberto Silvério|1|, na Líbia, o movimento de resistência contra a
presença europeia teve maior duração. Esse país estava ocupado pelos otomanos quando
foi repentinamente invadido pelos italianos em 1911. Os italianos exerceram um domínio
precário sobre algumas cidades líbias e enfrentavam grande resistência no interior. O
controle da Itália sobre a Líbia somente foi completamente estabelecido em 1932, durante
o governo fascista de Benito Mussolini.
 Madagáscar
O Reino de Madagáscar era independente até a década de 1880 e, liderado
pelo primeiro-ministro Rainilaiarivony, passava por um processo de modernização. A
intenção de Rainilaiarivony era garantir a independência e a soberania de Madagáscar ao
transformá-la em um Estado “civilizado” aos moldes ocidentais.
Contudo, os interesses franceses sobre a ilha e a procura por eliminar a influência
britânica na região levaram o governo francês a optar por invadir Madagáscar em 1883.
O governo de Rainilaiarivony e o processo de modernização do país foram desmantelados
pela colonização francesa. As intensas transformações que a sociedade malgaxe
enfrentava acabaram por facilitar o domínio francês sobre esse território.
Madagáscar tentou garantir sua independência em duas guerras travadas contra os
franceses, porém foi derrotada. Movimentos de resistência pipocaram na sociedade
malgaxe constantemente até a década de 1920. A independência de Madagáscar só foi
obtida oficialmente em 1960.

Primeira Guerra Mundial

HISTÓRIA GERAL
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que ocorreu entre 1914 e 1918 e ficou muito
conhecida em razão dos combates que aconteciam nas trincheiras.
Tropas alemãs posicionadas em uma trincheira que ficava nos arredores de Paris.

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A Primeira Guerra Mundial foi um marco na história da humanidade. Foi a primeira


guerra do século XX e o primeiro conflito em estado de guerra total – aquele em que
uma nação mobiliza todos os seus recursos para viabilizar o combate. Estendeu-se de
1914 a 1918 e foi resultado das transformações que aconteciam na Europa, as quais
fizeram diferentes nações entrar em choque.
O resultado da Primeira Guerra Mundial foi um trauma drástico. Uma geração de jovens
cresceu traumatizada com os horrores da guerra. A frente de batalha, sobretudo a
Ocidental, ficou marcada pela carnificina vivida nas trincheiras e um saldo de 10 milhões
de mortos. Os desacertos da Primeira Guerra Mundial contribuíram para que, em 1939,
uma nova guerra acontecesse.
Mapa Mental: Primeira Guerra Mundial
* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!
Causas
As causas da Primeira Guerra Mundial são extremamente complexas e envolvem uma
série de acontecimentos não resolvidos que se arrastavam desde o século XIX: rivalidades
econômicas, tensões nacionalistas, alianças militares etc.

De maneira geral, os principais fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra
Mundial foram:

 disputas imperialistas;

 nacionalismos;

 alianças militares;

 corrida armamentista.

Na questão imperialista, o enfoque pode ser dado ao temor que a ascensão da Alemanha
gerou em nações como Rússia, França e Grã-Bretanha. Os alemães haviam passado
pelo processo de unificação na segunda metade do século XIX e, após isso, lançaram-se
à busca de colônias para seu país. Isso prontamente chamou a atenção da França, por
exemplo, que via seus interesses serem prejudicados com o fortalecimento alemão.
A questão dos nacionalismos envolveu diferentes nações. A Alemanha encabeçava um
movimento conhecido como pangermanismo. Esse movimento nacionalista servia como
suporte ideológico para o Império Alemão defender os seus interesses de expansão
territorial no começo do século XX. O pangermanismo ainda se expressava nas questões
econômicas, pois os alemães pretendiam colocar-se como a força econômica e militar
hegemônica da Europa.
Na questão nacionalista, havia também o revanchismo francês. Essa questão envolvia
os ressentimentos que existiam na França a respeito do desfecho da Guerra Franco-
Prussiana, conflito travado entre Prússia e França em 1870 e 1871. A derrota francesa foi
considerada humilhante, principalmente por dois fatores: a rendição ter sido assinada na
Galeria dos Espelhos, no Palácio de Versalhes, e pela perda da Alsácia-Lorena. Após o
fim desse conflito, a Prússia autoproclamou-se como Império Alemão.
A questão nacionalista mais complexa envolvia os Bálcãs, região no sudeste do
continente europeu. No começo do século XX, os Bálcãs eram quase inteiramente
dominados pelo Império Áustro-Húngaro, que estava em ruínas por causa da
multiplicidade de nacionalidades e movimentos separatistas que existiam em seu
território.
A grande tensão nos Bálcãs envolvia a Sérvia e a Áustria-Hungria na questão referente
ao controle da Bósnia. Os sérvios lutavam pela formação da Grande Sérvia e, por isso,
desejavam anexar a Bósnia ao seu território (a Bósnia era parte da Áustria-Hungria desde
1908 oficialmente). Esse movimento nacionalista de sérvios era apoiado pela Rússia por
meio do pan-eslavismo, ideal em que todos os eslavos estariam unidos em uma nação
liderada pelo czar russo.
Tendo em vista todo esse quadro de tensão e rivalidades, as nações europeias meteram-
se em um labirinto de alianças militares, que acabou sendo definido da seguinte maneira:

 Tríplice Entente: formada por Rússia, Grã-Bretanha e França.


 Tríplice Aliança: formada por Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e
Itália.
Esses acordos militares incluíam cláusulas secretas de cooperação militar caso uma nação
fosse atacada por outra nação adversária. Por fim, toda essa hostilidade deu a garantia
para todas as potências e chefes de Estado na Europa de que a guerra era apenas questão
de tempo. Por essa razão, as nações europeias iniciaram uma corrida armamentista com
o objetivo de se fortalecer para o conflito que ocorreria.
O que faltava para que a guerra tivesse início era um estopim, que aconteceu em 28 de
junho de 1914, durante a visita do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono
austríaco, a Sarajevo, capital da Bósnia. A visita do arquiduque foi entendida como uma
provocação e colocou em movimento os grupos nacionalistas que existiam na Sérvia e
Bósnia.

Gavrilo Princip sendo preso após cometer o atentado que causou a morte de Francisco
Ferdinando.
O resultado da visita do arquiduque foi que Gavrilo Princip, membro de um movimento
nacionalista bósnio, armado de um revólver, meteu-se à frente do carro que levava
Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia. Ele abriu fogo, assassinando ambos. A
consequência direta do ato foi uma crise política gravíssima que ficou conhecida
como Crise de Julho.
Como não houve saída diplomática para a Crise de Julho, a consequência final foram
declarações de guerra acontecendo em cadeia. Em 29 de julho, a Áustria declarou guerra
à Sérvia; no dia 30, russos (em defesa da Sérvia), alemães e austríacos mobilizaram seus
exércitos. Em 1º de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia e, no dia 3, à França.
No dia 4, o Reino Unido declarou guerra à Alemanha. Era o começo da Primeira Guerra
Mundial.

Países envolvidos
Como mencionado no texto, os dois grupos que lutaram entre si na Primeira Guerra
Mundial ficaram conhecidos como Tríplice Aliança (as principais forças eram a
Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Itália) e Tríplice Entente (as principais
forças eram a Rússia, Grã-Bretanha e França). No caso da Itália, o país fazia parte da
Tríplice Aliança, mas recusou-se a participar da guerra quando ela se iniciou. Em 1915,
a Itália aderiu à Tríplice Entente.
Naturalmente, a Primeira Guerra Mundial não se resumiu ao envolvimento desses países,
pois diversas outras nações envolveram-se no conflito. No lado da Entente, países como
Grécia, Estados Unidos, Canadá, Japão e até mesmo o Brasil entraram no confronto. No
lado da Tríplice Aliança, houve a participação da Bulgária e de outros povos e Estados
clientes, como o Sultanato de Darfur.

Onde ocorreu a Primeira Guerra Mundial?


Os combates da Primeira Guerra Mundial, em sua maioria, aconteceram no continente
europeu. Na Europa, destacaram-se a Frente Ocidental, em que os alemães lutaram contra
franceses e britânicos, e a Frente Oriental, em que os alemães lutaram contra sérvios e
russos. Durante a guerra, houve também batalhas no Oriente Médio, isto é, nas regiões
que estavam sob domínio do Império Otomano.
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Fases da Primeira Guerra


Utilizando a classificação do estudioso Luiz de Alencar Araripe, a Primeira Guerra
Mundial pode ser dividida em duas grandes fases1. A primeira fase ficou conhecida
como Guerra de Movimento e aconteceu entre agosto e novembro de 1914. A segunda
fase ficou conhecida como Guerra de Trincheiras e ocorreu entre 1915 e 1918.
Da primeira fase da guerra, destacou-se o plano alemão de invasão da França pelo
território belga, o chamado Plano Schlieffen. Esse plano foi elaborado pelo conde Alfred
von Schlieffen e consistia basicamente em uma manobra para envolver as tropas
francesas e conquistar Paris, a capital da França.
Poucos meses depois que os franceses conseguiram impedir os alemães de conquistar
Paris, iniciou-se a segunda fase da guerra, caracterizada pelas trincheiras. As trincheiras
eram corredores subterrâneos construídos para abrigar os soldados e separar os exércitos
que lutavam entre si. Muitas vezes, a distância entre uma trincheira e outra era mínima.
Acesse também: Saiba como era a vida dos soldados na trincheira
O espaço entre as trincheiras era conhecido como “terra de ninguém” e era preenchido
com sacos de areia, arames farpados e tudo que fosse necessário para garantir a proteção
das tropas e para informar que tropas inimigas aproximavam-se. Durante a guerra de
trincheiras, foram utilizadas pela primeira vez armas químicas. Os alemães inicialmente
utilizaram gás clorídrico, que, com o tempo, também passou a ser utilizado por franceses
e britânicos. Por fim, o gás clorídrico foi substituído pelo gás mostarda.

Soldados americanos utilizando máscaras para se proteger das armas químicas utilizadas
na frente de batalha.
A respeito dos horrores da Guerra de Trincheiras travada na Frente Ocidental, vale
ressaltar o relato feito pelo historiador Eric Hobsbawm:

Milhões de homens ficavam uns diante dos outros nos parapeitos


de trincheiras barricadas com sacos de areia, sob as quais viviam
como – e com – ratos e piolhos. De vez em quando seus generais
procuravam romper o impasse. Dias e mesmo semanas de
incessante bombardeio de artilharia […] “amaciavam” o inimigo
e o mandavam para baixo da terra, até que no momento certo
levas de homens saíam por cima do parapeito, geralmente
protegido por rolos e teias de arame farpado, para a “terra de
ninguém”, um caos de crateras de granadas inundadas de água,
tocos de árvore calcinadas, lama e cadáveres abandonados, e
avançavam sobre as metralhadoras, que os ceifavam, como eles
sabiam que aconteceria2.
Na Frente Ocidental, destacaram-se batalhas como Verdun e Somme em que a luta nas
trincheiras causou a morte de milhões de soldados de ambos os lados. Na Frente Oriental,
os alemães conseguiram impor pesadas derrotas aos russos em batalhas como a
de Tannenberg, garantindo grandes conquistas territoriais.
A violência da guerra também foi destacada durante os combates que aconteceram na
Sérvia. No Oriente Médio, destacou-se a perseguição que o Império Otomano promoveu
contra os armênios, o que levou ao Genocídio Armênio. A Primeira Guerra também
registrou combates aéreos e uma disputa acirrada entre alemães e britânicos no mar.
Em 1917, os Estados Unidos, presididos por Woodrow Wilson, entraram na
guerra quando uma embarcação britânica foi atacada por alemães, causando a morte de
mais de uma centena de americanos. Nesse mesmo ano, os russos, fragilizados por tantas
derrotas e por uma crise econômica duríssima, retiraram-se da guerra, e a Revolução
Russa consolidou o socialismo no país.
A Primeira Guerra Mundial encerrou-se como resultado do esfacelamento das forças da
Tríplice Aliança. Bulgária, Áustria-Hungria e Império Otomano renderam-se, sobrando
apenas a Alemanha. O Império Alemão, arrasado pela guerra, também se rendeu após
uma revolução estourar no país e levar ao fim da monarquia alemã. Aqueles que
implantaram a república no país (os social-democratas) optaram por um armistício para
colocar fim à guerra após quatro anos.
Consequências
Como consequência do armistício e da derrota alemã, foi assinado em junho de 1919
o Tratado de Versalhes. A assinatura desse tratado aconteceu exatamente no mesmo local
onde os franceses haviam ratificado sua derrota em 1871. Dessa vez, os derrotados eram
os alemães, que assinavam um tratado que impunha termos duríssimos à Alemanha.

Delegações reunidas durante a assinatura do Tratado de Versalhes na Galeria dos


Espelhos, em 1919.
A Alemanha perdeu todas as suas colônias ultramarinas, além de territórios na Europa.
Foi obrigada a pagar uma multa pesadíssima, que arrastou o país pra uma crise econômica
sem precedentes na sua história. Suas forças militares foram restritas a 100 mil soldados
de infantaria. A rigidez dos termos do Tratado de Versalhes é entendida pelos
historiadores como a porta que deu abertura para o surgimento e crescimento do nazismo.
O fim da guerra também marcou a reconfiguração do mapa europeu por causa do
esfacelamento dos Império Alemão, Austro-húngaro e Otomano. Diversas novas nações
surgiram, como Polônia, Finlândia, Iugoslávia etc.

Segunda Guerra Mundial


Os termos que os franceses e britânicos impuseram à Alemanha foram encarados pelos
historiadores como paz punitiva. O objetivo era enfraquecer a Alemanha de tal maneira
que outra guerra da magnitude da Primeira Guerra Mundial não acontecesse. Britânicos
e franceses fracassaram nesse objetivo, já que vinte anos depois uma nova guerra
começou na Europa: a Segunda Guerra Mundial.
Resumo
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que aconteceu entre 1914 e 1918, e os
principais cenários de guerra ocorreram no continente europeu. Foi resultado de inúmeros
fatores, como a rivalidade econômica, ressentimentos por acontecimentos passados e
questões nacionalistas. Teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco
Ferdinando e sua esposa, Sofia, em Sarajevo, na Bósnia, em junho de 1914.

Estendeu-se por quatro anos em duas fases distintas: Guerra de Movimento e Guerra de
Trincheira. A última fase é a mais conhecida por ter sido a mais longa (de 1915 a 1918)
e por ter sido efetivamente caracterizada por um alto grau de mortalidade dos soldados
envolvidos. O saldo do conflito foi, aproximadamente, 10 milhões de mortos e uma
Europa totalmente transformada.

Resumo da história da República Brasileira

HISTÓRIA DO BRASIL
A história da República Brasileira foi marcada por inúmeros golpes de Estado e pela
instabilidade política, cenário que parece ter mudado no início do século XXI.

A História da República Brasileira iniciou-se em 1889 com a Proclamação da


República e acompanhou todo o período posterior, até o século XXI. A difusão dos ideais
republicanos remonta ao período colonial, como durante a Inconfidência Mineira e a
Conjuração Baiana, no final do século XVIII. Apesar dos ideais e das revoltas buscarem
a superação da monarquia, apenas no final do século XIX, com o fim do escravismo, as
elites agrárias do país aceitaram organizar o Estado brasileiro nos moldes republicanos.
O fato de a República nascer como uma aceitação das elites e ter sido realizada através
da espada do exército brasileiro conformou um caráter autoritário e excludente do Estado
brasileiro, garantindo os privilégios das classes dominantes e a negação de direitos às
classes exploradas durante muito tempo. A participação do exército na vida política
nacional foi também uma constante da história republicana do país, que pode ser dividida
em algumas fases.

Primeira República
A República Velha, ou Primeira República, é o primeiro período dessa história,
compreendida entre a Proclamação da República em 1889 e a Revolução de 1930.
Inicialmente ela foi caracterizada pela presidência de dois marechais do exército, o que
lhe garantiu o nome de República da Espada. Após esses dois mandatos, a elite rural
paulista e mineira passaram a deter o poder do governo federal, garantindo o poder da
oligarquia agrária, o que deu fundamento aos historiadores para chamarem esse período
de República Oligárquica.

Foi nesse período que o país conheceu uma série de revoltas urbanas e rurais decorrente
das mudanças sociais e políticas pelas quais passaram o país. É de se destacar a Guerra
de Canudos, de 1896-1897, e a Revolta da Vacina, de 1904. Foi nesse período que o Brasil
iniciou sua industrialização, alterando a paisagem urbana de algumas cidades e criando
as condições para a formação da classe operária em território nacional.

Essas mudanças resultaram em novas pressões políticas e sociais, que as oligarquias


paulistas e mineiras não poderiam mais controlar. A Revolução de 1930 foi o ápice desse
processo, o que resultou no período conhecido como Era Vargas.

Era Vargas
A Revolução de 1930 elevou Getúlio Vargas ao poder, permanecendo como presidente
até 1945. Durante seu Governo Provisório (1930-1934), o novo presidente conseguiu
contornar os conflitos entre as elites nacionais, principalmente com a vitória sobre a
oligarquia e burguesia industrial paulista durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

A promulgação da Constituição em 1934 e a abertura de um processo democrático


selaram o acordo entre as várias frações da classe dominante nacional. Porém, não
puderam conter a insatisfação dos setores populares. É nesse sentido que se pode entender
o surgimento do Partido Comunista Brasileiro e a tentativa de derrubar o governo de
Vargas, através do que ficou conhecido como Intentona Comunista de 1935.
A tentativa do PCB serviu de pretexto para Vargas dar um golpe de Estado em 1937,
pondo fim ao período constitucional e inaugurando o Estado Novo. Mesmo contendo as
forças do integralismo, o Estado Novo marcou mais um período de extremo autoritarismo
do Estado Brasileiro.

Uma nova Constituição foi adotada e o Congresso foi fechado. Como forma de conter a
insatisfação popular e conseguir aumentar o poder de consumo do mercado interno,
Vargas promulgou uma série de leis que garantia alguns direitos à classe trabalhadora
urbana, além de proporcionar um nível de renda que impulsionasse o esforço de
industrialização.

A industrialização somada a medidas de racionalização da administração pública


caracterizou o esforço de modernizar o Estado brasileiro, garantindo as condições de
fortalecimento tanto da burguesia industrial quando da tecnocracia das empresas estatais
e da administração pública.

Quarta República
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Vargas estava enfraquecido. Um golpe
comandado pelo general Eurico Gaspar Dutra o retirou do poder. Uma nova Constituição
foi adotada em 1946, garantindo a realização de eleições diretas para presidente da
República e para os governos dos estados. O Congresso Nacional voltou a funcionar e
houve alternância no poder.

Entretanto, foi um período de forte instabilidade política. As mudanças sociais


decorrentes da urbanização e da industrialização projetavam novas forças políticas que
pretendiam aprofundar o processo de modernização da sociedade e do Estado brasileiro,
o que desagrava as elites conservadoras. O período foi marcado por várias tentativas de
golpe de Estado, levando inclusive ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.

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O governo de JK conseguiu imprimir um acelerado desenvolvimento industrial em


algumas áreas, mas não pôde resolver o problema da exclusão social na cidade e no
campo. Essas medidas de mudança social iriam compor a base das propostas do Governo
de João Goulart. O estado brasileiro estava caminhando para resolver demandas há muito
reprimidas, como a reforma agrária. Frente ao perigo que representava aos seus interesses
econômicos e políticos, as classes dominantes mais uma vez orquestraram um golpe de
Estado, com a deposição pelo exército de João Goulart, em 1964.

Ditadura Militar
Iniciada em 01 de abril de 1964, a Ditadura Militar foi um dos períodos mais repressivos
da História da República. Inúmeros grupos políticos foram cassados, e seus membros
torturados e mortos. O que diferenciou o período foi a sistematização da repressão estatal
aliada ao incentivo ao desenvolvimento econômico.

A estrutura estatal repressiva, de impedimento do exercício da oposição política através


de instituições policiais, garantiu a estabilidade social necessária aos investimentos
estrangeiros. Foi o período do milagre econômico brasileiro e da tentativa de
transformação do país em uma potência mundial.

A ditadura existiu até 1985 quando as pressões populares por abertura política tomaram
as ruas do país, principalmente na campanha das Diretas Já. Mesmo com milhares de
pessoas nas ruas, a reforma do Estado foi feita de forma “lenta e gradual”, como queriam
os militares.

No lado da classe trabalhadora, surgiu um vigoroso movimento sindical na década de


1970, principalmente depois das greves no ABC paulista, entre 1978 e 1980. Esse
movimento sindical tornar-se-ia uma das características do período posterior.

A Nova República
A Nova República iniciou-se com o governo de José Sarney e permanece até os dias
atuais, com o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Sarney foi eleito através
do voto indireto e durante seu governo foi elaborada uma nova Constituição, promulgada
em 1988, que garantia eleições diretas e livres a todos os cargos eletivos. A divisão dos
poderes foi mantida e uma nova perspectiva democrática liberal se abriu no país.

O primeiro presidente eleito diretamente desde 1960 foi Fernando Collor de Melo, em
1989. Porém, os escândalos de corrupção o fizeram renunciar em 1992. A partir dessa
renúncia, marcaram a história política da República os mandatos de dois governantes. O
primeiro foi Fernando Henrique Cardoso que com o Plano Real pôde garantir a
estabilidade econômica necessária aos investimentos estrangeiros. Esses investimentos
foram possíveis em decorrência das privatizações realizadas em setores específicos da
econômica, como telecomunicações, mineração e siderurgia. Por outro lado, tais medidas
representaram o enxugamento das funções do Estado brasileiro, marcando o período do
neoliberalismo no Brasil.

FHC governou até 2002, quando foi substituído por Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro
presidente de origem operária da República buscou caracterizar seu governo pela
distribuição de renda, possibilitada pela estabilidade econômica do período anterior. A
distribuição de renda ocorreu através de políticas como Bolsa Família, que além de uma
renda mínima, garantiu a obrigatoriedade de um nível educacional mínimo à quase toda
a população em idade escolar, uma uniformização federal de procedimentos
administrativos e o estímulo econômico a regiões extremamente pobres do território
nacional.

Apesar da estabilidade política dos dois governos acima mencionados, os casos de


corrupção também se fizeram presentes, como as acusações de compra de votos para a
reeleição durante o governo FHC, em 1998, e o escândalo do mensalão, no governo Lula,
em 2005.

A alternância do poder garantiu ainda a eleição da primeira mulher para a presidência da


República, em 2010. Esse é um dos mais marcantes fatos da recente história republicana
brasileira.

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