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O PROFETA

ELISEU

13 estudos
em 2° Reis

por
Kenneth Jones

Curso Bíblico
"ALFAEÔMEGA"
C.P. 3033
06210-990 Ososco - SP
Fone: (011) 869-3526
Uçio N°1
A CHAMADA DE ELISEU
Leitura: 1° Reis 19.19 a 21; Lucas 9.59 a 62

Elias, depois da sua restauração espiritual, aprendeu que Deus não é so-
mente vivo, o Deus da criação e da ressurreição, mas que também é o '"Deus
dos Exércitos", que reina. E Ele que coloca os reis no trono e também os tira.
Disse Deus a Elias: "Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e,
em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás
rei sobre Israel, e também Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta
em teu lugar" (1° Reis 19.15 e 16). Deus escolheu dois homens perversos (Ha-
zael e Jeú) para cumprir as profecias de julgamento contra a casa de Acabe e
eles o fizeram sem a intervenção de Eliseu (1° Réis 19.17).

A UNÇÃO
à palavra "ungir" é simbólica, pois a vontade de Deus foi executada de
três maneiras diferentes. Elias lançou o seu manto sobre Eliseu, a quem ele de-
legou autoridade para levar a Hazael a notícia que este seria rei da Síria (2° Reis
9.1 a 13). Foi Eliseu também que mandou um dos discípulos dos profetas a un-
gir Jeú rei de Israel (2° Reis 9.1 a 13). A missão mais importante de Elias foi
chamar Eliseu para ser seu sucessor. Elias ficou contente porque não estava
sozinho como pensava, pois havia sete mil fiéis a Deus e um profeta para conti-
nuar a sua obra. Este não foi o fim de sua vida, pois ele ainda prestou mais ser-
viço para Deus.
Era primavera quando Elias viajou do deserto para a terra fértil de Abel-
Meolá, onde Eliseu, com onze lavradores, estava arando a terra com doze jun-
tas de bois. Parece que era uma fazenda boa e próspera. Eliseu estava com a
última junta de bois, mas Elias passou pelos onze lavradores e, ao chegar ao úl-
timo, lançou o seu manto sobre Eliseu.
Foi a mesma experiência de Samuel quando foi à casa de Jessé para un-
gir um dos filhos deste como rei. Faz-nos lembrar das palavras do Senhor Je-
sus: "Os últimos serão primeiros e os primeiros serão últimos" (Mateus 20.16).
Elias, vindo desprevenido do deserto, não tinha óleo para ungir Eliseu,
mas vestia-se com um manto, conhecido, mesmo pelos reis, como o manto do
profeta Elias (2° Reis 1.8). Não lemos que Elias tenha ungido Eliseu porque os
profetas foram ungidos por Deus, enquanto que os reis e scerdotes foram ungi-
dos pelos homens. Alguns foram ungidos pelos homens e por Deus, como, por
exemplo, Davi. Disse Deus: "Encontrei Davi, Meu servo; com o Meu santo óleo o
ungi" (Salmo 89.20). Os profetas não foram ungidos com óleo, que é somente
símbolo da unção do Espírito Santo. Os reis e sacerdotes foram ungidos para
cumprirem o seu serviço, mas a maioria ficou somente no símbolo. Os profetas
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foram ungidos não com o símbolo, mas com o que a unção simbolizava; foram
ungidos pelo Espírito Santo, que controlava os profetas de tal maneira que eles
podiam proferir a palavra de Deus com autoridade, dizendo: "Assim diz o Se-
nhor...". Elias, como profeta, controlado pelo Espírito Santo, num gesto carac-
terístico, lançou o seu manto nos ombros de Eliseu, indicando que ele hão tinha
sido apenas ungido como profeta, mas que fora chamado para ser o sucessor
do grande profeta Elias. Eliseu compreendeu o significado deste ato ao sentir o
peso do manto de Elias nos seus ombros. Elias logo recobrou o seu manto
porque ainda precisava dele.
No Velho Testamento há objetos que simbolizam a vida de certos servgs
de Deus, Por exemplo: A tenda é símbolo da vida de Abraão; o poço, de Isaque;
uma coluna, de Jacó; a vara, de Moisés; o cajado de pastor, de Davi; o manto,
de Elias; o arado, de Eliseu.

O MANTO SIMBOLIZA O OFÍCIO E O SERVIÇO DE PROFETA


Lemos do manto de Elias usado em quatro ocasiões diferentes:
1) No Monte Horebe quando, na presença de Deus, ele cobriu o seu rosto
ao sentir vergonha pelo seu fracasso (1 ° Reis 19.13).
2) Quando lançou o seu manto sobre Eliseu (1° Reis 19.19).
3) Quando enrolou o seu manto e com ele feriu as águas do Rio Jordão,
abrindo um caminho para os dois profetas passarem para o outro lado (2° Reis
2.13).
4) Quando, ao subir aos céus, Elias deixou cair o seu manto e Eliseu o
apanhou. No céu, Elias não precisava mais do seu manto. O serviço de profeta
ele o deixou para Eliseu.

O PAI DE ELISEU CHAMAVA-SE ABEL-MEOLA


Safate significa "juiz" e o sentido de Abel-Meolá é "pastagem da dança".
Nestes dois nomes podemos perceber* "a Justiça" e "a Alegria", que também
caracterizaram a vida e o ministério de Eliseu. Ele exigiu justiça, mas, ao mesmo
tempo, levou alegria para muitos. Elias e Eliseu são dois grandes vultos do Ve-
lho Testamento. Elias faz-nos lembrar da severidade da lei, enquanto que Eli-
seu, embora conservando a justiça de Deus, dispensava a bondade de Deus
para com os homens. Há uma diferença entre os dois profetas. Elias significa:
"Meu Deus é Jeová" e era o profeta de justiça e de juízo. O nome Eliseu signifi-
ca: "Meu Deus é salvação" e levou salvação aos homens. É um tipo do Senhor
Jesus.

ELISEU, O LAVRADOR
O trabalho e a profissão de uma pessoa influem muito no ministério do
servo de Deus. Como lavrador, Eliseu aprendeu muitas lições úteis para a sua
-3-
missão e ministério de profeta. Estas lições também servem para nós, em nosso
serviço para Deus.
1) A união faz a força. O jugo demonstra este fato. Eliseu, pela sua ex-
periência com a junta de bois, sabia que dois podem fazer o que é impossível
para um. Eliseu, ao sair do serviço da roça, entrou numa outra união: um jugo
com Deus. Assim, ele cooperava com Deus no serviço de Deus. O Senhor Je-
sus também convida os crentes a cooperarem com Ele no Seu serviço. Ele dis-
se: "Tomai sobre vós o Meu jugo'" (Mateus 11.29). É uma decisão que o salvo
deve fazer e é para todos os crentes, porém, nem todos conhecem esta expe-
riência.
2) Como lavrador, Eliseu sabia que só os animais da mesma natureza
podem trabalhar juntos no jugo. Deus proibiu os israelitas lavrarem com um
jugo desigual, pois não dá certo. É uma proibição .para os cristãos também (2a
Coríntios 6.14). O Senhor Jesus explicou como podemos trabalhar no jugo com
Ele. Temos de conhecê-IO primeiro: "Aprendei de Mim". Temos deter o mesmo
caráter dEle: "Porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para as vossas almas" (Mateus 11.29).
3) Com o arado, o lavrador corta e revira a terra. Ele tem de preparar a
terra para receber a semente. Eliseu sabia que não adiantava lançar a semente
na terra dura. O pregador também precisa aprender esta lição. A pregação, em
primeiro lugar, deve produzir o arrependimento e a convicção de pecado pelo
poder do Espírito Santo.
4) Como lavrador, Eliseu sabia que, além de arar, tinha de semear a
boa semente. Este também é o dever do pregador. O Senhor Jesus, na Sua
pregação, deu exemplo disto. Em Mateus 11.21 a 24 lemos das palavras duras
de julgamento que Ele proferiu contra as cidades de Corazim, Betsaida e Cafar-
naum por causa da falta de arrependimento e de fé. O Senhor Jesus estava fa-
zendo o serviço do arado, preparando os corações para receberem a semente
do Evangelho. É o que Ele fez depois no versículo 28: "Vinde a Mim todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei".
5) Eliseu sabia que, para fazer um sulco certo na terra, precisava guiar
o arado com mão firme e fixar os olhos num objeto definido do outro lado
do campo.
Certa vez, um fazendeiro enviou um rapaz arar um campo. Quando o fa-
zendeiro chegou, ele viu que as leiras tinham sido cortadas todas tortas e des-
cobriu que o rapaz, ao invés de olhar para o alvo, tinha estado distraindo-se
olhando para um passarinho que voava. Elias cortou um sulco certo até certo
ponto, mas, quando tirou os olhos de Deus e os fixou na ameaça de Jezabel,
ele se desviou; depois, no Monte Horebe, ele começou uma carreira reta mais
uma vez. Eliseu, porém, não se desviou do seu alvo na vida espiritual, nem no
seu ministério de profeta.
-4-
Como podemos em nossa vida espiritual andar certos, sem desvios? A
resposta se encontra em Hebreus 12.2: "Olhando firmemente para o Autor e
Consumador da fé, Jesus, o qual, "em troca da alegria que Lhe estava proposta,
suportou a cruz".

A DESPEDIDA DE ELISEU
Quando Elias lançou o manto sobre Eliseu, este correu após Elias e disse:
"Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei". Elias pensou
que fosse uma desculpa logo respondeu: "Vai e volta; pois já sabes o que fiz
contigo" (19.20). Ele empregou as mesmas palavras que Deus disse a ele no
Monte Horebe: "Vai e volta" (19.15).

A DISPOSIÇÃO DE ELISEU
Para ser discípulo de Elias, Eliseu estava disposto a deixar para sempre o
seu lar e a sua fazenda. Matou a sua junta de bois e queimou o arado para co-
zinhar a carne. Fez uma festa para o povo, demonstrando que era uma despe-
dida para nunca mais olhar para trás. Então se dispôs e seguiu a Elias. 'O Se-
nhor Jesus encontrou-se com três falsos discípulos. O primeiro Lhe disse: "Se-
guir-Te-ei para onde quer que fores" (Lucas 9.57). Foi uma decisão precipitada,
sem pensar no custo. O Senhor Jesus chamou o segundo e disse-lhe: "Se-
gue-Me", porém ele respondeu: "Permite-me primeiro sepultar a meu pai". Pa-
rece que seu pai ainda estava vivo, senão ele estaria cuidando do enterro do
pai. O terceiro Lhe disse: "Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despe-
dir-me dos de casa". A despedida dele podia demorar dias ou semanas, ou
nunca havia de terminar. A despedida de Eliseu foi bem diferente.
O Senhor Jesus lembrou-se de Eliseu e disse ao moço: "Ninguém que,
tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus" (Lu-
cas 9.62).

Lição N° 2
O ÚLTIMO DIA DE ELIAS NA TERRA
Leitura: 2° Reis 2.1 a 8

A vida de Elias não terminou quando fugiu de Jezabel e pediu a morte,


nem quando lançou o seu manto nos ombros de Eliseu. Depois disto, mais dez
ou doze anos ainda se passaram e somente em duas ocasiões o seu nome se
encontra nas Sagradas Escrituras. Ele apareceu na vinha de Nabote para en-
tregar uma mensagem de julgamento contra Acabe (1° Reis 21) e, mais tarde,
chamou fogo dos céus sobre os soldados do filho de Acabe, o rei Acazias (2°
Reis 1).
-5-
O QUE FAZIA ELIAS NAQUELE PERÍODO DE DEZ OU DOZE ANOS?
Fazia um serviço muito importante: ensinar ao povo o conhecimento de
Deus. Em Israel, naquele tempo, havia muita ignorância de Deus. Os milagres
de Elias chamavam a atenção à existência de Deus e os atos de julgamento, ao
pecado do povo, mas havia a necessidade de algo mais positivo, que é o ensi-
no da Palavra de Deus.
O profeta Samuel sentia a necessidade disto e ensinava moços chamados
"os discípulos dos profetas" e estes, por sua vez, ensinavam o povo. Elias e Eli-
seu faziam o mesmo serviço e trabalhavam juntos no ensino.

ELIAS E ELISEU TRABALHAVAM EM HARMONIA


Eliseu, como discípulo de Elias, o seguiu. Eliseu disse a Elias: "Então te
seguirei". E lemos que "se dispôs e seguiu a Elias" (1° Reis 19.21). Tornou-se
servo de Elias. "Seguiu a Elias e o servia". Era conhecido como aquele que dei-
tava água nas mãos de Elias (2° Reis 3.11). Eliseu, filho de um fazendeiro, tor-
nou-se o humilde servo de um profeta, desprezado e rejeitado.

ELISEU APRENDEU A TRABALHAR NO JUGO DO SERVIÇO.


Em 2° Reis 2.1 a 8 lemos que faziam tudo juntos: "E assim ambos foram
juntos" (v. 6), "ambos pararam junto ao Jordão" (v. 7) e "passaram ambos a
seco" (v. 8). Temos diversos exemplos nas Escrituras do moço trabalhando
com o mais velho. Josué trabalhou e aprendeu com Moisés; Eliseu, com Elias, e
Timóteo, com o apóstolo Paulo. Quem não está disposto a aprender com outros
não está em condições para ensinar.
Elias sabia que aquele dia seria o seu último dia sobre a terra e Eliseu e os
discípulos dos profetas também o sabiam. Elias, sabendo que o seu grande dia
chegara, não se perturbou. Não havia nada na sua vida para consertar porque
ele vivia na presença de Deus, perante a face de Deus. Se soubéssemos que
hoje seria o nosso último dia sobre a terra, que fariamos? E como Elias passou
o seu último dia? Ele não estava mais preocupado com o seu serviço porque
este estava terminado. Ele estava pensando no seu discípulo, aquele que havia
de continuar a sua obra e ser profeta em seu lugar.

ELIAS TINHA DOIS OBJETIVOS A CUMPRIR NO SEU ÚLTIMO DIA


1) Ele queria provar o seu discípulo para ver se ele seguiria o seu mestre
até ao fim. Três vezes Elias disse a Eliseu: "Fica-te aqui", mas a resposta de Eli-
seu foi sempre a mesma: "Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não
te deixarei". É a linguagem do verdadeiro discípulo e o seu desejo de seguir o
Senhor Jesus, o Mestre, até ao fim.
2) Elias queria passar o seu último dia dando as últimas lições para o seu
aluno - lições que ajudariam o seu discípulo nos dias vindouros, e elas servem
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para nós em nossa luta em prol do Evangelho.

NO ÚLTIMO DIA, VISITARANÍ TRÊS LUGARES DE IMPORTÂNCIA NA


HISTÓRIA DO POVO DE ISRAEL
São três lugares de grande ensino para o povo de Deus. São Betei, Jericó
e o Jordão. Em cada um destes lugares havia uma pedra como memorial.
BETEL •- A CASA DE DEUS
Foi o lugar onde Jacó passou a primeira norte quando fugiu da sua casa,
depois de enganar ao pai e prejudicar seu irmão. Deus apareceu 9 Jacó naque-
le lugar, onde, em sonho, Jacó viu uma escada firmada na terra, cujo topo atin-
gia o céu e os anjos de Deus subiam e desciam por ela (Génesis 28.15). Ali re-
cebeu as ricas promessas de Deus: "Eis que Eu estou contigo e te farei voltar a
esta terra, porque te não desampararei, até cumprir Eu aquilo de que te hei re-
ferido" (Génesis 28.15). Que promessa! Jacó não merecia isto. É o amor imere-
cido, a graça de Deus. "Despertado Jacó do sono, disse: Na verdade o Senhor
está neste lugar; e eu não o sabia" (Génesis 28.16). "E, temendo, disse: Quão
temível é este lugar! É a CASA DE DEUS, A PORTA DOS CÉUS" (Génesis
28.17).
Elias e Eliseu tinham muitos assuntos para discutir em Betei. São: a Pre-
sença de Deus, as Promessas de Deus, a Graça de Deus, a Casa de Deus e a
Porta dos céus. São assuntos que animam qualquer servo de Deus. No dia se-
guinte, Jacó "tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em colu-
na, sobre cujo topo entornou azeite" (Génesis 28.18). Nos três lugares que visi-
taram há uma história de pedra. Em Betei foi a pedra quej serviu de travesseiro
que foi feita em coluna como testemunha da graça de Deus para Jacó. Mais
uma vez Eliseu foi provado. "Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor
me enviou para Jericó. Porém ele disse: Tão certo como vive o Senhor e vive a
tua alma, não te deixarei. E assim foram a Jericó" (v. 4). Os discípulos dos pro-
fetas sabiam que Elias seria tirado do seu meio naquele dia e queriam mostrar o
seu conhecimento, porém Eliseu respondeu: "Também eu o sei; calai-vos" (v.
5). O assunto era triste demais para Eliseu.

JERICÓ
Jericó foi a primeira cidade conquistada pelos israelitas na terra de Canaã.
Creio que seria de grande interesse para os dois profetas recordar como foi to-
mada a cidade de Jericó.
1) Foi pela aceitação do novo capitão. Josué estava perto de Jericó,
pensando como podia capturar a cidade, quando apareceu diante dele um ho-
mem que trazia na mão uma espada nua. Josué perguntou-Lhe: "És Tu dos
nossos, ou dos nossos adversários? Respondeu Ele: Não; sou príncipe do
exército do Senhor e acabo de chegar. Então Josué se prostrou sobre o seu
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rosto em terra e O adorou, e disse-Lhe: QUE DIZ MEU SENHOR AO SEU SER-
VO?" (JoSué 5.13 e 14). Josué reconheceu que estava na presença de Deus, se
rendeu a Ele como adorador e se ofereceu como servo humilde, pronto a rece-
ber as ordens do novo capitão, ou seja, o novo general.
2) A vitória foi ganha pela obediência às ordens de Deus. O povo mar-
chou ao redor de Jericó por seis dias e no sétimo dia andar em redor da cidade
sete vezes com a arca de Deus! As ordens não pareciam de bom senso. Os sa-
cerdotes tocaram as trombetas, o povo gritou e os muros de Jericó caíram!
3) "Pela fé ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete
dias" (Hebreus 11.30). Pela história de Jericó, Eliseu podia aprender que a vitó-
ria é ganha pela rendição a Deus sem reservas, pela obediência e pela fé.

O RIO JORDÃO
A lição do Rio Jordão é que Deus cumpre a Sua promessa. Deus pro-
meteu tirar o Seu povo do Egito e levá-lo para a Terra Prometida. Depois que o
povo passou em seco o Rio Jordão, um representante de cada tribo tirou uma
pedra de onde os pés pousaram no caminho pelo rio e em Gilgal fizeram um
monumento com as pedras. Mais uma vez, lemos de pedra. As pedras do muro
de Jericó caíram, mas as pedras tiradas do Rio Jordão servem como uma lição
da fidelidade de Deus. Deus disse: Quando no futuro vossos filhos pergunta-
rem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos
filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão"(Josué 4.21 e 22). O dever
dos pais era ensinar seus filhos a respeito do grande acontecimento da passa-
gem do povo de Israel pelo Rio Jordão.
Mas a lição não é somente para os filhos de Israel porque todos os povos
devem aproveitar esta lição: "Para que todos os povos da terra conheçam que
A MÃO DO SENHOR É FORTE: a fim de que temais ao Senhor vosso Deus to-
dos os dias". (Josué 4.24).
Quando Elias e Eliseu chegaram ao Rio Jordão, a situação em Israel não
podia ser pior. O reino fora dividido, um rei perverso e idólatra estava reinando
em Israel e o povo estava afastado de Deus. Será que Deus tinha mudado?
Será que agora Ele tinha o mesmo poder de quando os israelitas passaram o
Rio Jordão a seco? A chegar ao rio, Elias deu a resposta. Enrolou o seu manto
e bateu com ele no rio. Imediatamente um caminho se abriu no rio, como acon-
teceu com os israelitas no passado, e os dois passaram para a outra banda.
Naquele dia Eliseu aprendeu uma lição preciosa: Deus é o mesmo, pois Ele não
muda. Ele "é o mesmo ontem, hoje e eternamente" (Hebreus 13.8).

-8-
Lição N° 3
A SUBIDA DE ELIAS
Leitura: 2° Reis 2.9 a 18

A saída deste mundo do profeta Elias foi um acontecimento esperado pe-


los seus discípulos, que sabiam que não seria um acontecimento comum por-
que disseram a Eliseu: "Sabes que o Senhor tomará hoje o teu senhor, elevan-
do-o por sobre a tua cabeça?" (v. 3). Cinquenta discípulos dos profetas esta-
vam ajuntados a certa distância de Elias e de Eliseu, de onde puderam ver a
subida de Elias. Diante de Elias havia o Rio Jordão que, para outra pessoa, se-
ria uma barreira muito grande, porém Elias "tomou o seu manto, enrolou-o e fe-
riu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em
seco" (v. 8). Foi o primeiro grande acontecimento que os discípulos dos profe-
tas presenciaram naquele dia e agora esperavam a saída do seu mestre Elias,
que tinha passado o Jordão para a sua terra de Gileade, onde ele nascera e de
onde viera para ser profeta em Israel. Podemos imaginar a cena da outra banda
do Jordão onde os dois profetas, Elias e Eliseu, pararam. Elias virou-se para Eli-
seu e disse-lhe: "Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado
de ti" (v. 9).

"QUE DESEJAS?"
A resposta a esta pergunta revela o caráter e o alvo da pessoa que res-
ponde. Vamos fazer a pergunta a nós mesmos: "O QUE EU QUERO MAIS DO
QUE OUTRA COISA QUALQUER NO MUNDO?" Pela resposta sabe-se que tipo
de pessoa ela é. Outros responderam de diversas maneiras a esta pergunta.
• O CEGO DE JERICÓ. Quando o Senhor Jesus lhe perguntou: "Que
queres que Eu te faça?", o cego respondeu: "Que eu torne a ver" (Marcos
10.51). Ele sentiu a sua necessidade física mais do que qualquer outra coisa.
• O REI SALOMÃO, ao subir ao trono, sentiu a sua falta de entendimento
e de sabedoria para governar o povo. Em Gibeon, lhe apareceu o Senhor de
noite em sonhos. Disse-lhe Deus: "Pede-Me o que queres que Eu te dê" (1°
Reis 3.8). Salomão respondeu: "Dá, pois, ao Teu servo coração compreensivo
para julgar a Teu povo, para que discirna entre o bem e o mal" (1° Reis 3.9). Sa-
lomão tornou-se conhecido pela sua grande sabedoria, porém faltou-lhe o ele-
mento espiritual e desviou-se do caminho de Deus.
• O pedido do REI DAVI foi diferente. Em Salmo 27.4 ele disse: "UMA
COISA PEÇO AO SENHOR E A BUSCAREI: QUE EU POSSA MORAR NA CASA
DO SENHOR TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA, PARA CONTEMPLAR A BELE-
ZA DO SENHOR E MEDITAR NO SEU TEMPLO". Este desejo é espiritual e do
coração.
• O pedido de ELISEU foi louvável. Eliseu respondeu a Elias: "Peço-te que
-9-
ME TOQUE POR HERANÇA PORÇÃO DOBRADA DO TEU ESPÍRITO". Elias, pa-
ra quem nada era difícil, achou o pedido de Eliseu muito duro e difícil. Disse-lhe:
"Se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará" (2° Reis 2.10).

ELIAS PROVOU ELISEU MAIS UM VEZ


Provou Eliseu para saber o que ele desejava mais no mundo e agora mais
uma vez ele prova o seu discípulo exigindo-lhe uma condição e, para cumpri-la,
precisaria segui-lo até ao fim.

O PEDIDO DE ELISEU
"Peço-te que me toque POR HERANÇA PORÇÃO DOBRADA DO TEU
ESPÍRITO". Eliseu pediu a herança do primogénito, que é porção dobrada
(Deuteronômio 21.17).

A SUBIDA DE ELIAS
"Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de
fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho" (v. 11).
Eliseu cumpriu a condição exigida para receber a porção dobrada do
espírito de seu mestre. Ele viu Elias subir num redemoinho: "Vendo Eliseu, cla-
mou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!" (v. 12). Eliseu mos-
trou a sua tristeza: "E, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes"
(2.12).

O MANTO DE ELIAS
Elias deixou cair o seu manto, o qual Eliseu tomou e voltou à beira do Rio
Jordão. Eliseu foi chamado para ser discípulo de Elias quando ele sentiu o man-
to cair sobre os seus ombros, mas, na subida de Elias, o manto caído simboli-
zava a entrega da MISSÃO de profeta a Eliseu, que precisaria de poder para
cumprir a sua missão. Isto ele recebeu ao exercer a sua missão. Ao chegar ao
Rio Jordão, ele "tomou o manto que Elias deixou cair, feriu as águas e disse:
Onde está o Senhor, Deus de Elias?" (v. 14).
A mesma coisa aconteceu quando Elias feriu as águas e se abriu um ca-
minho no rio e Eliseu passou para a outra banda em seco. Ele recebeu a
missão e o poder de cumpri-la. Os discípulos dos profetas, que estavam defron-
te de Jericó, naquele momento reconheceram Eliseu como sucessor de Elias e
disseram: "O espírito de Elias repousa sobre Eliseu" (v. 13).

QUAL É O ENSINO DESTE ACONTECIMENTO PARA NÓS?


Pela subida de Elias podemos aprender algumas lições da subida ao céu
do Senhor Jesus e o que Ele deixou para os Seus discípulos. O nosso Mestre, o
Senhor Jesus, informou os Seus discípulos da Sua partida deste mundo (João
-10-
14.2). Depois da Sua ressurreição, Ele subiu ao céu, deixando o Seu manto pa-
ra nós. Como o manto signfica.uma missão, o Senhor Jesus deixou para os
Seus discípulos, nesta época da graça de Deus, uma missão de grande bênção
para o povo deste mundo e de grande responsabilidade para nós. Ele cumpriu
a Sua missão de salvação e agora deixou para nós a missão de propagá-la a
todos os povos (Mateus 28.18 a 20).

O MANTO QUE O SENHOR JESUS DEIXOU PARA NÓS É O TESTEMUNHO


DELE
Antes de subir ao céu, Ele disse aos Seus discípulos: "Recebereis poder,
ao descer sobre vós o Espírito Santo e SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS tanto
em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Di-
tas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem O
encobriu dos seus olhos" (Atos 1.8 e 9).
O Senhor Jesus subiu aos céus e um dos resultados da Sua subida é que
o Espírito Santo foi dado no dia de Pentecoste, para ficar com o crente para to-
do sempre (João 14.16 e 17). A tarefa de evangelizar o mundo é muito grande.
O trabalho do serviço de Deus é espiritual. Como podia aquele grupo de cren-
tes no dia de Pentecoste cumprir a sua missão de evangelizar e ensinar, enfren-
tando a oposição muito grande e feroz do paganismo e as religiões dos ho-
mens? A Igreja Primitiva e nós, hoje em dia, não temos recebido a porção do-
brada do espírito de Elias, mas sim, o Espírito Santo, prometido pelo Senhor
Jesus antes de subir ao céu. O Senhor Jesus disse: "Recebereis PODER, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas" (Atos 1.8).
Sem o Espírito Santo não seria possível fazer o serviço de Deus e cumprir a
nossa missão.

O DEUS DE ELIAS
Quando Eliseu feriu as águas do Rio Jordão com o manto de Elias, ele
disse: "Onde está o Deus de Elias?" A expressão "o Deus de Elias" é interes-
sante. O povo estava sem o conhecimento de Deus e somente podia saber
quem é Deus pela vida de Seu servo. O Deus segundo Elias era o Deus pode-
roso. Que conceito de nosso Deus tem o povo, ao olhar para a nossa vida? Ele
é o Deus poderoso ou o Deus fraco?
Quando Eliseu saiu do Rio Jordão, os discípulos dos profetas tinham pre-
senciado tudo. A reação deles à subida de Elias mostra a sua falta de conheci-
mento. Eles disseram a Elias: "Eis que entre os teus servos há cinquenta ho-
mens valentes; ora deixa-os ir em procura do teu senhor; pode ser que o Espíri-
to do Senhor o tivesse levado e lançado nalgum dos montes, ou nalgum dos va-
les. Porém ele respondeu: Não os envieis" (2.16).
Pela sua insistência, Eliseu deu-lhes permissão para procurarem o corpo
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de Elias, mas, quando voltaram, três dias depois, sem o achar, Eliseu os repre-
endeu, dizendo: "Não vos disse que não fôsseis?" (v. 18). Eles não esperavam
que o corpo entrasse no céu, mas somente a sua alma, e pensavam que o
Espírito tivesse levado o seu corpo e o tivesse lançado num monte ou num vale,
enquanto a alma entrava no céu.
Sabemos "que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus" (1a
Coríntios 15.50). Ao entrar no céu, o corpo de Elias foi transformado num corpo
de glória. No Monte da transfiguração, Moisés e Elias apareceram com o Se-
nhor em glória. "Eis que dois varões falavam com Ele, Moisés e Elias. Os quais
aparecerem em glória" (Lucas 9.30 e 31).
O ensino do arrebatamento foi estranho aos discípulos dos profetas e o
ensino do arrebatamento da Igreja não se encontra no Velho Testamento. Antes
de Elias, somente um homem foi levado para ò céu sem morrer. Em Hebreus
11.5 lemos: "Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado
porque Deus o trasladara". Não foi um arrebatamento espetacular como o de
Elias, pois Enoque simplesmente desapareceu e não foi achado. Assim, o povo
nada sabia de como acontecera e, por isso, os discípulos dos profetas não sa-
biam como Enoque fora trasladado.
Os crentes que estiverem aqui na terra quando Cristo vier para buscar a
Sua Igreja serão arrebatados, como o apóstolo Paulo escreveu em 1a Tessalo-
nicenses 4.16 e 17, onde lemos: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua pa-
lavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, des-
cerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vi-
vos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o
Senhor".

Lição N° 4
ELISEU EM JERICÓ E BETEL
Leitura: 2° Reis 2.19 a 25

O profeta Eliseu, depois da sua despedida de Elias, tomou o manto caído


na terra e voltou pelo mesmo caminho por onde aquele dia andou com Elias.
Passou pelo Rio Jordão, ficou algum tempo na cidade de Jericó e depois visitou
Betei e o Carmelo, indo para Samaria. Eliseu veio pelo mesmo caminho que Jo-
sué e o povo de Israel passaram para a Terra Prometida, chegando à cidade de
Jericó. Assim, a missão de Eliseu foi bem diferente da missão de Josué. Josué
destruiu a cidade, enquanto que Eliseu veio para trazer bênção àquele povo. O
povo de Jericó era rebelde a Deus e a cidade foi destinada ao julgamento de
Deus. Também foi amaldiçoada por Deus (Josué 6.26 e 1° Reis 16.34). Em tudo
-12-
isto, Jericó pode representar este mundo.

A SITUAÇÃO DE JERICÓ NÃO ERA BOA QUANDO ELISEU CHEGOU ALI


Quando Moisés, um pouco antes de sua morte, do Monte Nebo avistou
Jericó, ele viu a cidade das palmeiras na fértil planície do Jordão. O nome Jericó
significa "fragrância", porém, quando Eliseu chegou, a cidade não era fragrante
e nem fértil. "Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é bem situada
esta cidade, como vê o meu senhor, porém as águas são más e a terra é esté-
ril" (2° Reis 2.19). As águas que se tornaram amargas e poluídas contaminaram
a cidade de tal forma que a terra ficou estéril: não produzia nada e ficou deser-
ta. É um quadro fiel deste mundo em que vivemos. Deus criou este mundo per-
feito e bonito, produzindo tudo para o bem-estar do homem, porém, pela entra-
da do pecado no mundo, a criação de Deus está sendo poluída.

A ORIGEM DO MAL FOI A FONTE


O manancial poluía e envenenava a terra de tal forma que não produzia
vegetação, mas espalhava somente a morte. Sabemos que águas poluídas ge-
ram a morte.
Em nossos dias, o Rio Tamisa (em Londres) ficou tão poluído que todos os
peixes morreram. O governo acabou com a poluição e agora as águas do Ta-
misa são limpas e boas, e os peixes já voltaram.

QUAL É A FONTE QUE ESTÁ POLUINDO ESTE MUNDO?


O próprio homem é a fonte contaminada. Ao invés de pensar na poluição
material, vamos pensar numa poluição pior: a poluição moral e espiritual que se
espalha no mundo inteiro pela TV, pelas revistas, por homens imorais e corrup-
tos. Há também a poluição de heresias que contaminam o povo e combatem a
verdade. Qual é o remédio? Os fariseus receitaram ritos de lavar as mãos e o
corpo, mas com isto somente o exterior é lavado. O Senhor Jesus, ao falar aos
fariseus e escribas, disse: "O que sai da boca vem do coração, e é isso que
contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicí-
dios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfémias. São estas
as cousas que contaminam o homem" (Mateus 15.18 a 20).

O QUE FEZ ELISEU PARA PURIFICAR A ÁGUA?


"Ele disse: Trazei-me um prato novo e ponde nele sal. E lho trouxeram.
Então saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o
Senhor: Tornei saudáveis a estas águas; já não procederá daí morte nem esteri-
lidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas até ao dia de hoje, segundo a
palavra que Eliseu havia dito" (2° Reis 2.20 a 22). O prato novo com sal não pa-
rece ser o remédio para uma fonte contaminada. Ninguém faria isto hoje em dia.
-13-
Fica bem patente que foi um milagre, mas também as figuras têm uma lição pa-
ra nós.

O PRATO NOVO E O SAL SÃO DUAS FIGURAS DO SENHOR JESUS


O prato novo simboliza a graça de Jesus Cristo e o sal simboliza a Sua
verdade.
"A lei foi dada por intermédio de Moisés; A GRAÇA E A VERDADE VIERAM
por meio de Jesus Cristo" (João 1.17). A lei poderia ter sido dada por outra
pessoa e não exclusivamente por Moisés, porém, sem o Senhor Jesus, não po-
de haver GRAÇA e nem VERDADE. Tire-se Moisés da lei e ela permanece com
todo o seu poder, mas tire-se Cristo do Evangelho e não teremos nem graça e
nem verdade para os homens.

O PRATO NOVO
O prato era feito de barro na olaria e é figura do corpo humano. O apóstolo
Paulo em 2a Coríntios 4.7 comparou o nosso corpo a um vaso de barro. Ele es-
creveu: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro". O prato novo simbo-
liza a humanidade de Cristo. O apóstolo Paulo escreveu: "Conheceis a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós" (2a
Coríntios 8.9). Ficamos admirados pelo amor de Cristo, pois Ele, sendo Deus,
se tornou homem.
A BÊNÇÃO FOI APENAS POR UM PRATO NOVO. Qualquer prato não ser-
via. O Senhor é homem, mas um homem novo, um homem diferente dos de-
mais. Lemos na Bíblia de três tipos de corpo humano: a) O corpo inocente de
Adão e de Eva; b) O corpo do pecado que todos nós temos, isto é, uma nature-
za pecaminosa; c) O corpo de Cristo, perfeito e sem pecado. O escritor da carta
aos Hebreus citou um Salmo Messiânico, que se refere ao corpo de Cristo: "An-
tes um corpo Me formaste" (Hebreus 10.5). O corpo do Senhor Jesus foi forma-
do por milagre e era um corpo sem a nossa natureza pecaminosa.

SAL FOI COLOCADO NO PRATO NOVO


Sal é figura dá verdade. O uso figurativo se encontra em Colossenses 4.6:
"A vossa palavra seja sempre agradável, TEMPERADA COM SAL". Isto quer di-
zer: palavras agradáveis, mas sempre falando a verdade. O prato com sal re-
presenta a vida do Senhor Jesus cheia de bênção para o povo e que nunca sa-
crificou a verdade.
Notamos três aspectos da verdade quanto ao homem:
a) A verdade da necessidade do homem se arrepender e reconhecer que
é pecador.
b) A necesidade da morte de Cristo para fazer expiação dos pecados. A
verdade e a justiça de Deus foram satisfeitas na cruz e somente pela aceitação
-14-
daquela obra expiatória é que o homem pode ser salvo.
c) A necessidade de crer nEle, que disse: "Eu sou o caminho, e a VER-
DADE, e ávida. Ninguém vem aç Pai senão por Mim" (João 14.6).
No caso da fonte de Jericó, era preciso aplicar o remédio e, uma vez este
lançado na fonte, fez-se a transformação.

ELISEU TAMBÉM VISITOU BETEL


Não foi uma visita agradável, por causa da oposição a Deus naquela cida-
de. O significado do nome Betei é "Casa de Deus", mas, naquele tempo que
Eliseu visitou Betei, a cidade tinha-se tornado um centro de idolatria. Jeroboão,
o filho de Nebate, colocou um bezerro de ouío em Da e outro em Betei, nas
duas extremidades do país, para o povo adorar os ídolos. Betei tornou-se, pois,
um centro de idolatria. O povo da cidade sabia o que acontecera com Elias e
que Eliseu agora era profeta em seu lugar.
Alguns rapazes saíram da cidade para fazer-lhe oposição e para zombar
dele, dizendo: "Sobe, calvo; sobe, calvo" (2.23). Por estas palavras sabemos
que Eliseu era calvo. Não somente mostraram desrespeito ao profeta, mas
também a sua incredulidade. Mostraram não somente oposição a Elias, mas
também a Deus. Eliseu virou-se para trás e pronunciou uma maldição sobre
eles em nome do Senhor.
Julgamento veio de repente sobre aqueles zombadores. Duas ursas saí-
ram do bosque e despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes. Certas
pessoas acham que o castigo sobre aqueles rapazes, que não eram meninos,
foi severo demais. Tais pessoas não conhecem a seriedade da revolta contra
Deus e que não somente aqueles rapazes, mas todos os, que se revoltam con-
tra Deus e contra Cristo serão julgados. Devemos notar que o castigo foi dado
pelo próprio Deus.
Parece que Eliseu estava somente passando pela cidade de Betei, pois
não havia lugar para ele naquela cidade. Descobrimos que prosseguiu e foi pa-
ra o Monte Carmelo e dali para Samaria, onde ele fixou a sua residência.

Lição N° 5
O SEGREDO DA BÊNÇÃO
Leitura: 2° Reis 3.1 a 20

Josafá, rei de Judá, era homem piedoso e temente a Deus, mas, ao mes-
mo tempo, faltava-lhe prudência e em duas ocasiões correu perigo e se achou
em situações difíceis por causa do jugo desigual. Enquanto Josafá reinava em
Jerusalém sobre as tribos de Judá e de Benjamim, Jorão, filho de Acabe, reina-
va em Samaria sobre as dez tribos de Israel. Jorão era idólatra e perverso, se-
-15-
guindo o exemplo de seu pai Acabe e de sua mãe Jezabel. Havia um contraste
muito grande entre os dois reis. Josafá era piedoso e temente a Deus, mas
Joráo era idólatra e perverso. Fica bem patente que a amizade e a aliança entre
os dois reis não podia dar certo. O jugo desigual é proibido por Deus.

JOSAFÁ NÃO APRENDEU A LIÇÃO


O rei Jorão mandou dizer ao rei Josafá: "O rei de Moabe se revoltou contra
mim; irás tu comigo à guerra contra Moabe?" (v. 7). Josafá respondeu com as
mesmas palavras que disse ao rei Acabe e que, como resultado, quase perdeu
a sua vida (1° Reis 22.4). Acabe entrou na peleja disfarçado, enquanto que Jo-
safá, seguindo a sugestão de Acabe, vestiu-se com seus trajes reais. O inimigo,
pensando que fosse o rei Acabe, concentrou a peleja contra Josafá, que ficou
muito apertado e em perigo de vida. Ele gritou e logo os capitães siros, vendo
que tinham sido enganados, deixaram de perseguir Josafá. Acabe foi morto na-
quela batalha (1° Reis 22.34).
Josafá, quando convidado para se unir com Jorão, o filho de Acabe, dis-
se-lhe as mesmas palavras que havia dito a seu pai:"Subirei; serei como tu és,
o meu povo como o teu povo, os meus cavalos como os teus cavalos" (v. 7).
Nenhum homem piedoso devia dirigir estas palavras a um homem perverso e
idólatra. Ele não tinha aprendido a lição com a sua experiência de jugo desi-
gual, quando quase perdeu a sua vida com Acabe.

OS DOIS REIS DEIXARAM DEUS FORA DE SEUS PLANOS


Na vida espiritual, Josafá estava piorando. Quando ele resolveu entrar na
peleja com Acabe, ele fez questão de pedir a direçao de Deus, mas agora ele
tomou a decisão de combater os moabitas junto com Jorão sem pedir a direçao
de Deus. Isto acontece com alguém que desobedece a Palavra de Deus. Preju-
dica sua vida espiritual e o moral enfraquece.
O exército de um rei piedoso e o de um rei perverso e idólatra marcharam
juntos para a batalha. Estamos vendo a mesma confusão no Cristianismo hoje
em dia. Os que confessam o Nome de Cristo, mas não são convertidos, se
unem com os inimigos de Cristo e da Sua Palavra e entram em associação com
os idólatras e com as religiões humanas.

UMA SITUAÇÃO COMPLICADA


Por causa da decisão dos dois reis de andar juntos e deixar Deus fora
de seus planos, eles se acharam em apuros.
O rei de Edom, o inimigo do povo de Deus, com o seu exército também
marchou com eles. "Partiram o rei de Israel, o rei de Judá e o rei de Edom; após
sete dias de marcha não havia água para o exército e para o gado que os se-
guiam" (v. 9). Nesta situação trágica notamos a atitude do rei Jorão. Ele lançou
-16-
a culpa em Deus e disse: "Aí! que o Senhor chamou estes três reis, para os en-
tregar nas mãos de Moabe" (v. 10). Homens sem Deus fazem a maior confusão
no mundo e depois lançam a culpa em Deus, que nada tem com o negócio. Jo-
safá, agora num aperto do qual ele por si mesmo não podia sair, lembrou-se de
Deus e disse: "Não ha aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao
Senhor por ele?" (v. 11). É pena que não se lembrasse de consultar ao Senhor
antes!
Foram informados que o profeta Eliseu estava perto e desceram a ter com
ele. Eliseu não deu confiança ao rei Jorão e disse-lhe: "Que tenho eu contigo?
Vai aos profetas de teu pai e aos profetas de tua mãe" (v. 13). Acrescentou Eli-
seu: "Tão certo como vive o Senhor dos Exércitos, em cuja presença estou, se
eu não respeitasse a presença de Josafá, rei de Judá, não te daria atenção,
nem te contemplaria" (v. 14).

ELISEU DEU UMA ORDEM INESPERADA QUE, APARENTEMENTE, NADA


TINHA A VER COM AQUELA SITUAÇÃO
Disse Eliseu: "Trazei-me um tangedor" (v. 15). Os soldados estavam pres-
tes a morrer de sede e o inimigo ganharia uma vitória sem fazer esforço algum.
Apesar disto, Eliseu mandou trazer um tocador de instrumentos. Foi do que
precisava aquele exército. Sabemos que todos os exércitos têm uma banda de
música para animar os soldados quando estão marchando. Estavam desani-
mados e como um rebanho de ovelhas indo para o matadouro, mas, ouvindo o
som da música, eles se animaram.

QUAL É O SIGNIFICADO PARA NÓS?


Apesar do fato que os reis eram os culpados pela calamidade, Deus so-
correu aquele povo. Não merecia o socorro, mas Deus queria que o Seu povo
tivesse novamente plena comunhão com Ele.

VAMOS CONSIDERAR TRÊS PONTOS PRINCIPAIS DESTA HISTÓRIA


1) O MÚSICO. Não sabemos o nome do músico que tocou o seu instru-
mento, mas nós sabemos, no caso do povo de Deus hoje em dia, que Ele é o
Espírito Santo. Embora invisível, Ele veio para tomar o lugar do Senhor Jesus e
habitar em nós como Consolador, para testificar do Senhor Jesus e para O glo-
rificar.
Um dos objetivos do Espírito Santo é produzir a harmonia, isto é, a
música entre Deus e Seu povo.
Esta harmonia chama-se COMUNHÃO, que é a comunicação entre Deus e
o crente, e produz alegria e gozo de coração. Davi, o grande tangedor e músi-
co, sentiu a necessidade da restauração da comunhão com Deus. Ele escre-
veu: "Restaura-me a alma" (Salmo 23.3). A comunhão com Deus é como um fio,
-17-
táo frágil que é fácil arrebentar. Pode-se perder a comunhão com Deus pelo pe-
cado, pela negligência de oração ou da meditação da Palavra de Deus ou por
falta de dar um testemunho.
Não é somente o salmista que precisava da restauração da alma. O Espíri-
to Santo faz este serviço, aplicando a Palavra de Deus e as Suas mensagens ao
nosso coração. Ele é o Tangedor Divino.
2) A MÚSICA. Em Gaiatas, o apóstolo Paulo fala do trabalho do Espírito
Santo sob outra figura: "O fruto do Espírito é: amor, ALEGRIA,..." (Gaiatas 5.22).
O ensino do Novo Testamento é que o crente deve ter gozo e alegria e, sem
alegria, o cristão não representa bem a fé cristã. No nascimento do Senhor Je-
sus o anjo anunciou: "Boa nova de grande alegria" (Lucas 2.10). O eunuco, de-
pois de crer em Cristo, "foi seguindo o seu caminho cheio de júbilo [alegria]"
(Atos 8.39). O apóstolo Pedro escreveu da alegria dos crentes que estavam
passando por provações (1a Pedro 1.6). Paulo e Silas, na prisão de Filipos so-
freram, mas se alegraram e cantaram (Atos 16.12). Paulo exortou os crentes em
Filipos: "Alegrai-vos sempre no Senhor" (Filipenses 4.4).
Em Romanos 14.17 lemos de "alegria no Espírito Santo". Ele é o Tangedor
Divino. Por que existem crentes sem alegria? O Espírito Santo está no crente,
mas este pode perder o gozo da salvação. No Salmo 51.12, Davi pediu a Deus:
"Restaura-me O GOZO da minha salvação". Será que a alegria tem importân-
cia? Em Neemias 8.10 lemos: "A alegria do Senhor é a nossa força".
3) A MENSAGEM. Enquanto o tangedor tocava o instrumento o poder
veio sobre Eliseu e ele disse: "FAZEI NESTE VALE COVAS E COVAS"(v. 16) ou
VALETAS E VALETAS. Não parecia uma ordem de bom senso. Os soldados fo-
ram lá para guerrear, mas receberam a ordem para cavar valas ou canais.
A MENSAGEM FOI DE DEUS E EXIGIU DUAS COISAS: OBEDIÊNCIA E FÉ.
A maneira de agir parecia tolice, mas Deus age de uma maneira diferente da
maneira do homem. Parecia uma brincadeira quando o povo de Israel rodeou a
cidade de Jericó por sete dias. Parecia que a única esperança dos três exérci-
tos era chuva, mas no deserto isto é muito difícil.
A BÊNÇÃO NÁO VIRIA DE MANEIRA NATURAL, isto é, pela chuva Eliseu
disse: "Não sentireis vento, nem vereis chuva; todavia este vale se encherá de
tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais" (v. 17).

A BÊNÇÃO VEIO DE MANEIRA ESPECIAL E SIGNIFICATIVA PARA NÓS


1) Veio pela obediência à Palavra de Deus. "Fazei neste vale covas e
covas". Desta maneira podemos conseguir a bênção.
2) Veio pela fé. Sem a fé eles não cavariam aquelas valetas. A bênção de
Deus é pela fé.
3) A bênção veio pelos canais ou valetas que cavaram. "Pela manhã ao
apresentar-se a oferta de manjares, eis que vinham as águas pelo caminho de
-18-
Edom: e a terra se encheu de água" (v. 20). A bênção veio milagrosamente,
mas somente pelos canais feitos pelos homens. Isto é muito significativo para
nós.

A BÊNÇÃO VEIO PELOS CANAIS E ESTE É O MEIO QUE DEUS ESCOLHEU


PARA TRAZER BÊNÇÃO PARA ESTE MUNDO
Deus podia ter feito o Seu serviço sozinho, mas Ele não quer fazer isto. Ele
quer usar instrumentos humanos no Seu serviço. Ele não escolheu anjos para
levar o Evangelho ao povo deste mundo. Ele escolheu pessoas salvas pela Sua
graça. Deus tem recursos suficientes para a necessidade do ser humano, mas
faltam canais para conduzir as bênçãos divinas até o homem. Através dos sécu-
los, Deus tem levantado homens dedicados, homens que Ele podia usar como
canais para derramar as Suas bênçãos para os sedentos espirituais. Deus so-
mente pode usar canais limpos no Seu serviço.
A mensagem de Deus também foi de vitória sobre os moabitas (w. 18 e
19). A bênção para nós não é somente em relação a saciar a sede espiritual,
mas também em relação à vitória.

A HORA DA BÊNÇÃO
"Pela manhã ao apresentar-se a oferta de manjares, eis que vinham as
águas pelo caminho de Edom: e a terra se encheu de água" (v. 20). O serviço
do templo e os sacrifícios são figuras do Senhor Jesus. As bênçãos são somen-
te por Ele e pela Sua morte na cruz. Ele pode saciar a sede espiritual e dar-nos
a vitória.

Lição N° 6
A BOTIJA DE AZEITE
Leitura: 2° Reis 4.1 a 7

O sentido do nome Eliseu é "Deus é salvação" e é a chave do entendi-


mento das obras de Eliseu. Já temos pensado na salvação de uma cidade (Je-
ricó), livrando-a da poluição das águas, e na salvação no campo de batalha.
Agora veremos salvação no lar.

ERA UM LAR EM CRISE


O sustentador do lar, um discípulo dos profetas, morrera, deixando a viúva
e dois.filhos. Foi um golpe cruel porque, naquele tempo, para uma viúva o sus-
tento era muito difícil. Devido às dificuldades, ela contraiu uma dívida que não
podia pagar. O credor veio e sem misericórdia tirou tudo o que ele achava que
tinha valor na casa dela, mas ainda não conseguiu saldar a sua dívida Agora o
-19-
credor vinha para levar os dois filhos como escravos em pagamento da dívida.
Este foi um golpe insuportável pela tristeza de ver seus filhos na escravidão e,
além disso, ela ficaria sem o amparo dos seus filhos no futuro. Parece que o seu
problema estava sem solução.
Somente quando a situação ficou impossível é que ela clamou ao profeta
Eliseu, dizendo: "Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao
Senhor. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem es-
cravos" (v. 1). Aquele lar foi afligido pela morte, pela dívida e pela ameaça de
escravidão. Esta é a situação espiritual em muitos lares hoje em dia.
A casa da viúva apresentou uma situação de destituição. "Eliseu lhe per-
guntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu:
Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite" (v. 2). Ò credor
tinha levado tudo de valor dentro da casa da viúva e tinha deixado somente
uma botija de azeite. A botija era de barro e, como havia fartura de azeite em Is-
rael, não valia a pena levar a botija. O credor desprezou a botija, mas ela tinha
valor para Eliseu.

A BOTIJA DE AZEITE DESPREZADA É FIGURA DO SENHOR JESUS CRIS-


TO
Na lição sobre Jericó temos pensado no prato de barro que Eliseu usou
para purificar a água da fonte de Jericó. Simboliza a humanidade, ou seja, o
corpo do Senhor Jesus. Mais uma vez a mesma figura se apresenta aqui como
uma botija de barro. Admiramos o amor de Deus que levou o Senhor Jesus a
deixar a glória para se tornar homem como nós, menos no pecado.
Assim como aquela botija foi desprezada, o Senhor Jesus também foi
desprezado e rejeitado. O profeta Isaías escreveu: "Não tinha aparência nem
formosura; olhamo-IO, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era
desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o
que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era despre-
zado e dEle não fizemos caso" (Isaías 53.3 e 4). Apesar do Senhor Jesus de-
monstrar que é Deus, o povo não reconheceu este fato, mas não teve dúvidas a
respeito da Sua humanidade. Depois de Jesus operar muitos milagres, o povo
somente reconheceu o Senhor Jesus como homem. Eles falaram: "Não é este o
filho do carpinteiro? Não se chama Sua mãe Maria, e Seus irmãos Tiago, José,
Simão.e Judas? Não vivem entre nós todas as Suas irmãs?" (Mateus 13.55 e
56).

A BOTIJA SIMBOLIZA A VIDA DO SENHOR JESUS, MAS NÃO ERA UMA


BOTIJA VAZIA, POIS TINHA AZEITE
Aprendemos que, para o homem conseguir a graça de Deus, era preciso a
encarnação do Filho de Deus. A vida de Jesus Cristo não pode salvar ninguém,
-20-
assim como a botija sem azeite não podia resolver o problema. Da mesma ma-
neira, sem a morte do Senhor Jesus fazendo expiação pelos nossos pecados,
não podemos alcançar a graça de Deus.

DEVEMOS PENSAR NO PROCESSO POR QUE PASSA A AZEITONA PARA


SE TORNAR AZEITE
A azeitona é esmagada para poder sair o azeite. É uma das figuras dos
sofrimentos e da obra redentora efetuada por Cristo na cruz, pela qual a dívida
do pecado foi paga e quem crê em Cristo como Salvador é libertado da escra-
vidão do pecado e de Satanás. É somente pela morte do Senhor Jesus na cruz
que podemos gozar a graça de Deus e conseguir a solução do problema do
pecado.

O QUE PRECISARAM FAZER PARA ALCANÇAR A SOLUÇÃO DE SEU PRO-


BLEMA?
Eliseu deu uma ordem à viúva: "Vai, pede emprestadas vasilhas a todos
os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas" (v. 3). O profeta exigiu duas coi-
sas: a) Vasilhas vazias; b) Não poucas vazias.
1) VASILHAS VAZIAS. Não podia haver mistura. Podiam trazer vasilhas de
todos os tamanhos e de todos os tipos, mas não podia haver qualquer líquido
nelas, nem qualquer mistura.
A salvação de Deus não admite mistura porque a obra de Cristo é
completa e é suficiente para salvar o pecador. Acrescentando-se qualquer
rito ou qualquer lei, adultera-se o Evangelho.
Um dos grandes obstáculos para a salvação é o pensamento que é preci-
so fazer alguma coisa para merecer a salvação. Mas nós não podemos fazer
coisa alguma para merecer a salvação. Augusto Toplady, no seu hino, expres-
sou bem esta verdade:
Nada trago a Ti, Senhor; Conto só com Teu amor.
De perdão indigno sou E sem Ti perdido estou,
Mas Teu sangue, ó Salvador, Lava o pobre pecador.
(HeC 123)
2) Disse Eliseu: "Pede emprestadas vasilhas a TODOS os teus vizinhos;
vasilhas vazias, NÃO POUCAS". O Evangelho da graça de Deus não se esgota,
mas pode suprir todas as necessidades espirituais. Ó Evangelho é para todos
os povos, para todas as raças e para todas as classes de pessoas. E para toda
criatura. Eliseu disse à mulher: "Então entra e fecha a porta sobre ti e sobre
teus filhos e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que es-
tiver cheia" (v. 4).
A viúva obedeceu e, à medida que os filhos chegavam com as vasilhas,
ela as enchia até faltarem vasilhas. Então ela disse ao filho: "Chega-me aqui
-21-
mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite
parou" (v. 6). O azeite somente parou quando não havia mais vasilhas.

A PROVISÃO FOI SUFICIENTE PARA O PASSADO, PARA O PRESENTE E


PÁRA O FUTURO
Foi suficiente para todas as necessidades. "Então foi ela e fez saber ao
homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida e tu e teus fi-
lhos vivei do resto" (v. 7). A dívida do passado foi liquidada, a necessidade do
presente foi suprida e o futuro, com todas as eventualidades, não os amedron-
tava porque a provisão foi ampla e suficiente para o futuro.
O Evangelho de Jesus Cristo resolve a nossa dívida do passado, dá poder
para viver no presente e para o crente em Cristo haverá um futuro de glória com
Cristo.

Lição N° 7
A SUNAMITA
Leitura: 2° Reis 4.8 a 37

O lar é também o assunto desta lição. É o lar de um mulher chamada a


sunamita, porque morava e possuía uma propriedade num lugar chamado
Suném. A situação dela era muito diferente da situação da viúva cujo lar estu-
damos na lição n° 6. Ainda assim, havia necessidades no lar da sunamita que
só Deus podia suprir. Era rica, casada, mas só ela da sua família se destaca nas
Sagradas Escrituras. Era uma senhora distinta, bondosa, hospitaleira e cada
vez que o profeta Eliseu passava por Suném ela o constrangia a comer pão em
sua casa.
Por estes encontros ela chegou à conclusão que Eliseu era homem de
Deus e disse ao seu marido: "Vejo que este que passa sempre por nós é santo
homem de Deus". Ela notou que Eliseu era um homem diferente dos demais.
A atitude da sunamita para com Deus pode ser julgada pela sua atitude
para com Eliseu. Ela queria beneficiar o servo de Deus e disse ao seu marido:
"Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponha-
mos-lhe .nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele
vier à nossa casa retirar-se-á para ali" (v. 10).
Ela não queria hospedar Eliseu dentro da sua própria casa, mas mandou
fazer um quarto fora, talvez pensando que a solidão seria melhor para o homem
de Deus. Assim, há gente que quer fazer algum benefício para o Evangelho,
mas não deixa Cristo entrar no seu coração e na sua vida.

-22-
ELISEU ACEITOU A ACOMODAÇÃO OFERECIDA PELA SUNAMITA E QUIS
RETRIBUIR A SUA BONDADE
Eliseu enviou um recado à. sunamita: "Eis que tu nos tens tratado com
muita abnegação, que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale
a teu favor ao rei, ou ao comandante do exército?" (v. 13).

A AUTO-SUFICIÊNCIA
A mulher deu uma resposta orgulhosa: "Habito no meio do meu povo" (v.
13). O que ela realmente estava dizendo é: "Não tenho necessidade de nada.
Não preciso de sua ajuda". Embora ela se tenha expressado de uma maneira
gentil, ela confiava nas suas possessões e na sua posição entre o seu povo
e não confiava em Deus.
É a mesma atitude dá igreja em Laodicéia, que disse: "Estou rico e abas-
tado, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserá-
vel, pobre, cego e nu" (Apocalipse 3.17).

DEUS CRIOU O HOMEM PARA DEPENDER DELE


Sem Deus o homem não pode existir neste mundo; ainda assim, o homem
quer ser independente de Deus. Ele vive na ilusão que ele pode viver sem Deus,
confiando nos seus próprios recursos. Esta é a essência do pecado. É espírito
de rebeldia contra Deus. Parece que somente quando o homem se encontra
num aperto é que descobre que precisa de Deus. Eliseu, querendo mostrar a
sua gratidão à sunamita, perguntou a seu servo Geazi: "Que se há de fazer por
ela?" Geazi revelou: "Ora ela não tem filho e seu marido é velho" (v. 14). Todas
as mulheres daquele tempo desejavam ter um filho e havia uma falta na vida da
sunamita que a riqueza não lhe podia rfar e que só Deus lhe podia dar. O profe-
ta anunciou-lhe: "Por este tempo, daqui a um ano abraçarás um filho". Ela dis-
se: "Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva". Ela está co-
meçando a descobrir que não é auto-suficiente e que precisa depender de
Deus. A profecia se cumpriu e ela "deu à luz um filho no tempo determinado,
quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera" (v. 17).

ESTE FOI O COMEÇO DE SUA EXPERIÊNCIA COM DEUS


Certo dia, sendo o menino já crescido e estando com o pai no campo, de
repente ficou doente e foi levado à mãe "sobre cujos joelhos ficou assentado
até ao meio-dia, e morreu".
Agora, face a face com a morte, faltaram-lhe recursos, pois nesta situação
os recursos humanos não podem valer. Ela reconheceu que precisava do so-
corro divino e com toda pressa mandou albardar uma jumenta e com um moço
fez a viagem até ao Monte Carmelo à procura do profeta Eliseu.
Ela era rica, mas agora perdeu a sua maior riqueza, o seu filho amado. Ela
-23-
não deu confiança a Geazi e às suas perguntas e lhe respondeu: "Tudo bem".
Num certo sentido, falou a verdade, porque agora confiava em Deus e tinha fé
que o Deus de Eliseu poderia resolver o seu problema.
Ao chegar a Eliseu, não era mais aquela mulher cheia de si. Agora ela lan-
çou-se aos pés de Eliseu e, numa atitude humilde, abraçou-lhe os pés. Geazi
queria arrancá-la, porém Eliseu lhe disse: "Deixa-a porque a sua alma está em
amargura e o Senhor me encobriu e não mo manifestou". Ela logo revelou o
seu problema: "Pedi eu a meu senhor algum filho?". Eliseu logo enviou Geazi
com pressa com a ordem de colocar o bordão de Eliseu sobre o menino, porém
Geazi voltou sem conseguir nada. O menino ainda estava morto.

NOTEMOS A MUDANÇA NA SUNAMITA


Agora a sua esperança está somente em Deus. Ela disse a Eliseu: "Tão
certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. Então ele se levan-
tou e a seguiu" (v. 30). Agora, ela tem fé em Deus e confiança no profeta.
Eliseu, ao chegar ao seu quarto, fechou a porta, orou a Deus, estendeu-se
sobre o menino e a carne do menino se aqueceu. Eliseu levantou-se e mais
uma vez se estendeu sobre o menino. Este espirrou sete vezes e abriu os olhos.
A sunamita, ao receber seu filho vivo, lançou-se aos pés dele, prostrou-se em
terra e, tomando seu filho, saiu.

2° REIS 8.1 A 6
A sunamita foi avisada por Eliseu que haveria uma fome na terra por sete
anos e foi aconselhada pelo profeta a abandonar a sua propriedade na qual, no
passado, ela tinha colocado a sua confiança. "Levantou-se a mulher e fez se-
gundo a palavra do homem de Deus: saiu com os da sua casa e habitou por se-
te anos na terra dos filisteus" (2° Reis 8.2).
A sunamita, que antes confiava em si mesma e nas suas propriedades,
agora passou a confiar somente em Deus e começou a gozar grandes bênçãos
que, de outro modo, seria impossível obter. Pela sua fé em Deus, ela obedeceu
à palavra de Deus e saiu da sua fazenda para morar na terra dos filisteus.
No fim dos sete anos ela voltou para Israel, mas achou a sua fazenda ocu-
pada por outras pessoas. Na sua experiência ela descobriu que em Deus havia
recursos para resolver qualquer problema. Ela confiou na direção de Deus e
agora surgiu o problema da sua fazenda que ela precisava ocupar de novo. Tu-
do estava nas mãos de Deus. Ela confiava na direção de Deus e, por isso, espe-
rava provar os recursos divinos no caso.

A SUNAMITA SAIU A CLAMAR AO REI PELA SUA CASA E PELAS SUAS


TERRAS
É o que lemos em 2° Reis 8.3. Os propósitos de Deus não são adiantados
-24-
nem atrasados, mas Ele age na hora certa. Foi o momento éxato quando a mu-
lher e seu filho chegaram à presença do rei. Naquele momento o rei estava fa-
lando a Geazi, o moço do homem de Deus. Ele disse: "Conta-me, peço-te, to-
das as grandes obras que Eliseu tem feito" (v. 4). "Contava ele ao rei como Eli-
seu restaurara à vida um morto, quando a mulher cujo filho ele havia restaurado
à vida clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então disse Geazi: Ó rei.
meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho a quem Eliseu restaurou à vida"
(v. 5).
O rei interrogou a mulher e ela lhe contou tudo. O filho da sunamita foi
prova do poder de Deus e a mãe uma testemunha perante o rei. Ao ouvir o rei
da manifestação do poder de Deus, ele concedeu à sunamita mais do que ela
pediu: "Então o rei lhe deu um oficial, dizendo: Faze restituir-lhe tudo quanto
era seu, e todas as rendas do campo desde o dia em que deixou a terra até
agora" (v. 6).

Lição N° 8
ELISEU EM GILGAL
Leitura: 2° Reis 4.38 a 44; Mateus 14.13 a 21

No último dia de Elias na terra, ele fez uma viagem em companhia de Eli-
seu que terminou com o seu arrebatamento para o céu. A viagem naquele dia
começou em Gilgal e visitaram três lugares onde havia escolas dos discípulos
dos profetas, onde os profetas ensinavam os seus discípulos, não para ser pro-
fetas, mas sim, para ensinar o povo a respeito do Deus verdadeiro. Estes três
lugares são Gilgal, Betei e Jericó.

O PROFETA ELISEU EM GILGAL


A provisão para os estudantes de Eliseu é o assunto dos dois aconteci-
mentos que ocorreram durante a sua estadia em Gilgal. Os dois acontecimen-
tos terminaram bem. No primeiro, o mal foi corrigido e, no segundo, o bem foi
suprido.

MORTE NA PANELA - 2° Reis 4.38 a 41


Era tempo de escassez e de fome. Os discípulos dos profetas estavam as-
sentados, mas sem nada para comer. Eliseu disse ao seu moço: "Põe a panela
grande ao lume, e faze um cozinhado para os discípulos dos profetas". Alguém
saiu para apanhar legumes no campo. Ele "achou uma trepadeira silvestre e,
colhendo dela, encheu a sua capa de colocíntidas; voltou e cortou-as em peda-
ços, pondo-os na panela, visto que não as conheciam" (2° Reis 4.39). O moço
colheu e cozinhou um fruto que não conhecia Isto não é só imprudente, mas
-25-
também é muito perigoso.

HÁ NECESSIDADE DE TER CUIDADO, TANTO COM O ALIMENTO ESPIRI-


TUAL QUANTO COM O MATERIAL
Nas suas cartas a Timóteo, o apóstolo Paulo exortou o seu colega a tomar
muito cuidado com o seu alimento espiritual. Ele sabia que é muito perigoso fu-
gir do ensino da Palavra de Deus. Ele fez Timóteo lembrar como a sua avó e a
sua mãe lhe ensinavam as Sagradas Escrituras, que formaram a base da sua
vida (2a Timóteo 3. 14 a 17). Escreveu Paulo: "Tem cuidado de ti mesmo e da
doutrina" (1a Timóteo 4.16). Timóteo precisava alimentar-se bem com a Palavra
de Deus e também ter muito cuidado com a doutrina que ele ensinava nas igre-
jas. Aliás, o seu serviço principal era corrigir a doutrina errada nas igrejas.
O moço que apanhou o fruto venenoso de uma trepadeira silvestre, sem
dúvida achou o fruto bonito. Para os imaturos e incautos, as heresias parecem
bonitas. O apóstolo Paulo advertiu Timóteo quanto aos ensinos dos demónios
(1a Timóteo 4.1). O ensino falso pode não somente estragar a vida de uma igre-
ja, mas também acabar com ela.
Felizmente, quando os moços provaram a comida, logo descobriram o pe-
rigo e gritaram: "Morte na panela, ó homem de Deus! E não puderam comer"
(4.40).

QUAL FOI O REMÉDIO?


Eliseu disse: "Trazei farinha. Ele a deitou na panela e disse: Tira de comer
para o povo. E já não havia mal nenhum na panela" (4.41).
Foi um milagre. A farinha é uma figura da vida pura do Senhor Jesus e a
única história autêntica da vida de Jesus Cristo encontra-se em o Novo Testa-
mento. Ele mesmo disse: "Eu sou o caminho, A VERDADE e a vida" (João
14.6).

UMA PROVISÃO EM TEMPO DE NECESSIDADE - 2° Reis 4.42 a 44


Depois de saciar a fome com o cozinhado, não demorou muito tempo e os
discípulos dos profetas haviam de precisar de uma outra refeição e a falta de
alimentos em Israel continuava, pois a fome profetizada por Eliseu havia de du-
rar sete anos. Mas Deus é fiel e de diversas maneiras sustenta o Seu povo; às
vezes, duma maneira que não se espera, como, por exemplo, pelos corvos (1°
Reis 17.6) ou por uma viúva sem recursos (1° Reis 17.8) ou como na primeira
parte desta lição.
Agora, mais uma vez, Deus supre a falta de alimentos para os Seus ser-
vos, mas duma maneira diferente. Chegou a Gilgal um homem, cujo nome des-
conhecemos, de um lugar chamado Baal-Salisa. Ele trouxe para Eliseu "pães
das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu alforge" (v. 42).
-26-
QUAL FOI O MOTIVO DE TRAZER A ELISEU ESTA OFERTA?
Deus estabeleceu a lei que as primícias, isto é, os primeiros frutos da terra
pertenciam ao Senhor. Deus tem o direito de ser o primeiro em tudo e o israelita
havia de reconhecer este fato trazendo ao Senhor os primeiros frutos da terra.
Estas ofertas foram reservadas aos sacerdotes e aos levitas para o seu sustento
(Deuteronômio 18.4). Eles não possuíam terra e não tinham renda, por isso re-
ceberam ofertas do povo.
No tempo dos profetas Elias e Eliseu, o país era dividido entre Judá e as
dez tribos. Os sacerdotes e a adoração no templo ficavam em Jerusalém, em
Judá. Por isso, Israel não tinha templo e nem sacerdotes de Deus; era uma
nação apóstata, idólatra, na ignorância e sem o conhecimento de Deus.
O homem de Baal-Salisa era piedoso e, mesmo não podendo entregar as
suas ofertas aos sacerdotes, não se desculpou por não cumprir este dever. Ao
contrário, ele trouxe as primícias para o servo de Deus em Israel, o profeta Eli-
seu. Ele colocou Deus em primeiro lugar. É interessante notar que, embora
houvesse fome e falta de mantimento, o homem de Baal-Salisa fez uma colheita
de cereais. Ele foi obediente ao ensino da Palavra de Deus e colocou Deus em
primeiro, lugar e, por isso, ele foi abençoado.
O Senhor Jesus ensinou aos Seus discípulos: "Buscai em primeiro lugar o
Seu reino [de Deus] e a Sua justiça, e todas estas coisas [as coisas essenciais
para a nossa vida] vos serão acrescentadas" (Mateus 7.33).
Eliseu repartiu o que ele recebeu e foi uma bênção para muitos. "Disse
Eliseu: Dá-o ao povo, para que coma". O servo protestou, dizendo: "Como hei
de eu pôr isso diante de cem homens?" Eliseu insistiu: "Dá-o ao povo para que
coma; porque assim diz o Senhor: Comerão e sobejará" (v. 43). "Então lhos
pôs diante; comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor" (v. 44).
O homem de Baal-Salisa não podia imaginar a bênção que a sua oferta
trouxe, nem quantos seriam favorecidos. É fato que Deus pode multiplicar so-
bremaneira as ofertas daqueles que honram ao Senhor desta maneira. A multi-
plicação dos pães de cevada pelo milagre de Eliseu faz-nos lembrar da multipli-
cação dos cinco pães e dos dois peixinhos para saciar a fome de mais de cinco
mil pessoas (João 6.1 a 13). Também começou de um modo muito simples e
humilde. Um rapaz foi ouvir e ver os milagres do Senhor Jesus, mas foi mais
prevenido do que a multidão, porque ele levou a sua merenda: cinco pães e
dois peixinhos. Não sabemos o nome dele, mas ele, sabendo da necessidade
da multidão, entregou a sua merenda ao Senhor Jesus. Parecia muito pouco
para suprir tão grande necessidade. André informou Jesus: "Está aí um rapaz
que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gen-
te?" (João 6.9).
O Senhor Jesus podia usar aquela pequena oferta e multiplicá-la para sa-
ciar a fome de uma multidão. Não faltou nada para o rapaz, pois todos ficaram
-27-
satisfeitos e ainda sobraram doze cestos de pedaços de pão de cevada Eliseu
é uma figura do Senhor Jesus.

Lição N° 9
AMOR AO INIMIGO
Leitura: 2° Reis 5.1 a 27

O assunto desta lição pode ser "a graça de Deus". Na Bíblia, a palavra
"graça" significa "amor ao não merecedor"; por isso, amor ao inimigo é graça.
Deus ama Seu Filho Jesus Cristo, mas isto não é graça porque Jesus Cristo me-
rece o amor do Pai. Mas o amor de Deus para nós é graça porque, como peca-
dores, não merecemos o amor de Deus.

O INIMIGO
Os siros eram inimigos dos israelitas. As suas tropas invadiram Israel; ma-
taram, destruíram e levaram cativa uma menina para ser escrava da mulher do
general do exército siro, chamado Naamã. Podemos imaginar a tristeza daquela
menina: porém, ela não mostrou ressentimento. Ela viu um grande problema e
tristeza naquele lar e ela mostrou compaixão pelos inimigos do seu país.
Naamã era grande homem diante do rei da Síria, de muito concerto; ga-
nhou vitórias e era herói de guerra. Apesar de todas as suas qualidades, lemos:
"porém leproso". Esta é uma doença que estragou a sua vida toda: a sua vida
militar, a vida social e a vida no lar. O leproso viu-se obrigado a sair de casa e
da sua cidade para morar num ermo. É um quadro do pecador que, apesar das
qualidades da pessoa, estraga a vida toda.
A menina, ao ver a situação trágica do casal, teve compaixão deles, mes-
mo sendo inimigos do seu povo, e anunciou-lhes as boas novas: "Oxalá o meu
senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da
sua lepra" (v. 3). Era a única esperança para o leproso. Naamã informou o rei
da Síria da boa notícia e este logo se prontificou a enviar Naamã a Israel para
ser curado da lepra.

MAS FIZERAM TRÊS GRANDES ERROS


1) Foram à pessoa errada e ao lugar errado. O rei da Síria disse a Na-
amã: "Vai, anda, e enviarei uma carta AO REI DE ISRAEL" (v. 5). A menina f alou
do profeta e não do rei. Como as boas notícias estão sendo pervertidas! É um
erro muito comum hoje em dia. O povo está procurando a salvação da alma
numa pessoa errada e num lugar errado. A salvação somente se encontra na
pessoa de Jesus Cristo. O apóstolo Pedro, referindo-se ao Senhor Jesus, decla-
rou: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe
-28-
nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos" (Atos4.12).
2) Ele queria comprar a cura. Naamã "levou consigo dez talentos de pra-
ta, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais" (v. 5). Muitos querem comprar a
salvação, mas isto é impossível. Além disto, Deus declarou: "Pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, pa-
ra que ninguém se glorie" (Efésios 2.8 e 9).
Naamã também levou uma carta ao rei de Israel, que dizia: "Logo, em
chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que
o cures da sua lepra" (v. 6). O rei de Israel ficou perturbado com a carta, "ras-
gou as suas vestes e disse: Acaso sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la,
para que este envie a mim um homem para eu curá-lo da sua lepra?" (v. 7). Pa-
ra o rei de Israel, o rei da Síria procurava um pretexto para começar uma guerra
contra ele.
Eliseu, ao ouvir o que acontecera, mandou um recado ao rei de Israel, di-
zendo: "Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel'" (v. 8). Naamã
chegou à porta da casa de Eliseu com os seus cavalos e os seus carros.
3) O terceiro erro que Naamã cometeu foi A SUA ATITUDE ERRADA.
Eliseu mandou um mensageiro, dizendo: "Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a
tua carne será restaurada e ficarás limpo" (v. 109). "Naamã, porém, muito se
indignou, e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de
pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da le-
pra e restauraria o leproso" (v. 11)
ELE QUERIA SER TRATADO COMO UM GENERAL VITORIOSO E NÃO
COMO UM LEPROSO.
A lição que aprendemos deste fato é que, para receber a salvação de
Deus, a pessoa tem de vir a Cristo como um pecador e não como o moço rico
que queria merecer a vida eterna (Marcos 10.17).
ELE QUERIA SER CURADO, MAS DA MANEIRA DE SUA PRÓPRIA ESCO-
LHA. "PENSAVA EU" (v. 11). Naamã disse: "Não são, porventura, Abana e Far-
far, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia
eu lavar-me neles e ficar limpo?" (v. 12). Existem pessoas que querem escolher
o seu próprio caminho de salvação, porém só existe um caminho.
Naamã voltou da casa do profeta com o propósito de não obedecer a sua
ordem. Queria ir embora sem a cura, porque a receita recebida não era como
ele queria.
O CAMINHO PARA ELE TER SAÚDE ERA SIMPLES, MAS PRECISAVA DE
HUMILDADE. É em toda a humildade que acertamos a salvação. Os oficiais de
Naamã deram-lhe um conselho: "Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma
coisa difícil, acaso não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e
ficarás limpo?" (v. 13). Há pessoas como Naamã que fariam coisas difíceis para
-29-
ganhar a salvação, mas, porque o caminho da salvação é fácil, elas não que-
rem. Mesmo sendo fácil o caminho da salvação, muitos não entram nele. O Se-
nhor Jesus advertiu ao povo: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois
Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão" (Lucas 13.24). O po-
vo quer entrar em qualquer caminho menos no caminho certo. "Há caminho
que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte"
(Provérbios 14.12).
Quando Naamã se acalmou, ele deve ter encarado a sua séria situação:
ou ficar leproso ou obedecer a ordem do profeta. Então ele deu ouvidos ao
conselho dos seus oficiais, desceu ao Jordão e nele mergulhou sete vezes.
Após a sétima vez, ele saiu da água curado "e a sua carne se tornou como a
carne duma criança, e ficou limpo" (v. 14). Então voltou ao homem de Deus
com toda a sua comitiva. Eliseu o recebeu e ele ouviu o pagão dar testemunho
do poder de Jeová. Ele disse: "Eis que agora reconheço que em toda a terra
não há Deus senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu
servo" (v. 15). "Porém, Eliseu disse: Tão certo como vive o Senhor em cuja pre-
sença estou, não a aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele re-
cusou".

QUEREMOS SABER PORQUE ELISEU NÃO QUIS ACEITAR O PRESENTE


DE NAAMÃ, APESAR DE SER UMA FORTUNA?
1) Eliseu não era avarento e era governado por princípios espirituais e não
materialistas.
2) O poder de Deus não pode ser comprado.
3) Deus, mediante o profeta, tinha demonstrado a graça divina, isto é, o
amor de Deus para com um pagão e um inimigo de Israel.

GEAZI
Nesta altura começa a história triste de Geazi, que não podia compreen-
der porque Eliseu não queria aceitar o presente, apesar de ser uma fortuna.
Geazi cobiçou aquela riqueza e formou um plano de adquirir, ao menos,
uma parte daquele tesouro. Resolveu correr atrás de Naamã, o qual, vendo
Geazi correndo, parou, saltou do seu carro e foi ao encontro de Geazi. Então
lhe perguntou: "Vai tudo bem?" Um pecado chama outro. Geazi cobiçou e ago-
ra mentiu. Ele respondeu: "Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis
que agora mesmo vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas
da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas ves-
tes festivais". Naamã deu dois talentos de prata e duas vestes festivais e man-
dou dois moços levá-los ao esconderijo de Geazi.
Ao chegar à casa do profeta, este já sabia o que tinha acontecido. Disse-
lhe: "Donde vens, Geazi?" Este mentiu: "Teu servo não foi a parte alguma". Ele
-30-
foi repreendido (v. 26) e caiu um duro castigo sobre ele. Disse-lhe Eliseu: "por-
tanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre.
Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve" (v. 27).
Parece um castigo muito severo, mas a cobiça é um pecado muito grave.
É o mesmo pecado que Acã cometeu quando cobiçou a prata, a capa e a barra
de ouro em Jericó. Ele e a sua família foram apedrejados e queimados (Josué
7.23 a 25).

Lição N° 10
O FERRO DO MACHADO PERDIDO E ACHADO
Leitura: 2° Reis 6.1 a 7

No Segundo livro dos Reis mencionam-se homens chamados "os discípu-


los dos profetas". Naquele tempo o povo ignorava o Deus vivo, pois, por muitos
anos, adoravam os ídolos do povo em redor. Havia a necessidade de ensinar o
povo a respeito do Deus de Israel, o Deus que eles tinham abandonado. Esta
tarefa era demais para Elias e para Eliseu, era demais e a única solução foi en-
sinar seus discípulos para que estes, por sua vez, ensinassem outros.
O Senhor Jesus emprega o mesmo método de propagar o Evangelho hoje
em dia. A tarefa de evangelizar o mundo é enorme, mas o Senhor Jesus, antes
de subir aos céus, disse aos Seus discípulos: "Toda a autoridade Me foi dada
no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizan-
do-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar
todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os
dias até à consumação do século" (Mateus 28.18 a 20).

OS DISCÍPULOS DOS PROFETAS


Provavelmente, a maioria dos discípulos dos profetas era jovem, mas nem
todos. Um morreu deixando viúva e dois filhos jovens (2° Reis 4.1). Há um con-
traste entre os dois profetas (Elias e Eliseu) e os discípulos dos profetas. Estes
se mostraram imaturos e sem experiência. No último dia de Elias na terra, os
discípulos dos profetas em Betei e em Jericó se apresentaram. Estavam cheios
de si, querendo mostrar o que eles sabiam, e lhe disseram: "Sabes que o Se-
nhor hoje tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça?" Eliseu não
lhes deu confiança e lhes respondeu: "Também eu o sei; calai-vos" (2° Reis
2.3). Quando Elias foi elevado aos céus, os discípulos dos profetas queriam en-
viar cinquenta homens para procurar o corpo de Elias. Eles disseram a Eliseu:
"Pode ser que o Espírito do Senhor o tivesse levado e lançado nalgum monte,
ou nalgum dos vales" (2° Reis 2.16). Que falta de conhecimento! Além disto,
eles teimaram e o apertaram, de tal modo que, constrangido, Eliseu lhes disse:
-31-
"Enviai. E enviaram cinquenta homens, e o procuraram três dias, porém não o
acharam", (2.18). Eliseu os repreendeu, dizendo: "Não vos disse que não fôs-
seis?"
O assunto dos discípulos dos profetas aparece mais uma vez no capítulo
6.1 a 7. Neste trecho temos um quadro da cooperação e do bom entendimento
entre os jovens e o servo de Deus, este com mais experiência e mais espirituali-
dade. Os discípulos dos profetas são os mesmos que se mencionam no capítu-
lo 2.
Parece que o serviço principal de Eliseu naquele tempo era ensinar aos
seus discípulos o conhecimento de Deus. Ele estava na região do Rio Jordão
com os seus discípulos de Jericó e provavelmente de Betei.

UM QUADRO AGRADÁVEL DA COOPERAÇÃO DOS JOVENS COM O SER-


VO DE DEUS, MAIS VELHO
Este é o plano de Deus e na igreja não deve haver separação entre os jo-
vens e os mais velhos. Também os inexperientes e imaturos podem aproveitar a
experiência dos mais maduros na vida cristã. É justo ter trabalhos próprios para
os adolescentes, mas, uma vez que estes se tornem adultos, devem ser inte-
grados no serviço e na comunhão da igreja e não devem ser tratados como um
grupo separado.
Uma vez que o crente torna-se adulto, deve continuar a progredir para a
maturidade e não voltar para as coisas de menino. O apóstolo Paulo escreveu:
"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava
como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das cousas próprias de
menino" (1a Coríntios 3.11).
É justo dizer que os jovens têm as suas qualidades: são fortes, têm entu-
siasmo e querem fazer progresso, porém tudo isto deve ser canalizado na di-
reção certa. Os discípulos dos profetas não ficaramn satisfeitos com a sua habi-
tação e disseram ao profeta: "Eis que o lugar em que habitamos contigo é es-
treito demais para nós" (v. 1). Parece que Eliseu estava satisfeito com a sua mo-
rada, mas esta não servia para os jovens. Eles acrescentaram: "Vamos, pois,
até ao Jordão, tomemos de lá, cada um de nós uma viga e construamos um tu-
gar em que habitemos" (v. 2). Eliseu não era intransigente e não achou ruim do
desejo dos jovens. "Ele respndeu: Ide".
Os jovens também demonstraram uma boa qualidade. Não desprezaram
ao profeta; pelo contrário, eles deram muito valor ao seu conselho e à sua com-
panhia. "Disse um: Serve-te de ires com os teus servos. Ele tornou: Eu irei" (v.
3). Era fácil combinar com ele. E foi com eles. "Chegando ao Jordão, cortaram
madeira".
Parece que um deles não tinha prática de manejar o machado, nem pos-
suía o seu próprio machado. Não demorou muito tempo antes de ouvir-se um
-32-
grito. "Sucedeu que, enquanto um deles derrubava um tronco, o ferro do ma-
chado saiu do cabo e caiu na água". Lá ficou perdido nas profundezas do Rio
Jordão. O ferro não devia sair ao cabo tão fácil. Foi um caso de negligência. O
ferro do machado não saiu de uma vez, mas, pouco a pouco, o ferro bambeou.
O moço descuidou, pois devia ter notado que o ferro estava bambo, mas não se
importou e continuou dando golpes fortes contra o tronco. De repente, o ferro
voou e caiu nas águas do rio. Lemos em Romanos 15.4: "Tudo quanto outrora
foi escrito, para o nosso ensino foi escrito". Então qual é o ensino deste aconte-
cimento para nós?

O FERRO DO MACHADO SIMBOLIZA O PODER DE DEUS EM NOSSO SER-


VIÇO
Pelo pecado e descuido podemos perder este poder. Sem o ferro, o ma-
chado só faz barulho, batendo contra o tronco. Parece que existem crentes
que, no sentido espiritual, são como alguém batendo com o cabo contra a árvo-
re, sem o poder de Deus no seu serviço. A situação ficou pior porque o macha-
do era emprestado. O moço gritou: "Ai, meu senhor! porque era emprestado".
Ele tinha de prestar contas ao dono do machado. Isto faz-nos lembrar que nós
também temos de prestar contas de nossa vida e de nosso serviço.
Quando estavam em apuros, eles contavam com a presença de Eliseu.
"PERGUNTOU O HOMEM DE DEUS: ONDE CAIU?" (v. 6). Quando o crente pe-
ca, a comunhão com Deus está cortada e o efeito do seu serviço está perdido.
Para a recuperação da força e do poder espiritual, ele precisa saber onde caiu.
Além disto, precisa confessar o pecado perante Deus. É o primeiro passo para
a recuperação espiritual e para voltar a ter comunhão com Ele.
Eliseu perguntou ao moço: "Onde caiu?" e lemos: "Mostrou-lhe ele o lu-
gar". É isto que temos de fazer. Não adianta orar: Senhor, perdoa-nos os nos-
sos muitos pecados. Isto é uma mera formalidade. Temos de apontar o pecado
e dizer o nome do pecado que causou a falta de comunhão com Deus e que
nos tirou o poder no serviço de Deus.

O MEIO DE RECUPERAÇÃO
Eliseu fez uma coisa estranha e inesperada. "Então Eliseu cortou um pau,
lançou-o ali, fez flutuar o ferro" (v. 6). Ele não mandou um rapaz mergulhar e
procurar o machado entre a lama no fundo do rio. Não foi pelo esforço do ho-
mem, mas sim, por um milagre, que o ferro do machado subiu. Contra a sua
própria natureza, ele subiu e flutuou sobre a superfície das águas. "Um pau cor-
tado" é figura do Senhor Jesus, dAquele que "foi cortado da terra dos viventes"
(Isaías 53.8). O meio de recuperação é registrado em 1a João 1.9: "Se confes-
sarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injustiça". Também lemos: "O sangue de Jesus Cristo,
-33-
Seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1a João 1.7).

Lição N° 11
A PRESENÇA DE DEUS COM ELISEU
Leitura: 2° Reis 6.8 a 23

Houve uma mudança de circunstâncias na vida de Eliseu. Na lição ante-


rior, ele estava com o's jovens, os discípulos dos profetas, à beira do Rio Jordão,
supervisionando os moços que estavam cortando árvores para aumentar a sua
acomodação.
Do Rio Jordão ele visitou Dota onde, de noite, o exército do rei da Síria
cercou a cidade com a intenção de capturar Eliseu. Imagine! "Ele enviou para lá
cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade" (v. 14).
Tudo isto para prender um só homem.
Experiências novas são comuns para todos nós. Pode ser que um dia tu-
do esteja correndo bem, mas logo muda para circunstâncias desfavoráveis. Os
servos de Deus não devem temer as mudanças, porque em tudo podem provar
a mão de Deus. Eliseu não se perturbou com as circunstâncias desfavoráveis,
pois na sua carreira ele vencia as dificuldades e solucionava problemas, mas
agora a sua vida está em perigo.
Eliseu nunca vacilou e sempre era dono da situação. Logo depois da saí-
da de Elias, ele tomou o manto de Elias e feriu as águas do Rio Jordão para
abrir um caminho para o outro lado. Em Jericó ele resolveu o problema das
águas poluídas; trouxe água ao deserto para salvar os exércitos de Israel, de
Judá e de Edom; aumentou o azeite da viúva; ressuscitou o filho da sunamita;
tirou o mal da panela; multiplicou os pães; curou Naamã da sua lepra; fez flu-
tuar o machado. Agora, que a sua vida está em perigo, ele ainda demonstra a
sua confiança em Deus.
Quando o servo do profeta, de manhã mui cedo, viu as tropas, os carros e
os cavalos do exército siro cercando a cidade, gritou: "Ai! meu senhor! que fa-
remos?" Com toda a calma, Eliseu respondeu: "Não temas; porque mais são os
que estão conosco do que os que estão com eles" (v. 16).

QUAL É O SEGREDO DE SUA CONFIANÇA?


Uma razão da sua confiança é que ele tinha certeza da presença do Se-
nhor com ele.
A presença de Deus com o Seu povo, geralmente é desconhecida pe-
los seus inimigos.
O rei da Síria fez guerra contra o rei de Israel. No seu conselho de guerra,
os generais aconselharam a fazer investidas na terra de Israel, enviando secre-
-34-
tamente tropas a certos lugares para atacar e apanhar de surpresa o povo de
Israel. Aconteceu que, sendo advertido por Deus, Eliseu avisou o rei de Israel
do lugar onde os soldados siros haviam de atacar e os soldados israelitas já es-
tavam no lugar para se defender. O plano do rei da Síria foi frustrado diversas
vezes, de tal forma que o rei da Síria suspeitou de traição de um dos seus ofi-
ciais. Ele lhes disse: "Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Is-
rael?" Ele não sabia que Deus estava com o Seu povo e que os seus planos
eram conhecidos por Eliseu, que os contava ao rei de Israel. Um dos seus ser-
vos lhe respondeu: "Ninguém, ó rei meu senhor, mas o profeta Eliseu, que está
em Israel, faz saber ao rei de Israel todas as palavras que falas na tua câmara
de dormir" (v. 12).
O rei da Síria ainda não sabia que Deus estava com Eliseu, pois enviou o
seu exército a Dota para prender o profeta. Através dos séculos, os inimigos de
Deus têm ignorado a presença de Deus com o Seu povo. Faraó não compreen-
deu a situação dele com os seus escravos, os israelitas, porque recusou acredi-
tar que Deus protegia o Seu povo. Por isso, ele foi destruído no Mar Vermelho.
Moisés sabia o valor da presença de Deus. Eie disse a Deus: "Se a Tua
presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar'" (Êxodo 33.15).'

A ORAÇÃO
O servo de Eliseu não contava com a presença de Deus com eles. Cheio
de medo, ele gritou: "Ai! meu senhor! que faremos?" (v. 15). A resposta de Eli-
seu foi clara: "Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os
que estão com eles".
A oração foi a arma de Eliseu.
A sua oração não foi a favor da sua própria segurança, mas orou primeiro
para que o seu servo conhecesse a presença de Deus com eles e soubesse da
proteção de Deus e do grande poder ao seu dispor. Eliseu vivia na presença de
Deus e, por isso, podia falar com Deus como se fala com um amigo.

A VISÃO
A oração de Eliseu foi curta: "Senhor, peco-Te que lhe abras os olhos para
que veja. O Senhor abriu os olhos do moço e ele viu que o monte estava cheio
de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu" (v. 17). Eliseu não precisava
da visão porque ele era homem de fé e sabia que Deus o protegia. Os servos
de Deus podem contar com a presença de Deus no seu serviço. O Senhor Je-
sus disse aos Seus discípulos: "Toda a autoridade Me foi dada no céu e na ter-
ra. Ide... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século"
(Mateus 28. 18 e 20). Por que a proteção divina de Eliseu é representada por
cavalos e carros de fogo? Porque nos livros dos Reis, no tempo de Eliseu, cava-
los e carros representam o poder militar. O servo de Eliseu podia entender este
-35-
símbolo, mas ele precisava entender que o poder de Deus é maior do que o
poder do inimigo.

A NOSSA LUTA NÃO É FÍSICA, MAS ESPIRITUAL


O Novo Testamento ensina que há um conflito entre o império de Deus e o
império de Satanás. O apóstolo Paulo escreveu: "A nossa luta não é contra a
carne e o sangue, e sim, contra os principados e potestades, contra os domi-
nadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas re-
giões celestiais" (Efésios 6.12). Os dominadores deste mundo tenebroso são
Satanás e os demónios. Quem se arrepende do seu pecado e crê em Cristo
tem a proteção divina. A feitiçaria, o espiritismo e os demónios não têm poder
algum contra o crente verdadeiro. Para este, as palavras de Eliseu são verda-
deiras: "Não temas; porque mais são os que estão convosco do que os que
estão com eles" (v. 16).
O Novo Testamento revela que o salvo é alvo dos serviços dos seres
angélicos. Os anjos "não são todos eles espíritos ministradores enviados para o
serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?" (Hebreus 1.14). Não sabe-
mos de quantos perigos nós já fomos livrados pelo serviço dos anjos enviados
por Deus. s
No meio da incerteza e do perigo, havia um homem que ficou calmo no
meio das dificuldades e perigos. Eliseu vivia na presença do Senhor e conhecia
o poder de Deus. Através dos séculos, servos de Deus, sabendo da presença
de Deus com eles, têm enfrentado as maiores dificuldades, têm vencido a maior
oposição, fazendo uma obra que causa admiração. Por que? Porque sabiam
que Deus estava com eles.

NOVA ORAÇÃO
Mais uma vez, Eliseu orou. "E como desceram contra ele, orou Eliseu ao
Senhor e disse: Fere, peco-Te, esta gente de cegueira". Deus respondeu à
oração de Eliseu e a tropa síria ficou cega. Deus não precisava de cavalos e de
carros de fogo para vencer o inimigo. Somente pela cegueira os soldados siros
foram vencidos. "Então Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem esta a ci-
dade; segui-me e guiar-vos-ei ao homem que buscais". Os siros procuravam
duas pessoas: o rei de Israel e o profeta Eliseu. Ele os guiou a Samaria, onde o
rei e o profeta moravam. Mais uma vez ele orou: "Ó Senhor, abre os olhos des-
tes homens para que vejam" e se lhes abriram os olhos.
Quando o rei de Israel viu os soldados siros, quis matá-los, porém Eliseu
não o deixou. Mandou dar-lhes pão e água, porém o rei ofereceu-lhes um gran-
de banquete. Ele mostrou amor para com os inimigos, porém o rei da Síria pa-
gou o bem com o mal e continuou a guerra contra Israel. Agora, o rei da Síria
mudou de tática, pois não mandou mais as suas tropas fazerem investidas na
-36-
terra de Israel, isto é, emboscadas para atacar num certo lugar de surpresa,
porque não adiantava, pois, pelo profeta Eliseu, o rei de Israel sabia de todos os
movimentos das tropas do rei da Síria. Este continuou a guerra, mas, em vez de
fazer investidas, ele sitiou a cidade de Samaria.

Lição N°12
JANELAS NO CÉU
Leitura: 2° Reis 6.24 a 7.20

Samaria era a cidade do rei Acabe e de Jezabel e a capital das dez tribos
de Israel, cuja idolatria e perversidade são bem conhecidas. Naquela cidade,
onde havia tanta oposição a Deus e tanta maldade, morava o profeta Eliseu. Por
causa da sua idolatria e pecados, a cidade de Samaria foi duramente castigada
por Deus.

SAMARIA SITIADA
O rei da Síria, Ben-Hadade, ajuntou todo o seu exército e sitiou a cidade.
Ninguém podia entrar nem sair e faltaram alimentos dentro da cidade, onde ha-
via uma grande fome. O povo comia coisas que não são para comer e, mesmo
assim, pagava um preço bem elevado.
Houve o caso de uma mulher que matou o seu próprio filho e o comeu. Ela
clamou ao rei, que passava pelo muro. Quando o rei soube do caso, rasgou as
suas vestes e pronunciou um juramento contra Eliseu: "Assim me faça Deus o
que bem Lhe aprouver se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, lhe ficar hoje so-
bre os ombros" (6.31). O rei e o povo eram os culpados por aquela desgraça,
mas não reconheceram a sua culpa.
O rei malvado, não reconhecendo que pelo pecado é que o povo estava
sofrendo, ao invés de se culpar pela desgraça do povo, lançou a culpa em Deus
e no Seu profeta Eliseu. Ele enviou um mensageiro à casa de Eliseu para o ma-
tar. Eliseu estava em casa juntamente com os anciãos da cidade. Ele já sabia
do plano do rei de tirar-lhe a vida. Não sabemos o motivo do rei, mas ele logo
seguiu o seu mensageiro. Eliseu disse aos anciãos: "Vedes como o filho do
homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-
lhe a porta e empurrai-o com ela; porventura não vem após ele o ruído dos pés
de seu senhor?" Ao chegar à casa do profeta, o rei disse: "Eis que este mal
vem do Senhor, que mais, pois, esperaria eu dele?" (6.33). A sua atitude e as
suas palavras são de plena revolta contra Deus. Ele estava numa situação peri-
gosa e, ainda assim, revoltava-se contra Deus.

-37-
DEUS RESPONDEU MOSTRANDO O SEU AMOR PARA COM O REBELDE
De fato, este é um quadro da graça de Deus para com o Seu povo. O pro-
feta anunciou o fim da fome, boas notícias para aquele povo. O rei, ao chegar à
porta de Eliseu, ouviu o profeta anunciar esta boa notícia: "Ouvi a palavra do
Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á
um alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois de cevada por um siclo, à por-
ta de Samaria". Isto quer dizer que, no dia seguinte, haveria bastante alimento e
barato. Nisto vemos a bondade de Deus. Apesar da inimizade e oposição, Deus
enviou a boa notícia de vida e salvação ao povo de Samaria, que estava mor-
rendo de fome. Também Deus demonstrou a Sua bondade ao povo deste mun-
do, enviando o Seu Filho para ser Salvador, mas o mundo mostrou a sua inimi-
zade contra Deus, crucificando o Senhor Jesus.

EM SAMARIA, A BOA NOTÍCIA FOI RECEBIDA COM INCREDULIDADE


O capitão, a cujo braço o rei se apoiava, achou isto não apenas difícil, mas
impossível e exclamou: "Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia fa-
zer isto?" (7.2). A exclamação do capitão é interessante porque a salvação tem
de vir do céu. O capitão pensava que, porque o homem não podia resolver o
problema, seria para Deus difícil demais. Todos os dias Deus está abrindo as
janelas do céu para derramar bênçãos materiais sobre os homens.
A maior bênção foi a dádiva de Seu Filho amado. Lucas descreve como o
anjo de Deus desceu onde os pastores estavam guardando o seu rebanho du-
rante as vigílias da noite "e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram
tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais: eis que aqui
vos trago BOA NOVA DE GRANDE ALEGRIA, QUE O SERÁ PARA TODO O PO-
VO: É QUE HOJE VOS NASCEU, NA CIDADE DE DAVI, O SALVADOR, QUE É
CRISTO, O SENHOR" (Lucas 2.9 a 11).

A SITUAÇÃO EM SAMARIA NAQUELE TEMPO PODE ILUSTRAR A SI-


TUAÇÃO ESPIRITUAL DO POVO DESTE MUNDO SEM CRISTO
O povo de Samaria estava sem esperança: o inimigo, de fora, querendo
acabar com os samaritanos e, lá dentro, o povo morrendo de fome. Quanto à si-
tuação da raça humana, o inimigo (Satanás) está de fora para levar o homem à
perdiçãq eterna. Por dentro, a própria natureza leva o homem ao mesmo desti-
no.

A ESPERANÇA SÓ VEM DE CIMA


Só Deus pode salvar o homem. A boa nova é que Jesus Cristo veio ao
mundo para poder salvar o homem.

A INCREDULIDADE É O IMPEDIMENTO
-38-
A salvação é de Deus, mas a incredulidade rouba pessoas desta preciosa
dádiva. "O capitão, a cujo braço o rei se apoiava, respondeu ao homem de
Deus: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia suceder isto?" A pro-
fecia de julgamento veio com rapidez contra ele. Disse Eliseu: "Eis que tu verás
com os teus olhos, porém disso não comerás" (7.2). Que tragédia! Ver a sal-
vação de outros e, ao mesmo tempo, ficar oerdido pela sua incredulidade!

COMO FOI QUE DEUS SALVOU O POVO DE SAMARIA?


Foi de uma maneira interessante. Quatro homens leprosos estavam à por-
ta da entrada da cidade e começaram a pensar; este é o primeiro passo para a
salvação. O povo não quer pensar nas realidades espirituais e da vida além tú-
mulo. Disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui sentados até mor-
rermos? "Se dissermos entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos
lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos" (7.4).

O ÚNICO RECURSO FOI PEDIR MISERICÓRDIA


Disseram: "Vamos, pois, agora, e demos conosco no arraial dos siros; se
nos deixarem viver, viveremos, se nos matarem, tão somente morreremos"
(7.4). Realmente, eles não lançaram mão da misericórdia dos siros, mas sim, da
misericórdia de Deus. Até hoje o pecador pode encontrar misericórdia em Deus.
Havia um único recurso e eles resolveram, ao anoitecer, ir ao acampamento dos
inimigos e pedir misericórdia. Quando chegaram, não havia ninguém ali. Deus
fez um grande barulho, como de um grande exército, e os siros pensaram que o
rei de Israel tivesse alugado contra eles os reis dos heteus e o rei do Egito e fu-
giram para salvar a sua vida. Os siros estavam com tanto medo que deixaram
tudo, até os seus animais deixaram amarrados.

DEUS VENCEU O INIMIGO


O que o homem não podia fazer, Deus fez. Deus abriu as janelas do céu e
o Salvador veio. Agora vamos pensar no segundo passo para salvar o homem.
Na cruz, pela Sua morte, o Senhor Jesus venceu os nossos inimigos (Satanás,
o pecado e o túmulo) e deixou, para os que confiam nEle, as bênçãos da sal-
vação. Os leprosos entraram nas tendas, comeram, beberam e esconderam
coisas de valor que eles encontraram ali. Eles desfrutaram a vitória ganha por
Deus. Da mesma maneira, pela fé no Cristo crucificado, o homem pode desfru-
tar as bênçãos da salvação em Cristo.

DIA DE BOAS NOVAS


Depois de ficarem satisfeitos, os leprosos se lembraram do povo da cida-
de, que estava morrendo de fome. Eles disseram: "NÃO FAZEMOS BEM: ESTE
DIA É DIA DE BOAS NOVAS e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da
-39-
manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa
do rei" (7.9).
Com a provisão ampla e suficiente para todos, eles pensaram na sua res-
ponsabilidade para com os que estavam morrendo de fome na cidade. Os le-
prosos foram à cidade e anunciaram as boas notícias aos porteiros, que, por
sua vez, comunicaram ao rei. Ele não creu nas boas novas e atribuiu tudo isto à
astúcia do inimigo para poder apanhar o povo fora da cidade. Os seus servos
aconselharam o rei a enviar cinco dos cavalos que ainda restavam na cidade
para verificar o que tinha acontecido. O rei enviou dois carros e cavalos para ver
se era verdade. Foram até o Rio Jordão e descobriram que os siros tinham fu-
gido com tanta pressa que lançaram fora as suas vestes e as suas armas.
Os homens voltaram ao rei com a notícia que o inimigo fora derrotado e
que havia salvação e satisfação para todos que estavam dispostos a crer na
notícia e na palavra de Deus proferida pelo profeta Eliseu.
Saiu o povo e saqueou o arraial dos siros "e assim se vendia um alqueire
de flor de farinha por um siclo e dois de cevada por um siclo, segundo a palavra
do Senhor" (7.16).

A INCREDULIDADE PUNIDA
O capitão incrédulo que zombou da palavra de Deus proferida pelo profeta
Eliseu foi posto pelo rei na guarda da porta de Samaria e ele viu o cumprimento
da profecia de Eliseu: "Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á um al-
queire de flor de farinha por um siclo e dois de cevada por um siclo, à porta de
Samaria'". Ele viu o alimento chegar à porta da cidade e ser vendido por um
preço ao alcance de todos, porém o povo faminto correu para a porta e o ca-
pitão foi atropelado e pisado pelo povo e morreu. Tanto a profecia de salvação
como também a de julgamento se cumpriram: "Eis que tu verás com os teus
olhos, porém disso não comerás".
É muito triste quando uma pessoa vê a salvação de outros e a grande
transformação que o Evangelho faz e ainda continua perdida para sempre. O
Senhor Jesus disse a respeito de Si mesmo: "Quem nEle crê não é julgado; o
que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de
Deus" (João 3.18).

-40-
Lição N° 13
A ÚLTIMA PROFECIA E O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU
Leitura: 2° Reis 13.14 a 21

Quarenta e cinco anos já se passaram desde a última menção de Eliseu


nas páginas das Sagradas Escrituras. Depois de mandar ungir Jeú rei de Israel,
nada mais é sabido da sua vida até adoecer para morrer. Não sabemos com
certeza o que ele fazia nestes quarenta e cinco anos, mas achamos que ele
continuou com a sua missão de suma importância de ensinar aos discípulos
dos profetas o caminho e a verdade de Deus. Ao mandar um discípulo dos pro-
fetas ungir Jeú como rei de Israel, começou um período de cumprimento das
profecias de Elias contra a casa de Acabe, que foi destruída pelo rei Jeú. Elias e
Eliseu eram grandes profetas, mas eram diferentes e o seu serviço também era
diferente. Queremos saber como Eliseu recebeu a porção dobrada do espírito
de Elias? É difícil responder a esta pergunta porque eles eram diferentes em
temperamento e no serviço, porém os dois eram poderosos.
É interessante notar que Elias operou 8 milagres (não incluindo o ser ali-
mentado pelos corvos). Eliseu fez 16 milagres durante a sua vida e um depois
de morrer. Elias fez 4 milagres de julgamento e 3 de bênção. Eliseu fez 3 de jul-
gamento e 12 de bênção. Os dois abriram caminho no Rio Jordão, que não foi
de julgamento e nem de bênção, mas que demonstrou que Eliseu tinha o mes-
mo poder que Elias. Os discípulos dos profetas que presenciaram o milagre de
abrir caminho no Rio Jordão, disseram: "O espírito de Elias repousa sobre Eli-
seu" (2° Reis 2.15).

OS MILAGRES DE ELIAS
1) A seca (1° Reis 17.1); 2) O aumento do óleo e da farinha da viúva (1°
Reis 17.6); 3) A ressurreição do filho da viúva (1° Reis 17.14); 4) O fogo do céu
sobre o sacrifício do Monte Carmelo (1° Reis 18.38); 5) O fim da seca (1° Reis
18.45); 6) Fogo do céu sobre o capitão e seus soldados (2° Reis 1.10); 7) Fogo
do céu sobre outro capitão e seus soldados (2° Reis 1.12); 8) Abriu caminho no
Rio Jordão (2° Reis 2.8).

OS MILAGRES DE ELISEU
1) Abriu caminho no Rio Jordão (2° Reis 2.14); 2) A fonte de Jericó tor-
nou-se saudável (2° Reis 2.21); 3) Salvação para o exército prestes a morrer de
sede (2° Reis 3.20); 4) O aumento do óleo da viúva (2° Reis 4.6); 5) O nascimen-
to do filho da sunamita (2° Reis 4.17); 6) A ressurreição do filho da sunamita (2°
Reis 4.34); 7) Tirou o perigo do cozinhado (2° Reis 4.38); 8) A multiplicação dos
pães (2° Reis 4.42); 9) A cura da lepra de Naamã (2° Reis 5.14); 10) Geazi ficou
leproso (2° Reis 5.27); 11) Fez o ferro flutuar (2° Reis 6.6); 12) Abriu os olhos do
-41-
moço (2° Reis 6.17); 13) Feriu de cegueira o exército siro (2° Reis 6.18); 14)
Abriu os olhos do exército siro (2° Reis 6.20); 15) O milagre do alimento para o
povo de Samaria (2° Reis 7.18); 16) Julgamento sobre o capitão incrédulo (2°
Reis 7.20).
Nos últimos dias do profeta Eliseu, o rei Jeoás, neto de Jeú, desceu para
fazer uma visita a Eliseu. Chorou sobre o profeta e disse: "Meu pai, meu pai,
carros de Israel e seus cavaleiros" (2° Reis 13.14). São as mesmas palavras que
Eliseu disse quando Elias foi levado para o céu num redemoinho. Parece uma
maneira estranha de falar da partida tão diferente dos dois profetas. Elias foi le-
vado para o céu de uma maneira espetacular, enquanto que Eliseu morreu e foi
sepultado. Ainda assim, as mesmas palavras foram empregadas nos dois acon-
tecimentos.
É muito interessante ainda que a figura do poder militar daquele tempo se
emprega tanto para o arrebatamento quanto para a morte. Para o mundo, a
morte é uma humilhação, derrota e desgraça; porém, pelo poder de Deus e pa-
ra o povo de Deus, é de poder e de vitória. A Igreja espera a vinda do Senhor
Jesus nos ares. Os mortos em Cristo serão ressuscitados e os vivos serão
transformados. Será uma vitória e demonstração do poder de Deus. O apóstolo
Paulo escreveu: "Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte a tua vitó-
ria? onde está, ó morte, o seu aguilhão?" (1a Coríntios 15.54 e 55).

A ÚLTIMA PROFECIA DE ELISEU - 2° Reis 13.15 a 19


Como era costume dos profetas do Velho Testamento, Eliseu usou símbo-
los para entregar a sua última profecia. Disse Eliseu ao rei Jeoás: "Toma um ar-
co e flechas" (v. 15). Prosseguiu: "Retesa o arco, e ele o fez. Então Eliseu pôs
as mãos sobre as mãos do rei. Disse mais Eliseu: Atira; e ele atirou. Prosseguiu:
Flecha da vitória do Senhor, flecha da vitória contra os siros". Naquele tempo, o
outro lado ao leste do norte de Israel, estava ocupado pelos siros.
A prova da fé de Jeoás foi muito simples. "Disse ainda: Toma as flechas.
Ele as tomou. Então disse ao rei de Israel: Atira contra a terra; ele a feriu três ve-
zes e cessou"(v. 18)."Então o homem de Deus se indignou muito contra ele e
disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então feririas os siros até os
consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros" (v. 19). O rei, por falta de
fé, não ganhou a plena vitória. Ganhou três batalhas, mas a última batalha, que
é a mais importante, o rei de Israel perdeu.

DESTA HISTÓRIA QUAIS SÃO AS LIÇÕES PARA NÓS?


O profeta empregou símbolos para dar ênfase à sua profecia. O primeiro é
O ARCO E A FLECHA.
O arco simboliza a maneira pela qual Deus cumpre o Seu propósito. Os
carros e cavalos daquele tempo apresentam a força impressionante de um
-42-
exército, porém a flecha é silenciosa, é rápida e acerta no alvo. No Velho Tes-
tamento lemos de três reis ímpios, que faziam oposição a Deus, mas que foram
alcançados pelos flecheiros: Saul (1° Samuel 31.3), Acabe (1° Reis 22.34) e seu
filho Jorão (2° Reis 9.24). Acabe, sabendo da profecia de sua morte, disfarçou-
se e entrou na batalha , porém "um homem entesou o arco e, atirando ao aca-
so, feriu o rei de Israel por entre as juntas de sua armadura" (1° Reis 22.34). O
soldado atirou ao acaso, mas a flecha foi dirigida por Deus.

NO CASO DO REI JEOÁS, SIMBOLIZOU A VITÓRIA


O exército de Jeoás foi à batalha, mas a vitória foi dada por Deus. Por isso,
"Eliseu pôs as mãos sobre as mãos do rei". Embora velho e fraco, as suas
mãos sobre as mãos do rei, ao retesar o arco, representam o grande poder de
Deus pelo qual a vitória foi ganha.
AS NOSSAS VITÓRIAS SOMENTE PODEM SER GANHAS PELO PODER
DE DEUS.
Deus, pelo profeta, ofereceu ao rei Jeoás uma plena vitória. Eliseu mandou
Jeoás atirar na terra, mas ele o fez somente três vezes. FALTOU-LHE A PER-
SISTÊNCIA DA FÉ. Se tivesse continuado mais vezes, teria ganho a plena vitó-
ria.
Não se podem contar as bênçãos que Deus tem para o Seu povo, porém
elas dependem da fé para recebê-las. Por falta de mais vasilhas, o azeite da
viúva parou (2° Reis 4.6). Por falta de atirar mais vezes na terra, Jeoás perdeu a
vitória completa. Aos dois cegos o Senhor Jesus disse: "Faça-se-vos conforme
a vossa fé" (Mateus 9.29). Tiago escreveu: "Nada tendes porque não pe-
dis"(Tiago 4.2).

A JANELA ABERTA
Para o rei de Israel foi um símbolo da libertação da opressão dos siros e
da vitória sobre eles. Ele atirou a flecha pela janela aberta. Uma janela aberta
apresenta uma grande oportunidade. Para nós a janela aberta é a oportunidade
de pregar o Evangelho de Cristo e, para poder aproveitar isto, precisamos ter a
visão de Cristo quando Ele viu a necessidade espiritual do povo (Mateus 9.36).

A MORTE DE ELISEU
Morreu Eliseu e foi sepultado. Sucedeu que, enquanto enterravam um
homem, viram um bando de moabitas. Então eles lançaram o homem na sepul-
tura de Eliseu. Quando o cadáver tocou nos ossos de Eliseu, o homem reviveu
e se levantou.

-43-
Curso Bíblico
"AUFAEÕMEGA"
CP. 3033
06210-990 Ososco - SP
Fone: (011) 869-3526

-44-
PROVAS DE
"O PROFETA ELJSEU"

INSTRUÇÕES: Depois de ter estudado a lição e os versículos da Bíblia


mencionados, deve responder as perguntas da prova. Se tiver alguma dúvi-
da, leia novamente a lição.

Prova N° 1 (Lição N° 1)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Deus escolheu para julgamento da casa de Acabe:
A) Eliseu e Jeú.
B) Hazael e Jeú.
C) Eliseu e Hazael.
2. Quando Elias viajou do deserto para a terra de Abel-Meolá:
A) era verão.
B) era inverno
C) era primavera. '
3. O símbolo da vida de Abraão era:
A) a tenda.
B) a vara.
C) o manto.
4. O nome Eliseu significa:
A) Meu Deus é Jeová.
B) O Senhor é Deus.
C) Meu Deus é salvação.
5. Quando Elias lançou o manto sobre Eliseu, este:
A) matou a sua junta de bois e queimou o arado.
B) conservou os bois e queimou o arado.
C) conservou os bois e o arado.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Elias lançou o seu manto em Jeú.
7. Os profetas não foram ungidos com óleo.
8. Elias, com o seu manto, feriu as águas do Rio Jordão.
9. Elias cortou um sulco certo quando se fixou na ameaça de Jezabel.
10. Quem lança a mão no arado não pode olhar para trás!

Prova N° 2 (Lição N° 2)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
-t-
1. Eliseu tornou-se conhecido como:
A) Senhor de Elias.
B) Inimigo de Elias.
C) Aquele que deitava água nas mãos de Elias.
2. Josué trabalhou e aprendeu com:
A) Acate.
B) Moisés.
G) Elias.
3. No último dia de Elias na terra, Elias e Eliseu visitaram:
A) três lagares importantes.
B) dois lugares sem importância.
C) um lugar muito importante.
4. Nó dia seguinte, Jacó tomou a pedra que lhe serviu de travesseiro e:
A) quebrou-a em 12 pedaços.
B) a erigiu em coluna.
C) a levou consigo na viagem.
5. Jericó foi conquistada:
A) pela coragem e esforço dos soldados de Josué.
B) pelo plano traçado anteriormente por Josué.
C) porque Josué obedeceu fielmente as ordens de Deus.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Elias e Eliseu trabalhavam juntos no ensino.
7. Em Israel, no tempo de Elias, todos conheciam muito bem a Deus.
8. O lugar onde Jacó passou a primeira noite quando fugia de seu irmão foi Je-
ricó.
9. A graça de Deus é o amor imerecido.
10. Deus é o mesno ontem, hoje e eternamente.

Prova N° 3 (Lição N° 3)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.'
1. A saída deste mundo do profeta-Elias foi um acontecimento:
A) que pegou seus discípulos de surpresa.
B) muito triste por causa de sua morte.
C) esperado pelos seus discípulos.
2. O cego de Jericó pediu ao Senhor Jesus:
A) "Que eu torne a ver".
B) "Que eu tenha uma capa nova".
C) "Que eu seja salvo". • ,.
-2
3. Para que Efiseu recebesse o seu pedido, era necessário que ete:
A) abandonasse Elias no Jordão.
B) visse quando Elias fosse tomado dele.
C) ficasse com os discípulos dos profetas.
4. Elias subiu ao céu:
A) num cavalo de fogo.
B) levado pelos anjos.
C) num redemoinho.
5. Antes de Elias, um homem foi arrebatado ao céu. Esse homem foi:
A) Enoque.
B) Adão.
C) Moisés. .......
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. EHas disse para Etiseu: "Pede-me o que queres que eu te faça, antes que se-
ja tomado de ti".
7. O rei Salomão pediu a Deus muita riqueza
8. Eliseu pediu a Elias porção dobrada do espírito de Elias. .
9. Eliseu teve que nadar para atravessar o Jordão. '
10. Enoque foi arrebatado na presença de muitas pessoas.

Prova N° 4 (Uçáo N° 4)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Josué trouxe a Jericó:
A) destruição,
B) salvação.
C) muita fartura.
2. Eliseu trouxe a Jericó:
A) destruição.
B) salvação.
C) muita guerra.
3. O nome Jericó significa:
A) arrogância.
B) condenada. .
C) fragrância.
4. Betei, na época de Eliseu,:
A) era um centro de idolatria.
B) era uma cidade que honrava a Deus.
C) era uma cidade sem importância
-3-
5. Quando Eliseu passava por Betei, alguns rapazes zombaram dele. Duas ur-
sas saíram do bosque e despedaçaram:
A) 22 deles.
B) 32 deles.
C) 42 deles.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. O prato novo simboliza a graça de Jesus Cristo.
7. O sal simboliza a verdade de Jesus Cristo.
8. Eliseu não visitou Betei, mas passou por outro caminho.
9. Betei significa "Casa de pão".
10. Eliseu fixou residência em Samaria.

Prova N° 5 (Lição N° 5)
Escolha uma das tetras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença e escreva-a na linha à direita.
1. Josafá, rei de Judá, era:
A) um homem mau.
B) um homem prudente.
C) um homem piedoso e temente a Deus.
2. O profeta Eliseu:
A) não deu confiança ao rei Jorão.
B) não deu confiança ao rei Josafá.
C) não conversava com Josafá.
3. Eliseu disse ao rei Jorão:
A) "Não te atenderei por causa de Josafá".
B) "Vai ao profeta de teu pai e aos profetas de tua mãe".
C) "Eu te darei toda atenção, porque temes a Deus".
4. A comunhão com Deus é:
A) como um fio, de tão fácil de poder-se arrebentar.
B) como um fio forte de aço, que não arrebenta.
C) tão forte que não tem comparação.
5. Sem alegria, o cristão:
A) representa bem a fé cristã.
B) não representa bem a fé cristã.
C) trabalha melhor.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Josafá era filho de Acabe e Jezabel.
7. Josafá e Jorão consultaram a Deus antes da peleja.
8. Eliseu disse ao rei Jorão: "Que tenho eu contigo?"
9. O Espírito Santo é o Tangedor Divino.
-4-
10. A alegria não tem muita importância na vida do crente.

Prova N° 6 (Lição N° 6)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A viúva tinha em casa apenas:
A) cinco sacos de açúcar. .
B) quatro quilos de feijão.
C) uma botija de azeite.
2. O prato de barro que Eliseu usou para purificar a água da fonte de Jericó
simboliza:
A) o corpo do Senhor Jesus.
B) o corpo de Elias.
C) o corpo de Eliseu.
3. Os irmãos do Senhor Jesus eram:
A) João, José, Tiago e Filipe.
B) Tiago, José, Simão e Judas.
C) Tiago, João, Pedro e Judas. t
4. O profeta Eliseu exigiu da viúva:
A) vasilhas vazias, não poucas.
B) que dividisse com ele o dinheiro da venda do azeite.
C) que touxesse vasilhas-eheias de azeite.
5. Para ganhar a salvação, o homem precisa:
A) fazer alguma coisa.
B) reconhecer que é pecador e aceitar Cristo como seu Salvador pessoal.
C) reconhecer que Cristo é Salvador, mas não precisa aceitá-IO.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Aquela botija de azeite desprezada é figura do Senhor Jesus.
7. O Senhor Jesus não foi desprezado pelos homens.
8. As vasilhas poderiam ter algum líquido.
9. O Evangelho da graça de Deus não se esgota.
10. A provisão dada à viúva foi suficiente para o passado, para o presente e pa-
ra o futuro.

Prova N° 7 (Lição N° 7)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A sunamita era:
A) rica.
B) pobre.
C) tão pobre que não tinha o que comer.
-5-
2. A sunamita percebeu que Eliseu era um:
A) homem perigoso.
B) homem muito orgulhoso. .
G) sama homem d» Deus.
3. Deus criou o homem para: ,
A) viver como desejar. :
B) viver na Sua dependência.
C) morrer.
4. A sunamita confiou em Deus e Deus agiu:
A) na hora certa.
B) fora de tempo.
C) antes do tempo.
5. O filho da sunamita foi:
A) esquecido por Deus.
B) prova do poder de Deus perante o rei.
C) amaldiçoado pelo rei.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. A sunamita morava num lugar chamado Suném.
7. A sunamita. no início, não confiava em Deus.
8. A sunamita. quando seu filho morreu, não confiava em Deus.
9. O rei conversava com Geazi quando a sunamita clamou ao rei pelas suas ter-
ras e pela sua casa.
10. Geazi disse ao rei: "Esta é a mulher e este é o seu filho a quem Eliseu res-
taurou à vida".

Prova N° 8 (Lição N° 8)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Havia escolas dos discípulos dos profetas em:
A) Gilgal. Jerusalém e Samaria.
B) Gilgal. Betei e Jerico.
C) Gilgal. Samaria e Betei.
2. Os profetas ensinavam os seus discípulos:
A) para esses ensinarem o povo a respeito do Deus verdadeiro.
B) como se tornar um profeta.
C) apenas em Betei.
3. Fugir do ensino da Palavra de Deus é:
A) comum e não tem perigo.
B) comum e Deus não se importa.
C) muito perigoso.

-6-
4. A farinha é uma figura:
A) da vida pura do Senhor Jesus.
B) do pecado.
, C) da morte.
5. O homem de Baal-Salisa trouxe a sua oferta a:
A) Davi.
B) Eliseu.
C) Elias.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na Unha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Devemos ter cuidado com o alimento espiritual.
7. O ensino falso fortalece as igrejas.
8. O homem de Baal-Salisa não entregou os pães a Eliseu.
9. Eliseu é uma figura do Senhor Jesus.
10. Jesus pode multiplicar o pouco que Lhe é ofertado.

Prova N° 9 (Lição N° 9)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete, a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A palavra graça significa:
A) amor àquele que merece.
B) amor em troca de boas-obras.
C) amor ao imerecido.
2. Os siros eram:
A) inimigos dos israelitas.
B) amigos dos israelitas.
C) amigos de Davi.
3. Naamã era um:
A) judeu sem valor para Israel.
B) grande homem diante do rei dá Síria.
C) homem de grande valor para Israel.
4. Naamã queria:
A) apenas viajar para Israel.
B) libertar a menina.
C) comprar a sua cura.
5. Eliseu mandou um recado ao rei, dizendo:
A) 'Deixa-o vir a mim e saberá que há profeta em Israel".
B) "Manda-o voltar à sua terra".
C) "Envia-o a mim, pois quero os seus presentes".
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Deus ama a Jesus, Seu Filho. Isso é graça.
-7-
7. A lepra é um quadro do pecado.
8. Muitos querem comprar a salvação.
9. A ordem foi: "Vai e lava-te cinco vezes no Jordão".
10. Naamã queria ser tratado como um general vitorioso e não como um lepro-
so.

Prova N° 10 (Lição N° 10)


Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Os discípulos dos profetas erarn:
A) imaturos e sem experiência.
B) sábios e experientes.
C) como os profetas Elias e Eliseu.
2. O ferro do machado simboliza:
A) a fraqueza do nosso serviço.
B) a força do nosso serviço para Deus.
C) que somos fortes e sábios.
3. O moço gritou:
A) "Ai, meu senhor! eu o comprei ontem"
B) "Ai, meu senhor! eu ainda não o paguei".
C) "Ai, meu senhor! porque era emprestado".
4. Eliseu cortou um pau:
A) lançou-o ali e fez flutuar o ferro.
B) e mandou o rapaz mergulhar.
C) e o fincou na margem do rio.
5. Um pau cortado é figura:
A) do pecado.
B) da morte do Senhor Jesus.
C) da morte de Elias.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo;
6. Provavelmente, os discípulos dos profetas eram todos jovens.
7. O machado que caiu na água era emprestado.
8. O moço não sabia onde o machado caíra.
9. Jesus foi cortado da terra dos viventes.
10. O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado.

Prova N° 11 (Lição N° 11)


Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
-8-
1.0 rei da Síria cercou a cidade com cavalos e tropas para prender:
A) apenas a Eliseu.
B) o exército de Israel.
C) o rei de Israel.
2. Eliseu, com sua vida em perigo,:
A) ora a Deus e está temeroso por sua vida.
B) perde sua confiança e a animação de antes.
C) ainda demonstra a sua confiança em Deus.
3. O segredo da confiança de Eliseu era:
A) porque ele era muito fone.
B) a certeza da presença do Senhor com ele.
C) porque ele possuía o manto de Elias.
4. A nossa luta é:
A) espiritual e não física.
B) apenas física.
C) uma luta em vão.
5. Eliseu orou ao Senhor e disse:
A) "Mata todos estes soldados". (
B) "Fere-os de morte".
C) "Fere, peco-Te, esta gente de cegueira".
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo—
6. O servo de Deus não deve temer mudanças. .......
7. Eliseu sempre vacilava e era medroso.
8. Ao ver a cidade cercada, Eliseu disse: "Ai, meu Senhor, que faremos?"
9. A oração foi a arma de Eliseu.
10. Eliseu vivia na presença de Deus.

Prova N° 12 (Lição N° 12)


Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Samaria era a capital:
A) das dez tribos de Israel.
B) das duas tribos de Judá e Benjamim.
C) do Egito.
2. A maior dádiva de Deus para o homem é:
A) a chuva.
B) a vida.
C) Seu Filho amado, Jesus.
-9-
3. O capitão àierédutoi
A) morreu sem ver o suprimento para o seu povo.
B) viu o suprimento e morreu pisado pelo povo.
C) viu o suprimento e provou dele. *
4. A profecia de Eliseu se cumpriu:
A) tanto a de salvação quanto a de julgamento.
B) apenas em parte.
C) dois dias após a data mareada.
5. Em Samaria foi vendido: .
A) um alqueire de flor de farinha por dez sidos. - - . . - • •
B) dois alqueires de cevada por dez sickas.
C) um alqueire de flor de farinha por um sido e dois de cevada por um si-
clo, segundo a Palavra do Senhor.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. O profeta Eliseu morava em Samaria.
7. Samaria não era uma cidade idólatra.
8. O povo de Samaria estava esperançoso e confiante.
9. A esperança vem de cima. Só Deus pode salvar o homem.
10. O Senhor Jesus disse que: "Quem nEle crê não é julgado".

Prova N° 13 (Lição N° 13)


Escolha uma das letras (A, 8 ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A casa de Acabe foi destruída pelo:
A) rei Jeú.
B) profeta Eliseu.
C) servo de Nabote.
2. Elias operou:
A) três mHagres.
K) quatro milagres.
C) oito milagres.
3. Eliseu fez:
A) quatro milagres.
B) dezesseis milagres.
C) cinco milagres.
4. Três reis ímpios que foram alcançados pelos flecheiros:
A) Saul. Acabe e Jorão.
B) Saul. Golias e Davi.
C) Golias. Jorão e Acabe.
-10-
5. O azeite da viúva parou por falta de:
A) fé.
B) azeite.
C) vasilhas.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Elias fez quatro milagres de julgamento e três de bênção.
7. Eliseu fez três milagres de julgamento e doze de bênção.
8. Elias morreu e os anjos o sepultaram.
9. Eliseu foi arrebatado ao céu.
10. As nossas vitórias somente podem ser ganhas pelo poder de Deus

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