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MARÇO
2009
SUMÁRIO
1- Apresentação 7
2- Justificativa 9
3- Objetivo 13
5- Eixos de Intervenção 15
6- Cronograma de atividades 49
7- Referencias Bibliográficas 53
2
Ministério da Saúde
3
ELABORADORES
Guilherme Franco Netto (DSAST/SVS/MS)
Daniela Buosi Rohfs (CGVAM/SVS/MS)
Patrícia Louvandini (CGVAM/SVS/MS)
Herling Alonzo (CGVAM/SVS/MS)
Juliana Wotzasek Rulli Villardi (CGVAM/SVS/MS)
Fernando Ferreira Carneiro (UNB)
Cássia de Fátima Rangel (CGVAM/SVS/MS)
Priscila Campos Bueno (CGVAM/SVS/MS)
COLABORADORES
Elisandrea Sguario (DAB/CGAB/MS)
Frederico Peres (Fiocruz)
Jacira Cancio (DSAST/SVS/MS)
Jandira Maciel (CST/SES/MG)
Jorge H. M. Machado (COSAT/SVS/MS)
Juliana Oliveira Soares (DAB/CGAB/MS)
Letícia Rodrigues da Silva (GGTOX/ANVISA)
Letícia Coelho da Costa Nobre (CESAT/SES/BA)
4
LISTA DE SIGLAS
6
1. APRESENTAÇÃO
7
seguintes órgãos e entidades: Coordenação de Saúde do Trabalhador - COSAT/SVS/MS,
Gerência Técnica do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - GT-
SINAN/SVS/MS, Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde -
DAB/SAS/MS, Departamento de Atenção Especializada - DAE/SAS/MS, Coordenação
Geral de Gestão Participativa e Controle Social – CGGEP/ SGEP/MS, Gerência Geral de
Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – GGTOX/ANVISA/MS, Gerência
Geral de Laboratórios – GGLAS/ANVISA/MS, Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de
Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária – NUVIG/ANVISA/MS, Fundação
Oswaldo Cruz - Fiocruz/MS.
A partir das discussões do grupo de trabalho foi possível a identificação das interfaces
de atuação entre as áreas envolvidas, permitindo assim a definição das ações e atividades
agrupadas em quatro eixos:
1. Atenção integral em saúde das populações expostas a agrotóxicos
2. Promoção à Saúde
3. Agenda integrada de estudo e pesquisa
4. Participação e controle social
8
2. JUSTIFICATIVA
1
Agrotóxicos e afins - produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção
de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja
finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos
considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento (Lei Federal Nº 7802/1989 e Decreto Nº 4.074/2002).
da Saúde. Além disso, a COSAT publicou a portaria 777/2004 ((MS/GM, em 28/04/2004),
que dispõe sobre a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de
serviços sentinela específica, no SUS. Por outro lado o Sinitox consolida os registros dos
Centros de Informação Toxicológica (CITS) desde 1984.
No Brasil em que pese o reconhecido sub-registro, o Sinitox4 registrou no período de
1999 a 2006, 105.683 casos de intoxicação por agrotóxicos, com coeficiente de incidência
por 100.000 hab. de 7,47, enquanto que o Sinan2 notificou 22.548 casos de intoxicação por
agrotóxicos no período de 1999 a 2008, com coeficiente de incidência por 100.000 hab. de
1,53.
9,00
8,00
7,00
Sinan
6,00
5,00 Sinitox
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
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A partir 2001, a ANVISA coordena o Programa de Análise de Resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos/PARA em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias dos Estados
(AC, BA, DF, ES, GO, MG, MS, PA, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e TO) e laboratórios de
resíduos de agrotóxicos do IOM/FUNED/MG, ITEP/PE e LACEN/PR.
Segundo o PARA, no período de 2001 a 2006, foram analisadas 6.123 amostras dos
alimentos citados no quadro 1.
Fonte: MS/ANVISA/PARA
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populações nos diversos processos produtivos onde são utilizados os agrotóxicos, levando-se
em consideração os determinantes sociais da saúde. Contribuindo, também para o
desenvolvimento de um modelo agrícola ecológico e sustentável no País.
As diretrizes a serem adotadas visando à implementação de um modelo de atuação
para a vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos fundamentam-se na
Constituição Federal de 1988, atendendo ao estabelecido na Lei Orgânica da Saúde - Lei
n.º 8080, de 19 de setembro de 1990. Acrescenta-se ainda a necessidade de adoção de
princípios éticos como o Princípio Poluidor-Pagador e o Princípio da Precaução, adotados
na regulação de condutas e de atividades lesivas à saúde pública e ao meio ambiente.
Finalmente, abordagens integradoras e interdisciplinares devem nortear as ações a
serem adotadas para o cuidado da saúde humana e o ambiente quanto aos efeitos nocivos dos
agrotóxicos.
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3. OBJETIVO
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5. EIXOS DE INTERVENÇÃO
Diretrizes
• Promover ações integradas de prevenção e assistência numa perspectiva ampla de atenção integral à saúde das populações
expostas a agrotóxicos
• Fortalecer a implementação da rede de laboratórios de saúde pública voltado para a atenção integral
• Harmonizar a informação sobre exposição e intoxicação por agrotóxicos
• Apoiar a instalação da rede nacional de armazenamento de insumos críticos para o controle das endemias
Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
1.1. Construir e implementar o modelo integrado de 1.1.1. Construir os componentes de Vigilância Epidemiológica,
vigilância em saúde voltado para populações expostas a Saúde Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador relacionado a
agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância agrotóxicos;
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e 1.1.2. Implementar a Vigilância em Saúde das populações
Sanitária. expostas a agrotóxicos considerando os componentes de
Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do
Trabalhador e Sanitária;
1.1.3. Realizar capacitações em Vigilância em Saúde relacionada
à populações expostas a agrotóxicos;
1.1.4. Harmonizar os instrumentos de coleta, fluxo de informação
e análise de informações relacionadas à exposição e intoxicação
por agrotóxicos;
1.1.5. Propor, acompanhar e executar, em parceria com os setores
competentes, legislação para a regulação de agrotóxicos pelo setor
saúde
1.1.6. Expandir a rede de laboratórios para análise de agrotóxicos
de interesse para a saúde ambiental;
1.1.7. Elaborar protocolos de atenção à saúde dos expostos a
agrotóxicos nos diferentes níveis de complexidade do SUS;
1.1.8. Identificar populações (trabalhadores e população geral) em
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Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
locais de risco de intoxicação e exposição por agrotóxico.
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da 1.2.1. Inserir a temática de Vigilância em Saúde relacionada a
Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, agrotóxicos na atenção básica/Saúde da Família;
acompanhamento e monitoramento da população exposta a 1.2.2. Qualificar a rede de serviços de atenção básica de forma a
agrotóxicos. garantir a identificação da população de risco;
1.2.3. Qualificar a rede de serviços de atenção básica no
atendimento a expostos e intoxicados por agrotóxicos;
1.2.4. Realizar o acolhimento e procedimentos de diagnóstico
clínico e laboratorial, tratamento e reabilitação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos na rede básica;
1.2.5. Notificar casos suspeitos e confirmados de intoxicação por
agrotóxico.
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para 1.3.1. Redefinir, qualificar e ampliar a rede de serviços de
diagnóstico, tratamento, acompanhamento e atenção especializada no atendimento aos intoxicados por
monitoramento e reabilitação dos intoxicados por agrotóxicos referenciados pela atenção básica, e urgências;
agrotóxicos 1.3.2. Fortalecer a participação dos CEREST na estruturação da
rede de atenção integral aos intoxicados por agrotóxicos
(agudo/crônico);
1.3.3. Notificar casos de intoxicação por agrotóxico;
1.3.4. Realizar a assistência laboratorial e farmacêutica específicas
17
Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
para os casos de intoxicação por agrotóxicos.
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Detalhamento das Atividades Prioritárias
19
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
CGLAB/SVS/MS, GT-VS (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde-CONASS e Conselho Nacional dos
Secretários Municipais de Saúde-CONASEMS), Conselho Nacional de Saúde (CNS)
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• Definir equipe de gestão e equipe técnica nas três esferas de governo;
• Elaborar plano plurianual expressando as ações / atividades nos instrumentos formais de programação (Programa pluri
anual, Pacto pela saúde, Programação Aual de Trabalho, Programação Ações Prioritarias), com definição de recursos
orçamentários / financeiros;
• Supervisionar/acompanhar/avaliar a implantação do modelo de Vigilância em Saúde.
Prazo para inicio: I semestre/Ano II/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas: CGLAB/SVS/MS, Secretaria Executiva-SE, GT-VS (CONASS e CONASEMS).
21
Prazo para inicio: II semestre/Ano I/fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Instituições de Ensino Superior, CGLAB/SVS/MS, Secretaria de Gestão Participativa-SGP/MS, Escolas Técnicas Rurais,
Empresa Brasileira de Extenção Rural/EMATER, Ministério da Educação-MEC, Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento-MAPA, Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, Ministério do Meio Ambiente-MMA, Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA)
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Prazo para termino: II Semestre/Ano II/Fase I
Responsável no MS:
Sinan/SVS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
ANVISA, Fiocruz, Convidados, CGVAM/SVS/MS, COSAT/SVS
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Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
ANVISA
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
CGVAM/SVS/MS, COSAT/SVS, MAPA, Casa Civil, MMA, Sociedade Civil Organizada, Ministério Público-MP,Ministério
da Indústria e Comércio-MDIC, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
CGLAB/SVS e CGVAM/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
GGLAS/ANVISA, GGTOX/ANVISA, Fiocruz, DAB, DAE, Laboratórios de referencia nacional e regional para o SUS.
Atividade prioritária:
1.1.7. Elaborar protocolos de atenção à saúde dos expostos a agrotóxicos nos diferentes níveis de complexidade do SUS
Estratégia:
• Constituir grupo de trabalho para revisão do material existente e experiências nacionais/internacionais e definir um
modelo de protocolo para implantação no SUS.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
COSAT/SVS/MS
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Órgãos e/ou entidades envolvidas:
ANVISA, CGVAM/SVS, DAB, DAE, Organização Panamericana de Saúde-OPAS.
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Órgãos e/ou entidades envolvidas:
MAPA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente-IBAMA, MMA, Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA, MP, MTE, Ministério da Previdência Social-MPS, Ministério do
Desenvolvimento Agrário-MDA, Ministério do Desenvolvimento Social-MDS, Ministério da Indústria e Comércio-MDIC,
Ministério da Fazenda, outros.
27
Detalhamento das Atividades Prioritárias
28
Detalhamento das Atividades Prioritárias
29
Detalhamento das Atividades Prioritárias
30
Detalhamento das Atividades Prioritárias
31
Ação prioritária:
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para diagnóstico, tratamento, acompanhamento, monitoramento e reabilitação
dos intoxicados por agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.3.1. Redefinir, qualificar e fortalecer a rede de serviços de atenção especializada no atendimento aos intoxicados
referenciados pela atenção básica e urgências.
Estratégia:
• Identificar os serviços que possuem capacidade instalada para realizar o atendimento aos casos referenciados;
• Definir os fluxos, mecanismos e redes de referência e contra-referência, incluindo a Rede Nacional de Saúde do
Trabalhador/RENAST com as demais redes especializadas do SUS;
• Pactuar os procedimentos, consultas especializadas e exames, conforme o protocolo de atenção integral definido, em
todas as instâncias cabíveis;
• Articular com as centrais de regulação/complexos regulatórios e com setores de média e alta complexidade para
garantir a realização dos procedimentos, consultas especializadas e exames;
• Capacitar os profissionais de saúde da rede especializada para o diagnóstico e manejo dos casos de intoxicação por
agrotóxicos;
• Articular com a rede de reabilitação do SUS visando o manejo dos casos confirmados de intoxicação por agrotóxico.
Prazo para inicio: Ano IV/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
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Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Universidades, SGTES/MS, CGLAB/SVS/MS
33
CGVAM/SVS/MS, Fiocruz, Universidades, SGTES/MS, DAB/SAS, CGLAB/SVS/MS, ANVISA.
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Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos
Ação prioritária:
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para diagnóstico, tratamento, acompanhamento, monitoramento e reabilitação
dos intoxicados por agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.3.4. Garantir a assistência laboratorial e farmacêutica especifica para os casos de intoxicação por agrotóxicos.
Estratégia:
• Implantar e fortalecer o sistema integrado de gestão de qualidade dos laboratórios do SUS;
• Capacitar os laboratórios para realização de procedimentos e análise em agrotóxicos, metabólitos e aductos;
• Realizar diagnóstico da rede atual de laboratórios para a VS de agrotóxicos;
• Redefinir exames e diagnósticos a serem implementados na rede e inserção nos protocolos de atenção;
• Realizar oficina de trabalho com técnicos e gestores da rede de laboratórios;
• Identificar a necessidade de medicamentos específicos para atendimentos dos casos de intoxicação por agrotóxicos
(agudo/crônico);
• Elaborar proposta de rede nacional de distribuição de antídotos;
• Articulação com a Assistência farmacêutica com a finalidade de garantir o acesso aos medicamentos e antídotos.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
DAE/SAS/MS, CGVAM/SVS/MS, CGLAB/SVS/MS
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Órgãos e/ou entidades envolvidas:
DAB/SAS/MS, Fiocruz, ANVISA, CGLAB/SVSMS, Assistência Farmacêutica, Rede Nacional de Centros de Informação e
Assistência Toxicológica/RENACIAT.
As ações e serviços de promoção à saúde constituem-se como uma estratégia de produção de saúde, um modo de pensar e de
operar articulado com as demais políticas e tecnologias, possibilitando responder às necessidades sociais em saúde.
A intersetorialidade de ações ocorre na localidade e nos ambientes onde vivem as pessoas, estabelecendo compromissos e co-
responsabilidades, dando visibilidade aos fatores que colocam a população em risco.
O fortalecimento e a implantação dessas ações e atividades relacionadas aos agrotóxicos permitirão o diálogo entre as diversas
áreas do MS, setor não-governamental e outros, para a criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade visando a
qualidade de vida.
Diretrizes
• Promover o reconhecimento da população sob risco de exposição e intoxicação por agrotóxicos – promoção à saúde;
• Mobilizar a sociedade e o Estado para a importância da temática e informar sobre a magnitude dos impactos na saúde e no meio
ambiente;
• Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações de promoção da saúde;
• Proporcionar a educação e a comunicação para promoção de ambientes saudáveis e práticas alternativas que reduzam os riscos
para a exposição e intoxicação por agrotóxicos, visando uma melhor qualidade de vida para as populações.
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Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
2.1.Promover a educação e comunicação em Saúde 2.1.1. Inserir a problemática dos agrotóxicos e saúde no
Programa de Saúde nas Escolas;
2.1.2. Desenvolver e implantar metodologias e estratégias de
educação e/ou de comunicação de risco para agrotóxicos,
avaliando os seus resultados;
2.2.Promover ambientes saudáveis, incluindo os de trabalho, no 2.2.1. Apoiar o desenvolvimento e a implantação de práticas
contexto da estratégia de municípios saudáveis. alternativas e sustentáveis;
2.2.2. Integrar as ações de promoção da saúde relacionada a
agrotóxicos com a indução do Programa Territórios de Cidadania
e outros afins;
2.2.3. Aprimorar a gestão federal relacionada a agrotóxicos;
2.2.4. Desenvolver ações de promoção da saúde relacionada às
diversas etapas da cadeia produtiva de agrotóxicos.
2.3.Promover ações de enfrentamento da iniqüidade e 2.3.1. Inserir a temática dos agrotóxicos nas políticas de
desigualdade em saúde. promoção da equidade em saúde de populações em
condições de vulnerabilidade e iniqüidade, incluindo as
populações do campo, da floresta, das favelas e outros.
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Detalhamento das Atividades Prioritárias
38
Detalhamento das Atividades Prioritárias
39
Ambiente, Educação, Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Emprego / Fundacentro, Desenvolvimento Social,
Movimentos Sociais do Campo e da Floresta, Movimentos de Agroecologia, Sistema Radiobras etc.
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Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Ministérios do Meio Ambiente, Educação, Agricultura/EMBRAPA, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social,
Movimentos Sociais do Campo e da Floresta, Movimentos de Agroecologia, Sistema Radiobras, Sistema Nacional de
Apredizagem rural/SENAR, etc.
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Órgãos e/ou entidades envolvidas: COSAT, CGVAM/SVS, Departamento de Atenção Básica e Especializada/SAS/MS,
SGTES/MS, SGEP/MS.
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Detalhamento das Atividades Prioritárias
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Eixo 2: Promoção à Saúde
Ação:
2.3. Promover ações de enfrentamento da iniqüidade e desigualdade em saúde.
Atividade:
2.3.1. Inserir a temática dos agrotóxicos nas políticas de promoção da equidade em saúde de populações em condições de
vulnerabilidade e iniqüidade, incluindo as populações do campo, da floresta, das favelas e outros.
Estratégia:
• Mapear no âmbito do MS as políticas, programas e ações voltadas a promoção da equidade em saúde, para garantir a
inclusão da temática.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS: CGVAM/SVS/MS, DASIS/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, ANVISA, Fiocruz, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa/SEGEP/DAGEP/MS.
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5.3. Eixo 3 - Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas
O levantamento e a realização de estudos e pesquisas sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde humana permitirão a
fundamentação científica e técnica para as ações e serviços em saúde relacionados aos agrotóxicos subsidiando a tomada de decisão.
Diretrizes
• Fundamentar cientificamente as intervenções e tomadas de decisão nos diversos campos de interesse relacionados à temática de
agrotóxicos e saúde
45
Detalhamento das Atividades Prioritárias
Eixo 3 : Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas
Ação:
3.1. Fomentar e executar estudos e pesquisas na área de agrotóxicos e saúde.
Atividade:
3.1.1. Realizar um diagnóstico do estado da arte do conhecimento sobre agrotóxicos no Brasil;
Estratégia:
• Elaboração de um edital temático visando organizar uma rede integrada de pesquisa sobre agrotóxicos, que terá como
primeira atividade a elaboração do diagnóstico nacional.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Fiocruz, Departamento de Ciência e Tecnologia/DECIT/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, Coodenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental/CGVAM/SVS/MS, ANVISA, Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq.
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Ação:
3.1. Fomentar e executar estudos e pesquisas na área de agrotóxicos e saúde.
Atividade:
3.1.2. Estabelecer uma agenda de pesquisa sobre a temática no MS;
Estratégia:
• Definição de linhas de pesquisa prioritárias para fins de financiamento;
• Apoio a projetos de pesquisa a partir da publicação de editais,
• Indução da formação de novos grupos de pesquisa na área a partir de definição de temas prioritários e das lacunas de
conhecimento identificados no diagnóstico anterior.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Fiocruz, Departamento de Ciência e Tecnologia/DECIT/MS.
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, Coodenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental/CGVAM/SVS/MS, ANVISA, Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq.
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Atividade: Propor a criação de um fundo setorial de ciência e tecnologia sobre agrotóxicos e saúde humana
48
5.4. Eixo 4 – Participação e Controle Social
A apropriação do direito à saúde é um desafio constante, pois depende da participação da sociedade na definição e no exercício
dos direitos de cidadania, da participação nos espaços institucionalizados e nas relações interpessoais.
Fortalecer o controle social e a gestão estatégica e participativa, enquanto política de um governo democrático popular,
representa o compromisso de identificar e desencadear dispositivos que promovam a participação da população.
Diretrizes
• Fortalecer a participação e o controle social de forma a contribuir para a sustentabilidade das ações e atividades do plano
49
SUS
50
Órgãos e/ou entidades envolvidas: ANVISA/MS, Fiocruz/MS, CGVAM/SVS/MS, DASIS/MS, COSAT/SVS/MS,
Ministério do Desenvolvimento Social/MDS, Ministério do Desenvolvimento Agrário/MDA, MMA, Ministerio da
Educação/MEC, representação de trabalhadores do campo e da floresta, entidades ambientalistas, associações, sindicatos e
instituições afins.
Ação: Garantir a inclusão da temática agrotóxicos na Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa e outras afins,
visando o fortalecimento do controle social
Atividade:
4.1.2. Inserir a temática no Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS.
Estratégia:
• Estabelecimento / formalização de um fluxo para demandas / queixas / denúncias recebidas pelo Sistema Nacional de
Ouvidoria sobre a temática e organização de uma equipe técnica para atendimento e análise dessas questões;
• Capacitação dos operadores do Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS.
Prazo para inicio: IV Ano/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
CGVAM/SVS/MS e SGEP/MS.
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, ANVISA/MS, Fiocruz/MS, Ministério do Meio Ambiente/IBAMA, Ministério da Agricultura.
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6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
Construir os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental,
Sanitária e Saúde do Trabalhador
relacionado a agrotóxicos
Implantar a Vigilância em Saúde das
populações expostas a agrotóxicos
considerando os componentes de
Vigilância Epidemiológica, Saúde
Ambiental, Saúde do Trabalhador e
Sanitária
Realizar educação permanente em
Vigilância em Saúde relacionada a
populações expostas a agrotóxicos.
52
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV
I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
informações relacionadas à exposição e
intoxicação por agrotóxicos;
Acompanhar e articular a proposição de
legislação para a regulação de agrotóxicos
pelo setor saúde
53
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV
I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
Realizar o acolhimento e procedimentos
de diagnóstico clínico e laboratorial,
atendimento e reabilitação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos na rede básica.
Aprimorar a Notificação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos
Redefinir, qualificar e fortalecer a rede de
serviços de atenção especializada no
atendimento aos intoxicados referenciados
pela atenção básica e urgências
Fortalecer a participação dos CEREST na
estruturação da rede de atenção integral
aos intoxicados por agrotóxicos
(agudo/crônico).
Notificar casos de intoxicação por
agrotóxico.
54
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV
I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
comunicação de risco para agrotóxicos,
avaliando os seus resultados
Apoiar o desenvolvimento e a implantação
de práticas alternativas e sustentáveis
Integrar as ações de promoção da saúde
relacionada a agrotóxicos com a indução
do Programa Territórios de Cidadania e
outros afins
Aprimorar a gestão federal relacionada a
agrotóxicos
55
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV
I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
a temática no MS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRASIL. Leis etc. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990: dispõe sobre as condições para promoção e recuperação da saúde, a
organização e funcionamento dos serviços correspondentes e da outras providencias. Brasília: Ministério da Saúde, 1990.
2. DATASUS/SINAN. Intoxicação por agrotóxico – Notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação -
SINAN - 2001 a 2005. [acessado 2008 Dez 09]. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/: Ministério da Saúde/SVS
Secretaria de Vigilância à Saúde; 2008.
3. SINDAG. Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola. Câmara Temática de Insumos Agropecuários.
Informações sobre o setor. .[acessado Janeiro 2009].
4. SINITOX. Casos Registrados de Intoxicação Humana e Envenenamento, Brasil. In: FIOCRUZ, Sistema Nacional de Informações
Tóxico-Farmacológicas-SINITOX. [acessado 2008 Dez 10]. Disponível em: http://www.fiocruz.br/sinitox/2003/sinitox2003.htm.
http://www.fiocruz.br/sinitox
5. FARIA, N. M.; FASSA, A.G.; FACCHINI, L.A. Intoxicação por agrotóxicos no Brasil: os sistemas oficiais de informação e
desafios para realização de estudos epidemiológicos. Ciência e Saúde Coletiva, vol.12, no.1, p.25-38, jan./mar, 2007.
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