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A Verdade de J.V.

Stalin
Nina Peres, Brasília DF
OPINIÃO - A grande mídia, lembremos, é financiada pelo capitalismo exploratório.
Sobrevive mediante a propagação dos interesses dominantes, segundo o esmagamento das
ferramentas de expressão e compreensão dos trabalhadores. Não há qualquer princípio
verdadeiramente socialista que possa ser visto como lucrativo às empresas ricas, pois o
socialismo deseja fortalecer nacionalmente, e então, internacionalmente, todos os povos
oprimidos pelo Estado da burguesia, logo não há interesse em financiar ou divulgar algo de
caráter tão radicalmente ameaçador para os bolsos gordos dos bilionários como o
protagonismo da consciência de classe.

A falsa perspectiva histórico-material:


Sem o desenvolvimento da consciência proletária, sem as vias de informação alternativas ao
puro propagandismo burguês, não haverá perspectiva justa da realidade material concreta,
assim, estará instaurada forte doutrinação ideológica. Nesses parâmetros é que pensava Josef
Stalin, um dos maiores alvos da mira burguesa ocidental. Algo que chama atenção sobre seu
legado é que, na opinião internacional transitou entre o posto de maior organizador da vitória
contra o nazi-fascismo no continente europeu à posição máxima de terrorismo no mesmo
continente. Fato é que a reconstrução das experiências históricas, através da propriedade do
espaço de opinião, significa ferramenta de disputa de classes extremamente fundadora de
narrativas, e foi conquistada, bem como amplamente utilizada pelos inimigos dos povos
soviéticos, do socialismo. A oposição imperialista articulou entre os países capitalistas, por
debaixo da suástica caída do Terceiro Reich, o início da opressão camuflada à União
Soviética, onde havia sido derramado demasiado sangue inocente pela luta de unidade contra
os horrores nazifascistas.

Pelo olhar da burguesia:


A autonomia para o projeto imperialista adentrou o universo das grandes empresas de mídia,
como em todo conglomerado da informação. Falsifica-se que o governo de Stalin se tratava
de uma autocracia essencialmente imperialista, racista, misógina e exterminadora até mesmo
da liberdade sexual. A qualquer análise de conjuntura acertada, é vital conceber os eventos de
forma desamarrada dos formalismos políticos das formas de desenvolvimento da organização
burguesa.
Apesar da omissão aos direitos LGBTQIA+, que de fato constatam-se de certa forma, deve-se
considerar que não havia sequer a compreensão da homossexualidade como identidade sexual
naquela época, mas como patologia psiquiátrica, segundo a comunidade científica
internacional até 1990. Como escreveu Prestes, ainda em 1949, Stalin olhou com uma
atenção muito especial para os povos oprimidos dos países coloniais e dependentes.
Contribuiu com sua impecável teoria e recursos financeiros para a vitória do Partido
Comunista Chinês, sendo considerado para Mao, o líder da revolução mundial e grande
vitorioso na práxis do marxismo-leninismo, como "matéria de monumental significação" para
a revolução proletária. Sobre a questão de gênero, não era de Stalin que dependia a aprovação
de políticas, o centralismo democrático servia como estrutura de organização por participação
e voto, então as soviéticas opinavam democraticamente sobre a condução da política de
aborto, por exemplo. Em seus textos, o que se comprova é a necessidade indispensável da
luta pelos direitos femininos, o papel da mulher na revolução e no partido.
Stalin refletiu de forma visionária sobre a fome, a crise dos grãos e o nacionalismo burguês
opressor na Ucrânia, país essencial ao contexto de desenvolvimento industrial da União
Soviética, posteriormente foi acusado pela mesma burguesia caída de programar a fome num
ato de vilania egóica na mesma Ucrânia. Esquece-se da epidemia de febre que envolveu toda
a região, dos kulaks, que nada mais eram que camponeses ricos pela contrarrevolução,
esquece-se ainda da grave crise alimentar aplanada em grande parte das localidades antes
pertencentes ao império russo.

Juventude subversiva:
Sob etnia e língua nativa georgiana, região considerada quintal periférico do império russo,
Stalin já nascia segregado pela prática higienista da “russialização”. Se tratava da imposição a
uma vida angustiante, segregada pelo preconceito e miseravelmente condenada pela herança
familiar da servidão. Observa-se que os apontamentos feitos sobre a educação de Stalin,
geralmente proferidos em tom estridente pela ala trotskista, os entristas, partem de
argumentos puramente racistas.
Sua mãe foi uma trabalhadora doméstica de admirável sabedoria, o incentivou durante boa
parte de sua vida, calejando as próprias mãos por meio do trabalho para prover recursos para
a formação intelectual de seu filho caçula, para que aprendesse também as práticas referentes
ao cristianismo ortodoxo, as quais não admirava, embora se sentisse instigado. Era pelos
corredores das grandes mansões dos patrões de sua mãe que o pequeno Ossip aprendia o jogo
da burguesia, tomou gosto pelos estudos, começou a ler poemas, aprendeu russo rapidamente
e iniciava atividades introdutórias de escrita, chegando inclusive a dar aulas para estudantes e
operários, foi expulso, então, da escola católica pelo conteúdo considerado rebelde das
leituras que indicava e disseminava entre os outros.

Agitação de Stalin:
Na juventude, logo mergulhou adentro à atividade de imprensa e foi destacado como diretor
de redação de um jornal leninista na Geórgia, o A Luta, assim, assumindo postura de
resistência à perseguição política que viria a sofrer pelo marxismo. Sendo levado à agitação
coletiva, aprofundou sua relação com as massas proletárias, lutou na clandestinidade
subversiva da comunicação partidária, e assim, viu florescer não só o mais vigoroso
comprometimento com a produção jornalística, como também a possibilitação da criação de
uma teoria devota aos ensinamentos marxista-leninistas, a qual era todo tempo incitado a
redigir. Foi capturado e exilado incontáveis vezes. Conquistou o apelo das massas e foi eleito
por comitês de trabalhadores, exercia a tarefa de organizador das greves e insurreições,
mesmo estando preso muitas das vezes.
Com a bagagem da alta formação adquirida no trabalho, que envolvia a combinação da
atuação teórica à realização prática e direta da agitação e da propaganda, Stalin enriquecia
sua práxis à medida que guiava os trabalhadores à democracia popular. Nunca tendo ele
abandonado a atividade de imprensa em seu governo, o aclamado jornal criado por Lenin, o
Pravda, que significa A Verdade, ocupou cargo de informatividade excepcional até o fim da
União Soviética. Inclusive, as entrevistas dadas por Josef Stalin circulavam não só no jornal,
como com naturalidade em toda a mídia, havia a valorização de uma postura crítica sobre o
debate de conjuntura do país.

Exemplo à revolução:
Lenin escreveu O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, tendo como fundamentação
válida a influência das ideias de Stalin sobre as questões nacionais, algo que contrasta o
caráter visionário da teoria desenvolvida pelo georgiano. Para além, seu legado na União
Soviética servirá como inspiração para qualquer tentativa de revolução no mundo, devemos
nos munir de seus escritos e desmentir, ainda, qualquer oportunismo ou falsificação dos fatos
concretos que envolvem a considerada maior revolução da história contemporânea.
Encerra seu caminho como ferrenho aliado do povo. Tendo feito jus aos cargos ao qual foi
eleito sempre pela maioria, como comissário das nacionalidades e representante máximo do
comissariado do povo, sua preocupação com as massas trabalhadoras sempre foi admirável,
tanto quanto sua necessidade de emancipação. Abraçava com os ombros largos todos os
homens, mulheres e crianças do mundo, reerguia a organização revolucionária com a mais
afiada disciplina leninista. Apesar de tamanha determinação, seguia com o coração
preenchido pela causa revolucionária. Representa, portanto, todos os indivíduos acorrentados
do mundo, que poderão triunfar e como deverão triunfar, seja onde há os restos feudais da
servidão, seja onde há a exploração da supremacia da colonização.

“A força de nosso país, sua potência, sua solidez residem na profunda simpatia e no
apoio inabalável que encontra no coração dos operários e camponeses do mundo
inteiro.”
J.V. Stalin

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