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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA

VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIARIA DE MATO GROSSO-MT.

                      EDILSON JOSE DOS SANTOS SILVA, brasileiro, solteiro,


menor, absolutamente incapaz neste ato representado pelo seu Genitor EDUARDO
MANOEL DA SILVA, brasileiro, solteiro, agricultor, portador da cédula de identidade
RG nº 1743409-2 SSP/MT, inscrito no CPF sob o nº 017.819.731-99, residente e
domiciliado na Estrada Coenge Km 42, s/n°, Bairro: Zona Rural, CEP: 78175-000 na
cidade de Poconé-MT, por intermédio da sua advogada e bastante procuradora “in fine”
assinada, com escritório profissional localizado no endereço constante do rodapé da
presente, onde indica para receber as citações e intimações de estilo, assim, vem, mui
respeitosamente à honrosa presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT


pelo rito sumário previsto no art. 275 do CPC

Em desfavor de CAIXA ECONOMICA FEDERAL, localizada na Avenida Couto


Magalhães, N° 1069, Bairro: Centro, CEP: 78110400 - Várzea Grande-MT, Telefone:
(65) 2128-4600 pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

Av. Castelo branco, 587, Centro, Várzea Grande-MT – CEP 78.110-002


Fone: (65) 9.9317-3676 – e-mail: moraesadvocacia85@gmail.com
DA JUSTIÇA GRATUITA

                        Requer à V. Exª. seja deferido o benefício da Gratuidade de Justiça, com


embasamento na lei 1.060/50, com alterações introduzidas pela lei 7.510/86, por não ter
condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do
próprio sustento e de sua família.

DA SITUAÇÃO FÁTICA

                       O autor é filho e o seu Genitor é viúvo de Carla Lucia dos


Santos, brasileira, portadora da cédula de identidade RG n° 1818943-1, devidamente
inscrita no CPF/MF sob o n° 022.043.441-76, óbito ocorrido no dia 18/06/2021,
conforme atestam os documentos anexos, onde aponta que o evento morte fora causado
por choque hipovolêmico e politraumatismo decorrente do acidente automobilístico.

                        O acidente aconteceu durante a constância do casamento entre a falecida


e o genitor, conforme prova certidão de união estável em anexo.

                        Salienta-se que o direito do Autor e do seu genitor, consiste no


recebimento da indenização coberta pelo seguro obrigatório de DPVAT, sendo lhe
devido o valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), uma vez que resta
comprovado na documentação acostada aos autos o nexo causal entre o acidente e a
morte.

                        Denota-se legítimo o dever da Ré em efetuar o pagamento da


indenização do seguro obrigatório DPVAT, ora pleiteada, visto que a mesma pertence
ao rol de seguradoras que compõem atualmente o Consórcio referente ao Convênio
DPVAT. 

Ocorre que até a presente data o mesmo não obteve êxito no


recebimento do seguro, motivo pelo foi indeferido administrativamente.         

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DO DIREITO

                        O Seguro DPVAT foi criado no ano de 1974 pela Lei Federal nº
6.194/74, modificada pelas Leis 8.441/92, 11.482/07 e 11.945/09, que determina que
todos os veículos automotores, paguem anualmente uma taxa que garante, na ocorrência
de acidentes, o recebimento de indenização tanto no caso de ferimento quanto no caso
de morte.

                        Em conformidade com o art. 3º da lei nº. 6.194/74, os danos pessoais


cobertos pelo seguro DPVAT compreendem as indenizações por morte, invalidez
permanente e despesas de assistência médica e suplementar, vejamos o que nos diz este
artigo com sua alínea:

“Art. 2º – Fica acrescida ao artigo 20, do Decreto-Lei nº. 73, de 21


de novembro de 1966, a alínea “l” nestes termos:

Art. 20, l – Danos pessoais causados por veículos automotores de


via terrestre, ou por sua carga, a pessoas não transportadas ou
não.

Art. 3º - Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no


art. 2º desta Lei compreendem as indenizações por morte, por
invalidez permanente, total ou parcial, e por despesas de
assistência médica e suplementares, nos valores e conforme as
regras que se seguem, por pessoa vitimada:

I – R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) – no caso de morte;

Art. 4º – A indenização no caso de morte será paga, na constância


do casamento ao cônjuge sobrevivente; na sua falta, aos herdeiros
legais. Nos demais casos o pagamento será feito diretamente à
vitima na forma que dispuser o Conselho Nacional de Seguros
Privados.

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                        Assim, resta claro que a requerente deve ser indenizada pelo seguro,
como medida de direito, visto é cônjuge sobrevivente da vítima.

                        Neste sentido, vejamos nossa Jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DE COBRANÇA SECURITÁRIA -


 DPVAT INDENIZAÇÃO  POR MORTE  BOLETIM DE
OCORRÊNCIA IRRELEVÂNCIA JUNTADA DE
DOCUMENTO HÁBIL A DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA DE
NEXO CAUSAL ENTRE O ACIDENTE E O DANO ALEGADA
CARÊNCIA DE AÇÃO AFASTADA CORREÇÃO
MONETÁRIA TERMO A QUO EDIÇÃO DA MP Nº 340 /2006
MERA RECOMPOSIÇÃO DA MOEDA EM RAZÃO DA
DEPRECIAÇÃO INFLACIONÁRIA RECURSO
DESPROVIDO. (TJPR -  8771997 PR 877199-7 (Acórdão)
TJPR).

EMENTA: SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT INDENIZAÇÃO


POR MORTE CORREÇÃO MONETÁRIA QUE DEVE TER O
SEU TERMO INICIAL DE INCIDENCIA A PARTIR DA DATA
DO ÓBITO VERBA INDENIZATORIA QUE DEVE SER
FIXADA COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO EM VIGOR NA
DATA DO FALECIMENTO DA VÍTIMA RECURSOS
IMPROVIDOS. (TJSP -  Apelação APL 9196426172009826 SP
9196426-17.2009.8.26.0000).

É entendimento já pacificado pela jurisprudência pátria que o pagamento do referido


seguro deverá ser efetuado por qualquer seguradora privada integrante do consórcio
instituído pela resolução 1/75 do CNSP. Vejamos o seguinte julgado:

EMENTA: FACULDADE DE ESCOLHA DA SEGURADORA


FINALIDADE DO VEICULO. IRRELEVANCIA. Qualquer
seguradora responde pelo pagamento da indenização do seguro

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obrigatório, pouco importando a condição do veiculo e a
finalidade a que se destina, defeso torna-se a imposição de limites
por Resolução. (Acórdão nº 2.115/01, proferido nos autos do
Recurso nº 926/01, publicado do DJ-MA em 06/07/01).

Os documentos anexados nesta exordial provam de forma inequívoca que houve o


acidente de trânsito, bem como o nexo de causalidade entre o fato ocorrido e o dano
dele decorrente, amoldando-se perfeitamente à condição para recebimento do seguro
obrigatório nos termos do art. 5º da Lei nº 6.194/74, que assim dispõe:

Art. 5º.   O pagamento da indenização será efetuado mediante


simples prova do acidente e do dano decorrente,
independentemente da existência de culpa, haja ou não resseguro,
abolida qualquer franquia de responsabilidade do segurado. (grifo
nosso)

Desse modo, recorremos ao Poder Judiciário com a esperança de resolução desta causa.

                                          

DA PERÍCIA

                        Deixa de requerer perícia e, conseqüentemente, de formular quesitos


periciais, por motivo de óbito da periciada, não havendo necessidade para tal.

DO PEDIDO

                        Diante do exposto, seguindo a causa pelo rito sumário, em face da regra
cogente do art. 275, II, e, do CPC, REQUER-SE:

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                       1- A citação do requerido, para que compareça à audiência previamente
designada, (artigo 277-CPC), apresentando defesa caso queira, sob pena de revelia,
prosseguindo-se nos ulteriores termos de Direito, para no final ser a ação julgada
procedente com a condenação do requerido ao pagamento do Seguro Obrigatório
(DPVAT), no valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), acrescidos de juros
de mora, atualização monetária, custas processuais e honorários de advogado na base
usual de 20% sobre o valor total do débito e demais cominações legais.

                        2- Seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, por ser o requerente


de pessoa pobre nos termos da Lei nº. 1060/50.

                        3- Saindo vencedores, os requerentes renunciam os valores excedentes à


60(sessenta) vezes o valor do salário mínimo.

                        4- Protesta provar o alegado através de todos os meios de prova em


Direito admitido, especialmente pelos documentos inclusos, e prova testemunhal.

Dá-se a causa o valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais).

Nestes Termos,

Pede e Espera DEFERIMENTO.

Cuiabá, 05 de Agosto de 2021.

CONCEIÇÃO FABIANE DA SILVA MORAES


OAB-MT 26.259

Av. Castelo branco, 587, Centro, Várzea Grande-MT – CEP 78.110-002


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