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ELISEU
13 estudos
em 2° Reis
por
Kenneth Jones
Curso Bíblico
"ALFAEÔMEGA"
C.P. 3033
06210-990 Ososco - SP
Fone: (011) 869-3526
Uçio N°1
A CHAMADA DE ELISEU
Leitura: 1° Reis 19.19 a 21; Lucas 9.59 a 62
Elias, depois da sua restauração espiritual, aprendeu que Deus não é so-
mente vivo, o Deus da criação e da ressurreição, mas que também é o '"Deus
dos Exércitos", que reina. E Ele que coloca os reis no trono e também os tira.
Disse Deus a Elias: "Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e,
em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás
rei sobre Israel, e também Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta
em teu lugar" (1° Reis 19.15 e 16). Deus escolheu dois homens perversos (Ha-
zael e Jeú) para cumprir as profecias de julgamento contra a casa de Acabe e
eles o fizeram sem a intervenção de Eliseu (1° Réis 19.17).
A UNÇÃO
à palavra "ungir" é simbólica, pois a vontade de Deus foi executada de
três maneiras diferentes. Elias lançou o seu manto sobre Eliseu, a quem ele de-
legou autoridade para levar a Hazael a notícia que este seria rei da Síria (2° Reis
9.1 a 13). Foi Eliseu também que mandou um dos discípulos dos profetas a un-
gir Jeú rei de Israel (2° Reis 9.1 a 13). A missão mais importante de Elias foi
chamar Eliseu para ser seu sucessor. Elias ficou contente porque não estava
sozinho como pensava, pois havia sete mil fiéis a Deus e um profeta para conti-
nuar a sua obra. Este não foi o fim de sua vida, pois ele ainda prestou mais ser-
viço para Deus.
Era primavera quando Elias viajou do deserto para a terra fértil de Abel-
Meolá, onde Eliseu, com onze lavradores, estava arando a terra com doze jun-
tas de bois. Parece que era uma fazenda boa e próspera. Eliseu estava com a
última junta de bois, mas Elias passou pelos onze lavradores e, ao chegar ao úl-
timo, lançou o seu manto sobre Eliseu.
Foi a mesma experiência de Samuel quando foi à casa de Jessé para un-
gir um dos filhos deste como rei. Faz-nos lembrar das palavras do Senhor Je-
sus: "Os últimos serão primeiros e os primeiros serão últimos" (Mateus 20.16).
Elias, vindo desprevenido do deserto, não tinha óleo para ungir Eliseu,
mas vestia-se com um manto, conhecido, mesmo pelos reis, como o manto do
profeta Elias (2° Reis 1.8). Não lemos que Elias tenha ungido Eliseu porque os
profetas foram ungidos por Deus, enquanto que os reis e scerdotes foram ungi-
dos pelos homens. Alguns foram ungidos pelos homens e por Deus, como, por
exemplo, Davi. Disse Deus: "Encontrei Davi, Meu servo; com o Meu santo óleo o
ungi" (Salmo 89.20). Os profetas não foram ungidos com óleo, que é somente
símbolo da unção do Espírito Santo. Os reis e sacerdotes foram ungidos para
cumprirem o seu serviço, mas a maioria ficou somente no símbolo. Os profetas
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foram ungidos não com o símbolo, mas com o que a unção simbolizava; foram
ungidos pelo Espírito Santo, que controlava os profetas de tal maneira que eles
podiam proferir a palavra de Deus com autoridade, dizendo: "Assim diz o Se-
nhor...". Elias, como profeta, controlado pelo Espírito Santo, num gesto carac-
terístico, lançou o seu manto nos ombros de Eliseu, indicando que ele hão tinha
sido apenas ungido como profeta, mas que fora chamado para ser o sucessor
do grande profeta Elias. Eliseu compreendeu o significado deste ato ao sentir o
peso do manto de Elias nos seus ombros. Elias logo recobrou o seu manto
porque ainda precisava dele.
No Velho Testamento há objetos que simbolizam a vida de certos servgs
de Deus, Por exemplo: A tenda é símbolo da vida de Abraão; o poço, de Isaque;
uma coluna, de Jacó; a vara, de Moisés; o cajado de pastor, de Davi; o manto,
de Elias; o arado, de Eliseu.
ELISEU, O LAVRADOR
O trabalho e a profissão de uma pessoa influem muito no ministério do
servo de Deus. Como lavrador, Eliseu aprendeu muitas lições úteis para a sua
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missão e ministério de profeta. Estas lições também servem para nós, em nosso
serviço para Deus.
1) A união faz a força. O jugo demonstra este fato. Eliseu, pela sua ex-
periência com a junta de bois, sabia que dois podem fazer o que é impossível
para um. Eliseu, ao sair do serviço da roça, entrou numa outra união: um jugo
com Deus. Assim, ele cooperava com Deus no serviço de Deus. O Senhor Je-
sus também convida os crentes a cooperarem com Ele no Seu serviço. Ele dis-
se: "Tomai sobre vós o Meu jugo'" (Mateus 11.29). É uma decisão que o salvo
deve fazer e é para todos os crentes, porém, nem todos conhecem esta expe-
riência.
2) Como lavrador, Eliseu sabia que só os animais da mesma natureza
podem trabalhar juntos no jugo. Deus proibiu os israelitas lavrarem com um
jugo desigual, pois não dá certo. É uma proibição .para os cristãos também (2a
Coríntios 6.14). O Senhor Jesus explicou como podemos trabalhar no jugo com
Ele. Temos de conhecê-IO primeiro: "Aprendei de Mim". Temos deter o mesmo
caráter dEle: "Porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para as vossas almas" (Mateus 11.29).
3) Com o arado, o lavrador corta e revira a terra. Ele tem de preparar a
terra para receber a semente. Eliseu sabia que não adiantava lançar a semente
na terra dura. O pregador também precisa aprender esta lição. A pregação, em
primeiro lugar, deve produzir o arrependimento e a convicção de pecado pelo
poder do Espírito Santo.
4) Como lavrador, Eliseu sabia que, além de arar, tinha de semear a
boa semente. Este também é o dever do pregador. O Senhor Jesus, na Sua
pregação, deu exemplo disto. Em Mateus 11.21 a 24 lemos das palavras duras
de julgamento que Ele proferiu contra as cidades de Corazim, Betsaida e Cafar-
naum por causa da falta de arrependimento e de fé. O Senhor Jesus estava fa-
zendo o serviço do arado, preparando os corações para receberem a semente
do Evangelho. É o que Ele fez depois no versículo 28: "Vinde a Mim todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei".
5) Eliseu sabia que, para fazer um sulco certo na terra, precisava guiar
o arado com mão firme e fixar os olhos num objeto definido do outro lado
do campo.
Certa vez, um fazendeiro enviou um rapaz arar um campo. Quando o fa-
zendeiro chegou, ele viu que as leiras tinham sido cortadas todas tortas e des-
cobriu que o rapaz, ao invés de olhar para o alvo, tinha estado distraindo-se
olhando para um passarinho que voava. Elias cortou um sulco certo até certo
ponto, mas, quando tirou os olhos de Deus e os fixou na ameaça de Jezabel,
ele se desviou; depois, no Monte Horebe, ele começou uma carreira reta mais
uma vez. Eliseu, porém, não se desviou do seu alvo na vida espiritual, nem no
seu ministério de profeta.
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Como podemos em nossa vida espiritual andar certos, sem desvios? A
resposta se encontra em Hebreus 12.2: "Olhando firmemente para o Autor e
Consumador da fé, Jesus, o qual, "em troca da alegria que Lhe estava proposta,
suportou a cruz".
A DESPEDIDA DE ELISEU
Quando Elias lançou o manto sobre Eliseu, este correu após Elias e disse:
"Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei". Elias pensou
que fosse uma desculpa logo respondeu: "Vai e volta; pois já sabes o que fiz
contigo" (19.20). Ele empregou as mesmas palavras que Deus disse a ele no
Monte Horebe: "Vai e volta" (19.15).
A DISPOSIÇÃO DE ELISEU
Para ser discípulo de Elias, Eliseu estava disposto a deixar para sempre o
seu lar e a sua fazenda. Matou a sua junta de bois e queimou o arado para co-
zinhar a carne. Fez uma festa para o povo, demonstrando que era uma despe-
dida para nunca mais olhar para trás. Então se dispôs e seguiu a Elias. 'O Se-
nhor Jesus encontrou-se com três falsos discípulos. O primeiro Lhe disse: "Se-
guir-Te-ei para onde quer que fores" (Lucas 9.57). Foi uma decisão precipitada,
sem pensar no custo. O Senhor Jesus chamou o segundo e disse-lhe: "Se-
gue-Me", porém ele respondeu: "Permite-me primeiro sepultar a meu pai". Pa-
rece que seu pai ainda estava vivo, senão ele estaria cuidando do enterro do
pai. O terceiro Lhe disse: "Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despe-
dir-me dos de casa". A despedida dele podia demorar dias ou semanas, ou
nunca havia de terminar. A despedida de Eliseu foi bem diferente.
O Senhor Jesus lembrou-se de Eliseu e disse ao moço: "Ninguém que,
tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus" (Lu-
cas 9.62).
Lição N° 2
O ÚLTIMO DIA DE ELIAS NA TERRA
Leitura: 2° Reis 2.1 a 8
JERICÓ
Jericó foi a primeira cidade conquistada pelos israelitas na terra de Canaã.
Creio que seria de grande interesse para os dois profetas recordar como foi to-
mada a cidade de Jericó.
1) Foi pela aceitação do novo capitão. Josué estava perto de Jericó,
pensando como podia capturar a cidade, quando apareceu diante dele um ho-
mem que trazia na mão uma espada nua. Josué perguntou-Lhe: "És Tu dos
nossos, ou dos nossos adversários? Respondeu Ele: Não; sou príncipe do
exército do Senhor e acabo de chegar. Então Josué se prostrou sobre o seu
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rosto em terra e O adorou, e disse-Lhe: QUE DIZ MEU SENHOR AO SEU SER-
VO?" (JoSué 5.13 e 14). Josué reconheceu que estava na presença de Deus, se
rendeu a Ele como adorador e se ofereceu como servo humilde, pronto a rece-
ber as ordens do novo capitão, ou seja, o novo general.
2) A vitória foi ganha pela obediência às ordens de Deus. O povo mar-
chou ao redor de Jericó por seis dias e no sétimo dia andar em redor da cidade
sete vezes com a arca de Deus! As ordens não pareciam de bom senso. Os sa-
cerdotes tocaram as trombetas, o povo gritou e os muros de Jericó caíram!
3) "Pela fé ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete
dias" (Hebreus 11.30). Pela história de Jericó, Eliseu podia aprender que a vitó-
ria é ganha pela rendição a Deus sem reservas, pela obediência e pela fé.
O RIO JORDÃO
A lição do Rio Jordão é que Deus cumpre a Sua promessa. Deus pro-
meteu tirar o Seu povo do Egito e levá-lo para a Terra Prometida. Depois que o
povo passou em seco o Rio Jordão, um representante de cada tribo tirou uma
pedra de onde os pés pousaram no caminho pelo rio e em Gilgal fizeram um
monumento com as pedras. Mais uma vez, lemos de pedra. As pedras do muro
de Jericó caíram, mas as pedras tiradas do Rio Jordão servem como uma lição
da fidelidade de Deus. Deus disse: Quando no futuro vossos filhos pergunta-
rem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos
filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão"(Josué 4.21 e 22). O dever
dos pais era ensinar seus filhos a respeito do grande acontecimento da passa-
gem do povo de Israel pelo Rio Jordão.
Mas a lição não é somente para os filhos de Israel porque todos os povos
devem aproveitar esta lição: "Para que todos os povos da terra conheçam que
A MÃO DO SENHOR É FORTE: a fim de que temais ao Senhor vosso Deus to-
dos os dias". (Josué 4.24).
Quando Elias e Eliseu chegaram ao Rio Jordão, a situação em Israel não
podia ser pior. O reino fora dividido, um rei perverso e idólatra estava reinando
em Israel e o povo estava afastado de Deus. Será que Deus tinha mudado?
Será que agora Ele tinha o mesmo poder de quando os israelitas passaram o
Rio Jordão a seco? A chegar ao rio, Elias deu a resposta. Enrolou o seu manto
e bateu com ele no rio. Imediatamente um caminho se abriu no rio, como acon-
teceu com os israelitas no passado, e os dois passaram para a outra banda.
Naquele dia Eliseu aprendeu uma lição preciosa: Deus é o mesmo, pois Ele não
muda. Ele "é o mesmo ontem, hoje e eternamente" (Hebreus 13.8).
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Lição N° 3
A SUBIDA DE ELIAS
Leitura: 2° Reis 2.9 a 18
"QUE DESEJAS?"
A resposta a esta pergunta revela o caráter e o alvo da pessoa que res-
ponde. Vamos fazer a pergunta a nós mesmos: "O QUE EU QUERO MAIS DO
QUE OUTRA COISA QUALQUER NO MUNDO?" Pela resposta sabe-se que tipo
de pessoa ela é. Outros responderam de diversas maneiras a esta pergunta.
• O CEGO DE JERICÓ. Quando o Senhor Jesus lhe perguntou: "Que
queres que Eu te faça?", o cego respondeu: "Que eu torne a ver" (Marcos
10.51). Ele sentiu a sua necessidade física mais do que qualquer outra coisa.
• O REI SALOMÃO, ao subir ao trono, sentiu a sua falta de entendimento
e de sabedoria para governar o povo. Em Gibeon, lhe apareceu o Senhor de
noite em sonhos. Disse-lhe Deus: "Pede-Me o que queres que Eu te dê" (1°
Reis 3.8). Salomão respondeu: "Dá, pois, ao Teu servo coração compreensivo
para julgar a Teu povo, para que discirna entre o bem e o mal" (1° Reis 3.9). Sa-
lomão tornou-se conhecido pela sua grande sabedoria, porém faltou-lhe o ele-
mento espiritual e desviou-se do caminho de Deus.
• O pedido do REI DAVI foi diferente. Em Salmo 27.4 ele disse: "UMA
COISA PEÇO AO SENHOR E A BUSCAREI: QUE EU POSSA MORAR NA CASA
DO SENHOR TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA, PARA CONTEMPLAR A BELE-
ZA DO SENHOR E MEDITAR NO SEU TEMPLO". Este desejo é espiritual e do
coração.
• O pedido de ELISEU foi louvável. Eliseu respondeu a Elias: "Peço-te que
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ME TOQUE POR HERANÇA PORÇÃO DOBRADA DO TEU ESPÍRITO". Elias, pa-
ra quem nada era difícil, achou o pedido de Eliseu muito duro e difícil. Disse-lhe:
"Se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará" (2° Reis 2.10).
O PEDIDO DE ELISEU
"Peço-te que me toque POR HERANÇA PORÇÃO DOBRADA DO TEU
ESPÍRITO". Eliseu pediu a herança do primogénito, que é porção dobrada
(Deuteronômio 21.17).
A SUBIDA DE ELIAS
"Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de
fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho" (v. 11).
Eliseu cumpriu a condição exigida para receber a porção dobrada do
espírito de seu mestre. Ele viu Elias subir num redemoinho: "Vendo Eliseu, cla-
mou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!" (v. 12). Eliseu mos-
trou a sua tristeza: "E, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes"
(2.12).
O MANTO DE ELIAS
Elias deixou cair o seu manto, o qual Eliseu tomou e voltou à beira do Rio
Jordão. Eliseu foi chamado para ser discípulo de Elias quando ele sentiu o man-
to cair sobre os seus ombros, mas, na subida de Elias, o manto caído simboli-
zava a entrega da MISSÃO de profeta a Eliseu, que precisaria de poder para
cumprir a sua missão. Isto ele recebeu ao exercer a sua missão. Ao chegar ao
Rio Jordão, ele "tomou o manto que Elias deixou cair, feriu as águas e disse:
Onde está o Senhor, Deus de Elias?" (v. 14).
A mesma coisa aconteceu quando Elias feriu as águas e se abriu um ca-
minho no rio e Eliseu passou para a outra banda em seco. Ele recebeu a
missão e o poder de cumpri-la. Os discípulos dos profetas, que estavam defron-
te de Jericó, naquele momento reconheceram Eliseu como sucessor de Elias e
disseram: "O espírito de Elias repousa sobre Eliseu" (v. 13).
O DEUS DE ELIAS
Quando Eliseu feriu as águas do Rio Jordão com o manto de Elias, ele
disse: "Onde está o Deus de Elias?" A expressão "o Deus de Elias" é interes-
sante. O povo estava sem o conhecimento de Deus e somente podia saber
quem é Deus pela vida de Seu servo. O Deus segundo Elias era o Deus pode-
roso. Que conceito de nosso Deus tem o povo, ao olhar para a nossa vida? Ele
é o Deus poderoso ou o Deus fraco?
Quando Eliseu saiu do Rio Jordão, os discípulos dos profetas tinham pre-
senciado tudo. A reação deles à subida de Elias mostra a sua falta de conheci-
mento. Eles disseram a Elias: "Eis que entre os teus servos há cinquenta ho-
mens valentes; ora deixa-os ir em procura do teu senhor; pode ser que o Espíri-
to do Senhor o tivesse levado e lançado nalgum dos montes, ou nalgum dos va-
les. Porém ele respondeu: Não os envieis" (2.16).
Pela sua insistência, Eliseu deu-lhes permissão para procurarem o corpo
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de Elias, mas, quando voltaram, três dias depois, sem o achar, Eliseu os repre-
endeu, dizendo: "Não vos disse que não fôsseis?" (v. 18). Eles não esperavam
que o corpo entrasse no céu, mas somente a sua alma, e pensavam que o
Espírito tivesse levado o seu corpo e o tivesse lançado num monte ou num vale,
enquanto a alma entrava no céu.
Sabemos "que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus" (1a
Coríntios 15.50). Ao entrar no céu, o corpo de Elias foi transformado num corpo
de glória. No Monte da transfiguração, Moisés e Elias apareceram com o Se-
nhor em glória. "Eis que dois varões falavam com Ele, Moisés e Elias. Os quais
aparecerem em glória" (Lucas 9.30 e 31).
O ensino do arrebatamento foi estranho aos discípulos dos profetas e o
ensino do arrebatamento da Igreja não se encontra no Velho Testamento. Antes
de Elias, somente um homem foi levado para ò céu sem morrer. Em Hebreus
11.5 lemos: "Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado
porque Deus o trasladara". Não foi um arrebatamento espetacular como o de
Elias, pois Enoque simplesmente desapareceu e não foi achado. Assim, o povo
nada sabia de como acontecera e, por isso, os discípulos dos profetas não sa-
biam como Enoque fora trasladado.
Os crentes que estiverem aqui na terra quando Cristo vier para buscar a
Sua Igreja serão arrebatados, como o apóstolo Paulo escreveu em 1a Tessalo-
nicenses 4.16 e 17, onde lemos: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua pa-
lavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, des-
cerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vi-
vos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o
Senhor".
Lição N° 4
ELISEU EM JERICÓ E BETEL
Leitura: 2° Reis 2.19 a 25
O PRATO NOVO
O prato era feito de barro na olaria e é figura do corpo humano. O apóstolo
Paulo em 2a Coríntios 4.7 comparou o nosso corpo a um vaso de barro. Ele es-
creveu: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro". O prato novo simbo-
liza a humanidade de Cristo. O apóstolo Paulo escreveu: "Conheceis a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós" (2a
Coríntios 8.9). Ficamos admirados pelo amor de Cristo, pois Ele, sendo Deus,
se tornou homem.
A BÊNÇÃO FOI APENAS POR UM PRATO NOVO. Qualquer prato não ser-
via. O Senhor é homem, mas um homem novo, um homem diferente dos de-
mais. Lemos na Bíblia de três tipos de corpo humano: a) O corpo inocente de
Adão e de Eva; b) O corpo do pecado que todos nós temos, isto é, uma nature-
za pecaminosa; c) O corpo de Cristo, perfeito e sem pecado. O escritor da carta
aos Hebreus citou um Salmo Messiânico, que se refere ao corpo de Cristo: "An-
tes um corpo Me formaste" (Hebreus 10.5). O corpo do Senhor Jesus foi forma-
do por milagre e era um corpo sem a nossa natureza pecaminosa.
Lição N° 5
O SEGREDO DA BÊNÇÃO
Leitura: 2° Reis 3.1 a 20
Josafá, rei de Judá, era homem piedoso e temente a Deus, mas, ao mes-
mo tempo, faltava-lhe prudência e em duas ocasiões correu perigo e se achou
em situações difíceis por causa do jugo desigual. Enquanto Josafá reinava em
Jerusalém sobre as tribos de Judá e de Benjamim, Jorão, filho de Acabe, reina-
va em Samaria sobre as dez tribos de Israel. Jorão era idólatra e perverso, se-
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guindo o exemplo de seu pai Acabe e de sua mãe Jezabel. Havia um contraste
muito grande entre os dois reis. Josafá era piedoso e temente a Deus, mas
Joráo era idólatra e perverso. Fica bem patente que a amizade e a aliança entre
os dois reis não podia dar certo. O jugo desigual é proibido por Deus.
A HORA DA BÊNÇÃO
"Pela manhã ao apresentar-se a oferta de manjares, eis que vinham as
águas pelo caminho de Edom: e a terra se encheu de água" (v. 20). O serviço
do templo e os sacrifícios são figuras do Senhor Jesus. As bênçãos são somen-
te por Ele e pela Sua morte na cruz. Ele pode saciar a sede espiritual e dar-nos
a vitória.
Lição N° 6
A BOTIJA DE AZEITE
Leitura: 2° Reis 4.1 a 7
Lição N° 7
A SUNAMITA
Leitura: 2° Reis 4.8 a 37
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ELISEU ACEITOU A ACOMODAÇÃO OFERECIDA PELA SUNAMITA E QUIS
RETRIBUIR A SUA BONDADE
Eliseu enviou um recado à. sunamita: "Eis que tu nos tens tratado com
muita abnegação, que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale
a teu favor ao rei, ou ao comandante do exército?" (v. 13).
A AUTO-SUFICIÊNCIA
A mulher deu uma resposta orgulhosa: "Habito no meio do meu povo" (v.
13). O que ela realmente estava dizendo é: "Não tenho necessidade de nada.
Não preciso de sua ajuda". Embora ela se tenha expressado de uma maneira
gentil, ela confiava nas suas possessões e na sua posição entre o seu povo
e não confiava em Deus.
É a mesma atitude dá igreja em Laodicéia, que disse: "Estou rico e abas-
tado, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserá-
vel, pobre, cego e nu" (Apocalipse 3.17).
2° REIS 8.1 A 6
A sunamita foi avisada por Eliseu que haveria uma fome na terra por sete
anos e foi aconselhada pelo profeta a abandonar a sua propriedade na qual, no
passado, ela tinha colocado a sua confiança. "Levantou-se a mulher e fez se-
gundo a palavra do homem de Deus: saiu com os da sua casa e habitou por se-
te anos na terra dos filisteus" (2° Reis 8.2).
A sunamita, que antes confiava em si mesma e nas suas propriedades,
agora passou a confiar somente em Deus e começou a gozar grandes bênçãos
que, de outro modo, seria impossível obter. Pela sua fé em Deus, ela obedeceu
à palavra de Deus e saiu da sua fazenda para morar na terra dos filisteus.
No fim dos sete anos ela voltou para Israel, mas achou a sua fazenda ocu-
pada por outras pessoas. Na sua experiência ela descobriu que em Deus havia
recursos para resolver qualquer problema. Ela confiou na direção de Deus e
agora surgiu o problema da sua fazenda que ela precisava ocupar de novo. Tu-
do estava nas mãos de Deus. Ela confiava na direção de Deus e, por isso, espe-
rava provar os recursos divinos no caso.
Lição N° 8
ELISEU EM GILGAL
Leitura: 2° Reis 4.38 a 44; Mateus 14.13 a 21
No último dia de Elias na terra, ele fez uma viagem em companhia de Eli-
seu que terminou com o seu arrebatamento para o céu. A viagem naquele dia
começou em Gilgal e visitaram três lugares onde havia escolas dos discípulos
dos profetas, onde os profetas ensinavam os seus discípulos, não para ser pro-
fetas, mas sim, para ensinar o povo a respeito do Deus verdadeiro. Estes três
lugares são Gilgal, Betei e Jericó.
Lição N° 9
AMOR AO INIMIGO
Leitura: 2° Reis 5.1 a 27
O assunto desta lição pode ser "a graça de Deus". Na Bíblia, a palavra
"graça" significa "amor ao não merecedor"; por isso, amor ao inimigo é graça.
Deus ama Seu Filho Jesus Cristo, mas isto não é graça porque Jesus Cristo me-
rece o amor do Pai. Mas o amor de Deus para nós é graça porque, como peca-
dores, não merecemos o amor de Deus.
O INIMIGO
Os siros eram inimigos dos israelitas. As suas tropas invadiram Israel; ma-
taram, destruíram e levaram cativa uma menina para ser escrava da mulher do
general do exército siro, chamado Naamã. Podemos imaginar a tristeza daquela
menina: porém, ela não mostrou ressentimento. Ela viu um grande problema e
tristeza naquele lar e ela mostrou compaixão pelos inimigos do seu país.
Naamã era grande homem diante do rei da Síria, de muito concerto; ga-
nhou vitórias e era herói de guerra. Apesar de todas as suas qualidades, lemos:
"porém leproso". Esta é uma doença que estragou a sua vida toda: a sua vida
militar, a vida social e a vida no lar. O leproso viu-se obrigado a sair de casa e
da sua cidade para morar num ermo. É um quadro do pecador que, apesar das
qualidades da pessoa, estraga a vida toda.
A menina, ao ver a situação trágica do casal, teve compaixão deles, mes-
mo sendo inimigos do seu povo, e anunciou-lhes as boas novas: "Oxalá o meu
senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da
sua lepra" (v. 3). Era a única esperança para o leproso. Naamã informou o rei
da Síria da boa notícia e este logo se prontificou a enviar Naamã a Israel para
ser curado da lepra.
GEAZI
Nesta altura começa a história triste de Geazi, que não podia compreen-
der porque Eliseu não queria aceitar o presente, apesar de ser uma fortuna.
Geazi cobiçou aquela riqueza e formou um plano de adquirir, ao menos,
uma parte daquele tesouro. Resolveu correr atrás de Naamã, o qual, vendo
Geazi correndo, parou, saltou do seu carro e foi ao encontro de Geazi. Então
lhe perguntou: "Vai tudo bem?" Um pecado chama outro. Geazi cobiçou e ago-
ra mentiu. Ele respondeu: "Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis
que agora mesmo vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas
da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas ves-
tes festivais". Naamã deu dois talentos de prata e duas vestes festivais e man-
dou dois moços levá-los ao esconderijo de Geazi.
Ao chegar à casa do profeta, este já sabia o que tinha acontecido. Disse-
lhe: "Donde vens, Geazi?" Este mentiu: "Teu servo não foi a parte alguma". Ele
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foi repreendido (v. 26) e caiu um duro castigo sobre ele. Disse-lhe Eliseu: "por-
tanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre.
Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve" (v. 27).
Parece um castigo muito severo, mas a cobiça é um pecado muito grave.
É o mesmo pecado que Acã cometeu quando cobiçou a prata, a capa e a barra
de ouro em Jericó. Ele e a sua família foram apedrejados e queimados (Josué
7.23 a 25).
Lição N° 10
O FERRO DO MACHADO PERDIDO E ACHADO
Leitura: 2° Reis 6.1 a 7
O MEIO DE RECUPERAÇÃO
Eliseu fez uma coisa estranha e inesperada. "Então Eliseu cortou um pau,
lançou-o ali, fez flutuar o ferro" (v. 6). Ele não mandou um rapaz mergulhar e
procurar o machado entre a lama no fundo do rio. Não foi pelo esforço do ho-
mem, mas sim, por um milagre, que o ferro do machado subiu. Contra a sua
própria natureza, ele subiu e flutuou sobre a superfície das águas. "Um pau cor-
tado" é figura do Senhor Jesus, dAquele que "foi cortado da terra dos viventes"
(Isaías 53.8). O meio de recuperação é registrado em 1a João 1.9: "Se confes-
sarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injustiça". Também lemos: "O sangue de Jesus Cristo,
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Seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1a João 1.7).
Lição N° 11
A PRESENÇA DE DEUS COM ELISEU
Leitura: 2° Reis 6.8 a 23
A ORAÇÃO
O servo de Eliseu não contava com a presença de Deus com eles. Cheio
de medo, ele gritou: "Ai! meu senhor! que faremos?" (v. 15). A resposta de Eli-
seu foi clara: "Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os
que estão com eles".
A oração foi a arma de Eliseu.
A sua oração não foi a favor da sua própria segurança, mas orou primeiro
para que o seu servo conhecesse a presença de Deus com eles e soubesse da
proteção de Deus e do grande poder ao seu dispor. Eliseu vivia na presença de
Deus e, por isso, podia falar com Deus como se fala com um amigo.
A VISÃO
A oração de Eliseu foi curta: "Senhor, peco-Te que lhe abras os olhos para
que veja. O Senhor abriu os olhos do moço e ele viu que o monte estava cheio
de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu" (v. 17). Eliseu não precisava
da visão porque ele era homem de fé e sabia que Deus o protegia. Os servos
de Deus podem contar com a presença de Deus no seu serviço. O Senhor Je-
sus disse aos Seus discípulos: "Toda a autoridade Me foi dada no céu e na ter-
ra. Ide... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século"
(Mateus 28. 18 e 20). Por que a proteção divina de Eliseu é representada por
cavalos e carros de fogo? Porque nos livros dos Reis, no tempo de Eliseu, cava-
los e carros representam o poder militar. O servo de Eliseu podia entender este
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símbolo, mas ele precisava entender que o poder de Deus é maior do que o
poder do inimigo.
NOVA ORAÇÃO
Mais uma vez, Eliseu orou. "E como desceram contra ele, orou Eliseu ao
Senhor e disse: Fere, peco-Te, esta gente de cegueira". Deus respondeu à
oração de Eliseu e a tropa síria ficou cega. Deus não precisava de cavalos e de
carros de fogo para vencer o inimigo. Somente pela cegueira os soldados siros
foram vencidos. "Então Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem esta a ci-
dade; segui-me e guiar-vos-ei ao homem que buscais". Os siros procuravam
duas pessoas: o rei de Israel e o profeta Eliseu. Ele os guiou a Samaria, onde o
rei e o profeta moravam. Mais uma vez ele orou: "Ó Senhor, abre os olhos des-
tes homens para que vejam" e se lhes abriram os olhos.
Quando o rei de Israel viu os soldados siros, quis matá-los, porém Eliseu
não o deixou. Mandou dar-lhes pão e água, porém o rei ofereceu-lhes um gran-
de banquete. Ele mostrou amor para com os inimigos, porém o rei da Síria pa-
gou o bem com o mal e continuou a guerra contra Israel. Agora, o rei da Síria
mudou de tática, pois não mandou mais as suas tropas fazerem investidas na
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terra de Israel, isto é, emboscadas para atacar num certo lugar de surpresa,
porque não adiantava, pois, pelo profeta Eliseu, o rei de Israel sabia de todos os
movimentos das tropas do rei da Síria. Este continuou a guerra, mas, em vez de
fazer investidas, ele sitiou a cidade de Samaria.
Lição N°12
JANELAS NO CÉU
Leitura: 2° Reis 6.24 a 7.20
Samaria era a cidade do rei Acabe e de Jezabel e a capital das dez tribos
de Israel, cuja idolatria e perversidade são bem conhecidas. Naquela cidade,
onde havia tanta oposição a Deus e tanta maldade, morava o profeta Eliseu. Por
causa da sua idolatria e pecados, a cidade de Samaria foi duramente castigada
por Deus.
SAMARIA SITIADA
O rei da Síria, Ben-Hadade, ajuntou todo o seu exército e sitiou a cidade.
Ninguém podia entrar nem sair e faltaram alimentos dentro da cidade, onde ha-
via uma grande fome. O povo comia coisas que não são para comer e, mesmo
assim, pagava um preço bem elevado.
Houve o caso de uma mulher que matou o seu próprio filho e o comeu. Ela
clamou ao rei, que passava pelo muro. Quando o rei soube do caso, rasgou as
suas vestes e pronunciou um juramento contra Eliseu: "Assim me faça Deus o
que bem Lhe aprouver se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, lhe ficar hoje so-
bre os ombros" (6.31). O rei e o povo eram os culpados por aquela desgraça,
mas não reconheceram a sua culpa.
O rei malvado, não reconhecendo que pelo pecado é que o povo estava
sofrendo, ao invés de se culpar pela desgraça do povo, lançou a culpa em Deus
e no Seu profeta Eliseu. Ele enviou um mensageiro à casa de Eliseu para o ma-
tar. Eliseu estava em casa juntamente com os anciãos da cidade. Ele já sabia
do plano do rei de tirar-lhe a vida. Não sabemos o motivo do rei, mas ele logo
seguiu o seu mensageiro. Eliseu disse aos anciãos: "Vedes como o filho do
homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-
lhe a porta e empurrai-o com ela; porventura não vem após ele o ruído dos pés
de seu senhor?" Ao chegar à casa do profeta, o rei disse: "Eis que este mal
vem do Senhor, que mais, pois, esperaria eu dele?" (6.33). A sua atitude e as
suas palavras são de plena revolta contra Deus. Ele estava numa situação peri-
gosa e, ainda assim, revoltava-se contra Deus.
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DEUS RESPONDEU MOSTRANDO O SEU AMOR PARA COM O REBELDE
De fato, este é um quadro da graça de Deus para com o Seu povo. O pro-
feta anunciou o fim da fome, boas notícias para aquele povo. O rei, ao chegar à
porta de Eliseu, ouviu o profeta anunciar esta boa notícia: "Ouvi a palavra do
Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á
um alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois de cevada por um siclo, à por-
ta de Samaria". Isto quer dizer que, no dia seguinte, haveria bastante alimento e
barato. Nisto vemos a bondade de Deus. Apesar da inimizade e oposição, Deus
enviou a boa notícia de vida e salvação ao povo de Samaria, que estava mor-
rendo de fome. Também Deus demonstrou a Sua bondade ao povo deste mun-
do, enviando o Seu Filho para ser Salvador, mas o mundo mostrou a sua inimi-
zade contra Deus, crucificando o Senhor Jesus.
A INCREDULIDADE É O IMPEDIMENTO
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A salvação é de Deus, mas a incredulidade rouba pessoas desta preciosa
dádiva. "O capitão, a cujo braço o rei se apoiava, respondeu ao homem de
Deus: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia suceder isto?" A pro-
fecia de julgamento veio com rapidez contra ele. Disse Eliseu: "Eis que tu verás
com os teus olhos, porém disso não comerás" (7.2). Que tragédia! Ver a sal-
vação de outros e, ao mesmo tempo, ficar oerdido pela sua incredulidade!
A INCREDULIDADE PUNIDA
O capitão incrédulo que zombou da palavra de Deus proferida pelo profeta
Eliseu foi posto pelo rei na guarda da porta de Samaria e ele viu o cumprimento
da profecia de Eliseu: "Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á um al-
queire de flor de farinha por um siclo e dois de cevada por um siclo, à porta de
Samaria'". Ele viu o alimento chegar à porta da cidade e ser vendido por um
preço ao alcance de todos, porém o povo faminto correu para a porta e o ca-
pitão foi atropelado e pisado pelo povo e morreu. Tanto a profecia de salvação
como também a de julgamento se cumpriram: "Eis que tu verás com os teus
olhos, porém disso não comerás".
É muito triste quando uma pessoa vê a salvação de outros e a grande
transformação que o Evangelho faz e ainda continua perdida para sempre. O
Senhor Jesus disse a respeito de Si mesmo: "Quem nEle crê não é julgado; o
que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de
Deus" (João 3.18).
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Lição N° 13
A ÚLTIMA PROFECIA E O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU
Leitura: 2° Reis 13.14 a 21
OS MILAGRES DE ELIAS
1) A seca (1° Reis 17.1); 2) O aumento do óleo e da farinha da viúva (1°
Reis 17.6); 3) A ressurreição do filho da viúva (1° Reis 17.14); 4) O fogo do céu
sobre o sacrifício do Monte Carmelo (1° Reis 18.38); 5) O fim da seca (1° Reis
18.45); 6) Fogo do céu sobre o capitão e seus soldados (2° Reis 1.10); 7) Fogo
do céu sobre outro capitão e seus soldados (2° Reis 1.12); 8) Abriu caminho no
Rio Jordão (2° Reis 2.8).
OS MILAGRES DE ELISEU
1) Abriu caminho no Rio Jordão (2° Reis 2.14); 2) A fonte de Jericó tor-
nou-se saudável (2° Reis 2.21); 3) Salvação para o exército prestes a morrer de
sede (2° Reis 3.20); 4) O aumento do óleo da viúva (2° Reis 4.6); 5) O nascimen-
to do filho da sunamita (2° Reis 4.17); 6) A ressurreição do filho da sunamita (2°
Reis 4.34); 7) Tirou o perigo do cozinhado (2° Reis 4.38); 8) A multiplicação dos
pães (2° Reis 4.42); 9) A cura da lepra de Naamã (2° Reis 5.14); 10) Geazi ficou
leproso (2° Reis 5.27); 11) Fez o ferro flutuar (2° Reis 6.6); 12) Abriu os olhos do
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moço (2° Reis 6.17); 13) Feriu de cegueira o exército siro (2° Reis 6.18); 14)
Abriu os olhos do exército siro (2° Reis 6.20); 15) O milagre do alimento para o
povo de Samaria (2° Reis 7.18); 16) Julgamento sobre o capitão incrédulo (2°
Reis 7.20).
Nos últimos dias do profeta Eliseu, o rei Jeoás, neto de Jeú, desceu para
fazer uma visita a Eliseu. Chorou sobre o profeta e disse: "Meu pai, meu pai,
carros de Israel e seus cavaleiros" (2° Reis 13.14). São as mesmas palavras que
Eliseu disse quando Elias foi levado para o céu num redemoinho. Parece uma
maneira estranha de falar da partida tão diferente dos dois profetas. Elias foi le-
vado para o céu de uma maneira espetacular, enquanto que Eliseu morreu e foi
sepultado. Ainda assim, as mesmas palavras foram empregadas nos dois acon-
tecimentos.
É muito interessante ainda que a figura do poder militar daquele tempo se
emprega tanto para o arrebatamento quanto para a morte. Para o mundo, a
morte é uma humilhação, derrota e desgraça; porém, pelo poder de Deus e pa-
ra o povo de Deus, é de poder e de vitória. A Igreja espera a vinda do Senhor
Jesus nos ares. Os mortos em Cristo serão ressuscitados e os vivos serão
transformados. Será uma vitória e demonstração do poder de Deus. O apóstolo
Paulo escreveu: "Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte a tua vitó-
ria? onde está, ó morte, o seu aguilhão?" (1a Coríntios 15.54 e 55).
A JANELA ABERTA
Para o rei de Israel foi um símbolo da libertação da opressão dos siros e
da vitória sobre eles. Ele atirou a flecha pela janela aberta. Uma janela aberta
apresenta uma grande oportunidade. Para nós a janela aberta é a oportunidade
de pregar o Evangelho de Cristo e, para poder aproveitar isto, precisamos ter a
visão de Cristo quando Ele viu a necessidade espiritual do povo (Mateus 9.36).
A MORTE DE ELISEU
Morreu Eliseu e foi sepultado. Sucedeu que, enquanto enterravam um
homem, viram um bando de moabitas. Então eles lançaram o homem na sepul-
tura de Eliseu. Quando o cadáver tocou nos ossos de Eliseu, o homem reviveu
e se levantou.
-43-
Curso Bíblico
"AUFAEÕMEGA"
CP. 3033
06210-990 Ososco - SP
Fone: (011) 869-3526
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PROVAS DE
"O PROFETA ELJSEU"
Prova N° 1 (Lição N° 1)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Deus escolheu para julgamento da casa de Acabe:
A) Eliseu e Jeú.
B) Hazael e Jeú.
C) Eliseu e Hazael.
2. Quando Elias viajou do deserto para a terra de Abel-Meolá:
A) era verão.
B) era inverno
C) era primavera. '
3. O símbolo da vida de Abraão era:
A) a tenda.
B) a vara.
C) o manto.
4. O nome Eliseu significa:
A) Meu Deus é Jeová.
B) O Senhor é Deus.
C) Meu Deus é salvação.
5. Quando Elias lançou o manto sobre Eliseu, este:
A) matou a sua junta de bois e queimou o arado.
B) conservou os bois e queimou o arado.
C) conservou os bois e o arado.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Elias lançou o seu manto em Jeú.
7. Os profetas não foram ungidos com óleo.
8. Elias, com o seu manto, feriu as águas do Rio Jordão.
9. Elias cortou um sulco certo quando se fixou na ameaça de Jezabel.
10. Quem lança a mão no arado não pode olhar para trás!
Prova N° 2 (Lição N° 2)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
-t-
1. Eliseu tornou-se conhecido como:
A) Senhor de Elias.
B) Inimigo de Elias.
C) Aquele que deitava água nas mãos de Elias.
2. Josué trabalhou e aprendeu com:
A) Acate.
B) Moisés.
G) Elias.
3. No último dia de Elias na terra, Elias e Eliseu visitaram:
A) três lagares importantes.
B) dois lugares sem importância.
C) um lugar muito importante.
4. Nó dia seguinte, Jacó tomou a pedra que lhe serviu de travesseiro e:
A) quebrou-a em 12 pedaços.
B) a erigiu em coluna.
C) a levou consigo na viagem.
5. Jericó foi conquistada:
A) pela coragem e esforço dos soldados de Josué.
B) pelo plano traçado anteriormente por Josué.
C) porque Josué obedeceu fielmente as ordens de Deus.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Elias e Eliseu trabalhavam juntos no ensino.
7. Em Israel, no tempo de Elias, todos conheciam muito bem a Deus.
8. O lugar onde Jacó passou a primeira noite quando fugia de seu irmão foi Je-
ricó.
9. A graça de Deus é o amor imerecido.
10. Deus é o mesno ontem, hoje e eternamente.
Prova N° 3 (Lição N° 3)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.'
1. A saída deste mundo do profeta-Elias foi um acontecimento:
A) que pegou seus discípulos de surpresa.
B) muito triste por causa de sua morte.
C) esperado pelos seus discípulos.
2. O cego de Jericó pediu ao Senhor Jesus:
A) "Que eu torne a ver".
B) "Que eu tenha uma capa nova".
C) "Que eu seja salvo". • ,.
-2
3. Para que Efiseu recebesse o seu pedido, era necessário que ete:
A) abandonasse Elias no Jordão.
B) visse quando Elias fosse tomado dele.
C) ficasse com os discípulos dos profetas.
4. Elias subiu ao céu:
A) num cavalo de fogo.
B) levado pelos anjos.
C) num redemoinho.
5. Antes de Elias, um homem foi arrebatado ao céu. Esse homem foi:
A) Enoque.
B) Adão.
C) Moisés. .......
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. EHas disse para Etiseu: "Pede-me o que queres que eu te faça, antes que se-
ja tomado de ti".
7. O rei Salomão pediu a Deus muita riqueza
8. Eliseu pediu a Elias porção dobrada do espírito de Elias. .
9. Eliseu teve que nadar para atravessar o Jordão. '
10. Enoque foi arrebatado na presença de muitas pessoas.
Prova N° 4 (Uçáo N° 4)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Josué trouxe a Jericó:
A) destruição,
B) salvação.
C) muita fartura.
2. Eliseu trouxe a Jericó:
A) destruição.
B) salvação.
C) muita guerra.
3. O nome Jericó significa:
A) arrogância.
B) condenada. .
C) fragrância.
4. Betei, na época de Eliseu,:
A) era um centro de idolatria.
B) era uma cidade que honrava a Deus.
C) era uma cidade sem importância
-3-
5. Quando Eliseu passava por Betei, alguns rapazes zombaram dele. Duas ur-
sas saíram do bosque e despedaçaram:
A) 22 deles.
B) 32 deles.
C) 42 deles.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. O prato novo simboliza a graça de Jesus Cristo.
7. O sal simboliza a verdade de Jesus Cristo.
8. Eliseu não visitou Betei, mas passou por outro caminho.
9. Betei significa "Casa de pão".
10. Eliseu fixou residência em Samaria.
Prova N° 5 (Lição N° 5)
Escolha uma das tetras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença e escreva-a na linha à direita.
1. Josafá, rei de Judá, era:
A) um homem mau.
B) um homem prudente.
C) um homem piedoso e temente a Deus.
2. O profeta Eliseu:
A) não deu confiança ao rei Jorão.
B) não deu confiança ao rei Josafá.
C) não conversava com Josafá.
3. Eliseu disse ao rei Jorão:
A) "Não te atenderei por causa de Josafá".
B) "Vai ao profeta de teu pai e aos profetas de tua mãe".
C) "Eu te darei toda atenção, porque temes a Deus".
4. A comunhão com Deus é:
A) como um fio, de tão fácil de poder-se arrebentar.
B) como um fio forte de aço, que não arrebenta.
C) tão forte que não tem comparação.
5. Sem alegria, o cristão:
A) representa bem a fé cristã.
B) não representa bem a fé cristã.
C) trabalha melhor.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Josafá era filho de Acabe e Jezabel.
7. Josafá e Jorão consultaram a Deus antes da peleja.
8. Eliseu disse ao rei Jorão: "Que tenho eu contigo?"
9. O Espírito Santo é o Tangedor Divino.
-4-
10. A alegria não tem muita importância na vida do crente.
Prova N° 6 (Lição N° 6)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A viúva tinha em casa apenas:
A) cinco sacos de açúcar. .
B) quatro quilos de feijão.
C) uma botija de azeite.
2. O prato de barro que Eliseu usou para purificar a água da fonte de Jericó
simboliza:
A) o corpo do Senhor Jesus.
B) o corpo de Elias.
C) o corpo de Eliseu.
3. Os irmãos do Senhor Jesus eram:
A) João, José, Tiago e Filipe.
B) Tiago, José, Simão e Judas.
C) Tiago, João, Pedro e Judas. t
4. O profeta Eliseu exigiu da viúva:
A) vasilhas vazias, não poucas.
B) que dividisse com ele o dinheiro da venda do azeite.
C) que touxesse vasilhas-eheias de azeite.
5. Para ganhar a salvação, o homem precisa:
A) fazer alguma coisa.
B) reconhecer que é pecador e aceitar Cristo como seu Salvador pessoal.
C) reconhecer que Cristo é Salvador, mas não precisa aceitá-IO.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Aquela botija de azeite desprezada é figura do Senhor Jesus.
7. O Senhor Jesus não foi desprezado pelos homens.
8. As vasilhas poderiam ter algum líquido.
9. O Evangelho da graça de Deus não se esgota.
10. A provisão dada à viúva foi suficiente para o passado, para o presente e pa-
ra o futuro.
Prova N° 7 (Lição N° 7)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A sunamita era:
A) rica.
B) pobre.
C) tão pobre que não tinha o que comer.
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2. A sunamita percebeu que Eliseu era um:
A) homem perigoso.
B) homem muito orgulhoso. .
G) sama homem d» Deus.
3. Deus criou o homem para: ,
A) viver como desejar. :
B) viver na Sua dependência.
C) morrer.
4. A sunamita confiou em Deus e Deus agiu:
A) na hora certa.
B) fora de tempo.
C) antes do tempo.
5. O filho da sunamita foi:
A) esquecido por Deus.
B) prova do poder de Deus perante o rei.
C) amaldiçoado pelo rei.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. A sunamita morava num lugar chamado Suném.
7. A sunamita. no início, não confiava em Deus.
8. A sunamita. quando seu filho morreu, não confiava em Deus.
9. O rei conversava com Geazi quando a sunamita clamou ao rei pelas suas ter-
ras e pela sua casa.
10. Geazi disse ao rei: "Esta é a mulher e este é o seu filho a quem Eliseu res-
taurou à vida".
Prova N° 8 (Lição N° 8)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. Havia escolas dos discípulos dos profetas em:
A) Gilgal. Jerusalém e Samaria.
B) Gilgal. Betei e Jerico.
C) Gilgal. Samaria e Betei.
2. Os profetas ensinavam os seus discípulos:
A) para esses ensinarem o povo a respeito do Deus verdadeiro.
B) como se tornar um profeta.
C) apenas em Betei.
3. Fugir do ensino da Palavra de Deus é:
A) comum e não tem perigo.
B) comum e Deus não se importa.
C) muito perigoso.
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4. A farinha é uma figura:
A) da vida pura do Senhor Jesus.
B) do pecado.
, C) da morte.
5. O homem de Baal-Salisa trouxe a sua oferta a:
A) Davi.
B) Eliseu.
C) Elias.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na Unha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Devemos ter cuidado com o alimento espiritual.
7. O ensino falso fortalece as igrejas.
8. O homem de Baal-Salisa não entregou os pães a Eliseu.
9. Eliseu é uma figura do Senhor Jesus.
10. Jesus pode multiplicar o pouco que Lhe é ofertado.
Prova N° 9 (Lição N° 9)
Escolha uma das letras (A, B ou C) abaixo, a que melhor complete, a sen-
tença, e escreva-a na linha à direita.
1. A palavra graça significa:
A) amor àquele que merece.
B) amor em troca de boas-obras.
C) amor ao imerecido.
2. Os siros eram:
A) inimigos dos israelitas.
B) amigos dos israelitas.
C) amigos de Davi.
3. Naamã era um:
A) judeu sem valor para Israel.
B) grande homem diante do rei dá Síria.
C) homem de grande valor para Israel.
4. Naamã queria:
A) apenas viajar para Israel.
B) libertar a menina.
C) comprar a sua cura.
5. Eliseu mandou um recado ao rei, dizendo:
A) 'Deixa-o vir a mim e saberá que há profeta em Israel".
B) "Manda-o voltar à sua terra".
C) "Envia-o a mim, pois quero os seus presentes".
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo.
6. Deus ama a Jesus, Seu Filho. Isso é graça.
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7. A lepra é um quadro do pecado.
8. Muitos querem comprar a salvação.
9. A ordem foi: "Vai e lava-te cinco vezes no Jordão".
10. Naamã queria ser tratado como um general vitorioso e não como um lepro-
so.
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