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Ministério da Saúde

Plano Integrado de Vigilância em Saúde de


Populações Expostas a Agrotóxicos

MARÇO
2009
SUMÁRIO
1- Apresentação 7

2- Justificativa 9

3- Objetivo 13

4- Estratégias de Operacionalização do Plano no nível Federal 13

5- Eixos de Intervenção 15

5.1 Atenção integral em saúde das populações expostas a agrotóxicos 15

5.2 Promoção à Saúde 34

5.3 Agenda integrada de estudos e pesquisas 43

5.4 Participação e controle social 46

6- Cronograma de atividades 49

7- Referencias Bibliográficas 53

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Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde


Secretaria de Atenção à Saúde
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

Fundação Oswaldo Cruz

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ELABORADORES
Guilherme Franco Netto (DSAST/SVS/MS)
Daniela Buosi Rohfs (CGVAM/SVS/MS)
Patrícia Louvandini (CGVAM/SVS/MS)
Herling Alonzo (CGVAM/SVS/MS)
Juliana Wotzasek Rulli Villardi (CGVAM/SVS/MS)
Fernando Ferreira Carneiro (UNB)
Cássia de Fátima Rangel (CGVAM/SVS/MS)
Priscila Campos Bueno (CGVAM/SVS/MS)

COLABORADORES
Elisandrea Sguario (DAB/CGAB/MS)
Frederico Peres (Fiocruz)
Jacira Cancio (DSAST/SVS/MS)
Jandira Maciel (CST/SES/MG)
Jorge H. M. Machado (COSAT/SVS/MS)
Juliana Oliveira Soares (DAB/CGAB/MS)
Letícia Rodrigues da Silva (GGTOX/ANVISA)
Letícia Coelho da Costa Nobre (CESAT/SES/BA)

INTEGRANTES DO GRUPO DE TRABALHO


Carla Domingues (GT-Sinan/SVS/MS) Marcelo Augusto Nunes Medeiros
Carlos Augusto Vaz de Souza (GGLAS/ANVISA)
(GGTOX/ANVISA) Maria da Graça Hoefel (COSAT/SVS/MS)
Elisandrea Sguario (DAB/CGAB/MS) Maria Vilma Bonifácio de Almeida (CGGEP/
Frederico Peres (Fiocruz) SGEP/MS)
Jorge H. M. Machado (COSAT/SVS/MS) Mitz Barros Ferreira (GGTOX/ANVISA)
Joselito Pedrosa (DAE/SAS/MS) Nelma do Carmo Faria (CGLAB/SVS/MS)
Josino Costa Moreira (Fiocruz) Regina Celia Paz Ramos (CGGEP/SGEP/MS)
Juliana Oliveira Soares (DAB/CGAB/MS) Rogéria Aparecida P. V. Lucena
Letícia Rodrigues da Silva (GGTOX/ANVISA) (DAE/SAS/MS)
Letícia Coelho da C. Nobre (CESAT/SES/BA) Ruth Glatt (GT-Sinan/SVS/MS)
Luiz Cláudio Meirelles (GGTOX/ANVISA)

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância GGLAS – Gerência Geral de Laboratórios


Sanitária GGTOX – Gerência Geral de Toxicologia
ASCOM - Assessoria de Comunicação GT – Sinan – Gerência Técnica do Sistema de
CESAT – Centro de Estudos em Saúde do Informação de Agravos de Notificação
Trabalhador IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio
CGAB – Coordenação de Gestão da Atenção Ambiente
Básica IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
CGGEP – Coordenação Geral de Gestão Estatística
Participativa e Controle Social INCRA – Instituto Nacional de Colonização e
CGLAB – Coordenação Geral de Laboratórios Reforma Agrária
CGVAM – Coordenação Geral de Vigilância MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e
em Saúde Ambiental Abastecimento
CNPq - Conselho Nacional de MDA – Ministério do Desenvolvimento
Desenvolvimento Científico e Tecnológico Agrário
CONASEMS – Conselho Nacional dos MDIC – Ministério da Indústria e Comércio
Secretários Municipais de Saúde MDS – Ministério do Desenvolvimento Social
CONASS – Conselho Nacional dos Secretários MEC – Ministério da Educação
Estaduais de Saúde MF – Ministério da Fazenda
COSAT – Coordenação de Saúde do MMA – Ministério do Meio Ambiente
Trabalhador MP – Ministério Público
CST – Coordenação de Saúde do Trabalhador MPS – Ministério da Previdência Social
DAB – Departamento de Atenção Básica MS – Ministério da Saúde
DAE – Departamento de Atenção MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
Especializada OPAS – Organização Panamericana de Saúde
DASIS – Departamento de Análise de Saúde RENACIAT – Rede Nacional de Centros de
DEVEP – Departamento de Vigilância Informação e Assistência Toxicológica
Epidemiológica SAS – Secretaria de Atenção à Saúde
DSAST – Departamento de Saúde Ambiental e SE – Secretaria Executiva
Saúde do Trabalhador SENAR – Sistema Nacional de Apredizagem
EMATER – Empresa Brasileira de Extensão rural
Rural SES – Secretaria Estadual de Saúde
FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz
SGEP – Secretaria de Gestão Estratégica e Sinitox – Sistema Nacional de Informações
Participativa Tóxico-Farmacológicas
SGTES – Secretaria de Gestão do Trabalho e SVS – Secretaria de Vigilância em Saúde
da Educação na Saúde UNB – Universidade de Brasília

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1. APRESENTAÇÃO

O governo brasileiro por meio do Plano de Aceleração do Crescimento vem buscando


inserir o Brasil em um novo patamar de desenvolvimento. O movimento da Reforma
Sanitária brasileira buscou colocar a saúde como uma das categorias centrais na construção
de um projeto de desenvolvimento nacional. O conceito ampliado de saúde, operacionalizado
pela lei n° 8.080 1, reforça que somente alcançaremos melhores níveis de saúde com
melhores salários, moradias, acesso ao saneamento, alimentação adequada, lazer, cultura, ou
seja, alcançando um desenvolvimento sustentável iremos contar com uma população mais
saudável.
Nessa perspectiva está inserido o Programa Mais Saúde, uma proposta do MS, que
busca transformar de forma sistêmica sua própria estrutura com o objetivo de priorizar a
Promoção, a Atenção e a Vigilância em Saúde. Nesse marco político se insere o Plano
Integrado de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos apresentado nesse
documento.
O Brasil apresenta um papel estratégico para a produção de alimentos, tanto para o
mercado externo quanto interno. Apesar da distribuição desigual da terra, o país tem no setor
agrícola uma de suas grandes fortalezas, beneficiado pelo clima, pelas terras e uma parcela
importante da população ainda vivendo no campo. As induções como a produção de
agrocombustíveis tem intensificado esse processo, ampliando o investimento no campo.
Neste contexto, atualmente O Brasil esta entre os maiores consumidores mundiais de
agrotóxicos.
Além das repercussões no âmbito da saúde de trabalhadores e de comunidades que
vivem próximas às grandes áreas de produção, os agrotóxicos representam um problema de
saúde pública, para o qual o setor saúde vem buscando definir e implementar ações voltadas
para atenção integral das populações expostas a agrotóxicos.
O Plano Integrado se constitui em uma estratégia de harmonização de ações na esfera
federal do Sistema Único de Saúde. Para sua elaboração foi constituído um grupo de trabalho
no âmbito do Ministério da Saúde, de caráter permanente, por meio da Portaria n◦. 397,
MS/SE, de 09 de outubro de 2007. A coordenação dos trabalhos esteve sob a
responsabilidade da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental, da Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (CGVAM/SVS/MS) e compõem este grupo os

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seguintes órgãos e entidades: Coordenação de Saúde do Trabalhador - COSAT/SVS/MS,
Gerência Técnica do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - GT-
SINAN/SVS/MS, Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde -
DAB/SAS/MS, Departamento de Atenção Especializada - DAE/SAS/MS, Coordenação
Geral de Gestão Participativa e Controle Social – CGGEP/ SGEP/MS, Gerência Geral de
Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – GGTOX/ANVISA/MS, Gerência
Geral de Laboratórios – GGLAS/ANVISA/MS, Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de
Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária – NUVIG/ANVISA/MS, Fundação
Oswaldo Cruz - Fiocruz/MS.
A partir das discussões do grupo de trabalho foi possível a identificação das interfaces
de atuação entre as áreas envolvidas, permitindo assim a definição das ações e atividades
agrupadas em quatro eixos:
1. Atenção integral em saúde das populações expostas a agrotóxicos
2. Promoção à Saúde
3. Agenda integrada de estudo e pesquisa
4. Participação e controle social

As ações e desdobramentos decorrentes deste Plano propõem a organização do


atendimento integral das demandas de saúde das populações expostas a agrotóxicos, no seu
território, que serão realizados conforme estabelecido para os três níveis de gestão do SUS. O
Grupo de Trabalho instituído na portaria supracitada tem a responsabilidade de conceber e
implementar as estratégias de atuação que competem ao nível federal. No caso dos estados e
municípios serão elaborados planos e programações seguindo as orientações das diretrizes
operacionais do Pacto pela Saúde e as diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida e de
Gestão.

Marcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli e Gerson Penna


Secretária Executiva Secretário de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde Ministério da Saúde

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2. JUSTIFICATIVA

O Brasil esta entre os maiores consumidores mundiais de agrotóxicos. Segundo o


Sindag3 – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, em 2008 as
vendas de agrotóxicos, comparado ao ano de 2007, apresentaram um crescimento acumulado
de 24%, totalizando um mercado de R$ 12.706 milhões de reais.
Os agrotóxicos1 estão entre os mais importantes fatores de risco para a saúde da
população geral, especialmente para saúde dos trabalhadores e para o meio ambiente. Para
sua avaliação e controle existe a lei Federal de agrotóxicos 7802 de 11 de julho de 1989.
Utilizados em grande escala por vários setores produtivos e mais intensamente pelo
setor agropecuário, silvicultura, no tratamento de madeiras em geral, construção,
armazenamento de grãos e sementes, produção de flores, e combate aos vetores transmissores
de doenças, entre outras.
Assim como as ações e atividades do setor saúde relacionadas aos agrotóxicos, a
magnitude das intoxicações por agrotóxicos também não está claramente estabelecida
atualmente no Brasil. Entretanto, vale ressaltar a existência de dados oriundos do Sistema
Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) e da Rede Nacional de Centros de Informação e
Assistência Toxicológica (Renaciat) consolidados pelo Sistema Nacional de Informações
Tóxico-Farmacológicas (Sinitox). Além disso, existem outras possibilidades de fontes de
dados, a saber: Sistema de Informações de Mortalidade – SIM; Sistema de Informações
Hospitalares – SIH/SUS; Sistema de Informações Ambulatoriais – SIS/SUS; Sistema de
Notificação em Vigilância Sanitária - Notivisa; dados do Ministério do Trabalho; dados da
Previdência Social, entre outros.
Na SVS a CGVAM, a COSAT e a GT-Sinan, desde 2003 vem trabalhando na
elaboração e implementação da ficha de notificação de intoxicação exógena no País,
considerando que o Sinan é o instrumento nacional de notificação de agravos do Ministério

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Agrotóxicos e afins - produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção
de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja
finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos
considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento (Lei Federal Nº 7802/1989 e Decreto Nº 4.074/2002).
da Saúde. Além disso, a COSAT publicou a portaria 777/2004 ((MS/GM, em 28/04/2004),
que dispõe sobre a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de
serviços sentinela específica, no SUS. Por outro lado o Sinitox consolida os registros dos
Centros de Informação Toxicológica (CITS) desde 1984.
No Brasil em que pese o reconhecido sub-registro, o Sinitox4 registrou no período de
1999 a 2006, 105.683 casos de intoxicação por agrotóxicos, com coeficiente de incidência
por 100.000 hab. de 7,47, enquanto que o Sinan2 notificou 22.548 casos de intoxicação por
agrotóxicos no período de 1999 a 2008, com coeficiente de incidência por 100.000 hab. de
1,53.

Coeficiente de intoxicação por agrotóxicos (por 100.000 hab)


notificadas no Sinan (1999-2008) e registradas no Sinitox (1999-2006),
Brasil

9,00
8,00
7,00
Sinan
6,00
5,00 Sinitox
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Fonte: Sinan (1999 a 2008) e Sinitox (1999 a 2006)

Os estudos que utilizam dados secundários (obtidos em fontes oficiais ou avaliando


demanda de serviços) têm importância no aperfeiçoamento e qualidade destes bancos de
dados (ou destes serviços). Por serem dados coletados na rotina institucional ao longo do
tempo, eles podem permitir avaliações das mudanças do perfil de morbi-mortalidade, em
uma determinada série histórica (FARIA et al., 2007)5. No entanto, devido às várias
limitações identificadas nestes bancos, é necessário cautela na interpretação destes dados. Ao
mesmo tempo, o processo de qualificação dos registros oficiais implica em análises
freqüentes destes registros e na devolução para a ponta do sistema, identificando as
fragilidades e estimulando a melhoria das notificações.

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A partir 2001, a ANVISA coordena o Programa de Análise de Resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos/PARA em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias dos Estados
(AC, BA, DF, ES, GO, MG, MS, PA, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e TO) e laboratórios de
resíduos de agrotóxicos do IOM/FUNED/MG, ITEP/PE e LACEN/PR.
Segundo o PARA, no período de 2001 a 2006, foram analisadas 6.123 amostras dos
alimentos citados no quadro 1.

QUADRO1 – Percentual de amostras de alimentos irregulares em função de resíduos de


agrotóxicos obtidos pelo PARA no período de 2002 a 2007.

Cultura 2002 2003 2004 2005 2006 2007


Alface 8,64 6,67 14 46,45 28,68 40,00
Banana 6,53 2,22 3,59 3,65 N 4,32
Batata 22,2 8,65 1,79 0,0 0,0 1,36
Cenoura 0,0 0,0 19,54 11,3 N 9,93
Laranja 1,41 0,0 4,91 4,7 0,0 6,04
Mamão 19,5 37,56 2,5 0,0 N 17,21
Maçã 4,04 3,67 4,96 3,07 5,33 2,9
Morango 46,03 54,55 39,07 N 37,68 43,62
Tomate 26,1 0,0 7,36 4,38 2,01 44,72

Fonte: MS/ANVISA/PARA

N = Análises não realizadas

A percentagem de resultados insatisfatórios no quadro 1 representa a identificação de


resíduos de agrotóxicos tanto acima do limite máximo de resíduo (LMR) estabelecido nas
culturas em que o uso é permitido, como em culturas em que o uso desses agrotóxicos não é
autorizado. Um exemplo de irregularidade foi a detecção de monocrotofós na cultura de
tomate, ingrediente ativo que não tem mais uso autorizado no Brasil desde 30/11/2006, em
virtude principalmente de sua elevada toxicidade aguda e neurotoxicidade.
Nesse contexto, é fundamental para o controle da morbi-mortalidade decorrente da
exposição a agrotóxicos a existência de um sistema de vigilância em saúde efetivo e
integrado. A sua estruturação possibilitará ao SUS o cuidado integral da saúde das

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populações nos diversos processos produtivos onde são utilizados os agrotóxicos, levando-se
em consideração os determinantes sociais da saúde. Contribuindo, também para o
desenvolvimento de um modelo agrícola ecológico e sustentável no País.
As diretrizes a serem adotadas visando à implementação de um modelo de atuação
para a vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos fundamentam-se na
Constituição Federal de 1988, atendendo ao estabelecido na Lei Orgânica da Saúde - Lei
n.º 8080, de 19 de setembro de 1990. Acrescenta-se ainda a necessidade de adoção de
princípios éticos como o Princípio Poluidor-Pagador e o Princípio da Precaução, adotados
na regulação de condutas e de atividades lesivas à saúde pública e ao meio ambiente.
Finalmente, abordagens integradoras e interdisciplinares devem nortear as ações a
serem adotadas para o cuidado da saúde humana e o ambiente quanto aos efeitos nocivos dos
agrotóxicos.

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3. OBJETIVO

Estabelecer ações de vigilância de riscos e agravos, além de medidas preventivas e de


controle do uso de agrotóxicos, e contribuir para a construção e efetivação de um sistema de
vigilância integrado permitindo ao nível federal do SUS o monitoramento e controle de
situações de riscos à saúde humana relacionados aos agrotóxicos.

4. ESTRATÉGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO NO NÍVEL FEDERAL

O tema agrotóxico é de interesse de diversos setores governamentais, não


governamentais, setores produtivos e de representantes da sociedade civil. É interesse do
Ministério da Saúde, em consonância a lei 7.802 de 1989, estabelecer mecanismos
continuados de consulta aos setores da Agricultura e Meio Ambiente, durante todas as etapas
do presente plano, compreendendo a sua elaboração, execução e avaliação.
O Ministério da Saúde empreenderá esforços pró-ativos junto às demais áreas que têm
o tema agrotóxico enquanto seu objeto de trabalho, a saber: Desenvolvimento Econômico
Social, Trabalho, Educação, Pecuária Indústria e Comércio e Previdência Social,
considerando também os fóruns já existentes, visando com que este plano se some aos
esforços do governo federal para o aprimoramento de políticas públicas integradas e às
estratégias do desenvolvimento sustentável.
As ações e desdobramentos decorrentes deste Plano serão realizados conforme
estabelecido para os três níveis de gestão do SUS. O Grupo de Trabalho instituído na portaria
supracitada tem a responsabilidade de conceber e implementar as estratégias de atuação que
competem ao nível federal.
Em cada eixo proposto no Plano são elencadas ações e atividades voltadas para
diversas áreas do setor saúde. A execução dessas atividades acontecerá em três fases: Fase I -
harmonização e elaboração de instrumentos, cuja construção depende de trabalho intelectual,
articulação e atividades desenvolvidas a partir da formação de subgrupos de trabalho. Neste
caso para sua viabilização é responsabilidade de cada área realizar o planejamento das ações
e atividades de sua competência na programação técnica orçamentária. As fases II -
Implantação no SUS e III - Consolidação e manutenção nas três esferas constituem-se nos
desdobramentos e na implementação das atividades subseqüentes à fase I. Vale ressaltar que
o planejamento e a programação das atividades a partir da fase II e principalmente na III
devem seguir as orientações das diretrizes operacionais do Pacto pela Saúde e as diretrizes
operacionais dos Pactos pela Vida e de Gestão.
Vale salientar que subgrupos de trabalho poderão ser estruturados para desenvolver as
atividades bem como, favorecer a integração entre as áreas e o trabalho multiprofissional,
conforme um cronograma pré-estabelecido, incluindo quando necessário a realização de
experiências piloto em parceria com estados e municípios e instituições acadêmicas.
Finalmente os trabalhos desenvolvidos subsidiarão a definição de diretrizes e
estratégias para a atuação dos três níveis do SUS quanto à atenção integral a saúde de
populações expostas a agrotóxicos.

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5. EIXOS DE INTERVENÇÃO

5.1. Eixo 1 - Atenção Integral a Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


A atenção integral à saúde é o cuidado com a saúde do ser humano, por meio de ações e serviços de promoção, prevenção,
reabilitação e tratamento de doenças, nos diferentes níveis de complexidade do SUS, envolvendo a vigilância em saúde e a assistência
básica e especializada.
A exposição humana aos agrotóxicos é amplamente conhecida, porém existe ainda o desafio de garantir a integralidade do
atendimento à população no que se refere a este agravo.

Diretrizes
• Promover ações integradas de prevenção e assistência numa perspectiva ampla de atenção integral à saúde das populações
expostas a agrotóxicos
• Fortalecer a implementação da rede de laboratórios de saúde pública voltado para a atenção integral
• Harmonizar a informação sobre exposição e intoxicação por agrotóxicos
• Apoiar a instalação da rede nacional de armazenamento de insumos críticos para o controle das endemias
Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
1.1. Construir e implementar o modelo integrado de 1.1.1. Construir os componentes de Vigilância Epidemiológica,
vigilância em saúde voltado para populações expostas a Saúde Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador relacionado a
agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância agrotóxicos;
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e 1.1.2. Implementar a Vigilância em Saúde das populações
Sanitária. expostas a agrotóxicos considerando os componentes de
Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do
Trabalhador e Sanitária;
1.1.3. Realizar capacitações em Vigilância em Saúde relacionada
à populações expostas a agrotóxicos;
1.1.4. Harmonizar os instrumentos de coleta, fluxo de informação
e análise de informações relacionadas à exposição e intoxicação
por agrotóxicos;
1.1.5. Propor, acompanhar e executar, em parceria com os setores
competentes, legislação para a regulação de agrotóxicos pelo setor
saúde
1.1.6. Expandir a rede de laboratórios para análise de agrotóxicos
de interesse para a saúde ambiental;
1.1.7. Elaborar protocolos de atenção à saúde dos expostos a
agrotóxicos nos diferentes níveis de complexidade do SUS;
1.1.8. Identificar populações (trabalhadores e população geral) em

16
Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
locais de risco de intoxicação e exposição por agrotóxico.
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da 1.2.1. Inserir a temática de Vigilância em Saúde relacionada a
Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, agrotóxicos na atenção básica/Saúde da Família;
acompanhamento e monitoramento da população exposta a 1.2.2. Qualificar a rede de serviços de atenção básica de forma a
agrotóxicos. garantir a identificação da população de risco;
1.2.3. Qualificar a rede de serviços de atenção básica no
atendimento a expostos e intoxicados por agrotóxicos;
1.2.4. Realizar o acolhimento e procedimentos de diagnóstico
clínico e laboratorial, tratamento e reabilitação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos na rede básica;
1.2.5. Notificar casos suspeitos e confirmados de intoxicação por
agrotóxico.
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para 1.3.1. Redefinir, qualificar e ampliar a rede de serviços de
diagnóstico, tratamento, acompanhamento e atenção especializada no atendimento aos intoxicados por
monitoramento e reabilitação dos intoxicados por agrotóxicos referenciados pela atenção básica, e urgências;
agrotóxicos 1.3.2. Fortalecer a participação dos CEREST na estruturação da
rede de atenção integral aos intoxicados por agrotóxicos
(agudo/crônico);
1.3.3. Notificar casos de intoxicação por agrotóxico;
1.3.4. Realizar a assistência laboratorial e farmacêutica específicas

17
Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
para os casos de intoxicação por agrotóxicos.

18
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Construir e implementar o modelo de vigilância em saúde integrado voltado para populações expostas a agrotóxicos
considerando os componentes de Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária.
Atividade prioritária:
1.1.1. Construir os componentes de Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador
relacionado a agrotóxicos.
Estratégia:
• Estabelecimento de diretrizes para o modelo de vigilância em saúde relacionado a agrotóxicos;
• Construir o componente da Vigilância Epidemiológica
• Construir o componente da Vigilância Ambiental
• Construir o componente da Vigilância Sanitária
• Construir o componente de Vigilância em Saúde do Trabalhador
• Constituir um grupo técnico temático específico, para integrar as propostas dos componentes de Vigilância Epidemiológica,
Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária.
Prazo para inicio: I semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: II semestre/Ano I/Fase I
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)

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Órgãos e/ou entidades envolvidas:
CGLAB/SVS/MS, GT-VS (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde-CONASS e Conselho Nacional dos
Secretários Municipais de Saúde-CONASEMS), Conselho Nacional de Saúde (CNS)

Detalhamento das Atividades Prioritárias


Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos
Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária
Atividade prioritária:
1.1.2. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária.
Estratégia:
• Discutir o modelo de vigilância em saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de
Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador nas câmaras técnicas afins da CIT;
• Inserir os Centros de Informação e Assistência Toxicológica-CIAT no processo de implementação da Vigilância em
Saúde relacionada a agrotóxicos;
• Definir a rede sentinela voltados para a notificação dos casos de exposição/intoxicação para os trabalhadores;
• Apresentar e discutir a proposta de Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os
componentes de Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador ao CONASS, CONASEMS
e CNS;

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• Definir equipe de gestão e equipe técnica nas três esferas de governo;
• Elaborar plano plurianual expressando as ações / atividades nos instrumentos formais de programação (Programa pluri
anual, Pacto pela saúde, Programação Aual de Trabalho, Programação Ações Prioritarias), com definição de recursos
orçamentários / financeiros;
• Supervisionar/acompanhar/avaliar a implantação do modelo de Vigilância em Saúde.
Prazo para inicio: I semestre/Ano II/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas: CGLAB/SVS/MS, Secretaria Executiva-SE, GT-VS (CONASS e CONASEMS).

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária
Atividade prioritária:
1.1.3. Realizar capacitações em Vigilância em Saúde relacionada à populações expostas a agrotóxicos.
Estratégia:
• Elaborar e incluir o plano/programa de capacitação de Vigilância em Saúde relacionada a agrotóxicos em todas as
capacitações estratégicas do SUS nos nível médio, graduação e pós-graduação.

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Prazo para inicio: II semestre/Ano I/fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Instituições de Ensino Superior, CGLAB/SVS/MS, Secretaria de Gestão Participativa-SGP/MS, Escolas Técnicas Rurais,
Empresa Brasileira de Extenção Rural/EMATER, Ministério da Educação-MEC, Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento-MAPA, Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, Ministério do Meio Ambiente-MMA, Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA)

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária
Atividade prioritária:
1.1.4. Harmonizar e aprimorar os instrumentos de coleta, fluxo de informação e análise de informações relacionadas à
exposição e intoxicação por agrotóxicos;
Estratégia:
• Estabelecer grupo de trabalho para harmonização dos processos de produção das informações relativas aos agravos
relacionados a agrotóxicos.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I

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Prazo para termino: II Semestre/Ano II/Fase I
Responsável no MS:
Sinan/SVS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
ANVISA, Fiocruz, Convidados, CGVAM/SVS/MS, COSAT/SVS

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária
Atividade prioritária:
1.1.5. Propor, acompanhar e executar, com as áreas da saúde e com os setores competentes, legislação para a regulação de
agrotóxicos;
Estratégia:
• Criar fórum permanente de debate e sobre usos, impactos na saúde, normatização e regulação;
• Acompanhar os projetos de lei em tramitação;
• Articular processos de informação da vigilância em saúde com os processos de normatização e regulação do governo.
• Regulamentar, controlar e fiscalizar os processos referentes a agrotóxicos.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I

23
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
ANVISA
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
CGVAM/SVS/MS, COSAT/SVS, MAPA, Casa Civil, MMA, Sociedade Civil Organizada, Ministério Público-MP,Ministério
da Indústria e Comércio-MDIC, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária
Atividade prioritária:
1.1.6. Expandir a rede de laboratórios para análise de agrotóxicos de interesse para a saúde ambiental;
Estratégia:
• Implantar e fortalecer o sistema integrado de gestão de qualidade dos laboratórios de Saúde Pública;
• Estruturar os laboratórios para realização de procedimentos e análise em agrotóxicos, metabólitos e aductos;
• Realizar diagnóstico da rede atual de laboratórios para a Vigilância em Saúde de agrotóxicos;
• Redefinir exames e diagnósticos a serem implementados na rede e inserção nos protocolos de atenção;
• Sensibilizar os técnicos e gestores da rede de laboratórios;
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I

24
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
CGLAB/SVS e CGVAM/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
GGLAS/ANVISA, GGTOX/ANVISA, Fiocruz, DAB, DAE, Laboratórios de referencia nacional e regional para o SUS.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária

Atividade prioritária:
1.1.7. Elaborar protocolos de atenção à saúde dos expostos a agrotóxicos nos diferentes níveis de complexidade do SUS
Estratégia:
• Constituir grupo de trabalho para revisão do material existente e experiências nacionais/internacionais e definir um
modelo de protocolo para implantação no SUS.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
COSAT/SVS/MS

25
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
ANVISA, CGVAM/SVS, DAB, DAE, Organização Panamericana de Saúde-OPAS.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.1. Implementar a Vigilância em Saúde das populações expostas a agrotóxicos considerando os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental, Saúde do Trabalhador e Sanitária
Atividade prioritária:
1.1.8. Identificar populações (trabalhadores e população geral) em locais de risco de intoxicação e exposição por agrotóxico
Estratégia:
• Realizar o mapeamento das atividades de risco, do uso de agrotóxico, populações potencialmente expostas no
território de atuação, a partir da análise das bases de dados existentes (local, regional e nacional).
• Articular com a rede assistencial de saúde visando à elaboração de um plano de ação
• Estimular a implantação da estratégia Atenção Primária Ambiental (Reorganização do GT-APRIMA, recuperação das
propostas construídas e resultados do trabalho do GT-APRIMA entre 2001 e 2004, Inserção da temática no plano de
trabalho do novo GT-APRIMA).
Prazo para inicio: Ano III/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n° 397/07)

26
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
MAPA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente-IBAMA, MMA, Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA, MP, MTE, Ministério da Previdência Social-MPS, Ministério do
Desenvolvimento Agrário-MDA, Ministério do Desenvolvimento Social-MDS, Ministério da Indústria e Comércio-MDIC,
Ministério da Fazenda, outros.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, acompanhamento e
monitoramento da população exposta a agrotóxicos
Atividade prioritária:
1.2.1. Inserir a temática de Vigilância em Saúde relacionada a agrotóxicos na atenção básica/Saúde da Família
Estratégia:
• Pactuar com o DAB a inclusão da temática da Vigilância em Saúde relacionada aos agrotóxicos na atenção
básica/Saúde da Família tendo como eixo orientador o modelo de Vigilância em Saúde a ser elaborado.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
CGVAM/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, DAB/SAS/MS

27
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, acompanhamento e
monitoramento da população exposta a agrotóxicos
Atividade prioritária:
1.2.2. Qualificar a rede de serviços de atenção básica de forma a garantir a identificação da população de risco
Estratégia:
• Desenvolver material técnico relativo à temática relacionada aos agrotóxicos (Caderno de Atenção Básica);
• Pactuar com as Coordenações Estaduais de Atenção Básica;
• Incluir a temática nos Cursos de Capacitação, Treinamento Introdutório das Equipes de Saúde da Família, Cursos de
Especialização e Residência em Saúde da Família, dentre outros.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano II/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde-SGTES/MS

28
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, acompanhamento e
monitoramento da população exposta a agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.2.3. Qualificar a rede de serviços de atenção básica no atendimento a expostos e intoxicados por agrotóxicos;
Estratégia:
• Implementar o protocolo de atenção a saúde dos expostos a agrotóxicos, considerando os diferentes níveis de
complexidade do SUS;
• Capacitação das equipes de atenção básica/saúde da família em toxicologia com ênfase em agrotóxicos
Prazo para inicio: Ano III/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde-SGTES/MS, Universidades (UEL), CGLAB

29
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, acompanhamento e
monitoramento da população exposta a agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.2.4. Realizar o acolhimento e procedimentos de diagnóstico clínico e laboratorial, atendimento e reabilitação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos na rede básica.
Estratégia:
• Implantar o protocolo de atenção a saúde dos expostos a agrotóxicos, considerando os diferentes níveis de
complexidade do SUS.
Prazo para inicio: Ano IV/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
CGLAB/SVS/MS

30
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.2. Fortalecer a atenção básica, com ênfase na estratégia da Saúde da Família e PACS, para diagnóstico, acompanhamento e
monitoramento da população exposta a agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.2.5. Aprimorar a Notificação dos casos suspeitos e confirmados de intoxicação por agrotóxico;
Estratégia:
• Capacitação dos profissionais da atenção básica/Saúde da Família para a notificação e o preenchimento ficha de
intoxicação exógena/agrotóxico.
Prazo para inicio: Já esta em execução
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
COSAT/SVS/MS, CGVAM/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Fiocruz, Universidades, SGTES/MS, DAB/SAS, Sinan/SVS, DAE/SAS, CGLAB/SVS/MS, ANVISA, SGEP/MS.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos

31
Ação prioritária:
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para diagnóstico, tratamento, acompanhamento, monitoramento e reabilitação
dos intoxicados por agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.3.1. Redefinir, qualificar e fortalecer a rede de serviços de atenção especializada no atendimento aos intoxicados
referenciados pela atenção básica e urgências.
Estratégia:
• Identificar os serviços que possuem capacidade instalada para realizar o atendimento aos casos referenciados;
• Definir os fluxos, mecanismos e redes de referência e contra-referência, incluindo a Rede Nacional de Saúde do
Trabalhador/RENAST com as demais redes especializadas do SUS;
• Pactuar os procedimentos, consultas especializadas e exames, conforme o protocolo de atenção integral definido, em
todas as instâncias cabíveis;
• Articular com as centrais de regulação/complexos regulatórios e com setores de média e alta complexidade para
garantir a realização dos procedimentos, consultas especializadas e exames;
• Capacitar os profissionais de saúde da rede especializada para o diagnóstico e manejo dos casos de intoxicação por
agrotóxicos;
• Articular com a rede de reabilitação do SUS visando o manejo dos casos confirmados de intoxicação por agrotóxico.
Prazo para inicio: Ano IV/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)

32
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Universidades, SGTES/MS, CGLAB/SVS/MS

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para diagnóstico, tratamento, acompanhamento, monitoramento e reabilitação
dos intoxicados por agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.3.2. Fortalecer a participação dos CEREST na estruturação da rede de atenção integral aos intoxicados por agrotóxicos
(agudo/crônico).
Estratégia:
• Acompanhar e monitorar a população exposta em articulação com a atenção básica e com as demais vigilâncias em
saúde;
• Participar da definição de fluxos, mecanismos e redes de referência e contra-referência com a rede de atenção integral;
• Participar da capacitação dos profissionais de saúde da rede de atenção integral.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
COSAT/SVS/MS, DAE/SAS.
Órgãos e/ou entidades envolvidas:

33
CGVAM/SVS/MS, Fiocruz, Universidades, SGTES/MS, DAB/SAS, CGLAB/SVS/MS, ANVISA.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos


Ação prioritária:
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para diagnóstico, tratamento, acompanhamento, monitoramento e reabilitação
dos intoxicados por agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.3.3 Aprimorar a Notificação dos casos de intoxicação por agrotóxico.
Estratégia:
• Capacitação dos profissionais da atenção especializada para a notificação e o preenchimento da ficha de intoxicação
exógena/agrotóxico
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS: CGVAM/SVS/MS e COSAT/SVS/MS
CGVAM/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
SGTES/MS, Coordenação de Saúde do Trabalhador-COSAT/SVSMS, DAE/SAS/MS

Detalhamento das Atividades Prioritárias

34
Eixo 1: Atenção Integral em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos
Ação prioritária:
1.3. Fortalecer a atenção especializada no SUS para diagnóstico, tratamento, acompanhamento, monitoramento e reabilitação
dos intoxicados por agrotóxicos.
Atividade prioritária:
1.3.4. Garantir a assistência laboratorial e farmacêutica especifica para os casos de intoxicação por agrotóxicos.
Estratégia:
• Implantar e fortalecer o sistema integrado de gestão de qualidade dos laboratórios do SUS;
• Capacitar os laboratórios para realização de procedimentos e análise em agrotóxicos, metabólitos e aductos;
• Realizar diagnóstico da rede atual de laboratórios para a VS de agrotóxicos;
• Redefinir exames e diagnósticos a serem implementados na rede e inserção nos protocolos de atenção;
• Realizar oficina de trabalho com técnicos e gestores da rede de laboratórios;
• Identificar a necessidade de medicamentos específicos para atendimentos dos casos de intoxicação por agrotóxicos
(agudo/crônico);
• Elaborar proposta de rede nacional de distribuição de antídotos;
• Articulação com a Assistência farmacêutica com a finalidade de garantir o acesso aos medicamentos e antídotos.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
DAE/SAS/MS, CGVAM/SVS/MS, CGLAB/SVS/MS

35
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
DAB/SAS/MS, Fiocruz, ANVISA, CGLAB/SVSMS, Assistência Farmacêutica, Rede Nacional de Centros de Informação e
Assistência Toxicológica/RENACIAT.

5.2. Eixo 2 – Promoção à Saúde

As ações e serviços de promoção à saúde constituem-se como uma estratégia de produção de saúde, um modo de pensar e de
operar articulado com as demais políticas e tecnologias, possibilitando responder às necessidades sociais em saúde.
A intersetorialidade de ações ocorre na localidade e nos ambientes onde vivem as pessoas, estabelecendo compromissos e co-
responsabilidades, dando visibilidade aos fatores que colocam a população em risco.
O fortalecimento e a implantação dessas ações e atividades relacionadas aos agrotóxicos permitirão o diálogo entre as diversas
áreas do MS, setor não-governamental e outros, para a criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade visando a
qualidade de vida.

Diretrizes
• Promover o reconhecimento da população sob risco de exposição e intoxicação por agrotóxicos – promoção à saúde;
• Mobilizar a sociedade e o Estado para a importância da temática e informar sobre a magnitude dos impactos na saúde e no meio
ambiente;
• Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações de promoção da saúde;
• Proporcionar a educação e a comunicação para promoção de ambientes saudáveis e práticas alternativas que reduzam os riscos
para a exposição e intoxicação por agrotóxicos, visando uma melhor qualidade de vida para as populações.

36
Ações Prioritárias Atividades Prioritárias
2.1.Promover a educação e comunicação em Saúde 2.1.1. Inserir a problemática dos agrotóxicos e saúde no
Programa de Saúde nas Escolas;
2.1.2. Desenvolver e implantar metodologias e estratégias de
educação e/ou de comunicação de risco para agrotóxicos,
avaliando os seus resultados;
2.2.Promover ambientes saudáveis, incluindo os de trabalho, no 2.2.1. Apoiar o desenvolvimento e a implantação de práticas
contexto da estratégia de municípios saudáveis. alternativas e sustentáveis;
2.2.2. Integrar as ações de promoção da saúde relacionada a
agrotóxicos com a indução do Programa Territórios de Cidadania
e outros afins;
2.2.3. Aprimorar a gestão federal relacionada a agrotóxicos;
2.2.4. Desenvolver ações de promoção da saúde relacionada às
diversas etapas da cadeia produtiva de agrotóxicos.
2.3.Promover ações de enfrentamento da iniqüidade e 2.3.1. Inserir a temática dos agrotóxicos nas políticas de
desigualdade em saúde. promoção da equidade em saúde de populações em
condições de vulnerabilidade e iniqüidade, incluindo as
populações do campo, da floresta, das favelas e outros.

37
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 2: Promoção à Saúde


Ação: 2.1. Promover a educação e comunicação em Saúde.
Atividade:
2.1.1. Inserir a problemática dos agrotóxicos e saúde no Programa de Saúde nas Escolas;
Estratégia:
• Articulação com o Ministério da Educação e do Meio Ambiente;
• Articulação com o Saúde e Prevenção nas Escolas-SPE;
• Elaboração de material informativo e educativo voltados, inicialmente, para o Ensino Fundamental;
• Capacitação de professores para o desenvolvimento da temática.

Prazo para inicio: I Semestre/Ano II/Fase I


Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
SGTES/MS, SGEP/MS, DASIS/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Fiocruz, ANVISA, COSAT/SVS/MS, Programa Nacional de DST/AIDS.

38
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 2: Promoção à Saúde


Ação: 2.1. Promover a educação e comunicação em Saúde.
Atividade:
2.1.2. Desenvolver e implantar metodologias e estratégias de educação e/ou de comunicação de risco para agrotóxicos,
avaliando os seus resultados;
Estratégia:
• Incentivar a elaboração de material informativo e educativo sobre a temática, em mídias diversas;
• Organização de um Grupo Técnico de Comunicação de Riscos no MS;
• Elaboração de uma estratégia de comunicação / campanha em âmbito nacional, a ser veiculada em mídias diversas;
• Articulação com as Universidades Públicas, em particular com os cursos de Ciências Agrárias, para a discussão da
dimensão saúde na formação dos profissionais;
• Inclusão da Temática no Curso de Especialização de Médicos da Atenção Básica (Tele-saúde).
Prazo para inicio: I Semestre/Ano II/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas: Assessoria de Comunicação/ASCOM/MS, SGTES/MS, DAB/MS, Ministérios do Meio

39
Ambiente, Educação, Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Emprego / Fundacentro, Desenvolvimento Social,
Movimentos Sociais do Campo e da Floresta, Movimentos de Agroecologia, Sistema Radiobras etc.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo2: Promoção à Saúde


Ação:
2.2. Promover ambientes saudáveis, incluindo os de trabalho, no contexto da estratégia de municípios saudáveis.
Atividade:
2.2.1 Apoiar o desenvolvimento e a implantação de práticas alternativas e sustentáveis.
Estratégia:
• Articulação com os Ministérios da Agricultura/EMBRAPA, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social Meio
Ambiente e Ciência e Tecnologia;
• Articulação com as entidades e associações representativas de grupos envolvidos com a temática;
• Realização de um diagnóstico das práticas alternativas bem sucedidas no país;
• Apoio a projetos que visem a implantação de práticas alternativas e sustentáveis;
• Divulgação de experiências e práticas alternativas bem sucedidas, em diversas mídias;
• Estimular a adoção das Boas Práticas Agrícolas com ênfase na redução do uso de agrotóxicos.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano II/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:

40
Grupo de Trabalho (portaria nº. 397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
Ministérios do Meio Ambiente, Educação, Agricultura/EMBRAPA, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social,
Movimentos Sociais do Campo e da Floresta, Movimentos de Agroecologia, Sistema Radiobras, Sistema Nacional de
Apredizagem rural/SENAR, etc.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo2: Promoção à Saúde


Ação:
2.2. Promover ambientes saudáveis, incluindo os de trabalho, no contexto da estratégia de municípios saudáveis.
Atividade:
2.2.2. Integrar as ações de promoção da saúde relacionada a agrotóxicos com a indução do Programa Territórios de Cidadania
e outros afins;
Estratégia:
• Identificação de iniciativas intersetoriais que possibilitem a inclusão / inserção das questões relativas à temática
(agrotóxicos e saúde) no planejamento e na execução das ações do Programa Territórios de Cidadania e outros afins.
• Estimular a implantação da estratégia Atenção Primária Ambiental (Reorganização do GT-APRIMA, recuperação das
propostas construídas e resultados do trabalho do GT-APRIMA entre 2001 e 2004, Inserção da temática no plano de
trabalho do novo GT-APRIMA).
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS: Secretaria Executiva do MS

41
Órgãos e/ou entidades envolvidas: COSAT, CGVAM/SVS, Departamento de Atenção Básica e Especializada/SAS/MS,
SGTES/MS, SGEP/MS.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo2: Promoção à Saúde


Ação:
2.2. Promover ambientes saudáveis, incluindo os de trabalho, no contexto da estratégia de municípios saudáveis.
Atividade:
2.2.3 Aprimorar a gestão federal relacionada a agrotóxicos;
Estratégia:
• Identificar os mecanismos existentes e necessidades de aprimoramento da gestão intersetorial;
• Garantir o caráter permanente do GT de Agrotóxicos do MS e aprimorar os mecanismos de articulação
intraministerial;
• Criação de um grupo de trabalho interministerial visando harmonizar a gestão federal relacionada a agrotóxicos.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, ANVISA, Fiocruz, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura, Ministério da Previdência
Social, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Indústria e Comércio.

42
Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo2: Promoção à Saúde


Ação:
2.2. Promover ambientes saudáveis, incluindo os de trabalho, no contexto da estratégia de municípios saudáveis.
Atividade:
2.2.4. Desenvolver ações de promoção da saúde relacionada às diversas etapas da cadeia produtiva de agrícola.
Estratégia:
• Criar mecanismos de difusão das informações produzidas em todos os âmbitos do SUS (Assistência e Vigilância em
Saúde) e dos demais setores dos Ministérios;
• Indução e desenvolvimento de projetos voltados para a agroecologia.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Grupo de Trabalho (portaria n°397/07)
Órgãos e/ou entidades envolvidas: Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura (EMBRAPA), Ministério da
Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Desenvolvimento Agrário, movimentos do campo.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

43
Eixo 2: Promoção à Saúde
Ação:
2.3. Promover ações de enfrentamento da iniqüidade e desigualdade em saúde.
Atividade:
2.3.1. Inserir a temática dos agrotóxicos nas políticas de promoção da equidade em saúde de populações em condições de
vulnerabilidade e iniqüidade, incluindo as populações do campo, da floresta, das favelas e outros.
Estratégia:
• Mapear no âmbito do MS as políticas, programas e ações voltadas a promoção da equidade em saúde, para garantir a
inclusão da temática.
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS: CGVAM/SVS/MS, DASIS/SVS/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, ANVISA, Fiocruz, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa/SEGEP/DAGEP/MS.

44
5.3. Eixo 3 - Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas

O levantamento e a realização de estudos e pesquisas sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde humana permitirão a
fundamentação científica e técnica para as ações e serviços em saúde relacionados aos agrotóxicos subsidiando a tomada de decisão.

Diretrizes
• Fundamentar cientificamente as intervenções e tomadas de decisão nos diversos campos de interesse relacionados à temática de
agrotóxicos e saúde

Ações Prioritárias Atividades Prioritárias


3.1.Fomentar e executar estudos e pesquisas na área de 3.1.1. Realizar um diagnóstico do estado da arte do
agrotóxicos e saúde conhecimento sobre agrotóxicos no Brasil;
3.1.2. Estabelecer uma agenda de pesquisa sobre a temática no
MS;
3.1.3. Propor a criação de um fundo setorial de ciência e
tecnologia sobre agrotóxicos e saúde humana.

45
Detalhamento das Atividades Prioritárias
Eixo 3 : Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas
Ação:
3.1. Fomentar e executar estudos e pesquisas na área de agrotóxicos e saúde.
Atividade:
3.1.1. Realizar um diagnóstico do estado da arte do conhecimento sobre agrotóxicos no Brasil;
Estratégia:
• Elaboração de um edital temático visando organizar uma rede integrada de pesquisa sobre agrotóxicos, que terá como
primeira atividade a elaboração do diagnóstico nacional.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Fiocruz, Departamento de Ciência e Tecnologia/DECIT/MS
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, Coodenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental/CGVAM/SVS/MS, ANVISA, Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 3: Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas

46
Ação:
3.1. Fomentar e executar estudos e pesquisas na área de agrotóxicos e saúde.
Atividade:
3.1.2. Estabelecer uma agenda de pesquisa sobre a temática no MS;
Estratégia:
• Definição de linhas de pesquisa prioritárias para fins de financiamento;
• Apoio a projetos de pesquisa a partir da publicação de editais,
• Indução da formação de novos grupos de pesquisa na área a partir de definição de temas prioritários e das lacunas de
conhecimento identificados no diagnóstico anterior.
Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Fiocruz, Departamento de Ciência e Tecnologia/DECIT/MS.
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, Coodenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental/CGVAM/SVS/MS, ANVISA, Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo: Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas


Ação: Fomentar e executar estudos e pesquisas na área de agrotóxicos e saúde

47
Atividade: Propor a criação de um fundo setorial de ciência e tecnologia sobre agrotóxicos e saúde humana

Estratégia: Articulação com os órgãos de fomento e pesquisa

Prazo para inicio: I Semestre/Ano I/Fase I


Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
Fiocruz, Departamento de Ciência e Tecnologia/DECIT/MS.
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, Coodenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental/CGVAM/SVS/MS, ANVISA, Conselho Nacional
de Pesquisa/CNPQ.

48
5.4. Eixo 4 – Participação e Controle Social

A apropriação do direito à saúde é um desafio constante, pois depende da participação da sociedade na definição e no exercício
dos direitos de cidadania, da participação nos espaços institucionalizados e nas relações interpessoais.
Fortalecer o controle social e a gestão estatégica e participativa, enquanto política de um governo democrático popular,
representa o compromisso de identificar e desencadear dispositivos que promovam a participação da população.

Diretrizes
• Fortalecer a participação e o controle social de forma a contribuir para a sustentabilidade das ações e atividades do plano

Ações Prioritárias Atividades Prioritárias


4.1.Garantir a inclusão da temática sobre agrotóxicos nas ações da 4.1.1. Incluir a temática no conteúdo da Educação Permanente
Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa para controle social, incluindo representações de
(Participa-SUS) e outras afins, visando o fortalecimento do trabalhadores, com ênfase, do campo e da floresta,
controle social associações de moradores, entidades ambientalistas, entre
outras.
4.1.2. Inserir a temática no Sistema Nacional de Ouvidoria do

49
SUS

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 4: Participação e Controle Social.


Ação:
4.1. Garantir a inclusão da temática sobre agrotóxicos nas ações da Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa
(Participa-SUS) e outras afins, visando o fortalecimento do controle social.
Atividade:
4.1.1. Incluir a temática no conteúdo da Educação Permanente para controle social, incluindo representações de trabalhadores,
com ênfase, do campo e da floresta, entidades ambientalistas, associações, sindicatos e instituições afins.
Estratégia:
• Articulação e inclusão de representações de trabalhadores, com ênfase, do campo e da floresta, entidades
ambientalistas, associações, sindicatos e instituições afins. nas atividades da Educação Permanente para o controle
social;
• Desenvolvimento de estratégias pedagógicas e conteúdos sobre a temática no Programa de Educação Permanente para
controle social e também no Projeto de Inclusão Digital dos Conselheiros de Saúde .
Prazo para inicio: II Semestre/Ano I/Fase I
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS: SGEP/MS, SGTES/MS.

50
Órgãos e/ou entidades envolvidas: ANVISA/MS, Fiocruz/MS, CGVAM/SVS/MS, DASIS/MS, COSAT/SVS/MS,
Ministério do Desenvolvimento Social/MDS, Ministério do Desenvolvimento Agrário/MDA, MMA, Ministerio da
Educação/MEC, representação de trabalhadores do campo e da floresta, entidades ambientalistas, associações, sindicatos e
instituições afins.

Detalhamento das Atividades Prioritárias

Eixo 4: Participação e Controle Social

Ação: Garantir a inclusão da temática agrotóxicos na Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa e outras afins,
visando o fortalecimento do controle social
Atividade:
4.1.2. Inserir a temática no Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS.
Estratégia:
• Estabelecimento / formalização de um fluxo para demandas / queixas / denúncias recebidas pelo Sistema Nacional de
Ouvidoria sobre a temática e organização de uma equipe técnica para atendimento e análise dessas questões;
• Capacitação dos operadores do Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS.
Prazo para inicio: IV Ano/Fase II
Prazo para termino: Fase III
Responsável no MS:
CGVAM/SVS/MS e SGEP/MS.
Órgãos e/ou entidades envolvidas:
COSAT/SVS/MS, ANVISA/MS, Fiocruz/MS, Ministério do Meio Ambiente/IBAMA, Ministério da Agricultura.

51
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Atividade Fase I Fase II Fase III


Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV

I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
Construir os componentes de Vigilância
Epidemiológica, Saúde Ambiental,
Sanitária e Saúde do Trabalhador
relacionado a agrotóxicos
Implantar a Vigilância em Saúde das
populações expostas a agrotóxicos
considerando os componentes de
Vigilância Epidemiológica, Saúde
Ambiental, Saúde do Trabalhador e
Sanitária
Realizar educação permanente em
Vigilância em Saúde relacionada a
populações expostas a agrotóxicos.

Harmonizar e aprimorar os instrumentos


de coleta, fluxo de informação e análise de

52
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV

I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
informações relacionadas à exposição e
intoxicação por agrotóxicos;
Acompanhar e articular a proposição de
legislação para a regulação de agrotóxicos
pelo setor saúde

Expandir a rede de laboratórios para


análise de agrotóxicos de interesse para a
saúde ambiental;
Elaborar protocolos de atenção à saúde dos
expostos a agrotóxicos nos diferentes
níveis de complexidade do SUS
Identificar populações (trabalhadores e
população geral) em locais de risco de
intoxicação e exposição por agrotóxico
Inserir a temática de Vigilância em Saúde
relacionada a agrotóxicos na atenção
básica/Saúde da Família
Qualificar a rede de serviços de atenção
básica de forma a garantir a identificação
da população de risco
Qualificar a rede de serviços de atenção
básica no atendimento a expostos e
intoxicados por agrotóxicos

53
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV

I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
Realizar o acolhimento e procedimentos
de diagnóstico clínico e laboratorial,
atendimento e reabilitação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos na rede básica.
Aprimorar a Notificação dos casos de
intoxicação por agrotóxicos
Redefinir, qualificar e fortalecer a rede de
serviços de atenção especializada no
atendimento aos intoxicados referenciados
pela atenção básica e urgências
Fortalecer a participação dos CEREST na
estruturação da rede de atenção integral
aos intoxicados por agrotóxicos
(agudo/crônico).
Notificar casos de intoxicação por
agrotóxico.

Garantir a assistência laboratorial e


farmacêutica especifica para os casos de
intoxicação por agrotóxicos
Inserir a problemática dos agrotóxicos e
saúde no Programa de Saúde nas Escolas
Desenvolver e implantar metodologias e
estratégias de educação e/ou de

54
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV

I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
comunicação de risco para agrotóxicos,
avaliando os seus resultados
Apoiar o desenvolvimento e a implantação
de práticas alternativas e sustentáveis
Integrar as ações de promoção da saúde
relacionada a agrotóxicos com a indução
do Programa Territórios de Cidadania e
outros afins
Aprimorar a gestão federal relacionada a
agrotóxicos

Desenvolver ações de promoção da saúde


relacionada às diversas etapas da cadeia
produtiva de agrícola.
Inserir a temática dos agrotóxicos nas
políticas de promoção da equidade em
saúde de populações em condições de
vulnerabilidade e iniqüidade, incluindo as
populações do campo, da floresta, das
favelas e outros
Realizar um diagnóstico do estado da arte
do conhecimento sobre agrotóxicos no
Brasil;
Estabelecer uma agenda de pesquisa sobre

55
Atividade Fase I Fase II Fase III
Harmonização e elaboração de instrumentos Implantação no SUS Consolidação e
manutenção nas
três esferas
Ano I Ano II Ano III Ano IV

I II I II
Semestre Semestre Semestre Semestre
a temática no MS

Propor a criação de um fundo setorial de


ciência e tecnologia sobre agrotóxicos e
saúde humana
Incluir a temática no conteúdo da
Educação Permanente para controle social,
incluindo representações de trabalhadores,
com ênfase, do campo e da floresta,
entidades ambientalistas, associações,
sindicatos e instituições afins
Inserir a temática no Sistema Nacional de
Ouvidoria do SUS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Leis etc. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990: dispõe sobre as condições para promoção e recuperação da saúde, a
organização e funcionamento dos serviços correspondentes e da outras providencias. Brasília: Ministério da Saúde, 1990.

2. DATASUS/SINAN. Intoxicação por agrotóxico – Notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação -
SINAN - 2001 a 2005. [acessado 2008 Dez 09]. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/: Ministério da Saúde/SVS
Secretaria de Vigilância à Saúde; 2008.

3. SINDAG. Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola. Câmara Temática de Insumos Agropecuários.
Informações sobre o setor. .[acessado Janeiro 2009].

4. SINITOX. Casos Registrados de Intoxicação Humana e Envenenamento, Brasil. In: FIOCRUZ, Sistema Nacional de Informações
Tóxico-Farmacológicas-SINITOX. [acessado 2008 Dez 10]. Disponível em: http://www.fiocruz.br/sinitox/2003/sinitox2003.htm.
http://www.fiocruz.br/sinitox

5. FARIA, N. M.; FASSA, A.G.; FACCHINI, L.A. Intoxicação por agrotóxicos no Brasil: os sistemas oficiais de informação e
desafios para realização de estudos epidemiológicos. Ciência e Saúde Coletiva, vol.12, no.1, p.25-38, jan./mar, 2007.

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