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Aprendendo - 1
Organizador do Livro:
Miss. Marco Antonio Ripari
http://sites.uol.com.br/pr.marcoantonio
E-mail: pr.marcoantonio@uol.com.br
1a. EDIÇÃO - ANO 2005
SUMÁRIO
Prefácio......................................................03
Agradecimento...........................................04
Capítulo UM
*Ciúmes
* O tempero infernal do ciúme..................05
Capítulo DOIS
*A resposta de Deus ao problema
da solidão .................................................14
Capítulo TRÊS
*Casamento sem sexo................................27
Capítulo QUATRO
*Com quem um cristão pode namorar?.....37
*Como saber se o namoro é da vontade
de Deus......................................................56
Capítulo CINCO
* Como será o final do mundo?................. 67
PREFÁCIO
Missionário Ripari
AGRADECIMENTO
Missionário Ripari
UM
Ciúmes Por: Laine Furtado
A dor da alma que afeta o coração e altera as
emoções de milhares de pessoas no mundo inteiro,
tem graus de intensidade e pode ser mortal.
Vivemos um momento em que muitos crimes têm
sido atribuídos ao excesso de ciúme, assunto
evidenciado até em novelas e documentários. A
maioria das pessoas tende a acreditar que todos
possuem determinada quantidade de ciúme, mas
poucos admitem sentir aquele "ciúme doentio" que
sufoca qualquer relacionamento. Sócrates definiu o
ciúme como "A dor da alma". Esta definição do
filósofo é bastante apropriada porque para quem
sofre ou já sofreu por ciúme sabe como "sofre a
alma". O ciúme é uma emoção complexa para ser
definida e quando falamos de emoção temos que
levar em consideração as diferenças entre pessoas
no que tange; personalidade, cultura, contexto em
que vive, etc. Geraldo J. Ballone, especialista em
psiquiatria pela ABP e professor do Departamento
de Neuropsiquiatria da Faculdade de Medicina da
PUCCAMP desde 1980, afirma que "em questões
de ciúmes, a linha divisória entre imaginação,
fantasia, crença e certeza freqüentemente se torna
vaga e imprecisa”. No ciúme as dúvidas podem se
transformar em idéias supervalorizadas ou
francamente delirantes. Depois das idéias de
ciúme, a pessoa é compelida à verificação
compulsória de suas dúvidas. O ciumento verifica
se a pessoa está onde e com quem disse que
estaria, abre correspondências, ouve telefonemas,
examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas
íntimas, segue o companheiro, contrata detetives
particulares". Toda essa tentativa de aliviar
sentimentos, além de reconhecidamente ridícula
até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar
da dúvida.Os ciumentos estão em constante busca
de evidências e confissões que confirmem suas
suspeitas, mas, ainda que confirmada pelo
companheiro, essa inquisição permanente traz mais
dúvidas ainda ao invés de paz. Depois da
capitulação, a confissão do companheiro nunca é
suficientemente detalhada ou fidedigna e tudo
volta à torturante inquisição anterior.
Existem alguns princípios e conceitos que podem
ser de ajuda para a grande maioria de pessoas. A
psicóloga Célia Bezerra, de Orlando, afirma que,
de modo geral, o ciúme é uma emoção comum.
“De tempos em tempos somos levados a
experimentar esse sentimento no campo do que
poderíamos chamar "normal". E por ser uma
emoção comum, se torna difícil em muitos casos
distinguir entre o normal e o patológico. De modo
geral resumimos o ciúme como um conjunto de
emoções desencadeadas por sentimentos que
ameaçam a estabilidade ou qualidade de um
relacionamento íntimo valorizado”, explicou. Ela
disse que existem muitas definições de ciúme, mas
geralmente encontramos três elementos em
comum: 1) Ser uma reação frente a uma ameaça
percebida. 2) haver um rival real ou imaginário 3)
A reação visa eliminar os riscos da perda do "
objeto" amado. O psiquiatra Eduardo Ferreira
Santos, autor do livro Ciúme, o medo da perda,
que está sendo sucesso de vendas no Brasil, disse
que existem quatro tipos de ciúmes: o zeloso, o
enciumado, o ciumento e o delirante, capaz de
matar caso se sinta traído. Ele afirma que se
analisarmos mais detalhadamente o ciúme,
podemos perceber, logo de início, que não se trata
de um sentimento voltado para o outro, mas sim
voltado para si mesmo, para quem o sente, pois é,
na verdade, o medo que alguém sente de perder o
outro ou sua exclusividade sobre ele. É um
sentimento egocentrado, que pode muito bem ser
associado à terrível sensação de ser excluído de
uma relação. O normal, mais comum, é a pessoa
sentir-se enciumada em situações eventuais nas
quais, de alguma forma, se veja excluído ou
ameaçado de exclusão na relação com o outro.
Eduardo afirma que em um grau maior de
comprometimento emocional, quando há uma
instabilidade neurótica ou de auto-afirmação, a
pessoa pode apresentar-se como ciumento. Neste
caso, a sensação permanente de angústia e
instabilidade, a insegurança em relação a si mesmo
e ao outro, além da fragilidade da relação afetiva,
podem levar a pessoa a manter um permanente
"estado de tensão", temendo ser traído ou
abandonado. Qualquer sinal do outro pode
significar algo e a angústia da dúvida corrói a alma
de quem é ciumento. Em uma terceira situação,
ainda mais grave sob o ponto de vista de
comprometimento do psiquismo, podem ocorrer
situações delirantes em que a desconfiança do
ciumento cede lugar a uma certeza infundada de
que está mesmo sendo traído ou abandonado.
Mas como saber se o ciúme é normal ou doentio?
O ciúme normal e transitório é baseado em fatos.
O maior desejo seria preservar o relacionamento.
No ciúme patológico há geralmente o desejo
inconsciente da ameaça de um rival. Para algumas
pessoas o ciúme é visto como zelo, sinal de amor
ou valorização do parceiro; para outros é uma
prova de insegurança e baixa auto-estima. Em
ambos os casos existem uma gama de sofrimento
para ambos os lados envolvidos. Mas quando se
trata do ciúme patológico é necessário uma
intervenção profissional, porque existem muitos
casos de mortes e tragédias familiares que
apresentam como pano de fundo esta enfermidade.
Segundo Geraldo Ballone, o ciúme patológico é
um grande desejo de controle total sobre os
sentimentos e comportamento do companheiro. Há
ainda preocupações excessivas sobre
relacionamentos anteriores, as quais podem ocorrer
como pensamentos repetitivos, imagens intrusivas
e ruminações sem fim sobre fatos passados e seus
detalhes. "O Ciúme Patológico é um problema
importante para a psiquiatria, que envolve riscos e
sofrimentos, podendo ocorrer em diversos
transtornos mentais. Na psicopatologia o ciúme
pode se apresentar de formas distintas, tais como
idéias obsessivas, idéias prevalentes ou idéias
delirantes sobre a infidelidade. No Transtorno
Obsessivo-Compulsivo (TOC), o ciúme surge
como uma obsessão, normalmente associada a
rituais de verificação", explicou o psiquiatra.
Segundo ele, o ciúme considerado normal dá-se
num contexto interpessoal, entre o sujeito e o
objeto, enquanto o ciúme no Transtorno
Obsessivo-Compulsivo seria intrapessoal, só
dentro do sujeito. O ciúme normal envolveria
sempre duas pessoas, e os pacientes melhorariam
quando sem relacionamentos amorosos. No Ciúme
Patológico o amor do outro é sempre questionado e
o medo da perda é continuado, enquanto no amor
normal (ou ideal) o medo não é prevalente e o
amor não é questionado. No Transtorno
Obsessivo-Compulsivo há sempre dúvida
patológica com verificações repetidas, mesmo
fenômeno que se observa no Ciúme Patológico. O
medo da perda é também um sintoma proeminente
no TOC, tanto quanto no Ciúme Patológico. Neste,
a perda do ser amado não diz respeito à perda pela
morte, como ocorre num relacionamento normal,
mas o temor maior, o sofrimento mais assustador é
a perda para outro. Célia Bezerra afirma que,
geralmente o que move o "ciumento" é um desejo
de controle total sobre a outra pessoa. Mas, por
mais controle que consiga nunca é suficiente. A
pessoa que sofre deste "mal’" está sempre à
procura de confirmações para suas suspeitas
através principalmente de confissões que nunca
deixa satisfeita a pessoa ciumenta porque sempre
surgem outras suspeitas. O ciumento vive um
eterno sofrimento, e acaba experimentando stress,
descontrole emocional, terminando por causar um
tremendo clima de tensão e desajuste familiar,
aliando a este clima cenas públicas
constrangedoras para ela e para a família. Esse tipo
de ciúme, nas palavras do médico e escritor
Eduardo Ferreira Santos, é conhecido como
"Síndrome de Otelo", em referência ao
personagem shakespeariano que sofria deste mal, e
pode levar a pessoa a cometer atos de extrema
agressividade física, configurando aqueles casos
que recheiam as crônicas policiais de suicídios e
homicídios passionais. Enquanto os casos mais
brandos de ciúme podem ser uma manifestação de
má estruturação da auto-estima, os intermediários
refletirem estados neuróticos, os casos da
"Síndrome de Otelo" são, indiscutivelmente
causados por patologias psiquiátricas graves, as
chamadas psicoses ou, ainda, por problemas
neuropsiquiátricos como os diversos tipos de
disritmia cerebral descrita na medicina. Diante
desse fato, como podemos nos prevenir da
Síndrome de Otelo e como podemos ajudar
pessoas que sofrem com o excesso de ciúme? De
qualquer forma, o complexo sentimento de ciúme,
longe de ser aquele "condimento" que torna a
relação amorosa mais "apetitosa", é um sentimento
que leva, via de regra, ao sofrimento de quem o
sente, e, principalmente, de quem padece nas mãos
de um ciumento desconfiado e agressivo. Nas
palavras do escritor Eduardo Ferreira Santos, o
ciúme é, em última análise, um SINAL DE
ALERTA! É uma "luz vermelha" que se acende no
painel da vida, indicando que algo está falhando.
Seja em um ou no outro, seja na relação, algum
"ruído" está denunciado pelo ciúme. Quanto mais
intenso e menos controlável, maior o problema.
Quanto maior a intensidade desse sentimento, mais
estaremos ultrapassando os limites da normalidade,
aos poucos, podermos ser devorados por uma
obsessão capaz de destruir qualquer
relacionamento.
O TEMPERO INFERNAL DO CIÚME
Por: Renata Balarini
Psicólogos do mundo inteiro têm estudado e
discutido a origem do ciúme há tempos. Segundo
eles, tal sentimento poder estar relacionado às
raízes da evolução humana ou à cultura. De acordo
com uma pesquisa realizada na universidade da
cidade italiana de Pisa, o ciúme tem uma
explicação biológica que se encontra na taxa de
serotonina no sangue. A serotonina é a mesma
substância que também controla, no cérebro,
fenômenos como a fome, a dor e o humor. De
acordo com o responsável pela pesquisa, já
existem provas científicas de que o ciúme doentio
é simplesmente o sintoma de "uma vulnerabilidade
subjacente, desencadeada em função da verdadeira
tempestade bioquímica que pode ser uma relação
sentimental". Obviamente, muitas outras teses têm
sido desenvolvidas, envolvendo aspectos do ciúme
como o medo, a baixa auto-estima e a insegurança
por exemplo. Porém, os cristãos jamais devem
esquecer o aspecto espiritual deste sentimento
desaprovado por Deus nas Escrituras Sagradas
embora considerado, por muitos, como o tempero
da relação amorosa. O fato é que, de acordo com a
Bíblia, o ciúme é um sentimento negativo que,
embora apresente certas diferenças, chega a
confundir-se com a inveja em muitos momentos –
daí, algumas versões bíblicas divergirem quanto ao
uso das palavras ciúme e inveja em certas
passagens. Todavia, se consultarmos qualquer
dicionário, constataremos que o ciúme é definido
como o receio de perder algo, ao passo que a
inveja é o desejo de possuir o bem alheio.
Seja como for, a Bíblia Sagrada afirma, em
diversos versículos, o aspecto prejudicial do
ciúme, considerado, pelo sábio rei Salomão, "cruel
como o Seol" (Ct 8.6), isto é, duro como a
sepultura, capaz de "enfurecer o marido" (Pv 6.34)
e sepultar qualquer relação entre homem e mulher.
As declarações de Salomão tão somente ratificam
o aspecto espiritual do ciúme, utilizado pelo diabo
para conseguir atingir suas metas: roubar, matar e
destruir – começando pelo casal, princípio da
família. Em outra ocasião, quando levado, pelo
Espírito de Deus, a ter visões das abominações
cometidas pelo povo de Israel naquela época, o
profeta Ezequiel contemplou, dentre diversas
imagens, a "imagem do ciúme" (Ez 8.3) dentro do
Templo, o que indica a influência de Satanás sobre
o povo escolhido, utilizando sentimentos carnais
negativos a fim de ferir o coração do Senhor e
acender Sua ira – além de obviamente destruir as
relações humanas e a vida das pessoas envolvidas.
Não nos enganemos: o verdadeiro amor zela pelo
bem-estar do relacionamento e do cônjuge, mas
jamais sente ciúme – ou inveja. Não confundamos
cuidado com ciúme. Ninguém deve aceitar, sentir,
ou ser objeto de qualquer dose de ciúme – seja ela
"normal" ou "doentia". Afinal de contas, por
menor que seja a quantidade do veneno, com
certeza causará danos, e o ciúme é um dos venenos
mais diabólicos para o relacionamento humano.
Rejeitemos este tempero infernal!
DOIS
A resposta de Deus ao problema da solidão
Por: Eude Martins
Você já reparou quantos quadros apresentam
ilhas desertas? Você olha o desenho e lá estão duas
pessoas, náufragos ou abandonados naquela
ilhazinha, embaixo das palmeiras. Dizem os
psicólogos que muitas vezes em nossa vida, nós,
nos sentimos como náufragos numa ilha deserta.
Nessas ocasiões estamos como que aprisionados
num círculo de solidão, sentimo-nos totalmente
abandonados, sem pessoa alguma a quem
possamos recorrer ou de quem possamos depender.
É a solidão! Todos nós estamos sujeitos à solidão,
e a Bíblia nos mostra a resposta de Deus a este
problema. Muitas são as causas que provocam a
solidão. Uma pode ser a perda de uma pessoa
querida. Outra pode ser a mudança de um
ambiente familiar e agradável para outro onde a
pessoa é desconhecida e se sente desambientada.
Também pode acontecer que uma pessoa seja
abandonada pelo seu grupo de amigos. Seja qual
for a causa da solidão, saiba que Deus está
interessado em nós. A solidão não é simplesmente
conseqüência da ausência de pessoas, porque a
multidão muitas vezes é o lugar mais solitário.
Vocês que viajaram, sabem disso. Você está
cercado de pessoas, mas sente a tristeza da solidão.
Isto acontece porque a solidão não depende do
número de pessoas que estão com você em
determinado lugar, mas do relacionamento que
você tem com estas pessoas. Encontramos na
Bíblia a história de pessoas que experimentaram a
solidão, mas que encontraram a solução para este
problema. O profeta Elias é uma destas pessoas.
Em seu tempo, a rainha Jezabel tinha introduzido
deuses pagãos na vida religiosa de Israel, que
foram aceitos pelo povo. Para agradar sua mulher
Jezabel, o rei Acabe deu-lhe autoridade sobre
assuntos religiosos, e mandou construir ídolos e
templos aos deuses dela. Acabe igualou o culto a
Baal ao culto a Jeová. Então, Deus enviou Elias. O
profeta destemidamente denunciou o pecado que
todos haviam cometido, abandonando Jeová. E por
causa da pregação de Elias, Jezabel decidiu matá-
lo. Então, Elias fugiu para o deserto e se escondeu
em uma caverna. "E lhe veio a palavra do Senhor
dizendo: Que fazes aqui Elias?" (1 Reis 19:9).
A sua solidão era real, palpável, pois ele se sentia
triste, desanimado e derrotado por não ter
absolutamente ninguém ao seu lado. Foi então que
Deus começou a resolver o problema de Elias. A
primeira providência que tomou foi Ele próprio
revelar-se ao profeta. Elias tinha que aprender a
lição de que um homem que conhece ao Senhor
nunca está só, pois Deus prometeu ser um auxílio
bem presente na angústia. E na escuridão e na
solidão da caverna Deus estava lá. Deus estava se
revelando a Elias naquela solidão, mas ele estava
tão desconsolado que parecia ter perdido a
capacidade de buscar a Deus através da oração. Ele
estava enfraquecido pela solidão e pelo desespero.
Então, Deus veio em seu auxílio e lhe revelou a
sua presença.
A consciência da presença de Deus em nossos
corações é o primeiro passo para vencermos a
solidão. Este princípio é ilustrado na Bíblia em
diversas ocasiões. Em Deuteronômio 31:6-8,
encontramos Moisés falando a Josué. Estava se
aproximando a hora da morte de Moisés e Josué
tinha sido escolhido para assumir o comando do
povo de Israel. Então Moisés lhe disse: "Esforça-te
e anima-te, pois com este povo entrarás na terra
que o Senhor jurou a teus pais lhe daria, e tu os
farás herdá-lo. O Senhor é que vai adiante de ti;
Ele será contigo, não te deixará, nem te
desamparará. Não temas; não te espantes”.(Dt
31:7-8). Repare que, por duas vezes, vemos a
promessa de que Deus não vai desamparar Josué.
Moisés tinha avisado Josué sobre a sua morte; era
natural que o sentimento de solidão se abatesse
sobre Josué. Nas Moisés tranqüilizou Josué: "O
Senhor será contigo, não te deixará, nem te
desamparará." O sentimento de solidão podia ser
dissipado com a promessa que Deus não o deixaria
só. O segundo passo para vencermos a solidão é a
atividade espiritual. Voltemos ao profeta Elias.
"Disse-lhe o Senhor: vai, volta pelo caminho para
o deserto de Damasco. Quando lá chegares, unge a
Hazael rei sobre a Síria." Nos versículos 16 a 18,
Deus determina a Elias uma tarefa e o adverte em
não ficar escondido na caverna. Ele deve
empenhar-se na realização do trabalho que lhe foi
determinado. Quando estamos ocupados
realizando a vontade Deus, podemos sentir sua
presença e sua aprovação bem dentro de nós.
Ociosidade não é a vontade de Deus para o
homem.
Há um terceiro passo no versículo 18:
"Também conservei em Israel 7.000 – todos os
joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca
que não o beijou." Elias sentia-se sozinho porque
julgava ser o único que amava a Deus. Mas Deus
lhe disse que saísse e fosse se ajuntar a outros que
também amavam a Deus, o mesmo Deus a quem
ele amava. A maioria dos conselhos populares e de
orientação técnica para a cura da solidão começa
dizendo que a pessoa deve se ocupar com alguma
coisa e deve andar sempre com as mãos ocupadas.
Mas isto é atacar o problema partindo de uma
premissa completamente errada. Deus não mandou
que Elias primeiro ficasse ocupado e depois
encontrasse alguns amigos. Deus começou
revelando a sua presença. Qualquer atividade ou
amizade que você estabeleça sem considerar a
presença pessoal de Cristo na sua vida, nunca
poderá satisfazer sua necessidade. Finalmente,
através da comunhão com aqueles que professam o
amor e a fé em Deus, nos libertamos da solidão.
Quando tentado a escondermos em nossas
cavernas, como Elias, que possamos experimentar
a presença real de Deus em nossas vidas. Deus está
no teu coração. Você não está só.
TRÊS
CASAMENTO SEM SEXO
Por: Jacqueline Falheiro
Como psicólogos estão vendo a realidade
dos brasileiros nos Estados Unidos. O progresso e
a modernidade causaram mudanças radicais na
vida de todos nós, sem acepção de raça, cor, credo
ou posição social. Os efeitos destas mudanças
afetam a todos sem pedir licença. Em meio há
tantas pressões da vida pós-moderna, o amor pede
socorro, afinal de contas, antes de
desempenharmos as funções de pais,
administradores do lar, empresários e
empreendedores, somos humanos. Atualmente o
mundo nos impulsiona, mesmo que de forma
inconsciente, a inverter valores. O prioritário
torna-se secundário, os relacionamentos, a família
e a afetividade passam a fazer parte de um segundo
plano. Talvez por esta problemática, somadas há
razões particulares de cada indivíduo, cada vez
mais é comum o número de pessoas insatisfeitas
em diversas áreas de relacionamento. E esta
realidade tem afetado o casamento. Recentemente
a revista Newsweek traçou um perfil da vida sexual
dos casais americanos. Segundo a reportagem, de
15% a 20% dos casais americanos não têm mais do
que dez relações sexuais ao ano. O stress, os
cuidados rotineiros com os filhos e o trabalho são
os fatores que estão mutilando o romance no
casamento. A revista informa que 113 milhões de
casais americanos estão tendo uma vida sexual
medíocre devido à falta de tempo para gastarem no
relacionamento conjugal.
A matéria ressalta a mudança de comportamento
nos últimos anos, afirmando que as mulheres nos
Estados Unidos representam 47% da força de
trabalho, sendo que deste total 57% são graduadas
e 30% ganham mais que o marido. Com isso a
mulher passou a desempenhar múltiplos papéis em
um único personagem: a profissional, a mãe, a
esposa e a administradora do lar. Esses fatores
afetaram o relacionamento e o desempenho sexual
das americanas porque o stress e o cansaço
ocuparam lugar de destaque na vida dessas
mulheres. Os homens também são atingidos tanta
na área física quanto emocional. Emocionalmente
quando a esposa ganha mais do que ele e
fisicamente quando, por exemplo, focalizam a
atenção nos filhos, com o intuito de compensar o
tempo supostamente negligenciado ocupado com o
trabalho. Parafraseando o psicólogo brasileiro
Gilson Bifano, do Ministério Oikos de apoio à
família, perguntamos: O que está acontecendo?
Será que o casamento tornou-se uma espécie de
sepultura do sexo? Será que "sexo quente" é
apenas encontrado em relações extraconjugais?
Sem dúvida, são perguntas que devem ser
respondidas.E mais? Será que esta realidade
americana pode ser aplicada aos brasileiros que
vivem nos Estados Unidos? Não existem dados
técnicos que mostrem o perfil do desempenho e da
satisfação sexual dos brasileiros que moram nos
EUA, mas psicólogos e conselheiros cristãos têm
uma visão bem clara do que acontece em seus
consultórios, por isso, a Linha Aberta procurou
ouvir opiniões de profissionais da área de família
que atuam tanto na América quanto no Brasil. E a
posição deles é bastante clara: o casamento, de
uma forma geral, está passando por problemas que
estão afetando a vida sexual dos parceiros.
Segundo Ivelise Salinas, que trabalha na área de
aconselhamento familiar nos Estados Unidos há
mais de 18 anos, há uma implacável realidade. Os
homens estão mais deprimidos e estressados e são
as esposas que estão reclamando o "comparecer".
Mas será que as esposas não estão estressadas
também? Ela disse que "é alarmante quando as
estatísticas mostram uma realidade que já
conhecemos, mas que fazemos de conta que não é
verdade". Ivelise afirma que os grandes problemas
no casamento são excesso de trabalho, falta de
comunicação e para os brasileiros, incerteza do
futuro, principalmente em relação aos imigrantes
indocumentados. "Programar um descanso ou um
momento para oxigenar a vida do casal é uma
missão quase que impossível. Normalmente não há
dinheiro disponível, não dá para tirar folga no
trabalho, e o casal está física e mentalmente sem
energia para fazer qualquer coisa. A
impossibilidade de adquirir documentos ou o
tempo prolongado para sua liberação levam alguns
casais a se arrastarem na vida, sem ânimo, sem
sonhos, não percebendo que a vida é dinâmica e
que o tempo passa rápido", explicou. Muitos casais
vivem de aparência e não devem empurrar o
problema com a "barriga". "A vida de aparências
só posterga a solução e perpetua o sofrimento. O
relacionamento sexual deve ser independente da
sua situação financeira, social ou cultural porque é
abençoado pelo próprio Deus não só para a
procriação, mas para fonte contínua de prazer, e
não só masculino, mas feminino também", afirma.
Quando praticado sob a bênção de Deus e com
sabedoria, o ato sexual traz satisfação, elimina a
tensão e propicia paz física e mental. "Para que
aconteça a química maravilhosa que vai ser o
tempero do casamento precisa haver
"cumplicidade". A satisfação sexual sadia é
resultante da harmonia reinante em outras áreas do
casamento, como a arte da apreciação mútua
agregada há uma comunicação eficaz, evitando
desta forma que acontecimentos ao redor roubem a
benção impetrada e autorizada por Deus. ‘’ Os
homens estão mais deprimidos e estressados e são
as esposas que estão reclamando o ‘’comparecer’’
Para a psicóloga Heloísa Guimarães, que atua há
20 anos na área de família, quando os problemas
sexuais começam a aparecer no casamento, os
cônjuges tentam encontrar caminhos para evitar a
intimidade ao invés de buscar a raiz do problema,
seja ele de que origem for. Muitos dos problemas
são ocasionados pelo stress. Heloisa lembra que
uma pesquisa realizada pelo National Institute of
Health Consensees Development, em 1992,
revelou que 30 milhões de homens americanos
sofriam de disfunção de ereção parcial ou total,
levando muitos à impotência. A psicóloga afirma
que 80% dos problemas de ereção são causados
pelo stress, e que este reduz o desejo sexual no
homem, inibindo a produção de hormônio e de
esperma e causando problemas de ereção. Apesar
de não ter uma pesquisa sobre a realidade dos
brasileiros nos Estados Unidos, muitos passam por
problemas que afetam o desempenho sexual. As
mulheres também sofrem com a perda do desejo
sexual por causa das circunstâncias diárias que
enfrentam no casamento, no trabalho e na vida
diária. De uma forma geral, os fatores que
explicam a perda do desejo sexual podem ser
definidos como falta de dinheiro, de tempo para os
filhos, de comunicação entre o casal e trabalho
excessivo. Heloisa ressalta que o stress reduz o
desejo sexual, mas o ato sexual reduz os sintomas
do stress. E seu conselho é o seguinte: "Relaxem,
comecem a falar sobre o que está causando stress,
compartilhem com o parceiro seus medos e
ansiedades. Não se preocupem com o resultado
final da relação sexual, mas sim no momento em
que vocês estão juntos, conversando, rindo e
aproveitem para curtir um ao outro."
Para a psicóloga e missionária Maheli Caitano, a
falta de desejo sexual devido ao cansaço físico e à
falta de tempo para o romantismo, induz o
casamento a uma rotina sem graça e cansativa.
Citando a Bíblia, Maheli explica que, quando Deus
criou o homem e a mulher, Ele os fez macho e
fêmea (Gênesis 1:31). "Naquele momento Deus
designou o ato sexual para o homem e a mulher. O
sexo é um dom de Deus com dois propósitos
maravilhosos: a propagação da raça humana e a
expressão do amor entre marido e esposa.
Lamentavelmente, nestes últimos tempos, muitos
casais estão se afastando deste plano divino.
Constantemente, tenho sido procurada por muitos
casais que se queixam de problemas sexuais, da
rotina no casamento e da perda do romantismo".
Maheli afirma que todos alegam falta de desejo
sexual e de romantismo por causa do cansaço e da
falta de tempo, o que acaba induzindo o casamento
a uma rotina sem graça e cansativa. "Se estes
problemas não forem devidamente trabalhados
com um bom aconselhamento e com ajuda
espiritual, o resultado será desastroso para o casal.
A psicóloga afirma que em situações como essa, a
primeira providência é encarar francamente os
fatos. O matrimônio deve ser trabalhado os 365
dias do ano. A aparência, a limpeza, a atenção, um
presentinho, um perfume, um elogio, bombons e
flores ainda são muito apreciados. O sexo foi
concedido por Deus para trazer santidade ao
casamento, produzir amor, compreensão e
companheirismo entre o casal; além de garantir a
unidade do casamento. "A falta de relacionamento
sexual em um casamento não é aprovada por Deus
conforme 1 Corintios 7:1-5. Procure ajuda hoje
mesmo e dedique um tempo para você e seu
esposo e vice-versa. E nunca se esqueça de que
Deus planejou o melhor para todos nós e quando
seguimos os planos de Deus, somos abençoados e
felizes", afirmou.
Como anda a situação no Brasil?
No Brasil os casais também enfrentam uma
situação parecida com a que vivemos na América,
principalmente nas grandes cidades. Recentemente
o Fantástico exibiu uma reportagem sobre o tema
tendo como pauta da matéria da revista Newsweek.
A reportagem fez alusão ao declínio emocional e
sexual dos relacionamentos nos Estados Unidos.
‘’ Muito casal vive infeliz por três motivos:
desinformação, filhos e excesso de trabalho. ‘’
O programa mostrou como se comportava um
casal americano após um dia exaustivo de trabalho
tendo que se dividir entre o cuidado com os filhos
e os afazeres domésticos. Ele médico da
emergência de um hospital em Nova York, ela
estilista de moda. Ao ser questionado sobre a
disponibilidade de tempo e energia para a
intimidade do casal, ele respondeu: "Vamos falar
claro. Ficamos muito cansados. Marcamos hora
para fazer sexo." Não é difícil adivinhar que o
marido está se referindo a um appointment como
de negócios. A matéria alega que desta forma o
casal está reagindo a uma situação que atinge
milhares de casais americanos, e que esta realidade
pode ser aplicada às grandes cidades do Brasil,
como Rio de Janeiro e São Paulo. Mas o que
realmente acontece no Brasil?
“No Brasil a pressão e o stress têm vitimado
muitas mulheres, apesar de muitas poderem contar
com o suporte de empregadas, babás, mães’’...
O pastor Gilson Bifano, diretor do Ministério
Oikos e responsável pelo clickfamília.org.br, diz
que muitos casais vivem infelizes por três motivos
básicos: desinformação, filhos e excesso de
trabalho. "Muitos casais estão completamente
desinformados sobre sexo e sexualidade. Não
lêem, não se informam e conseqüentemente
deixam de usufruir todo prazer e beleza que o sexo
no casamento pode oferecer". Em segundo lugar,
ele afirma que muitos casais são infelizes na vida
sexual porque permitiram que os filhos entrassem
nesse "espaço sagrado" que deve haver entre o
esposo e a esposa. Ele diz que pode ser engraçado
ou até mesmo estranho, mas afirma que os filhos
podem prejudicar a vida sexual no casamento.
“Filhos são bênçãos de Deus, mas jamais deveriam
ser motivos para prejudicar a vida sexual de um
casal”, explicou. Em terceiro lugar está o excesso
de trabalho. "Hoje gastamos mais tempo no
trabalho e no trânsito e quando chegamos em casa
estamos cansados e com isso, sobra pouco tempo
para o sexo". O psicólogo orienta que para ter uma
vida sexual satisfatória o casal deve buscar
informação sobre sexo, não esperar as coisas
acontecerem, mas fazer com que aconteçam. O
lembrete é: O clima só vai existir se você o criar.
“Hoje gastamos mais tempo no trabalho e no
trânsito e quando chegamos em casa estamos
cansados e com isso, sobre pouco tempo para o
sexo”.
Ivelise Salinas, que trabalhou anos no Brasil na
área de aconselhamento familiar, disse que os
maridos se queixam de esposas ausentes em
termos sexuais, sendo este um grande problema no
contexto brasileiro. “Em contra partida as esposas
esperam um pouco mais de namoro, atenção e
romance por parte de seus parceiros para poderem
estar prontas a corresponderem às expectativas dos
maridos”. No Brasil, a pressão e o stress têm
vitimado as mulheres, apesar de muitas poderem
contar com o suporte de empregadas, babás e até
das providenciais e tão bem vindas avós, que numa
emergência sempre dão um jeitinho para ajudar a
filha ou a nora, no cuidado com as crianças.
Privilégio que muitas brasileiras vivendo nos
Estados Unidos não têm. Mas ela garante que
independente da situação, da falta de tempo e do
stress, para o amor sempre se dá um jeitinho
(brasileiro...?). Ivelise lembra que Deus,
ministrando ao seu povo ainda no período da lei, e
numa época em que os homens viviam em guerra
(existe maior stress?), demonstra grande
preocupação com o marido e com a mulher recém-
casados. “Vejamos Deuteronômio 24:5: Quando
algum homem tomar uma mulher nova, não sairá à
guerra, nem se lhe imporá carga alguma; por um
ano inteiro ficará livre na sua casa e alegrará a sua
mulher" e Provérbios 5:18, 19: "Seja bendito o teu
manancial (as partes do teu corpo que produzem
vida), e alegra-te (ou goza com arrebatamento)
com a mulher da tua mocidade... Saciam-te os seus
seios em todo o tempo; e embriaga-te (ou enche-te)
sempre com suas carícias. Por isso, não deixe que
uma pesquisa, ou o que está acontecendo ao seu
redor, leve de vocês a bênção que foi impetrada e
autorizada por Deus. Curta o seu parceiro e seja
feliz no seu casamento”.
QUATRO
COM QUEM UM CRISTÃO PODE NAMORAR?
Por: Giselle Ribeiro D. de Souza
Pergunta de cristão: __ Com quem posso namorar?
Resposta: Com outro cristão. Não que você não
possa namorar com não-cristão, mas não é
aconselhável. “Porque, noutro tempo éreis trevas,
mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos
da luz’’ Efésios 5:8”. “Não vos prendais a um jugo
desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem
a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a
luz com as trevas?’’ 2Cor 6:14
Ou seja, você sendo cristão, ou cristã, se quiser
namorar não-cristão(ã), até pode, pois é uma
escolha sua, você pode pensar, ah, mais eu vou
ganhar essa alma pra Cristo. Tanto você pode
ganhar como você pode não ganhar esta vida para
Jesus. Você pode até casar com essa pessoa, e essa
pessoa não aceitar ao Senhor Jesus Cristo como
seu Senhor e salvador, não se converter. Além, de
que a pessoa não sendo cristã, pode querer cobrar
coisas de você, que você, não sendo do mundo não
poderá oferecer. Essa pessoa falará e fará coisas
que você não concorda, porque você já não é mais
do mundo, já não pensa mais como as outras
pessoas! Viu? Você pode sim (pois é uma escolha
sua, como citado acima), mas não é aconselhável
por Deus, e se você teimar, então você será
responsável pelas conseqüências!
Você deve e pode pregar para essa pessoa de quem
você gosta. Veja: “Para lhes abrires os olhos, e das
trevas os converteres à luz, e do poder de satanás a
Deus; a fim de que recebam a remissão de
pecados, e herança entre os que são santificados
pela fé em mim”. Atos 26:18.
Mas se mesmo você pregando para essa pessoa,
fazendo de tudo para que ela venha a se converter,
ela não te der ouvidos, você, por vontade própria,
pois Deus não nos obriga a nada, escolherá, se vai
querer as trevas ou a luz. É claro que por Deus
você deveria ficar com a luz, pois é o que orienta a
Palavra do Senhor, mas se você preferir as trevas,
e se o seu casamento, ou namoro mesmo não for o
que era esperado por você, olhe para trás, e
lembre-se da escolha decisiva que fez no passado.
Referências Bibliográficas
Site: www.linhaaberta.com
Revista evangélica Linha Aberta, Inc.
Redação:
1015 W. New Port Center Drive #104 -
Deerfield Beach Flórida - United States
- Edição 63-Novembro/2003
* Ciúmes – Laine Furtado
* O tempo infernal do ciúme
– Renata Balarini
- Edição 60-Agosto/2003
* A resposta de Deus ao problema da solidão -
Eude Martins (diretor da Editora Vida e pastor da
Assembléia de Deus)
* Casamento sem sexo.- Jacqueline Falheiro
- Edição 26 – Julho/2000
* O FINAL DO MUNDO – Dr. Luiz de Mattos é
pastor, médico e conferencista.
Ele ministra estudos bíblicos sobre Escatologia
Site: www.centralgospel.com.br
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