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ORELHA 1 

    
    
  

Os Deuses do Olimpo,
também chamados de
Deuses Olímpicos, são os
12 deuses que formam o
panteão grego. Os deuses
do Olimpo são
considerados as principais
divindades gregas. Todos
viviam no Monte Olimpo e
por isso, recebem esse
nome.  São eles: Zeus,
  

Hera, Poseidon, Atena,


Apolo, Ares...     
  
ORELHA 2  
    
  

MATHEUS
FERNANDES     
nasceu em 2006 no Brasil,
em Imperatriz, Maranhão.
Atualmente cursa o ensino
fundamental, ama história,
e é essa paixão que ele
atribui a sua habilidade em
escrever. Além disso, ele
ama ler, principal
mitologias, e sempre
procura aprender mais
com elas.     
      
     
OS
DEUSES
DO
OLIMPO

MATHEUS
FERNANDES
 
MATHEUS 
  
FERNANDES 

 
OS
DEUSES
DO OLIMPO

 
DEDICATÓRIA  
       

Dedico este livro para


 

minha família,
amigos, professora
Jackeline Coelho e
para outras pessoas,
que assim como eu,
adoram ler histórias
antigas. 
    
  

 
         
           

MATHEUS
    
  
 
SUMÁRIO   
     
    

CAPÍTULO   α’ (1): Zeus, o rei dos


deuses................................    
  

CAPÍTULO   β’ (2):Hera, rainha dos


deuses................................    
  

CAPÍTULO   γ’ (3): Poseidon, o deus


dos mares................................    
  

CAPÍTULO   δ’ (4): Atena, a deusa


da sabedoria................................   
CAPÍTULO   ε’ (5):Ares, o deus da
guerra................................    
  

CAPÍTULO   ς’ (6):Deméter, a deusa
das estações................................       

CAPÍTULO   ζ’ (7):Apolo, o deus do


sol................................    
  

CAPÍTULO   η’ (8): Ártemis, a


deusa da caça...........................       
CAPÍTULO   θ’ (9):Hefesto, deus
dos metais................................    
CAPÍTULO   ι’ (10): Afrodite, a
deusa do amor................................       

CAPÍTULO   ια’ (11):Hermes, o


mensageiro dos
deuses................................    
 

CAPÍTULO   ιγ’ (12): Dionísio, o


deus do vinho................................    
  

CAPÍTULO   Ιδ’ (13):Hades, o deus


do submundo................................   
  
α’ (1)
 
Zeus  
Zeus ou Jupiter (mitologia romana), foi uma
divindade mitológica grega. É considerado o senhor
dos deuses e dos homens que habitavam o monte
Olimpo na Grécia antiga. 
As divindades mitológicas tinham nas mãos o
destino dos homens. Regiam o mundo e conduziam
o espetáculo da vida. 
Eram venerados sob a forma terrena, como Zeus, pai
dos deuses gregos. Suas histórias atravessaram
séculos. Hoje elas são objeto de estudo que buscam
explicação humana para fatos e seres sobre-
humanos. 
Zeus desempenhava um papel dominante, presidindo
sobre o panteão olímpico da Grécia Antiga. Foi pai
de muitos heróis, e fazia parte de
diversos cultos locais. Embora o "ajuntador de
nuvens" homérico fosse um deus do céu e do trovão,
como seus equivalentes orientais, também era o
supremo artefato cultural; de certa maneira, era a
encarnação das crenças religiosas gregas, e
o arquétipo da divindade grega. 
Durante muito tempo, a Terra era governada por
Urano, o tirano. Até que foi deposto por Cronos.
Urano então, profetizou que Cronos seria destronado
pelo próprio filho também. Assim, temendo a
maldição, passou a devorar vivos os próprios filhos,
logo que nasciam. 
Zeus foi o último filho dos titãs Cronos e Réia,
sendo salvo de ser engolido por seu pai. Réia,
cansada de tanto sangue e sofrimento, deu a Cronos
uma pedra embrulhada no lugar de Zeus. Assim que
Cronos descobriu que tinha engolido uma pedra, foi
à procura do filho, não encontrando. Zeus foi criado
no bosque de Creta, sendo alimentado com mel e
leite de cabra. 
Ele foi criado longe do Olimpo, e após se tornar
adulto, enfrentou seu pai, forçando-o a beber uma
bebida mágica, onde, por consequência, todos seus
irmãos devorados voltaram a vida. Conhecendo
assim Deméter, Héstia, Poseidon e Hades. Hera, sua
outra irmã, também conseguiu escapar do pai. 
Ele liberou, também, os irmãos de Cronos, presos
por ele. Em troca, recebeu o raio, se tornando sua
arma. A guerra de pai e filho durou dez anos, até que
Zeus, Poseidon e Hades, subiram ao Olimpo e, por
conseguinte, destruíram Cronos. 
Foi compartilhado entre eles o domínio do mundo,
onde cada um se tornou um governante. Zeus se
tornou rei do Olimpo, governante do céu e ar, Hades
passou a governar o reino dos mortos e Poseidon,
governante das águas. 
Ele controlava o tempo, raios e trovões, mas tinhas
mais poderes. Ele conseguia imitar as vozes das
pessoas, assim como, a metamorfose, se
transformando em outras pessoas ou animais.
Normalmente, esse último poder era usado para
conquistar mulheres. 
Se irritado, podia transformar pessoas em animais.
Além disso, lançava raios sobre a terra, ou mandava
chuva para plantações. Tinha um cavalo que se
chamava Pegasus, que carregava os raios para Zeus.
Além de possuir uma águia, onde esta foi ensinada a
recuperar raios jogados por ele. 
Primeiramente, era descrito como imponente, forte e
com cabelos longos e encaracolados. Tinha uma
barba curta e carregava seu raio a todo o momento.
Ele também era despreocupado, dando altas risadas,
de acordo com o poeta Hesíodo. Era considerado
sábio, justo, misericordioso e prudente. Além de ser
imprevisível, onde ninguém conseguia saber as
decisões que ele iria tomar. 
Zeus se irritava facilmente, sendo bem destrutivo.
De acordo com os mitos, ele já jogou raios e causou
tempestades violentas, causando grandes estragos na
Terra. 
Ele não era severo somente com os mortais, mas
com os próprios deuses. Uma vez, quando Prometeu
roubou o fogo e entregou aos humanos, Zeus o
puniu de modo que uma águia gigante comesse seu
fígado por toda a eternidade. 
Zeus era irmão e consorte de Hera. Com ela teve três
filhos: Ares, Hebe e Hefesto, embora alguns relatos
afirmem que Hera tê-los-ia tido sozinha. Algumas
versões também descrevem Ilítia e Éris como filhas
do casal. As conquistas amorosas de Zeus, no
entanto, entre ninfas e as mitológicas progenitoras
mortais das dinastias helênicas são célebres. A
mitografia olímpica lhe credita com uniões
com Leto, Deméter, Dione e Maia. Entre as mortais
com quem ele teria se relacionado
estavam Sêmele, Io, Europa e Leda e o jovem
menino Ganímedes, porém Zeus o presenteou com a
eterna juventude e imortalidade. 
Diversos mitos mencionam o sofrimento de Hera
com o ciúme gerado por estas conquistas amorosas,
e a descrevem como uma inimiga consistente das
amantes de Zeus e de seus filhos. Por algum tempo
uma ninfa chamada Eco foi encarregada de distrair
Hera falando incessantemente, afastando assim sua
atenção dos casos amorosos de seu marido; quando
Hera descobriu o estratagema, condenou Eco a
repetir permanentemente as palavras de outras
pessoas. 
 
Ele não era fiel à Hera, tendo filhos com
diferentes mulheres. Isso resultou em criaturas
heroicas e conhecidas da mitologia grega, como por
exemplo, Hércules, Hermes, Minos, Apolo, Artemis,
Perséfone e Perseu. 
Hera não foi a única mulher de Zeus. A sua primeira
esposa foi Métis, deusa da prudência, com quem
teve a filha Atena. Têmis, que era a deusa da justiça,
foi a sua segunda esposa, e por fim, Hera, a deusa do
casamento. 
entre as mães dos descendentes divinos estavam:
Deméter, Dione, Dione, Eurínome, Hera, Leto,
Selene, Maia, Métis, Mnemosine e Têmis. Seus
filhos foram: Perséfone, Afrodite, Graças, Ares,
Ilitia, Éris, Hebe, Hefesto, Ângelo, Apolo, Ártemis,
Ersa, Pandia, Hermes, Atena, as 9 musas, Astreia,
Ninfas de Eridanos, Nêmesis e Horas. 
Por fim, as mães dos semideuses e mortais foram:
Alcmena, Antílope, Calisto, Dana, Gina, Electra,
Europa, Io, Alogamia, Leda, Nimbe, Plota, Sêmele e
Tagetes. Seus filhos foram: Hércules, Ânion, Septo,
Arcas, Perseu, Éaco

, Dardano, Iásio, Harmonia, Minos, Radamento,


, Epafo, Sarpedão. Pólux, Castor, Helena de Troia,
Argos, Pelasgo, Tântalo, Dioniso e Lacedémon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
β’ (2) 
 
Hera 
 
Hera pode ter sido a primeira deusa a quem os
gregos dedicaram um santuário com teto fechado,
em Samos cerca de 800 a.C.. Foi substituída mais
tarde pelo Heraião, um dos maiores templos gregos
em qualquer lugar (altares gregos estavam em frente
dos templos, a céu aberto). Havia muitos templos
construídos neste local mas as provas são um pouco
confusas e as datas arqueológicas são incertas. 
Em Eubeia, o festival do Grande Dédala, era
sagrado para Hera, e foi celebrado em um ciclo de
sessenta anos.. 
A importância de Hera, no período arcaico é atestada
pelos grandes projetos de construção realizados em
sua honra. Os templos de Hera nos dois principais
centros de seu culto, o Heraião da Ilha de
Samos e Argos na Argólida, eram os templos gregos
mais antigos e monumentais já construídos, no
século VIII a.C.. 
Hera tinha santuários, e era adorada em muitas
partes da Grécia, muitas vezes em comum com
Zeus. Sua adoração pode ser atribuída aos primeiros
tempos: assim encontramos Hera, de
sobrenome Pelasgis, adorada pelo Iolcos. Mas o
principal local de seu culto foi Argos. Segundo a
tradição, Hera tinha disputado a posse de Argos
com Posídon, mas os deuses do rio agiram contra
ela. Seu santuário mais célebre foi situado entre
Argos e Micenas, no pé do Monte Eubeia. O
vestíbulo do templo continha estátuas antigas
das Graças, a cama de Hera, e um escudo
que Menelau havia tomado em Troia de Aquiles. A
estátua colossal sentado de Hera neste templo, feito
de ouro e marfim, foi o trabalho de Policleto. Ela
usava uma coroa na cabeça, acompanhada
pelas graças e horas; em um lado ela segurava
uma romã, e na outra um cetro dirigido com
um cuco. 
Hera era, de acordo com alguns relatos, a filha mais
velha de Cronos e Reia, e uma irmã
de Zeus. Apolodoro, no entanto, chama Héstia de
filha mais velha de Cronos e Lactâncio Hera de irmã
gêmea de Zeus. Segundo os poemas homéricos, ela
teria sido criada por Tétis, antes de Zeus ter
usurpado o trono de Cronos. Depois se tornou a
esposa do irmão, sem o conhecimento dos pais. Essa
versão é diversamente modificada em outras
tradições. 
Sendo uma filha de Cronos, ela, assim como seus
outros irmãos, foi engolida por seu pai, mas depois
libertada por Zeus, e, de acordo com uma tradição
Arcadiana, criada por Temeno, filho de Pelasgo.
Outras fontes documentais, porém, relatam que ela
teria sido criada por Eubeia, Prosymna e Acraea, as
três filhas do rio Asterion; e de acordo
com Olen(poeta grego), as mesmas eram suas
enfermeiras. Várias partes da Grécia
também reivindicaram a honra de ser sua terra natal;
entre eles estão Argos e Samos, que foram os
principais lugares de sua adoração. 
Seu casamento com Zeus também ofereceu amplas
possibilidades de invenção poética, e vários lugares
na Grécia reivindicaram a honra de ter sido palco do
casamento, como Eubeia, Samos Cnossus em Creta,
e monte Thornax, no sul de Argólida (Grécia). Este
casamento foi uma parte proeminente na adoração
de Hera sob o nome de hieros gamos. Nessa ocasião,
todos os deuses honraram a noiva com presentes e
lhe deram uma árvore com maçãs douradas, que foi
colocado pelas Hespérides no jardim de Hera, perto
de Hiperbórea. 
Os poemas homéricos não mostram nada disso, só
relatam que após o casamento com Zeus ela foi
tratada pelos deuses do Olimpo com a mesma
reverência que tratavam seu marido. O próprio Zeus,
de acordo com Homero, ouvia seus conselhos, e
contava seus segredos a ela, em vez de contar para
outros deuses. Hera também se achava no direito em
censurar Zeus quando ele consultava os outros sem
ela saber. 
Sua personalidade, como descrita por Homero, não é
do tipo muito amável, e suas principais
características são a inveja, obstinação, e uma
disposição a brigas, que às vezes fazia com que o
seu próprio marido tremesse. Daí surgem conflitos
frequentes entre Hera e Zeus; e em uma ocasião
Hera, em conjunto com Posídon e Atena, colocam
Zeus preso. Zeus, em casos como esse, não só a
ameaça, mas bate nela; quando depois de preso, ele
foi capaz de sair das nuvens, com as mãos
acorrentadas, e com duas bigornas suspenso de seus
pés. Ela está assustada com suas ameaças, e cede
quando ele está com raiva; e quando ela é incapaz de
obter os seus fins de qualquer outra forma, ela
recorre à astúcia e intrigas. Assim, ela pede
emprestado o cinto de Afrodite, que tem o poder de
encanto e fascínio, para excitar o amor de Zeus.
Com Zeus, ela era a mãe de Ares, Hebe e Hefesto. 
Devido ao julgamento de Páris, ela era hostil para os
troianos, e na Guerra de Troia, ela lutou do lado dos
gregos. Daí sua adoração prevaleceu sobre a Hellias.
Na Ilíada ela aparece como um inimigo de Héracles,
mas é ferida por suas flechas, e na Odisseia ela é
descrita como defensora de Jasão. 
era preside os casamentos e é o arquétipo da união
no leito conjugal, mas ela não é notável como uma
mãe. A descendência legítima de sua união com
Zeus são Ares (o deus da guerra), Hebe (deusa da
juventude), Éris (a deusa da discórdia) e Ilícia (deusa
do parto). Ênio, a deusa da guerra responsável pela
destruição de cidades e companheira de Ares,
também é mencionada como uma filha de Zeus e de
Hera, embora Homero equivalia a Éris. Hera tinha
ciúmes de Zeus ter dado à luz Atena, sem recorrer a
ela (por partenogênese já que Atena nasceu da
própria cabeça de Zeus), então ela deu luz a Hefesto,
sem ele, embora em algumas histórias, ele é filho
dela com Zeus. Hera ficou revoltada com a feiura de
Hefesto e o jogou do monte Olimpo. 
Em alguns mitos, Hefesto se vingou da sua mãe por
tê-lo rejeitado, fazendo-lhe um trono mágico que,
quando ela se sentou não permitiu que se levanta-se.
Os outros deuses imploraram Hefesto para voltar ao
Olimpo para deixá-la sair, mas ele se
recusava. Dioniso o embebedou e levou-o de volta
para o Olimpo no lombo de uma mula. Hefesto tirou
Hera do trono após ter sido dado Afrodite como sua
esposa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
γ’ (3) 
 
Poseidon 
 
Poseidon ou Netuno (forma romana) era um dos
filhos de Cronos e Reia, e, como seus irmãos e
irmãs, foi engolido por Cronos ao nascer. A ordem
de nascimento de seus irmãos, segundo Pseudo-
Apolodoro, é Héstia (a mais velha), seguida
de Deméter e Hera, seguidas de Hades e Posídon o
próximo a nascer, Zeus, foi escondido
por Reia em Creta,] que deu uma pedra para Cronos
comer. Higino enumera os filhos
de Saturno e Reia como Vesta, Ceres, Juno, Júpiter, 
Plutão e Netuno, ele também relata uma versão
alternativa da lenda, em que Saturno
encerra Orco no Tártaro e Netuno em baixo do mar,
em vez de comê-los. 
Primordialmente Zeus terá obrigado seu pai, Cronos,
a regurgitar e restabelecer a vida aos filhos que este
engoliu, entre eles está Posídon, explicando assim
Zeus como o irmão mais novo, pois sua mãe Reia,
deu uma pedra em seu lugar. 
Posídon fora criado entre os Telquines, os demónios
de Rodes. Quando atingiu a maturidade, apaixonou-
se por Hália, uma das irmãs dos Telquines, e desse
romance nasceram seis filhos e uma filha, de
nome Rodo, daí o nome da ilha de Rodes. 
Posídon disputou com Atena para decidir qual dos
dois seria o padroeiro de Atenas. 
Segundo Marco Terêncio Varrão, citado
por Agostinho de Hipona, as mulheres da Ática
tinham o direito ao voto na época do rei Cécrope I.
Quando este rei fundou uma cidade, nela brotaram
uma oliveira e uma fonte de água. O rei perguntou
ao oráculo de Delfos o que isso queria dizer, e
resposta foi que a oliveira significava Minerva e a
fonte de água Netuno, e que os cidadãos deveriam
escolher entre os dois qual seria o nome da cidade.
Todos os cidadãos foram convocados a votar,
homens e mulheres; os homens votaram em Netuno,
as mulheres em Minerva, e Minerva venceu por um
voto. Netuno ficou irritado, e atacou a cidade com as
ondas. Para apaziguar o deus (que Agostinho chama
de demônio), as mulheres de Atenas aceitaram três
castigos: que elas perderiam o direito ao voto, que
nenhum filho teria o nome da mãe e que ninguém as
chamaria de atenienses. 
Na Ilíada, Posídon aparece-nos como o deus
supremo dos mares, comandando não apenas as
ondas, correntes e marés, mas também as
tempestades marinhas e costeiras, provocando
nascentes e desmoronamentos costeiros com o
seu tridente. Embora seu poder pareça ter se
estendido às nascentes e lagos, os rios, por sua vez,
têm as suas próprias deidades, não obstante o facto
de que Posídon fosse dono da magnífica ilha
de Atlântida. 
Geralmente, Posídon usava a água e os terremotos
para exercer vingança, mas também podia apresentar
um caráter cooperativo. Ele auxiliou bastante os
gregos na Guerra de Troia, mas levou anos se
vingando de Odisseu, que havia ferido a cria de um
de seus ciclopes. 
Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e
viagens seguras, mas seu humor era imprevisível.
Apesar dos sacrifícios, que incluíam o afogamento
de cavalos, ele podia provocar tempestades, maus
ventos e terremotos por capricho. 
Considerando que as inúmeras aventuras amorosas
de Posídon foram todas frutíferas em descendentes,
é de notar que, ao contrário dos descendentes de seu
irmão Zeus, os filhos do deus dos mares, tal como os
de seu irmão Hades, são quase todos maléficos e de
temperamentos violentos. Alguns exemplos:
de Teosa nasce o ciclope Polifemo; de Medusa nasce
o gigante Crisaor; de Amimone nasce Náuplio;
com Deméter nasce Despina, deusa do inverno que
acaba com tudo o que sua mãe e sua meia-
irmã Perséfone cultivam, também congela as águas;
com Ifimedia, nascem os irmãos
gigantes Oto e Efialtes (os Aloídas), que chegaram
mesmo a declarar guerra aos deuses. Por sua vez, os
filhos que teve com Halia cometeram tantas
atrocidades que o pai teve de os enterrar para evitar-
lhes maior castigo. 
Casou ainda com Anfitrite, filha de Nereu e Dóris de
quem nasceu o seu filho Tritão, o deus dos abismos
oceânicos, que ajudou Jasão e os
seus argonautas a recuperar o Velocino de ouro,
e Rode, que se casou com Hélio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
δ’ (4) 
 

Atena 
 
Atena ou Minerva é, na mitologia
grega, a deusa da civilização, da sabedoria,
da estratégia em batalha, das artes, da justiça e
da habilidade. Uma das principais divindades do
panteão grego e um dos doze deuses olímpicos,
Atena recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em
toda a sua área de influência, desde as colônias
gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e
norte da África. Sua presença é atestada até nas
proximidades da Índia. Por isso seu culto assumiu
muitas formas, além de sua figura ter sido
sincretizada com várias outras divindades das
regiões em torno do Mediterrâneo, ampliando a
variedade das formas de culto. 
A versão mais corrente de seu mito a dá como
filha partenogênica de Zeus, nascendo de sua cabeça
plenamente armada. Jamais se casou ou tomou
amantes, mantendo uma virgindade perpétua. Era
imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia
páreo. Foi padroeira de várias cidades, mas se tornou
mais conhecida como a protetora de Atenas e de
toda a Ática. Também protegeu vários heróis e
outras figuras míticas, aparecendo em uma grande
quantidade de episódios da mitologia. 
Foi uma das deusas mais representadas na arte
grega e sua simbologia exerceu profunda influência
sobre o pensamento grego, em especial nos
conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função
civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são
perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente.
Sua imagem sofreu várias transformações ao longo
dos séculos, incorporando novos atributos,
interagindo com novos contextos e influenciando
outras figuras simbólicas; foi usada por vários
regimes políticos para legitimação de seus
princípios, e penetrou inclusive na cultura popular.
Sua intrigante identidade de gênero tem sido de
especial apelo para os escritores ligados
ao feminismo e à psicologia e algumas correntes
religiosas contemporâneas voltaram a lhe prestar
verdadeiro culto. 
A sua citação em uma tabuleta em Linear B atesta
que Atena estava presente entre os gregos desde uma
data muito antiga, antes mesmo de a civilização
grega tomar a forma pela qual se tornou célebre.
Diversos pesquisadores têm tentado traçar as origens
de seu culto, mas nada pôde ser provado
conclusivamente; ele pode ter derivado da adoração
da Deusa Serpente ou da Deusa do Escudo
da Civilização Minoica, ou da Grande Mãe dos
povos indo-europeus, ou ser uma importação
diretamente oriental, a partir da identificação de
alguns de seus principais atributos primitivos, a
guerra e a proteção das cidades, com os de várias
outras deusas cultuadas no Oriente Próximo desde
a pré-história. Sua história entre os gregos até o fim
da Idade das Trevas é de difícil reconstrução, mas é
certo que quando surgem as primeiras descrições
literárias sobre Atena, no século VIII a.C., seu culto
já estava firmemente estabelecido não só em Atenas,
mas em muitos outros pontos da Grécia,
como Argos, Esparta, Lindos, Lárissa e Ílion,
geralmente lhe atribuindo uma função de protetora
das cidades e especificamente das cidadelas, tendo
um templo no centro das cidadelas muradas, e
sendo, por extensão, uma deusa guerreira. 
Como deusa da guerra, Atena é a perfeita antítese
de Ares, o outro deus encarregado desta atividade.
Atena é dotada de profunda sabedoria e conhece
todas as artes da estratégia, enquanto que Ares
carece de todo bom juízo, prima pela ação
impulsiva, descontrolada e violenta, e às vezes, no
calor do combate, mal sabe distinguir entre aliados e
inimigos. Por isso Ares é desprezado por todos os
deuses, enquanto que Atena é universalmente
respeitada e admirada. A falta de sabedoria de Ares
explica sua invariável derrota sempre que
confrontou Atena. O princípio simbolizado por Ares
é por vezes mais necessário quando se trata de
desbravar um território hostil e fundar ou conquistar
uma cidade, ou quando a violência é absolutamente
incontornável diante de uma situação desesperada,
mas é incapaz de criar cultura e civilização e manter
a sociedade numa forma estável, integrada e
organizada. Este papel cabe a Atena, a deusa
da sabedoria, da diplomacia, da coesão social -
lembre-se que ela é a protetora por excelência das
cidadelas, o núcleo vital das cidades -, instrutora nas
artes e ofícios manuais produtivos, especialmente o
trabalho em metal e a tecelagem, que enriquecem o
espírito e possibilitam a continuidade da vida em
comunidade. Ela torna a guerra um instrumento
social e político submetido ao intelecto, à disciplina
e à ordem, antes do que um produto da pura barbárie
e das paixões irracionais. As próprias derrotas
repetidas de Ares diante de Atena, seu atributo como
domadora de cavalos e, na disputa pela Ática, sua
vitória contra Posídon, um deus conhecido por seu
caráter turbulento, vingativo e irascível, confirmam
a submissão da força bruta à soberania e ao
equilíbrio da justiça e da razão. Entretanto, quando
decide lutar nela não se encontra nenhuma hesitação
ou fraqueza, e sua simples presença pode bastar para
afugentar o inimigo. 
O mito de Atena exerceu uma influência decisiva no
estabelecimento da identidade e da própria
sociedade atenienses, e por extensão em toda a
cultura da Grécia Antiga. Formou-se entre os
atenienses uma ideia de que sua cidade era amada
pelos deuses a partir da disputa entre Atena e
Posídon, significando que eles tinham o desejo de se
estabelecer preferencialmente ali Mesmo tendo sido
derrotado, Posídon simbolizou, através da fonte de
água salgada que fizera nascer, em algumas versões
um verdadeiro mar, o futuro poderio marítimo
dos atenienses. A fertilização da terra ática pela
semente de Hefesto foi outro elemento formador
nesta noção, tornando o território sagrado,
inaugurando com Erictônio uma dinastia de reis de
origem pretensamente divina, e fundando com isso
um povo que podia reivindicar para si uma
prestigiosa autoctonia. Religião, mito e política
estavam inextrincavelmente ligados, havia legislação
vinculando inúmeros aspectos da vida religiosa à
prática cívica, a ponto de fundirem-se Religião e
Estado. Todo o mito de Atena foi extensivamente
usado no discurso político da época para dar forma e
fixar o modelo da sociedade ateniense, e, com o
pretexto de "civilizar" os estrangeiros, substanciou
as suas pretensões imperialistas sobre os bárbaros e
mesmo sobre seus vizinhos gregos. Os oradores
chegaram ao ponto de deduzir a democracia do
princípio da autoctonia ateniense, equiparando
igualdade política (isonomia) a igualdade de origem
(isogonia). Segundo Loraux, desta forma a lei
(nomos) era estabelecida sobre o fundamento da
natureza (physis), e o povo assim legitimava seu
poder — imbuindo a coletividade com um alto
nascimento (eugenia), os cidadãos autóctones eram
todos iguais porque eram todos nobres (mas
entenda-se "todos" como apenas os que detinham
a cidadania ateniense). Dando um passo além, os
oradores orgulhosamente sobrepunham Atenas a
todas as outras pólis, que para eles constituíam uma
heterogênea reunião de intrusos estabelecidos num
território que imaginavam seu por direito divino. A
índole guerreira de Atena, destacando suas
qualidades viris, associada à sua virgindade
perpétua, jamais "entrando na casa de um homem",
fazia com que ela jamais abandonasse a "casa de seu
pai", permanecendo sob a direta influência de Zeus,
o patriarca por excelência, e tal fato se tornou uma
das bases míticas do patriarcado local e da primazia
do homem sobre a mulher na sociedade e na política
ateniense. Também o mito de Teseu foi incorporado
ao de Atena dentro de um viés político, pelo fato de
que ele era considerado o unificador da Ática, sendo
celebrado ao lado de Atena tanto no festival
da Synoikia como nas Panatenaias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ε’ (5) 
 
Ares 
 
Ares é o deus grego da guerra. Filho de Zeus e Hera,
é um dos 12 deuses do Olimpo. 
Amante de Afrodite, a deusa do amor, Ares odiava
os pais sendo considerado perigoso pelo
comportamento insaciável no campo de batalha. 
Está associado à agressão física e à selvageria.
Seriam esses os elementos necessários para o
sucesso bélico. As características são suavizadas
para Marte, o equivalente de Ares na mitologia
romana. Marte é menos agressivo, mais calmo e
compreensivo. 
Ares era guerreiro, gostava muito de guerras,
batalhas e brigas, era muito violento, sanguinário,
pelo contrário de muitos ele só encontrava sua paz,
em suas lutas e batalhas. Era ele quem governava a
cidade de Esparta. Em suas lutas sua chegada era
anunciada com gritos que causavam pânico nas
pessoas. 
Ares tinha uma quadriga desenhada com rédeas de
ouro para quatro (Ilíada v.352) garanhões imortais
que cuspiam fogo. Entre os deuses, Ares era
reconhecido pela sua armadura de latão; ele brandia
uma lança ou uma espada na batalha. Os seus
pássaros agudos e sagrados eram a coruja de celeiro,
o pica-pau, o bubo e, especialmente no sul, o abutre.
De acordo com os pássaros de Ares (Ornithes
Areioi) eram um bando de pássaros que lançavam
penas em forma de dardos que guardaram o templo
das Amazonas do deus em uma ilha costeira no Mar
Negro. Em Esparta, em uma noite ctônica de
sacrifício de um cão a Enyalios ficou assimilado ao
culto de Ares. O sacrifício poderia ser feito a Ares
na véspera de uma batalha para pedir sua ajuda. 
Na escultura clássica, Ares era representado como
um homem bonito, muitas vezes nu, vestindo um
elmo grego, e segurando uma lança ou espada. O
deus é geralmente difícil de identificar por causa da
falta de atributos distintivos: uma estátua de um
guerreiro armado poderia facilmente representar um
herói mítico ou guerreiro histórico. 
O símbolo de Marte (Ares romano), uma seta
representado uma espada e um círculo representado
o escudo, é usado como símbolo do masculino e do
planeta Marte. Na Renascença e obras de arte
neoclássicas, os símbolos de Ares são a lança e o
elmo, o seu animal é o cão, e o seu pássaro é o
abutre. Em trabalhos literários dessas eras, Ares
parece como cruel, agressivo, e sanguinário,
injuriado tanto por deuses como por seres humanos,
muito como ele era nos mitos gregos antigos. 
Ares tinha como amante a deusa do amor, a
Afrodite. Com ela teve dois filhos, o Deimos e o
Fobos, que acompanhavam o pai nas batalhas.
Também teve com ela o filho Eros que tinha o
mesmo poder da mãe, o deus do amor, roubava
corações com suas flechas, e até Afrodite foi uma
delas, também teve a Harmonia e Anteros. Porém,
Hefesto como marido de Afrodite descobriu sua
traição, e soube que eles iam se encontrar em seu
palácio e preparou uma armadilha para os dois. Na
cama ele colocou uma rede invisível e os prendeu, o
Sol que estava espiando, ajudando Hefesto viu que a
armadilha tinha funcionado e avisou a todos os
Deuses, para que todos pudessem ver e presenciar a
traição. 
Afrodite e Ares então foram presos e depois de um
longo tempo quando foram soltos, se separaram.
Sempre foi um grande protetor de seus filhos e
mesmo sendo um deus de fama ruim, era o único
deus que agia desta forma com proteção. Como deus
Romano Ares também teve filhos com Réia que
eram os gêmeos Remo e Rômulo, os fundadores de
Roma.  
Ele é o deus correlato de Ares e o mês de março é
uma homenagem a ele. 
Ares com sua fama era detestado pelos deuses, até
seu pai Zeus não gostava dele. Embora Ares
gostasse muitas das guerras e batalhas, não era
invencível, perdeu muitas vezes. Tem como sua
principal rival a deusa Atena que era a deusa das
guerras estratégicas, ao contrário de Ares que
gostava mesmo de sangue. Atena o derrotou muitas
vezes. Ares em suas guerras usava capacete, lança,
escudo e uma couraça, também usava uma carroça
puxada por quatro cavalos que soltavam fogos pelas
narinas. 
Muitos gregos costumavam pedir a ajuda do deus
Ares para suas lutas e para isso matavam animais na
noite anterior a do combate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
ς’ (6) 
 
Deméter 
 
Deméter é considerada a deusa da agricultura na
Mitologia Grega, ela era quem nutria a terra. Era
também considerada como
a protetora do casamento, deusa da gestação e das
leis sagradas. Uma das doze divindades do
Olimpo, filha de Cronos e Réia. Foi
a reveladora da agricultura para o
ser humano e orientou sobre o cultivo do milho e do
trigo. Por isso, é
também conhecida como deusa da agricultura. 
É cultuada como a "boa deusa" dos gregos
e recebia como homenagem o festival da fertilidade,
com participação exclusivamente feminina. 
Na mitologia romana, Deméter
é equivalente à deusa Ceres. 
Com Iásion, teve um filho chamado Pluto,
que morreu após ser atingido por um raio que
Zeus enviou por descobrir que que Deméter
e Iásion eram amantes. Zeus teria cegado Pluto por
ele ser tão generoso e só conceder suas riquezas as
pessoas honestas,
e cego ele não poderia se diferenciar -
Pluto havia herdado de sua mãe a generosidade. 
Sua primeira filha foi Perséfone, que teve com Zeus.
Perséfone era a maior alegria
da mãe! Quando Hades a sequestrou, Deméter fez
as plantas pararem de crescer por todo o mundo,
e disse que
as plantas só voltariam à crescer quando sua amada f
ilha voltasse. Depois de muito tempo, Hades e
Deméter fizeram um acordo… Perséfone ficaria com
a mãe 3/4 do ano e ficaria com Hades 1/4 do ano. 
Deméter é descrita como "a loira Deméter" na
"Ilíada" de Homero. 
Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone
("a
de braços brancos").Teve dois gémeos chamados De
spina ("a deusa das sombras invernais") e Árion,
com seu irmão Posidão. Abandonou a
menina sem nome ao nascimento para procurar Pers
éfone quando raptada. Despina,
que representa o inverno, é o oposto de sua irmã,
Perséfone, que representa a primavera, e de
sua mãe Deméter, deusa da agricultura.
O filho chamado Árion era
um cavalo de crinas azuis,
que tinha o poder da fala e de ver o futuro. Foi
o cavalo mais rápido de todos os tempos
e ajudou bravamente muitos heróis em suas conquist
as. 
Deméter (Ceres), deusa dos campos dourados, que
trabalhava incessantemente junto aos homens,
ensinando-lhes o plantio e a colheita de trigo, tinha
uma filha chamada Perséfone (Proserpína), uma
jovem virgem adolescente com os cabelos dourados
como de Sol. Sua mãe, Deméter, a incumbia de
colher ramos de trigo em um campo separado dos
outros, preservando-a do contato com os homens.
No mundo subterrâneo habitava um deus chamado
Hades (Plutão), senhor dos infernos e do mundo dos
mortos. Em uma de suas passagens pela superfície,
Hades avista Perséfone nos campos de trigo e se
apaixona imensamente por ela. Indo em sua direção,
agarra-a pelos cabelos e a coloca em sua carruagem
negra puxada por cavalos negros que soltavam
chamas verdes das ventas. A terra se abre num
terremoto e Hades rapta Perséfone, levando-a ao seu
reino nas profundezas. 
Quando Hades raptou Perséfone e
a levou para seu reino subterrâneo,
Deméter ficou desesperada, saiu como louca pelo m
undo afora sem comer
e nem descansar. Decidiu não voltar para o
Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida,
e culpando a terra por ter aberto a passagem para
Hades levar sua amada filha. 
Durante o tempo em que Deméter ficou fora do
Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu,
o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem
comida a população sofria de fome e doenças.
A fonte Aretusa (em outras versões,
a ninfa Ciana, metarmofoseada em
um rio) então contou que a terra abriu-se
de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e
que Perséfone estava no Érebo, triste mas
com pose de rainha, como esposa do monarca do
mundo dos mortos. 
Com a situação caótica em que estava a terra estéril,
Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone.
Ele concordou, porém antes, fê-la comer
um bago de romã e assim a prendeu para
sempre aos infernos,
pois quem comesse qualquer alimento nessa região f
icava obrigado a retornar. 
Com isso, ficou estabelecido que
Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e
outro com Hades. O primeiro período corresponde à
primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra
assim como Perséfone. Neste período Perséfone
é chamada Core, a moça. O segundo é o
da semeadura de outono, quando os grãos são enterr
ados, da mesma forma que Perséfone volta a ser
Rainha do submundo no reino do seu marido.
Durante o inverno,
Despina mostra sua ira contra seus pais e sua
irmã, congelando lagos e destruindo plantações e flo
res. 
Deméter fez muitas viagens com Dionísio onde ela
explicava e ajudava os homens a cuidar de suas
terras e de suas plantações. Na maioria das vezes
que era representada em estátuas ou desenhos trazia
uma foice em uma mão e na outra mão, espigas e
papoulas.
ζ’ (7) 
 
Apolo 
 
Apolo foi um deus presente na mitologia grega. Era
o deus do Sol, da música, das artes, da medicina, da
profecia etc. Sabia tocar a lira como poucos e
manejava muito bem o arco e flecha, tendo matado
uma serpente com esse instrumento. 
Filho de Zeus e Leto, e irmão gêmeo de Ártemis,
possuía muitos atributos e funções, e possivelmente
depois de Zeus foi o deus mais influente e venerado
de todos os da Antiguidade clássica.  
Era descrito como o deus da divina distância, que
ameaçava ou protegia desde o alto dos céus, sendo
identificado como o sol e a luz da verdade.  
Era temido pelos outros deuses e somente seu pai e
sua mãe podiam contê-lo. Era o deus da morte
súbita, das pragas e doenças, mas também o deus da
cura e da proteção contra as forças malignas. Além
disso era o deus da Beleza, da Perfeição, da
Harmonia, do Equilíbrio e da Razão, o iniciador dos
jovens no mundo dos adultos, estava ligado à
Natureza, às ervas e aos rebanhos, e era protetor dos
pastores, marinheiros e arqueiros. Embora tenha tido
inúmeros amores, foi infeliz nesse terreno, mas teve
vários filhos. Foi representado numerosas vezes
desde a Antiguidade até o presente, geralmente
como um homem jovem, nu e imberbe, no auge de
seu vigor, às vezes com um manto, um arco e uma
aljava de flechas, ou uma lira, e com algum de seus
animais simbólicos, como a serpente, o corvo ou o
grifo. 
Apolo era um deus que estava presente no panteão
de deuses dos gregos antigos. Era considerado o
deus do Sol e o deus patrono da luz, da música, da
medicina, das artes, da profecia etc. Era um dos
deuses mais relevantes da religião grega e era
considerado um grande representante das artes, da
beleza e da juventude. 
Na mitologia grega, Apolo era filho de Zeus, o deus
mais poderoso do panteão grego, e de Leto, filha dos
titãs Febe e Céos. Algumas fontes tratam Leto como
uma deusa, enquanto outras a tratam como uma
titânide. Apolo era irmão gêmeo de Ártemis, e o
parto dos dois foi atribulado por causa dos ciúmes
que Hera sentia de Zeus. 
Hera era a esposa de Zeus, e o caso dele com Leto a
deixou furiosa, fazendo com que a raiva dela fosse
voltada contra a própria Leto. Hera proibiu Gaia, a
Mãe Terra, de permitir que Leto tivesse seu filho em
terra. Uma das versões da história diz que Leto era
expulsa de todos os lugares que ia, até que Poseidon
criou uma ilha flutuante para que Leto pudesse dar à
luz os seus filhos. 
Além disso, a lenda conta que a deusa dos partos,
Ilícia, foi proibida de permitir que Leto desse à luz
seus filhos. Leto sofreu as dores do parto por dias,
até que Ilícia fosse convencida a desobedecer à
ordem de Hera. Assim, Apolo e Ártemis nasceram e,
logo após o parto, Apolo tomou um néctar e comeu
ambrosia, o que fez com que ele imediatamente
fosse transformado em um homem adulto. 
Quando estava grávida, Leto teve de fugir
constantemente da serpente Píton, enviada por Hera
para a matar. Depois de adulto, Apolo tornou-se um
ótimo arqueiro, e seu arco e sua flecha foram os
instrumentos usados por ele para matar a serpente.
Píton residia no monte Parnaso, e Apolo teria se
dirigido até lá para vingar-se. 
Na lenda, Apolo matou a serpente com três flechas
que atingiram o olho, o peito e a boca de Píton. A
morte da serpente teria agradado à população grega,
e um templo teria sido construído em homenagem ao
deus. Esse templo ficou conhecido como Oráculo de
Delfos, um local onde as pessoas iam em busca de
previsões, uma vez que Apolo era o deus da
profecia. 
Apolo ficou conhecido por inúmeros amantes, tanto
homens quanto mulheres, mas as histórias mais
conhecidas são as de seus amores frustrados. Uma
dessas histórias envolve a ninfa Dafne. Tudo
começou quando Apolo zombou das habilidades de
Eros, deus do amor, quando este manejava um arco e
flecha. Apolo estava envaidecido, pois tinha matado
Píton há pouco. 
Eros vingou-se fazendo com que Apolo se
apaixonasse por uma mulher que não o queria. Para
que isso acontecesse, Eros lançou uma flecha de
ouro que fez Apolo apaixonar-se perdidamente por
Dafne. Em seguida, ele lançou uma flecha de
chumbo em Dafne, o que fez com que ela tivesse
aversão a todos que se apaixonassem por ela. 
Quanto mais Apolo manifestava suas intenções para
Dafne, mais ela o desprezava. Essa história terminou
quando Apolo decidiu perseguir Dafne por um
bosque. Aterrorizada e cansada de Apolo, Dafne
pediu que seu pai, Peneu, a convertesse em outro ser
e ela tomou a forma de um loureiro. 
Em tempos recentes o mito de Apolo continuou
sendo trabalhado. Durante o Iluminismo seu papel
de fonte da luz da Razão e dissipador da ignorância
e do erro se tornou generalizadamente reconhecido,
mas também a universalidade da sua luz deu
margem a interpretações que
justificavam a erradicação de potenciais
divergências e particularismos individuais.
Winckelmann, porém, o maior teórico dos
neoclássicos, o colocou nas alturas, dizendo que a
descrição de Apolo exige o estilo mais sublime: uma
devoção a tudo o que se refira à humanidade. Com
os românticos sua posição variou; Shelley
o viu mais como um símbolo da tirania cultural
e política, John Ruskin o considerava o símbolo da
luz combatendo as trevas, e o poder da
vida combaten a decadência da civilização, mas
entre os acadêmicos desde o século XIX
se tornou patente a importância do estudo
dos mitos para prover uma chave de i do a
decrepitude e Oscar Wilde o via como
uma imagem da pureza do mundo natural
em contraste com nterpretação da sociedade e
do homem modernos,
com estudos pioneiros realizados por Friedrich Max
Müller no campo da Religião Comparada e Friedrich
von Schelling na área da Filosofia da Mitologia,
entre outros. 
 
η’ (8)

Ártemis
Ártemis, deusa grega, ou Diana, como era conhecida
entre os romanos, divindade responsável pelas
atividades da caça, é representada como uma
imagem lunar arisca e selvagem, constantemente
seguida de perto por feras selvagens, especialmente
por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo
de suas mãos, um arco dourado, nos ombros um
coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica
de tamanho curto.
Ártemis é deusa da lua, da caça, dos animais
selvagens, da região selvagem, do parto e da
virgindade e protetora das meninas na antiga religião
grega. Foi descrita como a melhor caçadora entre
deuses e mortais. Arco e flechas são seus
companheiros constantes. O cervo, o urso e o
cipreste foram-lhe consagrados
Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus a
questionou sobre seu maior desejo para seu
aniversário, e ela lhe pediu que pudesse andar
livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes,
isenta para sempre da obrigação de se casar. Seu pai
imediatamente realizou seu desejo.
Vários relatos conflitantes são dados na mitologia
grega do nascimento de Ártemis e de seu irmão
gêmeo, Apolo. Todos os relatos confirmam que ela
era a filha de Zeus e de Leto, e que é a irmã gêmea
de Apolo.
Sofreu tentativas de estupros de Actaeon e Orion,
que foram punidos com a morte.
Órion foi companheiro de caça de Ártemis. Em
algumas versões, ele é morto por a mesma, enquanto
em outras ele é morto por um escorpião enviado por
Gaia. Em algumas versões, ele tenta seduzi-la, e ela
o matou. Ela sofreu muito com a morte de seu fiel
companheiro e colocou-o no meio das constelações.
A deusa teve outros acidentes como este, com
pessoas queridas, como sua grande amiga Calisto.
Com personalidades similares, as duas eram muito
unidas na caça e se queriam muito bem. Como uma
companheira de Ártemis, ela fez um voto de
castidade. Zeus lhe apareceu disfarçado como
Ártemis, ou em algumas histórias como propio
Apolo, ganhou a sua confiança, então se aproveitou
(provavelmente a estuprou) de sua virgindade. Como
resultado disso, ela concebeu um filho, chamado
Arcas.
Enraivecida, Hera ou Ártemis (alguns casos dizem
que foram as duas) transformou-a em um urso.
Arcas quase matou esse urso, mas Zeus o impediu
na hora certa. Por piedade, ele colocou Calisto como
um urso nos céus, assim, a origem da Constelação de
Ursa Maior. Algumas histórias dizem que ele
colocou tanto Arcas como Calisto nos céus como
ursos, formando as constelações Ursa Menor e Ursa
Maior.
Embora fosse amorosa, também tinha traços
vaidosos e vingativos. Quando um de seus desejos
não era obedecido, agia de maneira raivosa.
Alguns pesquisadores acreditam que seu nascimento
remonta às tribos da Anatólia, exímias caçadoras,
consideradas berços das famosas amazonas. Outros
crêem que ela descende da divindade Cibele,
protetora da Natureza, cultuada na Ásia Menor,
também representada como uma Rainha das Feras,
rodeada por leões, veados e outros exemplares da
fauna.
As histórias da mitologia grega sobre vida de
Ártemis não têm a ver com amor. A deusa era
intocável e inviolável nos assuntos do coração,
sendo assim, nunca foi casada e nem teve filhos. Por
essa razão, muitos padres e sacerdotisas devotos a
ela viviam puramente na castidade.
Os animais ferozes que estão sempre junto a ela
representam, por outro lado, os impulsos que
precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo
maior do feminino, de sua liberdade e autonomia.
Na Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de
agosto, quando os cães de caça tinham seu momento
de glória. Este evento foi consagrado pela Igreja
como um culto católico que marca a Assunção de
Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.
Localizado na antiga cidade de Éfeso, atual Turquia,
o Templo de Ártemis foi construído em sua
homenagem. O projeto foi inaugurado em 550 a.C e
é considerado uma das sete maravilhas do mundo
antigo. No entanto, ele foi destruído em 356 a.C. por
Heróstrato que tinha o objetivo de ser lembrado
como o destruidor deste templo.
No total, Ártemis foi uma "boa" deusa, queria muito
bem aqueles próximos a ela, sofreu quando deveria
sofrer e fez justiça quando foi preciso.
 θ’ (9)

Hefesto

Hefesto é o deus do fogo, dos metais e da metalurgia


na mitologia grega. Sua figura também estava
associada ao trabalho, pois foi um grande forjador,
joalheiro e também protetor das atividades
relacionadas ao metal, era filho de Zeus e de Hera.
Na mitologia romana, ele é chamado de Vulcano.
Comenta-se que o deus do fogo teria nascido muito
feio e com aparência de anão, pois tinha problemas
na perna. E, por esse motivo a sua mãe Hera muito
envergonhada teria o jogado ao mar. Mas com muita
generosidade ele foi acolhido pela deusa Tétis.
Como era o deus do fogo e dos metais, seu trabalho
era feito nos vulcões. Ali, ele contava com a ajuda
dos ciclopes, gigantes que possuíam somente um
olho. Ele que produzia os raios e trovões de Zeus
com seu poder do fogo e metais. Também construiu
o Tridente de Poseidon, as flechas de Apolo e
também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia.
Hefesto ao ser cuidado por Tétis durante nove anos
cresceu e aprendeu a trabalhar com metal, e a fazer
jóias também. Um dia sua mãe Hera viu uma de suas
jóias. Gostando muito, quis saber quem as fazia, foi
quando soube que era seu filho, e o quis então de
volta ao Olimpo, porém Hefesto recusou o convite
de sua mãe.. Foi assim que ele lhe construiu um
trono e quando ela sentou ficou presa. Mas Hera não
desistiu da volta de seu filho e pediu para que
Dionísio o convencesse a voltar. Dionísio só
conseguiu isso após embriagá-lo com vinho e com
uma mula ajudando ele a carregar Hefesto de volta
ao Olimpo.
Os símbolos de Hefesto são um martelo de ferreiro,
uma bigorna e uma tenaz, embora por vezes tenha
sido retratado empunhando um machado.
Hefesto pode chantagear seus pais pedindo-lhes em
troca um casamento com a mulher mais bela. Para
que ela saísse de sua armadilha, o pedido de Hefesto
foi aceito por ambos. A mando de Zeus, Afrodite, a
deusa da beleza e do amor, casou-se com ele. No
entanto, por conta de sua feiura, foi também
rejeitado por ela. Por isso, eles não tiveram filhos e
ainda foi traído varias vezes por sua esposa. Afrodite
teve relações com deuses e mortais, o que resultou
na geração de diversos filhos. Um de seus casos que
merece destaque é sua relação com Ares, deus da
guerra.
Hefesto, sendo o mais decidido dos deuses, recebeu
de Zeus a mão de Afrodite para evitar que os outros
deuses travassem disputas por ela. Ela, no entanto,
não aceitou a ideia do casamento arranjado com o
feio Hefesto. Ele ficou sabendo da traição de
Afrodite por meio de Hélio, o Sol onividente, e
planejou uma armadilha para eles durante uma de
suas escapadas. Enquanto Afrodite e Ares estavam
juntos na cama, Hefesto envolveu-os com uma rede
de malha inquebrável, tão fina que era praticamente
invisível, e os levou ao monte Olimpo para humilhá-
los diante dos outros deuses. No entanto, apenas
riram diante da visão dos amantes nus, e Poseidon
conseguiu convencer Hefesto a libertá-los como
troca de uma garantia de que Ares pagaria uma
multa pelo adultério.
Hefesto foi pai de diversos filhos, tanto com mortais
quanto deuses. Um destes foi o ladrão Perifetes.
Juntamente com Talia, Hefesto era considerado o pai
dos Palicos.
Os tebanos (nascidos em Tebas) acreditavam que
dessa união entre Ares e Afrodite teria resultado em
Harmonia, tão bonita quanto uma segunda Afrodite.
Autores explicam que o deus do amor, Eros, seria
filho de Ares, mas entregue a Hefesto para que este
o criasse como seu próprio filho.
Hefesto foi responsável por fazer boa parte dos
magníficos equipamentos dos deuses, e quase todo
tipo de trabalho em metal dotado de poderes
mágicos que aparece na mitologia grega é tido como
tendo sido feito pelo deus. Hefesto trabalhava com o
auxílio dos ciclopes ctônicos, seus assistentes na
forja. E também fez todos os tronos do Palácio do
Olimpo.
Hefesto foi o único deus que retornou ao Olimpo
depois de ter sido expulso.
Seu templo está localizado na cidade de Atenas, na
Grécia. Foi construído em 449 a.C. e de todos os
templos gregos que foram criados na antiguidade,
esse é o mais conservado deles.
ι’ (10)

Afrodite

Afrodite é considerada a deusa do amor, da beleza e


da sexualidade. Responsável pela perpetuação da
vida, prazer e alegria. Sua história é pouco
conhecida, e por conta disso, muitos se enganam ao
acreditar que ela é um rosto bonito que sai
espalhando amor para todos que pedem. Essa deusa
é extremamente vingativa e impiedosa, passando por
cima de qualquer pessoa para conseguir o que
deseja.
Na era romana, seria a vez de Afrodite ser a
influência, dando origem à sua equivalente romana,
a deusa Vênus.
Afrodite, juntamente com Apolo, representa o ideal
de beleza dos gregos antigos. Ela foi constantemente
reproduzida nas Artes, da Antiguidade à Idade
Contemporânea, dada a oportunidade dos artistas
imaginarem uma beleza divina.
A deusa Afrodite nasceu na ilha de Chipre. Com
relação a sua origem, existem duas versões, mas é
preciso entender um pouco sobre a origem dos
deuses gregos antes. Primeiramente, temos que
voltar no tempo onde existia Gaia e seus filhos,
Urano (o céu), Pontos (o mar) e Tártaro (o inferno
grego). Ela então manteve relações com todos seus
filhos, sendo seu preferido Urano. A partir desse
romance, ela teve diversos filhos e um deles era
Cronos, o titã do tempo.
Urano prendeu todos seus filhos por medo e Gaia,
com muita raiva da situação, pediu a Cronos que
matasse seu pai. Com uma foice, o Titã do Tempo
cortou os orgãos genitais de seu pai, fazendo com
que ele nunca mais voltasse para Terra. Quando as
partes íntimas dele encontraram o mar, uma espuma
foi criada e Afrodite nasceu dai. A deusa,
considerada a primeira do Olimpo, nasceu antes
mesmo de Zeus.
Por fim, temos a segunda versão, onde Afrodite
nasceu fruto do relacionamento de Zeus com Dione,
a deusa das ninfas. Ninfas eram criaturas em forma
de mulheres que vivam durante anos e não
envelheciam. Elas eram conhecidas por sua beleza e,
apesar de não serem imortais, eram cultuadas e
muitas vezes temidas.
Enquanto a primeira versão mencionada é a de
Hesíodo, a segundo é de Homero. Durante o período
de Platão, os gregos haviam solucionado este
conflito afirmando que Afrodite tem dois aspectos
diferentes, sem individualizar o seu culto: a primeira
Afrodite "Urânia", seria a Afrodite celeste, do amor
divino. A filha de Zeus seria a Afrodite "do amor
comum", das pessoas, denominada Afrodite
"Pandemos" de onde emanava o amor físico e
desejos sensuais.
O conceito romano de Vênus e seus mitos são
baseados nas obras literárias da mitologia grega em
relação a Afrodite. Vênus é um substantivo latino
que significa amor sexual ou desejo sexual.
Foram os romanos que fizeram da divindade
também uma deusa militar, além da beleza, do amor,
da fertilidade e da sedução. Na mitologia romana,
ela é a mãe divina de Eneias, o ancestral do fundador
de Roma, Rômulo.
Como deusa do amor, é de se esperar que ela passa-
se por diversos momentos amorosos durante sua
história. Primeiramente, temos que falar de Hefesto,
que é o deus do fogo. Ela se casou com ele por
ordens de Zeus, mas não amava ou gostava de seu
parceiro. Uma deusa que está se importa tanto com a
beleza, acreditava que o deus do fogo era feio e sem
senso de humor.
Enfim, cansada de seu casamento, ela procurou
diversos outros relacionamentos. Um de seus
principais amantes foi Ares, o deus da guerra.
Apesar dele ser o mais famoso, ela também manteve
relações com Hermes (deus dos mensageiros), com
Dionísio (deus do vinho), com Poseidon (deus dos
mares), com Adônis (um jovem mortal de beleza
olímpica), com Apolo (deus do Sol), e muitos
outros.
Com Ares, deus da guerra, teve diversos filhos,
como Eros, Anteros, Deimos, Fobos, Harmonia,
Adrestia, Himeros e Pothos. Uma característica de
seus filhos com Ares, é que seus filhos viriam a se
tornar deuses relacionados as emoções e
sentimentos, fazendo assim referência a si, a deusa
do amor.
Com Hermes, Afrodite gerou o deus Hermafrodito
(mistura dos nomes dos pais), que tinha como
características, além da beleza dos pais, os órgãos
sexuais de ambos os genêros.
Com o deus Apolo teve o filho Himeneu (deus do
casamento), e com Dionísio teve o filho Príapo, o
deus da fertilidade, que tinha grandes genitálias e
não péssima aparência.
Afrodite gerou também um filho do mortal
Anquises, que foi chamado de Enéias, e que foi um
herói da Guerra de Tróia. Seduziu outros mortais
como Adónis, Faetonte e Cíniras.
Apesar de ser conhecida como deusa do amor,
Afrodite era muito vingativa, e não tinha piedade de
seus inimigos. Teve como principais rivais as deusas
Hera e Atena. Aliás, de suas desavenças com essas
deusas deu origem a Guerra de Tróia.
Nas festas em homenagem a Afrodite, as
sacerdotisas que a representavam eram prostitutas
sagradas, sendo que o sexo com as mesmas era
considerado um ritual de adoração. As festas eram
consideradas "afrodisíacas", assim dando origem a
esse termo.
\

ια’ (11)

Hermes

Hermes é o deus grego da riqueza, da sorte, da


fertilidade, do sono, da magia, das viagens, das
estradas, do comércio, da linguagem e dos ladrões.
Mensageiro dos deuses e muito venerado pelos
gregos, Hermes é considerado um dos deuses mais
irreverentes da mitologia grega.
Nasceu em uma caverna no alto do monte Cilene,
ao sul de Arcádia.
O nome Hermes significa "marcador de fronteira"
sendo que uma de suas funções era guiar os mortos
para o submundo, o reino de Hades. Como guardião
da entrada do submundo, Hermes também é
chamado de deus dos viajantes e protetor das
estradas.
Ele foi assimilado ao deus Mercúrio, e através da
influência egípcia, sofreu um sincretismo também
com Tot, surgindo o personagem de Hermes
Trismegisto.
Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e
exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas de seu
irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios,
sandálias mágicas e a lira.
Hermes é retratado como um jovem nu, bonito, de
corpo atlético e com sandálias mágicas aladas que
lhe conferiam maior agilidade e rapidez.

O símbolo de Hermes era um bastão com serpentes e


asas, chamado caduceu. Os animais considerados
sagrados por Hermes são o carneiro e a lebre e suas
plantas são o açafrão e o morango.
Para percorrer todo o Olimpo ele possui um Chapéu
alado e sandálias com duas asas, que o permite voar
proporcionando uma maior agilidade durante as suas
tarefas.
Diferente do Deus Ares e de Atena, que são
guerreiros, o Deus Hermes é o menos irritado dos
deuses olímpicos e, por isso, costuma castigar todos
que iniciam uma guerra. Suas forças são todas
voltadas para uma resolução pacífica e diplomática.
Patrono da ginástica, era o deus das competições
esportivas e seu nome está ligado às Olimpíadas. À
ele está atribuído a invenção do fogo e também a
criação da corrida e do boxe. Também é apontado
como deus da astronomia e da astrologia, por ser o
patrono dos astrônomos.
Hermes teve grande quantidade de amores com
deusas, semideusas e mulheres mortais, e gerou
vários descendentes.
Entre os imortais, com Afrodite, a deusa do amor,
teve Hermafrodito, e algumas versões do mito o dão
como pai de Eros, concebido com a mesma mãe; em
algumas histórias ele foi pai ou filho de Príapo. Pã
foi fruto dos amores de Hermes com a ninfa Dríope
ou, em algumas versões, Penelopeia, uma ninfa, ou
Penélope, esposa de Odisseu. Seduziu Brimo ou
Hécate às margens do lago Boibes, com Deira gerou
Elêusis; relacionou-se com Peito, a deusa da
persuasão, tomando-a como esposa; e tentou cortejar
Perséfone, mas foi rejeitado. Com Carmenta gerou
Evandro, com uma ninfa não identificada gerou
Dáfnis; com Ocirroé, Caicos; com várias Oréades,
teve filhas ninfas. Entre as mortais, amou Aglauro,
princesa da Ática, gerando Cérix; Acale, princesa de
Creta, gerando Cídon; Antianira, que lhe deus dois
filhos, Écio e Êurito; Apemósine, que foi morta pelo
irmão antes de dar à luz; Áptale, sendo o pai de
Euresto; Eriteia, princesa da Ibéria, gerando Norax;
Creusa ou Herse, princesa da Ática, gerando Céfalo;
Ifítime, que lhe deu três filhos sátiros, Ferespondo,
Lico e Prônomo; Quione, que deu à luz Autólico;
Ctonófile, rainha de Sicião, sendo pai de Polibo;
Clítie ou Teóbule, mãe de Mirtilo; Líbia, princesa da
Líbia ou de Náuplia, mãe de Líbis; Filodâmia,
princesa de Argos, mãe de Fáris; Polímele, mãe de
Eudoro, e Trônia, princesa do Egito, que gerou
Árabo. Teve também romances com alguns homens,
segundo algumas versões de sua história. Foram eles
Crocos, a quem matou acidentalmente em um jogo
de disco, e a quem depois transformou em uma flor;
Anfião, a quem teria concedido o dom do canto e a
habilidade à lira, por cuja arte operou prodígios, e
Perseu, a quem também manifestou especial
proteção. Os romanos lhe deram mais um amor,
Larunda, com quem gerou os Lares, importantes
deidades domésticas.
Entre seus feitos mais comentados está a derrota da
Medusa por Perseu, que recebeu auxílio de Hermes.
O deus teria emprestado suas sandálias voadoras a
Perseu, que conseguiu derrotar a mulher com
cabelos de cobra evitando a maldição que o faria
virar pedra, caso a olhasse.
ιγ’ (12)

Dionísio

Deus grego, Dionísio, era filho de Zeus e da princesa


tebana Semele, filha de Cadmo. Ele é o único ser
divino gerado por uma mortal, o que fazia dele um
semideus. Foi o último deus aceite no Olimpo,
também foi o único olimpiano filho de uma mortal,
o que faz dele uma divindade grega atípica.
Conhecido como Baco na história romana, deu
origem ao nome de uma festa chamada Bacanal.
Essa celebração era proibida por conta do consumo
excessivo de álcool, orgias e situações
desagradáveis.
É o deus grego do vinho, das festas e um dos mais
importantes deuses da mitologia grega.
Além de ter os conhecimentos de preparação do
vinho, ele possuía o poder de criar drogas poderosas.
Dionísio é considerado também o deus grego da
natureza, da fecundidade, da alegria e do teatro.
Dionísio era o guardião daqueles que não se sentiam
parte da sociedade convencional. Por causa disso,
representava tudo aquilo que era inesperado, caótico,
perigoso e fora da própria razão humana.
Sua imagem é de um homem com barba e sua
expressão demostra o efeito da embriaguez.
Portanto, é comum a aparência de felicidade
induzida pelo álcool nas representações de Dionísio.
Em algumas versões, ele aparece nu e noutras,
segurando um manto feito de leão ou leopardo.
A mãe de Dionísio morreu ao dar à luz. Ela caiu em
um terrível armadilha da deusa Hera – a legítima e
ciumenta esposa de Zeus. Sêmele assustou-se ao vê-
lo numa carruagem de trovões e raios sob a forma
humana. Por causa do esplendor do amado, explodiu
em pedaços junto com o filho.
Diante do esplendor de Zeus, Sêmele foi feita e
pedaços e o menino também. Zeus, então, salvou seu
coração e o costurou na coxa, onde permaneceu até
o nascimento.
A deusa Hera sempre perseguiu Dionísio. Por isso, e
com autorização do pai, foi criado pela tia Ino e seu
marido Athamas, com a ajuda das ninfas. Foi nessa
ocasião que o semideus aprendeu a arte de fazer
vinho.
Na tentativa de salvar o filho, Zeus entregou ele às
ninfas que viviam em Nisa, na Ásia. Em forma de
reconhecimento, as premio com o poder de se
transformar em estrelas. Sendo assim, passaram a ser
chamadas de Híades.
Mesmo com todos os esforços para proteger a vida
de Dionísio, Hera conseguiu atingi-lo com toda a sua
raiva, fazendo com que ele enlouquecesse. A partir
desse momento, ele vagou por todos os cantos da
terra.
Dionísio foi curado da insanidade quando conheceu
a deusa Cibele na cidade de Frígia. Com a mente sã,
atravessou a Ásia e difundiu o conhecimento da uva.
Ficou conhecido como o deus do vinho por ser
pioneiro no cultivo das parreiras.
O grande amor de Dioniso foi a princesa Ariadne.
Dionísio casou com Ariadne, filha do rei de minos,
que no entanto, era apaixonada por Teseu. Ele se
casou com ela após descobri-la abandonada pelo
amante Teseu na ilha de Naxos. Dioniso a leva para
a montanha chamada de Drius. Depois disso, os dois
desapareceram, e Ariadne nunca mais foi vista. No
entanto existem várias versões conflitantes sobre o
mito. Na versão de Pseudo-Apolodoro, Dioniso se
apaixona por Ariadne, a rapta para Lemnos, onde ela
tem os filhos Toas, Estáfilo, Enopião e Pepareto.
Segundo Pausânias, Dioniso e Ariadne foram os pais
do herói Céramo; o distrito ateniense de Cerâmico
tem este nome devido a Céramo.
Ιδ’ (13)

Hades

Hades, deus do mundo subterrâneo da mitologia


grega (ou Plutão, na mitologia romana), também é
chamado de deus da riqueza porque possui todos os
metais preciosos do planeta. Filho de Cronos e Réia,
irmão de Zeus, Héstia, Demeter, Hera e Poseidon.
Era casado com Perséfone (Cora para os romanos),
que raptou do mundo superior, para ter como sua
rainha. Este mito ficou muito conhecido como o
rapto de Perséfone, deusa sequestrada e levada para
o submundo com ele. O submundo era protegido por
Cérbero.
A simbologia desta união põe em comunicação duas
das principais forças e recursos naturais: a riqueza
do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de
seu âmago as sementes — vida e morte.
Dono de uma personalidade impiedosa, Hades era
repugnante, insensível, monstruoso e poucos tinham
coragem de pronunciar seu nome. Assim, na
mitologia grega ele é considerado o mais temido dos
deuses.
Hades é conhecido por ser o deus do submundo, o
lugar dentro da cosmogonia grega para o qual iam os
mortos. No submundo, as almas dos mortos eram
julgadas de acordo com suas ações em vida, e
aqueles que tiveram boas ações teriam acesso aos
Campos Elísios, um lugar de descanso. Aqueles que
tivessem uma vida de más ações seriam enviados
para o Tártaro, onde o sofrimento seria eterno.
Aqueles que estavam à espera de julgamento,
receberiam-no em Érebo.
Hades é retratado como um homem de pele morena
e que usa barba. É adornado com uma coroa, e
carrega a chave do submundo e um cetro.
Em sua companhia anda um cão de três cabeças, o
cérbero. Esse animal tinha o objetivo de guardar a
entrada do reino dos mortos.
Geralmente, Hades usava uma carruagem para se
locomover e, muitas vezes, ele é retratado na
carruagem em companhia de sua esposa Perséfone.
Hades tinha o poder de trazer a vida de um homem,
mas fez isso poucas vezes e muitas delas a pedido de
sua esposa. Também conhecido como o Invisível,
pois com a ajuda do seu capacete que o protege de
todos os olhares. Este capacete também foi usado
por outros heróis como Atena e Perseu.
Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam,
Hades não é o deus da morte e sim o da pós-morte,
ele comanda as almas depois que as pessoas
morrem.
Ele é um dos deuses gregos mais temidos da
mitologia grega e irmão de Poseidon, Zeus,
Deméter, Hera e Héstia. Hades era filho dos titãs
Cronos e Reia, e foi um dos que participou na
batalha contra seu pai, conhecido por devorar seus
próprios filhos. Zeus iniciou uma rebelião contra
Cronos, com ele e seus irmãos saindo vitoriosos.
Depois dessa batalha, os três deuses mais poderosos
ficaram cada um com um domínio. Zeus ficou com a
terra e os céus, Poseidon, com os mares, e Hades,
com o submundo. Por isso Hades não residia no
Monte Olimpo, a morada dos deuses, mas sim em
um palácio no próprio submundo. Sendo assim o
unico deus maior a não fazer parte do Olimpo.
O deus do submundo era conhecido por utilizar um
elmo, feito por Hefesto, que lhe dava o poder da
invisibilidade. Esse objeto foi mencionado em outras
passagens, como na Ilíada, escrita por Homero, no
momento em que a deusa Atena usou-o durante a
luta contra Ares por conta da Guerra de Troia. Outra
passagem cita Perseu, um herói conhecido por ter
lutado e matado a Medusa com o elmo.
As almas chegavam ao submundo por meio de
Hermes, que as guiava até o rio Estige. Lá o
barqueiro Caronte fazia a travessia das almas pelos
rios Estige e Aqueronte até os portões do submundo.
O barqueiro só fazia a travessia daqueles que
recebessem os devidos ritos funerários, o que incluía
a colocação de uma moeda (nos olhos dos mortos)
para pagar pela viagem.
O mito de Hades conta que ele era apaixonado por
Perséfone, deusa das ervas, estações do ano, flores,
primavera, frutos e perfumes, e filha de Zeus e
Deméter. Hades decidiu raptar Perséfone e levá-la
para o submundo. A mãe de Perséfone, a deusa
Deméter, enfureceu-se com o sequestro de sua filha,
lançou uma grande fome sobre a Terra, resultando
na morte de milhares.
Zeus interveio enviando Hermes para o submundo
com a instrução de pedir para que Hades permitisse
o retorno de sua filha, mas Hades enganou Perséfone
e fez com que ela comesse um pouco de romã do
submundo.
Ao alimentar-se de uma comida do mundo dos
mortos, Perséfone não poderia mais deixar o local
sem a permissão de Hades. Para solucionar a
questão, Zeus propôs que Perséfone passasse 1/3 do
ano no submundo e 2/3 do ano fora dele para estar
junto de sua mãe. O período que Perséfone passava
com Hades era de grande tristeza para Deméter.
Esse mito foi utilizado pelos gregos para explicar as
estações do ano, pois Deméter era a deusa da
agricultura, e sua tristeza era usada como o motivo
do inverno. O frio dessa estação, que impedia a
agricultura, era causado pela grande tristeza de
Deméter por estar longe de Perséfone.
Hades e Perséfone tiveram três filhos: Melinoe,
deusa dos fantasmas, pesadelos e da loucura;
Zagreu, deus da religião órfica; e Macária,
considerada a deusa da morte abençoada.
No entanto, em alguns mitos a deusa foi traída por
ele por duas vezes. A primeira aconteceu quando ele
se relacionou com a ninfa do Cócito, já a segunda
ocorreu quando ele se apaixonou por Leuce, filha do
Oceano.
Fim

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