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Distribuição das Pressões

 
 
 1 
Z q 2 
  z   
Condição de equilibrio:  1   r   tg .  
    
Q/2 = q .  . r2 = z .  . (r + s)2

z = pressão no subleito (Kqf / cm2);


Rs = Resistência do Subleito q = pressão de contato (Kgf / cm2);
z = espessura do pavimento (cm);
Rs  Z  Estável r = raio da área circular de contato (cm);
 = ângulo de distribuição de pressão
Tipos de pavimentos

Pode-se classificar os pavimentos em 3 tipos:

Rígidos: placas de Semi-rígidos: são estruturas mistas Flexíveis: revestido de


concreto de cimento revestidas de camada asfáltica e camada asfáltica e com
Portland com base estabilizada quimicamente base de brita ou solo
(cal, cimento)

Ex: uma camada de solo cimento


revestida por uma camada
asfáltica.
Distribuição das cargas

- Alta dissipação das pressões

- Alto modulo de rigidez:


Er =

 350.000 kgf/cm2

T - Tensão de tração na flexão


Variações volumétricas do concreto
o Reação química do cimento
o Temperatura
o Umidade

Expansão e Contração da Placa  Trincas ou Fissuras

Juntas transversais
• Construídas no sentido da largura
da placa de concreto.
• de retração (ou contração)
• de retração com barras de
transferência
• de construção
• de expansão ou dilatação
Barras de transferência ou passadores

São barras de aço comum, dispostas em


toda extensão da junta, para que haja
transferência da carga para a placa
contígua.
 = ¾” a 1”
Comprimento da barra = 60 cm.

Seção Transversal Típica de Pavimento Rígido


Seção Transversal Típica de Pavimento Rígido

DIMENSIONAMENTO

FUNDAÇÃO CBR

TRÁFEGO Contagem e Classificação

CONCRETO Resistência

PCA - Portland Cement Association


 PCA/66 - utiliza a tensão de tração na flexão como parâmetro para
o dimensionamento do pavimento de concreto através da resistência do
concreto à fadiga

 PCA/84 - leva em consideração além dos critérios do PCA/66, a


existência de acostamento de concreto, barras de transferência, o
tamanho das placas e a resistência a erosão.

 AASHTO /1993
II – MATERIAIS PARA PAVIMENTAÇÃO
SOLOS

 Conceituação e Classificação
 Descrição e Frações do solo
 Propriedades Físicas e Mecânicas
 Classificação do HRB
 Compactação
 Relação densidade x umidade
 Ensaio de compactação
 Resistência do solo compactado
 Controle da Compactação no campo
 Ensaio CBR
 Estudos Estatísticos
Conceituação e Classificação dos Solos

 Solo é uma formação natural, de estrutura solta e removível e de


espessura variável, resultante da transformação de uma rocha-mãe,
pela influencia de diversos processos físicos, físico-químicos e
biológicos.

 No âmbito da engenharia rodoviária, considera-se solo todo tipo de


material orgânico ou inorgânico, inconsolidado ou parcialmente
cimentado encontrado na superfície da terra.

 Consideram-se como solo qualquer material que possa ser


escavado com pá, picareta, escavadeiras, etc., sem necessidade de
explosivos.

Divisão dos Solos


Com base na origem de seus constituintes:
• Solo Residual
• Solo Transportado

SOLO RESIDUAL : os produtos da rocha intemperizada permanecem


ainda no local em que se deu a transformação.
 Todos os tipos de rocha formam solo residual.
SOLO TRANSPORTADO

Quando os produtos da alteração foram transportados por um


agente qualquer, para local diferente ao da transformação.
 De acordo com o agente transportador criam os tipos:
coluviais (gravidade), aluvião (águas), eólicos (vento) e glaciais
(geleiras).
Propriedades Gerais dos Solos

o Forma das Partículas

a) Esferoidais - Conforme a intensidade de transporte: angulosas ou esféricas


ex: solos arenosos ou pedregulhos.
b) Lamelares ou placóides: predomínio de duas dimensões sobre a terceira;
Solos de constituição granulométrica mais fina (partículas microscópicas);
c) Fibrosas: Ocorrem com solos de origem orgânica (turfosos). Uma das dimensões
predomina sobre as outras duas.

o Índices Físicos
Classificação dos Solos

Classificação TRB (antigo HRB) - Transportation Research Board


Os solos são reunidos em grupos e subgrupos, em função da granulometria, limites de consistência e do
Índice de grupo. Determina-se o grupo de solo, por processo de eliminação da esquerda para a direita, no
quadro de classificação. O primeiro grupo a partir da esquerda, com o qual os valores do solo ensaiado
coincidir, será a classificação correta.
Terminologia Básica

Escala granulométrica utilizada pelo Sistema Unificado de Classificação - SUCS

Terminologia usada no SUCS


EXEMPLO DE APLICAÇÃO
b) Solos não coesivos (areias e pedregulhos)

A densificação se dá pelo rearranjo e/ou fratura dos grãos ou de seus pontos de contato
(fator secundário), e é resistida pelo atrito existente entre os mesmos.

A tensão capilar (uP) originada pelas películas de umidade entre os grãos,


aumenta a pressão intergranular aumentando o atrito dificultando o
entrosamento entre os grãos.
- Tensão capilar : uP = - 4.T
D10

T – Tensão superficial
D10 – diâmetro efetivo dos grãos

- Pressão intergranular (efetiva): ´ =  - (-uP) =  + uP

- Resistência ao cisalhamento: S = ´ . tg   - ângulo de atrito

Adicionando-se água, a tensão capilar diminuirá, diminuindo o atrito


intergranular, tornando o esforço de compactação mais eficiente.
No entanto, o excesso de umidade irá produzir, tanto no solo coesivo quanto
no solo não coesivo, o aparecimento de pressões neutras que irá impedir a
redução dos vazios e qualquer esforço adicional aplicado será perdido.
Relação densidade x umidade
1
z =
1
w
Gs


d =
1 w

W (%)
Lado seco Lado úmido
Quantidade de água para atingir a umidade ótima

w ot - teor de umidade ótimo


w = wot - wN + e w - % de água a ser misturada ao solo, em peso
wN – teor de umidade natural do solo, em peso
e – perda de umidade por evaporação

Esforço de Compactação

Variando-se o esforço de compactação para


um mesmo solo, obtem-se curvas de formas
similares, obtendo-se valores diferentes para wot
e dmx.

No campo, ao compactarmos o solo, pode-


se usar um teor de umidade um pouco abaixo do
ótimo, aumentando-se o esforço de compactação,
empregando-se equipamentos mais pesados ou
aumentando o número de passadas
Exemplo: Conhecido os resultados do ensaio de compactação, traçar o gráfico densidade x
umidade e determinar o valor da umidade ótima e densidade seca maxima do solo.
Processo do Frasco de Areia
Aparelhagem
•Conjunto frasco com areia+ funil
•Bandeja com orifício ao centro ( = 10 cm)
•Balança para pesagem
•Conjunto “Speedy” para determinação do teor de umidade
•Espátula ou colher

Sequencia de ensaio
a) b) c) d)

Pb – peso da areia no buraco


P2 – peso da areia no funil
P3 – peso da areia restante no frasco

- Peso da amostra de solo retirada do buraco: W


– Peso específico da areia : A
- Peso da areia no buraco:
P
Pb = P1 - ( P 2 + P3 ) 
- Volume do buraco: Vb = b
A
d (campo) =
1 w
- Volume da amostra de solo: V  Vb
- Teor de umidade obtido pelo processo do “Speedy” : w (%)
W
- Peso especifico úmido da amostra de solo:  = V
1 ensaio a cada 500 m3 de aterro
Penetração do corpo de prova
 Pistão padronizado:  = 5 cm (área = 19,64 cm2 ou 3 pol2 ),
 Velocidade de carregamento: 0,05 pol/min.
 Leitura de cargas para penetrações de 0,025” ; 0,05” ; 0,075” ; 0,100” ; 0,200” ; 0,300”, etc.
 Traça-se a curva pressão – penetração: abcissas os valores de penetração e como ordenadas, as
cargas totais ou pressões no pistão.

Molde no
Tempo Penetração
Leitura da Pressão, kgf/cm2
(min) (mm) Deformação
Calculada Corrigida I.S.C
do Anel (Le)
( %)
0,5 0,63

1,0 1,27

1,5 1,90

2,0 2,54

3,0 3,81

4,0 5,03

6,0 7,62

P(kgf)= Leit.Def.Anel x F.C. 8,0 10,16

10,0 12,70
Curva carga x penetração e calculo do I.S.C
Pressão (Kgf/cm2) ou Carga de ruptura (kg)
Pedra britada pressão calculada ou corrigida
105 kgf/cm2 CBR  100
pressão padrão
70 kgf/cm2

Penetração de 0,1” (2,54 mm): CBR1 


p1
100 %
70

Penetração de 0,2” (5,03 mm): CBR2 


p2
100 %
105

p1 e p2 - pressão, em kgf/cm2

• Se CBR1 > CBR2 , adota-se o valor CBR1


• Se CBR2 > CBR1, repete-se o ensaio; caso o resultado
persistir, adota-se o CBR2.

CBR in situ
Para o ensaio “in situ” , torna-se necessária a existência de uma carga de reação, e a mais
adequada é um caminhão. A fotografia a seguir mostra um macaco mecânico adaptado à
parte traseira de um laboratório móvel, e utilizado para aplicar carga ao pistão através de um
anel de deformação. Uma estrutura feita com tubos metálicos fornece uma referencia
independente para medir a penetração por meio de extensômetros fixados a essa estrutura,
que por sua vez se apoia em pontos do terreno livre do efeito de deformação do solo, sob a
ação do pistão.
Para simular o efeito do peso das camadas do pavimento acima do subleito, são colocados
pesos de 5 lbs sobre a placa de diâmetro 10 pol com um furo circular no centro, para a
passagem do pistão.
Exemplo: Conhecidos os resultados do ensaio de CBR abaixo, pede-se
determinar expansão e o valor do ISC do solo.
Estudo Estatístico

Considerando o universo de “n” valores individuais : x1 ; x2 ; x3 ; x4 ......

a) Media Aritmética: =

b) Desvio Padrão:

c) Limites dos valores válidos para a análise:


2,5  ou 3
(*) Abandonar os valores fora do intervalo e determinar novo e .

d) Valores representativos do conjunto:

e) Valores máximos e mínimos

Xmin = Xmax =
Tipos de agregados
Os agregados necessitam muitas vezes de uma operação de aperfeiçoamento
para sua utilização, daí as seguintes definições serem consideradas:

 Pedra afeiçoada : é a pedra bruta trabalhada para determinados fins específicos, tais
como: pedra para paralelepípedos, para meios-fios, etc.

 Pedra marroada: é a pedra bruta fragmentada por meio de marrão e com dimensões tais
que posa ser manuseada.

 Pedra não marroada: é uma porção de rocha não trabalhada, ou seja, rocha bruta.

 Brita: é o material resultante da britagem de pedra, escória de alto forno, etc.

 Brita classificada ou graduada: é a brita obedecendo a determinados limites de diâmetro.

 Brita corrida: é o resultante da britagem, sem haver qualquer processo de separação


granulométrica.

 Pedrisco: é o material proveniente de britagem da pedra e com diâmetro compreendido


entre 6,4 mm e 2,0 mm.

 Pó-de-pedra: é o produto da britagem, com diâmetro das particulas menores que 2,0 mm.
ADESIVIDADE

Capacidade de uma mistura de se manter coesa durante toda sua vida de


serviço.
 Ensaios visuais – DNER ME 078/94 e ME 079/94.

 Ensaios mecânicos – Lottman Modificado, AASHTO T-283, entre outros.

Massa Específica Real, Aparente e Efetiva do Grão

Massa especifica aparente do grão

M
Ga  (g 3)
Vs  V pi  V pp cm
Massa especifica efetiva do grão

M
Ge  (g 3) Massa especifica real do grão
Vs  V pi  V ppn cm
M
Gr  (g 3)
Vppn = volume de poros permeáveis
não preenchidos com asfalto
Vs  V pi cm
AGREGADO GRAÚDO
DNER-ME 081/98 e
ASTM C 127-88
Densidade Real dos Grãos (Dr)
AGREGADO MIÚDO
DNER-ME 084/95
(Picnômetro de 500 ml)

B
A

C
A: Picnômetro vazio
B: Picnômetro + Material
C: Picnômetro + Material + Água (ºC)
D: Picnômetro + Água (ºC)
Ensaio de Abrasão Los Angeles
A perda por abrasão Los Angeles consiste em submeter cerca de 5.000g de
agregado a 500 até 1.000 revoluções no interior do cilindro de uma máquina Los Angeles.
10 esferas padronizadas de aço são adicionadas ao agregado, causando um efeito
danoso a este quando a máquina é ligada. Com auxílio de uma análise granulométrica
calcula-se a perda por abrasão:

LA = Perda por abrasão Los Angeles (%)


mi = massa inicial
mf = massa final

Parâmetro fundamental em Tratamentos


Superficiais e Britas Graduadas.
Resistência ao Choque - DNER ME 399/99

O ensaio de impacto ou choque consiste em dar


uma série de golpes com um soquete padrão no
agregado colocado dentro do cilindro do aparelho
Treton. Calcula-se a perda de massa após o
impacto.

Treton
Esmagamento - DNER ME 197/97

O ensaio de esmagamento mede a resistência


do agregado submetido à compressão de uma
carga variável de até 40tf, aplicada
uniformemente sobre os agregados colocados
dentro de um cilindro. A razão de carga é de
4tf/min. Determina-se a carga que conduz a uma
quebra de 10% do material.

Sanidade - DNER ME 089/94


 Visa determinar a resistência do agregado à
desintegração química – intemperismo;

 O basalto, por exemplo, se deteriora formando


argila que não é desejável em uma mistura
asfáltica;

 O ensaio consiste em atacar o agregado com uma


solução saturada de MgSO4 (Sulfato de Magnésio)
ou Na2SO4 (Sulfato de Sódio) por cinco ciclos de
16 a 18 horas a 21ºC. O resultado é expresso como
a perda de peso que deve ser inferior a 12%.
Sanidade

Sanidade

Antes Após
Textura ou Microtextura

microtextura
 A resistência ao
cisalhamento
depende da textura
macrotextura superficial.

 Superfície específica
alta – maior consumo
de ligante asfáltico.

Equivalente de Areia (EA)


Proveta graduada

Solução
floculada

Leitura da suspensão h1
Argila em
suspensão

Leitura da sedimentação h2
Agregado
sedimentado
Matéria Orgânica

 Comparação de coloração de uma


amostra com branco após 24 horas de
imersão em ácido tânico.

 Em misturas a quente, a matéria


orgânica é queimada no secador da
usina.
MISTURAS GRADUADAS

A obtenção de um material dentro de uma


determinada granulometria é feita através de
diversos processos de cálculos, que visam
estabelecer as porcentagens dos componentes
que se encontram fora das especificações, a
fim de obter uma mistura adequada,
estabilizada granulometricamente.

% que passa
Peneira
Limites Média
(Especificação)
¾” 100 100
½” 80 - 100 90
3/8” 70 - 90 80
No 4 55 - 73 64
No 10 40 - 55 47,5
No 40 20 - 30 25
No 200 4 - 10 7
Processo Gráfico
 Calcular a curva granulométrica média da especificação que se pretende utilizar.
 Desenhar um retângulo em um papel, com sua diagonal representando a curva da especificação
granulométrica.
 A % que passa é representada no eixo das ordenadas, em escala de 0% a 100%.

 A escala de peneiras do eixo das abcissas é definida a partir da curva média especificada

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