Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
ELÉTRICA
Belo Horizonte
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Junho de 2017
Folha de Aprovação a ser anexada
Aos meus pais, Davidson e Bianca,
e aos meus irmãos Otávio e Álvaro.
Agradecimentos
Agradeço a toda minha família, meu pai, Davidson e minha mãe, Bianca, aos meus
irmãos, Otávio e Álvaro, que sempre me apoiaram em minhas decisões importantes.
Ao meu querido Alessandro por estar ao meu lado sempre com muito carinho e
amor, confortando-me nos momentos difíceis e apoiando minhas decisões.
À professora Patrícia, a quem admiro e respeito pela sua sabedoria desde que a
conheci. Agradeço por ter aceitado o convite para ser minha orientadora e pela paciência e
disposição que sempre teve em me auxiliar durante o desenvolvimento deste trabalho.
Aos demais professores com quem tive o privilégio de aprender, agradeço por tudo o
que me ensinaram. Sem o auxílio de vocês e a maneira singular com que cada um me
ensinou algo, eu não teria chegado hoje onde estou.
Aos meus colegas de curso e de campus que sempre estiveram ao meu lado nos altos
e baixos ao longo do curso.
Resumo
i
Abstract
This work deals with possible configurations for a local electric power generation
systems. In order to do this, a previous bibliographic review generally addresses what
distributed generation is and how such a system has expanded in Brazil and the world in
recent years, as well as presenting an overview of the growth of investments in the main
alternative energy sources used in this type of generation.
A project for the improvement of a distributed generation system integrated to a
building with an addition of a complementary source and of energy storage elements is
made, aiming at reducing the energy consumption acquired from the local
concessionary, islanding the building during peak hours, when the Rate is more
expensive. Some of the characteristics and measurements carried out in 2014 in the
building of the Centro de Pesquisa em Energia Inteligente (CPEI) located at Campus II of
the Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) are adopted
as a basis. In this system are collected the data related to the loads involved, existing
local generation and other parameters that allow the elaboration of the analysis model.
The survey of the load curve of the system and the knowledge of the current local
generation allows an analysis of the need to add a complementary energy source and its
dimensioning. The use of energy devices and their benefits to the system are analyzed
according to certain proposed scenarios, where the economic return of each
configuration is calculated, as well as the viability of its implementation.
The results point to the reduction of the cost of purchasing complementary
energy from the concessionaire for all the analyzed configurations, but still very high
investment costs.
ii
Sumário
Resumo.................................................................................................................................................. i
Abstract ................................................................................................................................................ ii
Sumário .............................................................................................................................................. iii
Lista de Figuras ................................................................................................................................. v
Lista de Tabelas.............................................................................................................................. vii
Lista de Abreviações ....................................................................................................................... ix
Capítulo 1 - Introdução ................................................................................................................ 10
1.1. Objetivos .............................................................................................................................................. 12
1.2. Motivação ............................................................................................................................................ 13
1.3. Estrutura do trabalho ..................................................................................................................... 14
Capítulo 2 – Geração Distribuída ............................................................................................. 15
2.1. Definições ............................................................................................................................................ 15
2.2. A geração distribuída na atualidade ......................................................................................... 16
2.3. GD no Brasil e no mundo ............................................................................................................... 17
2.4. Vantagens e desvantagens da geração distribuída ............................................................. 22
2.5. Principais fontes de energia adotadas ..................................................................................... 23
2.5.1. Energia solar ............................................................................................................................................... 25
2.5.2. Energia eólica ............................................................................................................................................. 26
2.5.2.1. Tipos de turbina................................................................................................................................ 27
2.5.2.2. Turbinas de eixo vertical de pequeno porte ......................................................................... 28
2.5.3. Biomassa ...................................................................................................................................................... 29
2.5.4. Pequena Central Hidrelétrica (PCH) ................................................................................................. 31
2.5.5. Armazenadores de energia ................................................................................................................... 31
2.6. Considerações finais ....................................................................................................................... 32
Capítulo 3 – Definições e Características do Ilhamento ................................................... 35
3.1. Impactos decorrentes de falha na detecção de ilhamentos ............................................. 35
3.2. Métodos de detecção de ilhamento ........................................................................................... 36
iii
3.3. O sistema ilhado ............................................................................................................................... 38
3.4. Considerações finais ....................................................................................................................... 39
Capítulo 4 – Detalhamento do Sistema Base ........................................................................ 40
4.1. Curva de demanda ........................................................................................................................... 40
4.2. Possíveis arranjos do sistema de geração local .................................................................... 42
4.2.1. Sistema de geração fotovoltaica ......................................................................................................... 42
4.2.2. Sistema de geração fotovoltaica com baterias .............................................................................. 47
4.2.3. Sistema híbrido de geração .................................................................................................................. 48
4.2.3.1. Curva de potência da turbina ...................................................................................................... 53
4.2.4. Sistema híbrido de geração com baterias ....................................................................................... 57
4.3. Análise comparativa dos arranjos ............................................................................................. 58
4.4. Análise financeira............................................................................................................................. 66
Capítulo 5 - Conclusão.................................................................................................................. 69
5.1. Trabalhos futuros............................................................................................................................. 70
Anexo A – Dados dos Fabricantes ............................................................................................ 72
Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 75
iv
Lista de Figuras
Figura 1-1 – Modelo básico tradicional de geração, transmissão e distribuição de energia (Fonte: PÁDUA,
2006). .............................................................................................................................................................................................. 10
Figura 2-1 – Aumento do número de conexões baseadas em Geração Distribuída (Fonte: Adaptado de
BLUESOL, 2016). ........................................................................................................................................................................ 20
Figura 2-2 – Número de conexões realizadas até 2015 por estado e por região (Fonte: Adaptado de
BLUESOL, 2016). ........................................................................................................................................................................ 21
Figura 2-3 – Crescimento da capacidade de energia renovável no mundo de 2014 para 2015 (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016). .................................................................................................................................................. 24
Figura 2-4 - Capacidade mundial de produção de energia solar e adições ao longo do período de 2005 a
2015 (Fonte: Adaptado de REN21, 2016). ...................................................................................................................... 25
Figura 2-5 - Capacidade mundial de produção de energia eólica e adições ao longo do período de 2005 a
2015 (Fonte: Adaptado de REN21, 2016). ...................................................................................................................... 26
Figura 2-6 – Modelos de rotor para turbina Darrieus. (Fonte: GUILLO, R., 2017) ................................................... 28
Figura 2-7 – Modelos de rotor para turbina Savonius. (Fonte: DÍAZ, 2015) ............................................................... 29
Figura 2-8 – Modelo típico de rotor Darrieus-Savonius. (Fonte: Eólica Fácil) ........................................................... 29
Figura 2-9 - Geração mundial de energia de biomassa ao longo do período entre 2005 a 2015 (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016). .................................................................................................................................................. 30
Figura 2-10 – Capacidade mundial de energia hidrelétrica ao final de 2015 (Fonte: Adaptado de REN21,
2016). .............................................................................................................................................................................................. 31
Figura 4-1 – Curva de demanda prevista para o CPEI durante um dia. Elaborado pelo autor............................ 42
Figura 4-2 – Potência média diária do gerador, demanda do edifício e déficit resultante em fevereiro de
2014. ................................................................................................................................................................................................ 43
Figura 4-3 – Curva de radiação média para o mês de fevereiro de 2014. .................................................................... 43
Figura 4-4 – Potência média diária do gerador, demanda do edifício e déficit resultante em maio de 2014.
............................................................................................................................................................................................................ 43
Figura 4-5 – Curva de radiação média para o mês de maio de 2014. ............................................................................. 43
Figura 4-6 – Potência média diária do gerador, demanda do edifício e déficit resultante em julho de 2014.
............................................................................................................................................................................................................ 44
Figura 4-7 – Curva de radiação média para o mês de julho de 2014. ............................................................................. 44
Figura 4-8 – Potência média diária do gerador, demanda do edifício e déficit resultante em outubro de
2014. ................................................................................................................................................................................................ 44
Figura 4-9 – Curva de radiação média para o mês de outubro de 2014. ...................................................................... 44
Figura 4-10 – Energia média diária acumulada para janeiro de 2014. .......................................................................... 46
v
Figura 4-11 – Energia média diária acumulada para julho de 2014. .............................................................................. 47
Figura 4-12 – Velocidade do vento média em setembro de 2014. ................................................................................... 50
Figura 4-13 – Velocidade do vento média em janeiro de 2014. ........................................................................................ 50
Figura 4-14 – Velocidade do vento média ajustada em fevereiro de 2014. ................................................................. 51
Figura 4-15 – Velocidade do vento média ajustada em maio de 2014. ......................................................................... 51
Figura 4-16 – Velocidade do vento média ajustada em julho de 2014. ......................................................................... 52
Figura 4-17 – Velocidade do vento média ajustada em outubro de 2014. ................................................................... 52
Figura 4-18 – Turbina eólica Typmar modelo CXF3000-I. (Fonte: TYPMAR) ................................................................. 53
Figura 4-19 – Curva de potência da turbina. (Fonte: Adaptado de TYPMAR) ............................................................ 54
Figura 4-20 – Potência média gerada pela turbina em janeiro de 2014. ...................................................................... 55
Figura 4-21 – Potência média gerada pela turbina em setembro de 2014. ................................................................. 55
Figura 4-22 – Potência média diária solar, eólica e total para o mês de janeiro. ...................................................... 56
Figura 4-23 – Potência média diária solar, eólica e total para o mês de setembro. ................................................. 56
Figura 4-24 – Curvas de déficit energético de cada mês do ano de 2014 para cada tipo de arranjo do
sistema de geração. ................................................................................................................................................................... 60
Figura Anexo A-1 – Datasheet baterias OPzS do fabricante Victron Energy (Fonte: Adaptado de Victron
Energy). .......................................................................................................................................................................................... 72
Figura Anexo A-2 – Tabela de preços Victron Energy (Fonte: Adaptado de Victron Energy). ............................ 73
Figura Anexo A-3 – Tabela de preços TYPMAR (Fonte: TYPMAR). .................................................................................. 74
vi
Lista de Tabelas
Tabela 2-1 – Cinco principais países em capacidade de geração de energia renovável por fonte (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016). .................................................................................................................................................. 19
Tabela 2-2 - Número de conexões e potência instalada no Brasil separados por fonte (Fonte: Adaptado de
BLUESOL, 2016). ........................................................................................................................................................................ 20
Tabela 2-3 - Alguns dos países asiáticos com maiores índices de pessoas sem acesso à energia até 2015
(Fonte: Adaptado de REN21, 2016). .................................................................................................................................. 33
Tabela 2-4 - Exemplos do uso de energia renovável distribuída para serviços de energia produtiva (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016). .................................................................................................................................................. 34
Tabela 4-1 – Cargas consideradas no sistema. ......................................................................................................................... 41
Tabela 4-2 – Valores máximos de potência e radiação diárias médias e período de tempo em que há
registro de medição de potência maior que zero para os meses de fevereiro, maio, julho e outubro de
2014. ................................................................................................................................................................................................ 45
Tabela 4-3 – Valores finais de energia média acumulada diária para todos os meses de 2014 ......................... 46
Tabela 4-4 – Valor do déficit energético no sistema fotovoltaico para cada mês do ano no horário de ponta
(17-20h). ........................................................................................................................................................................................ 48
Tabela 4-5 – Dados de vida útil do banco de baterias. (Fonte: Adaptado de Victron Energy) ............................ 48
Tabela 4-6 – Déficit energético mensal do prédio para os sistemas fotovoltaico e fotovoltaico com baterias.
............................................................................................................................................................................................................ 49
Tabela 4-7 – Comparação entre as turbinas WS-0,15B, Falcon 600 W e CXF300-I. (Fonte: Windside;
WePower; Typmar) ................................................................................................................................................................... 50
Tabela 4-8 – Valores máximos e médios das curvas de velocidade média diária para os meses selecionados
em 2014. ......................................................................................................................................................................................... 53
Tabela 4-9 – Valores máximos e médios das curvas de potência média gerada para todos os meses de
2014. ................................................................................................................................................................................................ 54
Tabela 4-10 – Valores máximos da curva de potência do sistema híbrido e aumento percentual da energia
em termos da geração solar para todos os meses de 2014. .................................................................................... 56
Tabela 4-11 – Valor do déficit energético no sistema híbrido para cada mês do ano no horário de ponta. . 57
Tabela 4-12 – Previsão de horário para o fim do carregamento do banco de baterias selecionado para cada
mês do ano. ................................................................................................................................................................................... 61
Tabela 4-13 – Queda percentual do pico de demanda de energia da concessionária. ............................................ 62
Tabela 4-14 – Tempo de autonomia do banco de baterias totalmente carregado em cada mês para os
sistemas fotovoltaico e híbrido. ........................................................................................................................................... 63
vii
Tabela 4-15 – Tarifas definidas pela ANEEL e praticadas pela CEMIG a partir da Resolução Homologatória
n. 2.248 de 23 de maio de 2017. .......................................................................................................................................... 63
Tabela 4-16 – Previsão da energia (kWh) a ser comprada da concessionária para cada arranjo. .................... 64
Tabela 4-17 – Previsão dos custos do CPEI com a compra de energia da concessionária para cada
configuração do sistema. ........................................................................................................................................................ 65
Tabela 4-18 – Gastos com equipamentos para adaptação do sistema hoje existente no CPEI. .......................... 67
viii
Lista de Abreviações
ix
Capítulo 1
Introdução
Figura 1-1 – Modelo básico tradicional de geração, transmissão e distribuição de energia (Fonte: PÁDUA,
2006).
1.1. Objetivos
12
tem como fonte primária a energia solar. Serão realizadas avaliações quanto à
possibilidade da associação de outras fontes para suprir à demanda prevista e acerca do
uso de elementos armazenadores de energia. Visando a redução de gastos com a energia
vinda da concessionária, nos casos em que se considera o emprego de armazenadores,
seu dimensionamento é feito com o objetivo de suprir totalmente o sistema pelo menos
no horário de ponta. Para tanto, os objetivos específicos são:
Revisão bibliográfica sobre geração distribuída, principais fonte, bancos de
baterias e ilhamento;
Levantamento das cargas do sistema;
Determinação do modelo para o sistema tratado com base nas cargas
envolvidas;
Análise de cada configuração e dimensionamento dos principais elementos
necessários;
Análise dos resultados obtidos em cada configuração;
Avaliação do modelo mais adequado ao sistema.
1.2. Motivação
13
1.3. Estrutura do trabalho
14
Capítulo 2
Geração Distribuída
2.1. Definições
16
redução de perdas, a diminuição dos impactos ambientais e o aumento da inserção de
fontes de energia renováveis na matriz energética. Seu crescimento tem aumentado
consideravelmente no Brasil e no mundo (LOPES, 2015).
O sistema de potência tradicional, suas tecnologias e redes utilizadas têm
funcionado bem, porém não é compatível com o novo sistema de redes elétricas
inteligentes. Uma premissa básica para implantação destas redes é a automatização de
toda sua estrutura de distribuição até o consumidor, cenário oposto ao atual. O
planejamento e os procedimentos operacionais atuais são voltados para um sistema sem
a participação do consumidor e com rede de distribuição passiva. Novos procedimentos
deverão ser criados para incluir a geração distribuída, a rede de distribuição ativa e
consumidores participativos (LOPES, 2015).
A geração distribuída reduz o transporte a longas distâncias por intermédio do
sistema interligado nacional (SIN) fazendo com que, a princípio, a qualidade do
fornecimento de energia elétrica seja superior ao do sistema convencional. Atualmente,
há a regulamentação de alguns termos por meio do Decreto nº 5.163 de 30 de Julho de
2004, dos quais se pode citar que esses empreendimentos poderão ser baseados em:
Energia solar;
Energia eólica;
Pequena Central Hidrelétrica (PCH) com potência menor ou igual a 30 MW;
Usinas Termoelétricas (UTEs), inclusive de cogeração a gás, com eficiência
energética superior ou igual a 75%.
Para as UTEs que utilizem biomassa ou resíduos de processo como combustível, não
existem restrições de eficiência (BRASIL. Decreto n° 1.163, de 30 de julho de 2004).
17
Dias, 2005, cita a posição de alguns países com relação à GD e as dificuldades
encontradas em alguns destes. No Japão há o encorajamento da geração distribuída e da
cogeração, porém, ainda há barreiras na venda de excedentes que não é permitida em
certos casos. Nos Estados Unidos, a GD é limitada por baixos preços de energia e afetada
pela variação heterogênea dos mercados dos 50 estados, além da difícil e custosa
permissão para implantação do sistema e normas ambientais rígidas em muitos estados,
limitando a GD à base de combustíveis fósseis. Apesar das dificuldades encontradas na
Holanda, como o alto preço do gás e a queda do preço da energia, o país possui geração
distribuída bem estabelecida, com mercado avançando, políticas de apoio à cogeração e
às fontes renováveis e regras já normalizadas de interconexão. O autor fala ainda sobre o
Reino Unido, onde o mercado também é aberto e a política favorece a cogeração e as
fontes renováveis, vendo a GD como um importante caminho para incrementar
competição entre produtores de energia.
Ao final de 2014, foi contabilizada uma potência total instalada de cerca de 180
GW em todo o mundo baseada em energia solar fotovoltaica, 40,3 GW a mais do que em
2013. Os dados constam do boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de
Referência – 2014”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), e apontam
que, em dois anos, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de energia
solar no mundo (MME, 2016).
Em 2015, cerca de 44 milhões de produtos off-grid baseados em sistemas
fotovoltaicos foram vendidos, contabilizando US$ 300 milhões anuais. Neste ano, 70
países tinham alguma capacidade solar instalada ou programas implantados para apoiar
aplicações solares fotovoltaicas (FV). Além disso, milhares de minirredes baseadas em
energias renováveis estavam em operação, com os principais mercados em Bangladesh,
Camboja, China, Índia, Mali e Marrocos (REN21, 2016).
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a produção de
energia solar poderá chegar a 5 mil TWh em 2050 (MME, 2016). Hoje os principais
países em potência instalada para energia solar são China, Alemanha, Japão, Estados
Unidos da América (EUA) e Itália, como se pode ver pela Tabela 2-1 que contém o
ranking dos cinco principais países em capacidade para cada tipo de fonte.
18
Tabela 2-1 – Cinco principais países em capacidade de geração de energia renovável por fonte (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016).
CAPACIDADE
1° 2° 3° 4° 5°
ELÉTRICA
Bioenergia EUA China Alemanha Brasil Japão
Capacidade
China Brasil EUA Canadá Rússia
hidrelétrica
Geração
China Brasil Canadá EUA Rússia
hidrelétrica
Energia solar
Espanha EUA Índia Marrocos África do Sul
concentrada
Além dos cinco maiores países em geração de energia solar conhecidos, estão
envolvidos em tal crescimento: Reino Unido, França, Espanha, Índia e Austrália, países
que juntos somam cerca de 30 GW em 2015 (REN21, 2016). Observa-se, ainda, que
apesar da capacidade de energia que os Estados Unidos e Canadá possuem, estes
invertem os papéis quando se fala em geração hidrelétrica, sendo o Canadá o terceiro
maior país em geração e, os Estados Unidos, o quarto.
A Figura 2-1 mostra o crescimento no número de adesões ao sistema entre 2012
e 2015 no Brasil. Até o final do mês de outubro de 2014 o registro era de 1.000
consumidores e, em apenas dois meses, foi alcançado o número de 1731 conexões, um
crescimento expressivo de 308%, principalmente se comparado ao crescimento
observado nos anos anteriores.
Com relação ao tipo de fonte adotada para os sistemas implantados, segundo a
ANEEL, o montante de 1731 conexões é distribuído conforme os dados contidos na
Tabela 2-2, onde se observa a predominância da energia solar.
19
Crescimento da Geração Distribuída no Brasil
1731
1700
1500
1300
Número de conexões
1100
900
700
500 424
300
75
100 3
-100 2012 2013 2014 2015
Ano
Figura 2-1 – Aumento do número de conexões baseadas em Geração Distribuída (Fonte: Adaptado de
BLUESOL, 2016).
Tabela 2-2 - Número de conexões e potência instalada no Brasil separados por fonte (Fonte: Adaptado de
BLUESOL, 2016).
20
Número de conexões por UF
350 333
300
250
203
200 182 186
142
150 127 121
100
100
56 65
49 38
50 20 23 18 24
16
1 2 10 1 3 9 2
0
ES
RJ
RS
PA
BA
MA
DF
MS
MT
MG
AM
TO
AL
SP
RN
PR
SC
AC
CE
PB
GO
PI
RO
PE
NORTE NORDESTE CENTRO SUDESTE SUL
Figura 2-2 – Número de conexões realizadas até 2015 por estado e por região (Fonte: Adaptado de
BLUESOL, 2016).
A maior parte dos empreendimentos vencedores nos leilões de energia nova está
localizada no submercado Nordeste (CRUZ, 2016). A geração distribuída existe no Brasil
principalmente em sistemas isolados. Tem-se como exemplo locais cuja energia provem
da GD:
A ilha de Fernando de Noronha;
Soure, um dos principais municípios da ilha do Marajó, no Pará;
Os municípios de Calçoene, Oiapoque, Macapá e Mazagão (Amapá), que saem
do conceito fixado pela legislação apenas pelo percentual entregue ao agente
distribuidor (acima de 10%);
Rio Branco (Acre), Manaus (Amazonas), Porto Velho (Rondônia) e o estado
de Roraima (com exceção da capital Boa Vista), que representam os sistemas
isolados de maior porte (ANEEL, 2010).
Outras localidades ainda possuem GDs em operação, principalmente na região
transamazônica, antes totalmente composta de sistemas isolados, agora integrados ao
SIN pelas recentes linhas de transmissão que ligam a Usina Hidrelétrica (UHE) Tucuruí
às capitais Macapá e Manaus. Segundo Cruz, 2016, dos sistemas de geração distribuída
que hoje se encontram interligados ao SIN, têm-se:
21
UHE Coaracy Nunes: gerava cerca de 78 MW. Com a interligação das capitais
do Amapá e do Amazonas à UHE Tucuruí, a usina deixa de caracterizar um
sistema isolado e passa a contribuir com o SIN;
A capital de Roraima, Boa Vista: também um sistema de GD, porém, devido ao
percentual de geração que fornece ao agente distribuidor e pela potência
total gerada deixa de ser assim considerada;
A capital de Santa Catarina, Florianópolis;
O município Vila Maia, antigo distrito de Macapá: possuía um sistema de
geração distribuída, operando com hidrocarboneto, e hoje integrado ao SIN.
1 Segundo definição da ANEEL, 2016, “horário de ponta refere-se ao período composto por 3
(três) horas diárias consecutivas definidas pela distribuidora considerando a curva de carga de seu
sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão, com exceção feita aos sábados,
domingos, e feriados nacionais”. Neste período as concessionárias praticam tarifas mais altas.
22
Apesar das inúmeras vantagens listadas, devido ao aumento do número de
empresas e entidades envolvidas, alto custo dos equipamentos utilizados e outros, há,
também, algumas desvantagens da geração distribuída (FILHO, 2013):
Possível variação da tarifa em função do aumento da taxa de utilização do
sistema;
Variação na produção de energia do sistema, pois, algumas das principais
fontes energéticas utilizadas dependem de condições ambientais
intermitentes;
Remuneração dos custos da interligação da GD à rede a cargo do
proprietário;
Maior complexidade no planejamento e na operação do sistema elétrico;
Maior complexidade na realização de manutenção, nas medidas de segurança
a serem tomadas e na coordenação do sistema;
Redução do fator de utilização das instalações das concessionárias,
ampliando a tendência de aumento do preço médio de fornecimento de
energia por parte destas;
Inadequação da estrutura atual do sistema elétrico de potência ao sistema
proposto.
23
Após revisão em 2015, a Resolução Normativa n. 482, de 17 de abril de 2012, da
ANEEL define que quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for
superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que
podem ser utilizados dentro de 60 meses para diminuir a fatura dos meses seguintes,
podendo ainda abater tal crédito na fatura de outros imóveis que estejam sob sua
titularidade (MME, 2016).
Ao final de 2015, de acordo com o relatório Energias Renováveis 2016 publicado
pela REN21, cerca de 147 GW haviam sido acrescentados à capacidade de energia
elétrica mundial apenas com fontes renováveis. Em particular, 2015 foi o ano que
apresentou a maior adição à capacidade mundial já observada. A Figura 2-3 representa o
crescimento obervado de 2014 para 2015 de determinadas fontes de energia
alternativa.
Crescimento da energia renovável
1.200 1.064
1.036
1.000
2014
2015
800
Potência (GW)
600
433
370
400
227
106 177
200 101 13,2
12,9 4,3 4,8
0
Figura 2-3 – Crescimento da capacidade de energia renovável no mundo de 2014 para 2015
(Fonte: Adaptado de REN21, 2016).
24
autossuficiência do sistema, será avaliada a necessidade ou não do uso de uma fonte
eólica auxiliar, discutida em detalhes na Seção 2.5.2.
A energia solar pode ser convertida em energia elétrica (corrente contínua) por
meio de técnicas diretas e indiretas. Na primeira, a transformação da energia radiante é
feita em painéis de captação por dispositivos semicondutores e, na segunda, a irradiação
é convertida em calor e posteriormente em energia elétrica. A eficiência do sistema
depende do material semicondutor e da intensidade de radiação solar (PÁDUA, 2006).
O perfil da capacidade mundial de energia solar apresentado na Figura 2-4
mostra um crescimento quase exponencial da capacidade instalada ao final de cada um
dos anos indicados entre 2005 e 2015, evidenciando as adições à capacidade do ano
anterior resultantes do aumento do número de políticas de incentivo (REN21, 2016).
300
Capacidade mundial e adições anuais de energia solar + 50,0
227,0
250 + 40,0
Adição anual (GW) 177,0
Capacidade (GW)
200 + 38,0
138,0
Potência (GW)
150 + 29,0
100,0
+ 30,0
70,0
100
+ 17,0
40,0
50 + 8,0
+ 6,5 23,0
+ 1,4 + 1,4 + 2,5 16,0
5,1 6,7 9,0
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Figura 2-4 - Capacidade mundial de produção de energia solar e adições ao longo do período de 2005 a
2015 (Fonte: Adaptado de REN21, 2016).
25
Estima-se que 22 países tinham capacidade, em 2015, para atender a mais de 1% de sua
demanda energética, além de países como Itália, Grécia e Alemanha com participações
mais altas de 7,8%, 6,5% e 6,4%, respectivamente (REN21, 2016).
283
+ 41,0
300
+ 39,0 238
+ 38,0 198
159
200 + 27,0
+ 20,0 121
+ 15,0 94
+ 12,0 74
100 59
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Figura 2-5 - Capacidade mundial de produção de energia eólica e adições ao longo do período de 2005 a
2015 (Fonte: Adaptado de REN21, 2016).
As turbinas eólicas podem ser divididas de acordo com seu tamanho e/ou
potência nominal e orientação do eixo do rotor em relação ao solo. Com relação ao
tamanho e/ou potência, as turbinas podem ser de pequeno (até 80 kW), médio (entre 81
kW e 50 kW) e grande (acima de 500 kW) porte e, com relação à orientação do eixo,
podem ser de eixo horizontal ou vertical (MENEZES, 2012).
Mais comuns, as turbinas de eixo horizontal possuem pás que giram em um plano
perpendicular à direção do vento, captando apenas o vento em uma direção
(mecanismos de controle direcionam as pás para melhor aproveitamento). Atuam sobre
as pás a força de sustentação, perpendicularmente ao escoamento, e a força de arrasto,
na direção do escoamento (MENEZES, 2012).
As turbinas de eixo vertical são ideias para áreas urbanas devido aos baixos
níveis de ruído e a capacidade de aproveitar ventos vindos de todas as direções
dispensando sistemas de controle de direção das pás. Dependendo do modelo da turbina
podem ser movidas por forças de sustentação ou arrasto (CRESESB, 2008). Este tipo de
turbina tende a apresentar melhor desenvolvimento para baixas velocidades de vento, é
mais seguro, silencioso, fáceis de construir e barato em relação às de eixo horizontal
(MENEZES, 2012). Com base nestas características, é interessante para este trabalho o
27
conhecimento básico dos tipos de turbina de eixo vertical e pequeno porte, visto que,
conforme será detalhado no Capítulo 4, o cenário escolhido tem vento com baixas
velocidades e direção não definida e sua potência não excederá 80 kW.
Figura 2-6 – Modelos de rotor para turbina Darrieus. (Fonte: GUILLO, R., 2017)
28
Figura 2-7 – Modelos de rotor para turbina Savonius. (Fonte: DÍAZ, 2015)
Um modelo ideal para a geração de pequenas potências é formado pela união dos
modelos Darrieus e Savonius em um aerogerador híbrido. A vantagem desta turbina está
no formato das pás curvas (características do modelo Savonius) adicionadas ao eixo da
turbina Darrieus, possibilitando que a turbina inicie seu movimento em baixas
velocidades de vento dispensando o uso de motores auxiliares. No entanto, este modelo
não apresenta um bom funcionamento quando submetido a velocidades de vento
elevadas. A Figura 2-8 apresenta um dos modelos mais comuns deste sistema híbrido.
2.5.3. Biomassa
29
de matéria orgânica, vegetal ou animal, que podem ser utilizados na produção de
energia. Seu funcionamento parte do princípio da produção de energia térmica e
liberação do biogás, que pode ser utilizado em turbinas de geradores ou como parte de
células a combustível. Devido à baixa emissão de poluentes, segurança e reciclagem do
carbono, este é ecologicamente aceitável. Seu alto custo e a grande área necessária para
sua instalação são empecilhos para sua maior difusão, além de apresentar menor
eficiência em relação às fontes solar e eólica.
Do total de energia produzida hoje no mundo incluindo todas as fontes, 14%
corresponde à energia de biomassa. Esta é utilizada na produção de eletricidade, de
combustível para transportes, aquecimento industrial e aquecimento de prédios. A
Figura 2-9 apresenta a evolução da geração mundial de energia de biomassa.
400,00
Resto do mundo
Terawatts/hora
300,00
China
América do Sul
200,00 Ásia
América do Norte
União Europeia
100,00
0,00
Figura 2-9 - Geração mundial de energia de biomassa ao longo do período entre 2005 a 2015 (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016).
27,9 %
China
39,7 % Brasil
Estados Unidos
Canadá
Rússia
8,6 % Índia
Resto do mundo
4,4 % 7,5 %
4,5 % 7,4 %
Figura 2-10 – Capacidade mundial de energia hidrelétrica ao final de 2015 (Fonte: Adaptado de REN21,
2016).
Para aquelas fontes que dependem de recursos intermitentes (solar e eólica, por
exemplo) é indispensável o uso de armazenadores de energia que possibilitem atender a
demanda, em sistemas isolados da rede elétrica ou conectados à rede para a operação
ilhada, em períodos de geração nula ou insuficiente. Em dois dos quatro arranjos de
sistemas de geração distribuída estudados neste trabalho há a proposta da adição de
elementos armazenadores que permitam realocar parte da geração local em
determinado período do dia.
31
A bateria eletroquímica ainda é o dispositivo mais utilizado em sistemas
fotovoltaicos isolados, por ser conveniente e eficiente no armazenamento de energia
elétrica (PINHO, 2014).
PINHO, 2014, define como características ideais de baterias para sistemas
fotovoltaicos possuir ciclos de descarga rasos em operação normal e profundos
esporadicamente (tempo nublado ou durante o inverno). A profundidade da descarga de
uma bateria indica o quanto da capacidade nominal foi retirado dela a partir do estado
de plena carga. Segundo o autor as baterias de chumbo-ácido são as mais adequadas,
sendo as ligas de Chumbo-Cálcio o tipo mais utilizado nesta aplicação no Brasil. O cálcio
permite uma redução significativa da necessidade de manutenção, fazendo com que
apenas os terminais devam ser limpos uma vez por ano, e uma profundidade de
descarga máxima inferior a 20% na ciclagem diária.
Com custo mais, porém, com maiores níveis de profundidade de descarga diária,
existe uma tendência atual de uso de baterias OPzS em substituição às de Chumbo-Cálcio
nos sistemas fotovoltaicos (PINHO, 2014). As baterias OPzS são baterias estacionárias
ventiladas com eletrólito líquido (ácido sulfúrico diluído) e, devido à tecnologia de
placas tubulares, permitem expectativa extremamente elevada de ciclos.
32
Tabela 2-3 - Alguns dos países asiáticos com maiores índices de pessoas sem acesso à energia até 2015
(Fonte: Adaptado de REN21, 2016).
33
Tabela 2-4 - Exemplos do uso de energia renovável distribuída para serviços de energia produtiva (Fonte:
Adaptado de REN21, 2016).
TECNOLOGIA DE ENERGIA
APLICAÇÃO VALOR AGREGADO À RENDA
RENOVÁVEL
Irrigação Melhor rendimento das culturas, culturas de maior Eólica, solar FV, biomassa, PCH
valor, maior confiabilidade de sistemas de
irrigação, permitindo o crescimento das culturas
durante períodos em que os preços de mercado
são mais elevados.
Iluminação Extensão de horas de funcionamento. Eólica, solar FV, biomassa, PCH,
geotérmico
Transporte Alcançar novos mercados. Biomassa (biodiesel)
TV, rádio, Apoio às empresas de entretenimento, educação, Eólica, solar FV, biomassa, PCH,
computador, acesso a notícias do mercado, a coordenação com geotérmico
interne, telefone fornecedores e distribuidores.
Carregamento de Ampla gama de serviços para os utilizadores finais Eólica, solar FV, biomassa, PCH,
baterias (por exemplo: carregamento de celulares). geotérmico
Refrigeração Venda de produtos arrefecidos, aumentando a Eólica, solar FV, biomassa, PCH
durabilidade do produto.
34
Capítulo 3
35
suprimento da rede principal, o sistema permanece energizado sem
conhecimento;
Falta de controle, por parte da concessionária, sobre a tensão e a frequência
dentro do sistema ilhado impedindo a garantia de qualidade de energia
fornecida aos consumidores dentro da ilha energizada;
Devido à queda das correntes de curto-circuito após a perda da conexão com
a concessionária, os dispositivos de proteção contra curtos-circuitos internos
à ilha podem perder a coordenação entre si;
Caso o sistema ilhado não possua aterramento adequado, a detecção da
ocorrência de curtos-circuitos fase-terra, por meio de relés de sobrecorrente,
é dificultada pela redução da corrente de curto;
Após a ocorrência da falta, os geradores distribuídos podem sofrer graves
danos caso ocorra a religação da ilha ao sistema elétrico principal caso estes
estejam fora de sincronismo. Podem, ainda, surgir elevadas correntes
danificando os equipamentos conectados à rede ilhada.
36
esquemas de proteção que empregam relés de sub ou sobrefrequência são os mais
comuns, devido ao baixo custo e fácil instalação (VIEIRA JÚNIOR, 2011). Há, ainda, relés
baseados na medição da taxa de variação de frequência, que fornecem detecção mais
rápida, e relés que medem o deslocamento de fase ou “Salto de vetor”, que operam
quando a defasagem angular da tensão da barra do gerador excede um valor
predeterminado (JENKINS, 2000). Ainda que existam várias técnicas passivas, nenhuma
delas é completamente eficaz para todas as condições operativas do sistema, permitindo
que existam as zonas de não detecção (NDZs, do inglês nondetection zone) que podem
assumir tamanhos diferentes em função dos ajustes dos dispositivos de proteção.
Estudos sobre a detecção de situações de ilhamento a partir das diferenças produzidas
no conteúdo harmônico da tensão garantem cobrir todos os cenários e eliminar as NDZs
(MERINO, 2015).
Também com intuito de reduzir as zonas de não detecção, têm-se os métodos
ativos, com zonas muito pequenas ou até irrelevantes. Os métodos ativos requerem a
introdução de variáveis externas, mudanças controladas e a detecção de
comportamentos diferentes entre a operação interligada com a concessionária e a
operação em ilhamento (VIEIRA JÚNIOR, 2011). No entanto, devido ao tempo de reação
do sistema à perturbação, estes não são tão rápidos quanto alguns dos métodos passivos
e têm custo de implementação incontestavelmente maior (MERINO, 2015). Algumas das
principais técnicas ativas, como as que utilizam a medida de impedância do sistema,
injetam sinais com frequências específicas e a condição de ilha pode ser detectada, visto
que a impedância vista pelo gerador tende a aumenta após o ilhamento. Outros métodos
introduzem sinais para causar mudanças perceptíveis na fase ou na tensão ou utilizam
PLLs (do inglês Phase Locked Loop) introduzindo uma perturbação na referência ou na
saída do inversor.
A escolha mais adequada entre os métodos existentes por parte do microgerador
deve pesar o custo, o tempo de resposta e a zona de não detecção mais coerente de
acordo com a dimensão de sua instalação e relevância das cargas envolvidas no sistema,
além dos impactos decorrentes da falha de detecção previamente discutidos.
37
3.3. O sistema ilhado
39
Capítulo 4
Para o desenvolvimento deste estudo foram adotadas como base algumas das
características e medições realizadas no ano de 2014 no prédio do Centro de Pesquisa
em Energia Inteligente (CPEI) localizado no campus II do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG).
Construído pela concessionária CEMIG em parceria com o CEFET-MG, o CPEI
sedia pesquisas na área de Arquitetura Bioclimática, Engenharia Elétrica e Engenharia
Mecânica, com foco na interdisciplinaridade e no melhor aproveitamento energético.
Todo o projeto realizado pelo CEFET-MG, com financiamento da CEMIG dentro do
Programa de Eficientização Energética da ANEEL, teve o intuito de construir um prédio
capaz de aproveitar ao máximo a energia passiva com iluminação e ventilação naturais e
reduzir o uso de energias ativas como iluminação artificial e ar-condicionado. Nele há
ainda o uso de aquecimento de água através de painéis solares e um sistema de geração
com painéis fotovoltaicos interligados a rede, dentre outros.
41
Figura 4-1 – Curva de demanda prevista para o CPEI durante um dia. Elaborado pelo autor.
Figura 4-4 – Potência média diária do gerador, demanda do edifício e déficit resultante em maio de 2014.
Figura 4-8 – Potência média diária do gerador, demanda do edifício e déficit resultante em outubro de
2014.
Tabela 4-2 – Valores máximos de potência e radiação diárias médias e período de tempo em que há
registro de medição de potência maior que zero para os meses de fevereiro, maio, julho e outubro de
2014.
A análise da Tabela 4-2 aliada às curvas das Figuras 4-2 a 4-9 permite concluir
que o mês de fevereiro tem radiação mais intensa e em maior parte do dia em
decorrência da estação em que se encontra, havendo registros de potência durante mais
de 12 horas e os maiores picos de potência em todas as fases. Em maio observa-se que a
curva de radiação da Figura 4-5 tem menor amplitude e é mais estreita em comparação
com o mês de fevereiro, o que explica a redução da potência em cada uma das fases de
aproximadamente 12% e o menor período de geração. A radiação solar em julho é a que
apresenta menor amplitude entre todos os meses, explicando o fato deste mês também
ser o que apresenta menores amplitudes de potência média em suas fases, cerca de 26%
a menos que o mês de fevereiro. No mês de outubro os níveis de radiação solar estão
mais próximos aos de fevereiro de forma que, neste mês, as potências máximas
registradas em suas três fases são apenas 7% menor que as registradas no mês em que
houve o maior nível de radiação máxima.
São apresentados na Tabela 4-3 os valores de energia gerada em cada fase e das
três juntas para todos os meses do ano de 2014. As Figuras 4-10 e 4-11 apresentam as
curvas de energia acumulada média diária do gerador para os meses em que houve
maior e menor média trifásica acumulada.
45
Tabela 4-3 – Valores finais de energia média acumulada diária para todos os meses de 2014
Como esperado, a partir das análises das curvas de potência e radiação, o mês de
fevereiro acumulou alto valor médio diário de energia gerada, perdendo apenas para o
mês de janeiro, cuja geração média diária acumulada é mostrada na Figura 4-10. Com
valores também próximos de energia média acumulada trifásica estão setembro com o
terceiro maior valor, seguido por outubro e agosto. O mês de julho foi o que apresentou
menor energia média acumulada diária, em vista de sua menor geração, como visto na
Figura 4-6.
46
Figura 4-11 – Energia média diária acumulada para julho de 2014.
47
Tabela 4-4 – Valor do déficit energético no sistema fotovoltaico para cada mês do ano no horário de ponta
(17-20h).
(4.1)
(4.2)
Tabela 4-5 – Dados de vida útil do banco de baterias. (Fonte: Adaptado de Victron Energy)
Tabela 4-6 – Déficit energético mensal do prédio para os sistemas fotovoltaico e fotovoltaico com baterias.
49
Tabela 4-7 – Comparação entre as turbinas WS-0,15B, Falcon 600 W e CXF300-I. (Fonte: Windside;
WePower; Typmar)
VELOCIDADE
VELOCIDADE POTÊNCIA
FABRICANTE/MODELO TIPO NOMINAL
DE PARTIDA NOMINAL
DO VENTO
Windside/WS-0,15B Savonius 1,5 m/s 20 m/s 120 W
WePower/Falcon 600W Darrieus 2,7 m/s 13 m/s 600 W
Darrieus-
Typmar/CXF3000-I 2 m/s 13 m/s 3000 W
Savonius
52
Tabela 4-8 – Valores máximos e médios das curvas de velocidade média diária para os meses selecionados
em 2014.
Será adotada para este trabalho a turbina híbrida CXF3000-I, entre os modelos
apresentados na Tabela 4-7, e os dados fornecidos por seu fabricante (TYPMAR) como
fonte auxiliar de energia para o CPEI. A Figura 4-18 apresenta a turbina escolhida e
curva de potência fornecida pelo fabricante é apresentada na Figura 4-19.
53
Figura 4-19 – Curva de potência da turbina. (Fonte: Adaptado de TYPMAR)
Tabela 4-9 – Valores máximos e médios das curvas de potência média gerada para todos os meses de
2014.
54
Figura 4-20 – Potência média gerada pela turbina em janeiro de 2014.
55
Tabela 4-10 – Valores máximos da curva de potência do sistema híbrido e aumento percentual da energia
em termos da geração solar para todos os meses de 2014.
Figura 4-22 – Potência média diária solar, eólica e total para o mês de janeiro.
Figura 4-23 – Potência média diária solar, eólica e total para o mês de setembro.
56
4.2.4. Sistema híbrido de geração com baterias
Observa-se nos gráficos das Figuras 4-20 e 4-21 que a geração eólica tem um
comportamento semelhante à geração fotovoltaica ao comparar o período de geração
solar durante o dia com o período de maior geração eólica. No entanto, na geração eólica
há geração de energia durante mais horas do dia. Mais uma vez, como discutido na Seção
4.2.2, sabe-se que a potência local gerada pode ser mais bem distribuída a fim de
atender aos horários de menor geração solar. Pode-se, por exemplo, fazer melhor
proveito de parte da geração total com o uso de bancos de baterias atendendo à
demanda em pontos em que as tarifas da concessionária são maiores, como proposto a
seguir.
Novamente, para o dimensionamento do banco de baterias analisa-se o caso em
que este deve armazenar maior quantidade de energia para o horário de ponta, entre
17h e 20h. A Tabela 4-11 apresenta os valores de déficit para cada mês. Observa-se que
os valores são menores em relação aos dados da Tabela 4-4, visto que houve a adição de
uma fonte complementar.
Neste caso, o mês de junho é o que registra maior déficit energético. No entanto, a
quantidade de energia que deve ser armazenada no banco é praticamente a mesma do
caso tratado na Seção 4.2.2 para o sistema fotovoltaico com baterias. Este fato se
comprova nas equações (4.3) e (4.4), onde o mesmo modelo de banco de baterias
adotado para o sistema fotovoltaico se mostra adequado ao sistema híbrido.
Tabela 4-11 – Valor do déficit energético no sistema híbrido para cada mês do ano no horário de ponta.
DÉFICIT ENERGÉTICO
MÊS
(kWh)
JAN 0,000
FEV 2,644
MAR 5,758
ABR 5,907
MAI 5,911
JUN 5,955
JUL 5,946
AGO 5,896
SET 5,358
OUT 4,749
NOV 5,266
DEZ 5,496
57
(4.3)
(4.4)
(a) (b)
58
(c) (d)
(e) (f)
(g) (h)
(i) (j)
59
(k) (l)
Figura 4-24 – Curvas de déficit energético de cada mês do ano de 2014 para cada tipo de arranjo do
sistema de geração.
Tabela 4-12 – Previsão de horário para o fim do carregamento do banco de baterias selecionado para cada
mês do ano.
A segunda queda que leva ambas as curvas dos sistemas com baterias a zero
acontece às 17h para todos os gráficos da Figura 4-24 e apresenta o momento em que o
banco de baterias é acionado para suprir totalmente a demanda do prédio no horário de
pico das tarifas da concessionária. De acordo com o projeto do banco, este deve ser
capaz de alimentar toda a carga prevista durante 3h, das 17h às 20h. No entanto, para
casos em que o déficit energético entre 17h e 20h (Tabela 4-4 e Tabela 4-11) é menor do
que a energia armazenada, o banco suporta a carga do prédio por mais tempo do que o
previsto no projeto. Nitidamente, pelas curvas da Figura 4-24, encaixam-se nestes casos
os meses de setembro, outubro e novembro, onde o tempo de autonomia do sistema
híbrido com baterias foi maior do que a autonomia do sistema fotovoltaico com baterias
e o mês de fevereiro, cujo déficit foi nulo até o fim do dia.
A Tabela 4-13 apresenta a redução do pico da curva de energia (kWh)
demandada da concessionária para os quatro arranjos propostos.
61
Tabela 4-13 – Queda percentual do pico de demanda de energia da concessionária.
Observa-se na Tabela 4-13 que os sistemas solar e híbrido são aqueles que
apresentam maior redução do pico de demanda de energia da rede principal, o que se
explica pelo fato do período de maior geração solar (Figura 4-2 até Figura 4-9) e eólica
(Figura 4-21) estar relacionado ao período de maior demanda de energia do prédio
(Figura 4-1). Como os sistemas com uso de baterias apresenta o mesmo comportamento
da curva de demanda sem fontes alternativas até que o banco de baterias esteja
carregado, estes ainda apresentam picos elevados de demanda de energia da
concessionária.
A Tabela 4-14 traz os tempos de autonomia do banco de baterias para cada mês
do ano para os sistemas fotovoltaico e híbrido, ambos com banco de baterias. A partir
dela se observa que os meses de março e dezembro no sistema híbrido também
ultrapassam as 3h previstas. Para o sistema fotovoltaico, apenas os meses de fevereiro,
março e dezembro apresentam maior período de autonomia, sendo que fevereiro
também possui déficit nulo até o fim do dia, como no sistema híbrido com baterias.
As diferentes curvas obtidas para cada configuração do sistema de geração
podem ser analisadas financeiramente, a partir dos gastos que cada arranjo representa.
Sabendo que o déficit representa a energia que deve ser consumida da concessionária
para manter o prédio em funcionamento, a partir das tarifas praticadas pode-se prever o
custo da energia que falta a cada sistema proposto.
62
Tabela 4-14 – Tempo de autonomia do banco de baterias totalmente carregado em cada mês para os
sistemas fotovoltaico e híbrido.
TEMPO DE AUTONOMIA
MÊS
FOTOVOLTAICO C/ BATERIAS HÍBRIDO COM BATERIAS
JAN - - - -
FEV 17:00 23:55 17:00 23:55
MAR 17:00 20:05 17:00 20:05
ABR 17:00 20:00 17:00 20:00
MAI 17:00 20:00 17:00 20:00
JUN 17:00 20:00 17:00 20:00
JUL 17:00 20:00 17:00 20:00
AGO 17:00 20:00 17:00 20:00
SET 17:00 20:00 17:00 20:25
OUT 17:00 20:00 17:00 20:55
NOV 17:00 20:00 17:00 20:30
DEZ 17:00 20:10 17:00 20:15
Tabela 4-15 – Tarifas definidas pela ANEEL e praticadas pela CEMIG a partir da Resolução Homologatória
n. 2.248 de 23 de maio de 2017.
63
Tabela 4-16 – Previsão da energia (kWh) a ser comprada da concessionária para cada arranjo.
64
Tabela 4-17 – Previsão dos custos do CPEI com a compra de energia da concessionária para cada
configuração do sistema.
65
4.4. Análise financeira
Tabela 4-18 – Gastos com equipamentos para adaptação do sistema hoje existente no CPEI.
A princípio, o modelo adotado para o sistema híbrido com geração solar e eólica
junto ao uso do banco de baterias como elemento armazenador foi o mais atrativo por
apresentar o maior retorno financeiro, com menor custo na compra de energia
complementar na concessionária local. No entanto, é também aquele que requer maior
investimento, como mostra a Tabela 4-18. Apesar do CPEI já possuir um sistema de
geração fotovoltaico, para sua adaptação ao sistema híbrido seria necessário adquirir o
gerador eólico e as baterias. Considerando que as tarifas cobradas pela concessionária
de energia sejam mantidas constantes ao longo dos anos, seria necessário,
aproximadamente, 16 anos para que o para que o investimento fosse pago apenas com a
economia do sistema híbrido com baterias em relação ao sistema sem fontes
alternativas, com uma diferença de 2 meses de acordo com o banco de baterias
selecionado entre os dois destacados.
Considerando novamente que as tarifas de energia sejam constantes ao longo dos
anos, para o sistema fotovoltaico com baterias, o retorno do investimento seria pago
pela economia do sistema em relação ao sem fontes alternativas após um período de 1
ano e 9 meses, para o banco de 1.065 Ah, à 2 anos, para o banco de 1.278 Ah. Visto que a
escolha do banco de 1.278 Ah acrescenta apenas 3 meses ao retorno do investimento e
aumenta em 1 ano e meio o tempo de troca do banco de baterias, este se mostra uma
melhor opção.
A fim de avaliar o lucro econômico das principais configurações propostas,
considera-se um custo de oportunidade. Este se refere ao lucro obtido em uma segunda
opção de investimento. Neste trabalho, o custo de oportunidade considerado é o
rendimento mensal que seria obtido ao aplicar o valor do investimento na poupança.
67
Considerando o rendimento da poupança constante e igual a 1,86% ao mês, quando a
economia gerada pelo sistema fotovoltaico, após 2 anos do investimento inicial, o
rendimento gerado pela poupança já adicionou cerca de R$ 3.800,00 ao valor inicial de
R$ 5.910,08 investidos. Com o passar dos meses, mesmo já tendo pagado o custo do
banco de baterias, a soma da economia mensal do sistema fotovoltaico proposto não
alcança o rendimento da poupança em menos de 6 anos e 9 meses, quando o banco de
baterias adquirido já deve ser substituído. Dessa forma, apesar do lucro operacional
(economia do sistema fotovoltaico em relação ao sistema sem fonte alternativa)
observado, o lucro econômico (diferença entre o lucro operacional e o custo de
oportunidade) é negativo, indicando que o investimento da quantia necessária à
adaptação do sistema em poupança é mais vantajoso.
O sistema fotovoltaico com baterias é, portanto, o arranjo mais vantajoso entre os
quatro modelos propostos. Porém, ainda é um sistema caro para ser implantado ao se
considerar o uso do banco de baterias selecionado.
Para uma análise mais real, devem ser contabilizados os custos de mão de obra de
instalação e analisados os equipamentos auxiliares necessários, como o controlador de
carga para as baterias e dispositivos de proteção. Há ainda o fato da velocidade do vento
considerada neste estudo ser vinte vezes maior do que a medida no prédio do CPEI,
sendo inviável a instalação de um sistema híbrido com base na adição de uma fonte
eólica de energia a partir da turbina selecionada neste sistema real, o que não inviabiliza
a aplicação do método aqui proposto em localidades com condições ambientais mais
favoráveis.
68
Capítulo 5
Conclusão
69
Os custos avaliados para implantação dos sistemas propostos demonstram que o
tempo de retorno do investimento para o sistema que apresentou menores valores de
energia comprada da concessionária é ainda muito grande em vista do alto custo dos
equipamentos considerados.
No sistema fotovoltaico com baterias, como o prédio considerado já possui o
sistema de geração solar, o investimento realizado para compra apenas o banco de
baterias faz com que este arranjo seja o que apresenta melhor custo-benefício, pois,
menos energia complementar é comprada e o retorno do investimento é obtido em 2
anos. No entanto, ao considerar outros investimentos que podem ser feitos com a
mesma quantia, como é o caso da aplicação em poupança, observa-se que o lucro obtido
pela implantação desta configuração de geração distribuída ainda é baixo. Outros
estudos podem ser desenvolvidos a fim de avaliar as vantagens e desvantagens do uso
de equipamentos nacionais na construção destes sistemas, observando as diferenças de
custo e tecnologia aplicada.
Como observado na Seção 2.3 a geração distribuída tem ganhado destaque no
cenário mundial e, com o aumento de investimentos governamentais, o
desenvolvimento tecnológico e crescente popularização deste sistema, a tendência
mundial aponta para a redução dos custos de implantação do sistema e consequente
redução do tempo de espera para se obter o retorno do investimento realizado. Isso faz
com que os arranjos propostos tendam a ser mais vantajosos com o passar do tempo,
inclusive os mais robustos, como a geração híbrida com/sem banco de baterias.
70
introdução mais ou menos distúrbios, adaptações necessárias aos
sistemas de proteção);
Estudo dos incentivos governamentais e regulamentação existente
para aqueles que já são adeptos ou pretendem investir na geração
distribuída.
71
Anexo A
A Figura Anexo A-1 apresenta os tipos de baterias OPzS fabricadas pela Victron
Energy e suas características.
Figura Anexo A-1 – Datasheet baterias OPzS do fabricante Victron Energy (Fonte: Adaptado de Victron
Energy).
72
A Victron Energy produz uma ampla gama de equipamentos como: inversores,
conversores, cabos e diversos tipos de baterias. O catálogo completo do fabricante
fornece os valores sugeridos para cada equipamento. A Figura Anexo A-2 apresenta os
valores sugeridos para as baterias de placa tubular, incluindo as baterias solares OPzS.
Figura Anexo A-2 – Tabela de preços Victron Energy (Fonte: Adaptado de Victron Energy).
Na Figura Anexo A-3 tem-se o valor sugerido pelo fabricante Typmar para a
turbina eólica CXF-3000, cujos dados foram adotados no desenvolvimento deste
trabalho.
73
Figura Anexo A-3 – Tabela de preços TYPMAR (Fonte: TYPMAR).
74
Referências Bibliográficas
75
http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_eolica_2008_e-book.pdf.
Acesso em: 12 de maio de 2017.
CIOBOTARU ,M.; AGELIDIS ,V.; TEODORESCU , R.; BLAABJERG, F. Accurate and
less-disturbing active antiislanding method based on PLL for gridconnected
converters. IEEE Transactions on Power Electronics, vol. 25, no. 6, pp. 1576–1584, Jun.
2010.
CRUZ, J. L. C. Geração Distribuída. Disponível em:
http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-empresa/1121-geracao-distribuida.html.
Acesso em: 12 de set. 2016.
DIAS, M. V. X.; Geração Distribuída no Brasil: Oportunidades e Barreiras.
2005. 143 f. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia da Energia). Universidade
Federal de Itajubá, Itajubá. 2005.
DÍAZ, A. P.; PAJARO, G. J.; SALAS, K. U. Computational model of Savonius
turbine. Revista Ingeniare, Chile, v. 23, n. 3, set. 2015. Disponível em:
http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-33052015000300009.
Acesso em: 12 de maio de 2017.
EÓLICA FÁCIL. Turbinas eólicas de eixo vertical. Disponível em:
https://www.eolicafacil.com.br/eixo-vertical. Acesso em: 18 de maio de 2017.
FILHO, W. P. B.; AZEVEDO, A. C. S.. Geração Distribuída: Vantagens e
Desvantagens. In: Simpósio de Estudos e Pesquisas em Ciências Ambientais na
Amazônia, 2, 2013. Belém, Pará. Anais... Belém, 2013.
GUILLO, R.; Darrieus vertical axis wind turbine. Disponível em:
http://www.ecosources.info/en/topics/Darrieus_vertical_axis_wind_turbine. Acesso
em: 16 de maio de 2017.
GOMES, I. Geração Distribuída: Uma alternativa inteligente para produção
de eletricidade. Instituto de Educação Tecnológica (IETEC). 2014.
INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (INEE). O que é Geração
Distribuída. Disponível em: http://www.inee.org.br/forum_ger_distrib.asp. Acesso em:
15 de out. 2016.
JENKINS, N.; CROSSLEY, P.; KIRSCHEN, D.; STRBAC, G. Embedded Generation.
London: The Institution of Electrical Engineers (IEE), 2000. 292 p.
LONDERO, R. R.; AFFONSO, C. M.; NUNES, M. V. A. Ilhamento intencional da
geração distribuída para aumento da confiabilidade do sistema. In: Congresso
76
Brasileiro de Automática - CBA, 19, 2012. Cmpina Grande, São Paulo. Anais... Campina
Grande, 2012.
LOPES, Y.; FERNANDES, N. C.; MUCHALUAT-SAADE, D. C. Geração Distribuída
de Energia: Desafios e Perspectivas em Redes de Comunicação. In: Simpósio
Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, 33, 2015. Vitória, Espírito
Santo. Anais... Vitória, 2015.
MALFA, E.; ABB on Sustainable Energy Markets, Università di Brescia, 2002.
MATTE, E. K.; Dimensionamento e simulação de um perfil aerodinâmico
para um aerogerador de eixo vertical. Dissertação (Graduação em Engenharia
Mecânica). Faculdade Horizontina, Horizontina. 2014.
MENEZES, A. E. S.; Aproveitamento eólico para uma vila de pescadores. 2012.
107 f. Dissertação (Graduação em Engenharia Elétrica). Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro. 2012
MERINO, J.; MENDOZA-ARAYA, P.; VENKATARAMANAN, G.; BAYSAL. M.
Islanding Detection in Microgrids Using Harmonic Signatures. IEEE Transactions on
Power DELIVERY, vol. 30, no. 5, pp. 2102–2109, Dez. 2014.
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (MME). Brasil lança Programa de Geração
Distribuída com destaque para energia solar. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-inicial/outras-noticas/-
/asset_publisher/32hLrOzMKwWb/content/programa-de-geracao-distribuida-preve-
movimentar-r-100-bi-em-investimentos-ate-2030. Acesso em: 13 de ago. 2016.
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (MME). Energia fotovoltaica cresceu quase
30% no mundo em 2014. Disponível em: http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-
inicial/outras-noticas/-/asset_publisher/32hLrOzMKwWb/content/energia-solar-
fotovoltaica-cresceu-quase-30-no-mundo-em-2014. Acesso em: 11 de out. 2016.
PÁDUA, M. S.. Técnicas digitais para sincronização com a rede elétrica, com
aplicação em geração distribuída. 2006. 165 f. Tese (Mestrado em Engenharia
Elétrica). Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 2006.
PINHO, J. T.; Sistemas Híbridos - Soluções Energéticas para a Amazônia.
Brasília: Ministério de Minas e Energia, 396 p., novembro 2008. Disponível em:
https://www.mme.gov.br/luzparatodos/downloads/Solucoes_Energeticas_para_a_Ama
zonia_Hibrido.pdf. Acesso em: 19 de maio de 2017.
77
PINHO, J. T.; GALDINO, M. A.; Manual de Engenharia para Sistemas
Fotovoltaicos. CEPEL-CRESESB, Rio de Janeiro, março de 2014.
RENEWABLE ENERGY POLICY NETWORK FOR THE 21ST CENTURY (REN21).
Renewables 2016: Global Status Report. Disponível em: http://www.ren21.net/wp-
content/uploads/2016/06/GSR_2016_Full_Report.pdf. Acesso em: 15 de out. 2016.
SEGUEL, J. I. L. Projeto de um sistema fotovoltaico autônomo de suprimento
de energia usando técnica MPPT e controle digital. 2009. 222 f. Dissertação (Pós-
Graduação em Engenharia Elétrica). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte. 2009.
TYPMAR. CXF3000 W Turbine. Disponível em: http://www.typmar.com/case-
item-301.html. Acesso em: 14 de maio de 2017.
TURKSON, J.; WOHLGEMUTH, N. Power Sector Reform and Distributed
Generation in sub Saharan Africa. Energy Policy 29: 2001.
VERGÍLIO, K. E. P.; Geração Distribuída e Pequenas Centrais Hidrelétricas:
Alternativas para a Geração de Energia Elétrica no Brasil. 2012. 42 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo, São
Carlos. 2012.
VICTRON ENERGY. OPzS Solar Batteries. Disponível em:
https://www.victronenergy.com.br/upload/documents/Datasheet-OPzS-batteries-EN.
pdf. Acesso em: 31 de maio de 2017.
VIEIRA JÚNIOR, J. C. M. Detecção de ilhamento de geradores distribuídos:
uma revisão bibliográfica sobre o tema. Revista Eletrônica de Energia, vol. 1, n.1, p. 3-
14, jul./dez. 2011. Disponível em: www.revistas.unifacs.br. Acesso em: 20 de out. 2016.
WEPOWER. Falcon 600W. Disponível em: http://www.geccsolar.com/LinkClick.
aspx?fileticket=DzzNX4sgD8A%3d&tabid=146. Acesso em: 22 de março de 2017.
WINDSIDE. Technical Data. Disponível em: http://www2.windside.com/
technical.html. Acesso em: 22 de março de 2017.
ZHAO, D.; LI, Y.; LIU, Y. Optimal design and sensitive analysis of distributed
generation system with renewable energy sources. In: China International
Conference on Eletricity Distribution – CICED, 23-26 set. 2014.
78